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O decreto do governador Paulo Câmara, que entra em vigor neste sábado (16), é o mais duro até aqui no tocante a medidas restritivas de isolamento social como arma para combater a curva da epidemia do Covid-19, que cresce diariamente no Estado. 

Na coletiva da Secretária Estadual de Saúde desta sexta-feira (15), o secretário André Longo falou sobre a medida e pediu para que os Pernambucanos respeitem. "A gente quer mais uma vez fazer um apelo à população pernambucana, para que possa ajudar nas medidas de isolamento social, para que a gente tenha sucesso, para que a gente possa nos próximos 15 dias deitar a curva epidêmica e caminhar no começo de junho para redução da epidemia", argumentou.

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Até como tentativa de criar algum estímulo na população, Longo disse que se tudo correr como esperado o Estado deve pensar em reabertura do comércio. "Assim nós podemos voltar com segurança a normalidade possível, a abertura de todas as atividades no decorrer do mês de junho", ressaltou. 

Citada como exemplo após ter zerado o número de casos de Covid-19, o arquipélago de Fernando de Noronha nesta sexta-feira (15) tem cinco novos casos que estão em investigação. A ilha também fechará suas praias até o dia 24 como forma de precaução.

Noronha entrou em lockdown assim que os primeiros casos foram confirmados na ilha. O isolamento total sem entrada e saídas de pessoas desde o dia 20 de abril teve um papel importante no controle de casos. No total até aqui foram 28 confirmados e todos recuperados sem registro de óbitos.

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Mas nesta sexta, segundo apuração da reportagem do LeiaJá, a ilha vai analisar cinco novos casos suspeitos de Covid-19 e como forma de prevenção a ilha fechará suas praias até o dia 24 para que se reavalie a questão epidemiológica no arquipélago.

O governo de São Paulo informou nesta sexta-feira (15) que, nas últimas 24 horas, foram confirmados no Estado 3.961 novos casos de covid-19 e 186 óbitos. Os números totalizam, agora, 58.247 infectados pelo novo coronavírus e 4.505 mortes desde o início da pandemia.

Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) anunciou a compra de 2 milhões de testes rápidos para covid-19, que estarão disponíveis no Instituto Butantan a partir deste sábado (16). A aquisição teve custo de R$ 114 milhões e a realização de testes começará pelas forças de segurança do Estado e dos municípios paulistas, passando depois para profissionais de saúde.

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Doria afirmou ainda que lamenta a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde e disse que o oncologista "pagou com seu cargo" de ministro a sua defesa da saúde da família brasileira.

Na visão do tucano, Teich demonstrou, ao longo do curto tempo em que ocupou a posição, "compromisso com a ciência e respeito ao isolamento" e deixou a pasta por causa da "desordenação" do governo de Jair Bolsonaro.

"Espero que o sucessor do ministro Nelson Teich continue seguindo a orientação da Medicina e da saúde e não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas, partidárias, pessoais ou familiares", comentou Doria.

Com a proliferação da pandemia em Pernambuco, mais 621 infecções foram registradas, nesta sexta-feira (15), junto com 83 mortes em decorrência do novo coronavírus. A Secretaria de Saúde do Estado (SES) prometeu mais detalhes ao longo da tarde. 

Com a atualização, Pernambuco já soma 1.381 óbitos da Covid-19. Após a confirmação dos novos casos, 16.209 pessoas já foram infectadas no Estado desde o início das notificações, no fim de fevereiro. Dessas, 8.554 se enquadram em casos graves e 7.655 em leves.

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Menos de um mês após assumir a pasta, o ministro da Saúde, Nelson Teich, vai deixar o cargo. Em nota, o ministério informou que Teich pediu exoneração na manhã desta sexta-feira (15). O secretário executivo, general Eduardo Pazuello, assume interinamente.

 Uma coletiva de imprensa será realizada nesta tarde para maiores esclarecimentos sobre a saída do ministro. Teich assumiu o posto em 17 de abril. Ele substituiu Luiz Henrique Mandetta, que apresentava discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro.

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 Assim como Mandetta, Teich também havia apresentado desentendimentos com o presidente em temas como uso da cloroquina, saída do isolamento e ampliação dos serviços considerados essenciais.

