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Após ser o epicentro do início da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 nos Estados Unidos e ter controlado o avanço do vírus, o estado de Nova York voltou a impor restrições para tentar conter a segunda onda local da Covid-19.

A partir dessa sexta-feira (13), bares, restaurantes, academias e locais públicos para práticas esportivas - como estádios e ginásios - precisarão fechar às 22h. Além disso, reuniões privadas deverão ter, no máximo, 10 pessoas.

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"Estamos assistindo a um aumento de casos em nível nacional e mundial. Bares, restaurantes, academias, festas em casa... é desses lugares que vêm, principalmente, os casos", disse o governador do estado, Andrew Como, na noite desta quarta-feira (11).

A decisão teve o apoio do prefeito de Nova York, a cidade mais afetada no país entre março e maio, Bill de Blasio.

"Isso é o que precisamos que aconteça para ajudar a segurar uma segunda onda em nossa cidade. Essa é a nossa última chance de parar uma segunda onda. Nós podemos fazer isso, mas precisamos fazer isso agora", escreveu em duas mensagens em seu Twitter confirmando que a medida será válida para toda a cidade.

Desde o fim de outubro, a cidade de Nova York está em um curva ascendente de casos, segundo relatório da própria prefeitura.

Nesta quarta-feira, os dados da cidade apontavam 817 novos casos em 24 horas e 94 novas internações. O número está próximo da média de infecções dos últimos sete dias, que está em 811, segundo dados atualizados em 8 de novembro. Já a média de mortes está em oito, com 58 óbitos confirmados nos últimos sete dias.

No estado de Nova York, foram 4.820 novos contaminados em 24 horas, com 1.628 hospitalizações no período. Houve ainda 21 falecimentos.

A situação é similar ao que é registrado em todo o país, que vem batendo recordes de contágios diários desde o início de novembro, com mais de 100 mil casos por dia - uma média não vista em nenhum lugar no mundo. Ao todo, os EUA têm 10.400.943 casos da Covid-19 desde fevereiro e 241.800 óbitos causados pela doença.

Da Ansa

Dados da quinta fase do inquérito sorológico feito com adultos na cidade de São Paulo (pessoas acima de 18 anos) mostraram um avanço do novo coronavírus em bairros nobres, principalmente da região centro-oeste. De acordo com o estudo, a região, que no penúltimo inquérito sorológico apresentava uma prevalência de 5,2%, passou agora para 10,3%. Isso significa que um a cada 10 moradores da região já têm anticorpos para a doença. Houve aumento também nas regiões leste (que passou de 12,3% para 19,6%) e norte (de 8,3% para 12,1%). Em bairros de IDH alto, a alta foi de 53%.

"Não podemos deixar de destacar esse aumento em distritos de maior índice de desenvolvimento humano (IDH), um aumento de 100% na região centro-oeste, uma das mais ricas da cidade. Os inquéritos ajudam a implementar políticas específicas para cada fase. E acende uma luz amarela esse aumento na classe A e B", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).

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Na coletiva, não foram explicados os motivos que estariam levando a esse crescimento em bairros nobres, mas em entrevista ao Estadão na semana passada, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou que a alta está acontecendo na população que conseguiu fazer melhor o isolamento social durante o auge da pandemia, mas que agora está saindo às ruas, no comércio, em bares e restaurantes, e está sendo infectada. No entanto, segundo ele, esse dado não é indicativo de uma segunda onda iminente.

Especialistas afirmam que, por mais que a flexibilização da quarentena esteja sendo gradual, o comportamento das pessoas pode ser um dos responsáveis por esse crescimento.

Mesmo diante do avanço em bairros nobres, a Covid-19 ainda é mais prevalente em bairros de IDH mais baixo. A prevalência é de 19,1%, tendo registrado um aumento de 36% da doença em relação ao último inquérito. Já os bairros de IDH médio têm prevalência de 13,2% e tiveram uma variação de apenas 1,1%. Nos bairros de IDH alto, esse índice é de 9,5%.

O inquérito mostra, no entanto, que quando o recorte é feito por classe social, pessoas das classes D e E têm seis vezes mais chances de pegar a doença, com taxa de 18,7%, que pessoas da classe A (3,1%).

O estudo também mostra que a prevalência continua sendo mais alta entre jovens, sendo de 15,4% entre pessoas de 18 a 34 anos. Entre os que tem 35 a 49 anos, esse índice é de 14,6%.

Os resultados mostram também que 13,9% dos entrevistados já tinham anticorpos para a Covid-19. Isso equivale a 1,6 milhão de pessoas na cidade.

O inquérito sorológico foi feito entre os dias 25 e 27 de agosto com amostragem por sorteio aleatório de abrangência de 472 unidades básicas de saúde (UBS) e o teste aplicado foi o imunocromatográfico IGM/IGG.

A técnica de enfermagem Alane Rodrigues Jardim, de 59 anos, trabalhava na Unidade Básica de Saúde de Amarelos, no interior de Guarapari, na região metropolitana de Vitória. Em meados de junho, foi infectada pelo novo coronavírus. Cerca de 20 dias depois,morreu em um hospital particular da Serra. "Senti vários sintomas da doença, mas não fiz o teste. Como convivia com a minha mãe, posso ter pegado a doença", relatou a filha Aline Jardim, de 30 anos.

Alane faz parte dos 60.009 capixabas que foram contaminados pela covid-19 no Estado e é um das 1.929 pessoas mortas por causa da doença. A cada dia que passa, o vírus avança pelo Espírito Santo. E os dados estaduais, no comparativo com os vizinhos do Sudeste, estão acima da média regional.

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Segundo o Ministério da Saúde, a região tem 604.912 casos confirmados de Covid-19, média de 685 a cada 100 mil habitantes. No Espírito Santo, entretanto, esse número mais que dobra: 1.493 infectados a cada 100 mil capixabas.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) explica que este número decorre da quantidade de testes rápidos e RT-PCR realizados no Estado: 129.306 (3.217 testes a cada 100 mil capixabas). "Também foi feita uma força-tarefa para notificar os casos testados em laboratórios particulares", reforçou a infectologista Rúbia Miossi.

