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Com receio de uma possível greve dos rodoviários, os usuários do transporte público da Região Metropolitana do Recife (RMR) estão atentos ao resultado da audiência Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PE), marcada nesta segunda-feira (23). A entidade vai mediar a discussão entre o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) e o Sindicato dos Rodoviários, com intuito de evitar a paralisação do serviço.

Confirmada na última terça-feira (17), após debate entre motoristas e cobradores dos coletivos, a estratégia do sindicato para reivindicar melhorias aos profissionais foi deflagrar a greve nesta terça (24). A categoria pede o fim das demissões, os reajustes salariais e do ticket alimentação, a compensação de horas extras trabalhadas e a oficialização da lei 18.671/2020, que proíbe o acúmulo de função aos motoristas.

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"É o momento de cruzar os braços por condições dignas de trabalho para a nossa categoria e exigirmos o devido respeito dos patrões. Assim iniciaremos a maior greve rodoviária da história de Pernambuco", indica o sindicato nas redes sociais.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira, repudiou a paralisação em meio à pandemia e garantiu que tenta negociar desde julho, mas a categoria mostrou-se inflexível. O representante frisou que, embora sancionada, a lei só entra em vigor a partir do dia 3 de dezembro e estipula apenas o fim da dupla função. Por isso, a determinação será cumprida, no entanto não está prevista a recontratação de profissionais. A intenção é reforçar a comunicação do sistema do cartão VEM, para que o motorista seja responsável apenas pela condução do veículo.

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O Consórcio Grande Recife de Transporte Metropolitano também aguarda o resultado da tentativa de conciliação proposta pelo TRT-PE para divulgar um esquema especial de operação. Caso não haja acordo, a entidade garante que vai reforçar as linhas de maior demanda, nos principais corredores da região, para minimizar o impacto aos usuários.

A quatro dias para a greve anunciada pelos motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana do Recife, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) afirmou que a mobilização é um "absurdo". Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Fernando Bandeira avaliou a lei municipal que proíbe a dupla função dos rodoviários e comentou sobre as possibilidades de reajuste da tarifa.

Sancionada pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), no dia 30 de outubro, após uma série de protestos do Sindicato dos Rodoviários, a Lei 18.761/2020 "proíbe o acúmulo de funções de motoristas de ônibus e cobrador de tarifas no transporte público coletivo do recife".  A categoria usa a decisão como recurso para pleitear a recontratação dos profissionais, vítimas de um movimento de demissão em massa nas garagens. "Como é que um sindicato convoca uma greve numa pandemia por uma lei municipal que nem está em vigor?", questiona o representante dos empresários.

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Sem intenção de recuperar os postos de trabalho, o presidente aponta que a determinação não estipula a volta dos cobradores. "Em momento nenhum a lei fala em recontratar cobrador, ela proíbe a dupla função", reforça. Mesmo com mais de 70% das linhas percorrerem a capital, ele classificou a greve como absurda, pois a norma tem efeito apenas no Recife e não em toda Região Metropolitana. "Tá completamente incoerente. A lei é municipal e ele [o sindicato] faz uma greve no sistema metropolitano, prejudicando mais de um milhão de pessoas numa pandemia. Ou seja, completamente foram de qualquer contexto racional. Acho um absurdo", criticou.

“Os rodoviários estão fora da realidade brasileira”

Bandeira explicou que a intenção é estimular o uso e qualificar o sistema do cartão VEM. "As cidades do Nordeste como, Fortaleza, Natal, Aracaju e Maceió, todas sem cobrador. É uma lei incoerente na minha maneira de ver [...], então não entendo esse movimento sindical, é estranho dessa maneira", comparou.

Além do fim das demissões, o Sindicato dos Rodoviários pede o aumento salarial, previsto para 2021, e a estabilidade de um ano no emprego. A Urbana-PE diz que tentou negociar a campanha salarial desde julho, mas os trabalhadores mostraram-se inflexíveis. "Novamente, o sindicato tá fora da realidade brasileira. Numa inflação de 3%, vou dar 29% [no salário]? Vou dar 79% de ticket? Isso não existe. É um absurdo", disparou o gestor.

Sem contraproposta, os empresários solicitaram adiar o realinhamento salarial por um ano. "Numa pandemia, você rodando com apenas 70% da sua frota, não tem condições nenhum em dar qualquer aumento salarial", reprovou.

Escalonamento seria a solução para conter pandemia

Questionado sobre a condição oferecida aos usuários em meio à pandemia, o presidente minimizou o risco de contágio da Covid-19 nos ônibus. "Como é uma viagem mais curta, se você operar com as janelas abertas, a contaminação é muito menor que restaurantes, shoppings e lojas. Então, você tem uma transmissão muito menor que em vários setores", considerou Bandeira, que propôs o escalonamento de horários do comércio, indústria, colégios e lojas para evitar o aumento de contaminações no Transporte Público.