Nesta semana, viralizou na internet um vídeo do apresentador Sikêra Jr realizando exercícios respiratórios. Nas imagens, o apresentador aparece bastante debilitado e ainda utilizando um cilindro de oxigênio para suporte respiratório.

Sikêra apresentava atualmente o Alerta Nacional, na Rede TV, e está afastado após diagnóstico do Covid-19. O apresentador segue em recuperação, mas apresenta um quadro de comprometimento dos dois pulmões.

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O jornalista está sendo acompanhado por dois fisioterapeutas, para a realização das atividades. Segundo eles, a previsão é que em 20 dias o apresentador possa retomar as suas atividades normalmente e retornará ao trabalho.

O deputado estadual Romero Albuquerque (PP) está pedindo o fim da quarentena para pessoas que vão passear com os animais ao redor de suas residências. Segundo o deputado, a proibição de passeios pode prejudicar a saúde dos animais.

 "A caminhada dos tutores com os animais deve ser elencada entre as atividades liberadas durante os 15 dias em que a restrição da circulação de pessoas será mais rigorosa", pediu Albuquerque durante sessão na quinta-feira (14).

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O parlamentar defende a liberação de passeios curtos, perto de casa, com um único tutor, que deverá estar usando máscara. "É totalmente essencial ao animal fazer esse passeio. Muitos deles são educados a fazer as suas necessidades somente na rua. De forma alguma podemos pedir ao tutor que prive o animal dessa saída, porque submetê-lo a isso é uma tortura. Se o animal prender, pode ter uma inflamação ou outro problema grave de saúde", disse.

 O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, sugeriu às pessoas que moram em condomínio que utilizem a área comum dos prédios para andar com os cães. Segundo Romero Albuquerque, o Sindicato da Habitação de Pernambuco (Secovi-PE) não aprovou a alternativa apresentada pelo secretário.

"Os animais têm direito e têm necessidade de poder fazer esse passeio, é um ato de cuidado.  Por isso, solicitei o fim da quarentena para tutores que precisem levar seus animais às áreas próximas a sua residência para que eles possam fazer as suas necessidades fisiológicas. É uma alternativa muito mais humana e que não vai trazer riscos a ninguém", defendeu Albuquerque. Ele solicitou ao líder do governo na casa, o deputado Isaltino Nascimento, o apoio para acrescer os passeios na lista de serviços essenciais.

Trabalhadores informais do Recife estão recebendo cestas básicas nesta sexta-feira (15). Segundo a Prefeitura do Recife, serão entregues 16 mil cestas para esse grupo em vários pontos do município.

Entre as categorias beneficiadas a prefeitura cita artesãos, cooperativas de catadores, comunidade de terreiros, quiosqueiros, ambulantes, feirantes, grafiteiros, barqueiros, guias de turismo, flanelinhas, condutores e condutores auxiliares de táxi e transporte complementar, entre outros. "As cestas serão entregues, sobretudo, àqueles profissionais que precisam da clientela para desenvolverem suas atividades e garantirem a renda", diz a prefeitura.

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Os insumos foram garantidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Cada secretaria que tem interlocução com os setores beneficiados foi responsável por mobilizar a entrega aos seus cadastrados.

A Prefeitura do Recife diz ter distribuído mais de 286 mil cestas básicas e outros 286 mil kits de higiene e limpeza nos últimos dois meses para famílias dos 90 mil alunos da rede municipal de ensino. A rede de assistência social do município também entregou mais de 100 mil cestas básicas para famílias que recebem Bolsa Família ou que estão na fila de espera, ou seja, têm o perfil para participar do programa, mas ainda não foram incluídas pelo Governo Federal.

A rede de solidariedade mobilizada pela prefeitura, com apoio da sociedade civil e de empresas, distribuiu ainda mais de 60 mil cestas. Os restaurantes populares garantiram 70 mil refeições na forma de quentinhas para a população em situação de rua.

