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Quem passou pela Avenida Boa Viagem, no início da tarde desta terça-feira (11), se deparou com dois personagens improváveis juntos: o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-presidente Lula. Mas tudo não passou de uma brincadeira: simpatizantes do Bolsonaro prestaram uma certa “homenagem” ao presidenciável utilizando uma máscara com o seu rosto e uma faixa presidencial, após a agenda do deputado na capital pernambucana ter sido cancelada. 

Outra máscara utilizada foi remetia ao líder petista com um detalhe: vestindo roupa de presidiário e até algemas. Muitos curiosos aproveitaram para tirar uma em frente ao comitê do PSL em Pernambuco, localizado no bairro do Pina. 

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Muitos dos militantes vestiram uma camisa personalizada com a foto de Bolsonaro e do vice Mourão para fortalecer o apoio ao candidato. As frases nas blusas “Me chama de corrupto, porr...” e “A dupla que vai mudar o Brasil: Bolsonaro e Mourão” também chamaram bastante a atenção. 

Após o presidenciável Ciro Gomes (PDT) dizer que quer distância dos eleitores de Bolsonaro, foi a vez do candidato do Novo João Amoêdo falar sobre o assunto. Nessa quinta-feira (30), no Recife, o presidenciável contou que tem recebido ataques dos eleitores de Bolsonaro por meio da internet, mas que não vai perder seu tempo em confrontos. 

Segundo o empresário, tudo indica de que os militantes de Bolsonaro elaboram dossiês mentirosos sobre o seu passado como, por exemplo, de que forma ele obteve o seu patrimônio. João Amôedo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) bens no valor de R$ 425 milhões. 

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Ele também disse que os “bolsominions” fazem montagens com declarações contrárias ao que ele diz. “Por exemplo, dizendo que eu sou a favor do Estatuto do Desarmamento, coisas desse tipo, para tentar buscar uma diferenciação do candidato deles”, declarou na entrevista que foi realizada no comitê estadual da sigla, no bairro do Pina. 

 Apesar do contexto relatado, Amoêdo afirmou que não vai perder seu tempo em confrontos. “Como é que a gente vai enfrentar isso? Da mesma forma que a gente sempre fez. Com coerência, com transparência, com educação, sem entrar nesse tipo de briga, continuando a falar dos nossos princípios e valores e não gastando o nosso tempo para confrontar coisas que não tem o menor sentido”. Segundo ele, com essa postura, sua candidatura cresce. “O principal é deixar as pessoas conhecerem o Novo, talvez isso seja o que assuste”, falou com otimismo. 

Questionado sobre a diferença entre as suas propostas e a do candidato do PSL, o presidenciável foi direto. “O Bolsonaro tem o discurso liberal, nós temos a prática. O que significa a prática? Na prática, a gente não usa dinheiro público, nem usa dinheiro do fundo partidário”, disse ressaltando que, em 2016, o Novo elegeu quatro vereadores, os primeiros eleitos pela legenda, e que todos cortaram o total de 39 assessores. 

Em ano eleitoral, pouco a pouco as ruas começam a ser tomadas por vários rostos, cores e músicas em busca do apoio dos eleitores. As campanhas tomam conta das vias públicas, assim como as pessoas que passam a trabalhar para publicitar os candidatos.

Entre rostos e nomes de candidatos que tentam ser eleitos, há outros menos conhecidos, que não estão estampados em santinhos e adesivos ou têm jingles em carros de som, mas são peças-chave nesse contexto: as pessoas que trabalham na rua, efetivamente fazendo a campanha acontecer. O LeiaJá acompanhou a rotina desses colaboradores, seja na condição de trabalhador temporário ou como militantes. Eles atuam de várias maneiras para ajudar na prospecção de votos nos semáforos e grandes vias do Recife. 

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Rodrigo* está desempregado e, através da indicação de um amigo que trabalha com um candidato a deputado, conseguiu uma vaga de emprego temporário, ganhando cerca de R$ 1.000 a R$ 1.200 para trabalhar durante 45 dias de campanha, que se encerrará no dia 6 de outubro, de acordo com o calendário da Justiça Eleitoral. 

A contratação, de acordo com Rodrigo, não teve nenhum contrato formalizado por escrito, mas ele afirma que se sentiu seguro porque tudo foi debatido e explicado tanto pela equipe da campanha quanto pelo candidato para quem ele está trabalhando. 

Ele conta que o seu dia a dia de trabalho “é bem simples, entregando panfleto, adesivo, falando um pouco sobre o deputado para quem tem dúvidas”, durante dois turnos, totalizando seis horas por dia, de segunda a sexta-feira. 

Questionado sobre como é, para ele, estar na rua, lidando com as pessoas, com o calor, com o trânsito no semáforo e tendo que passar muito tempo  em pé, Rodrigo diz que, para ele, essas particularidades do trabalho na rua são tranquilas e não causam problemas por já ser acostumado, devido a trabalhos que já desempenhou na rua. 

