Tópicos | 10 anos

Na noite desse domingo (17), o deputado estadual e pré-candidato a prefeito do Recife, Alberto Feitosa (PSC), foi flagrado em um vídeo discutindo com um popular em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM-UPE). Feitosa participava de um protesto convocado por figuras políticas e religiosas, através da internet, contra o aborto legalmente previsto em lei que foi realizado no local com autorização da Justiça do Espírito Santo, em favor de uma criança de 10 anos que desde os 6 era estuprada pelo próprio tio. 

[@#video#@]

##RECOMENDA##

“Ninguém aqui tá defendendo a morte, tá defendendo a vida, a punição ao estuprador, tá certo, àquele que praticou a pedofilia que é uma grande tortura, de tudo isso”, diz o deputado nas imagens. Ele é, então, respondido por um popular, que a lei brasileira que trata de aborto é antiga e que ele não deveria estar causando agitação em frente ao hospital. 

“O senhor é um legislador, a lei é de 1940, o senhor devia ter vergonha de tá aqui agitando na porta, isso é vergonhoso para o senhor. Numa unidade médica, uma criança de 10 anos que foi estuprada desde os 6 anos de idade”, rebate o homem.  

A criança chegou ao Cisam por volta das 16h e, segundo informações da equipe médica, cerca de uma hora depois o aborto já havia sido induzido com auxílio de medicamentos. O processo de expulsão do feto, de acordo com o médico diretor da unidade de saúde, pode levar de 12 a 24 horas. Até o momento, a menina passa bem.

Outros políticos

A situação da criança também causou reação em políticos de diversas partes do Brasil, que usaram a internet para se posicionar a respeito do caso. 

"A reação dos fundamentalistas na questão do estupro da menina de 10 anos é de obscurantismo medieval.  Histeria fanática. Calam sobre o estupro e ameaçam médicos que praticarem aborto legal, com risco iminente de vida à menina, determinado pela justiça!", disse o deputado estadual do Rio de Janeiro, Carlos Minc (PSB). 

O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), também falou sobre o assunto. "Quero aqui manifestar minha solidariedade à equipe médica do Cisam, pela competência e comprometimento ético com quem cuidaram da menina de 10 anos, que precisou interromper uma gravidez de alto risco, depois de quatro anos sendo estuprada pelo tio", argumentou.

Entre parlamentares, houve quem se posicionou também contra o aborto, assim como Alberto Feitosa. "Infelizmente o bebê foi assassinado. Que o estuprador, responsável por tudo isso, seja punido com todo rigor da lei", disse a deputada estadual Clarissa Tércio (PSC).

LeiaJá também

--> Criança passa bem após procedimento de aborto no Recife

--> Frente evangélica repudia protesto contra menor estuprada

--> Sara Winter fere o ECA e expõe criança estuprada

--> #Gravidezaos10Mata: famosos se manifestam na internet 

--> Evangélicos protestam contra aborto de menina estuprada

A contagem regressiva para o aniversário de dez anos da One Direction está chegando ao fim! Isso porque, nesta terça-feira, dia 22, o perfil oficial da boyband britânica publicou uma foto sobre a data especial após pouco mais de quatro anos de inatividade.

A One Direction, composta por Harry Styles, Niall Horan, Liam Payne e Louis Tomlinson, foi criada no dia 23 de julho no reality show britânico X Factor. Na época, Zayn Malik ainda fazia parte do grupo e os cinco jovens conquistaram uma base de fãs muito rápido. Como legenda do post, o perfil declarou:

##RECOMENDA##

"Amanhã! Você e eu temos muita história #10YearsOf1D".

De acordo com a CNN, a boyband lançará uma série de conteúdos inéditos, como músicas raras, gravações ao vivo e remixes, em um site comemorativo, além de um vídeo especial. Pelo que parece, a ideia é relembrar a trajetória dos meninos, desde as audições individuais dos membros no X Factor até o anúncio do hiato, em 2015.

A publicação afirma que o público poderá acessar clipes, vídeos dos bastidores, participações em programas de TV e imagens raras da 1D. Além disso, a plataforma permitirá que o usuário crie uma playlist personalizada.

Por fim, o vídeo especial relembrará os momentos mais marcantes do One Direction e, sobretudo, vai celebrar a relação do grupo com os fãs. Que amor, né?

Ao longo dos seus 10 anos, a One Direction vendeu mais de 200 milhões de álbuns ao redor do mundo. Seu último lançamento foi Made in the A.M., de 2015.

O alinhamento internacional do Brasil aos EUA, marcado pela aproximação entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, lançou dúvidas sobre o empenho do governo brasileiro no aprofundamento da relação com o Brics, no momento em que o bloco completa uma década de vida formal e prepara sua 11.ª cúpula, nos dias 13 e 14 de novembro, em Brasília.

O acrônimo ainda tem peso para China e Rússia, potências que rivalizam com os EUA. Enquanto Pequim usa o Brics como tribuna na guerra comercial com os americanos, a Rússia, próxima a presidir o grupo, busca mais unidade política no bloco, algo improvável sob o governo Bolsonaro.

##RECOMENDA##

A crise na Venezuela divide o Brics. Enquanto Rússia, China, Índia e África do Sul reconhecem a legitimidade do regime de Nicolás Maduro, o Brasil segue os EUA no apoio a Juan Guaidó, opositor que tenta remover o chavista. O Brasil apelou aos aliados, mas não conseguiu inserir nas declarações mais recentes de reuniões do Brics nada contra Maduro. Após um levante de Guaidó fracassar, Maduro reforçou acordos com os russos e fez uma visita a Moscou.

Segundo informações de bastidores, o governo brasileiro desistiu de promover o "Brics Outreach", encontro ampliado dos chefes de Estado com países vizinhos. O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Oliver Stuenkel, especialista em relações internacionais, diz que por trás do imbróglio estaria uma questão político-ideológica sobre Caracas: a insistência em convidar, em vez de Maduro, o opositor Guaidó. O Estado procurou o Itamaraty para falar sobre os convidados, mas não obteve resposta.

"É uma perda de oportunidade, o Brasil poderia demonstrar liderança regional, convocar todos os presidentes para ficar cara a cara com Xi Jinping na sua cidade. Todos querem conhecê-lo. Seria um feito gigante do ponto de vista diplomático e mostraria que o Brasil é o centro da América Latina e pode pautar os temas locais", diz Stuenkel. "Faltou jogo de cintura e pegou mal."

Parlamentares que dialogam com embaixadores do Brics e fontes ligadas a diplomatas dizem que, nos bastidores, há ceticismo em relação ao empenho brasileiro no bloco e já foram questionados até sobre uma eventual saída, algo rechaçado por diplomatas brasileiros e considerado improvável por estudiosos, por ser um gesto de hostilidade ao maior parceiro comercial do País - a China - e pela perda de acesso ao capital do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como banco do Brics.

