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A ex-BBB e coach de emagrecimento Mayra Cardi pediu indicações no seu perfil do Instagram de “gente solteira e bonita” na noite dessa quinta-feira (4). Deitada na cama com a amiga Anna Silveira, a empresária brincou com os seguidores da rede social.

"Tamo procurando gente solteira e bonita para gente vê, indica para nós. A gente quer olhar gente solteira e bonita (sic)", disse Mayra rindo. Ela pede para que enviem para o inbox da amiga no Instagram. "Não consigo ver nada, o meu tá uma bagunça", completou ela.

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Mayra se divorciou do ator Arthur Aguiar no início de maio.  Segundo ela, o motivo da separação foi ter deixado de ser ela mesma. "Tudo o que eu fazia era contra o que ele faria. Deixei de ser eu. Esse para mim é o maior motivo. E não é culpa dele, é minha, porque eu que escolhi. A gente é muito diferente em todos os sentidos. Ele odeia que falem da vida pessoal. Então, não podia me expor nem falar o que queria, porque a minha vida estava interligada à dele. Então, resumindo, fui me incubando cada vez mais. Fui abrindo mão de mim mesma", comentou na época em entrevista ao colunista Leo Dias.

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Enquanto o presidente Jair Bolsonaro fala em indicar o procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e lhe concede honraria militar, quase 600 procuradores assinaram nesta sexta-feira (29) um manifesto pedindo independência do Ministério Público Federal (MPF). O documento, subscrito por mais da metade dos 1.131 procuradores da República do País, pede a criação de uma emenda constitucional que obrigue o presidente a escolher o chefe do MPF a partir de uma lista tríplice elaborada pela categoria.

Embora essa regra não exista, desde 2003 todos os procuradores-gerais saíram de uma relação de três nomes feita a partir de eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Bolsonaro quebrou a prática ao indicar Aras, em setembro. Aras vem sendo alvo de críticas internas no MPF por tomar medidas consideradas "pró-governo", como o pedido, feito na quarta-feira (27) para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o inquérito das fake news, que atinge políticos, empresários e blogueiros bolsonaristas.

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O cortejo de Bolsonaro a Aras já tinha ficado explícito anteontem, quando o presidente afirmou que daria uma eventual vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ao procurador-geral. Ao classificar a atuação do procurador-geral como "excepcional", o mandatário disse que "o nome de Augusto Aras entra fortemente", caso apareça uma terceira vaga - até 2022, os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello deixarão a Corte. Nesta sexta-feira, Bolsonaro tentou atenuar a repercussão negativa da declaração e escreveu, em suas redes sociais, que não cogita indicar o procurador-geral para uma dessas duas vagas.

O aceno de Bolsonaro a Aras aumentou o ritmo de adesões ao manifesto dos procuradores da República, lançado no último dia 27 pela ANPR. "Considerando que cabe ao PGR investigar e acusar criminalmente o presidente da República, seria certamente mais adequado, partindo do princípio do fortalecimento institucional e da independência de atuação, que a lista fosse respeitada", afirma nota da ANPR.

Homenagem

Na manhã desta sexta, 29, Bolsonaro incluiu Aras numa lista de homenageados pela Ordem de Mérito Naval, uma das maiores honrarias militares, concedida a integrantes da Marinha e, excepcionalmente, corporações militares, instituições civis e personalidade que tenham prestados serviços relevantes à Marinha. Segundo publicação no Diário Oficial da União, o procurador receberá a homenagem junto com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que ontem prestou depoimento para explicar por que disse, na reunião ministerial de 22 de abril, que queria prender ministros do Supremo.

A íntegra do encontro ministerial foi divulgada há oito dias por autorização do Supremo, como parte de outro inquérito que incomoda Bolsonaro e que tem atuação da PGR: a investigação de suposta interferência política na Polícia Federal (PF). Ao longo da investigação, Aras poderá ser provocado pelo Supremo a se posicionar sobre medidas relacionadas ao presidente, como um pedido para prestar depoimento. Ao fim da colheita de provas, caberá a ele denunciar ou não Bolsonaro.

A atuação de Aras no caso já havia sido questionada por seus pares. Ao pedir a abertura do inquérito, o procurador-geral mirou também o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que fez as acusações contra o presidente. Outro episódio contestado foi o pedido de apuração sobre ato antidemocrático convocado contra o STF em abril. Apesar de o presidente ter feito até discurso na manifestação, o PGR o livrou do inquérito.

Reprovação

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso criticou nesta sexta a possibilidade de procuradores-gerais serem reconduzidos ao cargo ou indicados para outras funções pelo presidente. "A recondução, evidentemente, pode gerar a tentação de agradar. (…) Acho que quem tem que ser independente não pode ser reconduzido, portanto acho que teria que ser um mandato único", defendeu o ministro, que assumiu, nesta semana, a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Barroso disse ser a favor de uma lista tríplice "vinculante", ou seja, que torne obrigatória a nomeação de um dos três mais votados.

De acordo com a professora de direito internacional e comparado da Universidade de São Paulo (USP) Maristela Basso, não há nenhuma violação a lei específica que justifique uma ação contra o presidente pela sua fala. No entanto, a declaração cria um impedimento de ordem moral. "Qualquer ato que ele (Aras) tomar agora, será um ato suspeito: se ele for rígido, vai parecer que é uma tentativa de demonstrar independência. Se ele for mais flexível, vai se questionar se ele não está mantendo esse flerte com o presidente por um eventual cargo", disse a professora.

Para o advogado Pedro Lucena, mestre em direito administrativo pela PUC-SP, a declaração do presidente ultrapassa a barreira do elogio e passa a sugerir uma possível recompensa, o que poderia interferir na independência das instituições. "A manifestação, por si só, não configura tipificação criminal ou ato de improbidade. Porém, levando em conta a educação política da sociedade, não tenho dúvidas de que a declaração gera efeito negativo, pois dá a entender que a autonomia da PGR pode ser flexibilizada e barganhada."