Ao ser perguntado se o trabalho tem sido válido, Rodrigo responde que sim, pois o ajuda a pagar suas dívidas causadas pelo desemprego. “Se tiver segundo turno, eu estou disposto a trabalhar de novo”, complementa.

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Eleitor se conquista

André* atua fiscalizando o trabalho de Rodrigo e de outros entregadores de panfletos e adesivos na Praça do Derby, junto à Avenida Agamenon Magalhães, Centro do Recife, além de cuidar da escolha das pessoas que serão recrutadas para a campanha. Ele explica que ao receber os currículos, liga para a pessoa para obter mais informações sobre o perfil dos candidatos e entender quem pode se adequar melhor ao trabalho. 

“Quando ligo para a pessoa, eu pergunto e dou preferência a quem já trabalhou na rua ou com campanhas, que já sabe como é o dia a dia, sabe que aguenta. O primeiro dia de trabalho é um teste para ver se a pessoa é simpática e carismática ou só fica mostrando o panfleto ou adesivo calada, porque assim não arrecada voto. Tem que ter essa postura de conquistar o eleitor”, conta o fiscal. 

André afirma também que, durante as 12 horas por dia em que ele fica na rua fiscalizando o trabalho dos profissionais contratados para a campanha, também observa a conduta de cada colaborador para se certificar de que a pessoa de fato distribuirá todo o material para os possíveis eleitores. 

“Terceirização” para campanhas

Com uma realidade de contratação um pouco diferente, Maria Aparecida Freire tem 21 anos e trabalha como promotora de eventos, ligada a uma agência que, diante do surgimento de uma nova demanda por mão de obra, avalia quem entre seus profissionais está livre para o novo serviço. Assim, a jovem começou a fazer campanha para um candidato a deputado, com um contrato formal que prevê uma jornada de dez horas de por dia durante quase um mês. 

Enquanto esperava o ônibus que a levaria da frente de um comitê até a rua onde exerceria sua função, Maria estava usando boné, adesivos e também um “pirulito” nas costas. Ela explica que o trabalho é cansativo e tem desafios a encarar como o calor do Recife em dias ensolarados.

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Para muitas das pessoas que estão pelas ruas do Recife prospectando votos para candidatos com programas de governo ou atuação parlamentar dos mais diversos tipos, a maior motivação é a necessidade de burlar o desemprego ou de aumentar a renda familiar que não vem sendo suficiente. 

No entanto, apesar do descrédito que a política tem mostrado no Brasil ao longo dos últimos anos, ainda há pessoas que buscam participar da política e das campanhas de forma ativa, de dentro, por acreditar em um político e no projeto de sociedade que ele promete defender. É o caso do professor de história e filosofia Leandro Recife, que tem 40 anos de idade e já trabalhou em “umas oito ou nove eleições”, segundo ele, dividindo seu tempo entre o emprego que o sustenta, as horas de descanso e os momentos livres que pode dedicar ao trabalho de campanha na rua. 

Neste ano, ele está fazendo campanha para um candidato a deputado estadual e uma candidata a governadora que são do mesmo partido. O motivo, de acordo com o militante, é a convicção que ele tem nos modelos de sociedade defendidos pelos candidatos. 

Perguntado sobre como é lidar com questões como cansaço, horas em pé e calor, ele explica que, por não ter uma obrigação formal de estar na rua, uma vez que não está sendo pago, o horário é flexível e definido por ele junto a outros militantes. 

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, recebeu em seu gabinete na tarde desta terça-feira, 14, um grupo de militantes a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Compareceram à audiência o ativista Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Nobel da Paz de 1980, o ator Osmar Prado e o dirigente João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros.

Foi entregue um abaixo-assinado com aproximadamente 240 mil assinaturas pela liberdade do petista.

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"Falamos da liberdade de Lula. Lula é um preso político, há que se encontrar uma saída que seja justa. Espero que isso chegue à mente e ao coração da ministra", disse Esquivel a jornalistas, depois da audiência.

Para Carol Proner, a professora de direito da UFRJ e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), as eleições 2018 "estão aprisionadas se Lula não for candidato".

"Ao final, ela (Cármen) disse estar comovida, disse que vai transmitir aos demais ministros a importância desta reunião, disse que não pode antecipar nada, porque seria um pré-julgamento, seria falar fora dos autos, então ela não pode dizer nada do que fará", relatou Carol.

Ações

O grupo quer que o STF julgue o mérito de ações que tratam da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Apesar da pressão de colegas e movimentos sociais, Cármen resiste a levar o tema ao plenário da Corte.

"Não há motivo para eles ficarem postergando (o julgamento), porque não é mais o caso do Lula, a Pastoral Carcerária disse que já prenderam 13 mil pessoas em São Paulo", comentou Stédile.