Os diplomatas brasileiros têm se desdobrado para manter o pragmatismo e demonstrar que a cooperação no bloco não deixou de ser prioridade. O mote proposto pelo governo destoa de intenções políticas. De forma pragmática, o Brasil propôs cooperações em ciência, tecnologia e inovação, economia digital, combate à lavagem de dinheiro e narcotráfico, além de aproximar o NDB do empresariado.

Apesar disso, há alguns sinais que preocupam as autoridades. O governo não promoveu campanhas de comunicação sobre o Brics, ao contrário de governos anteriores, que usaram o evento para demonstrar prestígio internacional.

A um mês de receber os chefes de Estado da Rússia, Vladimir Putin; da China, Xi Jinping; da Índia, Narendra Modi; e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Jair Bolsonaro prepara um encontro que corre o risco de ter uma pauta esvaziada em temas políticos e acordos práticos.

Embora as negociações possam evoluir, há previsão de assinatura de apenas um memorando de entendimento técnico, no âmbito da Agência Brasileira de Promoção de Investimentos e Exportações (Apex-Brasil). Numa agenda de impacto turístico, o governo já anunciou que estuda isenção de visto para chineses e indianos - o que já não é exigido de russos e sul-africanos.

Atrasos

Mas houve percalços até mesmo na principal aposta: a abertura do Escritório Regional das Américas do NDB. Embora tenha apoio da oposição, Bolsonaro demorou sete meses para encaminhá-la à Câmara. O acordo ficou três meses parado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, sem que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, que chefia a comissão, tivesse tomado conhecimento do texto.

Aprovado na semana passada, o acordo ainda precisa passar por duas comissões (Finanças e Tributação; Constituição e Justiça e de Cidadania) antes de ser votado em plenário para posterior deliberação do Senado. Até a cúpula, o escritório corre o risco de não ter ainda funcionamento pleno.

No círculo de aliados do presidente, há quem questione a prioridade do banco, mas prevaleceu, por enquanto, a defesa feita pelo Ministério da Economia. "A gente vai encerrar o ano, o Brasil está presidindo o grupo e ainda não temos o escritório. Sem admitir que foi pressionado, o governo pelo menos mandou o texto do acordo", disse a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), presidente da frente Parlamentar do Brics. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Microsoft resolveu celebrar os 10 anos de Minecraft com uma novidade para os fãs. Minecraft Earth é um game feito para mobile que vai permitir ao jogador explorar a vida real e transformá-la em blocos para o jogo. Usando um sistema de realidade virtual parecido com o do Pokemon Go, o título poderá ser baixado gratuitamente.

O jogador deve explorar seu próprio bairro ou cidade para encontrar blocos e mobs exclusivos para suas construções. Depois de consegui-los, qualquer superfície plana é uma oportunidade para construir. Apesar da mecânica ser parecida com o jogo dos monstrinhos, Minecraft Earth permite ao usuário não apenas coletar blocos, mas colocá-los no mundo real - em tamanho real.

##RECOMENDA##

Há também um modo de batalha IRL mobs. O jogador pode criar novos itens, reproduzir mobs, cultive, sozinho ou com a ajuda de outros jogadores. O jogo vem com uma tecnologia de rastreamento AR AR Azure Spatial Anchors e a integração PlayFab para dar vida à experiência. A versão final do game deve ser lançada no final do ano para smartphones, mas para quem quiser experimentar a versão beta ficará disponível em agosto.

Confira o vídeo

[@#video#@]

LeiaJá também 

--> Os 10 jogos mais esperados do ano

--> Games também têm representatividade LGBT

--> Anos 10 é marcado por jogos de enredos densos

Em 7 de março de 2009, Neymar estreou pelo Santos com o sonho de um dia suceder Messi e Cristiano Ronaldo no posto de melhor jogador do mundo e de ser ele o protagonista. Exatos dez anos depois, o atacante brasileiro continua em busca de ganhar a premiação da Fifa, porém já vê uma nova geração de concorrentes o ameaçar, como os franceses Mbappé e Griezmann e o croata Modric, vencedor da última edição do prêmio.

Embora vitorioso nos clubes por onde passou e nome indispensável na seleção, Neymar ainda não conseguiu atingir as metas mais ousadas que traçou. Além do prêmio de melhor do mundo parecer distante, principalmente para quem no momento está machucado, os planos de ganhar uma Copa do Mundo e de vencer a Liga dos Campeões com o Paris Saint-Germain ainda estão na fila de espera - seu time foi eliminado em casa, quarta-feira, pelo Manchester United e deu adeus ao torneio europeu.

##RECOMENDA##

O craque sofreu com lesões nos momentos mais decisivos da carreira. Durante a Copa de 2014, no Brasil, uma fratura na vértebra o tirou da semifinal e por pouco não causou estrago maior. No Mundial do ano passado, ele não se apresentou na forma ideal por ter sofrido uma fratura no pé direito, mesmo problema que atualmente o tirou de combate - viu a eliminação do PSG da beira do gramado do estádio em Paris.

"Eu enfrentei dificuldades que são complicadas na vida de um atleta. Seja ela derrota, sejam lesões. É como agora. Estou passando por um momento difícil, óbvio, mas tiro forças disso. Porque quero voltar melhor, mais forte", disse Neymar à Rede Globo recentemente.

O momento ruim, porém, não diminui os feitos obtidos pelo atacante brasileiro ao longo da década. Neymar se tornou um jogador valioso, realizou o sonho de vestir a camisa do Barcelona, conquistou uma Liga dos Campeões pelo clube espanhol ao lado de Messi e encheu várias pessoas de orgulho. Neymar já encantou o mundo algumas vezes com seu talento.

INÍCIO - O descobridor e primeiro técnico do jogador, Roberto Antônio dos Santos, o Betinho, encontrou o menino Neymar com seis anos e o levou para o futsal. "O Juninho (Neymar Junior) é a pessoa mais dedicada que conheço. Ele sempre foi disciplinado, obediente e inteligente. Muita gente não sabe o quanto ele é um cara simples", conta.

Assim como Betinho, outras pessoas que conheceram Neymar no começo da carreira o defendem das críticas comuns sobre seu comportamento. Alguns estigmas como festeiro, mimado e cai-cai podem atrapalhar a reputação do atleta, mas são confrontados por quem conviveu de perto com o astro.

O técnico Marcelo Martelotte era auxiliar do Santos na época da primeira crise pública do jogador, a desavença com Dorival Junior sobre um pênalti. "Aquilo foi um episódio isolado. Ajudou no seu amadurecimento. Neymar passou a entender o quanto suas atitudes refletem na carreira", diz.

Martelotte garante que Neymar é um jogador empenhado ao seu trabalho. "Ele sempre gostou de treinar e de querer evoluir em tudo. O Neymar que eu conheço é um cara muito obstinado", comentou.