Nesta sexta-feira (15), o cientista político Adriano Oliveira comenta em seu podcast sobre o que há por trás das opiniões e raciocínios de políticos, veículos de imprensa e autoridades sanitárias no que diz respeito à necessidade de continuar mantendo a população em quarentena para combater o Covid-19. Oliveira trata em sua fala do esforço em transformar pensamentos subjetivos em algo objetivo, considerando o isolamento social como uma vacina contra o coronavírus. Adriano apresenta sua visão sobre o tema e mostra que há, segundo ele, equívocos na formulação dessas premissas. O comentarista demonstra que o ponto fundamental é a de que o afastamento das pessoas é relevante para que haja uma diminuição do número de pessoas infectadas durante um espaço de tempo, o que salva vidas e reduz a procura pelos serviços de saúde. Porém, o outro lado da moeda é justamente a diminuição da produção e geração de renda, o que afeta de forma contundente a área econômica do país.        

Oliveira detalha o problema que está posto no Brasil, e em diversos países, e que precisa de solução urgente: salvar vidas X salvar a economia, e segundo o cientista político a variável Tempo precisa ser levada em consideração nesta equação. Adriano fala que com o endurecimento do isolamento, com medidas restritivas mais pesadas, a tendência é que haja uma inevitável quebra da economia. Ele questiona até que ponto o discurso de salvar vidas irá suportar a pressão dos problemas sociais e econômicos ligados ao isolamento mais rígido e prolongado. 

Adriano Oliveira conclui que é papel do analista decifrar os cenários e hipóteses que podem ocorrer no Brasil em um futuro próximo. Segundo ele aponta, a defesa da quarentena estendida pode começar a surtir efeito negativo na popularidade dos governadores, visto que o governo federal segue com a narrativa de que é preciso salvar os empregos e a economia, enquanto os estados precisam procurar formas de manter as pessoas em casa por tempo ainda indeterminado.         

O podcast de Adriano Oliveira tem duas edições, nas segundas e nas sextas-feiras. Além disso, também é apresentado em formato de vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h, na fanpage do LeiaJá.

Confira esta análise a seguir:

Com o objetivo de apurar irregularidades em contratação emergencial, sem licitação, firmadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (15) a Operação Grabato. A suspeita é de que tenha havido direcionamento do contrato. 

As irregularidades, inicialmente detectadas pelo Ministério Público, estão relacionadas à contratação - durante o período de emergência sanitária em razão da pandemia de Covid-19 - de empresa para gerenciamento de aproximadamente 200 leitos no hospital de campanha construído no Estádio Nacional Mané Garrincha, com inauguração prevista para os próximos dias. O contrato é de aproximadamente R$ 79 milhões. Também estão sendo investigados os procedimentos de contratação de empresa para gerir as UTIs do Hospital da PMDF e de aluguel de ambulâncias, ambas relacionadas aos esforços de enfrentamento à pandemia.

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A suspeita é que a empresa contratada tenha se aproveitado da situação de calamidade para, com a participação de servidores públicos, burlar as regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde causando prejuízo aos cofres públicos.

A investigação é comandada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal , em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Operação

Na ação de hoje foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas regiões de Taguatinga, Asa Norte, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Lago Sul, em empresas e residências de empresários e do servidor público envolvido, bem como na Subsecretaria de Infraestrutura em Saúde da SES-DF, responsável pela contratação. 

Nas diligências, o alvo dos investigadores eram elementos para subsidiar as investigações em andamento que, segundo a CGU "apontam, até o momento, para a ocorrência dos crimes de inobservância deliberada das formalidades pertinentes à dispensa de licitação e estelionato contra a administração pública que, após análise do material apreendido, podem chegar a outros crimes e à quantificação do prejuízo ao erário".

Participaram da operação de hoje 40 policiais civis, entre delegados, agentes, escrivães e peritos criminais, além de promotores e analistas do MPDFT e dois auditores da CGU, todos utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs) que também foram fornecidos às pessoas que se encontravam nos locais alvos das buscas como medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus.

O ano de 2020 ficará marcado na história da humanidade como um dos mais difíceis desde que o mundo é mundo. A pandemia do coronavírus, que assolou o planeta, deixará um rastro de mortes e enlutados, sem falar nos novos hábitos e medos da população mundial. No Brasil, a crise de saúde veio acompanhada por uma grave crise política, com reflexos notáveis  na economia e no desenvolvimento do país. Além disso, a necessidade de se fazer o isolamento social, como estratégia de contingência ao vírus, impactou o modo como estudamos, trabalhamos e até nos divertimos. Com a realização de shows, espetáculos e festas proibidos, uma das características mais marcantes dos brasileiros foi tolhida: a alegria. 