Em transmissão ao vivo na tarde desta sexta-feira, 29, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, disse ser contra a possibilidade de presidentes nomearem procuradores-gerais da República para outros cargos, 'inclusive ministro do Supremo'.

A fala veio após Jair Bolsonaro afirmar nesta quinta-feira, 28, que daria uma vaga a Augusto Aras no STF. "Se aparecer uma terceira vaga, espero que ninguém ali [no Supremo] desapareça, para o Supremo, o nome de Augusto Aras entra fortemente", declarou o presidente. Hoje, Bolsonaro concedeu a Ordem do Mérito Naval, no grau de Grande Oficial, ao procurador-geral.

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Para Barroso, no entanto, uma eventual nomeação para outro cargo ou recondução do PGR como chefe do Ministério Público Federal (MPF) poderia 'gerar a tentação de agradar' o chefe do Executivo.

"Acho que é preciso incluir o conserto do que eu considero uma falha de desenho institucional do Ministério Público na Constituição que é a possibilidade de recondução e a possibilidade de nomeação para outro cargo. Ambas as possibilidades são, a meu ver, incompatíveis com a independência. Porque a recondução, evidentemente, pode gerar a tentação de agradar. (…) Acho que quem tem que ser independente não pode ser reconduzido, portanto eu acho que teria que ser um mandato único", defendeu o ministro, que também acumula o cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para Barroso, além da formalização da lista tríplice, uma demanda quem vêm crescendo internamente no MPF, é preciso instituir 'o mandato sem renovação e a vedação de que quem tenha nomeado o chefe do Ministério Público possa nomeá-lo para qualquer outro cargo, inclusive para o Supremo Tribunal Federal'.

O ministro deixou claro que esta é uma posição defendida por ele há algum tempo e 'não tem relação com o momento atual'.

Em outubro do ano passado, Aras foi nomeado por Bolsonaro para ficar dois anos à frente do Ministério Público da União, até 2021, com possível recondução ao mandato. A escolha, em substituição a Raquel Dodge, rompeu tradição, que vinha desde 2003, de escolha entre integrantes de uma lista tríplice votada internamente por membros do próprio órgão. Cabe a ele a prerrogativa de denunciar o presidente da República. Desde que assumiu o comando do MF, no entanto, Aras vem tomando uma série de medidas que atendem aos interesses do governo. No episódio mais recente, o procurador-geral mudou de opinião e pediu a suspensão do inquérito das fake news após operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes fechar o cerco contra o 'gabinete do ódio' e atingir empresários e blogueiros bolsonaristas.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que pretende indicar um cristão evangélico para uma das duas vagas previstas para serem preenchidas no Supremo Tribunal Federal (STF) durante o seu mandato. Bolsonaro disse que a indicação de um evangélico é um "compromisso que eu tenho com a bancada evangélica" e argumentou também que "uma pitada de religiosidade, de cristianismo, é muito bem vindo".

Segundo o presidente, o atual procurador-geral da República, Augusto Aras, não deve ser indicado para nenhuma das duas vagas que serão abertas em seu mandato, mas deixou claro que "se aparecer uma terceira vaga, espero que ninguém ali do STF desapareça, mas o Augusto Aras entra fortemente na terceira vaga".

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Para o presidente, um ministro evangélico serviria para representar a parcela da população brasileira que é cristã, especialmente em questões como "ideologia de gênero". "Nessas pautas ele pode até perder, mas vai mostrar aos demais ministros que existem 90% de cristãos no Brasil que não concordam com esse tipo de pauta", explicou Bolsonaro.

Bolsonaro disse que conheceu Aras somente em novembro de 2019, quando ele foi apresentado para suceder Raquel Dodge na PGR. "Gostei muito dele, a primeira impressão foi a melhor possível e está tendo uma atuação excepcional. Em especial nas pautas econômicas. Ele procura cada vez mais defender o livre mercado e defender o governo federal nessas questões", falou o presidente.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve a suspensão de posse de Alexandre Ramagem (https://www.leiaja.com/politica/2020/04/29/alexandre-de-moraes-suspende-... ) como novo diretor da Polícia Federal. A manutenção acontece depois que a Advocacia-Geral da União solicitou que o STF reconsiderasse a decisão.

O ministro Moraes alegou em sua decisão que, como o governo desistiu da nomeação de Ramagem, empossando Rolando Alexandre de Souza, considerado o braço direito desse que teve a posse suspensa pelo STF, o pedido perdeu o objetivo.

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Inclusive, Alexandre de Moraes havia suspenso a posse de Ramagem baseado na proximidade que ele tem com o presidente Jair Bolsonaro - que, segundo o então ministro da Justiça Sérgio Moro, quer intervir na Polícia Federal politicamente para atender aos seus interesses.

Não por acaso, no mesmo dia que tomou posse, uma das primeiras medidas de Souza foi mudar o comando da Superintendência da corporação no Rio de Janeiro - área de interesse de Bolsonaro e seus filhos.

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“Segundo Moro, Bolsonaro teria pedido uma das 27 superintendências da PF, justamente a do RJ. Nomeado novo diretor-geral da PF, amigo do amigo do clã, o superintendente da PF do RJ cai para cima e abre o caminho para Bolsonaro. Questionado, ele troca o 'e daí?' pelo 'cala a boca”, publicou Fernando Haddad (PT) em seu Twitter sobre a nomeação de Rolando Alexandre de Souza para o comando da Polícia Federal.