O próximo sábado vai marcar dez anos de um momento crucial para a economia global: a quebra do banco Lehman Brothers, considerada o início oficial da crise originada na farra de financiamentos imobiliários nos EUA, que, num efeito dominó, derrubou mercados de todo o mundo. Por aqui, o tsunami foi apelidado de "marolinha" pelo governo da época, após medidas de estímulo terem amenizado a recessão. No entanto, uma década mais tarde, enquanto o mundo surfa uma onda positiva, o Brasil ainda luta para se livrar de uma das maiores crises de sua história. E a gênese dessa troca de papéis pode estar precisamente no remédio aplicado pelo País em 2008.

O problema, segundo economistas ouvidos pelo Estado, reside menos nas medidas tomadas há dez anos - liberação de dinheiro de bancos públicos, cortes de impostos e incentivo ao consumo -, mas na insistência em aplicar o mesmo remédio sempre que a economia deu sinais de desaquecimento desde então. "Quando o Brasil voltou a apresentar problemas, no início do governo Dilma Rousseff, a equipe econômica dobrou a aposta. E repetiu o que foi feito em 2008 e 2009, mas numa situação fiscal totalmente diferente", diz Samuel Pessôa, economista do Ibre/FGV.

##RECOMENDA##

Em outras palavras: a política econômica virou um "samba de uma nota só", levada no batuque da intervenção estatal. A crise de 2008 ajudou a justificar essa fórmula de expansão, pois vários mercados maduros, EUA à frente, endureceram a regulação e injetaram dinheiro na economia, lembra o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita. "A crise de 2008 foi, de certa forma, equivalente à queda do Muro de Berlim. Se a queda do muro provou que o socialismo real tinha falido, a crise financeira validou, para pessoas de um certo viés ideológico, que o neoliberalismo teria falido", compara.

A turbulência no mundo desenvolvido foi o pretexto para pôr em prática uma posição que era latente no governo Lula desde 2006 - como indicou a escolha de Guido Mantega para substituir Antonio Palocci no Ministério da Fazenda. Do ponto de vista intelectual, a disposição do PT em fazer do Estado o motor central da economia e o fato de a crise ter sido originada na frouxa regulação bancária lá fora juntaram a "fome com a vontade comer", na visão de Simão Silber, professor da FEA/USP.

O governo, porém, não comprou sozinho a tese de que a intervenção era necessária, afirma Sérgio Lazzarini, professor do Insper e autor do livro Capitalismo de Laços. "Virou uma cartilha de ação estatal, de apoio e de promoção", lembra. "Na época eu lembro de conversar com empresários que diziam: 'É isso mesmo, esse é o nosso modelo'. E perguntavam: 'você quer ser igual aos Estados Unidos'?". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alexander Soljenítsin, um dos mais célebres escritores do século XX e símbolo da oposição ao regime soviético, parece um pouco esquecido pelos jovens russos, dez anos após sua morte.

"Soljenítsin é um dissidente, alguém que se opôs ao regime soviético, e um grande escritor", resume Sania Poliakovski, de 23 anos, estudante de Relações Internacionais em Moscou, reconhecendo, porém, nunca ter lido nada do autor, falecido em 3 de agosto de 2008.

##RECOMENDA##

"Falaram um pouco dele no colégio, no curso de Literatura e no curso de História, mas eu não me lembro muito", completou o jovem.

Dando a entender que os professores não se atêm muito sobre a obra de Soljenítsin, Sania comenta: "foi minha mãe que me explicou que se trata de um dos maiores escritores do século XX".

A diferença de interesse entre as gerações é flagrante. Sua mãe, Elena, lembra-se com emoção de ter descoberto um livro de Soljenítsin escondido na biblioteca de casa na época soviética.

- Fruto proibido -

"Eu era adolescente, e meus pais me explicaram que não podia dizer para ninguém que tínhamos esse livro em casa. Isso tinha o gosto do fruto proibido! Tudo isso foi um outro tempo, que meu filho nem consegue imaginar", conta ela.

Sania é um exemplo típico de uma jovem geração na Rússia que não sabe muito sobre o período soviético e ignora quase tudo de Soljenítsin, grande figura da dissidência na então URSS, Prêmio Nobel de Literatura em 1970 por seus romances e escritor de renome mundial após o lançamento de "O arquipélago Gulag" em 1973, uma obra monumental sobre os campos stalinistas.

"Em uma turma de 30 alunos, no máximo dois, ou três, leram um livro de Soljenítsin. A maioria não sabe nada dele", lamenta Alexandre Altunian, professor na Faculdade de Jornalismo da Universidade Internacional de Moscou.

Obras do escritor aparecem em programas de aulas nas escolas, mas cada professor decide quanto tempo dedicará ao autor e, na falta de tempo, seu estudo é, com frequência, limitado ao mínimo, reconhecem vários docentes do Ensino Médio.

Já aqueles que insistem nos escritos de Soljenítsin o fazem, em geral, por questões morais e políticas.

- 'Necessidade' de Soljenítsin -

"Precisamos muito ler Soljenítsin hoje, no momento em que se multiplicam as tentativas de negar as repressões stalinistas, no momento em que alguns afirmam que nada de terrível aconteceu naquela época", defende Olga Maïevskaïa, professora de Russo e de Literatura Russa.

Olga dedica várias aulas a obras literárias de Soljenítsin, como "A casa de Matriona", e a outras que tratam da temática dos campos e das repressões, como um "Um dia na vida de Ivan Denissovitch" e "O arquipélago Gulag".

"Eu cito para meus alunos as passagens mais fortes do 'Arquipélago Gulag'. O que é inacreditável, o que não contamos para eles nos cursos de História. É a História do nosso país! É preciso que eles a conheçam para que ela não se repita mais", alega Maïevskaïa.

Os esforços dessa professora vão na contracorrente da tendência dominante que vê na Rússia uma reabilitação crescente de Stalin e de todo período soviético, em paralelo a uma vontade de não insistir nas sangrentas repressões da época comunista, ou mesmo de ignorá-las.

No ano passado, uma pesquisa do instituto VTsIom sobre os "ídolos russos do século XX" colocava Alexander Soljenítsin em quinto lugar, atrás do ator e cantor Vladimir Vyssotski, do primeiro cosmonauta Yuri Gagarin, do marechal Gueorgui Jukov, herói da Segunda Guerra Mundial, e de Stalin.

O ano de 2018, décimo aniversário de sua morte e do centenário de seu nascimento, será marcado pela organização de várias exposições e pela inauguração de uma estátua do escritor na rua que leva seu nome em Moscou.

Um ataque com carro-bomba matou 11 pessoas, entre elas um menino de 10 anos, nesta terça-feira (31) no vilarejo de Colonia, na província de Basilan, no sul das Filipinas. O Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Entre as vítimas estão um soldado, cinco membros de grupos paramilitares, quatro civis, entre eles a criança de dez anos e sua mãe, e o motorista do furgão. Outros seis soldados filipinos e um paramilitar ficaram feridos, segundo autoridades locais.