Analisando o número de vítimas, percebe-se que o Espírito Santo está acima da média regional. São 48 mortes a cada 100 mil habitantes, ante 36 em todo o Sudeste. A pandemia está em diferentes estágios dentro do território. A cada 100 mil habitantes, são 67 óbitos na Região Metropolitana e 29 no interior.

A rede de saúde tem conseguido absorver a demanda. Dos 702 leitos de UTI disponíveis para a Covid-19 no Estado, 566 estão ocupados (80,63%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na corrida pelo lançamento de uma vacina contra a Covid-19, a farmacêutica americana Moderna relatou na manhã desta quarta-feira (8) avanços em sua candidata à profilaxia da doença. De acordo com a empresa, a inscrição de voluntários para a "fase 2" foi concluída e, assim, a "fase 3" poderá ter início ainda em julho.

A vacina experimental está sendo aplicada em pessoas entre 18 e 55 anos e visa fazer o chamado controle de efeito placebo: apenas alguns voluntários inscritos receberão, aleatoriamente, o medicamento em teste, para que os pesquisadores avaliem a possível geração de anticorpos contra o novo coronavírus.

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A lista de países que decidem confinar seus cidadãos cresce a cada dia, o último deles foi o Reino Unido nesta segunda-feira (23), mas apesar de haver mais de 1,8 bilhão de pessoas no mundo submetidas a uma gigantesca quarentena, a pandemia do coronavírus continua matando e avançando.

"A partir desta noite, devo dar aos britânicos uma instrução muito simples: devem ficar em casa", anunciou nesta segunda o primeiro-ministro, Boris Johnson, confinando o país por pelo menos três semanas para tentar conter o novo coronavírus, após 335 mortes e 6.650 casos confirmados, embora os possíveis infectados se estimem em pelo menos 55.000.

A pandemia "acelera" mas é possível "mudar sua trajetória", disse nesta segunda o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pedindo mais exames de diagnóstico e mais quarentenas para contê-la.

O novo coronavírus provocou mais de 16 mil mortes no mundo desde que surgiu em dezembro passado na China, mais de 10 mil delas na Europa, segundo cálculos feitos pela AFP com base em números oficiais.

Além disso, mais de 360 mil pessoas foram infectadas, segundo os casos diagnosticados, embora a cifra real seja, sem dúvida, muito mais elevada.

A pandemia não respeita fronteiras. Do outro lado do Atlântico, o balanço aumentou tragicamente nas últimas horas nos Estados Unidos e é grande a preocupação em Nova York.

"Avança tão rápido...", pensava em voz alta o prefeito da cidade, Bill de Blasio, que pediu urgentemente "centenares de respiradores" e "milhões de máscaras" para salvar as vidas de pessoas que têm saúde mais delicada.

Nova York tem até agora 12.300 casos diagnosticados e 99 mortos. Está longe dos 6.000 mortos registrados na Itália, um espelho no qual ninguém quer se refletir, mas poderia "se aproximar" daquela realidade, segundo as autoridades sanitárias americanas.

Na Itália foram registrados 600 mortos nas últimas 24 horas, um balanço desolador, mas inferior aos registrados no sábado e no domingo. O país se agarra a estes dados e quer acreditar que pode ser o início do recuo da pandemia.

"Ainda não é o momento de cantar vitória, mas vemos uma luz no fim do túnel", comentou com um sorriso tímido Giulio Gallera, encarregado de Saúde do governo regional da Lombardia (norte).

- Pista de patinação no gelo vira necrotério -

Em Itália, França e outros países do mundo foram decretadas medidas mais estritas para o confinamento da população, com o convencimento de que são o melhor antídoto contra a pandemia.

Quem não respeitar as restrições é punido, multado e em alguns países, preso.

"Chega!", disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, nesta segunda, indignado com a falta de civismo de alguns de seus compatriotas.

O mesmo ocorreu na Bolívia, onde as autoridades mostraram-se preocupadas ao ver que os cidadãos continuavam saindo às ruas quase normalmente apesar da quarentena decretada.

"Se os bolivianos não levarmos isto a sério, o que vai nos matar não será o vírus, mas a estupidez", disse o ministro boliviano de Obras Públicas, Iván Arias.

Na Espanha, o segundo país mais afetado da Europa pela COVID-19 depois da Itália, a epidemia não recua e o número de mortos já passa dos dois mil. Deste total, 462 foram registrados nas últimas 24 horas o dia mais letal desde o início da epidemia. O governo repete que os dias mais difíceis ainda estão por vir.

"Parece que vai abrandando progressivamente o aumento de casos que vemos a cada dia. No entanto, ainda não temos certeza de ter chegado ao pico", disse o diretor de emergência sanitária, Fernando Simón.

As autoridades transformaram uma pista de patinação no gelo de um shopping center de Madri em um necrotério para armazenar corpos de falecidos por causa do novo coronavírus. Por outro lado, a ministra da Defesa, Margarita Robles, anunciou que o Exército tinha encontrado em casas de idosos "idosos absolutamente abandonados, quando não mortos em suas camas".

- "Silenciem as armas" -

De Nova York, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo nesta segunda "a um cessar-fogo imediato e global" para preservar os civis dos países em conflito durante a pandemia do novo coronavírus.

"A fúria do vírus revela claramente que a guerra é uma loucura", ressaltou, sem citar nenhum país em particular.

A Síria reportou o primeiro caso de COVID-19 em um país que já sofreu dez anos de uma guerra brutal e foram registrados contágios em outros locais conflituosos como a República Democrática do Congo e o Afeganistão.

"Silenciem as armas; detenham a artilharia; ponham fim aos ataques aéreos", pediu Guterres.

Um a um, os países parecem se render às evidências: esta crise sanitária será longa e a primeira vacina, segundo os grandes grupos farmacêuticos, não estará disponível antes de 12 a 18 meses.

