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O presidenciável Ciro Gomes (PDT) fez uma promessa ousada, nesta quarta-feira (12), durante sabatina do jornal “O Globo”. O pedetista afirmou que sai da política, caso o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) vença a eleição. O capitão da reserva vem liderando nas pesquisas de intenção de votos. 

“Eu vou desejar boa sorte a ele, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois eu vou chorar com a minha mãe. Eu saio da política. A minha razão de estar na política é amor, paixão, confiança. Se nosso povo por maioria não corresponder, vou chorar”, declarou. 

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Durante a entrevista, Ciro também falou que não visita Lula por não ser mais “oportuno”. “Mas pedi à juíza de Execuções Penais, recorri ao Tribunal Regional, ao STJ, que demorou demais. Depois o critério mudou: botaram o Lula para decidir quem poderia ir, mas até hoje não fui distinguido com essa honra”, contou. 

Na semana passada, o candidato chegou a afirmar que a intenção de voto em Bolsonaro é temporária. Ele também disse que “o Brasil não vai cometer este suicídio coletivo” se referindo a eleger o deputado federal como novo presidente da República. 

Após a passagem dos presidenciáveis Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede) e João Amoêdo (Novo) na capital pernambucana cumprindo agendas de campanha, será a vez do candidato Jair Bolsonaro (PSL) desembarcar no Recife, na próxima terça-feira (11). A informação é do Blog de Jamildo e teria sido repassada pelo presidente licenciado do PSL, Luciano Bivar. 

O capitão da reserva, assim que desembarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, vai realizar uma carreata pelas ruas da cidade até o Segundo Jardim, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul. Chama a atenção na agenda do presidenciável a escolha do Restaurante Spettus, no mesmo bairro, considerado um dos mais nobres da área, para conceder uma coletiva de imprensa a partir das 14h. 

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À noite, às 18h, ele segue para o comitê da sigla, no bairro do Pina, onde receberá a militância e simpatizantes. No mesmo dia, está previsto que Bolsonaro se desloque até o município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, mas só deve continuar os atos políticos na quarta (12) onde deve andar pela cidade e visitar o comitê de campanha do candidato a deputado estadual Ciro Nascimento (PSL). Na agenda, ainda está prevista uma ida até Maceió, em Alagoas. 

Em uma passagem anterior pela capital pernambucana, no final de 2016, Bolsonaro chegou a ser recepcionado no aeroporto aos gritos de “presidente”. Na ocasião, houve bastante tumulto. 

Em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos, em um cenário sem o ex-presidente Lula, o próprio Bolsonaro garante que ganha no primeiro turno. Ele também já afirmou que pode não entender de economia, mas que tem bom senso para governar.  

 

 

 

O cantor Chico Buarque, por meio de vídeo, teceu diversos elogios ao polêmico deputado federal e candidato à reeleição Jean Wyllys (PSOL). Chico disse que é muito importante ter o ex-BBB no Congresso Nacional. “Eu me identifico, até nós somos xingados juntos na rua, então a gente se encontra e comenta qual foi a última que disseram”, falou. 

O artista também disse que Jean luta contra o discurso de ódio no país. “Ele sempre foi uma voz em defesa dos direitos humanos, sempre foi firme à defesa da democracia, um homem corajoso que luta contra a intolerância, contra os fundamentalismos todos“. 

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Chico Buarque ainda pediu que as pessoas votem no psolista. “Ele foi uma das vozes mais resistentes ao golpe parlamentar em 2016. Ele não é petista, mas não é antipetista. Se o eleitor estiver disposto a votar em alguém que realmente lute por um Brasil mais justo, um Brasil mais aberto, vamos votar no Jean Wyllys. Eu voto no Jean Wyllys. Eu repito, eu sou Jean”, declarou. 

Por sua vez, Jean definiu Chico Buarque como um monumento vivo da música popular e da literatura brasileira. “Mesmo nos meus melhores sonhos, eu jamais imaginei que ouviria de Chico Buarque, reconhecido e prestigiado internacionalmente, as palavras que ele diz nesse vídeo. Mas, emoção pessoal à parte, não é de espantar que Chico Buarque permaneça atento e atuante na esfera política desde os tempos da resistência à ditadura civil-militar, aquela 'página infeliz de nossa história', para citar sua brilhante metáfora”. 

 

Wyllys ainda falou que o artista “mais uma vez se levanta em defesa da justiça e da democracia, sem perder a sua característica leveza”.

 

A deputada gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB) desembarcou no Recife, nesta quinta-feira (23), para participar de um encontro das mulheres que são candidatas na chapa da Frente Popular. Durante o evento, que aconteceu no comitê central da Frente, no bairro Parnamirim, D’Ávila teceu elogios ao governador Paulo Câmara (PSB) afirmando que o pessebista está comprometido com o projeto de Lula. 

Após um discurso conhecido no qual ressalta a importância de lutar para retirar do poder o governo Temer, o qual responsabilizou pelo “desmonte e a crise” que o país vive, que pune em especial as mulheres a deputada ressaltou: “Por isso é tão importante eleger o Paulo, a Luciana e os senadores comprometidos com esse projeto”. 

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Manuela D’Ávila também convocou os presentes para conversas falando sobre Lula. “A escolha das mulheres é que Lula volte a governar para que Lula e Paulo governem e para que nós, juntas, consigamos realizar essa grande sonho de país”. 

“Nós que lutamos para enfrentar a desigualdade brasileira precisamos entender a importância dessa eleição. Nós temos só 46 dias para eleger Lula, para reeleger Paulo, para eleger Luciana vice, para eleger Jarbas, para garantir que as mulheres brasileiras estejam lá e aqui a partir de um projeto que nos colocam em primeiro lugar porque luta pela nossa dignidade, pela escola pública, pela saúde publica e pelo fim do desemprego”, salientou. 