Para os nordestinos, então, esse momento ficará marcado como o ano em que não houve São João, uma das festas mais esperadas e amadas por essas bandas do país. O ciclo junino foi o primeiro grande evento sociocultural  brasileiro diretamente impactado pelo coronavírus e sua não realização vem sendo sentida desde o  fim do Carnaval, quando ainda nem se sabia ao certo como estaríamos em meados de maio e junho. Para aqueles que fazem as festas juninas acontecerem de fato, como os quadrilheiros e quadrilheiras, ‘pular’ esse período do ano tem sido ainda mais sofrido e a consciência da importância dessa pausa divide espaço com a dor que ela causa em cada um deles. 

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Quadrilha Junina Lumiar, conhecida como a Broadway do São João. Foto: Cortesia. 

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Anarriê

Quando chegou de fato à terras pernambucanas, o coronavírus encontrou quadrilhas juninas em plena preparação para o São João 2020. Os grupos costumam passar meses em uma preparação que começa com bastante antecedência, tão logo acabe o Carnaval. A Junina Lumiar, do bairro do Pina, por exemplo, abriu sua temporada de ensaios ainda no ano anterior, no dia oito de dezembro. 

Com  o avanço da crise de saúde, a  vencedora do Concurso de Quadrilhas Juninas promovido pela Prefeitura do Recife de 2019- conhecida como a Broadway do São João,  se viu obrigada a parar as atividades. “A Lumiar já vinha num processo bem adiantado do seu espetáculo 2020  e lamentavelmente, a gente teve que interromper por esse motivo;  o mundo tá se deparando com essa situação desagradável. Nós já estávamos iniciando produção de figurino, já estávamos em estúdio de gravação, já tínhamos feito praticamente toda a base do repertório e tudo foi interrompido”, diz Fabio Andrade, marcador e presidente do grupo, há pouco mais de duas décadas.  

Fabio é marcador e presidente da Junina Lumiar. Foto: Cortesia

Assim como a atual campeã, cerca de 90% dos demais grupos pernambucanos já tinha seus espetáculos em processo adiantado de desenvolvimento. A necessidade de interromper as atividades foi um baque para todo o movimento junino, como comenta Michelly Miguel, presidente da Federação de Quadrilhas Juninas e Similares de Pernambuco (Fequajupe) e da União Nordestina de Entidades Juninas (Unej). “Foi muito doloroso ter que parar todos os trabalhos e ainda mais sem saber quando voltaríamos. A primeira parada foi a suspensão dos ensaios, ali já começou a aflição”. Fabio complementa: “Quando iniciou o processo mais forte da pandemia e vieram os decretos, foi bem difícil e complicado. Tivemos que parar tudo, os trabalhos e os ensaios. Inicialmente, houve uma comoção muito grande, uma saudade já dos ensaios, porque é um dos períodos mais importantes pra quem dança quadrilha”. 

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Caminho da roça

O calendário anual desses brincantes foi totalmente modificado pela pandemia. Além da paralisação da produção dos espetáculos e dos ensaios, as apresentações e eventos que começam a partir do mês de maio - como os pré-juninos, lançamentos de temas de cada quadrilha e festas que levantam recursos financeiros para a manutenção dos grupos -, foram todos cancelados. O fim do ‘sonho junino’ de 2020 repercutiu até na saúde emocional dos brincantes. “Hoje nós temos quadrilheiros com depressão, com crise de ansiedade, quadrilheiros tristes em casa. tá sendo bem complicado, bem pesado”, lamenta a presidente da Fequajupe. 

Mas os impactos vão além da frustração pessoal e tristeza de cada brincante. A paralisação das quadrilhas juninas também causa um forte impacto econômico em suas comunidades. Cada grupo movimenta uma cadeia produtiva que envolve os mais diversos profissionais, como costureiras, maquiadores, coreógrafos, marceneiros, designers, músicos, cabeleireiros e soldadores, entre outros. Os próprios ensaios, que acabam sendo verdadeiros eventos, e as festas, geram renda, de maneira direta e indireta, com a comercialização de alimentos e bebidas, entre outros. “A gente tem um peso enorme no comércio do grande Recife em relação ao material que a quadrilha usa. Tem quadrilhas que usam 100 mil reais em material então, tudo isso tá parado”, diz Michelly. 