De acordo com os cálculos da Urbana-PE, na pior fase da pandemia, em que as restrições impostas pelo Governo Estadual eram mais severas, a receita caiu para 25%. Após cerca de oito meses de combate à doença, a margem de arrecadação subiu para 70%. Porém, o representante dos empresários lamentou a falta de auxílio de todas as esferas do Executivo para mitigar os efeitos da Covid-19 no setor. Ainda assim, o representante garante que não há expectativa para o aumento no valor das passagens. "Nesse momento, isso não é possível", assegurou.

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Nesta terça-feira (17), o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife (RMR) debate sobre o reajuste salarial para 2021 e a volta efetiva dos cobradores aos coletivos. A reunião ainda vai abordar a adesão da categoria a uma possível greve, que pode ocorrer na próxima terça (24).

Com dois turnos, a Assembleia Geral Extraordinária ocorre na sede da entidade, no bairro de Santo Antônio, área Central do Recife. "As exigências são a retomada das negociações da campanha salarial, a aplicação da lei que proíbe a dupla função no Recife (mais de 70% das linhas percorrem a capital), a volta dos cobradores e a suspensão das demissões na categoria", destacou a assessoria do sindicato.

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Embora os rodoviários tenham comemorado a aprovação Projeto de Lei Ordinária (PLO) 05/2019, que garante que a função de cobrador seja exercida por um profissional específico no Recife, a decisão ainda não se refletiu nas ruas e parte dos trabalhadores segue desempregada.

Nessa quinta-feira (5), a Câmara Municipal de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), aprovou por unanimidade o projeto contra a dupla função dos motoristas rodoviários no município. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Bruno Pereira (MDB).

De autoria do vereador Deto de Lages (MDB), o projeto de lei 43/2020 segue os moldes da proposta aprovada no Recife e estipula o fim da aglutinação das atividades de cobrador e motorista aos rodoviários. A condição desagrada a categoria, que mobilizou uma série de protestos na capital pernambucana.

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Embora comemore o primeiro passo, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, aguarda uma posição favorável da Prefeitura para que o projeto entre em vigor. Ele também reforça que vai lutar pelos postos de trabalho dos cobradores em outras cidades da RMR.

“A dupla função é o maior retrocesso do transporte público e a população não pode sofrer com essa exploração que está sendo imposta pelos empresários de ônibus. Iremos partir para outros municípios e acabar com a dupla função aqui no estado, porque essa é a vontade do povo e dos trabalhadores. Vamos continuar firmes na luta para exigir um transporte de qualidade, e para isso é preciso a presença do cobrador nos ônibus”, garantiu.

Em resposta ao LeiaJá, a Prefeitura de São Lourenço da Mata explicou que a proposta ainda será avaliada. "Até o momento, a Câmara Municipal não recebeu o PL citado, que deve chegar em 10 dias. Com a chegada do Projeto, o posicionamento será feito, a partir da análise do texto e proposições", informa.

Após diversos adiamentos e muitas paralisações a lei que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus foi oficializada, neste sábado (31). A PL, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), foi sancionada pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB) e publicada no Diário Oficial do município, encerrando assim um ciclo longo de protestos.

De acordo com o texto, a partir de agora “Fica proibida a acumulação da função de cobrador de tarifas pelos motoristas de ônibus do transporte público coletivo do Município do Recife”.

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O projeto foi aprovado na última terça-feira (27), com 32 votos ao seu favor e apenas um contrário, do vereador André Regis (PSDB). A decisão marcou o fim da briga entre os consórcios, a classe rodoviária e poder Legislativo, que foi acentuada este ano com o aumento dos protestos realizados pelos trabalhadores dos ônibus.

Fim de um ano de luta

Desde 2019 o Sindicato dos Rodoviários vinha travando uma batalha para que motoristas não pudessem acumular também a função de cobradores durante as viagens. Por conta dos adiamentos da votação do projeto, os protestos feitos pelos trabalhadores aumentaram, com o objetivo de pressionar vereadores a votarem contra o exercício da dupla função. A categoria chegou a ser proibida pela Justiça de realizar manifestações após solicitação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE), mas a pressão deu resultado.

De acordo com o texto publicado, as empresas que descumprirem a proibição estabelecida na Lei terão sua concessão ou permissão cassadas, ficando impossibilitadas de participar de processo licitatório de serviços de transporte público coletivo municipal. A Lei entra em vigor após 30 dias de sua publicação oficial. 

Depois de a capital pernambucana ser palco de várias paralisações dos rodoviários que lutavam pelo fim da dupla função dos motoristas, a Prefeitura do Recife informou, nesta sexta-feira (30), que o prefeito Geraldo Júlio (PSB) já sancionou o PL 05/2019. O projeto de lei deve ser publicado no Diário Oficial da cidade neste sábado (31).

O PL 05/2019 foi aprovada pela Câmara Municipal do Recife no dia 27 deste mês, após meses de discussão em aberto e cinco adiamentos nas votações. De autoria do vereador Ivan Moraes Filho (PSOL), a PL conseguiu 32 votos a favor e apenas um contrário, do vereador André Régis (PSDB). 

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Ao longo dos adiamentos da votação do projeto, o Sindicato dos Rodoviários promoveu vários protestos na cidade com o objetivo de pressionar os vereadores a votarem contra o exercício da dupla função. A categoria chegou a ser proibida pela Justiça de realizar manifestações após solicitação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE).