A publicação do ex-prefeito de São Paulo acontece no momento em que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, resolveu abrir a boca e revelar todas as mensagens que trocava com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em depoimento à PF, Moro disse que, por meio do WhatsApp, Bolsonaro solicitou a substituição do Superintendente do Rio de Janeiro. "Moro, você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro", revela o ex-juiz sobre o pedido do ex-presidente.

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O depoimento de Sergio Moro foi feito a portas fechadas no último sábado (2). Na ocasião, o ex-ministro revelou que o chefe de Estado nunca lhe solicitou a produção de um relatório da inteligência da PF sobre um assunto em específico. No entanto, Moro afirmou que lhe causou estranheza que isso tenha sido usado como argumento por Bolsonaro para a demissão de Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal.

Nesta última segunda-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro escolheu o delegado Rolando Alexandre de Souza, que atuava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para comandar a PF. O delegado é considerado braço direito de Alexandre Ramagem, que teve a sua indicação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal por conta da aproximação com a  família Bolsonaro. O novo indicado é apontado como braço direito de Ramagem.

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O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Senado a indicação do nome do general de Exército Gerson Menandro Garcia de Freitas para exercer o cargo de embaixador do Brasil em Israel. A mensagem sobre a indicação está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).

O nome do general precisa ser apreciado e aprovado pelo Senado para a nomeação ao cargo de embaixador ser efetivada.

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O general Gerson Menandro Garcia de Freitas foi o comandante do Comando Militar do Oeste até 2017. Depois, assumiu a função de conselheiro militar da missão permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), cargo que deixou em agosto de 2019.

O presidente Jair Bolsonaro evitou, na noite desta quinta-feira (12), cravar um nome que será indicado ao Supremo Tribunal Federal, mas afirmou, durante a transmissão ao vivo semanal: "Se estiver vivo até lá e presidente, posso indicar um ministro para o Supremo Tribunal Federal ao final deste ano e outro no ano que vem". O presidente ainda completou com a pergunta: "Mas quem vai ser?". "Me desculpe, mas a indicação é minha", respondeu.

"Me deram essa legitimidade", argumentou Bolsonaro. "Vai ser alguém que vai ter que passar por uma sabatina no Senado. Não é apenas uma indicação minha. Pode ser reprovado. Pode, mas eu quero por alguém no Supremo que atenda aos interesses da Nação brasileira. Não é uma pessoa que tem uma visão apenas", frisou o presidente.

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Bolsonaro ainda disse que escolherá alguém que "esteja afinado" e que "confie" nele.

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) reagiu ao vaivém do ex-número 2 da Casa Civil Vicente Santini. Em uma publicação na internet, o parlamentar negou que o ex-secretário tenha sido readmitido no governo após apelo dos filhos de Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro avisou que vai tornar sem efeito a admissão de Vicente Santini em um novo cargo. É a segunda exoneração dele nesta semana.

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Conforme o Estadão/Broadcast mostrou na quarta-feira, Bolsonaro havia cedido ao apelo do seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o "03", e autorizado a recondução de Santini a outro cargo após a primeira demissão. Flávio, o "01", também é próximo ao ex-número 2 da Casa Civil.

Em uma publicação no Instagram, o senador negou que o pedido para manter o secretário no governo tenha sido feito pelos filhos. "As tais 'fontes' são usadas reiteradamente para dar suporte a intrigas, fofocas e, às vezes, crimes contra o governo", escreveu Flávio Bolsonaro, após o último anúncio do pai.

Rodrigo Santoro usou o Instagram na última segunda-feira (13) para celebrar a indicação ao Oscar do desenho Klaus, na categoria de Melhor Animação. Na produção natalina da Netflix, o ator trabalhou como dublador e fez a voz, na versão brasileira, de um dos protagonistas da história, Jesper.

"Que alegria receber a notícia de que #Klaus foi indicado ao #Oscar2020 na categoria "Melhor Animação". Parabéns a todos que fizeram parte dessa construção tão bonita. É, sem dúvida, uma história que emociona crianças e adultos. Se ainda não assistiu, aproveite: está disponível na @netflixbrasil@theacademy", escreveu Santoro na legenda da publicação comemorativa.

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Fernanda Vasconcellos que dá voz à personagem Alva pulicou a mesma mensagem de Rodrigo Santoso, enquanto Daniel Boaventura, que dubla o personagem Klaus, deixou uma mensagem para lá de especial para celebrar o sucesso do trabalho:

"Uma grande alegria saber da indicação de Klaus ao Oscar de Melhor Animação na premiação deste ano. Parabéns ao diretor Sergio Pablos por desenvolver mais uma linda história inspirada na magia do Natal, que encantou e ainda pode tocar outros tantos corações. Fico muito feliz por ter contribuído com a dublagem brasileira dando voz a Klaus, ao lado dos queridos @rodrigosantoro e @fevasconcellos. Um abraço também aos dubladores da versão original, Jason Schwartzman, J. K. Simmons, @rashidajones e toda a equipe. Agora é aguardar a cerimônia no mês que vem e torcer. Quem ainda não viu ou quer ver de novo, pode assistir ao filme na @netflixbrasil", escreveu.

Klaus disputa a desejada estatueta do Oscar com Toy Story 4, Link Perdido, Como Treinar seu Dragão 3 e I Lost My Body.

A Chapecoense foi novamente indicada ao Laureus, considerado o Oscar do esporte. O clube catarinense vai concorrer ao novo Prêmio Momento Esportivo 2000-2020, que vai reunir na disputa os vencedores desta categoria nos 20 anos da premiação. A equipe de Chapecó levou o prêmio em 2018.

Ao todo, serão 20 concorrentes na disputa, somando todos os vencedores da categoria nas 20 edições da premiação. A premiação deste ano, marcada para 17 de fevereiro, em Berlim, terá caráter especial por completar 20 anos do grande evento, que conta com a participação de alguns dos maiores atletas da história.