Enquanto isso, o remédio mais eficaz parece ser lavar as mãos com água e sabão e manter distância dos demais, dois requisitos complicados nos locais mais pobres do mundo.

"Nos dizem que temos que lavar as mãos o tempo todo, mas como podemos fazê-lo se falta água corrente o tempo todo?", perguntava Vania Ribero, encarregada de uma associação de uma comunidade no Rio de Janeiro.

Na África, outra causa de preocupação para os especialista sanitários, a pandemia ainda não causou estragos, mas a cada dia mais países anunciam casos ou mortes por coronavírus. Nesta segunda, a África do Sul decretou três semanas de confinamento e países como Senegal e Costa do Marfim impuseram toque de recolher e decretaram estado de emergência.

Na China, para prevenir uma segunda onda de contágios por casos "importados" (39 só nesta segunda), os passageiros de voos internacionais com destino a Pequim terão que fazer uma escala prévia em outra cidade chinesa para se submeterem a exames.

- Isolamentos, quarentenas e toques de recolher na América Latina -

Na América Latina, onde há 4.900 infectados e 65 mortos, segundo dados da AFP, muitos países impuseram restrições severas à circulação. Cuba decidiu isolar todos os turistas em hotéis e o México anunciou o fechamento, a partir de hoje, de museus, teatros, cinemas e zonas arqueológicas.

Brasil e Uruguai acordaram fechar suas passagens terrestres por pelo menos 30 dias e o Chile começou a aplicar toque de recolher noturno, somando-se a medidas similares adotadas em Bolívia, Peru e Equador.

Na Venezuela, a luta contra a pandemia virou batalha política e o presidente Nicolás Maduro e o opositor Juan Guaidó se enfrentaram por causa das cifras de pessoas infectadas no país.

Nos Estados Unidos, apesar do aumento de casos - 573 mortos e 41.000 infectados - os democratas e os republicanos do Senado não conseguiram chegar a um acordo no domingo sobre um plano de incentivos, que pretendia mobilizar quase 2 trilhões de dólares para ajudar a economia.

Consequentemente, a grande maioria dos mercados operaram em baixa nesta segunda-feira.

Nesta segunda, os países da União Europeia (UE) deram sinal verde à proposta da Comissão Europeia (braço executivo do bloco) de suspender as regras de disciplina orçamentária para permitir aos governos aumentar seus gastos públicos para enfrentar o novo coronavírus.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, advertiu que o dano econômico do coronavírus para a economia mundial poderia provocar uma "recessão pelo menos tão ruim" quanto a da crise financeira de 2009.

Por fim, a pandemia poderia levar ao adiamento dos Jogos Olímpicos, previstos para julho no Japão, uma possibilidade que, em vista da situação, parece um fato, mas que não foi oficializada ainda pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

burs-bl/erl/mvv

<p dir="ltr">Nesta segunda-feira (16), o cientista político Adriano Oliveira analisa em seu podcast sobre o avanço do Codvirus-19 no Brasil e os impactos diretos sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Economia do nosso país. Oliveira destaca seu receio de como as ações e medidas tomadas pelo governo federal, que tem uma linha liberal, irão refletir na assistência que o Estado precisa dar as pessoas, sobretudo as mais pobres. Ele também falou sobre a atitude do presidente Bolsonaro, ao sair da quarentena e cumprimentar as pessoas na rua, desfazendo todas os cuidados para a não-transmissão do coronavírus.&nbsp;</p><p dir="ltr">Adriano pontua que o presidente precisa urgentemente assumir o controle do país ao invés de ficar alimentando questões ideológicas. Oliveira&nbsp; questiona se o governo federal irá anunciar recursos financeiros para ajudar os estados e municípios no combate à pandemia. O cientista político também pergunta se o ministro da economia irá tomar medidas para garantir, por exemplo, a proteção do emprego, e reforço do bolsa-família. Confira todos os detalhes no podcast dessa semana.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p><p dir="ltr">O programa Descomplicando a política é exibido na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h. Além disso, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p dir="ltr">Confira mais uma análise a seguir:</p><div>&nbsp;</div><iframe allowfullscreen webkitallowfullscreen mozallowfullscreen width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

Travestis e transexuais podem passar a ter o direito de serem identificados por meio do nome social nas relações mantidas com o Poder Público. A medida, prevista no Projeto de Lei nº 577/2019, das Juntas (PSOL), recebeu parecer favorável da Comissão de Educação nessa quarta-feira (27). A proposta também é válida para instituições privadas de educação, saúde, cultura e lazer. 

Vice-presidente do colegiado, o deputado Professor Paulo Dutra (PSB), que coordenou a reunião, considera que a iniciativa contribui para o fortalecimento da cidadania. “Eu sou professor de Física na Rede Estadual de Ensino há mais de 30 anos e, no início, era muito resistente à ideia – chamava o aluno com o nome que estava na caderneta. Mas, com o tempo, aprendi que a gente tem que respeitar as pessoas como elas são”, comentou.

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A proposição foi aprovada com a abstenção da deputada Clarissa Tércio (PSC), após ter pedido de vista negado. 

Outras propostas

A Comissão também deu parecer favorável à proposta que proíbe a cobrança antecipada de matrícula ou reserva de vagas em instituições particulares de ensino ( PL nº 313/2019), de autoria do deputado Isaltino Nascimento (PSB). Ainda foi acatado substitutivo da Comissão de Justiça ao PL nº 322/2019, do deputado Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), que veda a cobrança de taxa de conveniência na venda de ingressos online.

Outro destaque foi o PL nº 385/2019, também das Juntas, que cria o Relatório de Pagamento de Shows e Eventos, uma planilha que deve conter dados como nome artístico da atração e data da apresentação, além do prazo-limite para o pagamento da atividade contratada por Estado ou municípios. A deputada Teresa Leitão (PT) acredita que a proposta, já debatida em audiência pública pelo colegiado, equilibra o direito do artista à capacidade financeira da administração.