A parlamentar ainda pediu para que todos falassem sobre Lula para as outras pessoas. “Falar para as pessoas que existe gente que defende as ideias de Lula. É falar o que Lula disse, que as ideias dele, de um Brasil justo, de um Pernambuco justo, essas ideias somos nós. Somos nós que vamos fazer essa campanha tomar as ruas”, discursou afirmando que não existe apenas uma elite no Brasil, mas também “um povo extraordinário” que vai garantir a vitória do ex-presidente nas urnas. 

Durante seu pronunciamento, a deputada ainda disse que as mulheres estão mais organizadas do que nunca e que se mobilizam para transformar o Brasil. “Nossa mobilização não é casual, a desigualdade precisa ser combatida”.

Ainda teceu elogios à vice de Paulo, a deputada Luciana Santos (PCdoB) ressaltando que uma mulher “negra e nordestina” preside o partido. “A política do Brasil precisa de mais mulheres com a cara das mulheres do povo brasileiro. Essa mulher de luta e alegria”. A ex-primeira dama Renata Campos, que participou do evento, também não ficou de fora. Manuela falou que Renata inspirou muitos programas quando foi primeira dama afirmando que o mais significativo foi o Mãe Coruja.

De cada 10 eleitores do presidenciável Ciro Gomes (PDT), 4 estão no Nordeste. Segundo a mais recente pesquisa Ibope, o pedetista tem 14% das intenções de voto na região (o que significa 42% dos votos dele). Com esses dados, nomes fortes da campanha de Ciro afirmam que o cenário ideal, pelo menos para levá-lo ao segundo turno, seria a sua consolidação entre o eleitorado nordestino, dobrando suas intenções de voto e evitando a transferência de eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Lava Jato - para o ex-prefeito Fernando Haddad, vice na chapa petista.

Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, Ciro é forte no Nordeste e deve consolidar ainda mais sua liderança no Ceará. "E, nos demais Estados, vamos contar com palanques competitivos", disse Lupi. Apesar do otimismo, a matemática não é tão simples - já que o jogo de alianças regionais do PDT atinge um arco que vai do MDB de Renan Calheiros (em Alagoas) ao próprio PT. Ou seja, a lealdade eleitoral se desenha bastante difusa e pragmática.

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A situação já é curiosa no próprio Ceará, Estado dominado pela família Gomes. O candidato de Ciro é o governador Camilo Santana, do PT. Líder isolado nas pesquisas, ele não segue a lógica do seu partido e tem empenhado apoio claro ao candidato do PDT em nível nacional. A presença de Cid Gomes, irmão de Ciro e candidato ao Senado, também é considerada fundamental na região.

Já nos outros Estados nordestinos, o PDT vai ter de trabalhar muito para garantir seu espaço. Em Alagoas, o partido está na coligação do líder das pesquisas, o governador Renan Filho (filho de Renan Calheiros). A chapa de Renan Filho também terá o apoio do PT. As inclinações do MDB local são totalmente lulistas - o que deve dificultar a vida de Ciro no Estado.

No Maranhão a relação também é conflituosa. O PDT está na coligação (com outros 14 partidos) pela reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). Como a deputada estadual Manuela d’Ávila, que também é do PCdoB, é cotada para ser a vice de Haddad, a máquina maranhense deve trabalhar, em nível nacional, pela candidatura petista.

Em Pernambuco, o PT tratou de isolar Ciro ao retirar a candidatura própria e apoiar o governador Paulo Câmara. Assim, restou à legenda apoiar Maurício Rands (PROS), que hoje tem 2% de intenção de voto. No Piauí e na Bahia, os pedetistas estão compondo a coligação do PT. Situação um pouco mais confortável o partido só encontra no Rio Grande do Norte (onde tem candidato próprio), Paraíba e Sergipe (onde aparecem na vice do PSB).

A campanha de Ciro vai reforçar ataques ao PT e ao próprio Haddad no Nordeste. A missão pedetista é evitar que o ex-prefeito de São Paulo herde os votos de Lula. Para isso, já trabalham com o discurso da "irresponsabilidade petista" e de carimbar em Haddad a ideia do "poste" e de alguém com poucas ligações com o Nordeste.

Ciro quer conquistar o eleitor que estiver "órfão" do ex-presidente ao tentar desconstruir a imagem de Haddad. As agendas e ações no Nordeste devem se intensificar na medida em que o ex-prefeito já está visitando os Estados da região. Hoje, segundo a pesquisa Ibope, Haddad tem apenas 5% dos votos dos nordestinos.

Outras regiões. O presidenciável do PDT também busca eleitores no Sudeste. Nesta semana, Ciro focou esforços, e suas primeiras ações de rua, na Grande São Paulo, mais especificamente Guarulhos (anteontem) e Osasco (ontem). Apesar de pouca militância nas ruas, a proposta do PDT é buscar o eleitorado petista na região - abrindo mão do voto do interior de São Paulo, que já considera perdido para Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL).

Para sobreviver na corrida presidencial, afirmam interlocutores, Ciro vai ter de correr - mantendo "um olho no peixe e outro na gato". A agenda dele nos próximos dias confirma essa avaliação. Hoje, Ciro estará em Brasília e, amanhã, segue para uma extensa agenda no Tocantins - região de Kátia Abreu, vice em sua chapa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) vem afirmando sem modéstia que vence a eleição presidencial no primeiro turno. Durante a polêmica participação no programa Roda Viva, nessa segunda-feira (30), Bolsonaro foi além e disse acreditar que tem “muito mais votos” do que o ex-presidente Lula. 

A declaração aconteceu quando o deputado respondia se vai aceitar o resultado, caso seja derrotado no pleito. “O sentimento que eu tenho nas ruas é que eu tenho muito mais votos até do que o Lula. Eu sou recebido de uma forma completamente diferente de que o Lula foi recebido com as caravanas, em qualquer lugar que eu vá, em qualquer canto do Brasil. Isso é uma realidade, a aceitação é enorme para com o meu nome”, declarou com confiança. 

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Bolsonaro também falou que vai estar “na luta” de qualquer maneira. “Ora, qual outro caminho eu tenho senão participar das eleições? Entregar para o PT ou PSDB? Eu vou estar na luta de qualquer maneira”, ressaltou afirmando também que as pessoas viam nele confiança e credibilidade. “É alguém diferente dessas pessoas que tem se apresentado”, alfinetou. 