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Pela definição oficial, esta categoria "celebra os instantes em que o esporte uniu as pessoas da maneira mais extraordinária". "Uma coleção dos melhores momentos esportivos mundiais do novo milênio, demonstrando valores esportivos como fair play, espírito desportivo, humanidade, superação de adversidades, dedicação e poder de união por meio do esporte - todos valores fundamentais do movimento Laureus", informou a organização do prêmio.

Esta categoria é a única que é decidida por votação do público, que começa nesta sexta-feira, no site: laureus.com/vote. A escolha online vai até 16 de fevereiro. O vencedor será conhecido na cerimônia marcada para o dia 17, na Alemanha.

A Chapecoense concorre ao prêmio como os "Eternos Campeões", em referência ao amistoso que homenageou as vítimas do acidente aéreo ocorrido em novembro de 2016. Na partida, em agosto de 2017, o zagueiro Alan Ruschel voltou ao campo defendendo a Chapecoense contra o Barcelona. Ele jogou os primeiros 35 minutos da partida antes de ser substituído e foi aplaudido de pé.

Os concorrentes do clube brasileiro são atletas e equipes que também causaram comoção mundial nas últimas duas décadas, caso do ex-piloto de Fórmula 1 Alex Zanardi, hoje competindo no paraciclismo; do momento em que Mick Schumacher pilotou o carro usado em 2004 pelo seu pai; e da Equipe Olímpica de Refugiados, formada para competir nos Jogos do Rio-2016.

Os demais rivais da Chapecoense na disputa envolvem modalidades como levantamento de peso, críquete, futebol, tênis, montanhismo, triatlo, surfe, atletismo, natação, skate e futebol americano.

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região – TRF5 manteve a suspensão, em caráter liminar, da nomeação de Sérgio Nascimento de Camargo, ao cargo de presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP). A decisão foi do desembargador federal Fernando Braga, da Terceira Turma, nesta quinta-feira (12). Ele julgou o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) contra a decisão do juízo da 18ª Vara Federal do Ceará em 4 de dezembro, que suspendeu a nomeação.

No agravo de instrumento, a União sustenta que “a manutenção da decisão agravada causaria graves danos na prestação dos serviços públicos que serão paralisados, face à ausência de um comando de gestão na Fundação Pública, além de subtrair a segurança jurídica necessária aos atos ordinatórios da entidade”.  Na fundamentação da decisão, o desembargador federal Fernando Braga escreveu que “tal alegação, não parece caracterizar o dano qualificado, necessário à concessão da liminar recursal, notadamente porque a ausência de nomeação do presidente da FCP não leva a uma situação de falta de comando (art. 8º, VIII, do Decreto nº 6.853/2009, que aprovou o Estatuto da FCP), não sendo propriamente a decisão recorrida o motivo de eventual paralisação da máquina pública”.

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Entenda o caso

O jornalista Sérgio Nascimento de Camargo foi nomeado presidente da Fundação Cultural Palmares no dia 27 de novembro, por meio de Portaria publicada no dia seguinte, no Diário Oficial da União, assinada pelo Ministro-Chefe da Casa Civil substituto, Fernando Wandscheer de Moura Alves. O advogado Hélio de Sousa Costa ingressou com uma ação popular na Justiça Federal do Ceará, pedindo, também, a intervenção do Ministério Público Federal no caso e a posterior anulação definitiva da nomeação, face ao desvio de finalidade do ato e à sua incompatibilidade com o princípio da moralidade administrativa. Sousa Costa anexou aos autos vários prints das redes sociais do jornalista com declarações discriminatórias para comprovar a acusação.

A decisão de Primeira Instância, em tutela de urgência, afirma que “a nomeação do senhor Sérgio Nascimento de Camargo para o cargo de Presidente da Fundação Palmares contraria frontalmente os motivos determinantes para a criação daquela instituição e a põe em sério risco, uma vez que é possível supor que a nova Presidência, diante dos pensamentos expostos em redes sociais pelo gestor nomeado, possa atuar em perene rota de colisão com os princípios constitucionais da equidade, da valorização do negro e da proteção da cultura afro-brasileira".

*Da assessoria

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Lista de indicados nas principais categorias da 77ª edição do Globo de Ouro, anunciados nesta segunda-feira em Beverly Hills. A premiação acontece dia 5 de janeiro.

Confira:

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- CINEMA -

Melhor filme, drama

"1917"

"O Irlandês"

"Coringa"

"Dois Papas"

"História de um Casamento"

Melhor filme, musical ou comédia

"Meu Nome é Dolemite"

"Entre Facas e Segredos"

"Jojo Rabbit"

"Era uma Vez em... Hollywood"

"Rocketman"

Melhor ator, drama

Adam Driver, "História de um Casamento"

Joaquin Phoenix, "Coringa"

Antonio Banderas, "Dor e Glória"

Christian Bale, "Ford v. Ferrari"

Jonathan Pryce, "Dois Papas"

Melhor atriz, drama

Renee Zellweger, "Judy"

Cynthia Erivo, "Harriet"

Scarlett Johansson, "História de um Casamento"

Saoirse Ronan, "Adoráveis Mulheres"

Charlize Theron, "O Escândalo"

Melhor ator, musical ou comédia

Daniel Craig, "Entre Facas e Segredos"

Roman Griffin Davis, "Jojo Rabbit"

Leonardo DiCaprio, "Era uma Vez em... Hollywood"

Taron Egerton, "Rocketman"

Eddie Murphy, "Meu Nome é Dolemite"

Melhor atriz, musical ou comédia

Awkwafina, "The Farewell"

Ana de Armas, "Enfre Facas e Segredos"

Cate Blanchett, "Cadê Você, Bernadette?"