Nesta sexta-feira (30), a Prefeitura do Recife confirmou que o documento foi sancionado e que tramitará normalmente nos órgãos técnicos do poder municipal.

Quem precisou fazer testes de Covid-19 no Centro de Convenções (Cecon), em Olinda, nesta terça-feira (27), encarou longa fila e muito tempo de espera. Motoristas que compareceram ao local, que funciona no esquema drive-thru, ficaram irritados com a instabilidade do sistema de coleta de dados, algo que tem sido recorrente.

De acordo com os profissionais da ação de testagem no Cecon, falhas operacionais impediram dar a devida assistência ao público. O sistema apresenta instabilidade desde setembro, quando o serviço de testagem foi lançado. O LeiaJá esteve no local na segunda-feira (26) e o atendimento estava suspenso porque o sistema estava fora do ar. A instabilidade voltou a ocorrer nesta terça-feira (27).

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Em entrevista ao portal, a advogada Camila Soares reclamou do tempo que passou esperando ser atendida. "Cheguei ao meio-dia. Fila travadíssima. Eu estive no local ontem e me disseram que o sistema estava fora do ar", disse ela por volta das 15h.

Segundo a professora Vanise Souza, que também aguardava atendimento, a busca pelo serviço se transformou em um transtorno. "A gente fica escutando: 'ah, tenham paciência'. A questão nesse caso não é de ser paciente, mas de serem ágeis. O que deve ficar claro é que eles têm que ficar sabendo da mobilidade das pessoas, que aparecem por aqui de ônibus, metrô. Não tem sentido isso. Para que chama as pessoas para fazer testes se você não dá assistência ao local?", criticou.

Cada motorista que estava na fila do lado de fora do Centro de Convenções era orientado a ir a outros pontos de testagem. Além das pessoas nos automóveis, os demais interessados que chegavam ao espaço receberam as mesmas recomendações de procurarem suporte em outro local.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou: "Nas últimas semanas, houve ampliação da equipe de testagem e de digitação, que faz o cadastro do paciente, para dar maior vazão aos procedimentos. Contudo, a instabilidade no sistema do Ministério da Saúde (MS), que tem apresentado lentidão ou ficado fora do ar, acaba gerando demora na assistência".

"A equipe tem buscado agilizar o preenchimento da ficha por aqueles que buscam o Centro e informado sobre essa instabilidade", afirma a secretaria. Atendendo cerca de 400 pessoas por dia, conforme dados da SES, o Centro de Convenções funciona de domingo a domingo, das 8h às 17h. As pessoas também podem solicitar a realização dos testes por meio do aplicativo Atende em Casa ou no site oficial da campanha.

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Durante sessão plenária desta terça-feira (27), o Projeto de Lei (PL) 05/2019, que prevê o fim da dupla função dos motoristas de ônibus no Recife, foi aprovado amplamente pela Câmara dos Vereadores. Após meses de discussão em aberto e cinco adiamentos nas votações, o PL conseguiu 32 votos ao seu favor e apenas um contrário, do vereador André Regis (PSDB).

A partir de agora, o texto aguarda parecer da comissão de redação e o prefeito da cidade, Geraldo Júlio (PSB), terá até 15 dias úteis para sancionar.

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A priori, o projeto entrou para a primeira discussão durante a sessão, e conseguiu aprovação parcial com margem ampla. Isso acontece, pois, depois de discutido e votado, segundo os critérios da legalidade e constitucionalidade, caso seja aprovado, ele passa para uma segunda discussão.

No caso do PL 05/2019, a segunda sessão plenária, que discutiu o mérito do projeto, aconteceu de imediato e durou menos de 10 minutos. 

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Com esse avanço, caso sancionado, a aprovação significará o fim da briga entre consórcios, classe rodoviária e Legislativo, que vinha sendo razão de conflito desde de 2019, e que se acentuou este ano, com os protestos dos rodoviários para pressionar o Legislativo.

O Sindicato dos Rodoviários e apoiadores contestavam o acúmulo de função e a demissão de cobradores em larga escala, que segundo a classe, somou mais de três mil desligamentos.

Nas redes sociais, o autor do PL, Ivan Moraes (PSOL), comemorou a aprovação e fez apelos ao prefeito Geraldo Júlio, pedindo que ele dê atenção à causa. “Dia de vitória! Lutar ao lado dos Rodoviários e da população recifense é o que nos move. Proibir a dupla função é um marco nessa cidade. Um abraço em todas as trabalhadoras e trabalhadores rodoviários. Outro grande abraço em toda a população que usa o transporte público diariamente. A luta é por todos. O PL 5/2019 é uma realidade para proteger empregos e vidas. Estamos e continuaremos juntos”, disse, em sua página oficial do Facebook.

A Câmara dos Vereadores do Recife adiou, mais uma vez, a votação do projeto de lei 05/19, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), que pede a proibição da dupla função dos motoristas de ônibus. O texto, desta vez, foi alvo de uma nova emenda de plenário apresentada pelo vereador Davi Muniz e apoiada por mais 12 parlamentares. É a quinta vez que a apreciação do texto é adiada.