"Achamos que foi positivo (o encontro com Cármen Lúcia), porque ela se demonstrou muito receptiva, que está preocupada com a situação do País, que não é só do caso Lula. E disse que ia refletir sobre todos os argumentos que nós ponderamos", acrescentou o dirigente do MST.

As ruas de Curitiba, onde o ex-presidente Lula se encontra preso em uma cela especial na sede da Polícia Federal, ficaram repletas de militantes petistas e grupos pró-Lula, nesta terça-feira (1), Dia do Trabalhador. Com o tema “em defesa dos direitos e por Lula Livre”, a manifestação pediu a liberdade do líder petista, bem como mostrou mais uma vez a insatisfação com as propostas do governo Temer. 

Na página oficial do facebook de Lula, foi destacado que o 1º de Maio está sendo “histórico” na capital paraense. “Queriam prender Lula, mas não sabiam que ele não estava só”, avisa o texto publicado com a foto de uma multidão. Muitos políticos se deslocaram até a cidade para participar da atividade. 

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A programação desta tarde vai contar com shows diversos na praça Santos Andrade, como da artista Beth Carvalho e Ana Canãs. Mais cedo, o “Bom Dia Lula” também reuniu a população. De acordo com o senador Lindbergh Farias (PT), “milhares de pessoas” seguiram em marcha rumo à Superintendência da Polícia Federal para participar do café onde se uniram com outras caravanas. 

O senador Humberto Costa (PT) definiu o ato como o mais importante dos últimos tempos. “Nós teremos em Curitiba um grande ato com a participação de todas as centrais sindicais do país. Com o objetivo de fazer a defesa da democracia, denunciar a violência política e exigir a liberdade do ex-presidente Lula. Estaremos denunciando também todas as perdas que os trabalhadores tiveram após o golpe”, detalhou. 

No Recife, grupos pró-Lula saíram em caminhada na Avenida Conde da Boa Vista também pedindo a liberdade do ex-presidente. Na manifestação teve até um boneco gigante do ex-presidente com uma faixa presidencial. A Polícia Militar do Paraná reforça a segurança nos dois acampamentos e na vigília petistas. 

Integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) preparam uma marcha de Presidente Prudente, no extremo oeste do Estado de São Paulo, até a capital paulista, em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em 7 de abril após ser condenado na operação Lava Jato.

A jornada de 560 quilômetros deve durar cerca de 40 dias e, segundo o líder da FNL, José Rainha Junior, vai começar com 500 militantes. "Ao longo do percurso, vamos receber adesões e engrossar as fileiras", disse. O Movimento Social de Lutas (MSL) também participará da maratona.

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A partida está marcada para o dia 21 de maio, após concentração no Parque do Povo, em Presidente Prudente. A caminhada seguirá pelas rodovias Raposo Tavares, Orlando Quagliato e Castelo Branco, com paradas em cidades ao longo do percurso. Na chegada à capital, está previsto um ato na Avenida Paulista, com participação de sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos de sem-teto.

De acordo com Rainha Junior, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para as ameaças à democracia, no momento em que o País tem um presidente não eleito pelo povo, e que o ex-presidente foi julgado e condenado sem provas para ficar inelegível. "Acabamos de ver o Supremo retirar parte da competência do juiz Sérgio Moro para julgar o caso do sítio de Atibaia. No entanto, ele prendeu Lula pelo triplex do Guarujá que, por analogia, era um caso que ele também não poderia julgar", disse.

Conforme o líder dos sem-terra, a marcha vai acontecer mesmo que o ex-presidente seja libertado. "Sabemos que a perseguição vai continuar, pois há outros processos em que ele também pode ser condenado. Além da liberdade de Lula, vamos defender a liberdade das pessoas e o estado democrático", disse.

Em 2014, no governo da petista Dilma Rousseff, cerca de 300 militantes da FNL, segundo a Polícia Rodoviária, marcharam 500 quilômetros, desde Assis, no oeste, até São Paulo, em protesto contra a paralisia da reforma agrária. Na capital, os manifestantes se juntaram a militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) para um ato na Paulista.

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A chuva prejudicou a manifestação de militantes petistas em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira (6) à noite, em frente ao Mercado de São Bras, região central de Belém. Dirigentes regionais da CUT (Central Única dos Trabalhadores), lideranças de partidos políticos de esquerda, centrais sindicais, movimentos sociais, MST e estudantes prestaram apoio a Lula no Ato Lula Livre em Defesa da Democracia. Segundo a organização, duas mil pessoas participaram do ato.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se entregar à Polícia Federal ainda neste sábado (7), para cumprir pena a que foi condenado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O juiz Sérgio Moro havia determinado que Lula se entregasse à Polícia Federal (PF) até 17 horas de sexta-feira (6), mas Lula afirmou que não se entregaria. O LeiaJá Pará ouviu jovens para saber a opinião deles sobre a prisão do ex-presidente. Veja no vídeo.


O ex-presidente Lula tem sua liberdade garantida, pelo menos, até 4 de abril quando o Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar o pedido de habeas corpus preventivo impetrado pela sua defesa. Mesmo faltando mais de uma semana para o julgamento, militantes, lideranças petistas e simpatizantes já organizam mais atos em apoio ao líder petista. Nesta segunda-feira (26), na Praça do Diário, no Recife, movimentos pró-Lula realizam uma atividade contra a possibilidade de sua prisão.

Além do já conhecido cruxifixo onde diz que Lula e Jesus foram “condenados sem provas”, outro cartaz chama atenção ao afirmar que “Pernambuco quer Lula Livre” e que “o povo tem direito de votar no melhor presidente do Brasil”. 

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Apesar de todas as especulações já apontadas, Lula garantiu na últíma sexta-feira (23) que “tem certeza” de que não vai ser preso. “Eu não vou ser preso porque não cometi nenhum crime e eu tenho certeza de que nesse país haverá justiça”, chegou a ressaltar. 

Que uma boa parte da população defende Luiz Inácio Silva da Lula das acusações que envolvem o seu nome chegando a estar em primeiro lugar nas pesquisas entre os favoritos para ser presidente do país, isso não se pode negar. No entanto, muito menor é o número dos que aderiram a uma iniciativa vista por muitos críticos como fanatismo: participar de vigília, ou seja, militantes que dormem em plena praça pública [ou outros locais] com o único objetivo de mostrar solidariedade ao ex-presidente. 

Esse foi o caso de diversos grupos de movimentos, organizações populares, militantes em geral que se reuniram na Praça Tiradentes, no bairro do Recife, em frente ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), na terça-feira (23), em um ato público que contou com a presença de políticos e lideranças petistas. Apesar de um número bem menor, se comparado com outros estados, os que ali vão acampar querem mostrar que Lula “não está sozinho”. A vigília foi denominada “Eleição sem Lula é Golpe”. 

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Os manifestantes se viram de todo jeito. Em um espaço, umas poucas cabanas montadas para fazer vigília em ao ex-presidente. Em outro local da praça, grupos de jovens se reúnem para discutir o tema envolvendo Lula. Em outra área coberta, uma fila extensa é perceptível onde os presentes recebem pão e outros acompanhamentos para o jantar. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, Pedro Henrique, secretário da Juventude do PT-PE, contou que o esforço vale a pena porque mostra a “resistência” da Frente Brasil Popular, da esquerda, e do próprio partido em relação ao processo contra Lula. “É um processo arbitrário e, por isso vamos ficar e daqui vamos continuar resistindo até segunda ordem. Vamos estar na praça mostrando o nosso apoio e a nossa resistência contra esse processo contra Lula, que merece a reação popular. É isso que estamos fazendo aqui". 

O secretário garantiu que Lula é inocente. “Não há nenhuma prova contra ele, nem de que ele é proprietário do apartamento, nem de que ele usufruiu do apartamento, então ele é inocente. Só isso já nos dá ânimo para estarmos aqui defendendo a Constituição e defendendo alguém que é inocente e que está sendo condenado sem prova”, disse. 

Uma noite de espera

A militante da Juventude do PT Raissa Rabelo salientou que a noite será de reflexão e de espera. Ela também disse não se importar com a chuva e com os contratempos de não estar em casa. “Nós temos barracas, lonas e bancos. Só da Juventude são cerca de 50 pessoas que aqui irão dormir, fora o pessoal do sindicato, dos movimentos de moradia e sem terra que vão ficar aqui para acompanhar todo o julgamento. Vale muito a pena porque não é só uma questão de Lula, é a questão da democracia porque todos os dias estão sendo retirados direitos nossos e a gente está se acostumando com isso, mas não podemos. Estamos cansados, a lei precisa ser respeitada”. 

“Apesar de sabermos que a gente sabe de como anda o Judiciário brasileiro corrompido feito os outros poderes, mas estamos aqui no intuito de pressionar mesmo para que eles não levem na brincadeira não porque toda ação tem uma reação. Se quiserem legitimar o golpe que vem desde o impeachment fraudado do povo, a reação será o povo nas ruas”, avisou Raissa. 

O diretor de Assistência Estudantil da União dos Estudantes de Pernambuco, Vinicius Soares Ferreira, também mobilizou pessoas para aderirem à vigília. “Para que possamos defender o presidente Lula porque está acontecendo uma perseguição contra Lula. O que está em curso é um golpe articulado com setores da política brasileira que são conservadores e comandados pelo capital estrangeiro, que não querem que Lula seja presidente porque Lula representa um projeto popular, um projeto de um país governado pelo povo e para o povo. Eles não querem que esse projeto seja concretizado nas urnas”. 