Alavantú

Parar o sonho de um ano inteiro, de maneira tão abrupta e ainda por cima, diante do contexto de uma pandemia como esta, pode repercutir seriamente na saúde mental de uma pessoa. O psicólogo Claudio Marinho de Albuquerque fala sobre os problemas que esse momento podem gerar e como é possível atravessá-lo de forma mais saudável. 

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Preparar para o viva

Michelly Miguel é presidente da Fequajupe e da Unej. Foto: Cortesia.

Para minimizar o sofrimento, e a falta que o ciclo junino já está fazendo entre os quadrilheiros, as redes sociais serão fortes aliadas. “Com certeza (vai haver) muitas postagens, muitas lives, deve acontecer muita coisa pra tentar acalentar o coração, pra gente não perder a esperança”, diz o marcador da Lumiar, Fabio. Essas coisas já vêm sim, acontecendo, como a exibição de pré-juninos passados e lives nas redes da Fequajupe. Em junho, o canal no YouTube da federação terá uma programação especial, inclusive com um seminário online e um workshop para os amantes da cultura junina. 

O ano de 2020 ficará marcado na memória de cada quadrilheiro e quadrilheira como um período duro e triste, mas certamente, as lembranças não serão mais fortes do que o amor que cada um deles tem por sua quadrilha e por essa tradição nordestina tão forte em nossa cultura. É o que se pode sentir pela fala de Fabio: “Nós somos muito apaixonados pelo que  fazemos, é muito visceral, é de dentro pra fora. A vontade, o desejo que 2021 chegue rápido são conversas que acontecem diariamente. Isso tá acontecendo no movimento todo. Acredito que quando isso passar, que a gente tiver oportunidade de voltar, a coisa vai ser muito linda, vai ser muito forte. Vai ser uma festa linda, o quadrilheiro vai delirar, ele vai levar alegria pro mundo”.




 

Estudo recente de um hospital de Nova York analisou 624 pessoas com Covid-19 e concluiu que 99% desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus. É preciso verificar ainda se esses anticorpos conferem a imunidade suficiente para que alguém infectado não volte a ter a doença.

O estudo, que é ainda preliminar e tem de ser revisto por outros especialistas, sugere que a quantidade de anticorpos gerados é independente da idade, género ou gravidade da doença. Outro estudo  feito na China com 175 infectados indica que os pacientes com sintomas mais graves produzem mais anticorpos.

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Os especialistas norte-americanos admitem que os doentes alcancem o pico da produção de anticorpos cerca de 15 dias depois do aparecimento de sintomas e sugerem que é apenas nessa altura que se devem realizar os testes de imunidade. Essa poderá ser a razão pela qual outros estudos, desenvolvidos precocemente, não detectaram anticorpos nos pacientes.

A quantidade de anticorpos de um paciente está relacionada à capacidade do plasma para neutralizar o vírus, de acordo com o estudo do hospital de Nova York, publicado na revista Nature Medicine. Por essa razão, o plasma dessas pessoas pode vir a ser um dos tratamentos possíveis para outros pacientes.

Em Portugal já começou a colheita de plasma de doentes recuperados para ser usado em ensaios clínicos. Os testes desenvolvidos no Hospital Mount Sinai, em Nova York, foram aprovados pela agência federal FDA e tinham menos de 1% de hipótese de produzir falsos resultados positivos, com elevado grau de confiabilidade.

Os especialistas explicam que os anticorpos se unem à proteína S, que o vírus utiliza para entrar nas células humanas, evitando assim que surjam reinfeções. Frisam, porém, que falta determinar a quantidade de anticorpos necessária para que haja imunidade e se eles têm a capacidade neutralizadora suficiente.

O estudo de Nova York é o mais amplo realizado até agorato, contando com a participação de grande número de pacientes e utilizando o mais sensível teste a anticorpos disponível.

Pesquisa urgente deve ser realizada para se definir se enxaguantes bucais podem ser eficazes em reduzir a propagação do coronavírus. É o que sugerem cientistas britânicos.

Enxaguantes bucais podem ser capazes de danificar a membrana ou cápsula que envolve o vírus e dessa forma reduzir as possibilidades de infecção, segundo um artigo científico publicado em 14 de maio pela Universidade de Oxford.