Um levantamento divulgado nesta terça-feira (31) pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que o parlamentar iria para o segundo turno com 23,6% das intenções de votos dos brasileiros em um cenário sem Lula. Em segundo lugar aparece a candidata da Rede, Marina Silva, com 14,4%, seguida por Ciro Gomes (PDT), que aparece no levantamento com 10,7%. 

O estudo ainda revela que o único possível candidato que se apresenta acima de Bolsonaro seria Lula. O petista, de acordo com a pesquisa, despontaria com 29% das intenções de votos. Nesse novo panorama, Bolsonaro apareceria em segundo com 21,8% e Marina Silva com 9,2%. 

A entrevista que o deputado federal concedeu ao Roda Viva deu o que falar. Também questionado por um dos jornalistas sobre a ligação com o ex-deputado Eduardo Cunha, hoje preso, Bolsonaro afirmou que raras vezes esteve com Cunha. “Eu gostaria de ter estado mais vezes ao lado dele, inclusive. Agradeço a ele a aprovação do voto impresso”. Ainda argumentou que não é porque está “no meio” que é corrupto ou tenha a intenção de praticar algo que não seja o que diz ser.

O presidenciável do PSL ainda causou ao afirmar que não houve golpe militar em 1964 justificando que os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo "clima da época, de guerra fria" e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles. 

A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais defendeu o voto impresso para complementar o sistema eletrônico, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (12). Para a associação, a impressão de todos os votos pode garantir mais segurança ao processo eleitoral.

Estabelecida em 2015 pela minirreforma eleitoral (Lei 13.165/15), a impressão dos votos foi derrubada liminarmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra o voto impresso foi movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi convidada para vir à audiência, mas não compareceu, alegando problemas de agenda. Para a PGR, a impressão do voto viola o direito fundamental do cidadão ao sigilo de seu voto.

Vulnerabilidade do sistema

Segundo o presidente da associação dos peritos, Marcos Camargo, o eleitor poderia conferir o voto depositado na urna, mas não precisaria levar o voto impresso para casa, para garantir o sigilo. Ele acredita que a urna eletrônica – implantada de forma gradual no Brasil a partir de 1996 – trouxe rapidez e eficiência na contagem dos votos, mas ressaltou que qualquer sistema computacional tem vulnerabilidade.

Conforme Camargo, a fraude nesses sistemas, por meio de ação de hackers, é facilitada, e mesmo a auditoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), feita de forma eletrônica, poderia ser hackeada.

Ele acrescentou que o TSE realiza testes públicos nas urnas, e nesses testes alguns ataques obtiveram êxito. O TSE já corrigiu essas vulnerabilidades, mas, conforme o perito, nada impede que haja novos ataques.

“O sistema precisa de auditoria analógica, e essa é a premissa da importância do registro impresso do voto”, defendeu. “É necessário um sistema eleitoral independente do software”, completou.

Jurisprudência internacional

O representante da entidade da sociedade civil Comitê Multidisciplinar Independente Amílcar Brunazo Filho disse que a jurisprudência internacional mostra que é preciso imprimir o voto, para o eleitor conferir se votou corretamente na urna eletrônica. Ele considera a urna eletrônica um retrocesso.

Por outro lado, o consultor legislativo Fabio Mendes destacou que a urna funciona off-line, então é difícil que seja invadida. “Na Alemanha, a suprema corte considerou inconstitucional a utilização de urnas eletrônicas compradas em prateleiras, e não são essas urnas que são utilizadas pelo TSE. A brasileira foi criada especificamente para o tribunal”, apontou. Segundo ele, no sistema bancário e financeiro todo o processo de auditoria também é feito de forma eletrônica.

Decisões do Parlamento 

O deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), que pediu a audiência, acredita que a eleição feita apenas pela urna eletrônica não é confiável. Ele destacou que o PSDB solicitou auditoria das últimas eleições, mas o TSE só permitiu que fosse feita em algumas regiões. “Qualquer ação que não seja passível de auditoria não é confiável”, avaliou.

Já o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Goulart (PSD-SP), afirmou que o STF tem “legislado”, ao mudar decisões do Parlamento. Representante da Associação Pátria Brasil na audiência, o procurador Felipe Gimenez, por sua vez, criticou o Tribunal Superior Eleitoral, por não debater o tema. O presidente do TSE, Luiz Fux, foi convidado para a audiência, mas também não compareceu.

Agência Câmara Notícias

Em ano eleitoral, quem nunca ouviu a máxima de que se os votos brancos e nulos somarem mais de 50% a eleição é anulada e todos os candidatos são impossibilitados de concorrer novamente? O argumento, entretanto, é um mito combatido com veemência pela Justiça Eleitoral, mas toma força constantemente a cada dois anos incentivando que os cidadãos, insatisfeitos com a classe política, escolham uma das duas opções e eliminem a possibilidade daqueles nomes voltarem a disputar o pleito. 

Na realidade, de acordo com a legislação, o que pode anular a eleição é quando a chapa vitoriosa é cassada por algum crime eleitoral e os votos são cancelados judicialmente, fazendo assim com que uma nova eleição seja convocada, sem a participação do vencedor considerado inelegível.   

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Outro ponto essencial, de acordo com as normas eleitorais, é que os votos brancos e nulos não influenciam no resultado da eleição porque não são considerados votos válidos, ou seja, manifestações na urna direcionadas a algum candidato. O voto branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos, teclando na urna a opção branco e confirmando. Já o nulo é quando o cidadão clica o número de qualquer candidato inexistente e confirma. 

Em junho, a eleição suplementar para governador do Tocantins foi um retrato claro de que o argumento é um mito. O resultado da votação no estado, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), registrou que 527 mil pessoas não optaram por nenhum dos candidatos. O número representa 51,83% do eleitorado tocantinense e é o somatório dos votos brancos, nulos e abstenções. Apesar disso, o candidato Mauro Carlesse (PHS), que recebeu 368.553 votos, foi eleito governador. 

