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Em julgamento retomado no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, nesta sexta-feira (26), o ministro Gilmar Mendes votou pelo trancamento dos inquéritos abertos pela Polícia Federal para investigar o vazamento de documentos sigilos obtidos pela CPI da Covid no Senado Federal. O decano divergiu do relator do caso, ministro Edson Fachin, que havia se manifestado por negar habeas corpus impetrado pelos senadores Omar Aziz (PSC-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL), presidente, vice e relator da comissão parlamentar, respectivamente.

O caso começou a ser discutido pelo STF em julgamento também no plenário virtual no dia 22 de outubro. Na ocasião, o ministro Gilmar Mendes pediu vista (mais tempo para análise), suspendendo o julgamento. Com a retomada da análise do caso, os ministros terão até o dia 3 de dezembro, próxima sexta-feira, para depositar os votos no plenário virtual.

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O relator do caso, ministro Edson Fachin, havia se manifestado por negar o pedido de trancamento do inquérito por não ver 'flagrante hipótese de constrangimento ilegal'. O ministro levou em consideração informações prestadas pela Polícia Federal no sentido que os investigadores aguardavam a decisão do STF no âmbito do habeas corpus em questão para 'para expedir ofício em para autorização para instauração de procedimento investigativo'.

Já Gilmar considerou que há 'manifesta ilegalidade' na abertura da investigação, com 'usurpação da competência' do Supremo Tribunal Federal para julgamento de autoridades com foro por prerrogativa de função. "Tal expediente é manifestamente ilegal ao passo que a autoridade policial não possui poder de abrir investigação de ofício contra autoridades detentoras de foro e tampouco requerer a abertura ao STF, iniciativa que cabe à PGR", ponderou.

Na avaliação do ministro, a PF reconheceu 'que houve o início de atos investigativos sem que os elementos tenham sido remetidos para a Procuradoria-Geral da República, autoridade com iniciativa para requerer ao Supremo Tribunal Federal eventual abertura de investigação'.

O voto do decano está em linha com a manifestação do procurador-geral da República Augsuto Aras sobre o caso. Em agosto, o chefe do Ministério Público Federal defendeu o trancamento das investigações sob o argumento de que a apuração pode atingir autoridades com foro privilegiado e, nesse caso, a prerrogativa para pedir a instauração do inquérito é exclusiva da PGR.

A Polícia Federal reabriu o inquérito que apura a facada dada por Adélio Bispo no presidente Jair Bolsonaro (sem partido), então candidato à presidência, em 2018, durante a campanha eleitoral em Minas Gerais. Em nova decisão, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou a análise de dados bancários e do material reunido em busca e apreensão realizada contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adélio. Será investigado, novamente, se há envolvimento de terceiros no crime. 

O TRF, anteriormente, havia proibido a quebra de sigilo e o acesso aos dados de Zanone, mas voltou atrás no início deste mês. O material está com o delegado Rodrigo Morais Fernandes, que vai analisar também as informações fiscais de Zanone. Imagens do circuito interno de TV do escritório de advocacia também serão parte do inquérito. 

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À época, a 3ª Vara de Juiz de Fora-MG autorizou a quebra do sigilo bancário de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendia Adélio. Autorizou também a apreensão do telefone, de livros-caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários do advogado. 

Em função da atualização no caso, a hashtag “Quem matou Bolsonaro?” ficou nos trends do Twitter, onde estão muitas das bases virtuais bolsonaristas, na manhã desta sexta-feira (26). Os apoiadores e filhos de Bolsonaro acreditam na tese de que a facada foi encomendada, configurando tentativa de assassinato qualificada e com cunho político. O primeiro inquérito sobre o caso foi concluído em setembro de 2018 e considerou que Adélio agiu sozinho no momento e que a motivação teria sido “indubitavelmente política”. 

Em maio de 2020, a Polícia Federal concluiu seu segundo inquérito sobre a facada. Segundo o órgão, Adélio agiu sozinho, por iniciativa própria, sem mandantes e ajuda de terceiros. A PF não comprovou a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime. 

O advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro, afirmou no começo de novembro ter provas de que a facada foi financiada pela esquerda e que Adélio Bispo “não é louco”. 

“Encomendaram a morte do presidente da República. Adélio é um assassino profissional cooptado para assassinar o presidente Jair Bolsonaro. Adélio Bispo agiu sozinho, não é louco e existem fortes indícios de que a esquerda brasileira encomendou a morte do presidente Jair Bolsonaro”, disse o advogado. 

 

O guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, deixou o Brasil sem passar pela imigração um dia após ser intimado a depor pela Polícia Federal (PF), segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo. A saída de Olavo envolveu compra de passagens em dinheiro e viagem de carro até o Paraguai, de onde viajou para os Estados Unidos.

Olavo de Carvalho alegou à PF que não poderia comparecer à oitiva por motivos de saúde. Nos EUA, ele negou em vídeo ter saído do Brasil para se esconder do depoimento, afirmando que conseguiu passagens de última hora. "Eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade", contou. As informações estão no inquérito que investiga as milícias digitais e que intimou o escritor.

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A esposa de Olavo comprou duas passagens para Miami com saída de Assunção, no Paraguai, um dia depois da intimação, em 9 de novembro. Segundo a coluna da Folha, o pagamento foi feito em dinheiro a uma agência de viagens.