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Cápsula viral lipídica

O artigo, da autoria de um grupo de cientistas liderado por Valerie O'Donnell, do Instituto de Pesquisa de Imunidade de Sistemas da Universidade de Cardiff (Reino Unido), revela dados que demonstram a importância da garganta e das glândulas salivares na replicação e transmissão do novo coronavírus.

O artigo científico foi sintetizado em uma notícia do jornal britânico The Independent, e refere que o SARS-Cov-2, que causa a doença COVID-19, é um vírus cercado por uma membrana gordurosa ou lipídica, sensível a agentes químicos.

Os autores do artigo escreveram que enxaguantes bucais são uma "área subpesquisada", alertando para a "grande necessidade clínica" de se saber se a lesão dessa membrana poderia ter um papel na parada do vírus na garganta.

Pesquisas anteriores mostraram que enxaguantes bucais poderiam danificar a membrana em outros vírus. No novo artigo, pesquisadores destacaram que ainda não se sabe se isso seria o caso do novo coronavírus, lamentando que o seu uso ainda não tenha sido levado em conta pelos órgãos de saúde pública no Reino Unido.

Enxaguantes bucais são eficazes em certos vírus

"Em experiências com tubos de ensaio e estudos clínicos limitados, constatamos que alguns enxaguantes bucais contêm ingredientes viricidas em quantidade suficiente para atacar eficazmente os lípidos das cápsulas virais de vírus semelhantes", afirmou Valerie O'Donnell, citada pelo The Independent.

Contudo, "ainda não sabemos se enxaguantes bucais existentes são ativos contra a membrana lipídica do SARS-CoV-2", precisou, não deixando de salientar a importância de se "pesquisar com urgência seu potencial de uso contra este novo vírus" de molde a "avaliar mais a fundo esta questão", rematou a autora principal do artigo científico.

Reconhecendo que os colutórios ainda não foram testados contra este novo coronavírus, a líder da equipe adianta, no entanto, que "outros estudos clínicos poderiam valer a pena com base nas evidências teóricas".

Da Sputnik Brasil

A ativista sueca Greta Thunberg e outros jovens do movimento Fridays For Future ("Sextas-feiras pelo futuro", em tradução livre) fizeram um apelo por ajuda mundial em prol de Manaus e da Amazônia no combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

"Manaus é o coração do que você conhece como a floresta amazônica", afirmou Greta. "A consequência da morte dos povos da Amazônia e da destruição da floresta amazônica serão globais".

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Na gravação, ativistas brasileiros ressaltam que "Manaus é o epicentro da pandemia na Floresta Amazônica" e o "sistema de saúde já colapsou".

Após a divulgação do vídeo, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio celebrou o pedido de ajuda feito pela adolescente. "O nosso apelo para que as grandes nações ajudem Manaus- capital da Amazônia- a enfrentar a pandemia ganha ainda mais força com o apoio do movimento Fridays For Future, encabeçado pela ativista ambiental sueca Greta Thunberg", escreveu ele no Twitter.

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A hidroxicloroquina não parece ser eficaz em pacientes graves de Covid-19 e mesmo nos quadros leves, de acordo com dois estudos que serão publicados nesta sexta-feira (15).

O primeiro deles, de pesquisadores franceses, conclui que o derivado da cloroquina, útil no tratamento da malária, não reduz significativamente a probabilidade de um infectado precisar de tratamento intensivo ou de óbito em pacientes hospitalizados com a pneumonia decorrente da infecção.

Para o segundo estudo, de uma equipe chinesa, a hidroxicloroquina não elimina o vírus mais rapidamente do que os tratamentos padrões em pacientes com uma forma "leve" ou "moderada" da doença. Além disso, os efeitos colaterais são mais importantes.

"Tomados em conjunto, esses resultados não apoiam o uso da hidroxicloroquina como tratamento de rotina para pacientes com Covid-19", afirmou em um comunicado a revista médica britânica BMJ, que publica os dois estudos.

O primeiro foi baseado em 181 pacientes adultos hospitalizados com pneumonia causada pela Covid-19, que forçou a administração de oxigênio. Um total de 84 recebeu hidroxicloroquina diariamente menos de dois dias após a hospitalização, diferentemente dos outros 97.