*Do site da Alepe

Um tratamento inovador contra o câncer, feito com células reprogramadas do próprio paciente, foi testado pela primeira vez na América Latina por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.

Conhecida como terapia de células CAR-T, a técnica foi usada para tratar um caso avançado de linfoma difuso de grandes células B – o tipo mais comum de linfoma não Hodgkin, doença que afeta as células do sistema linfático. O paciente, de 63 anos, já havia sido submetido sem sucesso a várias linhas diferentes de quimioterapia desde 2017.

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“A expectativa de sobrevida desse paciente era menor que um ano. Para casos como esse, no Brasil, normalmente restam apenas os cuidados paliativos. Contudo, menos de um mês após a infusão das células CAR-T observamos melhora clínica evidente e até conseguimos eliminar os remédios para dor”, contou Renato Cunha, pesquisador associado ao CTC e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP).

A terapia de células CAR-T (acrônimo em inglês para receptor de antígeno quimérico) foi inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos, onde é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos a um custo de US$ 400 mil – sem considerar os gastos com internação. Já a metodologia desenvolvida no CTC tem custo aproximado de R$ 150 mil, que pode se tornar ainda mais baixo se o tratamento passar a ser oferecido em larga escala.

“Trata-se de uma tecnologia muito recente e de uma conquista que coloca o Brasil em igualdade com países desenvolvidos. É um trabalho de grande importância social e econômica para o país”, afirmou Dimas Tadeu Covas, coordenador do CTC e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular, apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O primeiro paciente foi atendido pela equipe do CTC e do Hemocentro do HC-FMRP-USP na modalidade de tratamento compassivo, que permite o uso de terapias ainda não aprovadas no país em casos graves sem outra opção disponível. O grupo pretende agora iniciar um protocolo de pesquisa com um número maior de voluntários. “Já temos outros dois pacientes com linfomas de alto grau em vias de receber a infusão de células reprogramadas”, contou Cunha.

Como funciona

A partir de amostras de sangue dos pacientes a serem tratados, os pesquisadores isolam um tipo de leucócito conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo graças à sua capacidade de reconhecer antígenos existentes na superfície celular de patógenos ou de tumores e desencadear a produção de anticorpos.

Com auxílio de um vetor viral (um vírus cujo material genético é alterado em laboratório), um novo gene é introduzido no núcleo do linfócito T, que então passa a expressar em sua superfície um receptor (uma proteína) capaz de reconhecer o antígeno específico do tumor a ser combatido.

“Ele é chamado de receptor quimérico porque é misto. Parte de um receptor que já existe no linfócito é conectada a um receptor novo, que é parte de um anticorpo capaz de reconhecer o antígeno CD19 [antiCD-19]. Com essa modificação, os linfócitos T são redirecionados para reconhecer e atacar as células tumorais”, explicou Cunha.

Os leucócitos reprogramados são “expandidos” em laboratório (colocados em meio de cultura para que se proliferem) e depois infundidos no paciente. Antes do tratamento, uma leve quimioterapia é administrada para preparar o organismo.

“Cerca de 24 horas após a infusão das células CAR-T tem início uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo e induzindo a liberação de substâncias pró-inflamatórias para eliminar o tumor. Além de febre, pode haver queda acentuada da pressão arterial [choque inflamatório] e necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. O médico deve ter experiência com a técnica e monitorar o paciente continuamente”, disse.

O aposentado submetido ao protocolo no HC da FMRP-USP no dia 9 de setembro já superou a fase crítica do tratamento, conseguiu se livrar da morfina – antes usada em dose máxima – e não apresenta mais linfonodos aumentados no pescoço.

“Além desses sinais clínicos de melhora, conseguimos detectar as células CAR-T em seu sangue e essa é a maior prova de que a metodologia funcionou”, disse Cunha.

De acordo com o pesquisador, somente após três meses será possível avaliar com mais clareza se a resposta à terapia foi total ou parcial – algo que depende do perfil biológico do tumor. Os linfócitos reprogramados podem permanecer no organismo pelo resto da vida, mas também podem desaparecer após alguns anos.

Versão brasileira

O projeto que possibilitou a produção das células CAR-T teve início há cerca de quatro anos, quando foi renovado o apoio da FAPESP ao CTC. Nesse período, foram conduzidos estudos fundamentais sobre as construções virais mais usadas para a modificação gênica, bem como estabelecidos modelos animais para os estudos pré-clínicos. Cerca de 20 pesquisadores, incluindo médicos e biólogos celulares e moleculares, além de engenheiros especializados em cultivo celular em larga escala, participam do projeto.

Mais recentemente, Cunha se incorporou ao time com a experiência clínica e laboratorial adquirida durante estágio realizado no National Cancer Institute, centro ligado aos National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos e pioneiro na técnica. Em dezembro de 2018, o pesquisador recebeu da Associação Americana de Hematologia (ASH, na sigla em inglês) o ASH Research Award e uma bolsa de US$ 150 mil para contribuir com o desenvolvimento da técnica na FMRP-USP. O projeto, no seu conjunto, teve apoio financeiro, além da FAPESP e do CNPq, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde.

“A metodologia que desenvolvemos é específica para o tratamento de linfoma, mas a mesma lógica pode ser usada para qualquer tipo de câncer. Estamos trabalhando em protocolos para o tratamento de leucemia mieloide aguda e para mieloma múltiplo. Também estamos acertando uma parceria com uma universidade japonesa com foco em tumores sólidos, como o de pâncreas”, contou Rodrigo Calado, professor da FMRP-USP e membro do CTC.

O objetivo do grupo, segundo Calado, é desenvolver tratamentos de custo acessível a países de renda média e baixa e possíveis de serem incluídos no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O custo da terapia de células CAR-T é muito próximo do valor que o SUS repassa para um transplante de medula óssea – hoje em torno de R$ 110 mil. Então o tratamento pode ser considerado acessível”, disse Calado.