 Ainda no dia 10, o filósofo deixou a clínica em que estava internado sem avisar. O estabelecimento registrou o ocorrido como "evasão do paciente". Após deixar o local, a viagem foi remarcada para 13 de novembro. Ele, então, teria viajado de carro até o Paraguai e deixado o Brasil sem passar pela imigração.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por 45 dias o inquérito em tramitação na corte contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar o cometimento de crime de prevaricação. O chefe do Executivo é acusado de ter se furtado de tomar as medidas cabíveis a respeito das denúncias de corrupção no processo de aquisição da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, conforme denunciou o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

A ministra também determinou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, encaminhe à Polícia Federal (PF), em até 5 dias, a cópia integral dos processos administrativos referentes à contratação e à importação da vacina Covaxin. O mesmo prazo vale para o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, que deverá enviar as cópias dos processos de autorização de uso emergencial do imunizante no País.

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O despacho da vice-presidente do STF responde ao pedido da PF para prorrogar o prazo da investigação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou no processo a favor da manutenção do inquérito por mais 45 dias, assim como dos pedidos de informação adicionais ao Ministério da Saúde e à Anvisa.

"Considerando que não foi possível à autoridade policial realizar as diligências faltantes e juntar os resultados obtidos no apuratório, revela-se essencial conceder novo prazo para a continuidade das investigações, a fim de sanar a dúvida acerca da titularidade do dever descrito no tipo penal do crime de prevaricação e da ocorrência do respectivo elemento subjetivo específico, isto é, a satisfação de interesses ou sentimentos próprios dos apontados autores do fato", afirmou a PGR.

Aos pedidos enviados ao Supremo, Rosa Weber responde que "mostram-se pertinentes ao objeto da investigação, proporcionais sob o ângulo da adequação, razoáveis sob a perspectiva dos bens jurídicos envolvidos e úteis quanto à possível descoberta de novos elementos que permitam o avanço das apurações". A ministra desta a importância das investigações "quando em jogo atos pertinentes à despesa pública e, no que diz com a hipótese dos presentes autos, a utilização de recursos escassos em cenário de grave crise sanitária nacional".

Desde o dia 27 de outubro nas mãos do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ainda não surtiu efeitos e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou nesta terça-feira (23) que pretende convocar o PGR para dar explicações no Senado. 

Em suas redes sociais, o também vice-presidente da CPI confirmou que vai abrir votação para a ida de Augusto Aras ao Senado com intuito de cobrar por mais celeridade no inquérito. O documento encaminhado pela CPI denunciou o Governo Federal de negligenciar a pandemia que já matou mais de 612 mil brasileiros

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Cabe ao PGR acatar ou não as denúncias para começar a investigar os indiciados, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desrespeitou a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para nomeá-lo. 

Junto com a base que se dispôs contra os parlamentares governistas, Randolfe quer saber quais providências foram tomadas diante dos graves depoimentos expostos na Comissão em virtude da aparente inércia de Aras.

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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) a abertura de inquérito contra a deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) para apurar denúncias de crime de racismo nas redes sociais.

O magistrado atendeu ao pedido do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que apoia a investigação contra a parlamentar sob o argumento de que ela fez publicação racista nas redes sociais ao utilizar imagens dos ex-ministros Sérgio Moro e Luiz Mandetta caracterizados com a chamada blackface - representação em que pessoas brancas pintam-se de preto e reproduzem comportamentos estereotipados e pejorativos atribuídos aos negros.

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Lewandowski determinou que as duas diligências iniciais propostas por Medeiros em seu pedido encaminhado ao STF sejam prontamente realizadas no prazo de 60 dias. O vice-PGR solicita que a Polícia Federal (PF) guarde os registros da prática racista imputada à deputada e inquiram-na para prestar depoimento.

"Com efeito, à primeira vista, os fatos narrados na manifestação do Parquet podem constituir ilícitos penais, devendo-se salientar que, embora de forma ainda embrionária, os autos possuem elementos indiciários aptos a embasar o início das investigações", escreveu Lewandowski no despacho.

O pedido de investigação criminal apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) deriva de uma notícia-crime apresentada pelo professor Roberto Lourenço Cardoso ao Supremo em 3 de outubro de 2020, dias após as publicações realizadas por Bia Kicis, em 27 setembro do mesmo ano. Pelo Twitter, Bia Kicis usou as imagens dos ex-ministros do governo Bolsonaro para ironizar e criticar o programa de trainee exclusivo para candidatos negros realizado pela vajerista Magazine Luiza.

"Com a postagem supramencionada, a ora noticiada (Bia Kicis) praticou, induziu e incitou a discriminação e o preconceito de raça e cor, pois utilizou o recurso denominado "blackface", que remete ao costume do século 19 de pintar atores brancos de preto, pois não era permitido aos negros atuar no teatro e no cinema, o que se constitui em racismo", escreveu Cardoso na notícia-crime. Ele, que é um homem negro, se disse ofendido pelas declarações da parlamentar.