Beanie Feldstein, "Fora de Série"

Emma Thompson, "Late Night"

Melhor ator coadjuvante

Al Pacino, "O Irlandês"

Brad Pitt, "Era uma Vez em... Hollywood"

Tom Hanks, "Um Lindo Dia na Vizinhança"

Joe Pesci, "O Irlandês"

Anthony Hopkins, "Dois Papas"

Melhor atriz coadjuvante

Kathy Bates, "O Caso Richard Jewell"

Annette Bening, "O Relatório"

Laura Dern, "História de um Casamento"

Jennifer Lopez, "As Golpistas"

Margot Robbie, "O Escândalo"

Melhor diretor

Bong Joon-ho, "Parasita"

Sam Mendes, "1917"

Todd Phillips, "Coringa"

Martin Scorsese, "O Irlandês"

Quentin Tarantino, "Era uma Vez em... Hollywood"

Melhor filme em língua estrangeira

"Parasita"

"The Farewell"

"Retrato de uma Jovem em Chamas"

"Les Miserables"

"Dor e Glória"

Meçhor filme de animação

"Toy Story 4"

"Frozen II"

"Como Treinar Seu Dragão 3"

"Link Perdido"

"O Rei Leão"

- TELEVISÃO -

Melhor série, drama

"Big Little Lies"

"The Crown"

"Killing Eve"

"The Morning Show"

"Succession"

Melhor ator, drama

Brian Cox, "Succession"

Kit Harington, "Game of Thrones"

Rami Malek, "Mr. Robot"

Tobias Menzies, "The Crown"

Billy Porter, "Pose"

Melhor atriz, drama

Jennifer Aniston, "The Morning Show"

Olivia Colman, "The Crown"

Jodie Comer, "Killing Eve"

Nicole Kidman, "Big Little Lies"

Reese Witherspoon, "The Morning Show"

Melhor série de comédia ou musical

"Barry"

"Fleabag"

"The Kominsky Method"

"The Marvelous Mrs. Maisel"

"The Politician"

Melhor ator de série de comédia ou musical

Michael Douglas, "The Kominsky Method"

Bill Hader, "Barry"

Ben Platt, "The Politician"

Paul Rudd, "Living With Yourself"

Ramy Youssef, "Ramy"

Melhor atriz de série de comédia ou musical

Christina Applegate, "Dead to Me"

Rachel Brosnahan, "The Marvelous Mrs. Maisel"

Kirsten Dunst, "On Becoming a God in Central Florida"

Natasha Lyonne, "Russian Doll"

Phoebe Waller-Bridge, "Fleabag"

Melhor minissérie limitada ou filme para TV

"Catch 22"

"Chernobyl"

"Fosse/Verdon"

"The Loudest Voice"

"Unbelievable"

Melhor ator de minissérie ou filme para TV

Christopher Abbott, "Catch 22"

Sacha Baron Cohen, "The Spy"

Russell Crowe, "The Loudest Voice"

Jared Harris, "Chernobyl"

Sam Rockwell, "Fosse/Verdon"

Melhor atriz de minissérie ou filme para TV

Kaitlyn Dever, "Unbelievable"

Joey King, "The Act"

Helen Mirren, "Catherine the Great"

Merritt Wever, "Unbelievable"

Michelle Williams, "Fosse/Verdon"

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, deixou de ter grande importância para o governo e transformou-se em um personagem que o presidente Jair Bolsonaro leva para o jogo. 

Mendes expôs a avaliação ao ser indagado, durante o programa Conversa com Bial comandado pelo jornalista Pedro Bial, se Moro era qualificado para integrar a Corte - como já chegou insinuar Bolsonaro. 

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“Não sou eu um bom juiz disto. O Moro chegou quase como um primeiro ministro. Depois ele virou esse personagem que o Bolsonaro leva para o jogo do Flamengo. Antes, o Bolsonaro precisava dele, agora ele passa a precisar do Bolsonaro”, alfinetou ao fugir do questionamento. 

“Tem muito tempo pela frente. Estamos vivendo um tempo em vertigem. Os dias parecem que são semanas, as semanas meses e os meses anos. Por outro lado, eu acho que o presidente terá uma imensa dificuldade de fazer essa primeira escolha [para o cargo de Ministro do STF] porque ele vai querer dar o seu toque pessoal, como fez com a PGR, mas sabe que isso é muito difícil de se fazer", acrescentou.

Outro aspecto difícil na abertura da próxima vaga no STF, na avaliação de Gilmar Mendes, é porque quem vai ser substituído é o ministro Celso de Mello. 

“É um ícone. É o homem da boa régua, do equilíbrio, da cultura, da história do direito constitucional e das garantias do direito constitucional. Não se pode pegar qualquer sujeito. Um indivíduo que for chamado para ser ministro do Supremo nessa condição terá que refletir ‘será que sou digno dessa cadeira’”, observou. 

Ainda sobre Sergio Moro, durante a entrevista o ministro voltou a falar sobre o processo de suspeição do ex-juiz na condenação que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

"Me parece que é importante debater essa questão tendo em vista que a possibilidade de que a prova ilícita seja relevante sim para efeito de exonerar alguém de responsabilidade. Esse acho que é um debate que a turma deve ter", salientou, levando em consideração as revelações expostas pela chamada Vaza Jato - que são as conversas reveladas pelo site The Intercept Brasil entre Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Durante a entrevista o ministro foi questionado também sobre a possibilidade de Lula ser solto da prisão em Curitiba. "Não sei. É uma questão que vamos ter que examinar com muito cuidado e a minha percepção de que nos círculos acadêmicos no mundo, há a impressão que há muitos vícios nesse processo do Lula e eu tenho dito que o Lula merece um julgamento justo. Tudo isso que vem se revelando, de fato, deixa suspeita sobre esse caso", disse.