Covas lembrou que o CTC tem tradição em terapias pioneiras, entre elas a aplicação de células mesenquimais para tratamento de diabetes e o transplante de medula óssea em portadores de anemia falciforme.

“Só conseguimos desenvolver o protocolo CAR-T de modo relativamente rápido porque temos uma estrutura há muito tempo em construção. Esse investimento da FAPESP em ciência básica, em formação de pessoas e em infraestrutura de pesquisa agora se traduz em novos tratamentos mais eficazes contra o câncer”, disse o coordenador do CTC.

Da assessoria do Hemocentro RP

Um casal transexual em Cuba superou preconceitos e realizou uma cerimônia de casamento civil em Havana, um fato inédito na ilha socialista, mas ambos tiveram que inscrever sua união com os gêneros registrados legalmente em seus documentos, masculino e feminino, sem violar as normas.

"Este ato jurídico não transgride o estabelecido no ordenamento jurídico cubano pois se tratam de duas pessoas cujos gêneros registrados legalmente são feminino e masculino, embora não sejam coerentes com as identidades de gênero de Ramsés e Dunia", os novos esposos, explicou o estatal Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex).

A nova Constituição da ilha, vigente desde abril, proíbe a discriminação por identidade de gênero. Também define o matrimônio como uma instituição social e jurídica, mas não legisla sobre quem o contrai. Isso será matéria de um novo Código de Família, ainda em elaboração. O atual só reconhece a união heterossexual.

Ramsés, homem transgênero, e Dunia, mulher transgênero, contraíram matrimônio em 16 de julho no Palacio de Matrimonios de San Francisco de Paula de Havana, uma entidade que pertence ao Ministério da Justiça. Mas não sem contratempos.

O casal fez uma primeira tentativa fracassada. Depois o Cenesex precisou intervir, fornecendo assessoria jurídica.

Em Cuba, os homossexuais sofreram perseguição, sobretudo nos anos posteriores à vitória da revolução, um fato pelo qual o ex-presidente Fidel Castro (1926-2016) pediu perdão.

No entanto, há mais de uma década o Cenesex promove a luta pelos direitos das pessoas LGBTI, sob a direção da deputada Mariela Castro, filha do ex-presidente Raúl Castro.

A instituição promoveu a inclusão na nova Constituição do conceito de matrimônio como "união entre duas pessoas", embora não tenha conseguido apoio majoritário.

O pleito de integrantes da bancada feminina para que sejam feitas mudanças nas regras do cálculo para mulheres em relação ao tempo de contribuição está avançando nas discussões da reforma da Previdência. Na tarde desta terça, o relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB), disse que não vê problemas no pedido. "Acho que vai (ser atendido)", disse.

Na proposta atual, com 20 anos de contribuição, o benefício será de 60% da média salarial de contribuição, subindo dois pontos porcentuais para cada ano a mais de trabalho. A bancada feminina pede a regra dos dois pontos seja aplicada a partir dos 15 anos de contribuição para as mulheres, já que, para elas, a reforma prevê que o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos, e não 20, como no caso dos homens.

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Segundo fontes, estimativas preliminares apontam para uma perda de potência fiscal na reforma entre R$ 15 bilhões e R$ 30 bilhões. "Está em discussão, mas acho que vai, acho que não tem problema, está construído o entendimento, governo está calculando impacto, falam ai da ordem de R$ 20 bilhões ou algo do tipo", disse Moreira ao conversar com jornalistas no plenário.

Segundo ele, o que está sendo discutido ainda em qual "faixa já passa a introduzir os dois por cento", sem dar maiores detalhes. "O importante é ter entendimento, manter a possibilidade de votos, não desorganização a base de apoio, não comprometer do ponto de vista fiscal e do ponto de vista da estrutura central da reforma", disse Moreira.

Para que haja uma mudança nesse cálculo no momento da votação podem destacar parte da emenda nº 219, da deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), que altera o texto para haver "acréscimo de dois por cento para cada ano de contribuição que exceder o tempo de quinze anos de contribuição" das mulheres.

O secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse mais cedo que passou a manhã com integrantes da bancada para falar sobre a questão.

Diante de todo o conflito reavivado na manhã desta segunda-feira (25) com a liberação da demolição do Cais José Estelita, concedido pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), o órgão se manifestou afirmando que, ainda em 2014, a Prefeitura do Recife iniciou um diálogo em conjunto com a sociedade e, com a regulamentação do Plano Específico, incorporou “diversos avanços para o território e para a cidade".

“Entre os pleitos da sociedade estava a elaboração de um Plano Específico para o Cabanga, Cais José Estelita e Santa Rita. A Prefeitura do Recife iniciou outro amplo processo de discussão que resultou na Lei 18.138/2015, que regulamenta este Plano Específico”, confirma a secretaria.

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O órgão garante que, com essa lei, as áreas do cais “passam a contar com a mais moderna legislação urbanística da cidade, uma vez que ela contempla conceitos e princípios urbanísticos que estão presentes em várias partes do mundo”.

A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano acentua que o alvará concedido para a demolição do Cais José Estelita “está em conformidade com as normas de licenciamento vigentes, inclusive com anuência do Iphan, e atende à solicitação dos responsáveis pelo projeto”.

Confira, na íntegra, o posicionamento da Prefeitura através da Semoc:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre o início da execução de empreendimento privado no terreno do Cais José Estelita, a Prefeitura do Recife vem a público esclarecer que:

Ainda em 2014, a Prefeitura do Recife iniciou um amplo processo de diálogo e participação para propor, em conjunto com a sociedade e os setores técnicos envolvidos, uma nova visão de urbanização não só para o antigo terreno da RFSA, no Cais José Estelita, como para os bairros do entorno. Naquele momento já estava aprovado, desde 2012, um projeto privado para o terreno. Entre os pleitos da sociedade estava a elaboração de um Plano Específico para o Cabanga, Cais José Estelita e Santa Rita. A Prefeitura do Recife iniciou outro amplo processo de discussão que resultou na Lei 18.138/2015, que regulamenta este Plano Específico.