A dupla função executada por motoristas, que além de conduzir os veículos também cumprem a tarefa dos cobradores, foi alvo de diversos protestos do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, no Centro do Recife. No último mês, houve pelo menos três paralisações das atividades por uma manhã inteira. 

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O presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB), enviou o projeto novamente para as comissões temáticas. Entre os que assinaram a emenda, estão os vereadores Amaro Cipriano, Augusto Carreras, Eduardo Chera, Francismar, Natália de Mendo, Rodrigo Coutinho, Wilton Brito e Samuel Salazar.

A apresentação da emenda exaltou os ânimos da discussão do projeto. Ivan Moraes pediu que o presidente informasse o nome dos vereadores que assinaram a proposta e se colocaram contra a votação do texto hoje. Já Davi Muniz enfatizou que "este é um projeto que precisa ser visto e revisto". "Temos o direito de analisar e conversar. Ninguém está cancelando a votação, ela vai existir, mas precisamos analisar os prós e contras", disse.

"Aqui não há procedimentos secretos. Pelo bem da transparência é importante que a população saiba quem são os vereadores que apoiam essa emenda. Estou à disposição para conversar desde que apresentei a proposta", retrucou Moraes.

Outros vereadores fizeram questão de se posicionar sobre o assunto, como Aimé Carvalho, Luiz Eustáquio, Aline Mariano. Todos a favor da aprovação da proposta. "Essa estratégia de adiar não tem consonância com quem mais precisa, que são os trabalhadores. O adiamento faz com que não consigamos dar uma resolução com aqueles que esperam de nós essa parceria com a Câmara. É a mesma coisa de colocar um garçom para cozinhar e servir. Mesmo sendo regimental, está acontecendo uma manobra para que esse projeto não seja votado", argumentou Aline.

Candidato a prefeito do Recife, o coronel Alberto Feitosa (PSC), disse que vai acabar com o que chamou de "perseguição" aos motoristas de aplicativo que circulam pela capital pernambucana. Feitosa, que já se mostrou contra ao que classifica como "indústria da multa", declarou apoiar esses profissionais. 

"Você que é motorista de aplicativo, de táxi e cidadão de bem, a indústria da multa vai acabar, é a primeira coisa que eu farei ao assumir a Prefeitura do Recife", disse.

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Para Feitosa, isso é algo que tem que acabar, pois muitos motoristas sustentam suas famílias trabalhando com os aplicativos de transporte. "Pais e mães trabalhadores, que tiram o sustento desses aplicativos, não merecem passar por isso. A intolerância com esses motoristas é mais um capítulo do desrespeito da esquerda com o nosso povo", concluiu o candidato.

*Com informações da assessoria de imprensa

A Uber inaugurou, na terça-feira (4), um centro de higienização destinado aos motoristas e entregadores do aplicativo que funciona de segunda a sábado, das 9h às 18h, na Rua Padre Carapuceiro, 777, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A iniciativa permite que os trabalhadores informais façam a limpeza dos veículos e das mochilas de entrega usando um material que é aplicado também na limpeza de hospitais.

Os parceiros do aplicativo também podem retirar seus kits com itens de proteção e higiene como máscara, álcool em gel e desinfetante. Para fazer a higienização e ganhar o kit, os motoristas e entregadores precisam agendar previamente no site da Uber.

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A limpeza é gratuita e o processo dura, em média, até dez minutos para os veículos e três minutos para as mochilas. A solução não é tóxica e não tem cheiro. O Centro de Higienização também vai oferecer a aquisição e instalação de divisórias de proteção de PET dentro dos veículos.

Deputados alteraram o texto do projeto sobre o Código de Trânsito e ampliaram de cinco para 10 anos a validade da Carteira Nacional de Habilitação para motoristas profissionais, com idade inferior a 50 anos. A Câmara aprovou na terça-feira (23), o texto-base do projeto e está analisando nesta quarta-feira (24), os destaques, pedidos de alteração, à proposta. Concluída essa fase, o projeto seguirá ao Senado.

Um destaque do PSL retirou a redução do tempo de validade que tinha sido acrescida pelo relator Juscelino Filho (DEM-MA) ao texto enviado pelo Executivo. Agora, os motoristas profissionais ficarão enquadrados na regra geral, comum a todos, onde a CNH tem validade de dez anos para quem é menor de 50 anos; validade de cinco anos para quem tem idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos e de três anos para condutores com idade igual ou superior a 70 anos.

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Nenhum outro destaque foi aprovado até o momento. A proposta cria uma graduação sobre os pontos acumulados por multas, até que haja a suspensão do documento. A obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças, hoje exigida para menores de até sete anos, passou para até dez anos ou 1,45 metro de altura.

O texto tem origem no Executivo e foi entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso, em junho do ano passado. Originalmente, a proposta aumentava de cinco para dez anos a validade da CNH e de 20 para 40 pontos o limite para a suspensão da carteira. A intenção do presidente, ao apresentar a medida, foi atender a demanda de caminhoneiros, categoria que o apoiou nas eleições de 2018.