 

Vinicius ressaltou que participam da vigília “várias forças políticas”, que se somam à luta em prol da democracia e para que Lula seja candidato. “Este momento serve para que fiquemos mais unidos já que amanhã vai acontecer o que a gente entende que é o momento mais crucial do ano, que é o julgamento, que vai decidir os caminhos para 2018. A ideia é que amanhã de manhã todos já estejam mobilizados aqui para poder acompanhar o julgamento e aí tirar as deliberações para como a gente vai reagir a partir da decisão desse julgamento. Claro que vale a pena não só por Lula, mas pelo que ele representa: um projeto de sociedade que todos nós defendemos”, contou. 

Após um período de trégua, a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT) realiza, na tarde desta quinta-feira (14), mais uma mobilização desta vez visando o Dia Nacional de Lutas, Protesto e Greve e contra a redução de direitos. Trabalhadores, militantes, previdenciários e metalúrgicos começam a se concentrar na Praça do Derby, na área central do Recife. 

O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista concedida ao LeiaJá, ressaltou que a luta “contra a retirada dos direitos” irá continuar. “É um ato nacional no qual os servidores públicos federais, os trabalhadores e demais apoiadores fizeram algumas atividades durante todo o dia e tem um ato simbólico no Derby. Geralmente, a gente sai caminhando. Hoje teve algumas paralisações e alguns trancamentos. A luta é todo dia, a luta vai continuar sempre”, contou. 

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Veras também falou que o objetivo também é avisar que uma nova greve geral está para acontecer. “É um ato para começar a esquentar as turbinas de novo, se preparar para a luta contra as reformas da previdência que está vindo, bem como começar a pautar a revogação da reforma trabalhista e preparar uma nova greve geral. Então, tem que começar fazendo de agora”. 

O dirigente também falou sobre o novo depoimento que Lula prestou ao juiz Sérgio Moro, na tarde dessa quarta (13), em Curitiba. “Ficou provado mais uma vez que o presidente Lula é inocente e que estão querendo transformar Lula de todo jeito no julgamento do PowerPoint. Se monta uma farsa e se quer fazer com que o presidente seja condenado de todo jeito porque eles entraram em um processo, em fazer delações que não tem como voltarem atrás, aí querem condenar Lula de todo jeito. É um absurdo, é um crime muito grande condenar uma pessoa sem ter cometido nenhum crime”, defendeu. 

Sem provas

Veras voltou a dizer que não há “prova cabal e concreta” de que o ex-presidente tenha algum envolvimento nos processos contra ele. “É um processo de perseguição, de criminalização do Lula, que faz parte do conjunto do golpe porque criminalizar o Lula impedindo que ele seja candidato a presidente e para manter a retirada de direitos. Por isso, eles não podem permitir que o Lula seja candidato. Se Lula for candidato, reacende a esperança do povo brasileiro e eles tem a certeza que é revogar essas medidas criminosas do Temer e fazer com que a classe trabalhadora volte a ter ganhos e conquistas porque até agora só há retiradas de direitos”. 

 

Ele ainda falou que a mobilização de hoje é, de certa forma, mais uma forma de estarem todos em defesa de Lula. “Porque defender a democracia, defender o estado democrático, defender os direitos, é defender o presidente Lula. As conquistas da classe trabalhadora estão ligadas ao presidente Lula. Os trabalhadores só puderam melhorar de vida e terem conquistas reais e ganhos reais, após a eleição do presidente Lula. Antes do presidente Lula, era só arrocho, negação de direitos e precarização. Depois de Lula, a gente pode ter trabalhadores melhorando a condição de vida. Por isso, toda luta nossa por direito está ligado a Lula porque Lula é um dos grandes defensores da democracia e dos direitos da classe trabalhadora”, finalizou. 

Policiais começam a se posicionar na Praça Generoso Marques, no centro de Curitiba, onde manifestantes a favor do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e pessoas favoráveis à Operação Lava Jato e ao juiz Moro, que passam pelo local, começam a se agredirem verbalmente.

Um grupo de cerca de 100 militantes petistas e do Partido da Causa Operária (PCO) se concentram na Praça exibindo faixas de apoio a Lula e pedindo a anulação do impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff.

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Lula presta nesta quarta-feira, 13, a partir das 14 horas, um novo depoimento a Moro, na ação penal em que é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido recursos da Odebrecht para a compra de um terreno destinado a abrigar a sede do Instituto Lula em São Paulo e de um apartamento vizinho ao do petista em São Bernardo do Campo.

Eleições de 2018

De acordo com Antônio Carlos, membro da Direção Nacional do PCO e um dos líderes do ato na Praça Generoso Marques, se for esperar a eleição de 2018 e não for feito nada agora, "o Lula será preso e a participação da esquerda na eleição do ano que vem será inviabilizada".

"O golpe não foi feito para durar só 18 meses. Todas as medidas que estão sendo adotadas pela direita não vão na direção de termos eleições democráticas no próximo ano. Pelo contrário, o que estamos vendo é cada vez mais uma 'direitização' e estreitamento do regime e uma perseguição não só ao Lula, mas à toda esquerda", disse o dirigente.

Para Antônio Carlos, a política em curso caminha na direção de se colocar o Partido dos Trabalhadores na ilegalidade, "tirando da disputa a maior liderança do País". "Não apoiamos o PT na última eleição, mas defendemos o direito de Lula ser candidato, que a maior liderança política não tenha seus direitos políticos cassados, ainda mais pela farsa da Operação Lava Jato", disse.

Inocência

Perguntado pelo Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) se acredita em 100% na inocência do Lula mesmo diante das acusações feita ao petista pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o diretor do PCO disse que "não se trata de um problema de inocência ou culpa". "Se trata de olhar o que está por trás da campanha que é realizada contra o ex-presidente Lula", afirmou, acrescentando que as delações ocorrem sob "verdadeiro terrorismo" e "estão sendo instrumentalizadas" para beneficiar os delatores que entregam o ex-presidente.

Ele ainda argumentou que nem Palocci nem os demais delatores apresentaram provas.

Lula nem chegou ainda no Centro do Recife, onde realiza o seu primeiro ato na capital pernambucana com uma visita no Cais do Sertão, na tarde desta quinta-feira (24), mas já houve confrontos. Apoiadores de Lula, que já começam a se concentrar no local, se confrontaram com um pequeno grupo contra o ex-presidente. "Pode ferver, aqui está a juventude do PT", 'Lugar de fascista é na p...", "Lula, ladrão, roubou o meu coração..." ecoam militantes petistas. Por sua vez, o grupo oposto detona. A Polícia Militar está na área tentando apaziguar os ânimos. 

Um dos líderes do protesto, o autônomo Alfredo Júnior, diz que o líder petista deixou o país na miséria. "A Lava Jato provou e comprovou os superfaturamentos em todos os projetos que Lula fez. Lula é réu em cinco processos da Lava Jato. Você acha que a gente tem que apoiar um homem desse? Que desfigurou o país de ponta a ponta? Que deixou o país na miséria, no caos social e educacional e na segurança pública do país? 

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Alfredo ainda disse que se encontra no ato, onde a maioria é a favor de Lula, para representar "o povo correto" do Brasil e afirmou que os manifestantes não se deixarão intimidar. A gente está aqui pelo cidadão brasileiro, pelo povo correto deste país, não por pessoas intolerantes como essas aqui, que estão aqui tentando nos intimidar. Eu não apoio nenhum político. Eu estou aqui pela Justiça. Eu estou aqui, simplesmente, para lutar pelos direitos do povo", declarou.

Depois de percorrer cidades da Bahia, Sergipe e Alagoas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Pernambuco com a sua caravana no fim da manhã desta quinta. O petista fez paradas breves em Xexéu e Palmares, na Mata Sul do estado. A expectativa é que ele chegasse no Cais, às 16h. 

 

*Com informações de Giselly Santos

ILIGAN, Filipinas, 10 (AE) - Treze fuzileiros das Filipinas foram mortos em violentos confrontos com militantes islâmicos que lançaram um cerco a uma cidade no sul do país há quase três semanas, informaram as Forças Armadas do país neste sábado (10). Trata-se do maior número de baixas nas forças oficiais em apenas um dia nessa operação.

Uma aeronave da Marinha dos Estados Unidos ajudou no monitoramento para as tropas locais no confronto iniciado na sexta-feira na cidade de Marawi. "Nós não temos equipamento adequado de monitoramento, portanto pedimos assistência aos militares dos EUA. É uma assistência que não é de combate", afirmou um porta-voz militar filipino, o general Restituto Padilla. A embaixada americana em Manila confirmou que forças especiais dos EUA ajudam as tropas filipinas a combater militantes.

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As forças locais realizam uma busca casa por casa por militantes do Estado Islâmico que ainda ocupam partes de Marawi. Cerca de 30 a 40 militantes usaram civis como escudos humanos, dificultando a operação das tropas, posicionando-se nas várias mesquitas da cidade. Quatro outros membros da Marinha foram feridos.

As Forças Armadas das Filipinas afirmam que os combates deixaram pelo menos 138 militantes e 58 soldados mortos. Pelo menos 21 civis também foram mortos, entre eles um garoto que teria sido atingido por disparo de um militante dentro de uma mesquita onde a família do menino tinha buscado refúgio.

Centenas de pessoas fugiram da cidade. O presidente Rodrigo Duterte decretou lei marcial na região de Mindanao - onde está Marawi -, que há décadas abriga grupos separatistas muçulmanos. Fonte: Associated Press.

Uma guerra explícita entre policiais e militantes, estes últimos que pedem a saída do presidente Michel Temer (PMDB), é o cenário visto em Brasília nesta quarta-feira (24). O ato “Ocupa Brasília” mostra que, apesar de terem se passado alguns dias das revelações das denúncias dos donos da JBS, que envolvem o chefe do Executivo do país, os ânimos continuam acalorados. 

Em uma das manifestações simbólicas de hoje, militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) fizeram um protesto segurando o caixão de Temer em referência à reforma da Previdência, que são contra. Representantes da Central alegam que os trabalhadores, caso a proposta seja aprovada, irão morrer sem conseguir suas aposentadorias. 

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Em ato do último domingo, no Recife, uma faixa com a imagem de Temer comparada a um “demônio” também chamava a atenção de quem passava. Nela, estava escrita “Xô, Satanás”. 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, em entrevista recente ao LeiaJá, já tinha alertado que as centrais sindicais não deixarão que tudo o que está acontecendo caía no esquecimento e que “a luta é diária” contra o que chama de “governo golpista”. 

Há pouco, no Ocupa Brasília, jovens mascarados com camisas chegaram a pegar banheiros químicos instalados em frente ao Congresso e jogaram em frente ao gramado onde está a polícia, que reagiu. 

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Um confronto entre a polícia e militantes marca o ato do “Ocupa Brasília”, na tarde desta quarta-feira (24), em frente ao Congresso Nacional. A mobilização, que iniciou por volta das 11h nos arredores do Estádio Mané Garrincha, vinha sendo pacífica, mas quando chegou em frente às Casas Legislativas, área onde a polícia faz um cordão de isolamento, começou o confronto. 

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Manifestantes jogaram paus e pedras e polícia reagiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para tentar dispersar. Em reação, jovens mascarados com camisas estão pegando os banheiros químicos instalados no local e jogando em frente ao gramado onde está a polícia. Pessoas que participavam do ato ficaram feridas, mas ainda não há um balanço preciso.

Mesmo assim, a polícia manteve o cordão de isolamento em frente ao Congresso e ninguém consegue chegar até a entrada dos prédios ou na Praça dos Três Poderes, localizada logo em seguida.  

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o ‘Ocupa Brasília’ disse que 25 mil pessoas estão na manifestação, mas as centrais sindicais estimam 150 mil. Visivelmente dá para perceber que de todas as manifestações contra o governo esta é a mais numerosa. 

Representantes de várias classes trabalhadoras,  pedem a renúncia presidente Michel Temer (PMDB) e são a favor do adiantamento das eleições gerais, caso o presidente  deixe o governo. Além disso, eles protestam também contra a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária. 

*Com Dulce Mesquita

O acampamento organizado por membros do Movimento Sem Terra (MST), em Curitiba, foi alvo de um ataque com fogos de artifício na madrugada desta quarta-feira (10). Duas pessoas ficaram feridas. 

Os militantes estão na capital paranaense para prestar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que presta depoimento hoje ao juiz Sérgio Moro em um dos casos que é réu na Lava Jato. 

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De acordo com informações publicadas pelo site do PT, diiversos rojões foram disparados nas barracas dos acampados. O ataque, que aconteceu por volta das 0h30, deixou dois feridos, que tiveram de ser atendidos no hospital Universitário. 

Ainda segundo a publicação, no momento não “havia nenhuma a proteção policial ao acampamento, apesar de viaturas terem permanecido no local ao longo dos últimos dois dias”. 

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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu aos Estados Unidos que deixem de apoiar militantes curdos sírios, enquanto militares turcos transferiram veículos blindados para uma base próxima à fronteira do país com a Síria.

A troca de localidade ocorre um dia após soldados americanos serem vistos patrulhando a fronteira da Turquia com a Síria. A milícia curda síria é o principal aliado de Washington no combate a integrantes do grupo Estado Islâmico na Síria. No entanto, a Turquia considera as Unidades de Proteção do Povo Curdo da Síria, conhecidas como YPG, como uma organização terrorista.

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"O YPG está nos atacado e vocês sabem quem os está apoiando", disse Erdogan. Ele irá se encontrar em maio com o presidente americano, Donald Trump, em Washington. Fonte: Associated Press.

As forças de segurança do Iraque mataram ontem (21) pelo menos 48 jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) em diferentes pontos dos bairros ocidentais de Mossul, onde, segundo um dirigente político, ainda resistem 1 mil combatentes “espalhados”. As informações são da Agência EFE.

Forças da Polícia Federal iraquiana mataram 14 homens armados no bairro da Al Zaura, onde se instalaram na última quarta-feira (19), depois que as forças antiterroristas do Exército tomaram o controle do distrito, assegurou o comandante policial Shaker Yaudat, em um comunicado.

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Segundo Yaudat, os militantes do EI morreram em enfrentamentos durante a revista de vários edifícios da área, onde os agentes detonaram oito veículos-bomba e desativaram 55 artefatos explosivos e 34 armadilhas em imóveis.

O oficial explicou que dois dos jihadistas mortos eram suicidas que vestiam coletes de explosivos. Durante as operações, foi libertada uma adolescente de 11 anos da minoria yazidi, sequestrada pelos jihadistas.

Por outra parte, as forças antiterroristas continuam lutando pelo segundo dia consecutivo contra combatentes do EI no bairro de Al Saha, onde mataram 13 “terroristas”, segundo o oficial Maan al Saadi, chefe das forças especiais.