O que não dá para negar, contudo, é que o percentual de votos brancos e nulos, além das abstenções, tem crescido nos últimos pleitos. Na análise do presidente do TRE de Pernambuco, desembargador Luiz Carlos de Figueirêdo, isso se dá pelo descontentamento da população com a política e diante dos “problemas que o país atravessa em um estágio nunca antes atravessado”, como é o caso da crise econômica. 

 Mesmo assim, Luiz Carlos de Figueirêdo observou que deixar de votar ou anular o voto não é a solução mais viável para combater a corrupção e esse descontentamento. “Uma das coisas mais danosas para a democracia é quando você anula seu voto, isso, ao contrário do que se pensa, não vai anular a eleição, mas favorecer os candidatos menos comprometidos com o interesse social”, salientou. 

“É óbvio que sempre existirão bons candidatos, candidatos regulares e ruins candidatos. É preciso separar, informar-se a respeito do passado dos seus candidatos e, com isso, antevê o que pode acontecer. Essa é a verdadeira maneira que pode combater a corrupção, que é a maior problemática da classe política, a escolha adequada”, completou.

Para  o presidente do TRE-PE, para a eleição em outubro, tem sido possível perceber uma movimentação maior pré-eleitoral e o número de abstenções, nulos e brancos pode cair. “O povo tem uma arma poderosa na mão, que é o voto. Se ele não vota, anula o voto ou vota em branco legitima o que ele mesmo critica e não vê que perdeu a oportunidade de fazer o país avançar”, ressaltou. 

‘Brancos e nulos’ poderiam ser prefeitos em PE

Caso a máxima que circula na época eleitoral fosse verdade, no histórico das eleições municipais de 2012, por exemplo, os prefeitos de algumas cidades pernambucanas poderiam ser os famosos “votos brancos e nulos”. No pleito daquele ano, em Santa Maria da Boa Vista o prefeito eleito José Gualberto teve 8.866 votos sendo que o somatório de brancos e nulos chegou a 13.908 eleitores. 

Outro registro do tipo foi feito em Água Preta, onde o prefeito eleito Eduardo Coutinho conquistou  7.776 votos e os brancos e nulos somaram 9.844. Já em Palmares, o vencedor do pleito João Bezerra teve 13.838 votos e o somatório dos votos brancos e nulos chegou a 14.909.

O caso mais emblemático de 2012 aconteceu em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), quando o então prefeito Renildo Calheiros teve 102.295 votos, mas as abstenções, brancos e nulos chegaram a 105.056 votos.

Candidatos na Turquia buscaram atrair a atenção dos eleitores nos últimos eventos antes das eleições presidenciais e parlamentares deste domingo. Falando em cinco comícios diferentes em Istambul, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu aos cidadãos que votassem e listou os hospitais e instalações de transporte construídos durante o seu período no cargo como prova de liderança. "A presidência requer experiência", disse Erdogan, que lidera a Turquia desde 2003 como primeiro-ministro e desde 2014 o primeiro presidente eleito diretamente do país.

Erdogan, de 64 anos, convocou as eleições mais de um ano antes do previsto em uma tentativa de inaugurar uma presidência executiva com amplos poderes. Ele disse que o novo sistema trará estabilidade e prosperidade para a Turquia, mas críticos alertam que ele pode levar a um "governo de um homem só" em meio a sinais de problemas na economia.

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Mais de 59 milhões de cidadãos turcos, incluindo cerca de 3 milhões vivendo no exterior, podem votar nas eleições deste domingo. É a primeira vez que votarão para presidente e para o Parlamento ao mesmo tempo - mudança aprovada no ano passado em referendo que mudou o sistema de governo da Turquia.

Seis candidatos concorrem à presidência e oito partidos apresentaram candidatos a 600 assentos parlamentares. Cinco desses partidos também concorrerão como parte de duas alianças concorrentes: a "Aliança do Povo", do partido governista de Erdogan e um partido nacionalista, e a "Aliança da Nação", liderada pela principal sigla de oposição secular, um partido nascente de centro-direita e um partido de inclinação islâmica.

O principal oponente de Erdogan, Muharrem Ince, do secular Partido do Povo Republicano, atraiu milhares de simpatizantes para um comício neste sábado em Istambul. "Erdogan, você está indo embora!", disse Ince, chamando o presidente de "fascista". Ince prometeu aos eleitores um Judiciário independente e advertiu que um "regime de medo" continuaria se Erdogan fosse reeleito, prevendo que os mercados financeiros seriam abalados e que a moeda nacional, a lira, cairia ainda mais. Fonte: Associated Press.

O senador Romário Farias (Podemos) se pronunciou sobre as “movimentações financeiras suspeitas” e a manutenção do próprio patrimônio em nome de familiares. De acordo com o jornal O Globo, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vai rastrear o destino de milhões de reais que teriam passado pela conta da irmã do senador e por uma empresa na qual os seus pais seriam sócios. 

Romário, que é pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, disse que bastou sair uma pesquisa onde ele lideraria a intenção de votos dos cariocas para que um veículo de comunicação apresentasse declarações sem qualquer prova ou fonte a respeito de membros de sua família. “O fato de eu ser pré-candidato ao Governo do Rio de Janeiro não dá o direito de violarem a vida dos meus familiares sem que tenham qualquer prova. Não tenho nada a esconder. Até o momento não identifiquei nem pedido de investigação, nem o juiz que teria feito o pedido”, escreveu em seu facebook.

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O senador também disse que está “completamente tranquilo”. “Sou o primeiro interessado em investigações que só provarão, mais uma vez, que minha vida financeira está dentro da lei”, afirmou.

“Aproveito para pedir que façam uma cobertura dos pré-candidatos ao governo de forma limpa e sem plantar mentiras para influenciar a população. Deixemos que o povo vote sem manipulação de imprensa", complementou. O ex-jogador ainda falou que, quando chegar a hora, será confirmado o seu nome para disputar o Governo do Rio.