Empresas de quatro regiões do Brasil abriram vagas para motoristas que estiverem procurando recolocação no mercado de trabalho. O setor de transportes disponibilizou, na manhã da última sexta-feira (5), 2.485 empregos para condutores de veículos que tenham Carteira Nacional de Habilitação (CNH) das categorias B, E, D, B e E e também C e E. A média salarial pode variar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. O processo seletivo será realizado por meio da plataforma de empregos InfoJobs.

As oportunidades contemplam condutores de diversas áreas e requerem experiência e disponibilidade de horário e profissionais de diferentes níveis de escolaridade. Setores como entregas de cargas (caminhão ou carreta), documentos, encomendas, produtos de lojas (eletrodomésticos, eletrônicos, móveis, etc) e transporte de pessoas (ônibus e vans escolares) oferecem, em sua maioria, contratação em caráter efetivo, carteira assinada e período integral de trabalho. As vagas estão abertas nas regiões Sul (Porto Alegre-RS, Cachoeirinha-RS, Canoas-RS, Blumenau-SC, Xanxerê-SC, Catanduvas-SC, Pouso Redondo-SC, Curitiba-PR), Sudeste (São Paulo-SP, Guarulhos-SP, Santo André-SP, Barueri-SP, Cotia-SP, Salto-SP, Hortolândia-SP, Ribeirão Preto-SP, Bauru-SP, Rio de Janeiro-RJ, Contagem MG), Centro-Oeste (Brasília-DF) e Norte (Manaus-AM).

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Para participar dos processos seletivos, é necessário acessar a página do InfoJobs. A plataforma recomenda que os profissionais insiram currículo atualizado no cadastro, pois a maioria das empresas selecionam apenas perfis que contenham o documento do candidato anexado.

Devido à pandemia do coronavírus, o Detran-PE publicou portaria que autoriza os Centros de Formação de Condutores (CFC) a realizarem aulas através do ensino remoto. A mudança foi publicada nesta terça-feira (2) no Diário Oficial do Estado de Pernambuco.

Vale ressaltar que a mudança é válida apenas para as aulas técnico-teóricas e apenas enquanto durar a emergência de saúde pública que está sendo enfrentada em todo o mundo. O conteúdo, carga-horária e duração das aulas seguiram os mesmos critérios das aulas presenciais.

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A novidade fica por conta do sistema de identificação dos alunos, que será feito através de um sistema eletrônico de biometria facial, que irá identificar o aluno e o instrutor do curso para que a aula aplicada seja validada.

Para iniciar com o curso a distância, os alunos que pretendem tirar a habilitação precisão expressar que optam pela modalidade a distância nos Centros de Formação de Condutores (CFC).

Com informações de assessoria

Responsáveis por terem puxado os ganhos das locadoras nos últimos anos, cerca de 160 mil motoristas de aplicativos devolveram os carros alugados por causa do baixo movimento após a crise do coronavírus. Sem ter espaço, empresas estão alugando áreas de estacionamento. Para frear devoluções, o preço da locação foi reduzido à metade. E para quem insiste na entrega do carro são oferecidas tarifas de R$ 10 por semana para mantê-lo, ainda que parado.

"É como se a empresa alugasse minha garagem e eu ainda tenho de pagar", diz Daniel Marcílio, de 42 anos. Motorista do Uber desde outubro, ele aluga um modelo Fiat Argo da Localiza e pagava R$ 494 por semana, preço que caiu para R$ 247.

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Ainda assim Marcílio quis devolver o carro, pois estava fazendo em média cinco corridas por semana. Antes da crise eram dez por dia. "Me ofereceram ficar com o carro por R$ 10 e decidi esperar mais um pouco. Mas, se a situação não melhorar, vou devolver na próxima semana."

Paulo Miguel Junior, presidente do conselho da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), confirma que os pátios estão lotados e muitas empresas tiveram de alugar pavilhões e fazer acordos com estacionamentos e supermercados que estão com áreas ociosas para guardar parte das frotas. O setor abriga cerca de 10 mil empresas, com 75 mil funcionários.

"Temos frota de 997 mil veículos que normalmente estão em circulação, e ninguém estava estruturado para essa situação inusitada", diz Miguel. Segundo ele, só para uso de aplicativos havia 200 mil carros alugados, e 80% foram devolvidos. A locação diária, para consumidores comuns, caiu 90%. Para frotas terceirizadas, a queda foi de 20%.

Segundo o executivo, cada empresa passou a adotar estratégias de acordo com seu fluxo de caixa, mas, mesmo com promoções como a de tarifas de R$ 15 a R$ 50 para locação diária o movimento segue fraco.

A Localiza informa apenas que "conta com estrutura logística robusta para alocar sua frota" e que "em sua rotina de atividades já utiliza espaços de terceiros para abrigar temporariamente parte de seus carros em função da sazonalidade de demandas". Em relação às tarifas, afirma que a média diária por carro caiu de R$ 69,22 no primeiro trimestre para R$ 47 em abril.

Freio

A pandemia de coronavírus também vai frear o crescimento das locadoras. O setor saltou de faturamento de R$ 13,8 bilhões em 2016 para R$ 21,8 bilhões no ano passado. Neste ano, o resultado deve, no máximo, repetir o de 2019. A previsão inicial era crescer até 10%, diz o presidente da Abla.

Maior locadora do País, com frota de 323,3 mil carros, a Localiza divulgou sexta-feira que obteve lucro de R$ 230,9 milhões no primeiro trimestre, 9,5% superior ao de igual período de 2019. Mas admite que abril já foi fortemente impactado pelos efeitos da pandemia. A frota média alugada no mês passado teve redução de 33% em relação à media do primeiro trimestre, caindo para 105,2 mil veículos. O número de carros seminovos vendidos baixou de 38,3 mil ao mês no primeiro trimestre para 2,46 mil em abril. No período, várias das 652 lojas do grupo ficaram fechadas.

"Em razão da queda nos volumes do aluguel e da venda de seminovos, a companhia vem adotando medidas de redução de custos, despesas e investimentos" informa a Localiza. Também efetuou suspensões de contratos de trabalho e redução de jornada e salários de funcionários, além de ajuste de quadro. O grupo informa, contudo, que mantém caixa de R$ 2 bilhões.

A Movida, que também divulgou balanço na semana passada, registrou seu primeiro prejuízo trimestral desde a abertura do capital, em fevereiro de 2017. O grupo teve perda de R$ 114,4 milhões, ante lucro de R$ 42 milhões em igual intervalo de 2019.

Segundo o diretor financeiro da Movida, Edmar Lopes, o prejuízo é resultado da previsão de depreciação do valor da frota de 119 mil veículos, em razão da crise e da demora na retomada do mercado. "Antes desse efeito, nosso resultado era de R$ 55 milhões de lucro", ressalta. A empresa tem R$ 1,1 bilhão de caixa.

Segundo Lopes, o número de carros devolvidos não é tão significativo, pois a empresa, logo no início da pandemia, reduziu preços e criou novas tarifas de acordo com a quilometragem rodada. Também lançou tarifas reduzidas para a locação diária e vendas de seminovos pela internet, com entrega na casa do cliente. Ele acredita que, no pós-pandemia, haverá demanda maior de serviços por aplicativos e de locação individual, pois a tendência é de que, por algum período, muitas pessoas vão evitar o transporte público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro dia de quarentena mais rígida, no Recife e região metropolitana, contou com alguns motoristas tentando desrespeitar o rodízio de veículos. Apesar da chuva, muita gente tentou rodar entre as cidades de Recife e Olinda para realizar serviços não essenciais.

"Tem algumas pessoas que insistem em tentar  desrespeitar o decreto. Mas a CTTU tem condições de abordar praticamente todos os veículos. Quando percebemos que aquele veículo não é de alguém em um serviço essencial, a gente manda voltar", disse o coordenador de trânsito, Raí Eduardo.

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O agente aponta que, mesmo com as informações amplamente divulgadas, motoristas tentam passar com um número maior de ocupantes do que o permitido. "Estamos conscientizando todos, olhando principalmente a parte interna do veículo. Estamos observando se há mais de três pessoas. Quem está excedendo o limite a gente está solicitando que desça (do carro)", afirma.

O uso de máscaras também tem sido observado pelos coordenadores de trânsito. No bloqueio localizado em frente ao Chevrolet Hall, na fronteira entre as cidades irmãs, quem descumpre o decreto é orientado a fazer o retorno.

Alguns condutores acreditam que medida é necessária

Parado pelos agentes de trânsito o motorista Carlos José aproveitou para tirar dúvidas e elogiar o lockdown. "Eu acho que tinha que ter feito isso antes. A gente precisa respeitar", afirma. Ele reclama apenas das restrições impostas aos motoristas de aplicativos. "Se liberou para táxi, deviam liberar para Uber também", diz.

Já o motorista de aplicativo, Elias Nazário, acredita que todos deveriam entrar no rodízio. "Mesmo nestas condições, se a pessoa precisa resolver alguma coisa não deveria ser com o próprio carro. Chama o aplicativo, vai outro dia. Tem que ser assim sempre, par é par, ímpar é ímpar", afirmou.

O presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de Pernambuco (AMAPE), Thiago Silva, quer que o Governo de Pernambuco flexibilize o decreto anunciado nesta segunda-feira (11), para que os motoristas não sejam atingidos pelo rodízio de veículos no Recife em em outras cidades da Região Metropolitana. "Nós também estamos sofrendo, também estamos na UTI sem ter ajuda de ninguém”, aponta Thiago.

O presidente da AMAPE salientou ainda que “a idéia proposta é extremamente ruim porque a nossa atividade é considerada essencial e nós, motoristas de aplicativo, temos ajudado no transporte de médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde”.

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Thiago Silva aponta que a atividade de motorista de aplicativo é regulamentada e seria um retrocesso por parte do Governo de Pernambuco, nesse momento de pandemia, privilegiar os taxistas e permitir que eles circulem e tenham acesso às áreas de bloqueios, sem permitir a mesma circulação ‘livre’ dos motoristas de aplicativo. 

A quarentena imposta pelo governo vai restringir o trânsito de veículos, com a circulação separada por placas ímpares e pares, sendo instalados pontos de controle móveis e intermunicipais. O decreto determina a realização de ações de fiscalização e apreensão dos veículos sem autorização para transitar.

O presidente da entidade relata que eles têm passado bastante dificuldade financeira, já que desde o início da pandemia a movimentação caiu 90% e as pessoas estão trabalhando porque precisam levar o sustento para dentro de casa. 

Por conta de toda essa situação, a AMUPE deve entrar com um mandado de segurança coletivo, para garantir que os motoristas possam circular durante esse período de bloqueio. Uma carta aberta foi enviada ao governador Paulo Câmara. "Nós também estamos sofrendo, também estamos na UTI sem ter ajuda de ninguém. Por tanto, a gente pede sensibilidade do governo, no sentido de garantir que possamos circular durante esse período de rodízio porque o nosso serviço é essencial", pontua.

Prefeito frisou que decisão foi tomada em conjunto com o governo estadual, tendo por base estudos científicos sobre a curva de crescimento local da Covid-19. (Reprodução)

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Por meio de coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda (11), a Prefeitura do Recife detalhou algumas das medidas do isolamento social rígido que será adotado na cidade entre os dias 16 e 31 de maio, com o objetivo de diminuir as contaminações pela Covid-19. O secretário de Planejamento e Gestão, Jorge Vieira, informou que os motoristas de aplicativos também estarão sujeitos ao rodízio veículos. A fiscalização será apenas presencial e observará se há correspondência entre a numeração do final da placa (ímpar ou par) com a do dia semana. Os novos protocolos foram anunciadas pelo Governo de Pernambuco nesta segunda (11) e também valem para os municípios de Olinda, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Jaboatão dos Guararapes, que, junto com a capital, concentram a maior partes dos casos no estado. 

“Ônibus e táxis têm circulação liberada, assim como os veículos que prestam serviços essenciais. Aos demais, não serão aplicadas multas de trânsito para quem desobedecer as regras, mas essas pessoas serão orientadas a voltar para casa. Os que insistirem terão seus veículos apreendidos”, alertou Vieira.

O secretário informou que o Recife terá bloqueios para proibir a entrada de veículos de outras cidades. “Os bloqueios serão montados pelo governo do Estado, nas entradas dos cinco municípios envolvidos na regra nova”, destacou.

Embasamento científico

O prefeito Geraldo Júlio frisou que a decisão pelo formato e período do isolamento social rígido foi tomado em conjunto com o governo de Pernambuco, levando em consideração análises científicas do comportamento da curva de crescimento da Covid-19 na cidade e no estado. “Os dados científicos apontam, nessa segunda quinzena de maio, para uma aceleração muito rápida [do número de casos], então esse passou a ser o melhor período. Esse esforço adicional pode salvar muitas mães, pais, avós e filhos, essa é a coisa mais importante que a gente tem a fazer”, comentou.

De acordo com secretário de Saúde, Jailson Correia, o período de 15 dias de isolamento social foi o tempo de isolamento social rígido identificado como sendo o mais adequado às condições econômicas da população. “Essa dose é a máxima possível na conjuntura do Brasil, um país extremamente desigual. Em relação à duração da mesma maneira, o suficiente para garantir uma desaceleração da curva num tempo que é socialmente sustentável para as populações de baixa da renda da cidade. Nada disso vai funcionar se não houver um maciço engajamento social”, concluiu.

Parte dos rodoviários, que atua no Recife e Região Metropolitana, começou esta terça (31) mobilizada  em frente à garagem da empresa Transcol, em um movimento de protesto contra demissões em massa que estão sendo promovidas pelas empresas locais de transporte urbano. Através da página do Sindicato dos Rodoviários no Facebook, vídeos da manifestação e até uma transmissão ao vivo está em curso atualizando a situação. De acordo com o presidente do sindicato, Aldo Lima, estima-se que cerca de 10 mil profissionais serão dispensados.

Em entrevista à emissora TV  Clube, Aldo relatou que diversos profissionais se depararm com uma lista que informava quem estava sendo desligado das empresas, na manhã desta terça (31), ao chegarem para o trabalho. O presidente do sindicato afirma que as demissões estão acontecendo nas empresas Transcol, Pedrosa, Caxangá, Metropolitana e Itamaracá, entre outras. “Todas as empresas estão demitindo, estão nesse processo de demissão em massa. Mesmo que seja uma afronta legal, mas as empresas estão demitindo seus trabalhadores e estão jogando esses trabalhadores na rua da amargura”. Ele estima que cerca de 10 mil profissionais estão sendo desligados.  . 

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Aldo falou, também, que entre os demitidos estão cobradores, motoristas, funcionários de serviço gerais e manutenção, e que estes estão sendo dispensados sem seus direitos trabalhistas, como percentagem de Fundo de Garantia e rescisão. “Os trabalhadores estão perdendo os seus empregos em um momento como esse onde todos os empregos devem estar assegurados, a renda dos trabalhadores deve ser assegurada para poderem se alimentar. Nós estamos aqui querendo cobrar dos orgãos públicos e das empresas que revoguem essas demissões de forma imediata. Estamos flexíveis para discutir”. 