##RECOMENDA##

Testemunhas relatam que a van que explodiu foi parada em um posto de controle militar. Ao perceberem uma atitude estranha do motorista, os soldados chegaram a pedir reforço mas o furgão foi detonado antes da chegada de mais pessoal. A identidade do motorista está sendo investigada por autoridades locais.

O ataque acontece uma semana depois de o presidente do país, Rodrigo Duterte, ter assinado uma lei dando maios autonomia que dá mais autonomia à região de maioria islâmica no sul do país, onde está a ilha de Basilan, que tinha como objetivo estabelecer a paz na área, em que diversos grupos rebeldes operam. O porta-voz da presidência, Harry Roque, classificou o ataque como um "crime", com "uso ilegal da força, mesmo em tempos de guerra".

Da Ansa

"Eu realmente aprendi a lidar com a dor", responde Ana Carolina Oliveira, de 33 anos, com naturalidade, já na primeira pergunta sobre os 10 anos sem a filha Isabella Nardoni. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a mãe da menina diz que superou a tragédia e refez a vida. Está casada, tem outro filho de 1 ano e (quase) 10 meses, o Miguel, e faz planos de engravidar de novo. "A memória dela, para mim, é eterna. Tenho saudade, é claro, mas hoje não é uma ferida tão aberta."

O assassinato de Isabella, em 29 de março de 2008, atraiu holofotes do Brasil inteiro e até houve pedido para a Justiça transmitir ao vivo o julgamento. Parte da repercussão se explica: o júri entendeu que os autores do crime foram o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, condenados a 30 e 26 anos de cadeia, respectivamente. Os dois alegam inocência, e a defesa recorre no Supremo Tribunal Federal (STF).

##RECOMENDA##

"Quem cometeu era quem deveria protegê-la", afirma a mãe, que prefere mudar de assunto a falar do casal. Concorda com a Justiça e acredita que os dois são culpados. "Uma pessoa que comete um crime desses deveria ficar presa o resto da vida dela", diz. "Deles, tenho dó."

Em duas horas de conversa, Ana Carolina mostra ser extrovertida. É mais fácil vê-la fazer piada do que chorar. Emocionou-se uma vez, ao contar que Isabella, estirada no jardim, ainda estava viva quando ela chegou ao Edifício London, o prédio dos Nardoni. "Acredito que me esperou para se despedir."

Família

Isabella sorri em dois porta-retratos na estante da sala. Na parte de baixo do móvel, estão um Fusca, uma Kombi e mais carrinhos de brinquedo do irmão, Miguel, que não teve chance de conhecê-la. Outra foto da garota decora a geladeira. "Isa, te amaremos eternamente", diz a mensagem escrita nela. O apartamento fica a cerca de 1 km do London. "Meu marido trabalha ao lado do prédio", comenta Ana Carolina, sem dar importância à coincidência.

Evitar dramalhão é um traço recorrente do perfil de Ana Carolina que, nesses dez anos, chegou a ser alvo de críticas por desconhecidos que a julgavam "fria". "A Isa não gostava de me ver triste. Eu preciso seguir", ela dizia na época. Já os amigos a descrevem como uma mulher "forte" e que tem "dimensão da tragédia", mas optou por não se entregar. "Não preciso aparecer chorando na TV para mostrar que sofri", afirma hoje.

No luto, ela ficou sem comer, ganhou olheiras e evitou entrar no quarto que dividia com Isabella na casa dos pais. Fez terapia por anos. Uma década depois, segue no mesmo emprego de bancária. Também recebeu proposta para escrever um livro e, certa vez, negou autógrafo a uma garota. "Não sou celebridade", justifica. "É mais comum pedirem para dar um abraço. Aí, eu sempre dou."

O avô materno visita o túmulo de Isabella todo domingo. A mãe, por sua vez, não costuma ir ao cemitério "A memória dela é muito além de uma campa", diz Ana Carolina, que é espírita, doutrina que crê em reencarnação e não sacraliza o corpo. "Para um caso como o meu, é onde se encontra mais respostas."

Filhos

Conheceu o marido Vinicius Francomano, de 31 anos, às vésperas de ir estudar seis meses na Califórnia, nos Estados Unidos. Eles se casaram em 2014: Miguel nasceu dois anos depois. "Não houve menção a Isabella até o momento final, do beijo dos noivos", conta o reverendo Aldo Quintão, que celebrou a cerimônia na Catedral Anglicana de São Paulo. Nessa hora, tocou "Noites Traiçoeiras", do Padre Marcelo Rossi, em homenagem à menina: "O mundo pode até fazer você chorar/mas Deus te quer sorrindo".

"Tenho lembranças boas, e não de sofrimento", afirma Ana Carolina, que guarda roupas, calçados e brinquedos de Isabella. Entre eles, há um coelhinho de pelúcia com o qual ficou abraçada no velório da filha. "Por coincidência, Miguel estava brincado com ele outro dia."

As crianças, porém, não são tão parecidas assim. Isabella era corintiana. Miguel, palmeirense. Ela, quietinha, preferia ficar em casa e assistir a "Monstros S.A." ou "Procurando Nemo", seus filmes favoritos. Ele, agitado (já foi parar duas vezes na diretoria da creche), gosta mesmo de passear. "Sempre quis ter três filhos. Quero engravidar, no máximo, até o ano que vem, mas ainda preciso combinar com meu marido", ela ri.

Isabella morreu, aos 5, no ano que seria alfabetizada. Tinha o sonho de aprender a ler. Miguel está na fase de falar sem parar, imitando até propaganda. Outro dia, deixou todo mundo de boca aberta quando a campainha tocou. "Ó, pancainha", disse, trocando as sílabas. Isabella falava exatamente assim.

A saudade batia a porta dos torcedores rubro-negros. Há meses o Sport não jogava na Ilha do Retiro diante do seu torcedor. Porém, o reencontro aconteceu neste domingo (14), no tapete verde do reduto pernambucano, diante do argentino Atlético de Tucumán. Foi a disputa da Taça Ariano Suassuna, partida que abre a temporada leonina e faz uma homenagem a Ariano Suassuna, grande nome da literatura nacional.

Além de ser uma oportunidade para os torcedores apreciarem o futebol dos novos contratados do Leão, a exemplo de Marlone e Pedro Castro, o jogo marcou um reencontro especial. Os rubro-negros receberam com muito entusiasmo o técnico Nelsinho Baptista, campeão da Copa do Brasil em 2008, e que neste ano comandará o time recifense.

##RECOMENDA##

Quando a bola rolou, os quase 5 mil torcedores que compareceram ao estádio leonino viram uma boa movimentação dos meias e atacantes no primeiro tempo, mas quem marcou o primeiro gol do ano foi o lateral Sander. Na segunda etapa, o ritmo do Sport caiu, mas o Leão garantiu a Taça e arrancou aplausos dos seus torcedores. O meia Thomás ainda ampliou o placar para 2x0 e comemorou bastante a conquista.

O jogo

Logo no início da partida, o Sport aplicou um susto no Atlético de Tucumán. O volante Anselmo deu ótimo passe para Rogério que recebeu, abaixou a cabeça e finalizou. O chute acabou indo no centro do gol, facilitando a defesa do goleiro argentino.