Não houve qualquer alteração com o tratamento, seja na transferência para a reanimação (76% dos pacientes tratados com hidroxicloroquina estavam em reanimação após 21 dias, em comparação com 75% no outro grupo) ou na mortalidade (a taxa de sobrevivência no dia 21 foi de 89% e 91%, respectivamente).

"A hidroxicloroquina chamou a atenção mundial como potencial tratamento para a Covid-19 devido a resultados positivos de pequenos estudos. No entanto, os participantes deste estudo não apoiam seu uso em pacientes hospitalizados com Covid-19 que precisam de oxigênio", concluem os pesquisadores de vários hospitais na região de Paris.

O segundo estudo foi baseado em 150 adultos hospitalizados na China com formas principalmente "leves" ou "moderadas" de Covid-19. Metade recebeu hidroxicloroquina, a outra não.

Nesse caso, o fato de receber ou não esse tratamento não mudou nada na maneira como os pacientes superam o coronavírus após quatro semanas. Além disso, 30% das pessoas que receberam hidroxicloroquina sofreram efeitos colaterais (geralmente diarreia) em comparação com 9% nos pacientes que não a tomaram.

A hidroxicloroquina é usada no tratamento de doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, e tem fortes apoiadores.

O controverso cientista francês Didier Raoult defende o uso deste medicamento em pacientes no início da doença, juntamente com o antibiótico azitromicina.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também defendeu seu uso contra o novo coronavírus. Mas nas últimas semanas, vários estudos questionaram sua eficácia no tratamento da Covid-19 e as autoridades de saúde de vários países alertaram para o risco de efeitos colaterais, especialmente cardíacos.

As autoridades americanas alertaram nesta quinta-feira (14) os profissionais de saúde sobre uma doença inflamatória rara e grave que afeta crianças provavelmente está vinculada à Covid-19.

A doença, chamada síndrome multi-inflamatória em crianças (MIS-C) pelos Centros da Prevenção e da Luta contra as Doenças dos Estados Unidos (CDC), foi reportada pela primeira vez pelo Reino Unido em abril.

Desde então, uma centena de casos, com ao menos três falecidos, foram registrados no estado de Nova York.

"Os trabalhadores sanitários que trataram ou tratam pacientes menores de 21 anos que apresentem os critérios de (a doença) MIS-C devem destacar os casos suspeitos a seus departamentos de saúde locais", pediram os CDC.

Estes critérios são o aparecimento de sintomas como febre e inflamação em vários órgãos que obrigue hospitalizar os pacientes, assim como a impossibilidade de realizar um diagnóstico e a exposição dos doentes à Covid-19 ou o confirmação de que se contagiaram com o novo coronavírus.

Os médicos que trataram essa nova doença observaram sintomas similares aos da síndrome de Kawasaki, que afeta o sistema vascular em crianças e cujas causas são desconhecidas.

Segundo os CDC, a hipótese desa doença deve ser considerada no caso de "qualquer morte infantil com provas de uma infecção por SARS-CoV-2", coronavírus causador da Covid-19.

O aparecimento destes sintomas inflamatórios parece ocorrer entre quatro e seis semanas depois de a criança ter sido infectada pelo coronavírus, quando já desenvolveu anticorpos, segundo o pediatra Sunil Sood, do centro médico infantil Cohen, em Nova York.

"Tinham o vírus, seu corpo o combateu. Mas agora têm essa resposta imunológica tardia e excessiva", explicou à AFP.

Para somar uma incógnita a mais a esta doença, nenhum caso foi registrado em crianças na Ásia, inclusive na China, onde o vírus surgiu em dezembro. Alguns acreditam que a explicação seriam razões genéticas, segundo Sunil Sood.

Os Estados Unidos registraram nesta quinta-feira (14) 1.754 mortes pelo coronavírus em 24 horas, cifra similar à da véspera, elevando o total de óbitos no país a 85.813, informou a Universidade Johns Hopkins.

O país, o mais afetado do mundo tanto em número de falecimentos quanto de casos de Covid-19, registrou 1.416.528 contágios pelo novo coronavírus, informou o centro acadêmico, com sede em Baltimore.