Dois meses depois de ter o nome mencionado pelo pai e presidente Jair Bolsonaro (PSL) como o próximo embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA), Eduardo Bolsonaro (PSL) ainda não teve a indicação oficializada. O clima no Senado, segundo apurou o LeiaJá, não é dos mais receptivos diante desta possibilidade e o governo tem tentado driblar essa resistência.

Na próxima semana, Eduardo deve viajar com o pai para Nova York, onde Bolsonaro fará o discurso de abertura da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira (24). A expectativa, de acordo com informações de bastidores, era de que após essa viagem o presidente formalizasse a indicação, contudo, ainda não há confirmações quanto a intenção do presidente.

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Um fato que pode postergar mais a oficialização é a estremecida na liderança do governo no Senado, atualmente ocupada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Bezerra colocou o cargo à disposição de Bolsonaro depois que ele foi alvo, nessa quinta-feira (19), de mandados de buscas e apreensão da Polícia Federal em investigação sobre pagamento de propinas a partir de contratos em obras federais no Nordeste.   

O clima na Casa Alta, de acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), é de incertezas para indicação, uma vez que membros de partidos aliados ao presidente já se colocaram contra Eduardo Bolsonaro como representante do Brasil em Washington.

“Há uma campanha forte. O que temos visto é que o presidente do Senado, os líderes do governo têm trabalhado fortemente pela candidatura dele [a embaixador]. No entanto, não existe uma certeza de que vão aprovar. Há uma dissidência forte dentro da própria base do governo, vários partidos independentes que não aceitam a ideia e é por isso que o governo está no jogo forte de toma lá dá cá”, observou o petista. 

Na avaliação de Humberto, “Bolsonaro vai sair enfraquecido” com a indicação. “Se ele não mandar a indicação é um sinal de fraqueza, se ele mandar e for derrotado é uma derrota com todas as letras e se ele mandar e ganhar, vai ganhar com pelo menos 30 votos contra. Ninguém, normalmente, vota lá contra indicados a embaixador e cônsul”, considerou. 

Apesar disso, o próprio Eduardo disse recentemente que estava otimista e o pai não recuaria diante da nomeação para a embaixada brasileira nos EUA. “Acredito que se (a sabatina) fosse hoje, eu conseguiria a aprovação. Estou confiante. Eu não contei os votos, mas meu instinto, meu faro, e a conversa que estou tendo com os senadores têm sido positiva, inclusive de senadores que não declararam votos, aqueles neutros e indecisos”, chegou a afirmar em entrevista no último dia 10.

Atuação de Eduardo na Câmara e foco na campanha

Em julho, quando foi anunciado pelo pai, Eduardo iniciou uma movimentação de intensas articulações, mas e, neste período, como vem sendo a atuação dele como deputado federal? 

De acordo com o site da Câmara foram realizadas 31 reuniões plenárias, entre ordinárias e extraordinárias, desde 11 de julho, quando o pai anunciou que o nomearia embaixador do país em Washington. Além de um mês de recesso parlamentar. Neste período, ele não registrou presença em apenas três sessões extraordinárias e, apesar de em muitas delas estar presente, deixou de votar em 14 itens [entre requerimentos e destaques].

Os números mostram a presença maciça de Eduardo no plenário. Entretanto, no fim do mês de agosto, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) chegou a chamar Eduardo de “deputado fantasma” e a afirmar que o parlamentar, ao invés de participar das votações e discussões na Câmara, estava preocupado apenas em angariar votos favoráveis dos senadores e nas articulações da sua eventual campanha de embaixador do Brasil nos EUA. Na ocasião, o filho do presidente rebateu. 

O LeiaJá ouviu outros deputados federais sobre o assunto que confirmaram, apesar da presença, que Eduardo tem investido na campanha pela aprovação do seu nome. 

Em reserva, um parlamentar que tem apoiado as propostas do governo Bolsonaro, disse que, “de fato, Eduardo deu uma mergulhada nas articulações para embaixada”, apesar do seu mandato ser proativo, inclusive nas comissões da Casa.

“Justiça seja feita a situação dele é difícil. Por ele ser filho, quando ele fala, de certa forma fala o presidente da República. Está trabalhando bem, mas o sentimento que permeia no congresso é que foi um erro ser indicado”, avaliou o deputado federal. 

Juristas reunidos no 7º Fórum Nacional da Justiça Protetiva (Fonajup) e do 25º Fórum Nacional da Justiça Juvenil (Fonajuv) são contrários ao encaminhamento de mulheres transexuais e travestis para alas masculinas, em unidades para cumprimento de medidas socioeducativas. Aplicadas pela Justiça com finalidade pedagógica, as medidas socioeducativas são destinadas a adolescentes entre 12 e 18 anos que incidiram na prática de crime ou contravenção penal. 

Participaram das discussões autoridades de tribunais de Justiça de todo o país, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da Câmara dos Deputados, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).  Os dois eventos, sediados no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ocorreram simultaneamente nesta semana.

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"Colocar a mulher transexual em alas do sexo masculino é um desrespeito à identidade. Você tem dados de doenças sexualmente transmissíveis porque existe abuso sexual. Você tem dados de violência física. Elas precisam estar em uma ala feminina", defendeu Maria Eduarda Aguiar da Silva, que em 2017 se tornou a primeira advogada trans a obter a carteirinha da OAB com o nome social. Ela foi responsável pela palestra de abertura, que abordou os direitos fundamentais das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou transgêneros (LGBT) em unidades de internação e entidades de acolhimento.

O Fonajup e o Fonajuv se dedicam a avaliar a eficácia de normas protetivas e a propor medidas legislativas pertinentes que digam respeito à criança e ao adolescente em situação de vulnerabilidade. As entidades se debruçam sobre questões como adoção, direito de liberdade e privacidade e ensino domiciliar, entre outros.