Perto dos 10 minutos, após boa descida do Sport pela direita, quase saiu um golaço. O jovem Índio recebeu, levantou a cabeça e cruzou para Rogério. O atacante deu um belo voleio e assustou o goleiro Batalla aos dez minutos. Instantes depois, o próprio Rogério recebeu pela esquerda, tentou enfiar no meio para Marlone, mas a zaga argentina cortou.

O Sport se mostrava antenado na partida e apresentava boas investidas no ataque. O Atlético, por sua vez, dava espaço na marcação e trocava passes de maneira muito lenta. Aos 12 minutos, em mais uma tentativa rubro-negra, Fabrício deu bom cruzamento e o atacante André cabeceou com perigo no lado esquerdo do goleiro.

A conjuntura de um Sport buscando o ataque e de um Atlético lento em campo acabou resultando em gol. O Leão chegou bem pela esquerda, com Sander ultrapassando pela ala. O jogador rubro-negro poderia até cruzar, porém, resolveu bater forte e acertou as redes argentinas, abrindo o placar para o time pernambucano aos 34 minutos.

Segundo tempo

O Sport iniciou a segunda etapa incomodando a defesa argentina. Tanto os atletas de meio campo quanto os de ataque se movimentaram bem e trocaram passes com rapidez. A primeira tentativa de arremate veio com o volante Anselmo que, de longe, deu uma bomba, mas a bola ganhou altura e não assustou o arqueiro Batalla.

A resposta argentina aconteceu aos 15 minutos. Depois de bola levantada na área, a zaga do Sport não conseguiu cortar e a redonda acabou ajeitada para o centroavante Affonso. O número 9 do Atlético de Tucumán cabeceou e deu um susto no goleiro Magrão.

Próximo dos trinta minutos do segundo tempo, o ritmo do Sport caiu consideravelmente.  Cheio de alterações na segunda etapa, o Atlético apresentou mais disposição na marcação, mas não teve, até então, investidas ofensivas que levassem muito perigo à meta de Magrão.

Sobre os jogadores que entraram no time leonino, o meia Thomás até que teve boa movimentação, mas não finalizou bem e nem deixou os companheiros na cara do gol. Lenis, outro que entrou na segunda etapa, praticamente não apareceu.

Aos 35 minutos, por pouco não saiu um gol olímpico na Ilha do Retiro. Marlone, que voltou a vestir a camisa rubro-negra diante dos torcedores do Sport, cobrou um escanteio cheio de veneno e a bola beijou o travessão, dando um susto no goleiro Batalla.

No final do jogo, o meia Thomás, enfim, conseguiu apresentar uma boa desenvoltura na partida. Ele carregou a bola entre os marcadores e na entrada da área bateu bem de perna esquerda, ampliando o placar para 2x0 Foi o gol que definiu a partida e fez o Sport conquistar a Taça Ariano Suassuna 2018.

FICHA DE JOGO

Taça Ariano Suassuna

Local: Ilha do Retiro

Sport: Magrão, Fabrício, Ronaldo Alves, Durval e Sander; Anselmo e Pedro Castro (Tallyson); Índio (Lenis) e Marlone; Rogério (Thomás) e André. O técnico é Nelsinho Baptista.

Atlético de Tucumán: Batalla, Acosta (Romat), Osores, Cabral (Zárate) e Villagra; Álvarez (Milloc), Grahl (Freitas) e Núnez (Hechalar); Barbona (Melo) e Rodríguez (Cuello); Affonso. O técnico é Ricardo Zielinhski

Gols: Sander /Thomás

Cartões amarelos: Núnez / Rogério

Público: 4.933 pessoas

Renda: 90.475

Oficiais de imigração dos Estados Unidos seguiram na semana passada uma menina de 10 anos em situação ilegal, que sofre de paralisia cerebral, até um hospital no Texas e a detiveram para ser deportada depois de uma cirurgia, disseram defensores nesta segunda-feira.

A União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, em inglês) exigiu, em uma carta enviada a múltiplas agências governamentais a cargo de crianças imigrantes, que Rosa María Hernández seja entregue a seus pais, que vivem na cidade americana de Laredo, fronteiriça com o México.

"Separar à força Rosa María de sua família ocasiona sérios danos psicológicos e emocionais a ela e a seus familiares", disse a ACLU em sua missiva.

Além disso, deu ao governo até a tarde de terça-feira para libertar a menina antes de tomar "ações legais imediatas".

Hernández sofre de paralisia cerebral, uma doença do desenvolvimento do cérebro que afeta o movimento do corpo e o controle sobre os músculos.

Seu mãe a levou ilegalmente do México para os Estados Unidos quando tinha três meses para que recebesse um atendimento médico melhor, segundo relatos da mídia. Saíram de Nuevo Laredo para Laredo, cidade adjacentes na fronteira.

A menina viajou na semana passada de ambulância à cidade vizinha do Texas para uma cirurgia, acompanhada por um adulto da família que é cidadão americano.

Agentes de imigração pararam os dois em um posto de polícia e os seguiram até o hospital, onde monitoraram o seu tratamento e a levaram em custódia uma vez que recebeu a alta médica, segundo a ACLU.

A prisão causou indignação e questionamentos sobre as prioridades do governo de Donald Trump, diante das crescentes detenções de migrantes em situação ilegal.

Trump prometeu se focar naqueles que cometem crimes enquanto estão ilegalmente nos Estados Unidos.

Foram arrecadados, por sua vez, mais de 26.000 dólares na plataforma GoFundMe para colaborar com os gastos legais de Hernández.

A agência americana a cargo das crianças migrantes disse à AFP que não podia falar de um caso específico e o organismo de aduanas e proteção fronteiriça não respondeu um pedido de comentário.

Uma jovem de 17 anos foi condenada a 10 anos de prisão por ter assassinado seu próprio filho de modo cruel. Viktoria Kuznetsova abandonou a criança, de apenas 9 meses, por uma semana sozinho em casa, enquanto foi encontrar amigos e se divertir.

O crime aconteceu na cidade de Rostov, na Rússia. O bebê foi encontrado em casa após denúncias de vizinhos, que estranharam a falta de movimentação na residência. A criança morreu lentamente, de fome, segundo a polícia.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Ao ser questionada por diferentes pessoas sobre o bebê enquanto se divertia com amigos, Kuznetsova afirmava que ele estaria com uma tia. Ela chegou a fazer uma postagem sobre o filho após abandoná-lo. Quando foi presa, afirmou aos policiais que não queria cuidar da criança, que já tinha sido entregue para adoção quando tinha apenas um mês de vida, mas voltou para a guarda da mãe seis meses depois.

O pai da criança não estava em casa, pois tinha sido chamado para o serviço militar. A condenada pela morte do filho esperou que ele viajasse para abandonar a criança.

