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Muitos podem não estar lembrados, mas há uma família que costuma ser discreta quando trata-se de exposição na mídia, mas que exerce um peso forte na política pernambucana, principalmente, quando se trata de falar da sua tradição no interior de Pernambuco: o clã dos Magalhães. O grupo de políticos é formado pelo prefeito reeleito de Xexéu, Eudo Magalhães (PSB); o ex-prefeito e ex-deputado estadual Enoelino Magalhães, o deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB) e o irmão Eudo Magalhães Junior, que vem tentando aproveitar a leva para também ingressar na política, mas até agora sem sucesso. 

Para se ter uma ideia em números, Eudo Magalhães conseguiu um recorde, além do ex-prefeito Ybes Ribeiro, foi o único que governou três cidades pernambucanas sendo as outras duas Água Preta e Joaquim Nabuco. Não se sabe ao certo como é a atuação dele no município que faz divisa com o Estado de Alagoas. Na página do facebook da Prefeitura de Xexéu, que não é atualizado desde 2013, constam algumas ações referentes ao primeiro mandato como entrega de carteiras escolas para a rede municipal de ensino, uma ação social realizada no Dia Internacional da Mulher e um encontro de planejamento com diretores e professores com a participação do prefeito. 

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O que se sabe também é que o prefeito está enfrentando dificuldades na gestão. Em maio passado, ele decretou estado de emergência considerando as fortes chuvas que se abateram sob o município, “que acarretaram em inúmeros prejuízos humanos e materiais”, diz uma parte do documento. 

Nem mesmo o fato do prefeito ter constado na lista de mais de mil gestores públicos que tiveram contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) não o impediu de sair vitorioso, novamente, na eleição de 2016. Ter as contas rejeitadas, de acordo com o órgão, não faz com que o candidato fique inelegível, mas pode ser um potencial para tal.  Na época, Eudo chegou a dizer que houve um “equívoco”.  

Por sua vez, o filho Clodoaldo Magalhães (PSB) percorreu um árduo caminho até se formar em medicina. No entanto, ele entrou na política. Também com um perfil discreto, ele tem conseguido se estabelecer na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) já estando em seu terceiro mandato consecutivo, ou seja, já são 12 anos, e deve tentar mais uma vez a vaga na eleição de 2018.  Ao mesmo tempo, há uma especulação que movimenta a região da Mata Sul de Pernambuco para estimular uma possível candidatura do médico à Câmara Federal. 

O pessebista, que é natural de Palmares, preside pelo terceiro biênio seguido, a Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação e é membro das Comissões de Educação e Saúde. O parlamentar já foi secretário de Governo de Joaquim Nabuco e de Saúde, em Sirinhaém. 

Contato com a base no interior

Segundo Clodoaldo, o seu mandato tem um foco nas comunidades. Em entrevista recente concedida ao LeiaJá, ele chegou a dizer que tem o “hábito” de visitar municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), da Mata Sul e do Agreste para acompanhar de perto os problemas que as pessoas enfrentam.

Para ele é uma forma de retribuir ao povo a confiança que lhe foi dada. Também está de olho na área da segurança e da saúde. “Eu tenho muito contato com a base que me atribuiu um voto de confiança e participo muito de eventos sociais das comunidades”.

Derrota de Eudo Jr 

O irmão Eudo Magalhães Jr. não tem tido a mesma sorte. Na eleição do ano passado, o empresário do ramo da construção civil, que nunca exerceu um cargo, tentou em sua primeira eleição a vaga como prefeito do município de Primavera pelo PR, mas foi derrotado. A vencedora foi Dayse do Gás (PDT), esposa do ex-prefeito da cidade Galego do Gás. 

Dayse derrotou a prefeita e candidata à reeleição Naza Pão com Ovo (PSB), que obteve 30,27% dos votos, seguida por Eudo Magalhães (PR) com 24,3%. Já os candidatos Miro Papa Ova (PRP), Xandeco (Rede) e Nega (PV) não ultrapassaram 2% dos votos, cada.

Há rumores de que Eudo Jr. tente disputar, em 2018, uma vaga na Câmara Federal. Em entrevista concedida, ele não chegou a descartar a possibilidade. Afirmou que estava “preparado” para ingressar na vida pública. “Por entender que tenho amplas condições de defender os interesses de nossa região, mas reforço que faço parte de um grupo político e que a decisão será tomada de forma conjunta”, disse.

Tragédia na família

O prefeito Eudo também teve de enfrentar um momento duro para qualquer pai: enterrar o filho, que faleceu após um acidente de moto que aconteceu no ano de 2015, em Água Preta, na Mata Sul de Pernambuco. O jovem tinha, à época, 16 anos. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. De acordo com a Polícia Militar, ele se chocou de frente com um rapaz que estava em outra moto, mas também faleceu. 

Clodoaldo Magalhães também já se envolveu em um acidente, na BR -232, nas mediações de Gravatá, mas sem vítimas. Ele iria cumprir agenda política em Caruaru quando o motorista perde o controle do veículo no qual estava. Ele sofreu apenas escoriações pequenas. O motorista quebrou a perna e a assessora um braço.

Muitos políticos falam sobre soluções para enfrentar a crise, mas boa parte da população iria duvidar que os próprios seriam capazes de cortar do próprio salário para ajudar a diminuir os efeitos da situação crítica que diversos municípios brasileiros passam. Mas foi exatamente isso que o prefeito do município de Avelino Lopes, Dióstenes José Alves (PP), no Piauí, fez: reduziu 20% do seu salário.

A medida temporária, que foi publicada no Diario Oficial, também abrangeu o do vice-prefeito, bem como de todo o seu secretariado. De acordo com Dióstenes, foi preciso essa atitude para enfrentar a desaceleração da economia mundial e a diminuição das receitas da cidade. 

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Ele também disse que é preciso responsabilidade na gestão fiscal e afirmou que é preciso garantir “a continuidade dos atendimentos à comunidade com o uso racional dos recursos públicos em prol da sociedade”.

O prefeito ainda decretou a rescisão de contratos de trabalho e assessorias vinculadas à Secretaria Municipal de Administração e cortou a contratação de novos profissionais, exceto os necessários nos serviços essenciais. “Esperamos que a medida faça com que o município possa seguir honrando seus compromissos sem prejudicar os demais investimentos e ações que estão em andamento”, declarou. 

 

 

 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), viu na semana passada seu cacife eleitoral abalado após uma pesquisa mostrar um aumento da rejeição dos paulistanos às suas viagens pelo Brasil. "As viagens não são em busca de voto, mas de vantagens para a cidade de São Paulo", disse o tucano em entrevista, em Milão, onde cumpriu mais uma agenda internacional.