O atual projeto aprovado para a área foi adequado para essa nova legislação, incorporando diversos avanços para o território e para toda a cidade. A partir da nova lei, dentro da área privada do Cais José Estelita, hoje temos 65% de área de uso público e 35% de área privada, o que configura um importante ganho para a qualidade do espaço urbano da cidade. Com a lei, essas áreas passam a contar com a mais moderna legislação urbanística da cidade, uma vez que ela contempla conceitos e princípios urbanísticos que estão presentes em várias partes do mundo. O objetivo foi construir referências viáveis para a construção de um espaço melhor ordenado e que seja capaz de promover qualidade urbana e, consequente, qualidade de vida. Entre os avanços alcançados a partir da nova legislação estão:

- Implantação de um parque linear valorizando a borda d'água, outro parque na área da antiga ferrovia e espaços públicos de convivência, esportes, cultura e lazer;

- Eliminação de grades e muros em todas as edificações;

- Redução das quadras;

- Ciclovia em toda a extensão da linha d'água;

- Embutimento de fiação;

- Redução em 2/3 de altura das edificações mais próximas da área histórica (a altura nessas áreas sai de 38 andares para até 12 pavimentos, respeitando recuo de 50 metros a partir da proximidade dos armazéns localizados junto ao Forte das Cinco Pontas);

- Oferta de comércio e serviços no térreo de todas as edificações;

- Implantação de cobertura vegetal no topo dos prédios (telhado verde) e reutilização das águas das chuvas por meio de reservatórios de acúmulo;

- Eliminação do viaduto das Cinco Pontas devolvendo a relação que o Forte tem com a frente d'água;

- Calçadas com aproximadamente cinco metros de largura;

- Construção de habitações de interesse social em área próxima;

- Conexão da Avenida Dantas Barreto com o Cais José Estelita.

É importante frisar que o alvará de demolição concedido na manhã desta segunda-feira (25) está em conformidade com as normas de licenciamento vigentes, inclusive com anuência do Iphan, e atende à solicitação dos responsáveis pelo projeto.

O vereador Carlos Gueiros (PSB) quer estender o período de não incidência de multas de trânsito por avanço de semáforo no Recife. Gueiros justifica que a mudança visa adequar as regras de penalidades de trânsito ao cenário de violência urbana da capital.

Atualmente, não são multados os avanços que acontecem entre as 23h e as 5h, desde que a velocidade do veículo não seja maior do que a velocidade máxima da via. O projeto de lei nº 79/2018, de autoria do parlamentar, propõe que esse intervalo se inicia às 22h.

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“As contravenções praticadas por delinquentes nas vias públicas estão acontecendo cada vez mais cedo, trazendo desespero aos cidadãos do Recife, que ficam na dúvida de cometerem uma infração de trânsito, cujas consequências são multas com valores exorbitantes e perda de pontos na sua carteira de habilitação, ou de se submeterem à ação violenta desses criminosos”, diz o vereador no texto de justificativa da matéria.

O projeto se encontra em tramitação na Câmara do Recife e aguarda pareceres das comissões temáticas responsáveis para ser incluído na pauta de votações. O texto será analisado pelas comissões de Legislação e Justiça, de Finanças e Orçamento e de Acessibilidade e Mobilidade Urbana.

Apesar de não acreditar que o governo Bolsonaro possa avançar para o totalitarismo militar por achar que essa não é a “tendência” do neofascismo atual, a ex-presidente Dilma Rousseff não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante uma entrevista concedida ao jornal espanhol eldiario.es. 

A ex-presidente, ao ser questionada sobre qual a atual situação do Brasil, falou que setores do judiciário e militar se uniram para que, por meio da eleição, chegasse ao poder “a extrema direita de corte fascista de Bolsonaro” com o objetivo de desmontar as bases democráticas. “Os militares cuidarão para que não haja ruptura formal da Constituição para, em troca, deixá-la sem efeito”, alertou.

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Dilma também falou que a característica do fascismo é sua incapacidade de admitir a diferença. “No plano político, o presidente o tem verbalizado ao dizer que não basta derrotar o PT, tem que destruí-lo: prisão ou exílio”. 

A petista pontuou que a intolerância também é social e cultural contra mulheres, negros, indígenas e classe LGBT. Ainda disse que há um apelo pela violência. “Desde converter nosso gesto em campanha, que é o “L” de Lula com o polegar e o indicador, em um ameaçador revólver, até a proposta de impunidade policia para matar suspeitos”. 

A aliada de Lula ainda foi questionada por qual motivo a população não preferiu o PT votando no então candidato Fernando Haddad e, sim, Bolsonaro, mesmo no Brasil o voto sendo obrigatório e a maioria sendo mulheres, pobres e negros. Segundo a ex-candidata ao Senado, houve um discurso baseado em dois pilares: a corrupção e a segurança.

“Disseram que a criminalidade vinha da destruição da família. Que a culpa é das feministas, promiscuas, abortistas, famílias monoparentais onde os filhos saem criminosos. Defendem essas mentiras, querem facilicar o acesso as armas e nos ameaçam”, lamentou. 

O real destoou de outras moedas e teve nesta terça-feira, 8, o melhor desempenho perante o dólar entre as 24 principais divisas mundiais. O dólar à vista fechou em queda de 0,47%, a R$ 3,7174, o menor valor desde 1º de novembro de 2018, quando terminou em R$ 3,6979. Especialistas em câmbio apontam que a queda da divisa americana reflete fatores técnicos, como a tendência de volta neste começo do ano de recursos que deixaram o país no final de 2018, aliados a um clima ainda positivo dos investidores com o governo de Jair Bolsonaro, com perspectiva favorável para a reforma da Previdência, após os recentes desdobramentos, que incluem uma reunião técnica do governo nesta terça para discutir o assunto e uma dos ministros Paulo Guedes, Economia, e Onyx Lorenzoni, Casa Civil. Um dos reflexos é que o risco-país segue em queda, com o Credit Default Swap (CDS) sendo negociado no final da tarde a 183 pontos, menor nível em oito meses.