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) usou um menino norte-americano de 10 anos para enviar uma mensagem de guerra ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (23), informou o portal "SITE".

De acordo com a publicação especializada em propaganda jihadista na internet, o menino afirma que a "batalha terminará no seu território" e diz estar na cidade síria de Raqqa, considerada a "capital do califado" do Isis. A localidade foi recentemente alvo de um grande ataque aéreo feito pela coalizão internacional liderada por Washington, que deixou dezenas de civis mortos, e é um dos últimos redutos do Daesh.

Segundo o "SITE", o menino é filho de um soldado norte-americano que combateu na guerra do Iraque e que foi para a Síria por decisão de sua mãe.

Diversos analistas apontam que o grupo extremista, por conta de suas recentes derrotas, tem usado cada vez mais crianças para os combates.

Já o britânico "Daily Mail" publicou uma matéria afirmando que "os serviços de Inteligência" da Europa detectaram que o EI pretende fazer atentados terroristas contra igrejas no continente.

O grupo que fez o ataque em Barcelona, por exemplo, tinha como alvo maior a Basílica Sagrada Família, mas um incidente na produção das bombas fez a célular mudar de plano.

Os pais da menina britânica desaparecida em Portugal, Madeleine McCann, prometeram fazer "o que for preciso" para encontrar sua filha, enquanto marcam o décimo aniversário de seu desaparecimento.

"Pode ser que não seja tão rápido quanto queremos, mas está havendo um progresso real (...), só temos que continuar com o processo e fazer o que for preciso, pelo tempo que for necessário", disse a mãe, Kate McCann, em uma entrevista à BBC transmitida neste domingo.

Na quarta-feira são completados 10 anos desde que Madeleine, que tinha três anos na época, desapareceu do apartamento de férias de seus pais em um complexo da Praia da Luz, em Algarves, no sul de Portugal.

Apesar de uma ampla lista de suspeitos e de teorias sobre o que aconteceu, ninguém foi condenado por seu desaparecimento.

"Minha esperança de que Madeleine esteja ali fora continua sendo a mesma de há quase 10 anos", assegurou sua mãe.

A polícia britânica lançou uma nova operação para encontrar a pequena em 2011, mas foi interrompida em 2015. A Scotland Yard disse na semana passada que continua seguindo pistas "cruciais" da investigação.

"Desde que a polícia metropolitana começou sua investigação, tiraram de nós uma grande pressão, individualmente e como família", disse o pai, Gerry McCann.

"Depois da investigação portuguesa inicial ter sido encerrada, essencialmente ninguém mais esteve fazendo algo realmente ativo para tentar encontrar Madeleine", acrescentou.

O casal prometeu continuar sua batalha legal contra o ex-detetive Gonçalo Amaral, que alegou que Madeleine havia morrido acidentalmente e que os pais ocultaram o cadáver.

Kate McCann, de 49 anos, publicou nesta semana em sua conta do Facebook uma mensagem dizendo que ela, seu marido e seus dois filhos estavam "dando apoio uns aos outros nas próximas semanas".

"A maior parte dos dias é igual ao resto, mais um dia. Em 3 de maio de 2017, mais um dia. Mas 10 anos é algo horrível, um tempo roubado", escreveu.

O WikiLeaks comemora 10 anos nesta terça-feira e celebra o fato de ter iniciado o fenômeno das plataformas de internet dedicadas a divulgar documentos secretos, mas também recebe muitas críticas, enquanto seu polêmico fundador, Julian Assange pensa em seguir adiante.

"Os ataques contra nosso trabalho nos tornam mais fortes", declarou Assange à revista alemã Der Spiegel. Ele está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar uma extradição à Suécia. "Acreditamos no que fazemos e, quando estamos sob pressão, nos defendemos", disse Assange, que registrou o endereço Wikileaks.org em 4 de outubro de 2006.

##RECOMENDA##

O ex-hacker, que enfrenta uma ordem de prisão como parte de um processo de suposto estupro em 2010, participará em uma teleconferência com a imprensa nesta terça-feira com Berlim. Mas a aparição prevista para esta terça-feira do fundador australiano do WikiLeaks na varanda da embaixada do Equador em Londres foi cancelada por motivos de segurança.

Entre os vazamentos do WikiLeaks estão documentos sobre o funcionamento da prisão de Guantánamo ou detalhes sobre as operações militares americanas no Iraque e Afeganistão. E, sobretudo, a publicação em 2010 de dezenas de milhares de telegramas confidenciais das missões americanas no exterior, que derivou no "cablegate".

Mas, 10 anos após sua fundação, o site é criticado por aqueles que o acusam de ser objeto de manipulações, tanto de governos como de partidos políticos, e de falta de critério no momento de divulgar documentos. Assange tem sido acusado de servir aos interesses da Rússia, de reciclar documentos fornecidos por Moscou e até de favorecer Donald Trump durante a campanha à presidência americana.

"Não vamos começar uma autocensura apenas porque há eleições nos Estados Unidos", rebateu Assange na entrevista a Der Spiegel. Também recordou que já publicou documentos críticos sobre o presidente russo Vladimir Putin.

Em julho, pouco antes do início da convenção do Partido Democrata, o Wikileaks divulgou alguns dos 20.000 e-mails enviados por integrantes do partido, o que provocou suspeitas de uma possível parcialidade de líderes a favor de Hillary Clinton.

Assange se recusou a revelar como obteve os documentos. A Rússia é considerada suspeita por especialistas e líderes democratas - o próprio presidente americano Barack Obama não descartou a possibilidade -, mas Moscou negou qualquer envolvimento.

A organização, que tem seu nome formado pela união de "Wiki", que faz referência ao ideal de abertura e de autogestão proclamado pelo site Wikipedia, com a palavra "leaks", significa "vazamentos" em inglês, publicou em uma década mais de 10 milhões de documentos secretos fornecidos por diferentes pessoas e organizações.

O WikiLeaks foi um exemplo nos últimos anos, seguido, em particular, pelo técnico em informática Edward Snowden, que revelou as atividades de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana para espionar inclusive as conversas de líderes de países aliados dos de Estados Unidos.

O WikiLeaks pode alardear ter promovido o fenômeno dos vazamentos e da divulgação de documentos na internet, mas, em seu décimo aniversário, também é criticado por se deixar manipular e por falta de discernimento em suas revelações.

Refugiado há mais de quatro anos na embaixada do Equador em Londres para evitar a justiça sueca, seu fundador, Julian Assange, marcará na terça-feira os 10 anos do registro do nome do domínio, wikileaks.org.

##RECOMENDA##

Assange, que nega as acusações de estupro apresentadas no país nórdico, comparecerá ao balcão da embaixada e participará de uma teleconferência de imprensa retransmitida em Berlim, onde alguns fãs se reunirão.

O "Wiki" faz referência ao ideal de abertura e de autogestão proclamado pelo site Wikipedia, e "leaks" significa "vazamentos" em inglês.

A ONG publicou em uma década mais de dez milhões de documentos fornecidos por diversas fontes.