Doria abordou os pontos sensíveis de sua pré-candidatura, mas sempre tomando o cuidado de negá-la. Ao mesmo tempo em que elogia o Movimento Brasil Livre (MBL), que se aproxima do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o prefeito rejeita o rótulo de "direita". "Sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada", afirmou.

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Quanto aos temas tabus, o prefeito emite sinais trocados: evita se posicionar sobre casamento gay e se coloca contra a legalização da maconha e do aborto. Leia os principais trechos da entrevista:

Por que viajar tanto pelo Brasil se o senhor não é candidato à Presidência?

As viagens não são em busca do voto, mas de vantagens para a cidade de São Paulo. Independentemente das homenagens que recebo, e que educadamente agradeço, temos feito acordos operacionais com várias prefeituras. Sou vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Compete a mim fazer programas de integração com outras prefeituras.

Como explica essa rejeição às viagens detectada em pesquisa?

Normal. Na medida em que se explica que as viagens são em benefício da cidade, a rejeição gradualmente vai caindo. As pessoas vão entendendo que São Paulo não é uma província, mas uma cidade global. A rejeição tende a cair.

A cidade enfrenta problemas de zeladoria, como semáforos quebrados e mato crescendo em praças. São problemas que o Cidade Linda não resolve...

É preciso ter investimentos mais constantes para a zeladoria urbana. No caso dos semáforos, ficamos seis meses presos ou limitados pelas falta de uma licitação que deixou de ser feita na gestão anterior. O TCM (Tribunal de Contas do Município) durante quase três meses segurou esse processo. Nos próximos dias vamos lançar um programa, o "Semáforo Expresso", que será feito por meio de motocicletas. Técnicos vão usar motos para chegar mais rapidamente aos semáforos com problemas.

Há um movimento que defende um controle maior sobre os museus, por causa da exposição do MAM. É a favor de algum tipo de regulamentação sobre o que pode ser exposto em museus?

Não sou. Sou contra a censura de qualquer natureza, mas é preciso ter cuidado e zelo. Naquele episódio de São Paulo, um museu sério como o MAM cometeu um erro de não colocar um monitoramento na porta da sala onde havia a performance do artista. Bastaria ter monitores orientando as pessoas. É preciso ter cuidado para não avançar nos limites da intolerância.

Qual sua posição sobre a legalização do aborto?

Sou contra, exceto nos casos em que a Constituição já prevê.

E sobre o casamento gay?

Esse é um tema que precisa ser estudado e avaliado. Tema de um debate mais profundo.

O que pensa do "escola sem partido"?

Escola é feita para ensinar, não para fazer política.

Descriminalização da maconha, uma bandeira do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?

Sou contra, embora respeite muito as posições do ex-presidente. Ele é um sábio, além de respeitável sociólogo.

Como seria sua relação com o MST se fosse presidente? E como seria sua tolerância com as invasões?

De diálogo. Invasão é crime. E como tal não pode ocorrer. O governo deve defender a propriedade.

O senhor é a favor da autonomia do Banco Central?

Totalmente a favor. É necessário. O Banco Central não pode ser monitorado pelo governo. No governo atual, esse é um bom exemplo de como ter um BC independente, com gestão eficiente.

Qual seria a política sobre a taxa de juros?

Temos que ter câmbio flexível e autonomia do BC. Quero aproveitar para fazer um registro positivo em relação ao ministro Henrique Meirelles: a política econômica está sendo feita com zelo e cuidado. Não funciona ter política de juros com viés político.

O MBL, que é identificado com a direita radical, se afastou do senhor e se aproximou de Jair Bolsonaro. Começou a criticá-lo, algo que não fazia antes. Como avalia esse movimento?

Essa é uma circunstância momentânea. Esse não é um movimento de todo o MBL, mas de alguns. O MBL cresceu muito. Hoje eles têm algumas frentes e vertentes, mas eu respeito muito o valor, a trajetória e aquilo que eles defendem.

Pesquisa também mostrou que parte do eleitorado tradicional do PSDB e seu migrou para Bolsonaro. Como explica isso?

Isso é cíclico. Amanhã pode mudar. Há um certo ciclo. Esses ciclos vão ocorrer várias vezes até outubro do ano que vem.

Então esse eleitorado não migrou para a direita mais radical?

Não. É uma circunstância momentânea e que vai mudar, talvez mais de uma vez.

A eleição de 2018 é melhor com ou sem o Lula?

Com democracia.

Está descartada a possibilidade de o senhor deixar o PSDB?

Não penso em deixar o PSDB. Não há razão concreta para isso. Recebi convites de outros partidos, o que me honrou muito. São partidos aliados e que me ajudam na gestão em São Paulo. A hora da política é no ano que vem.

O senhor é pré-candidato à Presidência?

Não.

Se Geraldo Alckmin pedir, aceitaria disputar o governo de São Paulo em 2018?

Toda solicitação que venha do governador Alckmin vai merecer meu respeito e atenção. Ele não solicitou. Se tivermos alguma conversa no futuro nesse sentido, qualquer ponderação e diálogo que envolva o governador Geraldo Alckmin terá a minha participação e meu interesse em atendê-lo.

Em Belém, o senhor disse que não é de direita, mas de centro. Foi uma maneira de se diferenciar de Bolsonaro?

Eu sou um liberal. A posição mais ao centro é a mais equilibrada para um País que precisa de paz e crescimento econômico.

Como enxerga esse discurso extremado do Bolsonaro?

Ele tem suas convicções. É um direito dele.

Estaria com ele no segundo turno?

Apoio não se nega, se incorpora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, João Doria, reuniu-se nesta sexta-feira (13) com o seu homólogo de Milão, Giuseppe Sala, e anunciou a intenção de acordos em quatro áreas: mobilidade urbana, segurança, sustentabilidade e desenvolvimento cultural.

"Estamos desenvolvendo quatro pontos importantes. A primeira é a mobilidade urbana, que é um problema em São Paulo e Milão. Estamos tentando desenvolver a mobilidade sem gerar impacto ambiental", disse o tucano, que chegou ontem à Itália.

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De acordo com Doria, na área de segurança, Milão utiliza um modelo de ações coordenadas entre cidade, estado e governo federal, o qual poderia ser reaplicado em São Paulo. "Outro ponto interessante é o envolvimento da segurança privada".

Nos programas culturais, Milão e São Paulo, que são cidades-gêmeas, pretendem atuar na restauração de monumentos históricos, como já vem ocorrendo com a reforma de praças patrocinadas por empresas italianas. "Há sempre um esforço de fazer Milão e São Paulo serem cidades-espelhos", afirmou Doria.

"São acordos de colaboração, os quais serão assinados quando tivermos certeza de que poderão entrar em vigor no dia seguinte", disse Sala, que também veio do meio empresarial e foi o delegado da exposição universal Expo Milão 2015.

"Quero retribuir o convite de Sala para que o prefeito possa visitar São Paulo, pois neste momento estamos restaurando a Praça Milano", contou o tucano, referindo-se ao espaço cuja obra está sendo financiada pela Pirelli.

Mais cedo, o prefeito de São Paulo se reuniu com o presidente mundial da Pirelli, Marco Tronchetti Provera. A fabricante italiana de pneus tem interesse em participar do leilão de privatização do autódromo de Interlagos, que faz parte do plano de desestatização de Doria.

"A Pirelli vai aumentar seus investimentos no Brasil. Isto será certo que ocorrerá, porque o mercado brasileiro começará a ser retomado no ano que vem. A Pirelli já sentiu a retomada do mercado automobilístico brasileiro", disse Doria.

Segundo o prefeito, Marco Tronchetti Provera também prometeu que falará com os investidores chineses sobre a proposta. "Ele vai perguntar aos investidores chineses sobre essa possibilidade. Foi um encontro muito positivo. Provera deve ir para São Paulo em março", contou Doria.

Questionados pela ANSA sobre a extradição do italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua pela Justiça de Roma por quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e cuja extradição fora negada pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Doria e Sala defenderam que o Brasil devolva-o.

"Temos uma visão comum sobre isso, mas cabe ao governo brasileiro. Torço para que a extradição seja feita em breve, até porque as últimas declarações de Battisti me deixaram perplexos", contou Sala. "Battisti precisa ser extraditado e responder aqui na Itália pelo processo ao qual foi condenado", acrescentou Doria.

Battisti é considerado terrorista na Itália pela sua atuação dentro do grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

O prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira (PTB), afirmou, na tarde desta sexta-feira (29), que está sendo vítima de um golpe. O petebista foi afastado das funções públicas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) desde a última terça-feira (26), após da deflagração da Operação Tupinambá que investiga desvio de bens e verbas da administração municipal. 

"Estou tranquilo e certo de que todos os fatos serão esclarecidos. Estamos aqui para mostrar que estamos 100% confiantes na justiça. Não vou aceitar nenhum tipo de golpe. A denúncia foi feita por um vereador e vamos provar que é inverídica", declarou o prefeito. Indagado sobre quem seria o parlamentar citado por ele, o prefeito disse que não mencionaria nomes. Nos bastidores, consta-se que ele se referia ao presidente da Câmara Municipal, Denis Alves (Podemos). 

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Diretamente sobre as acusações de fraudes que pesam contra ele, o Bruno Pereira disse que "tem que investigar e apurar tudo", mas negou ter cometido qualquer irregularidade. Quanto aos R$23 mil encontrados na sua residência durante a operação na última terça, o petebista reconheceu que costuma guardar valores em espécie. "Sempre saco dinheiro para fazer pagamentos, dos R$23 mil, R$14 mil era do salário do meu pai, R$ 6 mil do meu irmão e R$3 mil meus", detalhou. Até que o TJPE revogue o afastamento do prefeito titular, quem administra a cidade é o vice-prefeito Gabriel Neto (sem partido).

Ao lado do gestor afastado, o senador Armando Monteiro (PTB) reforçou o apoio da legenda ao político e a tese de "golpe" defendida pelo prefeito. "Pude perceber a firme disposição do prefeito em fornecer todas as informações necessárias. Atitude reveladora do compromisso que ele tem com a população que o elegeu. Do nosso partido estamos ao seu lado. Não é possível conceber que algumas injeções tomem um mandato conferido pelo povo", cravou. Além de Armando, o presidente estadual do PTB, deputado José Humberto Cavalcanti também estava na coletiva.

Esclarecimentos das denúncias 

Entre as denúncias apresentadas pelo Ministério Público de Pernambuco, está a de desvios em aproximadamente R$23 milhões de processos licitatórios, que, inclusive, de acordo com o MPPE, não foram encontrados na sede da gestão municipal. De acordo com o procurador-geral do município Edson Vera Cruz, o fato já foi esclarecido para a polícia que não fez buscas na sala em que, de acordo com eles, é realmente armazenada a documentação. "Todos os procedimentos licitatórios foram realizados, cerca de 30 dias antes da Operação enviamos para o Ministério Público e a própria promotora disse que não haviam mais pendências.

Outro ponto, diz respeito a um vídeo divulgado na imprensa com a suposta retirada de documentos do prédio da prefeitura. Durante a coletiva, o prefeito e seus assessores esclareceram que se tratava de um caminhão que fazia a manutenção das impressoras do local. 

Já quanto o fluxo de informações constantes no site de prestação de contas do Tribunal de Contas de Pernambuco, questionado pelo órgão que informou ter valores alterados com frequência, o controlador do município, José Felipe, afirmou que "não há nenhuma ingerência com relação aos dados. Não foram alterados".

Sobre a denúncia feita por uma advogada que constava no Portal de Transparência da cidade como médica, José Felipe disse que em 2017 ela não estava no quadro de funcionários. "Temos a informação por parte da denúncia feita no Ministério Público que se tratava de uma senhora de nome Ana Carla Brito e sabemos que ela prestou serviço em 2015 e 2016, mas em 2017 não. Um empenho foi lavrado neste sentido, mas cancelado depois que constatou-se que ela não era funcionária da gestão", pontuou.

Operação Tupinambá 

Deflagrada na última terça-feira pela Polícia Civil, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão, além do afastamento do prefeito e de outros servidores da administração municipal. 

Além de Bruno Pereira, a investigação traz indícios de envolvimento dos secretários de Saúde, Breno Celson Nogueira da Silva, e Finanças, Jucineide Pereira de Melo; membros da Comissão Permanente de Licitação José Carlos de Araújo, Roseane Ramos Gonçalves Andrade e Severina Josefa Paulo da Silva Ramos. 

Ainda foram citados os empresários Nelton Uchoa Simões, Severino Ramos da Silva, Carolina Azevedo da Costa, Eugênio Azevedo da Costa e Luciana Maria da Silva, da Esfera Construções LTDA ME.

Durante as ações policiais foram  apreendidos R$ 28 mil em espécie, sendo R$ 23 mil na casa do prefeito, e duas armas de fogo. Além de equipamentos eletrônicos e documentos, nas residências dos investigados e na prefeitura.

A Operação Tupinambá, deflagrada pela Polícia Civil após uma denúncia de desvio de verbas e recursos públicos na prefeitura de São Lourenço da Mata, encontrou R$ 23 mil na casa do prefeito Bruno Pereira (PTB), que está afastado por tempo indeterminado de suas funções públicas. Além dele, os responsáveis pelas secretarias de saúde e finanças do município e outros quatro servidores das mesmas pastas também foram afastados.

De acordo com o delegado Joselito Amaral, os afastamentos têm por objetivo impedir que os suspeitos interfiram nas investigações. Ainda segundo o delegado, o inquérito continuará e o prefeito terá que explicar a origem do dinheiro encontrado em sua residência. Além dos afastamentos, também foram efetuadas duas prisões. Um guarda municipal de São Lourenço da Mata e uma empresária que não teve o nome divulgado foram presos por posse ilegal de arma de fogo sem registro. A operação mobilizou 110 policiais para a realização de 14 mandados de prisão realizados no município e também em Recife, Caruaru, Camaragibe e Bezerros. 

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A operação foi deflagrada após três meses de uma investigação que teve início com uma denúncia realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) e pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A suspeita a ser confirmada é de que verbas públicas, que têm destinação definida um ano antes de sua liberação, tenham sido desviadas através da assinatura de contratos com empresas que não tiveram seus nomes divulgados. 

Na próxima quarta-feira (26) representantes do TCE, do Ministério Público e da Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos da Polícia Civil de Pernambuco realizarão uma coletiva de imprensa às 9h para divulgação de mais informações sobre a investigação e a operação. 

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Líder da oposição na Câmara dos Vereadores de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o vereador Antônio Barros (PSB), mais conhecido como Manga, afirmou ao LeiaJá, nesta terça-feira (26), que pretende instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa para averiguar as irregularidades que o prefeito Bruno Pereira (PTB) está sendo acusado. O procedimento, de acordo com ele, será adotado assim que o Legislativo for notificado sobre os autos da Operação Tupinambá, deflagrada hoje, que afastou o petebista das suas funções

"Se os desvios forem verídicos não vamos passar a mão na cabeça de ninguém. Estudamos sim, sem dúvida, instaurar uma CPI para investigar e cassar, se for o caso, o mandato dele", declarou. Antônio informou também que antes desta operação já havia solicitado ao Tribunal de Contas do Estado a realização de uma auditoria na situação financeira da cidade, além da questão das obras inacabadas. "Estávamos aguardando um retorno do órgão", completou.

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A Câmara de Vereadores em São Lourenço consta com 15 parlamentares e quatro deles são da oposição. Da bancada governista, o LeiaJá não conseguiu retorno. 

Com o afastamento de Bruno Pereira pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), acusado de desviar verbas e bens municipais, quem deve assumir o comando da cidade é o vice-prefeito Gabriel Neto que, inclusive, está rompido politicamente com o petebista. À reportagem, Neto disse que não se pronunciaria até ficar a par de toda a situação.

Desde o início da manhã, a sede da prefeitura de São Lourenço está fechada. O expediente no local inicia normalmente por volta das 7h, mas o prédio não foi aberto. Por determinação da Justiça, Bruno e outros servidores foram proibidos de ter acesso ao local. Até o momento, a assessoria de imprensa da prefeitura ainda não se manifestou. 

A Operação Tupinambá cumpriu 14 mandados de busca e apreensão domiciliar no Recife, São Lourenço, Camaragibe, Caruaru e Bezerros. As medidas judiciais foram expedidas pelo Desembargador Odilon de Oliveira Neto.

Festa milionária 

Bruno Pereira é o mesmo que em agosto deste ano foi impedido de realizar uma festa orçada em R$ 4 milhões, segundo dados divulgados pelo TCE. O petebista, na época, foi notificado pela situação financeira da administração municipal já que em janeiro deste ano ele decretou estado de calamidade financeira. Na ocasião, Bruno acusou a oposição de articular contra a sua gestão, mas acatou a recomendação do TCE.

O prefeito de Dormentes, município do Sertão de Pernambuco, Geomarco Coelho (PSB), de 51 anos, morreu no final da tarde da quinta-feira (21) durante cirurgia no Recife. Segundo a assessoria da prefeitura, o gestor passava por um procedimento cirúrgico no coração no Hospital Português, área central da capital, quando sofreu uma parada cardíaca. 

O velório do prefeito ocorrerá na residência da sua mãe, no centro da cidade. A prefeitura está disponibilizando veículos a partir das 9h no turno da manhã e das 14h no turno da tarde para levar a população do interior da cidade ao velório. Veículos também devem vir do município de Petrolina. Já o sepultamento será às 8h do sábado (23) no Cemitério Barra das Caraíbas.

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História 

Graduado em História pela Universidade de Pernambuco (UPE), Geomarco venceu sua primeira disputa em 1998, para o cargo de vereador, quando Dormentes ainda era distrito de Petrolina. Em 1992 foi eleito o primeiro prefeito do município. 

Ele foi assessor especial de agricultura do Estado de Pernambuco, coordenador do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Dormentes, assessor especial de gabinete na gestão do então prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho, e superintendente da Empresa Petrolinense de Abastecimento (Empa).

Em 2004 venceu mais uma vez as eleições para prefeito e foi reeleito em 2008. Elegeu seu sucessor em 2012 e retornou à prefeitura em janeiro deste ano.  

Geomarco deixa esposa e três filhos. A prefeitura decretou luto de dez dias na cidade e fechamento das unidades administrativas do município nesta sexta-feira (22).

Homenagem

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lamentou o falecimento do prefeito. Escreveu no Facebook: "Estive com Geomarco em Dormentes no mês de julho deste ano, onde pudemos conversar sobre parcerias para desenvolver o município, conhecido pela grande criação de caprinos e ovinos, além de ter uma importante feira popular na região, que atrai grande público. Fica registrado aqui minha solidariedade à família e aos amigos deste homem público que tivemos o privilégio de conviver".

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) também prestou suas homenagens em sua conta pessoal. "Geomarco foi um homem que sempre lutou em benefício de sua cidade e sua gente. Um gestor público responsável e dinâmico, mas acima tudo um grande cidadão, pai de família e companheiro, que ao meu lado esteve em tantas caminhadas", assinalou. 

A Prefeitura de Pocinhos, no Agreste da Paraíba, gastou em apenas 7 meses quase R$ 1 milhão em combustível, segundo consulta no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres) do Tribunal de Contas da Paraíba.

Atualmente, a cidade é governada pelo prefeito Chaves (PTB), que vem tendo problemas por não efetuar o pagamento dos funcionários no município. Recentemente, os servidores contratados que realizam a limpeza pública ficaram três meses sem receber salário. Os conselheiros tutelares paralisaram suas atividades, pois não receberam seus salários no mês de agosto. O Sintab divulgou uma nota de repúdio devido à falta de compromisso do prefeito, tendo em vista que o gestor não efetuou o pagamento referente ao mês de agosto a boa parte dos servidores de saúde.

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Além disso, vários veículos do município estão parados e sucateados. O gestor ainda responde a várias ações de investigação judicial eleitoral pelo uso da máquina pública na campanha à reeleição. Os dados foram disponibilizados no Painel de Acompanhamento de Gestões pelo Tribunal de Contas do Estado. Através da ferramenta é possível acompanhar os gastos das prefeituras em diversos setores.

O juiz Falkandre Queiroz de Sousa determinou a cassação dos mandatos do prefeito João Batista (PSB) e do vice-prefeito Fábio Maia (PMDB), de Barra de São Miguel, no Cariri Paraibano. A decisão, publicada nesta segunda-feira (18), é resultado da ação movida pelo candidato derrotado nas urnas, Wilson Costa (PSDB). As denúncias analisadas alegam abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2016.

Entre as condutas ilegais dos acusados está a distribuição de cachaça e camisas vermelhas com etiqueta de cunho eleitoral, com a descrição “João Batista – Voto certo – 40”. A nova eleição no município irá ocorrer em um prazo de 40 dias. O presidente da Câmara de Vereadores, Júnior Monteiro, assume o cargo do prefeito durante este período.

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A defesa do prefeito declarou, na ação, que a distribuição da bebida não seria suficiente para influenciar o resultado.

Na sua decisão o juiz não concordou. "É certo como afirmado na defesa, que a escolha de um determinado candidato não ocorrerá pela simples ‘troca de um copo de aguardente’. Mas a realização de gastos excessivos com práticas vedadas em favor de determinada candidatura tem o potencial de desequilibrar o pleito, de forma a influenciar o seu resultado, beneficiando aquele que faz mau uso dos recursos patrimoniais", relatou.

O magistrado ainda completa: "observa-se, ainda, que nas etiquetas das camisas constava escancarado o pedido de voto, com os seguintes dizeres: ‘João Batista – Voto Certo – 40’, não existindo nada nos autos que venha a colocar em dúvida a sua autenticidade".

O prefeito disse que irá recorrer da decisão quando for notificado pela justiça. Ele acusa a oposição de ter forjado provas.

O Prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), está sendo processado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em uma ação civil de improbidade administrativa. O motivo da ação foi a realização de seleções simplificadas em detrimento de concursos públicos. 

Além de pedir a condenação do prefeito, o Ministério também solicitou que a justiça obrigue o município de Serra Talhada, no sertão pernambucano, a realizar concurso público para provimento de cargos na administração pública. De acordo com a promotora de Justiça Rhyzeane de Morais, diante da constatação da realização de quatro editais de contratação temporária com 748 vagas apenas este ano, o prefeito quebrou o argumento de que há “excepcional interesse público” que justifique as contratações temporárias, violando assim os princípios da legalidade, moralidade, eficiência e impessoalidade. Ainda segundo a promotora, a conduta do prefeito perpetua cargos temporários, desvirtuando a natureza desse tipo de contratação e gerando a necessidade da realização de concursos para a contratação funcionários efetivos. 

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O MP acionou o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) para dar início a uma auditoria especial que gerou relatórios e notas técnicas relativas a irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas Eleitoral em vários exercícios financeiros, entre 2005 e 2014. O MPPE ainda recomendou ao município que suspendesse a realização de seleções e demonstrasse, de forma objetiva, as justificativas para a realização de seleções em caráter temporário, mas a prefeitura não atendeu.

Assim, o Ministério recomendou que o município apresentasse um cronograma para realização de concurso, também sem sucesso, postura que levou o MP a dar início à ação de improbidade. O Poder Legislativo de Serra Talhada, de acordo com o MPPE, também estava contratando funcionários em caráter temporário ao longo de alguns anos, em uma prática que também fere o princípio do concurso no entendimento do ministério. 

O ministério recomendou ao presidente do Legislativo municipal, vereador Nailson Gomes (PTC), que se abstenha de realizar contratações temporárias e apresente uma proposta de cronograma para realização de concurso público à justiça local dentro de 60 dias. Também foi recomendada a deflagração, em um prazo de 90 dias, de uma licitação para contratar uma empresa para realizar o concurso dentro de 180 dias. 

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O prefeito João Doria (PSDB) começou na manhã desta quinta-feira, 31, uma viagem que vai durar 48 horas, entre Campina Grande, na Paraíba, e Paris, na França, onde encontrará o presidente da França, Emmanuel Macron. O tucano, que viajou no seu jato particular, desembarca por volta das 17h no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, para pegar o voo de carreira para a capital francesa.

O períplo começou às 10h em cidade paraibana, onde o prefeito teve uma agenda típica de candidato: entrevista à televisão local, almoço com empresários e visita à Câmara Municipal da cidade, onde recebe o título de cidadão campinense. Na cidade da Paraíba, Doria foi recepcionado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e adotou um discurso mais moderado do que em viagens anteriores. Não xingou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e evitou o bordão "nossa bandeira nunca será vermelha".

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Em entrevista coletiva em Campina Grande, Doria disse que "não quer falar mal de ninguém". "Discurso de nós contra eles não é a melhor proposta para o Brasil". A fala acontece após o prefeito ser criticado por tucanos por seu discurso radicalizado contra o PT.

Cunha Lima, ao justificar o título de cidadão campinense, disse, em discurso para empresários, que o prefeito visitou o Estado quando era presidente da Embratur, nos anos 1980.

Doria também foi questionado sobre sua ausência em um jantar entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e prefeitos tucanos, em São Bernardo, na segunda-feira, 28. "Não foi o governador que ofereceu o jantar, foram os prefeitos que ofereceram", justificou. "O mesmo jantar foi oferecido a mim no mesmo lugar."

Paris

O prefeito desembarca em Paris na manhã desta sexta-feira, 1, e ficará até sábado. Sua primeira agenda será uma apresentação no Global Positive Forum, evento organizado pela Positive Planet Foundation. O anfitrião de Doria na cidade será o economista Jacques Attail, presidente da Positive Planet Foundation e ideólogo do presidente Emmanuel Macron.

Em suas duas paradas, o programa Corujão da Saúde, parceria com hospitais privados para reduzir a fila de exames, foi escolhido como principal vitrine de sua administração.

O ex-prefeito de Sorocaba (SP) José Caldini Crespo (DEM), que teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores na noite de quinta-feira (24), vai recorrer à Justiça na tentativa de reaver o cargo. Em entrevista à imprensa neste sábado (26), o político disse que o processo conduzido pela Câmara teve "arbitrariedades e ilegalidades". O advogado Ricardo Porto, que prepara a defesa, deve entrar com medidas judiciais na segunda-feira, 26. A expectativa é de conseguir uma liminar para o retorno ao cargo durante a próxima semana.

O ex-prefeito foi acusado de prevaricação, por ter deixado de demitir uma assessora que, segundo a denúncia, obteve diploma de curso superior sem ter concluído o ensino médio, e de quebra do decoro. Nos dois casos, as denúncias foram levadas a público pela então vice e ex-aliada, Jaqueline Coutinho (PTB) - com a cassação de Crespo, ela assumiu a prefeitura. O advogado deve se insurgir contra manobra da oposição que impediu que o vereador Anselmo Neto (PSDB) desse o voto decisivo favorável a Crespo.

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O presidente da Câmara, Rodrigo Manga (DEM), acatou questão levantada pelo vereador Renan Santos (PCdoB) de que Anselmo havia sido secretário de Crespo e não teria isenção para votar. Manga acatou o veto ao tucano e convocou seu suplente, João Paulo Miranda (PSDB), favorável à cassação, para declarar o voto. Já a questão suscitada quanto à falta de isenção de Santos, cujo gabinete preparou a peça de denúncia contra Crespo, foi rejeitada e ele também votou pela cassação, definindo o placar de 14 votos pela perda do mandado e 6 contrários.

A vice foi empossada no cargo de prefeita na mesma noite. Na sexta-feira, 25, os secretários municipais e ocupantes de cargos em comissão pediram demissão coletiva. O advogado Ricardo Porto, que defende Crespo, foi responsável pela defesa do deputado federal Tiririca (PR-SP) na ação penal em que o parlamentar era acusado de fraudar um documento ao declarar que não era analfabeto.

A polícia de Sergipe descobriu nessa quinta (24), no povoado de Guarema, cidade de Umbaúba, uma fábrica clandestina de armas. No local, os agentes encontraram um arsenal de aproximadamente 30 espingardas de vários calibres e munição.

De acordo com o delegado Paulo Cristiano, a apreensão ocorreu após denúncias de casos de ameaças com uso de arma de arma de fogo. “Durante as investigações, as equipes chegaram ao galpão onde Derval Henrique dos Santos, mais conhecido como 'prefeito de Guararema', mantinha uma oficina na qual desenvolvia atividades de fabricação, comercialização e conserto de armas de fogo".

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O delegado ressaltou a surpresa por conta da estrutura que, ainda que precária, demonstrava o intenso tráfego de clientes na oficina. "Casos como este demonstram o quanto é importante a colaboração da sociedade para o combate à criminalidade", acrescentou Paulo Cristiano.

Com informações de assessoria

Na manhã desta quarta-feira (23) o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu por 10 votos a três que o prefeito afastado de Bayeux, Gutemberg de Lima, permanecesse preso. A sessão tinha sido suspensa em 9 de agosto, devido a um pedido de vistas apresentado pelo desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho.

Votaram pela permanência da prisão, os desembargadores Oswaldo Trigueiro, João Benedito, Carlos Beltrão, Leandro dos Santos, Carlos Eduardo Brito, Saulo Benevides, Marcos Cavalcanti, João Alves, Frederico Coutinho e José Ricardo Porto. Votaram a favor da soltura os desembargadores Marcus William, que é relator do pedido de revogação, Abraham Lincoln e Luiz Silvio Ramalho.

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Não participaram da sessão os desembargadores Fátima Bezerra, Márcio Murilo, Romero Marcelo, Arnóbio Teodósio e Maria das Graças. A defesa de Berg Lima pode recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em julho, o prefeito foi preso em flagrante após ser filmado tentando extorquir dinheiro de um fornecedor da Prefeitura de Bayeux.

O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) comparou as reações contrárias de políticos tucanos à propaganda do partido, que aumentaram a tensão e a cisão dentro da sigla, a "caneladas" em um jogo de futebol entre amigos. Ele afirmou, ainda, após participar da cerimônia de inauguração do SESC 24 de maio, que o PSDB não saíra fissurado desse episódio, mas fortalecido e mais próximo das demandas da população.

"Quando você disputa uma partida de futebol entre amigos em um sítio, de um lado ou de outro, sempre tem uma 'caneladazinha' ou uma machucadura, mas depois todos se reúnem em torno da pizza ou de um bom churrasco. No PSDB é assim, ninguém se odeia. As pessoas têm posições distintas, mas são do bem".

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Doria se referia às críticas dos ministros tucanos Bruno Araújo, Antônio Imbassahy e Aloysio Nunes ao programa do partido, que foi exibido na noite de quinta-feira (17), e causou desconforto ao fazer críticas indiretas ao governo Temer. Segundo ele, os ministros fazem um bom trabalho e devem continuar no governo.

"Eles devem manter sua posição. Agora estamos na fase da estabilidade para proteger as reformas. Participar ativamente para a reforma trabalhista seja aprovada o mais rápido possível e na sequência reabrir o debate sobre a reforma previdenciária, finalizar dentro do prazo a reforma política pelo menos com vista às eleições do ano que vem e iniciarmos o período no Congresso debatendo a reforma tributária", disse, apesar de a reforma trabalhista já ter sido aprovada e sancionada.

Segundo Doria, o senador Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB e apontado como responsável pela propaganda, reforçou que a peça não era uma crítica direta a Temer ou a seu governo. Os dois estiveram juntos ontem em um evento com empresários em Fortaleza.

Doria também negou que seja contraditório criticar o presidencialismo de cooptação e continuar no governo. "A crítica é sempre construtiva, não é separatista. Não há ruptura, há um entendimento de que podemos melhorar, mas sempre com serenidade e equilíbrio." Na cerimônia de inauguração da nova unidade do SESC, o prefeito afirmou que em breve vai anunciar um amplo projeto de revitalização do centro.

"Eu não sou presidenciável, eu sou prefeito da cidade de São Paulo. Assim eu me apresento e é nessa condição que eu venho ao Recife", garantiu João Doria (PSDB) durante passagem no Recife nessa sexta-feira (18). Ele desembarcou na capital pernambucana para receber uma homenagem da LIDE-Pernambuco, empresa que o tucano fundou.