A preocupação com a vulnerabilidade da população LGBT leva em conta pesquisas sobre a realidade do país. Em novembro do ano passado, um relatório da organização não governamental (ONG) austríaca Transgender Europe colocou o Brasil em primeiro lugar no ranking de homicídios de transexuais e travestis. Outro levantamento, realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) mostrou que, em 2017, 445 LGBTs foram mortos em crimes motivados por homofobia. Em 179 desses casos, a vítima era trans.

Para Maria Eduarda, se a unidade para cumprimento de medidas socioeducativas corrobora com uma situação que pode resultar em violência, ela não favorece a ressocialização da transexual e da travesti, que é o objetivo final. Segundo ela, o encaminhamento para a ala feminina deveria ser de imediato, tão logo se dê entrada no local. A advogada acredita que uma equipe preparada é capaz de tomar a decisão correta.

"O que preconiza o Código do Processo Civil é que não dependem de prova os fatos notórios. Então não precisamos exigir provas da transexualidade de ninguém. Precisamos é ter uma equipe capacitada para identificar e acolher uma pessoa transexual assim que ela esteja naquela unidade. Se ocorrer questionamento sobre a identidade, se forem exigidos exames e análises prolongadas de psicólogos, vai gerar mais sofrimento e mais questionamento dessa pessoa. E enquanto isso, ela ficará onde? Na ala masculina, sofrendo todo tipo de violência? Por isso, a análise tem que ser de imediato", argumentou.

Maria Eduarda lamentou que, muitas vezes, a mulher transexual só é retirada da ala masculina após obter liminar na Justiça. Ela colocou em questão também os riscos para a ala feminina. "Não há crime sem lei anterior que o defina e não há pena sem prévia cominação legal. É o que diz o Artigo 1º do Código Penal. Então, como transexuais podem ser considerados possíveis fraudadores e estupradores antes da ocorrência do cometimento de um crime? Essa é uma mentalidade que reproduz a transfobia que precisamos combater dentro das instituições. Não conheço nenhum caso de transexuais que tenham agredido sexualmente mulheres em alojamentos nos prédios públicos ou em alas hospitalares", disse.

A juíza Lavínia Tupy Vieira Fonseca, titular da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas do Distrito Federal, defendeu uma ala específica para transexuais e travestis. Ela disse ter adotado essa opinião acompanhando a situação de uma adolescente de 14 anos.

"Quando o caso chegou ao meu conhecimento, vi logo que era impraticável manter uma transexual num bloco masculino. E, na internação provisória, eu a encaminhei para o bloco feminino. De lá pra cá, já fizemos diversos estudos de caso. É um trabalho que aprendemos todo dia. Hoje, acho que deve ser um local específico para transexuais. Porque até entre as meninas há uma intolerância. Elas aceitam mais que os meninos. Isso é fato. Mas há muita rixa e muita ocorrência disciplinar, provocações. Tem ocorrido com certa frequência todos os meses", relatou.

Apesar da expectativa inicial de que o nome que chefiará a Procuradoria Geral da República (PGR) seria conhecido nesta sexta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que não tem pressa anunciar a indicação e deu sinais de que o órgão pode vir a ter um comando interino após o fim do mandato da atual procuradora Raquel Dodge, no dia 17 de setembro. 

"Não tem prazo [para a indicação], porque senão vão dizer que estou recuando o tempo todo. Não tem prazo, eu até estou muito feliz com o que vem acontecendo na PGR. Não temos nenhum problema se, porventura, até a data prevista não tiver uma pessoa exercendo efetivamente essa função", afirmou o presidente nessa quinta (15).

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Caso o cenário de interinidade se confirme, quem deve assumir a PGR é o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins.

Até agora há incertezas sobre favoritos diante da eminente indicação de Bolsonaro. O presidente também não tem dado sinais que deve seguir a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Dos dez procuradores que concorreram à indicação da categoria, o mais votado foi Mário Bonsaglia, com quem Bolsonaro se reuniu nesta semana. 

A escolha a partir da lista virou apenas tradição é desde 2003, mas não existe uma legislação que obrigue o presidente a seguir. Constitucionalmente, cabe ao presidente nomear um procurador-geral desde que seja funcionário de carreira, com mais de 35 anos e que passe por aprovação de maioria absoluta do Senado.

O procurador Deltan Dallagnol tentou usar o prestígio que conquistou como coordenador da força-tarefa da Lava Jato para fazer lobby com ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), do Supremo Tribunal Federal (STF) e senadores para tentar emplacar seu aliado, o procurador regional da República Vladimir Aras, como o novo procurador-geral da República (PGR).

É o que sugerem as mensagens reveladas pelo site UOL, nesta sexta-feira (16), a partir dos diálogos enviados para o site The Intercept Brasil. De acordo com a reportagem, conversas entre Deltan e Aras apontam que o procurador se engajou pessoalmente na campanha em favor do aliado, apesar de, as vezes, ponderar ter receio de que sua eventual interferência viesse a público. "Bom ficamos na sombra", chegou a dizer a Aras.  

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O texto aponta que eles iniciaram as articulações ainda durante a campanha, quando Moro era juiz federal e já especulado como alguém próximo ao então eventual presidente. Em 11 de outubro, entre o primeiro e segundo turno, Aras disse a Deltan: "Fala com Moro sobre minha candidatura à PGR. Com Bolsonaro eleito, vou me candidatar". 