- "Cablegate" -

Suas façanhas abalaram mais de um governo, começando pelo dos Estados Unidos.

Em sua lista de vazamentos está o funcionamento da prisão de Guantánamo ou detalhes sobre as operações militares americanas no Iraque e no Afeganistão. E, sobretudo, a publicação em 2010 de dezenas de milhares de telegramas confidenciais das missões americanas no exterior, que derivou no "cablegate".

O WikiLeaks foi um exemplo nos últimos anos, seguido, em particular, pelo informático Edward Snowden, que revelou as atividades de vigilância da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) para espionar inclusive as conversas de líderes de países aliados.

Mais recentemente, os escândalos de "Luxemburgo Leaks" ou "Panama Leaks" em matéria de paraísos fiscais explodiram graças ao trabalho do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

E das mãos do Greenpeace foram divulgados documentos secretos das negociações comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos.

No entanto, todos estes casos demonstram não apenas que o WikiLeaks já não detém o monopólio, mas que alguns evitam inclusive realizar vazamentos através deste site.

Além disso, alguns opositores de Assange saíram de seu próprio círculo de colaboradores.

- Duras críticas -

É o caso do informático alemão Daniel Domscheit-Berg, porta-voz do WikiLeaks até que em 2010 deu uma guinada acusando seu mentor australiano de estar "obcecado com o poder".

"Contribuímos para uma mudança cultural normalizando a função de vazador", explica Domscheit-Berg à AFP. Mas o WikiLeaks está pagando por sua negativa em selecionar os documentos e publicá-los da forma bruta, acrescenta.

Nem Snowden, nem os vazadores do "Luxemburgo Leaks" passaram pela organização de Assange "e acredito que as pessoas que contactam atualmente o WikiLeaks o fazem porque o encaram como uma ferramenta que pode ser instrumentalizada", acrescenta.

Snowden, refugiado na Rússia, se expressou de forma parecida em julho passado, quando o WikiLeaks revelou milhares de e-mails de líderes do Partido Democrata dos Estados Unidos.

"A rejeição a qualquer tipo de seleção (de documentos) é um erro", julgou Snowden.

Assange foi acusado de servir aos interesses russos e de apoiar o republicano Donald Trump em sua corrida em direção à Casa Branca.

"Não vamos começar a fazer autocensura simplesmente porque há eleições nos Estados Unidos", disse Assange em declarações publicadas neste fim de semana pelo semanário alemão Der Spiegel, defendendo que também publicou documentos críticos a Vladimir Putin.

"Os ataques nos tornam mais fortes", advertiu.

O lateral-direito Daniel Alves está prestes a completar dez anos de seleção brasileira. Estreou em 7 de outubro de 2006, num amistoso contra o Kuwait FC, convocado pelo técnico Dunga. Desde então, disputou 96 partidas pela equipe, pode chegar ao centésimo ainda este ano e se diz bastante orgulhoso.

"Para mim, é sempre muito especial estar na seleção brasileira. Já é bastante tempo, são muitas vivências aqui, umas melhores do que outras. As que não foram tão boas serviram de aprendizado", disse o jogador em Manaus. "Espero que não pare por aqui, nessa marca de cem jogos, que grandes jogadores conseguiram."

##RECOMENDA##

Dani Alves, que recentemente trocou o Barcelona pela Juventus italiana, vai ser o capitão da seleção brasileira na partida desta terça-feira contra a Colômbia. Para ele, isso não representa um aumento da responsabilidade. "É uma honra muito grande representar os jogadores com a braçadeira de capitão, mas há várias lideranças no grupo, que precisa de um pouco de liderança de todos eles e aqui temos bastante disso."

Nesses dez anos, Dani Alves trabalhou com Dunga (duas vezes), Mano Menezes e Felipão. Agora, sob o comando de Tite, evita fazer comparações, mas admite que há algum tempo o ambiente na seleção não era tão leve, e que a confiança não era tão grande. "Fazia muito tempo que eu não sentia essa sensação. Todos aqui estão muito felizes, e ao mesmo tempo."

O lateral-direito, que será capitão da equipe na partida desta terça-feira contra a Colômbia, na Arena da Amazônia, admitiu que todos estão muito otimistas com o trabalho de Tite. "Estamos começando a viver momento pelo quais tanto lutamos, conseguir resultados, vitórias, passar boa imagem. Acredito que a parcela do Tite é o espírito bastante renovado, a experiência de carreira, de se reinventar a cada ano que passa."

Daniel Alves considera que não há segredo no trabalho de Tite. "A energia que ele tem contagia muito. Estamos felizes de tê-los conosco", concluiu o lateral-direito.

Figura emblemática no combate à violência contra a mulher, Maria da Penha afirmou, nesta segunda-feira (15), que o país avançou nas políticas públicas destinadas a questões do tipo, mas “ainda falta muito” a ser feito. De passagem pelo Recife, para receber a Medalha do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado Grau Grande Oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a farmacêutica disse que a interiorização das iniciativas voltadas para a mulher e o investimento na educação sobre ações que incentivem o respeito feminino podem ampliar os resultados da Lei nº 11.340/2006, que Maria da Penha nomeia e completa dez anos neste mês.

“Sabemos da dificuldade que é desconstruir uma cultura. Acredito que nós avançamos, mas ainda falta muito para que aja a desconstrução desta cultura e para que os gestores façam políticas públicas e a lei saia do papel”, frisou, em entrevista coletiva concedida antes da cerimônia. “A sociedade através das suas instituições estão se apropriando da lei, mas ainda falta muito. Por exemplo: interiorizar as políticas públicas que estão presentes nas capitais. A mulher, na maioria dos pequenos e médios municípios, não tem ao menos um centro de referência que possa orientá-la numa situação de violência doméstica”, acrescentou. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Para Maria da Penha, um dos principais meios de reduzir o índice de violência contra a mulher é investir em práticas educacionais a partir do ensino fundamental que conscientizem os cidadãos desde cedo. “Outro compromisso importantíssimo é a questão da educação, para que desde o ensino fundamental seja colocado esta questão do respeito à mulher, para que crianças, jovens e adultos sejam conscientizados. Se o gestor não faz as políticas públicas [voltadas para o perfil] é porque ele não tem consciência da importância da lei para a sociedade equilibrada”, argumentou. 

Dados do Mapa da Violência de 2015 indicam impacto positivo. Enquanto o índice de crescimento do número de homicídios de mulheres no Brasil foi de 7,6% ao ano entre 1980 e 2006, quando a Lei Maria da Penha entrou em vigor, entre 2006 e 2013 o crescimento foi de 2.6% ao ano. Em 2015, a Central de Atendimento à Mulher recebeu 76.651 relatos de violência. Entre esses relatos, 50,16% corresponderam à violência física; 30,33% à violência psicológica; 7,25% à violência moral; 2,10% à violência patrimonial; 4,54% à violência sexual; 5,17% a cárcere privado; e 0,46% ao tráfico de pessoas.