Doria foi repetitivo como se tivesse a intenção de deixar claro. "Não sou pré-candidato. Não sou candidato, nem presidenciável. Venho aqui como um entusiasta do Brasil", declarou. O prefeito usou como justificativa de suas últimas visitas a algumas regiões nordestinas o fato de ser vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos. "Então, isso também influi porque preciso conhecer a realidade de cada estado para poder realizar a defesa da Frente em Brasília, onde se situa a sede", desconversou.

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Doria ainda falou sobre a homenagem que recebeu, durante evento que aconteceu no MV Empresarial, no bairro da Imbiribeira. "[Estou] atendendo ao convite dos amigos. Amigos que me honram e me dignificam com o convite". A LIDE-Pernambuco é a segunda unidade com mais filiados no país, perdendo apenas para São Paulo.

O prefeito também disse que não há uma decisão do PSDB sobre se irá realizar ou não prévias. "O que, aliás, eu não sou contra. Muito pelo contrário, eu sou fruto das prévias. Eu ganhei as prévias em São Paulo e, graças a elas, eu pude disputar a prefeitura de São Paulo e ganhar. Ganhar no primeiro turno com 53% dos votos válidos pela primeira vez em 28 anos desde que as eleições são realizadas em dois turnos, portanto sou um defensor das prévias, mas não cabe a mim essa decisão. É uma decisão da Executiva nacional do PSDB, que vai definir".

"O que eu posso antecipar e afirmar é que com o Geraldo Alckmin, eu não disputarei prévias. Não há a menor hipótese primeiro por lealdade, respeito e amizade. É meu amigo pessoal. Não há a menor hipótese de fazer qualquer disputa com o governador Geraldo Alckmin. Isso também me deixa muito tranquilo seguindo fazendo o que estamos fazendo, conhecendo o Brasil e ajudando a compreender o Brasil e também dando as posições do PSDB em relação a políticas públicas, sobretudo aquelas que no âmbito da gestão".

Cria do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito da capital paulista, João Dória, também de linhagem tucana, é mais um caso da velha política em que a criatura se rebela contra o criador. Picado pela mosca azul, o aspirante palaciano resolveu antecipar a briga interna no partido com o próprio Alckmin empreendendo uma maratona de viagens pelo País.

Ontem, em Tocantins, foi recebido aos gritos de “presidente”. Posso até estar errado, mas Dória é a cara da elite paulistana, encarna a imagem dos empresários gulosos da poderosa Fiesp. É tudo que o ex-presidente Lula queria como adversário. A própria cara dele remete a um almofadinha. Fala uma linguagem distante do povão, sem apelo, sem eco nas almas que engrossam as filas abaixo da linha de pobreza no País.

Embora na linguagem convencional seja uma espécie de picolé de chuchu, sem gosto e sem apelo, o governador Geraldo Alckmin tem uma trajetória de sucesso como gestor público. Ninguém governa por quatro vezes o maior Estado do País se não tiver uma longa folha de serviços prestados, ações voltadas para a grande maioria da população. Tanto isso verdade que a própria vitória de Doria, no primeiro turno frente a Fernando Haddad, é fruto do apelo do seu Governo bem aprovado.

Doria está na estrada, longe do seu gabinete em São Paulo, porque existe um vácuo na cena eleitoral de 2018 diante do tamanho estrago provocado pela Laja Jato e, consequentemente, o deserto de novas lideranças, capazes de gerar na sociedade a confiança e esperanças. Mas todo mundo tem o direito de sonhar. Quem não sonha, perde a razão de viver.

Difícil, entretanto, será Doria convencer de que sua postulação não está remetida a traição ao projeto do seu criador, que tem muito mais chão e envergadura. Tem uma frase do Padre Fábio de Melo que se aplica perfeitamente a esta situação que Alckmin administra com o prefeito carimbado pelo seu poder em São Paulo: “Traição é igual a um consórcio: um dia você será contemplado”. Que o governador paulista possa despertar, antes que seja tarde.

EM TOCANTINS – João Doria foi recepcionado na manhã de ontem, em Palmas (TO) por uma claque uniformizada com camisetas lançando seu nome à Presidência da República em 2018. Faixas foram espalhadas pela cidade com dizeres como “Tocantins quer Doria presidente” e “O Brasil precisa de gestão”. O prefeito viajou a convite do senador tucano Ataídes Oliveira (TO), que afirmou desconhecer o responsável pela criação tanto da camiseta como das faixas com os dizeres "Doria Presidente". De acordo com o senador, a camiseta foi “um corpo estranho” dentro do evento. “É muito cedo ainda para falarmos de eleição. O PSDB tem bons nomes. Doria é um deles, assim como o governador Geraldo Alckmin, que faz um trabalho extraordinário”, afirmou.

Cabe num fusquinha - A oposição ao governador Paulo Câmara, com raras exceções, sequer se anima para fazer barulho na programação da agenda “Pernambuco de verdade”, iniciativa do líder na Alepe, Silvio Costa Filho (PRB). Em mais uma maratona, ontem, desta feita pela Mata Sul, apenas seis dois 12 parlamentares oposicionistas

deram as caras por lá. Os mais assíduos, faça-se justiça, são o próprio Silvio, Augusto César (PTB), Socorro Pimentel (PSL) e Álvaro Porto (PSD). Edilson Silva, do Psol, na foto ao lado, parece que perdeu o entusiasmo pela resistência dialética ao Governo. Só esteve em apenas uma programação, mesmo assim, na plenária, já no apagar das luzes.

Distritão é incerteza – O líder do Governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), diz que a mudança do sistema eleitoral para o chamado distritão não tem hoje os votos necessários para ser aprovado pela Câmara. A expectativa é que a reforma política seja votada, amanhã, pelo plenário. “A grande maioria prefere aprovar o distritão, mas tem partidos que fecharam questão contra, como o PT, PR, PRB. Por ser uma PEC, que precisa de 308 votos, eu não posso afirmar que vai passar o distritão. Eu até creio que hoje o distritão vai ter a maioria dos votos, mas também creio que hoje não tem os 308 votos necessários para ser aprovado”, disse.

O vice de Doria – Integrantes do DEM andam tão apaixonados com a possibilidade de lançar o prefeito de Salvador, ACM Neto, à vice-presidência na chapa do tucano João Doria que só veem vantagens no namoro, segundo antecipou, ontem, o colunista Lauro Jardim, da revista Veja. Até a ovada que o prefeito de São Paulo tomou na visita à capital baiana, na semana passada, virou motivo de comemoração: avaliam que o episódio deu uma forcinha para torná-lo mais popular no Nordeste. Tem gente, inclusive, chamando Neto de "o Macron da Bahia".