A decisão do ministro ocorre um ano depois da representação chegar ao Supremo. Logo após ter recebido a petição, Lewandowski encaminhou os autos à PGR para avaliação. Na manifestação desta quarta, o vice-PGR cita uma notícia de fato (investigação preliminar) já em curso no Ministério Público.

"A natureza dessas declarações implica, em tese, prática da infração penal prevista no § 21 do art. 20 da Lei n° 7,716/19897 , que define os crimes resultantes de preconceito ou discriminação", escreveu Medeiros no documento ao Supremo datado da última sexta-feira, 12.

O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito para investigar suposto crime de racismo cometido pela deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF). O motivo foi uma publicação nas redes sociais da parlamentar ilustrada pelas imagens dos ex-ministros Sérgio Moro e Luiz Mandetta, ex-aliados do presidente, caracterizados com a chamada blackface - em que pessoas brancas pintam-se de negras e as imitam de forma caricata, estereotipando-as.

"A natureza dessas declarações implica, em tese, prática da infração penal prevista no § 21 do art. 20 da Lei n° 7,716/19897 , que define os crimes resultantes de preconceito ou discriminação", destaca Medeiros no documento datado da última sexta-feira (12).

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O vice-PGR já sugere duas diligências iniciais a serem cumpridas pela Polícia Federal no âmbito das investigações, após eventual autorização do STF: a conservação da publicação e a inquirição de Bia Kicis. O caso está sob relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.

O pedido de abertura de inquérito é derivado de uma notícia-crime apresentada ao Supremo em 3 de outubro de 2020, dias após as publicações realizadas por Bia Kicis, em 27 setembro do mesmo ano. Nos posts, Bia Kicis criticava o programa de trainee exclusivo para pessoas negras realizado pelo Maganize Luiza.

O autor da notícia-crime, um professor negro, se disse extremamente ofendido e humilhado pela publicação da parlamentar. "Com a postagem supramencionada, a ora noticiada (Bia Kicis) praticou, induziu e incitou a discriminação e o preconceito de raça e cor, pois utilizou o recurso denominado "blackface", que remete ao costume do século 19 de pintar atores brancos de preto, pois não era permitido aos negros atuar no teatro e no cinema, o que se constitui em racismo", frisou.

Menos de 15 dias após o recebimento da petição, Lewandowski remeteu os autos à PGR. Somente um ano depois, houve o pedido de abertura do inquérito. No documento enviado ao STF, Madeiros menciona, além da notícia-crime protocolada na corte máxima, uma notícia de fato (apuração preliminar) que tramita perante a Procuradoria-Geral da República.

A Polícia Civil do Rio concluiu a investigação e pedirá à Justiça o arquivamento do inquérito que apura a morte do cantor Kevin Nascimento Bueno, o MC Kevin, que caiu de uma varanda de um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, há seis meses. A 16.ª Delegacia, localizada no mesmo bairro, não encontrou "elementos que caracterizem crime", segundo nota da Civil.

"Em novos depoimentos, as testemunhas não acrescentaram informações relevantes ou contraditórias às que já haviam sido apuradas. Segundo as investigações, o cantor tentou sair do quarto onde estava pulando a varanda para alcançar o andar inferior, mas perdeu o apoio, se desequilibrou e caiu", explicou a corporação.

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Os desdobramentos da investigação corroboram o que apontou um laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Os peritos indicaram que Kevin caiu acidentalmente do quarto 502 do hotel, sem indícios de que conflitos possam ter gerado algum crime no local. Por envolverem relatos de sexo e traição, as circunstâncias da morte do MC se transformaram em uma novela, com diversas versões ventiladas inicialmente.

Grande sucesso no funk de São Paulo, MC Kevin, de 23 anos, foi inspiração para milhões de fãs que viam em seu repertório a representação da superação. Seu primeiro hit veio em 2014, Prepara Novinha, em parceria com MC Pedrinho. Já com MC Davi, ele criou o funk Pra Inveja é Tchau, que conseguiu mais de 200 milhões de visualizações.

Muito atuante entre os artistas, o músico da Zona Norte de São Paulo participou de canções que traduziam o difícil cotidiano das favelas, fazendo críticas sociais assertivas. Um de seus grandes sucessos como cantor é Vergonha pra Mídia, do MC Salvador da Rima, em que prega o funk consciente unido ao rap de protesto. A faixa logo foi adotada pela juventude da periferia.

A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, em Brasília, suspendeu o inquérito aberto para apurar se o delegado federal Everaldo Jorge Martins Eguchi vazou informações sigilosas de investigações a empresários em troca de financiamento para sua campanha eleitoral. Ele foi candidato a deputado federal em 2018.

Bolsonarista, o delegado foi o principal alvo da Operação Mapinguari, em junho. Na ocasião, policiais federais fizeram buscas e encontraram uma mala com dinheiro vivo, em reais, dólares e euros, que pertenceria a ele.

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Ao atender ao pedido apresentado pela defesa, na terça-feira, 9, a desembargadora disse que 'questões políticas e pessoais' foram 'determinantes' para a abertura da investigação contra o delegado.

"Não há fato novo a justificar a investigação do paciente no bojo da Operação Migrador, uma vez que os fatos imputados como criminosos ocorreram em 2018, e as ações contra o requerente remetem ao ano de 2020, ou seja, mais de dois anos depois dos supostos fatos", diz um trecho da liminar que, além de suspender a investigação, autoriza a volta de Eguchi ao cargo. A decisão vale até a análise do mérito.