Em resposta, Deltan questiona: "Pra ter contexto, qual objetivo de falar com ele agora? Ver o que ele acha?" E Aras, por sua vez, observa que é necessário "ter continuidade na PGR" e pondera já ter falado com Moro. "Ele disse que sou bom candidato, mas achava que era requisito ser sub. Ele já tem prestígio agora. Onyx será Casa Civil. Ele vai ser ouvido pelo presidente na indicação", diz Vladimir Aras.

"Conseguimos articular sua indicação. Temos várias pessoas pra chegar lá. Várias pessoas que se associaram a nós na luta contra a corrupção e que estarão por perto dele", asseverou Dallagnol, logo em seguida. 

Segundo a reportagem, as articulações foram intensificadas em fevereiro. "Delta, boa noite. Você poderia me apresentar ao [Luís Roberto] Barroso e ao [Edson] Fachin? Preciso de aliados no STF", pede Aras. "Posso sim, claro. Provavelmente em março vou prai [sic] pra dar uma aula magna em uma faculdade com o dia livre e marcamos com eles", sinalizou o procurador chefe da Lava Jato. 

Depois, em 5 de abril, Vladimir Aras conseguiu uma audiência com Edson Fachin, chegou a pedir que antes Deltan desse uma força, mas o amigo disse não ter o contato do ministro do STF e optaram por aguardar um encontro posterior de Deltan com Fachin para falar sobre o assunto e o envio de uma mensagem para outra pessoa intermediária. E para Aras encontrar Barroso em um encontro promovido pelo jornal Estado de São Paulo. 

A matéria também relata que Deltan enviou um email para ministros do STF dizendo que Vladimir Aras "é um colega sério e ponderado, tem excelente capacidade de diálogo, é comprometido com o Estado de Direito e qualificado para o cargo" e ainda afirmava que, "se indicado, fará um grande trabalho na Procuradoria-Geral".

No Senado, o contato com Eduardo Girão (Pode-CE), com quem Deltan marcou um encontro sigiloso. Girão teria proposto um plano de conversas para os dois com  20 senadores influentes, como Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). 

Deltan se mostra empolgado com a ideia: "nesse colégio, a metade vai aderir bem. Alguns talvez nem compense a visita...Mas é aquela coisa; fechar o cerco!”

Outro lado 

Por meio de nota, a força-tarefa da Lava Jato disse que é permitido aos procuradores "incentivar colegas a se candidatarem", "fazer contatos" e "encampar iniciativas para a escolha dos melhores candidatos". Além disso, destacou que tem defendido a lista tríplice "sem manifestar apoio a determinado candidato". O ministro da Justiça, Sergio Moro, Vladimir Aras e Eduardo Girão não se manifestaram sobre as conversas.

O deputado estadual do Paraná, Delegado Francischini (PSL), sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicasse o chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, para o comando da Procuradoria Geral da República (PGR). 

“Depois das tentativas de destruir a Lava Jato e reputação de amigos procuradores e do ministro Sérgio Moro, seria um golaço se nosso presidente Jair Bolsonaro nomeasse numa canetada só Deltan Dallagnol para Procurador Geral da República. Queria ver este bando de ladrões pulando na frigideira!”, escreveu no Twitter.

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O nome de Deltan vem surgindo vez ou outra como um dos candidatos ao posto que é ocupado atualmente pela procuradora-geral, Raquel Dodge. O mandato dela encerra em setembro, mas pode ser renovado.

No fim de semana, contudo, a página oficial do presidente no Facebook compartilhou um link de uma publicação que chama Dallagnol de "esquerdista estilo PSOL". O compartilhamento aconteceu no sábado à noite como resposta a uma internauta que disse que Bolsonaro faria "muitos brasileiros felizes" caso indicasse Deltan para a PGR.

O presidente disse que pretende anunciar o nome que será responsável pela procuradoria na próxima sexta-feira (16).

Presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, neste domingo, a indicação do seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para embaixador no Estados Unidos. O presidente chamou as críticas de que a indicação seria nepotismo de "hipocrisia", mas admitiu que o Senado pode barrar a indicação de Eduardo.

"Sim, o Senado pode barrar sim. Mas imagine que no dia seguinte eu demita o (ministro de Relações Exteriores) Ernesto Araújo e coloque meu filho. Ele não vai ser embaixador, ele vai comandar 200 embaixadores e agregados mundo afora. Alguém vai tirar meu filho de lá? Hipocrisia de vocês", respondeu a jornalistas, ao deixar o Palácio do Alvorada para participar de um culto evangélico em Brasília.

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Questionado se pretende mesmo nomear Eduardo ministro no caso de reprovação do seu nome para embaixador, Bolsonaro disse que não trabalha com essa hipótese. "Não vou fazer isso".

Bolsonaro criticou ainda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o nepotismo na administração pública. "O STF decidiu sobre nepotismo e sobre tipificar homofobia como racismo. Acho que quem tem que decidir sobre essas coisas é o Poder Legislativo. Teve um parlamentar contra o nepotismo que foi pego na Lava Jato. Tem nada a ver parente", completou.

O presidente disse partir do princípio que a indicação de um filho eleito para um cargo não seria nepotismo. "Tem ministro com toda certeza que tem parente empregado, com DAS (função comissionada), e daí?", questionou. "Que mania de que tudo que é parente de político não presta. Tenho um filho que está para ir para os EUA e foi elogiado pelo presidente norte-americano Donald Trump. Vocês massacraram meu filho: fritador de hamburger", acrescentou.

O presidente também rebateu matéria do jornal O Globo que contabilizou a contratação de 102 parentes entre si como assessores nos seus gabinetes e nos gabinetes de seus filhos, desde 1989.

"Não tenho 102 parentes, tem uma mentira deslavada ali. Já botei parentes no meu gabinete no passado, antes que nepotismo fosse crime", afirmou, lembrando que a primeira dama, Michele Bolsonaro, trabalhou em seu gabinete antes do relacionamento.

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