Proteção ao consumidor – Projeto de lei do ex-senador Douglas Cintra (PTB) penalizando a empresa que não cumprir a data da entrega da mercadoria ou serviço acertada em contrato com o consumidor foi aprovado, ontem, na Comissão de Transparência e Defesa do Consumidor. Pela proposta, a punição se dá nos contratos que incluem o serviço de entrega, alterando o Código de Defesa do Consumidor. O adquirente será ressarcido do valor cobrado pela entrega ou, se quiser, poderá cancelar a compra, sem ônus. Como tinha caráter terminativo, seguirá direto ao exame da Câmara, sem passar pelo plenário do Senado. Empresário do comércio atacadista e do segmento de supermercados, Cintra vê na sua iniciativa mais uma medida de proteção ao consumidor.

CURTAS

COMPESA – A deputada Laura Gomes (PSB) apresentou, ontem, em plenário, voto de aplauso à Compesa, por ter conquistado o inédito Prêmio de Melhor Empresa de Saneamento do Brasil, em evento ocorrido semana passada, em São Paulo. A Companhia pernambucana concorreu com todas as similares do país, públicas e privadas, passando por rigorosa avaliação da situação econômico-financeira, patrimonial e de planejamento estratégico. O evento envolveu as 300 melhores empresas nacionais, distribuídas em 27 setores especializados.

HOMENAGEM – Uma homenagem ao compositor Onildo Almeida, autor de “A Feira de Caruaru”, que será realizado no próximo sábado, no Polo Caruaru, vai encerrar a X Semana do Patrimônio Cultural de Caruaru. O evento teve início de ontem e tem como tema as políticas públicas e a gestão do patrimônio. No Polo Caruaru, Onildo será homenageado com uma exposição biográfica, a exibição do documentário “Onildo Almeida – Groove Man”, de Helder Lopes e Cláudio Bezerra e o lançamento do livro “Onildo Almeida – Cidadão da Feira”, de Marcelo Leal.

Perguntar não ofende: O Distritão vai morrer na beira da praia?

Representantes de sindicatos de servidores da prefeitura do Recife realizam, na manhã desta terça-feira (8), um protesto contra o prefeito Geraldo Julio (PSB). O motivo do protesto dos servidores, que estão em greve, é o reajuste salarial que não foi concedido pela prefeitura. 

A manifestação saiu da Câmara dos Vereadores e segue para a sede da prefeitura. De acordo com os manifestantes, apenas os auxílios tiveram modificações nos valores, mas o salário segue inalterado.

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“Depois de mesas (de negociação) que não levaram a lugar nenhum, o prefeito vem e nos oferece 0% de aumento, com reajuste no ticket de R$ 15,50 para R$ 17,50. Os professores também já estavam programados para entrar em greve então decidimos unificar a luta para mostrar à população a cara dessa gestão”, explicou Lúcia Miranda, que é integrante do Sindicato dos Servidores Municipais do Recife (Sindsepre). 

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LeiaJá também  

--> Servidores municipais cruzam os braços em protesto

--> Servidores municipais cruzam os braços e entram em greve 

Em meio às especulações sobre uma possível migração do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) para o PMDB ou DEM, Lula Cabral (PSB), prefeito do Cabo de Santo Agostinho, em entrevista concedida ao LeiaJá, disse que é difícil prever o que acontecerá na eleição de 2018, mas que torcia que o senador continuasse no campo dos pessebistas. 

“Eu torço para que ele fique [no PSB] porque foi eleito em nosso campo, ele é do PSB histórico do Dr. Arraes, então, eu torço para que continue no nosso campo, mas também não vejo nada demais em trocar de partido porque pleiteia ser governador. O tempo está passando, ele é um excelente quadro, é um senador da República, que tem um filho em umas das principais prefeituras do estado de Pernambuco, que é Petrolina, e um outro filho ministro [Fernando Filho]”, elogiou. 

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O prefeito também falou que qualquer partido gostaria de ter um quadro com Bezerra Coelho. “Possa ser que ele esteja achando que é o time [hora] dele, o momento certo dele ser candidato e respeito a decisão dele, mas torço para que ele fique nosso campo e que possamos reeleger o nosso querido Paulo Câmara”. 

Lula Cabral ainda ressaltou que, apesar da possibilidade do senador ser um possível concorrente de Câmara, o governador está em um patamar elevado. “Na política, toda hora muda, você não pode prever. O que posso prever é que o governador Paulo Câmara é um fortíssimo candidato à reeleição porque tem uma máquina, tem um nome e um legado muito grande”. 

Outro fator determinante, segundo ele, é não se saber quem disputará com o governador. “Será Fernando Bezerra Coelho? Será Bruno Araújo? Será Armando Monteiro, será Marília Arraes? Quem será o candidato? Será que vai ter mais de duas ou três candidaturas? Então, ninguém pode prever o futuro, mas lhe garanto que, em 2018, certamente saberemos”.

Nesta sexta (28), em entrevista a Radio Jornal, Fernando Filho, que é ministro de Minas e Energia, também falou sobre sua situação. Ele foi claro ao afirmar que não pretende sair do PSB. “Eu nunca tive nem tenho a disposição de sair do PSB. Se vão nos colocar para fora do partido, o mundo da política está vendo isso. Estamos sendo cortejados não só pelo DEM e PMDB, deputados individualmente estão sendo procurados por outros partidos”, disse. 

O auxiliar ministerial de Temer ainda falou sobre a denúncia contra seu pai, que teria supostamente recebido cerca de R$ 200 mil para campanha eleitoral em 2010. “Tenho confiança na conduta dele. São 32 anos de vida pública e está passando por um momento que será superado”, defendeu. 

No final da semana passada, em conversa com o LeiaJá, sobre o encontro promovido pela líder do PSB Tereza Cristina (MS), que contou com a participação do presidente Michel Temer (PMDB), o deputado federal Danilo Cabral (PSB) deixou um recado aos colegas. Ele falou que quem quiser sair da legenda, que seguisse o seu caminho. 

“Não será admitido que um grupo minoritário negocie o nome do partido. Inclusive, negociando fusão partidária quando o partido sequer está fazendo qualquer tipo de discussão. Ninguém tem delegação para falar disso, tanto a conduta do presidente [Michel Temer] como a dela [Tereza Cristina] são reprovadas. Quem quiser sair, siga o seu caminho”, cravou. 

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