A investigação contra o delegado foi aberta em 2018. Ele é suspeito de repassar informações sobre a Operação Migrador, conduzida por ele na Delegacia de Polícia Federal de Marabá, que investigou a exploração ilegal de minério de manganês. A PF acredita que parte dos investigados foi previamente informada sobre a operação, o que impediu o cumprimento de mandados de prisão preventiva.

O Ministério Público Federal chegou a comunicar à Justiça que o delegado 'tem se valido de sua função na Polícia Federal para alcançar fins ilícitos e ilegítimos, havendo ele se apropriado, de maneira pouco republicana, do aparelho estatal para privilegiar interesses próprios'.

Além da campanha a deputado federal, Eguchi também disputou a prefeitura de Belém no ano passado pelo Patriota e ficou em segundo lugar na eleição municipal. Ele se diz alvo de uma perseguição política por ser 'conservador e bolsonarista'.

"Como relata a o habeas corpus criminal, não houve comprovação de acusação, diversos indícios de acusações sem fundamento e com questões de oposição política", escreveu em uma rede social. "A decisão judicial resguarda a minha história junto à Polícia Federal, que sempre foi de lutar e defender o Brasil e nossa Constituição.".

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil escondidos na cueca, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encerre a investigação aberta contra ele por 'falta de justa causa'. O inquérito mira possível desvio de recursos de emendas parlamentares destinados ao enfrentamento da pandemia em Roraima.

Em manifestação enviada ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, a defesa do senador diz que seu endereço foi vasculhado pela PF há um ano e, desde então, não foram encontrados indícios de participação em irregularidades. Os advogados afirmam que a tese 'se tornou insólita e manifestamente infundada'.

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"Apresentado o cenário imediatamente subsequente às buscas, convém agora expor que as premissas iniciais adotadas pela investigação não se confirmaram após mais de 01 (um) ano do cumprimento da cautelar penal. Ademais, nem mesmo a busca na residência do requerente pode ser tida como eventual elemento corroborador dessas vazias hipóteses acusatórias em desfavor do Senador, mesmo com a localização de valores em espécie e com a narrativa de uma hipotética resistência na entrega daqueles", diz um trecho do pedido.

A defesa também afirma que as apurações se alongam para além do prazo razoável e, por isso, devem ser trancadas.

Após ter sido descoberto por policiais federais tentando ocultar dinheiro na cueca durante o cumprimento de mandados de busca na Operação Desvid-19, em outubro do ano passado, o senador deixou a função de vice-líder do governo do presidente Jair Bolsonaro. O ministro Luís Roberto Barroso chegou a determinar o afastamento da função por 90 dias, mas a decisão foi suspensa depois que o próprio parlamentar pediu licença do cargo por 121 dias. Alvo de representação no Conselho de Ética do Senado, ele reassumiu o mandato em fevereiro.

Em agosto, a Polícia Federal pediu o indiciamento do senador atribuindo a ele os crimes de peculato, advocacia administrativa, dispensa e fraude a licitação, lavagem de dinheiro e embaraço a investigação.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o trancamento do inquérito contra o banqueiro André Esteves sobre supostas propinas na celebração de contratos de "embandeiramento" de postos de combustíveis, fechados pela BR Distribuidora com a empresa Derivados do Brasil. O relator viu 'excesso de prazo nas investigações e ausência de elementos mínimos de autoria e materialidade delitiva'.

A defesa de Esteves alegou ao STF que o inquérito que tramitou quase cinco anos da 13ª Vara Federal de Curitiba, base da Operação Lava Jato e depois foi enviado para o Rio de Janeiro deveria tramitar junto à Justiça Federal de São Paulo. O argumento dos advogados do banqueiro era o de que a situação jurídica de Esteves era idêntica a de um outro investigado, João Mauro Boschiero, cuja investigação foi remetida à São Paulo.

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Caso esse pedido principal não fosse atendido, a defesa solicitou o trancamento do inquérito, de ofício, em razão de excesso de prazo das investigações e ausência de elementos mínimos de autoria e materialidade delitiva. Segundo os advogados, o procedimento estaria amparado apenas nas declarações apresentadas em colaboração premiada pelo ex-senador Delcídio do Amaral.

As informações foram divulgadas pelo STF.

Ao analisar o caso, o ministro Gilmar Mendes não verificou identidade das situações jurídicas de Boschiero e Esteves. De acordo com o ministro, a decisão relacionada ao primeiro teve como fundamento a ausência de vinculação do inquérito policial com os demais ilícitos envolvendo a BR Distribuidora. Já no inquérito contra André Esteves, segundo Gilmar, observa-se a vinculação, em tese, dos supostos crimes investigados com ilícitos praticados no âmbito da BR Distribuidora.

Por outro lado, o relator entendeu ser o caso de concessão de habeas corpus de ofício pelo excesso de prazo e pela ausência de provas. Gilmar sinalizou que o inquérito foi instaurado há quase cinco anos e não foram encontradas provas mínimas que possibilitem o oferecimento da denúncia. Na avaliação do ministro, a tramitação da investigação por prazo desarrazoado constitui situação de flagrante constrangimento ilegal.

