Mesmo rejeitado por parte dos brasileiros, Jair Bolsonaro (sem partido) se perpetuará – democraticamente - na liderança do poder Executivo. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, que projetou a vitória do atual presidente em três cenários distintos das eleições de 2022.
Cenário 1- A pesquisa foi feita entre os dias 26 e 29 de abril, após a crise política instalada com as saídas dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro. Bolsonaro lidera com 27% dos votos o primeiro cenário, no qual disputaria com o ex-ministro da Justiça, que assume a segunda posição com 18,1%. Abaixo de Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), Luciano Huck aparece na quinta posição, com 6%.
##RECOMENDA##Cenário 2- Em outra projeção, Moro foi retirado da disputa, o que amplia a diferença de Bolsonaro para os demais concorrentes, com 29,1% das intenções de voto. Haddad reassume a segunda posição com 15,4%, seguido por Gomes, com 11,1% dos votos. O ex-ministro da Saúde foi introduzido na disputa, no entanto, perde para Luciano Huck e ficaria na quinta posição, com 6,8%.
Cenário 3- O único concorrente que freia, mas não tira a liderança do atual presidente, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de Bolsonaro assumir a vantagem com 26,3%, o líder petista conquista 23,1% dos votos, o que determina um empate técnico. No entanto, este cenário é improvável, pois o ex-presidente segue inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Nesta disputa, Moro corre por fora e fica na terceira posição com 17,5%.
Desempenho da gestão- Mesmo com a política controversa, Jair Bolsonaro (sem partido) consegue manter 30% do eleitorado, o que lhe capacita para o segundo turno da corrida presidencial de 2022. Contudo, se quiser ser reeleito, o presidente tem que melhorar a avaliação do seu governo, que conta com apenas 44% de aprovação, conforme o Instituto Paraná Pesquisas. Outro dado preocupante é que 31,8% dos eleitores consideram sua gestão ótima ou boa.
“É o pior momento do governo em termos de popularidade. Esse um terço que Bolsonaro mantém consolidado é impressionante, mas as pessoas que consideram sua gestão ‘regular’ estão começando a classificá-lo como ‘ruim’ ou ‘péssimo’. As confusões que Bolsonaro está criando têm feito com que ele perca o eleitor neutro. E me parece que ele não está preocupado com isso, mas em governar para manter os 30%”, avaliou o diretor do instituto, Murilo Hidalgo, à Veja.
De acordo com a revista, a pesquisa feita por telefone entre os dias 26 e 29 de abril, com 2.006 eleitores em 182 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.