Sob a ótica dela, “sair da violência doméstica não é fácil, mas não é impossível”. “A facilidade só pode ser dada a mulher através das políticas públicas”, frisou. Já sobre as mudanças que estão em tramitação no Congresso Nacional, entre elas a emenda que dá aos delegados o poder de conceder medidas protetivas as mulheres assim que fizerem as denúncias ela disse que o grupo de Organizações Não Governamentais (ONGs) que idealizaram a legislação é quem deve decidir em consenso sobre o assunto. “Isso tem que ser discutido junto com esta equipe que trabalharam, estudaram e fizeram a lei”, resumiu. 

No dia em que a Lei Maria da Penha completa 10 anos de vigência, a Av. Paulista será palco de uma manifestação para comemorar a data, mas que também pedirá medidas que melhorem o atendimento às mulheres vítimas de violência no Estado de São Paulo. A principal exigência é de que Delegacias de Defesa da Mulher funcionem 24 horas por dia e sete dias por semana. Uma petição online já soma 20 mil assinaturas, de acordo com a ONG Minha Sampa, que organiza o evento.

"O governo do Estado precisa entender que violência não tem hora marcada. Hoje, 90% dos casos de violência contra a mulher nunca chegarão a ser investigados. Isso porque o fato de não existir atendimento 24h reduz o número de denúncias", afirma Anna Livia Arida, advogada e Diretora Executiva da Minha Sampa.

##RECOMENDA##

O evento está marcado para as 14 horas e terá início no Vão Livre do Masp, com uma caminhada até o trecho da avenida em frente ao prédio da TV Gazeta, onde haverá uma apresentação artística com 20 mulheres. Na cidade de São Paulo, nove delegacias oferecem atendimento especial para uma população de mais de 5 milhões de mulheres. No Estado inteiro, são 132 Delegacias de Defesa da Mulher. Nenhuma delas funciona 24 horas ou aos finais de semana.

Dez anos após a criação da Lei Maria da Penha, comemorados neste domingo, 7, delegacias da mulher ainda colocam a palavra da vítima em dúvida, se negam a registrar boletins de ocorrência e demoram até quatro meses para solicitar medidas protetivas para mulheres em risco. A desvalorização do relato daquelas que sofrem violência doméstica é feita também por policiais militares, advogados, promotores e juízes.

Camila, Maria, Fernanda e Solange são algumas das brasileiras que enfrentaram dificuldades ao buscar amparo de órgãos públicos mesmo após o surgimento da legislação criada justamente para protegê-las. "Da primeira vez que procurei a delegacia da mulher, em junho de 2014, já machucada, tudo que encontrei foram conselhos maternais e resistência para o registro do boletim de ocorrência. Disseram que eu ia prejudicar meu companheiro, que ele era trabalhador.

##RECOMENDA##

Saí de lá sem BO e me sentindo envergonhada", conta a jornalista Camila Caringe, de 29 anos.

Após sofrer agressões físicas e verbais por dez meses, ela decidiu sair de casa, mas o ex-companheiro continuou a persegui-la e a ameaçá-la. "Resolvi voltar para a delegacia da mulher e novamente não queriam registrar a ocorrência. Bati o pé e disse que de lá não saía sem o meu BO e uma medida protetiva", conta. Foi então que Camila conseguiu o auxílio que procurava, quase um ano após buscar ajuda pela primeira vez.

A faxineira Maria dos Santos, de 57 anos, também precisou aguentar inúmeros atos de violência até conseguir afastar o agressor, por meio de uma medida protetiva. Em 2011, ela e as duas filhas passaram a ser vítimas de murros, socos e chutes do filho mais velho. "Cansei de ligar para o 190, os policiais vinham e falavam que não podiam fazer nada, que não podiam prendê-lo porque ele não tinha me matado nem feito nada tão grave. Em 2012, comecei a ficar com muito medo e procurei a delegacia da mulher. Fiz o BO, pedi para tirarem ele de casa, mas nada aconteceu", diz.

Quatro meses depois, a faxineira foi espancada pelo filho. "Fiquei desesperada, cheguei chorando na delegacia e só então fizeram alguma coisa. No dia seguinte, veio um policial em casa para tirá-lo de lá."

Desfecho trágico

A falha na ação do Estado teve consequência ainda mais grave para a enfermeira Fernanda Sante Limeira, de 35 anos. Ameaçada pelo ex-marido desde que terminou o relacionamento, há seis anos, ela teve dois pedidos de medida protetiva contra ele negados pela Justiça.

No dia 22 de julho, foi morta pelo ex-companheiro com um tiro quando chegava ao trabalho. "Ela ia nos tribunais e ninguém ajudava, ninguém acreditava. Ela ficou apavorada, ia mudar de cidade, mas não deu tempo, coitadinha", diz Rosaria Lucia Sante, de 61 anos, mãe de Fernanda.

Nas análises judiciais dos dois pedidos de medida protetiva, os magistrados alegaram "fragilidade dos elementos probatórios" que justificassem a medida. Argumentaram que não havia depoimentos de testemunhas que comprovassem as ameaças relatadas por Fernanda. Mais uma vez, a palavra da vítima foi minimizada.

A atendente Solange Revorêdo, de 46 anos, foi agredida pelo marido, um policial militar, desde a primeira semana de casada. Ela só conseguiu denunciá-lo quando fugiu de casa, após 17 anos de agressões. Antes, já havia tentado por duas vezes registrar queixa na polícia. "Chegava na delegacia e me reconheciam, sabiam que meu marido era PM. Lá, me convenciam a não denunciar. Eu desisti e, ao chegar em casa, apanhei de novo, porque ele sabia que eu tinha tentado prestar queixa."

Rota crítica

Para a promotora Silvia Chakian, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), é "inadmissível" que, após dez anos de Lei Maria da Penha, os agentes públicos que atendem as vítimas não tenham capacitação adequada sobre a violência de gênero. "É o que chamamos de rota crítica: a mulher tem de convencer todos os agentes que, em tese, deveriam acolhê-la. Nesse momento, é crucial que ela seja bem atendida, para que não desista de denunciar."

Viviane Girardi, diretora da Associação de Advogados de São Paulo (AASP) e advogada na área de família, diz que os agentes públicos reproduzem uma cultura machista na qual a violência não é repudiada, mas justificada. "Muitas vezes a mulher vai denunciar a agressão e volta se sentindo culpada e em dúvida porque ouve perguntas sobre o que ela teria feito ao marido, por que só agora foi denunciar e até argumentos de que ele é um bom pai e ela iria prejudicá-lo."

Para Fátima Pelaes, secretária de Políticas para as Mulheres, a aposta do governo federal para melhorar a aplicação da lei é ampliar a rede de atendimento especializada e a capacitação dos profissionais, além de trabalhar na prevenção da violência doméstica. "É preciso trabalhar nas escolas e nos órgãos públicos a desconstrução do mito de que o homem é superior à mulher", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando