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Três pessoas morreram afogadas na tarde dessa quarta (21), na cachoeira de Quatro Barras, localizada na região metropolitana de Curitiba. A família, que estava acompanhada por um grupo de quatro parentes, foi surpreendida por uma cabeça d’água, fenômeno que consiste no aumento rápido do nível do rio ou da cachoeira.

As vítimas do afogamento foram Andrea Michalski, de 46 anos, a filha Ana Sophia, de 9 anos e o cunhado, Cid Padua, de 44 anos. As informações são do portal Uol.

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De acordo com os familiares que conseguiram se salvar, as vítimas tentaram sair da água, mas a correnteza estava muito forte, também em decorrência do alto volume de chuvas que atingiu a região nos últimos dias.

Segundo o Corpo de Bombeiros, eles foram arrastados por cerca de 700 metros.

O filho e irmão de duas das vítimas postou uma mensagem de despedida emocionante. Confira:

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O ex-presidente Lula (PT), que teve a condenação anulada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), está convencido que conseguiu uma vitória moral, mostrando com o resultado na Justiça que Sérgio Moro foi um juiz parcial. Mesmo assim, o petista alerta que não é o momento de "cantar vitória".

Segundo comentários de aliados para a Folha de São Paulo, Lula está convencido de que conseguiu mostrar que foi perseguido por Moro. Mesmo tendo o resultado positivo no STF, ele também diz que qualquer que fosse 'não mudaria a realidade'.

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Com a anulação da condenação, Lula tem o caminho livre para se candidatar em 2022. Os trabalhos já começaram e o petista já está sondando até quem pode ser o seu vice na corrida eleitoral. 

A Folha mostra que uma parte tida como fundamental do julgamento, a da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, não apenas anularia as sentenças, mas abre espaço para a invalidação das provas de todos os processos contra o petista.

Um grave acidente envolvendo três veículos no "Trevo da morte", na Grande Curitiba, resultou na morte de um taxista. No fim da tarde dessa terça-feira (13), o condutor atravessava a PE-423, que liga Araucária à Campo Largo, sem ver que um caminhão tanque se aproximava. A carreta o empurrou contra um ônibus, que explodiu com o impacto.

De acordo com as imagens de câmeras de monitoramento da rodovia, a carreta - que estaria carregada de piche, segundo o portal RIC - tentou frear e desviar do carro de passeio, mas atingiu sua lateral em cheio. Além do forte impacto, o táxi ainda explodiu ao colidir com um ônibus que vinha no sentido contrário.

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As chamas destruíram o ônibus, que ficou atravessado na pista. Já o táxi continuou sendo arrastado até o caminhão, que só parou quando tombou em cima do carro, já no acostamento. O Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar os primeiro-socorros e apagar as chamas.

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O ônibus não transportava passageiros e o motorista conseguiu sair praticamente ileso. O condutor do caminhão sofreu ferimento leves e foi encaminhado para o Hospital do Trabalhador, em Curitiba. O taxista morreu no local.

Nesta segunda-feira (5), em documento enviado aos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sete procuradores da Lava Jato defendem a anulação da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro se o plenário da corte referendar a decisão do ministro Edson Fachin, que reverteu as condenações do ex-presidente Lula (PT). 

Os procuradores descrevem que a suspeição de Moro não poderia ter sido julgada pela segunda Turma do STF antes de ser apreciada pelo plenário da corte. 

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Fachin aceitou o argumento da defesa de Lula que apontava que o foro para suas ações na Lava Jato não é Curitiba, reconhecendo a incompetência da Vara localizada na capital do Paraná.

Após recurso da Procuradoria Geral da República (PGR), Edson Fachin remeteu a sua decisão para o plenário do STF. Luiz Fux, presidente da corte, marcou o julgamento para o dia 14 de abril. 

Os advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti apontam que, se confirmada a incompetência do juízo da Vara de Curitiba, "entende-se que ficará prejudicada a questão relativa à suspeição do juízo".

A Folha de São Paulo confirma que os advogados representam os procuradores Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Laura Tessler, Orlando Martello, Júlio Carlos Noronha, Paulo Roberto Carvalho e Athayde Costa.

Ainda segundo o jornal, os procuradores apontam que, se o plenário do Supremo Tribunal Federal referendar a decisão de Fachin, o processo de Lula retornará à fase de recebimento da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal. 

Sendo assim, o magistrado de primeiro grau é quem decidirá se aproveita ou não os atos instrutórios do processo. No entanto, ainda não está claro se os autos dos processos poderão ser aproveitados pelos novos magistrados, ou se terão de ser anulados, como defende a defesa do líder petista.

Por meio de sua conta no Twitter, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que quando foi preso no dia 7 de abril de 2018, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do triplex do Guarujá, foi "de cabeça erguida".

Segundo o petista, ele poderia ter entrado numa embaixada, mas quis provar sua inocência. "Eu sempre penso que tenho a mão de Deus e da minha mãe guiando meus passos, por isso tomei a decisão de ir pra Curitiba", publicou.

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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), encaminhou  um projeto de lei para a Câmara de Vereadores  (Proposição Nº 005.00103.2021) que prevê punição para movimentos sociais, igrejas e associações que distribuem alimentos gratuitamente para pessoas em situação de vulnerabilidade social ou em situação de rua, sem autorização da prefeitura.

Atualmente há quase 3 mil sem-teto em Curitiba, de acordo com a prefeitura. Segundo a proposta, quem “distribuir alimentos em desacordo com os horários, datas e locais autorizados”, “não utilizar a devida identificação e autorização” ou “descumprir as legislações sanitárias vigentes” pode ser punido com multa no valor de R$ 150,00 a R$ 550,00.

O projeto de lei foi apresentado na segunda-feira (29) junto com um requerimento de que já nesta quarta-feira (31) fosse votado em regime de urgência. O pedido foi realizado para que a tramitação fosse acelerada. Porém, o requerimento foi retirado de pauta pelos vereadores, que optaram pela tramitação habitual.

Em nota ao G1, a prefeitura explicou as razões do projeto, que tem nome “Mesa Solidária”. Segundo a gestão, deve haver uma "nova forma de distribuição de alimentos", já que, segundo eles, "há um descompasso no fornecimento das marmitas". A prefeitura defende que, quando há o fornecimento exacerbado, os resíduos deixados pelos sem-teto acabam atraindo vetores urbanos e pragas.

O juiz Rodrigo Yabagata Endo, do Foro Central de Curitiba, proibiu neste domingo, 14, a realização de manifestações em espaços públicos da capital paranaense enquanto durar o lockdown, decretado na sexta, 12, com duração prevista de nove dias.

O magistrado autorizou o emprego da força policial em caso de resistência ao cumprimento da decisão, fixando multa de R$ 1 mil a cada manifestante que desrespeitar a medida.

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A decisão foi assinada após a Procuradoria-Geral de Curitiba listar ameaças de invasão aos prédios da capital e risco de depredação de espaços públicos em manifestações agendadas para este fim de semana. Uma das mensagens apresentadas dizia: "Por mim colocava fogo na prefeitura e na sede do governo, só isso q tenho a dizer [sic]".

Em outras conversas, eram discutidos pontos de encontro de manifestantes, como a casa do prefeito Rafael Greca (DEM).

As convocatórias incluíam também a foto do presidente da República, Jair Bolsonaro, - crítico do lockdown e de medidas preventivas à covid - e pedidos por intervenção militar "com Bolsonaro no poder".

"Gente eles vão continuar..penso q se formo pra frente de prefeitura e invadimos como em algumas cidades já fizeram poderemos ter algum resultado positivo pra nós. Itens esenciais [sic] é um absurdo. Se deixarmos cwb [sic] passará pelo que o rio grande do Sul está passando. Quem tem salário garantido,em boa parte de cwb, é funcionário público ou como já foi citado…professores q em boa parte estão a favor desses atos criminosos pq são esquerdistas. Temos como reverter..por aqui n da [sic]", escreveu outro manifestante em um grupo de WhatsApp.

O diálogo acima foi mantido como o original apresentado pela Procuradoria-Geral à Justiça.

Segundo o juiz Rodrigo Endo, as medidas restritivas adotadas pelo governo municipal são necessárias ao combate à pandemia e que o direito à manifestação não pode colocar em risco os demais direitos constitucionais, como o de acesso à saúde. "A livre manifestação também pode ser exercida sem sair de residência, cumprindo o isolamento e o distanciamento social, como, por exemplo, por meio da internet e redes sociais, das janelas de cada residência, em homenagem aos profissionais de saúde, ou também como os 'panelaços' que representaram a concordância e a discordância de diferentes parcelas da sociedade em relação a temas políticos", apontou.

O lockdown foi decretado por Greca na noite de sexta e deverá valer até o próximo domingo, 21. O anúncio foi feito pelas redes sociais em vídeo gravado pelo prefeito. Ele explicou que supermercados, postos de gasolina, farmácias e outros serviços essenciais continuarão funcionando.

Obras públicas, indústria, comércio e serviços não essenciais, porém, devem parar. "É um esforço imenso para evitar a transmissão. Pela primeira vez, teremos lockdown", afirmou o prefeito.

O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o Paraná tinha uma das situações mais críticas do País em relação à ocupação do seu sistema de saúde. No início desta semana, o Estado possuía a maior fila de pacientes aguardando transferência, com 1.071 pessoas, 519 delas na espera por um leito de UTI.

Estudo divulgado nesta semana prevê que Curitiba vai enfrentar uma nova onda da pandemia com um pico de mortes até quatro vezes maior que os registrados em 2020. As análises da evolução temporal das curvas epidemiológicas de casos expostos, infectados e recuperados apontam crescimento acelerado de mortes previstas para o fim de março e início de abril, com uma média diária entre 80 e 90 óbitos, podendo chegar a 100 mortes por dia.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), anunciou na noite desta sexta-feira, 12, que decretará lockdown na cidade a partir deste sábado, 13, com validade nos próximos nove dias, até o próximo domingo, 21. O anúncio foi feito por redes sociais, onde Greca compartilhou um vídeo em que explica a necessidade da medida de combate à covid-19 e pede apoio da população.

A prefeitura lembrou que nos últimos dias abriu 154 UTIs para atendimento de casos de covid-19, fazendo a estrutura chegar a 456 leitos críticos no total. "Mas a situação é grave", reforçou Greca, dizendo ter atendido ao apelo do Conselho Regional de Medicina, do de Enfermagem, além do Ministério Público e do Judiciário. A capital paranaense havia começado a retomar parte das atividades nesta semana após um período de maiores restrições por parte do governo do Estado e agora adota novas medidas no sentido contrário, de restringir a circulação.

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"É um esforço imenso para evitar a transmissão. Pela primeira vez teremos lockdown", declarou Greca. Ele explicou que supermercados, postos de gasolina, farmácias e outros serviços essenciais continuarão funcionando. Mas obras públicas e o funcionamento da indústria, do comércio e dos serviços não essenciais vão parar.

"Não é para gerar desânimo, é para provocar esperança. Vai passar", disse o prefeito, mencionando que agora há vacina, mas "não tanta quanto merecemos ou quanto desejamos". "O Brasil adoeceu de uma nova cepa que é feroz em transmissão, rápida em se agravar e eficaz em matar, inclusive os jovens", acrescentou.

"Só vai passar se todo mundo cooperar. Suplico a todos que obedeçam as normas sanitárias. Mantenham o isolamento social, façam a higienização das mãos e, por favor, usem a máscara. Juntos, vamos vencer!", escreveu o prefeito em suas redes sociais.

Estudo divulgado nesta semana prevê que Curitiba vai enfrentar uma nova onda da pandemia com um pico de mortes até quatro vezes maior que os registrados em 2020. As análises da evolução temporal das curvas epidemiológicas de casos expostos, infectados e recuperados apontam crescimento acelerado de mortes previstas para o fim de março e início de abril, com uma média diária entre 80 e 90 óbitos, podendo chegar a 100 mortes por dia.

O Estadão mostrou que o Paraná tinha uma das situações mais críticas do País em relação à ocupação do seu sistema de saúde. No início desta semana, o Estado possuía a maior fila de pacientes aguardando transferência, com 1.071 pessoas, 519 delas na espera por um leito de UTI.

Curitiba vai enfrentar uma nova onda da pandemia com um pico de mortes até quatro vezes maior que os registrados em 2020. O alerta é do mesmo grupo de pesquisadores que previu a segunda onda da pandemia em Manaus, entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. O estudo é assinado por especialistas das áreas de matemática, estatística, infectologia, imunologia e biologia, e utilizou o mesmo modelo aplicado na capital do Amazonas.

A partir desta quarta-feira (10) o Estado do Paraná, incluindo Curitiba, retoma as atividades após um "lockdown" de 12 dias. Na capital paranaense foi anunciado um novo decreto, com toque de recolher entre 20h e 5h. As atividades comerciais voltam a funcionar com restrição de horários. Bares, eventos e casas noturnas seguirão suspensos.

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Para os pesquisadores, as medidas não serão suficientes para evitar o avanço da doença conforme o modelo estatístico. As análises da evolução temporal das curvas epidemiológicas de casos expostos, infectados e recuperados apontam crescimento acelerado de mortes previstas para o fim de março e início de abril, com uma média diária entre 80 e 90 óbitos, podendo chegar a 100 mortes por dia. Os dados foram coletados desde o início da pandemia até o início de março deste ano.

O estudo aponta que seriam necessários pelo menos mais 21 dias com uma restrição de circulação de pessoas superior a 90% para que as previsões do modelo não se confirmem. "Dada a situação que se projeta para Curitiba, recomendamos um lockdown por um período mínimo de 21 dias, com necessidade de prolongamento até 30 dias caso não haja recrudescimento acentuado do número de internações e casos", alerta o pesquisador Lucas Ferrante, doutorando pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e um dos autores do estudo.

O modelo ainda prevê que Curitiba poderá enfrentar uma quarta onda de covid-19 se as medidas de isolamento indicadas não ocorrerem acompanhadas de programa de imunização em massa. Um dos fatores para seguidos picos da doença é o potencial de propagação da variante P.1, e que teve origem na região Amazônica e registrada no município de Curitiba. A P.1 é duas vezes mais transmissível e a carga viral presente no organismo é cerca de dez vezes maior que a carga viral dos infectados pela linhagem que deu origem à pandemia, aponta o estudo.

Os modelos SEIR (Susceptíveis, Expostos, Infectados e Recuperados) têm predito com precisão e antecedência o aumento de casos, internações, óbitos e a ocorrência de novas ondas para o Brasil, a exemplo da segunda onda prevista em Manaus.

O estudo que previu o colapso em Manaus foi publicado em agosto de 2020 na revista científica Nature Medicine, e na época foi ignorado pelas autoridades. Em janeiro deste ano, o mesmo grupo anunciou uma terceira onda em Manaus, prevista para final de abril e início de maio, e novamente os indicativos de "lockdown" e vacinação em massa continuam ignorados.

"Ignorar estes resultados têm representado um alto custo de perda de vidas. Curitiba está para retomar as aulas e isso também é um grande erro. A terrível experiência de Manaus deixa clara a inviabilidade de retorno presencial ou híbrida quando o município ainda está em estado de transmissão comunitária", emenda Ferrante.

Embora a maioria das vítimas fatais por covid sejam a de adultos, segundo relata o estudo, nas crianças a carga viral é equivalente aos adultos, os tornando transmissores de pais, avós, professores e funcionários. O retorno das atividades escolares potencializaria a contaminação de 500 mil pessoas, afirmam os pesquisadores.

Na segunda-feira, 8, o município adiou o retorno às aulas para 6 de abril. Na rede particular, que segue as normas do Estado, o retorno será facultativo. Já nas escolas estaduais, o retorno presencial, em modelo híbrido, está previsto para o próximo dia 15 de março.

Durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, para anunciar novo decreto que vai regrar o funcionamento das atividades a partir desta quarta-feira, 10, a secretária de Saúde do município, Márcia Huçulak, afirmou que Curitiba enfrenta o pior momento da pandemia.

Márcia disse que mesmo em regime de "lockdown", a circulação de pessoas não tem diminuído como esperado e que será preciso contar com a colaboração da população: "A sociedade precisa entender que é hora de ficar mais em casa, é hora de circular menos", afirmou.

"Várias atividades precisam ser mantidas, entendemos que a sociedade não pode parar de comer, o transporte precisa deslocar trabalhadores de saúde", exemplificou a secretária sobre as medidas de restrições mantendo parte do comércio em funcionamento.

Sobre o apontamento do estudo que prevê uma terceira onda com picos de mortes ainda maiores, o diretor do Centro de Epidemiologia do município, Alcides Oliveira, afirmou que Curitiba "já está vivenciando essa nova onda".

"As características estão sendo semelhantes em diferentes Estados. Essas medidas todas já foram desencadeadas para internamento e tratamento das pessoas. Agora há a necessidade da adesão e consciência da população", declarou.

UPAs vão virar hospital

A partir desta quarta-feira, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba funcionarão como hospitais, segundo antecipou a secretária municipal durante a coletiva. "Nossas UPAs se transformam a partir de amanhã em hospitais para atender covid. Apenas entrará nas UPAs pacientes graves encaminhados pelo Samu ou encaminhados pelas nossas unidades. Nossas UPAs têm respiradores e gases", afirmou Márcia.

Curitiba já registrou mais de 150 mil casos com 3.067 óbitos. A média é de mil novos casos por dia e 19 óbitos. Em todo o Estado, a fila por uma vaga de UTI ou em leitos de enfermaria passa de mil pessoas. O governo do Estado decidiu manter as diretrizes do novo decreto para abertura dos serviços não essenciais após 12 dias de "lockdown" a partir desta quarta-feira.

O Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná, Simepar, emitiu nota se posicionando de forma contrária à retomada das atividades não essenciais. "Economia se recupera, vidas não", afirmou Marlus Volney de Morais, presidente Simepar.

A nota da entidade da categoria médica fala em "efeito devastador" com a retomada da circulação de pessoas no comércio e demais atividades não essenciais. "Neste cenário, retomar as aulas presenciais e abrir o comércio não essencial terá um efeito devastador, aumentando ainda mais o número de mortos e fazendo com que muitas pessoas sequer recebam atendimento médico", diz trecho da nota.

O Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública Estadual enviaram ofício ao governador Ratinho Junior (PSD) pedindo que a decisão de retomar atividades não essenciais seja revista e o "lockdown" prorrogado.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu tirar da 13ª Vara Federal de Curitiba o processo aberto na esteira da Operação Navegar é Preciso, fase 72 da Lava Jato, contra os irmãos Germán e José Efromovich. Os empresários são réus por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos para a construção de navios firmados com a Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Ao declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná para processar o caso, o ministro determinou a transferência da ação penal para Brasília.

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Para decidir, Fachin considerou o precedente aberto pela Segunda Turma do tribunal em setembro do ano passado, quando o colegiado encaminhou um processo envolvendo os ex-senadores Romero Jucá (MDB-RR) e Valdir Raupp (MDB-RO) para o Distrito Federal. No julgamento, o entendimento assentado pelos ministros foi o de que os crimes investigados estavam relacionados com a Transpetro e não com a Petrobras e, por isso, a ação não deveria seguir no Paraná. Na época, o próprio Fachin acabou vencido.

"Embora vencido na aludida assentada, como já consignado, verifico que as circunstâncias fáticas que motivaram a definição da incompetência da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba nos autos da PET 8.090 AgR são reproduzidas na presente impetração, constatação que torna imperiosa a aplicação do mesmo entendimento ao caso sob análise, em observância aos primados da isonomia e da segurança jurídica e respeito à colegialidade", diz um trecho da decisão.