Entre os fatores técnicos que influenciam o câmbio, operadores ressaltam que a expectativa é de volta agora neste começo de 2019 de parte dos recursos que deixaram o país no final do ano passado. Somente nos dois últimos meses de 2018, saíram US$ 27 bilhões pelo canal financeiro, segundo dados do Banco Central. As últimas semanas do ano costumam ser de fluxo negativo, pois as empresas remetem recursos para as matrizes, fundos realocam carteiras e investidores estrangeiros reduzem posições no real. Da mesma forma, parte desse capital tende historicamente a voltar no começo do ano, destaca o gerente da mesa de câmbio da Tullet Prebon Brasil, Ítalo Abucater. Por isso, o real acaba destoando de outras moedas emergentes, como ocorreu nesta terça.

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Para Abucater, há ainda uma boa vontade dos investidores, sobretudo do local, com Bolsonaro, o que ajuda a deixar o câmbio menos pressionado. Ao mesmo tempo, o especialista ressalta que os estrangeiros continuam mais cautelosos com o novo governo. No mercado futuro, eles seguiram elevando as posições compradas em dólar, ainda que em ritmo mais moderado do que no dia anterior. O estoque total da posição comprada aumentou US$ 222 milhões na segunda-feira, para US$ 33,5 bilhões, considerando o dólar futuro e posições em cupom cambial (juro em dólar), segundo dados da B3.

No final da tarde, com o dólar à vista praticamente fechado, e pouco antes de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Onyx disse que a proposta da Previdência será apresentada ao presidente na semana que vem, mas ressaltou que ainda "está tudo em aberto" sobre o texto.

A agência de notícias chinesa Xinhua apresentou nesta semana um casal de apresentadores virtuais de noticiários televisivos, um passo que reflete os esforços de Pequim em termos de inteligência artificial.

No entanto, os hologramas apenas leem na tela o texto introduzido no sistema informático, diferentemente de outros robôs com inteligência artificial, que são capazes de refletir e tomar decisões de forma autônoma.

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"É meu primeiro dia na agência Xinhua", afirma um dos personagens digitais, que se parece com um jovem apresentador chinês de carne e osso. Um dos robôs fala em chinês, e o outro, em inglês.

Segundo a agência, estes robôs virtuais foram criados com a colaboração de Sogu, uma empresa de Pequim especializada em reconhecimento de voz.

"A partir de agora é oficialmente um novo membro da redação da Xinhua", afirmou a agência, destacando que uma das vantagens destes robôs virtuais é que podem trabalhar 24 horas por dia.

A China desenvolveu um plano para se tornar a primeira potência mundial em termos de inteligência artificial, mas este projeto foi suspenso após as acusações de plágio tecnológico do presidente americano, Donald Trump.

A meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) estabelecida para 2017 foi cumprida apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, etapa que vai do 1º ao 5º ano. A etapa alcançou 5,8 (em uma escala que vai de 0 a 10), quando a meta estipulada era de 5,5.

No ensino médio, etapa mais crítica, o índice avançou 0,1 ponto, após ficar estagnado por três divulgações seguidas, chegando a 3,8. A meta para 2017 era 4,7.

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Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, a meta foi descumprida pela primeira vez em 2013 e não atingiu mais o esperado. Em 2017, com Ideb 4,7, o país não alcançou os 5 pontos esperados.

“Apesar do crescimento observado, o país está distante da meta projetada”, avalia o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Ideb.

Divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Educação (MEC), o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. O índice avalia o ensino fundamental e médio no país, com base em dados sobre aprovação nas escolas e desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O resultado do Saeb foi divulgado na semana passada pelo MEC.

Desde a criação do indicador, em 2007, foram estabelecidas diferentes metas (nacional, estadual, municipal e por escola) que devem ser atingidas a cada dois anos, quando o Ideb é calculado. O índice vai de 0 a 10. A meta para o Brasil é alcançar a média 6 até 2021, patamar educacional correspondente ao de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 Nos Estados

O ensino médio é a etapa mais crítica, com a meta descumprida em todos os estados. Além de não terem alcançado o índice esperado, cinco estados tiveram redução no valor do Ideb entre 2015 e 2017: Amazonas, Roraima, Amapá, Bahia e Rio de Janeiro. O estado com melhor Ideb, o Espírito Santo, obteve 4,4 pontos, não atingindo a meta de 5,1 para o estado.

 Nos anos finais do ensino fundamental, sete estados alcançaram ou superaram a meta proposta para 2017: Rondônia, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso e Goiás. A situação melhorou em relação a 2015, quando cinco estados alcançaram a meta. No ano passado, Alagoas e Rondônia somaram-se à lista. Minas Gerais foi o único Estado que teve queda do Ideb na etapa de ensino em 2017.

 Já nos anos iniciais do ensino fundamental, apenas os estados do Amapá, Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul não alcançaram as metas para 2017. Oito unidades federativas alcançaram Ideb igual ou maior que 6: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Na etapa, a maior diferença positiva em relação à meta ocorreu no Ceará que, com um Ideb 6,2, superou a meta 4,8 para o estado em 1,4 ponto.

 Na análise do Inep, os números mostram avanços importantes, sobretudo nos anos iniciais do ensino fundamental, mas também, algumas preocupações que precisarão ser discutidas no âmbito das escolas.

 A autarquia ressalta que será necessário “indispensável apoio e colaboração dos níveis mais elevados de gestão nos municípios, nos estados e no Ministério da Educação, para que o desempenho dos estudantes brasileiros possa seguir uma trajetória de melhoria”.

A tunisiana Souad Abderrahim, de 53 anos, foi eleita pelo partido islâmico moderado Ennahda no dia 6 de maio como prefeita de Túnis, capital do país. Agora, foi confirmada pelos votos dos conselheiros municipais, que tiveram que decidir entre ela e Kamel Idir, do partido laico Nidaa Tounes.

A farmacêutica se tornou, assim, a primeira mulher prefeita de uma capital árabe. "A minha eleição mostra que as mulheres são capazes de ocupar o primeiro lugar. Dedico essa vitória à Tunísia e ao sucesso das mulheres tunisianas", afirmou.

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A luta contra a discriminação de gênero é uma das suas principais bandeiras, mas as suas posições, em relação à família, são claras e tradicionais.

A prefeita definiu a vitória, ainda, como um "evento histórico que pode riscar a imagem de Tunísia". Abderrahim admitiu que ser a primeira mulher prefeita é uma grande responsabilidade, mas assegurou que cumprirá todas as suas promessas de campanha eleitoral.

Segundo ela, todos os partidos serão representados na mesa, as ações serão coletivas, resultantes de um grande trabalho em equipe. Abderrahim não usa véu por fazer parte do Ennahda, então está sempre com um tailleur. Ela havia já dito que não é de direita, nem de esquerda, afirmando-se "independente".

As últimas eleições municipais tunisianas registraram baixa participação, com um eleitor votante entre três, totalizando 34% de pessoas que foram às urnas. Em 2018, completam sete anos da Revolução de Jasmin - responsável pela saída do presidente Zine el-Abidine Ben Ali - que deu início à transição da Tunísia para a democracia, depois de dezenas de anos sob domínio autoritário.

Da Ansa

O Departamento Geral de Trânsito da Arábia Saudita determinou nesta terça-feira (8) que as mulheres poderão dirigir no país a partir do dia 24 de junho deste ano.

"Todos os requisitos foram estabelecidos para que as mulheres, possam começar a dirigir no Reino", disse Mohammed Al-Basami, diretor da agência, vinculada ao ministério do Interior.

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Segundo Al- Basami, o decreto real entrará em vigor no dia 24 de junho e autoriza as mulheres com idade a partir de 18 anos a passarem por testes para obter a carteira de motorista.

A iniciativa a favor da classe feminina foi emitida em setembro de 2017, como parte de uma política. Desde então, várias escolas de condução foram abertas em cinco cidades da Arábia Saudita.

Na Arábia Saudita, a restrição de liberdade às mulheres é grande. O país é comandado por uma vertente ultraconservadora do Islã. Contudo, medidas recentes propostas pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman visam a estabelecer reformas sociais e econômicas na região. 

Médicos na Universidade Johns Hopkins (JHU, na sigla em inglês) anunciaram nesta segunda-feira (23) a conclusão do primeiro transplante total de pênis e escroto em um militar que foi ferido no Afeganistão. A cirurgia com 14 horas de duração foi feita em 26 de março por uma equipe de nove cirurgiões plásticos e dois cirurgiões urologistas, disse a JHU em nota.

"Estamos otimistas que esse transplante vai ajudar a restabelecer as funções urinária e sexual próximo do normal para este jovem homem", disse W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva na Escola de Medicina da JHU.

Todo o pênis, o escroto sem os testículos e parte da parede abdominal vieram de um doador falecido. O militar pediu anonimato, mas divulgou uma curta nota, dizendo que espera deixar o hospital na semana que vem. "É um ferimento realmente incompreensível, não é fácil de aceitá-lo", disse.

"Quando acordei, finalmente me senti mais normal", completou. A nota não descreveu como o paciente se feriu. Transplantes penianos já haviam sido feitos, mas a soma do escroto representa um avanço adicional para a medicina.

Apontar os principais problemas de Belém e buscar soluções simples e fáceis de serem aplicadas. Essa é a proposta do InnovaToday, um evento de imersão em que o participante será estimulado a pensar sobre o futuro da sociedade.

Organizada por empresários locais, a programação deve inscrever cerca de 120 pessoas, entre estudantes, professores, ativistas, profissionais liberais e quem mais se interessar pelo tema. Serão dois dias de evento, dentro da programação do Pará Negócios, em 1º e 2 de dezembro, no Hangar, em Belém. No primeiro dia, os participantes serão apresentados ao projeto e sem seguida terão 24 horas para desenvolver a proposta.

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Das ideias sugeridas, o próprio público escolherá as 10 melhores. Cada participante escolhido montará um time de trabalho com até 10 pessoas para colocar em prática a proposta. “O negócio é colocar o pessoal para pensar e trabalhar, sempre de olho no relógio”, explica Cláudio Brito, um dos organizadores.

Durante o evento, serão oferecidas palestras para direcionar as ideias a um formato apresentável e mentores que irão circular entre os grupos criados sugerindo melhorias. Ao final do evento, será formada uma banca de juízes para avaliar os trabalhos que terão 10 minutos de apresentação mais 5 minutos para responder eventuais dúvidas. Os juízes pontuam e entregam suas folhas de avaliação para, ao final das apresentações, o público conhecer a ideia vencedora. Todas as propostas selecionadas serão contempladas com a apresentação para o poder público.

Quais serão os conteúdos abordados?

Cidades Inteligentes;

Internet nas coisas;

Novos modelos de gestão pública;

Empreendedorismo;

Educação;

Criatividade e Inovação.

Resumo da programação:

Apresentação do Evento e Patrocinadores;

Dinâmica de Apresentação;

Apresentação do Relator;

Palestra sobre Cidades Inteligentes;

Dinâmicas de Brainstorm;

Oficina para a criação de Modelos de Negócios;

Apresentação das Ideias;

Premiação das Melhores Ideias;

Happy Hour.

Palestras confirmadas:

Bruno Kato - Cidades Inteligentes;

Celso Eluan - A responsabilidade também é sua;

Claudio Brito - Suas ações falam mais que a sua boca;

Odlaniger Lourenço - Educação Disruptiva;

Paulo Pinho - Amigos de Belém.

Inscrição aberta pelo site: www.innovatoday.com.br

Mais informações: 99146-6211.

Por Bianca Teixeira, da assessoria do evento.

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