Confiante na possibilidade de sair vitorioso, Romário Faria foi convicto no mês passado ao ressaltar que iria tirar “o Rio da m...”. Existe uma onda aí de que vou desistir. Serei candidato contra tudo e todos. Vou tirar Rio da merda”, declarou afirmando também que, no dia 1º de janeiro de 2019, data da posse dos candidatos vitorios no pleito, estará “preparado”. 

 

A partir da próxima terça-feira (15), os pré-candidatos das eleições de 2018 poderão iniciar a propaganda para financiamento coletivo de campanha, conhecido crowdfunding eleitoral. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu que eles estão proibidos de pedir votos durante a divulgação dessa modalidade de arrecadação de recursos. 

O tribunal decidiu a data após responder uma consulta feita pelo senador Paulo Paim (PT-RS). O parlamentar questionou o tribunal sobre como o financiamento coletivo poderia ser divulgado e a data a partir da qual seria permitida a propaganda.

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De acordo com o TSE, a liberação e o repasse dos valores arrecadados aos pré-candidatos só poderão ocorrer se eles tiverem cumprido os requisitos definidos na norma: o requerimento do registro de candidatura, inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e abertura de conta bancária específica para registro da movimentação financeira de campanha.

A possibilidade de os pré-candidatos iniciarem a campanha para o financiamento coletivo é uma das mudanças trazidas pela reforma eleitoral de 2015. Até a eleição de 2014, a legislação não admitia menção à futura candidatura antes do registro oficial da candidatura e do início da propaganda eleitoral, com previsão de penas.

Para a professora da FGV Direito Rio, Silvana Batini, a alteração na lei, que inclui a figura da pré-campanha, passou a regular um cenário que já ocorria nas campanhas eleitorais no país.

“A gente sabe que o processo de escolha de um candidato é também um processo de muito debate e exposição. É muito comum os partidos testarem determinadas figuras, expô-las ao debate público. Algumas delas crescem, outras já são queimadas logo de cara. Então, ignorar a realidade, que esse processo faz parte do processo eleitoral como um todo, era uma certa ingenuidade e até um tratamento meio hipócrita e mais do que isso, ele era ‘criminógeno’ porque como a lei proibia muito, e como esse processo era inevitável de acontecer, você tinha uma série de procedimentos que eram empurrados para a ilegalidade”, disse a professora.

Na avaliação de Silvana Batini, a legislação foi extremamente ampliada, porém não estipula o limites de gastos para a pré-campanha.

“O problema de fixar como critério único o pedido expresso de voto é que se deixa passar uma série de atividades de pré-campanha que custam caro e que não vão integrar a prestação de contas posterior do candidato e isso retira grande parte do poder de fiscalização”.

A professora alerta que os tribunais eleitorais devem impedir que pré-candidatos com mais recursos tenham vantagem em detrimento dos demais. “Estamos em um momento muito grave, de enxergar o quanto o financiamento espúrio de campanha compromete a democracia, então é preciso encontrar um ponto de equilíbrio em que nem se coíba a pré-candidatura - que é uma realidade e precisa acontecer - mas ao mesmo tempo restrinja determinados atos, como caravanas pelo país todo, comícios com discursos”.

Regras para os pré-candidatos

Segundo a Lei Eleitoral nº 9504/97, é permitido aos pré-candidatos:

- Participação em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos. As emissoras devem garantir tratamento isonômico;

-  Realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e custeados pelos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias;

- Divulgar atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido de votos;

- Divulgar posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais;

- Realizar reuniões com a sociedade civil, veículo de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. As despesas devem ser arcadas pelo partido;

- Fazer campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo (crownfunding eleitoral);

- Pedir apoio político e divulgar a pré-candidatura. A lei não se aplica aos profissionais de comunicação social no exercício da profissão.

Vedações

A lei também estabelece proibições aos pré-candidatos. São elas:

- Veicular propaganda em desacordo com a legislação, passível de multa no valor de R$ 2 mil a R$ 8 mil;

- Fazer pedido explícito de voto;

- Fazer transmissão ao vivo por emissoras de rádio e de televisão das prévias partidárias;

- Presidente da República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal estão impedidos de convocar redes de radiodifusão para divulgação de atos que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e seus filiados ou instituições;

- Nos casos permitidos de convocação das redes de radiodifusão, é vedada a utilização de símbolos ou imagens.

- A partir de 30 de junho, é vedado às emissoras transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato. 

Propaganda eleitoral

- Tempo de propaganda eleitoral foi encurtado para 45 dias;

- Propaganda de TV e rádio terá início 35 dias antes das eleições;

- Propaganda eleitoral começará no dia seguinte ao registro: 16 de agosto.  

- Entre as mudanças da propaganda estão: o tamanho das placas foi reduzido para meio metro quadrado e os cavaletes e bonecos foram proibidos. Quanto aos veículos, não poderão ser envelopados, só serão admitidos perfurados no para-brisa traseiro e adesivos laterais de no máximo 50 cm x 40 cm. A participação de candidatos a vereador na propaganda de TV e rádio também ficou reduzida: não participarão dos programas em bloco e nas inserções utilizarão 40% do tempo.

Prazos Eleitorais

- As convenções partidárias, reuniões onde cada partido define os candidatos, devem ser realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto.

- Os candidatos devem se registrar na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

- As eleições ocorrerão nos dias 7 de outubro (primeiro turno) e 28 de outubro (segundo turno). 

O pré-candidato a presidente do Brasil, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, aparece com cerca de 2% de intenções de votos nas últimas pesquisas eleitorais, mas se mostrou bastante otimista quanto a ser tornar o próximo presidente do país. Durante evento o 96° aniversário de Aparecida de Goiânia, nesta sexta-feira (11), Meirelles foi categórico: “O povo de Goiás vai ter o orgulho de ter o primeiro presidente goiano do Brasil”, declarou. 

Meirelles, durante entrevista aos jornalistas, disse acreditar que esse baixo percentual vai mudar após a confirmação de sua candidatura pelo MDB em um momento oportuno. “Depois, nos programas de rádio e televisão e na campanha eleitoral, nossa história será reconhecida e melhoraremos os índices de intenção de votos até a eleição”, disse com esperança. 

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O ex-ministro também falou sobre a possibilidade não descartada do presidente Michel Temer (MDB) decidir concorrer à reeleição, o que tiraria Meirelles da corrida. Ele não negou que o emedebista possa disputar a presidência novamente. “Se avaliarmos que ele não tem condições de ser candidato, então eu serei o candidato”. 

Henrique Meirelles rejeitou totalmente a possibilidade de um “plano B” optando pelo Senado Federal. “Minha candidatura será apenas para presidente da República”. Ele ainda salientou que, na área da segurança pública, vai propor “investimentos no treinamento e armamento das polícias nos estados brasileiros e reforçaremos a vigilância das nossas fronteiras”.

 

 

 

 

 

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST), Guilherme Boulos, será o candidato a presidente do Brasil pelo PSOL. A confirmação veio neste sábado (10). O resultado da Conferência Eleitoral Nacional da legenda foi expressiva para Boulos. Ele recebeu 80 votos dos delegados e terá como vice, Sônia Guajajara, líder nacional indígena do Maranhão, que obteve 123 votos. 

No seu discurso, Boulos disse que a proposta da candidatura que quer construir é de uma aliança pelos que lutam por direitos, pela democracia, e por um novo projeto. “Para nós é muito importante que o PSOL tenha a coragem e a ousadia de coverter essa aliança em uma chapa presidencial ainda mais forte com o PCdoB, que deve compor essa frente”. 

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O presidenciável também falou que a militância do PSOL esteve ao lado do MTST em ocupações realizadas no país. “O que nós queremos com essa aliança é ampliar a construção de um programa de enfrentamento. Um programa que vai ter a coragem de colocar o dedo na ferida de temas fundamentais, de dívidas históricas do estado brasileiro com o nosso povo. Um programa que vai enfrentar os privilégios”, ressaltou. 

Guilherme Boulos ainda salientou que se o projeto for vitorioso terá o compromisso, desde o primeiro dia, de convocar um plebiscito para revogar todas as medidas do “governo ilegítimo”. A conferência aconteceu, no plenário do Hotel San Rafael, em São Paulo. 

Ainda não se sabe se os brasileiros vão pender para a direita, a esquerda ou o centro nas próximas eleições, mas uma coisa é certa: o eleitorado vai se deslocar para o norte e para o oeste. Área com crescimento populacional mais acelerado nos últimos anos, o eixo formado pelas regiões Norte e Centro-Oeste deve superar pela primeira vez o Sul, em número de votos, na eleição deste ano, segundo projeção do Estadão Dados.

Se a virada no tabuleiro eleitoral não ocorrer já em 2018, é inevitável que aconteça pouco depois. A tendência de virada se deve a uma combinação de fatores: as partes de cima e da esquerda do mapa brasileiro têm maiores taxas de natalidade e recebem mais migrantes.

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Já os Estados do Sul passam por um processo mais rápido de envelhecimento da população, o que se traduz em maior abstenção, já que o voto deixa de ser obrigatório para quem tem mais de 70 anos. Os idosos com mais de 65 anos são 10,3% da população sulista - entre os nortistas, a taxa cai pela metade, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

As variações paulatinas na composição da população brasileira também têm elevado o peso eleitoral do Nordeste e reduzido o do Sudeste, mas em velocidade mais baixa que nas demais regiões.

Até recentemente, as mudanças demográficas vinham beneficiando o PT. Nas duas décadas encerradas em 2014, o número de eleitores presentes (desconsiderada a abstenção) aumentou 51% em 15 Estados considerados redutos petistas, onde o partido venceu todas as últimas três disputas presidenciais. Já em sete redutos do PSDB, o aumento foi bem menor: 40%.

Se os porcentuais de votos obtidos em cada Estado por Dilma Rousseff no segundo turno de 2014 fossem calculados com a distribuição populacional de duas décadas antes, sua vitória sobre o tucano Aécio Neves teria sido mais apertada. A vantagem teria sido de 2,3 milhões de votos, em vez de 3,5 milhões.

Tendência

Em eleições passadas, candidatos a presidente do PT tiveram votação mais concentrada no Norte e no Nordeste, onde programas sociais beneficiam uma parcela mais abrangente da população, enquanto tucanos tiveram desempenho melhor no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste.

Não há como prever se essa tendência se manterá em 2018, dada a incerta participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de outubro e o fraco desempenho de outros nomes petistas nas pesquisas até o momento.

Os levantamentos tampouco projetam, por enquanto, uma polarização entre PT e PSDB na próxima disputa. Se essa divisão não ocorrer, será um quadro diferente do observado em todas as eleições dos últimos 24 anos.

Entre 1998 e 2014, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná tiveram crescimento médio de apenas 27% no comparecimento às urnas. No mesmo período, o número de votantes aumentou 66% na área abrangida pelo Norte e Centro-Oeste.

Em números absolutos, a vantagem do Sul sobre o Norte-Centro-Oeste caiu de 3,5 milhões de eleitores em 1998 para apenas 600 mil em 2014 - redução de 2,9 milhões. É como se, nesse período, três cidades do porte de Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis tivessem brotado no Cerrado ou na Amazônia.

Maior crescimento

Entre as duas regiões que mais crescem, é o Norte que se destaca mais. A região formada por Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins ultrapassou em 2009 o Centro-Oeste no ranking do eleitorado, e segue se distanciando.

Na lista de unidades da Federação que mais tiveram aumento de eleitorado em eleições nas duas últimas décadas, Estados da região Norte ocupam as cinco primeiras posições. No outro extremo, os três Estados do Sul estão entre os últimos seis colocados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A poucos dias da votação da reforma da Previdência na Câmara, o governo conseguiu contabilizar no máximo 237 deputados favoráveis à proposta, segundo planilha de cruzamento de votos obtida pelo Estadão/Broadcast.

Aliados do governo têm dito possuir 270 votos, mas o cenário mostra que o caminho a ser trilhado é ainda maior. Para conseguir aprovar a proposta, são necessários 308 votos em dois turnos de votação.

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A contagem mais recente, que aponta os 237 votos, foi feita no Palácio do Planalto, com assessores do ministro Carlos Marun e o vice-líder do governo na Câmara Darcísio Perondi (MDB-RS), em 29 de janeiro, segundo anotação registrada na planilha. Levantamentos anteriores, de dezembro, oscilaram entre 212 e 230 votos a favor.

A contagem que aponta o menor número de votos é creditada ao deputado Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara e um dos "planilheiros" do governo em votações relevantes. Nesse levantamento, foram contabilizados 208 votos contrários, mais que o suficiente para enterrar de vez a proposta.

Mansur disse à reportagem que a contagem que ele fez - que mostrava 212 votos favoráveis - é antiga. Insistiu que hoje o governo tem cerca de 270 votos. "Faltam cerca de 40 votos para a aprovação, podemos recuperar durante essa semana", afirmou. Ele aposta na capacidade de convencimento dos presidentes de partidos, que nos próximos meses determinarão a forma como serão divididos os recursos do fundo eleitoral para as campanhas.

Procurado, Marun não negou a informação sobre a contagem, mas argumentou que o governo já tem "bem mais votos do que isso". "Teremos os votos para vencer", garantiu.

Cruzamento

O governo está fazendo um cruzamento das contagens para tentar identificar com maior precisão a tendência de voto dos deputados e intensificar o corpo a corpo sobre os indecisos.

O documento contém histórico de votações na reforma trabalhista, impressões sobre como deve ser feita a abordagem e ainda deixa clara a contribuição de entidades empresariais no trabalho de contagem dos votos e de convencimento dos parlamentares.

A lista contém recados como "funcionário (público), não adianta", no caso de um deputado de partido aliado que é servidor e apresenta tendência de voto contrário. Um dos motes da campanha do governo para aprovar as mudanças na Previdência é o "combate a privilégios", que mira justamente no funcionalismo.

Outras anotações que aparecem na planilha são "cair o mundo em cima" ou "merece pressão", no caso de parlamentares indecisos. Há também um deputado aliado que ganhou a alcunha do que "sempre quer mais" nas negociações com o governo - ele aparece como indeciso na planilha.

Há observações sobre "quem vai em cima" do deputado para convencê-lo a votar a favor da reforma. Essa atribuição recai sobre ministros, líderes de partidos na Câmara e entidades empresariais, inclusive estaduais, que ficam responsáveis por conversar com parlamentares de seus Estados.

Apesar do cenário desfavorável de votos apontado nos levantamentos, a avaliação é de que há outros 70 deputados indecisos com "tendência" de votar pela aprovação da reforma, segundo uma fonte do governo que participa das negociações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) publicou na tarde desta terça-feira, 30, o relatório e o voto do desembargador João Pedro Gebran Neto e o voto do desembargador Leandro Paulsen no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso triplex. O petista foi condenado, por unanimidade, pela Corte de apelação da Operação Lava Jato e teve a pena aumentada para 12 anos e 1 mês.

O julgamento terminou em 3 a 0 na última quarta-feira, 24. Em 1.ª instância, Lula havia sido condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, em julho do ano passado, a 9 anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

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O voto de Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal, tem 296 páginas. O de Leandro Paulsen tem 44. Ainda falta ser publicados o voto do desembargador Victor Laus e o acórdão do julgamento.

A partir da publicação do acórdão - que ainda não ocorreu -, a defesa do ex-presidente vai ter até 12 dias corridos para entrar com Embargos de declaração. Por meio deste recurso, os defensores podem questionar obscuridades nos votos dos desembargadores.

Como se trata de um processo eletrônico, o prazo é estabelecido da seguinte forma. O advogado recebe a intimação para ciência do acórdão e pode abrir em até dez dias. Após o décimo dia, a Justiça conta mais dois dias de prazo.

Se o defensor abrir o documento eletronicamente no segundo dia após a intimação, o prazo de dois dias passa a ser contado por esta data. Caso o documento seja aberto apenas no último dos dez dias, a defesa tem, então, os 12 dias corridos de prazo.

Após votar pela condenação de Lula, no julgamento, Leandro Paulsen deixou expresso que a pena deve ser imediatamente executada em caso de decisão unânime da Corte e se esgotados todos os recursos ainda cabíveis no âmbito da segunda instância.

Paulsen seguiu integralmente o voto do relator do julgamento do petista, o desembargador Gebran Neto, que inaugurou a sessão com um voto de três horas e meia pela condenação do ex-presidente.

Nesta terça, a defesa de Lula entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para afastar a determinação da execução provisória da pena após o julgamento de recursos no Tribunal da Lava Jato.

Os advogados requerem à Corte que se conceda ordem de habeas corpus para garantir a Lula "o direito de aguardar em liberdade até a preclusão maior de eventual édito condenatório".

"A defesa também solicitou ao STJ a concessão de medida liminar para desde logo afastar a determinação de execução provisória da pena, de forma a assegurar a Lula a garantia da presunção da inocência que lhe é assegurada pela Constituição Federal nesta etapa da ação penal e, ainda, para paralisar uma indevida interferência de alguns órgãos do Poder Judiciário no processo político-eleitoral que se avizinha", informaram em nota os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Z. Martins.

O pedido de medida liminar do petista pode ser analisado pelo vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins, durante o recesso. Martins fica responsável pelos despachos do STJ no plantão até esta quarta-feira, 31. As atividades do tribunal retomam nesta quinta-feira, 1.

O presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, foi reeleito neste domingo (28) no primeiro turno, de acordo com os resultados oficiais de 99% das urnas apuradas. Ele obteve 62,7% dos votos, enquanto o seu principal rival, Pekka Haavisto, do Partido Verde, apareceu com 12,4%.

Haavisto, que ficou em segundo lugar na eleição de 2012, reconheceu a derrota antes da contagem de votos ser concluída, dizendo que Niinistö era "o novo presidente da República com esse resultado". Nenhum dos outros seis candidatos recebeu mais de 7% dos votos.