Fachin atendeu a um pedido apresentado pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch, que defende os irmãos Efromovich. A defesa pretende agora usar a decisão para pleitear a nulidade de todas as medidas autorizadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba até aqui e, em última instância, contestar até mesmo o recebimento da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal.

Aberta em agosto do ano passado, a Operação Navegar é Preciso mirou indícios de pagamento de propinas ao ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em troca do favorecimento do Estaleiro Eisa, controlado pelos Efromovich, em contratos com a subsidiária da Petrobras. O prejuízo causado pelo esquema aos cofres públicos é estimado pela Lava Jato em mais de R$600 milhões.

Segundo a força-tarefa, os valores foram depositados entre os anos 2009 e 2013 em contas bancárias na Suíça controladas por Expedito Machado, filho do ex-executivo da estatal, e operacionalizados através de contratos falsos de empréstimos e investimentos para ocultar a natureza do dinheiro. O caso foi relevado em delação pelos Machado.

Para os agentes, uma série de medidas de engenharia societária, confusão entre personalidades jurídicas e físicas dos Efromovich e de suas empresas, bem como de confusão gerencial dos empresários na administração do estaleiro contratado pela Petrobras são indícios de lavagem de dinheiro, ocultação e blindagem do patrimônio.

Na outra ponta, a defesa diz que faltam provas para subsidiar as acusações e afirma que a denúncia foi baseada apenas na delação premiada. Os Efromovich chegaram a ser presos preventivamente na operação, mas foram liberados em novembro para cumprimento de medidas cautelares alternativas à detenção.

Uma fiscalização encerrou um culto religioso com mais de duas mil pessoas em uma igreja em Curitiba-PR na noite da quarta-feira (24). A equipe da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) informou que os participantes estavam aglomerados e sem manter o distanciamento social.

Foram aplicadas três multas, que somaram R$ 150 mil. A ação ocorreu após denúncia da população.

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A celebração ocorria na Igreja Mundial do Poder de Deus. A instituição foi criada pelo pastor Valdemiro Santiago, que é investigado por incentivar fiéis a plantar sementes comercializadas por ele que curariam a Covid-19.

Nesta quinta-feira (25), passam a valer medidas restritivas mais duras em Curitiba. Estabelecimentos destinados ao entretenimento ou eventos culturais, como casas de shows, teatros e cinemas estão novamente proibidos. Práticas esportivas coletivas em praças e bens públicos ou privados também estão suspensas.

Presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) comemorou, no Twitter, o fim oficial da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Segundo a petista, o grupo investigativo "já foi tarde".

"Simbólica a dissolução da Lava Jato de Curitiba, justo quando novas revelações reforçam a politização da Força Tarefa. As conversas são uma confissão de culpa", escreveu a parlamentar fazendo menção ao fim do sigilo dos diálogos entre o ex-chefe da força-tarefa, o procurador Deltan Dallagnol, e o ex-juiz de primeira instância que julgou casos da Lava Jato em Curitiba por anos, Sergio Moro.

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Para Gleisi, o "combate à corrupção deve ser feito dentro dos limites legais e não como forma de perseguição e obtenção poder". Para finalizar o comentário, ela disparou: "Já foi tarde!"

A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba foi integrada ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) instituído no Ministério Público Federal do Paraná. Desde o dia 1º de fevereiro, a força-tarefa paranaense deixou de existir oficialmente.

A ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 na rede pública terminou 2020 e começou 2021 acima de 80% em nove capitais brasileiras. O dado é referente ao período de 21 de dezembro a 4 de janeiro e consta no boletim especial divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que faz um balanço da pandemia no Brasil ao longo de 2020.

O índice de 80%, ou mais, é considerado zona de alerta crítica pela Fiocruz. A situação foi constatada entre 21 de dezembro e 4 de janeiro em Manaus (89,4%); Boa Vista (83,3%); Macapá (94,4%); Belém (100%); Belo Horizonte (80,5%); Vitória (80,1%); Rio de Janeiro  (99,8%); Curitiba (80%) e Campo Grande (100%). Recife, com77,5%, e Porto Alegre, com 73,8%, também apresentaram taxas superiores a 70%. 

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Quando analisada a ocupação das UTIs por estado, Amazonas (89,2%), Amapá (81%), Mato Grosso do Sul (85,6%), Pernambuco (83%) e Espírito Santo (80,7%), além do Distrito Federal (88,7%), enquadraram-se na zona de alerta crítica entre 21 de dezembro e 4 de janeiro.

Números de 2020

O Brasil identificou o primeiro caso de covid-19 em 26 de fevereiro, em um cidadão de São Paulo que chegou da Itália. Em março, o número de casos chegou a 4.579, e o de mortes, a 159.

O país atingiu 1 milhão de casos em junho, mês em que o número de mortes chegou a 58.314. A partir daí, o número de infecções confirmadas saltou cerca de 1 milhão por mês até dezembro, quando fechou o ano em 7,68 milhões. Já o número de óbitos pela doença no país em 2020 chegou a 195.742.

No mundo inteiro, foram confirmados 83,43 milhões de casos de covid-19 ao longo do ano passado, com 1,82 milhão de mortes.

Evolução da pandemia

O boletim destaca que a pandemia se espalhou no Brasil de forma inicialmente mais lenta que na Europa e Ásia e formou um "extenso patamar de transmissão" desde junho, com ligeira queda em setembro e retorno a níveis altos no fim do ano. Segundo os pesquisadores, Brasil, Reino Unido, Itália e Espanha apresentam padrão semelhante de alta incidência e mortalidade, destacando-se dos outros países.

Já os Estados Unidos "representam um caso trágico e particular, com as maiores taxas de incidência e mortalidade e a sobreposição de três ondas epidêmicas, que não mostram sinais de arrefecimento", diz o boletim.

No Brasil, os estados com maior incidência de casos por 100 mil habitantes ao longo de 2020 foram Roraima, Amapá, Tocantins e Santa Catarina, além do Distrito Federal. Quanto às mortes por 100 mil habitantes, as taxas foram mais altas no Amazonas, em Roraima, no Pará, Ceará, Rio de Janeiro, em Mato Grosso e no Distrito Federal.

"Outro grupo de estados apresenta uma evolução mais próxima ao que se conhece como segunda onda, com picos em meados do ano de 2020 e outro mais recente, em dezembro, como Bahia, Paraíba, Espírito Santo e Rio de Janeiro", acrescenta o estudo da Fiocruz.

Diferente da mortalidade, que é o número de vítimas por 100 mil habitantes, a letalidade é o percentual de casos que geraram óbitos. Essa taxa caiu ao longo de 2020, "provavelmente devido a ações de saúde como o aumento da cobertura de testes, a melhoria e ampliação das ações da Atenção Primária em Saúde, o aumento no número de leitos e o aprendizado no tratamento hospitalar de casos graves", avaliam os pesquisadores.

A taxa de letalidade terminou o ano entre 2% e 3% na maioria dos estados, com apenas Rio de Janeiro e Pernambuco acima de 5%, o que "revela graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados", já que um nível alto de letalidade está relacionado à subnotificação dos casos.

O estudo alerta que o Brasil encerrou 2o ano passado com patamar de casos comparável aos valores de junho a agosto, quando havia cerca de 40 mil casos e 1 mil mortes por dia. Em dezembro, foram registrados novamente 40 mil casos diários, com 600 vítimas por dia. "As perspectivas para o verão não são alentadoras, uma vez que o sistema hospitalar apresenta sinais de saturação e grande parte das medidas de distanciamento físico e social e uso obrigatório de máscaras vêm sendo apenas parcialmente adotadas nos estados e municípios."

SRAG

Um dos principais indicadores de tendência da pandemia ao longo de 2020 foi a evolução dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A incidência de SRAG chegou a mais de 10 casos por 100 mil habitantes no Brasil no pico da transmissão, com Amazonas, Pará, Ceará e Distrito Federal alcançando 20 casos por 100 mil habitantes nos primeiros meses da pandemia.

É contabilizado como SRAG todo caso de doença respiratória com hospitalização ou óbito, em que sejam registrados os seguintes sintomas: tosse ou dor de garganta, dispneia ou saturação de oxigênio abaixo de 95%, ou dificuldade respiratória.

Ao longo do ano, mais de 640 mil casos se enquadraram nesses critérios no país. Entre eles, mais de 350 mil tiveram alguma confirmação de vírus respiratório, sendo o SARS-CoV-2 o causador da infecção em 97%.

Além disso, o boletim informa que foram mais de 150 mil óbitos por SRAG no Brasil. Entre aqueles causados por vírus respiratórios, o coronavírus foi o agente infeccioso em 99%.

Desigualdades

A Fiocruz destaca que a desigualdade social e regional do Brasil acentua os riscos trazidos pela pandemia para grupos mais vulneráveis, com impactos tanto imediatos, quanto de médio e longo prazos. "As desigualdades sociais fazem mal à saúde, colocando alguns grupos em grande desvantagem para cumprir as medidas de higienização, distanciamento físico e social, isolamento e quarentena, bem como no acesso aos serviços de saúde, incluindo exames diagnósticos, tratamento e reabilitação".

O problema afeta pessoas com condições de vida e trabalho mais precárias e dificuldade de acesso a bens e serviços essenciais, como alimentação, moradia, saneamento básico, educação, transporte e outros. Os pesquisadores incluem ainda nesse grupo mais exposto pessoas que sofrem injustiças por questões de gênero, raça e etnia.

"Embora a pandemia afete a população do país como um todo, seus impactos não afetam do mesmo modo todas as pessoas", diz o boletim, que recomenda a adoção de medidas de reparação através de políticas públicas pró-equidade", afirma o boletim.

 

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) anunciou nesta segunda-feira (4) que retomou o rodízio do fornecimento de água para a região metropolitana de Curitiba. O rodízio havia sido suspenso no dia 22 de dezembro, e, segundo a companhia, foi registrado aumento do consumo de água de 11,7% no intervalo até 3 de janeiro contra o período anterior - 1º a 21 de dezembro.

Conforme informou, os níveis dos reservatórios que abastecem a região estão em 40,79%. Para que deixe de haver rodízio, a companhia estabeleceu o mínimo necessário de 60%. "Fizemos essa suspensão no período das festas para que a população tivesse um pouco mais de tranquilidade no fim do ano, mas é fundamental que todos retomem a Meta20, com o uso racional da água", afirmou, em nota, o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

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Após dar à luz enquanto estava entubada por conta da Covid-19, Daiana Costa, 33 anos, não resistiu às complicações causadas pelo vírus e morreu no último sábado (26). Ela estava internada em um hospital particular de Curitiba, Paraná.

Daiana e seu esposo, o produtor de eventos Helton Silva, 33 anos, sentiram os primeiros sintomas da Covid-19 no dia 28 de novembro e procuraram um atendimento médico. O resultado positivo para a doença saiu no dia primeiro de dezembro, quando a vítima apresentou falta de ar e precisou ser internada.

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De sete meses, Vitória, filha do casal, nasceu no dia dois de dezembro, enquanto a mãe estava entubada. Os familiares revelam ao UOL que Daiana estava curada do novo coronavírus, mas sofria com as sequelas da doença no sistema respiratório. 

O estado de saúde da mulher piorou no dia 15 de dezembro e, desde então, ela corria risco de morte - o que se concretizou no último sábado (26). Daiana foi enterrada no domingo (27), em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba.

A pequena Vitória continua na UTI, mas não corre risco de vida, permanecendo na unidade apenas para conseguir pegar mais peso. A previsão é de que ela possa ir para casa no início de janeiro.

Um homem de 29 anos, suspeito de comandar o tráfico no bairro Prado Velho, em Curitiba-PR, foi preso nesta segunda-feira (21). Conhecido como "lorde das trevas", ele usava um pitbull para ameaçar vítimas e atacá-las durante homicídios, segundo a Polícia Civil.

 O suspeito teria cometido ao menos dois homicídios. Em um dos casos, a vítima recebeu 17 facadas.

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O delegado responsável pelo caso, Matheus Loyola, disse que o cachorro comia parte do corpo das vítimas. Além do animal, o suspeito usava um esqueleto para ameaçar as pessoas. Os policiais investigam a origem do esqueleto.

O pitbull foi levado para um abrigo. O cão, que era vítima de maus-tratos, deve passar por tratamento para ser reeducado.

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Depois de Ana Lúcia Martins, primeira negra eleita vereadora em Joinville, agora foi Ana Carolina Dartora receber ameaças de morte. Ela será a primeira vereadora negra de Curitiba. As duas receberam a mesma ameaça, em email assinado por Ricardo Wagner Arouxa, onde ele faz declarações racistas e diz que comprará uma pistola para matar as vereadoras, ambas eleitas pelo PT.

Assustada, Carol Dartora postou um print do email ameaçador em seu twitter. “Acabo de receber ameaças de morte. As autoridades já foram contatadas e todas as providências estão sendo tomadas para que seja garantida minha segurança e da minha equipe. Eles combinaram de nos matar, combinamos de ocupar tudo”, desabafou a petista.

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A presidente do PT, Gleisi Hoffman, também fez postagem expondo as ameaças recebidas pelas mulheres. “Mais uma vereadora do PT sofre ataques racistas. Assim como @analucia13180, de Joinvile, @caroldartora13, de Curitiba, recebeu carta semelhante com ameaça de morte. Solidariedade às bravas companheiras, estamos juntas na luta antirracista”, tuitou.

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De olho no fluxo dos Correios, a Polícia Federal (PF) realizou a maior apreensão de ecstasy do ano em Pernambuco. Os três mil comprimidos foram encontrados em três potes de creme para cabelo, enviados de Curitiba, no Paraná, ao Recife. Dois homens foram presos em flagrante.

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Um autônomo, de 33 anos, recebeu a encomenda no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e foi surpreendido pelas autoridades. Na abordagem, o autuado afirmou que não era dono do entorpecente, “quando ele recebeu essa encomenda, ele disse que não era dele. Apenas tinha utilizado o nome e o endereço para que a droga fosse entregue e ele ia receber por isso R$ 500”, explica o chefe de comunicação da PF, Giovani Santoro.

No decorrer da operação, o suspeito ligou para o homem indicado como real proprietário dos comprimidos, que também foi autuado ao chegar no local para receber a droga. De acordo com a polícia, ele é um auxiliar administrativo, de 26, que mora no bairro de San Martin, Zona Oeste do Recife.

Com os três mil comprimidos, também foram apreendidos R$ 2.500, dois celulares e um carro. A dupla admitiu a posse do material e foi encaminhada ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, onde ficaram à disposição da Justiça.

Eles foram acusados de tráfico e associação para o tráfico e, caso condenados, podem pegar de três a 25 anos de reclusão. As prisões ocorreram na sexta-feira (20), mas a PF não deu detalhes, pois prosseguiu com a investigação contra o traficante paranaense. Na segunda (23), um homem foi preso na Paraíba com 4.500 comprimidos de ecstasy, oriundo do mesmo remetente.

O prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM), foi reeleito prefeito da capital paranaense com 59,77% dos votos válidos (o equivalente a 465.889 votos), após a apuração de 95% das urnas. O segundo colocado foi o deputado estadual Goura Nataraj (PDT), com 13,26%, equivalente a 105.545 votos.

Logo após a vitória, Greca agradeceu o apoio dos seus eleitores. "Foi um ano em que fomos fustigados por uma pandemia, uma campanha difícil com adversários que usavam o desaforo na proporção da ausência de argumentos, mas agradeço a cada um de vocês que ergueram nossa gestão ao patamar de reconhecimento de termos a alegria de sermos o primeiro prefeito eleito proclamado nesta noite", avaliou.

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Greca irá comandar a Prefeitura de Curitiba pela terceira vez. "É com imensa alegria que assumo pela terceira vez a obrigação de navegar comigo em todas as necessidades, energias, alegrias e dores de nossa amada Curitiba", comentou.

O prefeito disse ter encontrado muitas dificuldades devido à pandemia. "Nenhuma eleição é fácil, é muito pesado, é um processo de tensão, envolvimento e percepção da população, ela foi singular, pois não tivemos reuniões, comícios, o corpo a corpo com as pessoas, poucas visitas simbólicas em casa de famílias, foi uma caminhada penosa", disse.

Sobre sua campanha, Greca disse que o município tinha muitos trabalhos realizados e com isso conquistou o reconhecimento da população. "Fiquei feliz com a qualidade da campanha, pois tínhamos grande folha de serviços e tínhamos o que mostrar em um imenso plano de governo com 250 propostas", avaliou.

A reeleição de Greca confirmou a projeção da pesquisa Ibope que apontava sua reeleição com 56% dos votos. Para sua reeleição, Greca contou com o apoio do governador Carlos Massa Ratinho Júnior, que indicou o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD) na chapa encabeçada por Greca.

Governador

Durante coletiva realizada na sede do TRE-PR, o prefeito agradeceu o apoio do governador do Estado. "Queria muito agradecer ao Eduardo (Pimentel) como meu vice-prefeito, ele que ajudou muito em nossa campanha, a organizar para termos esse resultado ainda no primeiro tempo, também sou muito grato ao apoio do Eduardo e do governador Ratinho Júnior", comentou.

Antes do processo eleitoral, o governador impediu seu secretário de Justiça, Ney Leprevost (PSD) de concorrer ao pleito em favor de Eduardo Pimentel, ex-tucano que se filiou ao partido de Ratinho e ganhou a credencial para ser o vice de Greca.

Na última eleição, Leprevost havia disputado o segundo turno com Greca, quase saiu vitorioso e seu nome era considerado como um dos principais adversários do atual prefeito e poderia colocar em risco o plano político de Ratinho Júnior.

Além de Leprevost, o deputado federal Gustavo Fruet (PDT) também teria peso eleitoral, mas no dia da convenção partidária alegou não ter apoio financeiro e nem de suporte do seu próprio seu partido para a disputa na capital.

Durante a campanha, o prefeito chegou a ser internado por ter contraído a Covid-19. Greca já ocupava a liderança nas pesquisas e não participou do debate realizado pela Band TV, e nos outros realizados em praças públicas, intitulados como Palco Aberto, como forma de protesto à falta de diálogo do prefeito na campanha.

Nas últimas semanas, o candidato a prefeito, deputado estadual Fernando Francischini (PSL) apresentou denúncias contra Greca sobre possíveis favorecimentos do atual prefeito em negócios da Prefeitura com empresas ligadas a familiares. Apesar do impacto inicial, o prefeito entrou na Justiça e conseguiu direito de resposta nos últimos programas eleitorais de Francischini, que terminou a eleição em terceiro lugar.

Questionado sobre o desempenho de seus adversários, Greca alfinetou. "Não preciso avaliar, pois o povo avaliou e deu a cada um o seu tamanho", disse.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro enfrentou, durante cerca de 10 minutos, uma fila para poder votar no fim da manhã deste domingo no Clube Duque de Caxias, no bairro Bacacheri, em Curitiba. Várias pessoas fizeram selfies com o ex-juiz e algumas o chamaram de "presidente".

Ele, porém, não quis falar sobre as discussões acerca de uma eventual candidatura de centro à presidência da República, que envolvem conversas do apresentador Luciano Hulk com ele, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) e outros políticos. Questionado se aceitaria ser vice ou cabeça de chapa, se limitou a falar "não é uma questão para hoje".

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Questionado sobre a influência do bolsonarismo nas eleições, Moro, que participou do governo de Jair Bolsonaro, evitou criticar o ex-chefe. "Não tenho uma avaliação sobre isso, não é o momento de fazer esse tipo de avaliação, mas de escolher bons candidatos na urna. A eleição aqui não é nacional, é local, estamos pensando em interesses locais. Nem tudo se resume a governo federal e presidente da República", afirmou.

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