Procurada pelo LeiaJá, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco, Urbana, se posicionou através de nota. Confira na íntegra.

A Urbana-PE esclarece que o Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) enfrenta um quadro de dificuldades sem precedentes em sua história. A redução da demanda de transporte por ônibus já passa de 75% face às medidas impostas de isolamento social para conter a disseminação do Covid-19. Esse cenário de crise repercute diretamente na operação do serviço, uma vez que o modelo de custeio atualmente adotado depende, quase que exclusivamente, da quantidade de passageiros transportados e da arrecadação tarifária.

"Pra quem está perguntando como é ser motorista durante o coronavírus. Sabe quando o Titanic estava afundando e a banda continuava tocando? Então, nós somos a banda", diz publicação compartilhada nos últimos dias em redes sociais.

Com o avanço da pandemia, o temor de se expor ao vírus tem levado taxistas e motoristas de aplicativo a tomarem medidas de prevenção, como abdicar do ar condicionado e utilizar álcool gel e máscara. A situação também já tem levado alguns profissionais da área a evitar aeroportos e hospitais e, até mesmo, a deixar o ofício por tempo indeterminado.

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O motorista de aplicativo Wesley Coelho, de 32 anos, por exemplo, começou a utilizar máscara durante o trabalho há uma semana. "É preocupante sim (a situação), estou me protegendo com álcool e máscara. Acho que é uma maneira de me prevenir. Dizem que não é eficiente (usar máscara) mas também não faz mal", diz ele, que disponibiliza álcool gel para clientes há um ano e meio. "Vou usar luvas descartáveis a partir desta semana."

Coelho conta que passar o álcool gel se tornou uma das primeiras ações dos passageiros assim que entram no carro. Além disso, percebe uma redução no número de corridas nos últimos dois dias. "No começo, estranharam a máscara. Depois veem que não tenho sintomas e ficam mais à vontade."

Sócio de empresa de translado de turistas, o taxista Eli Alves, de 53 anos, teve cerca de 40 viagens canceladas desde o fim de semana. Ele chegou a enviar vídeos para hotéis e empresas com quem tem parceria para mostrar as medidas que intensificou e passou a tomar por causa da pandemia, pois cerca de 80% das corridas que atende costumavam ser de turistas.

Há cerca de 15 dias, Eli Alves pendurou pequenas embalagens de álcool gel nas laterais do carro, que se somam à outra maior, que já costumava disponibilizar e às máscaras que passou a oferecer. Além disso, também usa máscara quando busca clientes em aeroportos e tem um álcool gel de uso pessoal.

"Quando recepcionamos, já falamos que o ar condicionado não é aconselhado e que é a critério deles (dos passageiros). Mostramos o álcool e as máscaras - mas a maioria já desce (do voo) com elas", conta. "Todas pessoas que entram no carro têm como primeiro cuidado higienizar as mãos, a maioria sequer deixa pegar a bagagem, o que era de praxe. Estão evitando muito esses contatos, falam pouco."

Com o cancelamento de viagens Alves passou a trabalhar principalmente em um ponto de táxi no Bom Retiro, na região central de São Paulo. "O movimento aqui caiu uns 70%. Está terrível, um deserto", estima. "Estou vindo para a rua mais cedo e vou ficar mais tempo em exposição para tentar amenizar. Mas não está adiantando ficar mais tempo na rua porque não está tendo movimentação de pessoas."

"Terça e quinta-feira não se encontrava táxi parado nos pontos. Hoje (terça-feira, 17), tem 11 táxis parados só no meu ponto", comenta. "A média hoje no ponto foi de R$ 100 para cada motorista, sendo que se gasta em média uns R$ 60 de gasolina por dia. E tem mais o gasto para se manter na rua, com almoço, refeição. Praticamente está se saindo na rua para trocar dinheiro."

O taxista calcula ter reservas para se manter por quatro meses se a situação não mudar. "O governo precisa tomar medidas, porque os boletos continuam chegando. Quem é autônomo está esperando uma medida mais responsável do governo. É assustador o que está acontecendo."

Também por causa da pandemia, o motorista George Abbas, de 38 anos, decidiu deixar de fazer corridas na sexta-feira, 13. "Já andava com vidros baixos e com álcool em gel no carro. Agora dei uma parada no trabalho, pois não quero me arriscar e também pelo movimento estar super fraco."

"O povo questiona sobre fechar e ligar o ar condicionado, e eu sempre com o mesmo discurso: 'senhora, é por medida de segurança, minha e sua'", lembra. "Única medida que eu tomava era, se eu via a pessoa fungando muito, (com) coriza ou espirrasse, eu já logo abaixava os vidros do carro."

Ele decidiu não renovar o contrato de locação do veículo. "Sabia que íamos entrar numa crise e resolvi não renovar. Vou esperar isso tudo pra ver, mas vejo em grupos, motoristas de Uber falando que não estão fazendo nem o dinheiro do combustível e outros preocupados, pois pagam prestação do carro."

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