Gilmar ainda citou a ausência de provas que justifiquem o prosseguimento das investigações. Ele lembrou que, em nenhum dos processos em trâmite no Supremo que tratam de investigações relacionadas a crimes cometidos no âmbito da BR Distribuidora, se concluiu que houve a participação efetiva de Esteves.

O ministro ainda apontou que a vinculação do investigado a supostos crimes está embasada fundamentalmente em declarações 'vagas e destituídas de elementos mínimos de corroboração' de Delcídio do Amaral, não confirmadas por outros colaboradores.

Gilmar ainda lembrou que Esteves foi absolvido pela Justiça Federal do Distrito Federal da imputação de obstrução de justiça no caso da suposta compra do silêncio de Nestor Cerveró, que se encontrava diretamente vinculada com os fatos da BR Distribuidora. Além disso, o ministro indicou que o STF arquivou as investigações instauradas contra o banqueiro pelo crime de organização criminosa, embasadas também nas declarações de Delcídio do Amaral.

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 45 dias para concluir o inquérito que investiga suposta prevaricação por parte do  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao tomar conhecimento das suspeitas de irregularidades no contrato de R$ 1,6 bilhão da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19. Além disso, a PF também pede a entrega de uma cópia do contrato de compra do imunizante a fim de aprofundar as investigações.

De acordo com o UOL, a PF pretende realizar novas diligências para aprofundar a investigação do caso. Sendo assim, solicitou ao STF que o Ministério da Saúde entregue uma cópia do contrato de compra da Covaxin. Também foi solicitada a prorrogação do inquérito por mais 45 dias, uma vez que o prazo inicial de três meses, iniciado em julho, já se encerrou.

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A compra da vacina foi firmada entre o governo federal e a empresa Precisa Medicamentos, que intermediou as tratativas com o laboratório indiano Bharat Biotech. O Ministério da Saúde decretou sigilo aos documentos do contrato referente à negociação. A PF também quer que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) compartilhe uma cópia integral dos processos de autorização para uso emergencial do imunizante indiano.

Em depoimento prestado à CPI da Covid em junho, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria atribuído ao líder do governo no Congresso, Ricardo Barros, a responsabilidade por eventuais irregularidades no processo de compra do imunizante indiano. Barros negou qualquer envolvimento no contrato.

A investigação busca elucidar se o presidente deixou de tomar as medidas cabíveis, o que constitui crime de prevaricação, quando um funcionário público "retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". Ainda segundo o depoimento de Miranda, Bolsonaro teria dito que informaria à Polícia Federal sobre o caso, no entanto, a PF alega nunca ter sido notificada. 

 

Com menos de cinco meses no cargo, o superintendente da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal, Hugo de Barros Correia, foi retirado do posto. A PF do Distrito investiga os inquéritos que miram na CPI das Fake News e em Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A decisão foi do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, indicado pelo próprio Bolsonaro e quarto líder da instituição ao longo da gestão.

O posto do DF apura os inquéritos de relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, aqueles que foram solicitados no âmbito da CPI da Fake News - relacionada à atividade do ‘gabinete do ódio’ nas redes sociais para organizar atos antidemocráticos e amplificar os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas -, além da investigação contra Jair Renan sobre tráfico de influência e sua ligação com lobistas envolvidos no esquema de superfaturamento de imunizantes.

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A superintendência foi responsável pela operação que apurou desvios de recursos no Ministério da Saúde. Correia assumiu o cargo em maio, mas de acordo com a Folha de S. Paulo, nunca teve proximidade com Maiurino.

O Diretor-Geral teria se irritado com o superintendente nos seus primeiros dez dias de nomeação por cumprir mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O responsável pela investigação em torno do então ministro, o delegado Franco Perazzoni foi indicado por Correia para um cargo de chefia, mas a promoção foi encerrada.

Desde que assumiu a Polícia Federal, Paulo Maiurino tirou do quadro gestores que não se enquadram ao seu modelo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a reabertura do inquérito que investigou o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), sob suspeita de receber propinas da Odebrecht na eleição de 2010.

Em manifestação enviada ao gabinete da ministra Rosa Weber, relatora do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros diz que 'novos elementos de prova' justificam a retomada da investigação.

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Madeiros cita um laudo feito pela Polícia Federal a partir de uma inspeção nos sistemas de contabilidade paralela do Grupo Odebrecht, que só ficou pronto após o arquivamento do inquérito embora tenha sido solicitado antes disso. A PF encontrou menções a pagamentos que teriam beneficiado o grupo político do deputado e a endereços que podem estar ligados a ele. De acordo com o relatório, Fábio Faria recebeu os codinomes de 'Garanhão' e 'Bonitinho'. Já ao pai dele, o ex-governador potiguar Robinson Faria (PSD), é atribuída a alcunha de 'Bonitão'.

O vice-procurador defende que o caso seja encaminhado para a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte. Em 2019, o plenário do STF decidiu que a competência para julgar casos de corrupção e lavagem de dinheiro conexos a crimes eleitorais é da Justiça Eleitoral.

"O juízo de reabertura de investigações é próprio do juízo natural para a ação penal. Quando foi feito o arquivamento, o Supremo Tribunal Federal não havia firmado a competência da Justiça Eleitoral para casos que tais. Assim, o Supremo Tribunal Federal foi o juízo do arquivamento, mas não seria hoje o juízo para o caso", diz um trecho da manifestação da PGR.

Aberta a partir da delação do Grupo Odebrecht, a investigação mirou indícios dos crimes de caixa dois e corrupção ativa. Foi arquivada em fevereiro de 2019 a pedido da própria Procuradoria-Geral da República. Na época, o órgão considerou que não havia provas para o oferecimento de denúncia contra o então deputado federal.

O advogado Celso Vilardi, que defende Fábio Faria no caso, disse ao STF que o laudo em questão não traz nenhum fato novo. "Muito menos prova nova que não tenha sido investigada nestes autos", afirmou. O criminalista observa que as planilhas de contabilidade paralela da Odebrecht foram juntadas, inclusive, aos anexos dos termos de colaboração dos delatores. Ele também afirma que não foi encontrado qualquer indício de propina ao ministro das Comunicações.

Nesta quarta (29), a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento do inquérito contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional. Em junho, o parlamentar havia sido indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A manifestação da PGR foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), apontando ausência de provas contra o senador. O documento é assinado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo.

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O relatório da PF havia apontado que operadores financeiros realizaram pagamentos para empresas ligadas ao senador. Em depoimento, delatores declararam que os repasses eram propinas destinadas a Bezerra Coelho.

"Restou demonstrado que Fernando Bezerra de Souza Coelho e Fernando Bezerra de Souza Coelho Filho receberam direta e indiretamente R$ 10.443.900,00 pagos pelas empreiteiras OAS, Barbosa Mello e Constremac/Mendes Junior entre os anos de 2012 a 2014. Ocorre que tais vantagens são indevidas eis que realizadas em contrapartida à execução de obras atreladas ao Ministério da Integração Nacional, à época em que o primeiro estava à frente do órgão", diz o relatório da delegada Andréa Pinho Albuquerque da Cunha.

Por sua vez, a PGR alega que foram realizadas oitivas de quase 100 pessoas para confirmar o relato do delator João Carlos Lyra, operador financeiro que diz ter feito repasses de empreiteiras para Fernando Bezerra. "Os episódios aconteceram há quase uma década e o amplo relatório da autoridade policial mostra que não foram envidados esforços para a produção de provas, chegando este Ministério Público Federal, associado aos trechos relatados pelo órgão policial, a uma conclusão: em relação ao agora senador Fernando Bezerra Coelho, embora citado diversas vezes, nada de concreto se apurou", escreveu a subprocuradora-geral.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de manifestação oficial assinada pelo vice-procurador geral, Humberto Jacques de Medeiros, que instaurou um “número recorde de investigações preliminares” sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a gestão do procurador-geral Augusto Aras. Medeiros se refere às 92 notícias protocoladas ao órgão para avaliação dos procuradores. Quando aceitas, as preliminares tornam-se inquéritos contra o investigado. Apesar do número “recorde”, apenas dois inquéritos foram instaurados para investigar a gestão de Bolsonaro.

A manifestação foi enviada ao STF como resposta a uma ação apresentada pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) que pedia que Aras fosse investigado por prevaricação, crime contra a administração pública e que indica prática indevida de determinada função para satisfazer interesses terceiros ao ofício. Aras é acusado de “fechar os olhos” para supostos crimes de responsabilidade do mandatário. Para tentar frear a acusação, Medeiros contra-argumentou com os números de investigações preliminares abertas pela Procuradoria, indicando que não há interesse, pela parte de Aras, de beneficiar o chefe do Executivo.

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"A Procuradoria-Geral da República, durante os últimos 23 meses, instaurou número recorde de investigações preliminares contra o Presidente da República. Os dados dos sistemas da PGR revelam que, a se considerar apenas as notícias de fato instauradas a partir de representações formalizadas na PGR contra Presidentes da República, somam no período de 17.9.2013 a 14.9.2015 (primeiro biênio do PGR Rodrigo Janot) 25 Notícias de Fato; de 18.9.2015 a 17.9.2017 (segundo biênio do PGR Rodrigo Janot) 52 Notícias de Fato; de 18.9.2017 a 17.9.2019 (PGR Raquel Dodge) foram 28 Notícias de Fato; e entre 26.9.2019 a 22.8,2021 (PGR Augusto Aras) foram nada menos que 92 Notícias de Fato instauradas contra o atual Presidente da República, Jair Bolsonaro", diz trecho do documento obtido pelo UOL.

O vice-procurador-geral nega as acusações de prevaricação contra Aras. "Os números são superlativos, sim. Mas além deles é necessário observar que não há prática indevida de ato de ofício, não há retardamento, não há prática contra legem [contra lei]. Há apenas uma atuação independente, atempada e sempre fundamentada, que desagrada os representantes nas suas expectativas", acrescentou.

Humberto Jacques de Medeiros fala ainda em uma suposta tentativa de "criminalização" da independência funcional do Ministério Público. As investigações preliminares abertas no âmbito do Ministério Público são procedimentos anteriores a um pedido formal de abertura de inquérito ao Supremo, feito quando a PGR reúne elementos mínimos de crimes atribuídos a autoridades com foro na Corte.

Indicado ao cargo por Jair Bolsonaro, Aras está no cargo desde setembro de 2019 e seguirá na função até 2023. No final de agosto, por 55 votos a favor e 10 contra, o plenário do Senado aprovou a indicação de Aras para um novo mandato de dois anos à frente da PGR.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta quarta-feira (8) que não “há clima” para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não por parte da população, nem por interesse do Congresso Nacional. A fala do vice acontece após as manifestações de 7 de Setembro, que ocorreram em diversas capitais e no Distrito Federal, e que foram convocadas pelo mandatário em um tom predominantemente antidemocrático.

Mourão, no entanto, não comentou as falas de Bolsonaro em Brasília e em São Paulo durante os atos. Para Mourão, o governo federal ainda tem “maioria confortável” entre os parlamentares e isso o garante permanência. “Não é a maioria pra aprovar grandes projetos, mas suficiente pra impedir algum processo prospere”, continuou. Nesse Dia da Independência, Bolsonaro teceu ameaças ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, e criticou o Tribunal Superior Eleitoral.

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Sobre as manifestações do 7 de Setembro, o vice-presidente afirmou que foram “expressivas” e que há tensão entre Judiciário e Executivo. “Manifestação expressiva, deixo de comentar discursos que foram feitos, porque é uma questão ética do vice-presidente. Na minha visão, existe um tensionamento entre o judiciário e o executivo”, justificou o militar.

Mourão ainda avaliou que um juiz não pode conduzir inquéritos, se referindo ao inquérito das Fake News que é conduzido pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes

“Tenho uma ideia muito clara sobre o inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes: não está correto. Juiz não pode conduzir inquérito. Acho que tudo se resolveria se o inquérito passasse para a PGR e acabou. Isso distensionaria os problemas”, disse.

Durante os atos de 7 de Setembro, Mourão postou uma mensagem nas redes sociais ressaltando a liberdade e o respeito na data. Na postagem, ele não comentou sobre as manifestações.

Em seu discurso, o chefe do Executivo chegou a dizer que convocaria o Conselho da República para esta quarta-feira (8), mas a convocação não aconteceu. Para Mourão, entretanto, existem integrantes na Praça dos Três Poderes que acreditam que a crise se estendeu de forma exagerada. “A gente precisa distensionar, existem cabeças ali dentro que entendem que isso foi além do que era necessário e conversando a gente se entende”, concluiu.

Em sessão nesta quarta-feira (8), o STF deve se pronunciar conjuntamente em repúdio aos discursos do 7 de Setembro.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL) foi intimada pela Polícia Federal a depor no inquérito que investiga a organização de atos antidemocráticos e ataques a instituições. Ela deverá ser ouvida no próximo domingo (5).

A determinação foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Zambelli comentou a intimação em carta e vídeo.

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"Mesmo sem ter acesso aos autos, em respeito à Polícia Federal e à Constituição, me farei presente. É certo que para mim o mar ficará agitado após essa oitiva, mas nada impedirá que mantenha minhas convicções e acredite naquilo que sempre defendi", ela escreveu.

A PF prendeu na mesma investigação o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo. A instituição também busca cumprir o mandado de prisão contra o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, que está foragido. O caminhoneiro declarou que só vai se entregar em 7 de setembro.

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Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta terça-feira, 31, arquivar o inquérito que investiga o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de pedir propina à Odebrecht, durante a campanha presidencial de 2014, para fazer pagamentos a aliados políticos.

Em 2017, o delator e ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht disse que Aécio - então candidato ao Palácio do Planalto - teria pedido R$ 15 milhões ao "setor de propina" da empreiteira após o primeiro turno da eleição de 2014. Aécio disputou o segundo turno com Dilma Rousseff (PT), que venceu a eleição.

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O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, foi o responsável por guiar o entendimento da maioria. Gilmar desconsiderou o pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para enviar o assunto à Justiça Eleitoral. Em contrapartida, optou por atender ao pedido da defesa para arquivar a investigação, sob justificativa de não haver provas consistentes produzidas até o momento.

O julgamento foi decidido por apenas dois votos. A Segunda Turma está desfalcada sem a aprovação da indicação de André Mendonça à vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio Mello. O presidente do colegiado, Kassio Nunes Marques, acompanhou o relator na determinação do relator.

"Assinalo que a continuidade da persecução criminal, mesmo após excessivo tempo de duração, não conseguiu reunir um lastro probatório mínimo, apenas balizados em depoimentos de colaboradores, sem a devida corroboração com os demais elementos informativos até então, que, sobretudo, não foram suficientes para a formação da opinião delitiva do Ministério Público Federal", afirmou Nunes Marques.

Os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandowski tiveram entendimentos diferentes entre si, por isso não houve empate no julgamento. Fachin votou pelo encaminhamento da ação para a Justiça Federal, já Lewandowski aceitou o pedido da PGR para que o caso fosse analisado pela Justiça Eleitoral.

O Ministério Público de São Paulo promoveu o arquivamento do inquérito aberto para investigar se o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania) continuava exercendo o mandato mesmo após ter sido afastado do cargo por 180 dias por importunação sexual contra a também deputada Isa Penna (PSOL). A medida foi comunicada ao Tribunal de Justiça do Estado.