Al Saadi indicou que seus homens liberaram “amplas partes” do bairro nas quais destruíram quatro veículos repletos de explosivos.

Outros quatro dirigentes extremistas do EI de origem russa morreram em bombardeios no bairro de Al Saha.

Além disso, o vice-comandante da nona Brigada de Blindados, Jalifa Mayid, informou da morte de outros 17 jihadistas na área de Al Harmat, onde o Exército obteve avanços perante os radicais do EI.

O presidente da Comissão de Segurança do Conselho Estadual de Ninawa, cuja capital é Mossul, Mohamed Ibrahim al Bayati, assegurou que apenas 1 mil combatentes do EI resistem nos bairros orientais da cidade, incluindo o centro histórico, onde o avanço das forças de segurança foi detido pelos jihadistas.

Segundo Al Bayati, esses combatentes estão “cercados e espalhados”, sua capacidade de movimento viu-se reduzida e perderam numerosas posições, bem como importantes comandantes de campo.

Perante esta situação, Al Bayati considera que as forças de segurança vão recuperar em poucos dias os demais bairros de Mossul, que, alguns meses atrás, era a maior fortificação do Estado Islâmico no Iraque.

*Da Agência EFE

O 2° Festival BB Seguridade, realizado no Parque Santana, no bairro de Cada Forte, na Zona Norte do Recife foi cenário para a militância feminista na cidade. Um grupo de pessoas se reuniu no evento de Blues e Jazz para fazer um ato contra os estupros recentemente veiculados pela imprensa.

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Segundo a organizadora do ato, a administradora Sílvia Rangel, o encontro possibilita a discussão sobre a violência entre homens e mulheres. "O evento foi organizado por amigos e ganhou grandes dimensões, o que ajuda no debate sobre o estupro. Inclusive, os homens são bem vindos porque todos precisam ficar alertas sobre a situação que que a cidade passa", comentou Sílvia. 

Grande parte do ato foi composto por homens. De acordo com o cicloativista Roderick Jordão, 36, sua sensibilidade com a causa vem da ideia de ser contra qualquer tipo de violencia. "O estupro é uma violência no pior estágio possível e só de imaginar minha sobrinha passando por algo do tipo já me dá arrepios", opina o rapaz. "Então se em um evento como esse, uma mulher vê o cartaz e vai para casa discutir o assunto com o marido já vale para mim", completa.

Muito além de um ato contra os recentes casos de estupro, a professora Sofia Bandeira veio participar do "Não ao Estupro" porque vê como uma conscientização popular. "É uma questão de educação da sociedade", aponta a docente

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A calmaria nas ruas que marcou os primeiros dias de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff deverá ser quebrada nesta segunda-feira, 29, por grupos pró e contra impeachment: estão marcados ao longo do dia protestos das duas frentes. A expectativa, no entanto, é de que as manifestações sejam bem mais acanhadas do que as que ocorreram em etapas anteriores do processo.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal estima que a Esplanada dos Ministérios reúna, no máximo, 60 mil pessoas a partir desta segunda, menos do que foi registrado em 17 de abril, quando a Câmara autorizou a abertura do processo do impeachment. Naquele dia, havia cerca de 90 mil pessoas.

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Cansaço, falta de patrocínio e um desfecho de votação praticamente concretizado são as justificativas dadas por grupos contra e pró-impeachment para a baixa participação popular durante os primeiros dias de julgamento, no Senado Federal.

Diante da pouca movimentação, grupos que apoiam a petista ajustaram ao longo da semana os planos sobre como seriam as manifestações nesta segunda. De início, a previsão era de realizar um ato de apoio antes de Dilma sair do Palácio do Alvorada para o Senado, quando será ouvida por parlamentares. A estratégia agora será fazer um ato simbólico apenas em frente do Congresso. Flores serão arremessadas em direção ao Senado. "Não é todo dia que uma mulher tem coragem de ir ao Senado enfrentar um público composto majoritariamente de homens brancos, ricos e comprometidos", disse Carmem Foro, integrante da CUT e representante do grupo contra o impeachment.

Os protestos devem aumentar a partir das 16 horas, quando manifestantes saem em caminhada pela Esplanada dos Ministérios. Carmem reconhece serem poucas as chances de o Senado decidir pelo retorno de Dilma à presidência. A ideia agora não é tentar uma mudança de rumo, mas apenas marcar presença.

Do lado pró-impeachment, a previsão também é de que protestos sejam mais reduzidos do que em etapas anteriores. Na semana passada, foram duas tentativas de manifestação, com poucas adesões. "Não há mais patrocínio", disse a Beatriz Kicis, representante do grupo pró-impeachment. Ela prevê que a maior manifestação ocorrerá no fim da votação. "Com a vitória do impeachment, que para nós é certa, a expectativa é de que pessoas venham comemorar nas ruas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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