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Niinistö, de 69 anos, é ex-ministro das Finanças e presidente do Parlamento e tem sido um presidente bastante popular desde que assumiu o cargo em 2012. Ele precisava de maioria simples para evitar um segundo turno e conseguir se reeleger. Niinistö se classifica como independente, sem associação com o conservador Partido da Coalizão Nacional, mesmo tendo sido presidente da sigla anteriormente.

O presidente da Finlândia também atua como o comandante supremo das forças militares. Como chefe de Estado, o presidente é o principal ator da política externa, particularmente em questões fora da União Europeia.

Para a maioria dos finlandeses, a tarefa principal do presidente é assegurar laços amigáveis com a Rússia, com quem a Finlândia compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros. A Finlândia pertence à União Europeia desde 1995, mas não é integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Pesquisas recentes haviam indicado que Niinistö conseguiria entre 58% e 63% dos votos, enquanto Haavisto atingiria cerca de 14%. Fonte: Associated Press.

A noite do BBB 18 foi marcada por tensão. Nesse sábado (27), o reality show mostrou os participantes da casa super preocupados com a votação de quem vai para o paredão - já que todos gostam de saber quem é o forte ou o fraco da casa -. Numa das ocasiões, Ayrton conversava com Mara, que queria saber o que ele achava de Ana Paula: "Não é forte. Só tornou-se agora, fazendo-se de vítima".

Como de costume, sempre que a votação se aproxima, os brothers tentam adivinhar quem é que estará entre as possíveis eliminações da vez. Não foi diferente entre Diego e Ana Paula. O participante até chegou a comentar que acredita ir ao paredão junto com Mara e Ana Paula, mas ele também confessou: "Esse poder do veto é que deu a bronca. Se não tivesse, a gente estava tranquilo".

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As especulações também não ficaram baratas. Num papo de Jéssica com Caruso, os dois começaram a jogar no ar - como se não quisessem nada - quais poderiam ser as opções de voto dos companheiros da casa. E nessas, ambos fizeram algumas revelações que já deixaram o público ansioso pelo que está à frente. A sister acabou falando que a pessoa em comum no qual ambos querem colocar no paredão, poderia ser indicada pelo líder, Mahmoud, o que os deixaria sem muita opção. As votações ocorrem neste domingo (28).

 

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse hoje (11) que não colocará em votação a proposta de reforma da Previdência, sem a garantia. “Eu não vou pautar uma matéria dessa se a gente não tiver muita clareza de ter mais de 308 votos. Não é bom para o Parlamento, e muito menos para o Brasil, ter uma votação com resultado ruim. Até porque, se a expectativa for de derrota, o resultado será pior ainda daquele projetado antes da votação”, enfatizou, ao participar de reunião com representantes do agronegócio na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Para Maia, o cenário não é favorável para que o texto seja votado ainda na próxima semana, antes do recesso parlamentar. “Olhando, de hoje para a próxima terça-feira, não é fácil votar a matéria”, destacou. Na semana passada, o presidente Michel Temer e o líder do Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), chegaram a projetar o próximo dia 18 como a data provável para apreciação da proposta pelo plenário.

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O presidente da Câmara reafirmou estar se empenhando pessoalmente pela aprovação da reforma. No entanto, mesmo no seu próprio partido, o DEM, Maia disse que talvez não tenha o apoio de todos os deputados. “Acho que o DEM vai terminar esse debate, dos 28 que votam, com a possibilidade de ter 24 ou 25 votos. Se chegar a isso, não vejo necessário fechar ou não a questão”, disse.

Esse resultado, já seria satisfatório, na avaliação do deputado. “O importante é que o partido consiga, como conseguiu, na terceirização, na reforma trabalhista, na PEC do Teto, em todas as matérias a maioria dos seus votos”, acrescentou.

Maia voltou a afirmar a importância da mudança nas regras para as aposentadorias para garantir o equilíbrio das contas públicas nos próximos anos.Se a gente não aprovar a Previdência, não continuar avançando em uma política de equilíbrio fiscal, nós vamos estar fechando 2018, abrindo 2019, com retrocesso de tudo o que nós avançamos. Voltaremos ao crescimento do desemprego, da inflação, da taxa de juros. Eu tenho certeza que isso não interessa a nenhum brasileiro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou hoje (6) que ainda não é possível votar a reforma da Previdência, pois todos os partidos estão com dificuldade para reunir votos. Segundo Maia, a data de votação da reforma só será marcada depois do convencimento de um número significativo de deputados a favor da proposta.

“Não dá para votar essa matéria, ela é muito importante, ela tem impacto muito forte nas expectativas da sociedade. E a gente ir para uma votação com clareza de derrota, apenas para ter uma data, a gente vai estar gerando uma sinalização de que não há na Câmara uma responsabilidade fiscal majoritária”, disse Maia.

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Para que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de acesso à aposentadoria seja aprovada, são necessários pelo menos 308 votos entre os 513 deputados. O resultado majoritário de dois terços do plenário deve ser repetido em dois turnos de votação.

O presidente da Câmara disse que a maioria favorável à reforma até existe, mas ressaltou que as circunstâncias e tudo o que ocorreu ao longo do ano, como a análise das denúncias contra o presidente Michel Temer, acabaram "gerando um certo desconforto dos parlamentares”.

Para Maia, divulgar balanços parciais dos números de votos alcançados até o momento não ajuda no processo de convencimento dos deputados. Ele defendeu também que o PSDB se manifeste logo sobre o posicionamento da bancada. “O PSDB precisa dizer é se é contra, ou a favor, e quantos [deputados] são a favor pra que a gente possa entender se tem ambiente pra votar a matéria. Eu não votaria essa matéria com uma expectativa de derrota”, disse.

Maia participou, na manhã de hoje, de café da manhã oferecido pelo presidente Michel Temer no Palácio da Alvorada para tratar da reforma. Ele disse que, até o momento, não havia o número necessário de votos. Os líderes partidários voltam a se reunir, ainda nesta quarta-feira, com Temer em um jantar para continuar as articulações em torno do tema.

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