O procurador Mario Antonio de Campos Tebet concluiu que o deputado afastado não cometeu infração. Em sua avaliação, a participação em eventos de cunho político-partidário não é suficiente para caracterizar ato inerente ao ofício de parlamentar.

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"A análise dos fatos que constituem objeto da representação, em cotejo com o material probatório que a instruiu, nos leva à segura conclusão de que os mesmos não guardam correspondência com qualquer delito descrito como infração penal pelo ordenamento jurídico pátrio", diz um trecho do ofício encaminhado à Justiça.

A investigação foi aberta depois que deputadas do PSOL entraram com uma representação no Ministério Público. As parlamentares enviaram publicações nas redes sociais mostrando que Cury estaria se reunindo com autoridades públicas em uma iniciativa batizada de ‘Caravana 2021’.

Ao instaurar o inquérito, o MP apontou que o deputado afastado participou, por exemplo, de atividades virtuais com lideranças locais e anunciou a entrega de recursos para obras de infraestrutura e serviços de recape. "Consta que outros perfis públicos nas redes sociais, de aliados políticos de Fernando Cury, também estão divulgando informações de que representando ainda está atuando como estivesse em pleno exercício do cargo", diz um trecho da portaria que formalizou a apuração.

Ao final das investigações, após ouvir a Assembleia Legislativa de São Paulo e o próprio Cury, a Procuradoria considerou que a atuação é regular. Desde que foi afastado temporariamente do cargo, em abril, ele está proibido de exercer atividades relacionadas à natureza legislativa, como participação em sessões plenárias, reuniões de comissões e apresentação de proposituras. "Não há notícia do descumprimento dessas determinações", escreveu o procurador ao promover o arquivamento.

COM A PALAVRA, FERNANDO CURY

"As caravanas são símbolo do trabalho e da história de Fernando Cury, antes mesmo dele ter mandato. Foi por meio delas que, nos anos anteriores, ele rodou mais de 400 cidades do estado de São Paulo, levando conquistas que transformaram a vida das pessoas de diversas regiões. Quanto às entregas da última caravana, tratam-se de demandas voluntárias que ele buscou (junto ao Governo do Estado de São Paulo) no final de 2020 e início de 2021, antes de seu afastamento.

Fernando trabalha há quase 10 anos como liderança de várias regiões no estado e tem inúmeras responsabilidades com a população. As entregas foram absolutamente legais, todos os movimentos de Cury, como cidadão e político, especialmente neste momento tão difícil para o Brasil, passam por averiguação jurídica.

Antes de seu afastamento, deixou emendas impositivas, ainda do orçamento 2020, que serão entregues pelo governo em um futuro próximo e serão conquistas importantes para as regiões nas áreas de saúde, infraestrutura, entre outras. Apesar de estar afastado, ele tem um trabalho sério e pretende honrar essa história.

Em nenhum momento o deputado afastado Fernando Cury exerceu o cargo de Deputado (o que é impossível por estar afastado, sem gabinete, sem salário e sem poder de fazer propostas legislativas ou votar projetos) nas caravanas, agindo exclusivamente como Cidadão engajado por mudanças que luta por todo estado de São Paulo.

Fernando aceita e respeita a decisão de seu afastamento do cargo público, permanecendo sem salário e sem gabinete. Como cidadão, segue com engajamento nas diversas regiões onde sempre procurou ajudar as pessoas. Esse assunto já está resolvido, inclusive com o pedido de arquivamento pelo Ministério Público.

A respeito do que foi dito no pedido de arquivamento do processo de atuação irregular do mandato de Fernando Cury pelo Ministério Público, reforçamos o reconhecimento de que a justiça foi feita. O MP entendeu que, a partir de 9 de abril de 2021, quando Fernando teve seu mandato suspenso, ele não exerceu qualquer atividade relacionada à natureza legislativa.

Sabemos que os danos são irreparáveis quando uma acusação é feita sem fundamento. Por isso, reiteramos que Cury continuou afastado durante o período determinado pela justiça, agindo de acordo com o que foi determinado judicialmente. Além disso, sabe-se que a participação ou, até mesmo, a realização de eventos de cunho políticos/ partidários não são suficientes para caracterizar um ato inerente ao ofício de parlamentar, e reforçada pela própria Alesp. Desse modo, Fernando Cury se manteve afastado de seu cargo público, agindo como cidadão engajado e que quer o bem da região de Botucatu e demais regiões em que atua.

E, por fim, em relação à perseguição online a Fernando, ela ocorre modo a parecer que há uma grande necessidade da exploração de uma pauta que já foi debatida e sanada, Cury acredita e luta pela sua inocência, mas sabe que a justiça da redes sociais serve pra acabar com reputações construídas durante uma vida."

COM A PALAVRA, ISA PENNA

"Acreditamos que o MP está trabalhando em todas as denúncias do caso e que ele é extenso e complicado, ninguém até então nunca foi punido por assédio sexual antes de Cury em nenhuma assembleia legislativa do País, entendemos as derrotas e também as vitórias, hoje o mesmo MP solicitou um impedimento para que Cury não assuma o CONDECA. A sociedade, o MP e todas nós mulheres estamos aprendendo com esse caso. Fato é que assediadores não ficarão mais impunes."

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