No entanto, em relação à sua população, os Estados Unidos têm menos óbitos por coronavírus do que países como França, Espanha, Itália e Reino Unido.

Os dados dos Estados Unidos e dos outros países provavelmente são inferiores às cifras reais, devido às dificuldades para submeter a população a testes de detecção.

O Governo de Pernambuco decidiu antecipar o período de recesso escolar para os alunos da rede estadual, devido à suspensão das atividades presenciais nas unidades de ensino e buscando reduzir os impactos das medidas restritivas de circulação adotadas contra a Covid-19. O recesso será iniciado nesta sexta-feira (15) e se estenderá até o próximo dia 29 de maio, com retomada das atividades em 1º de junho.

Com o recesso, as aulas remotas e outras atividades a distância também ficam suspensas. De acordo com a Secretaria de Educação e Esportes do Estado, no período de recesso os alunos podem estudar a partir de conteúdos já produzidos até o momento, veiculados na TV e no YouTube.

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Na região Metropolitana do Recife, criminosos estão se aproveitando do isolamento social para ter sucesso em suas empreitadas. Fechado por conta da pandemia do covid-19, o Espaço Ciência, localizado em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, vem sendo alvo de ataques dos ladrões. O mais recente ato criminoso destruiu toda a exposição da área de Robótica.

Computadores, sensores, robôs, TVss, óculos VR, tablets somaram um prejuízo de mais de R$ 30 mil para o Espaço Ciência. "Com os primeiros casos, a Secretaria de Ciência e Tecnologia garantiu a contratação emergencial de um posto de ronda motorizada noturna. Mas, ainda assim, tem sido insuficiente”, afirma o diretor do Museu Antônio Carlos Pavão.

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Segundo confirmado pela assessoria, a segurança do local é feita por dois postos da Guarda Patrimonial e mais dois postos da ronda motorizada, sendo um diurno e outro noturno. O último registro de roubo aconteceu nesta última quarta-feira (13), mas outras investidas já tinham sido notificadas à polícia anteriormente.

Desde o início da quarentena, foram 14 boletins de ocorrência; um ladrão foi pego recentemente e conduzido à delegacia pela ronda motorizada enquanto tentava roubar os fios e cabeamento da trilha ecológica do local. “Estamos todos muito preocupados com o Museu. Se continuar dessa maneira, não vai sobrar nada de nossas exposições”, preocupa-se Antônio.

 

 

Cada dia que passa os casos de coronavírus no Brasil estão aumentando e, consequentemente, os hospitais estão ficando sem ter como dar suporte para todos. Por conta disso, o estudante de direito Jessé dos Anjos, 34 anos, precisou ficar seis dias acampado na frente da Unidade de Pronto Atendimento de Vila Velha, Fortaleza, para lutar por um leito para o seu pai - que corria risco de vida por conta do vírus.

Desde a última sexta-feira (8), que o estudante procurava por ajuda. Na última terça-feira (12), Jessé recorreu à Justiça para conseguir uma UTI para o seu pai Jocélio da Silva, de 62 anos, internado por complicações da Covid-19. Contudo, mesmo o relatório médico ter atestado que o idoso corria risco de morte, a Justiça disse que o filho não tinha provas que atestasse a necessidade do leito para o pai.

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Só na madrugada desta quinta-feira (14) que Jessé recebeu ligações de profissionais da área da saúde e "milagrosamente" apareceu um leito. "Eu tinha rodado o dia todo procurando hospital. Quando era umas doze, doze e meia, eu estava naquela angústia, então resolvi voltar para a UPA. Cheguei lá e descobri que estavam esperando a UTI móvel para transferir meu pai", disse o estudante ao site Diário do Nordeste.

Agora, Jessé espera ter mais informações sobre a situação do seu pai e, segundo a Secretaria de Saúde do Ceará, é o Hospital Leonardo da Vinci quem deve repassar as informações sobre o paciente Jocélio em ligação para a família.

O idoso, que tem hipertensão, diabetes, além de ser portador de hiperplasia prostática benigna, foi levado para a UPA com febre, tosse e falta de ar. "Muitas pessoas estão morrendo e eu tô me recuperando ainda do que vi na UPA. Meu pai foi infectado pela irresponsabilidade de outras pessoas", pontuou Jessé à reportagem.

 

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