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A cantora e compositora Marília Parente se prepara para apresentar show autoral a partir das 21h da próxima sexta-feira (2). No evento, marcado para acontecer no Adupé Café, no bairro da Várzea, Recife, a artista artistas revisita referências do passado para propor novas possibilidades estéticas para a música nordestina.

"Minha pesquisa musical sempre foi norteada por expressões como o coco, o xote, o xaxado, o baião, o galope e o aboio. Acredito que o que me conecta a Juba nesse show são esses interesses em comum. Além de ter trabalhado com alguns desses ritmos no meu primeiro disco, 'Meu Céu, Meu Ar, Meu Chão e Seus Cacos de Vidro', também tenho me dedicado às composições para um novo trabalho, que aliam esse universo da canção brasileira às músicas pop e oriental, com as quais a música nordestina tem dialogado de forma mais intensa desde os anos 1960", comenta Marília Parente, que canta e toca violão, com o acompanhamento de Rodrigo Padrão na guitarra.

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No show, a artista apresenta canções autorais já conhecidas do público e outras ainda inéditas, que farão parte de seu novo trabalho. O espetáculo conta as participações especiais do violonista Lucas Oliveira, do coco Raízes do Capibaribe, primeiro projeto coletivo de Marília no Recife, bem como da flautista Aline Borba. Os ingressos já estão disponíveis no Sympla, por preços promocionais de R$ 20.

Serviço//Marília Parente no Recife

Onde: Adupé Café. Rua Amaro Gomes Poroca, 267, Várzea, Recife-PE

Quando: Quinta-feira (11/05), às 21h

Ingressos: R$ 20 (no Sympla)

Na apresentação, os artistas passeiam entre a música tradicional nordestina e novas possibilidades estéticas. (Carol Monteiro/divulgação)

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Personagens ativos na cena musical independente de Pernambuco, os cantores e compositores Marília Parente e Juba se preparam para apresentar show conjunto a partir das 19h da próxima quinta-feira (11). No evento, marcado para acontecer no Armazém de São Jorge, no bairro das Graças, Recife, os artistas visitam referências do passado para propor novas possibilidades estéticas para a música nordestina.

"Minha pesquisa musical sempre foi norteada por expressões como o coco, o xote, o xaxado, o baião, o galope e o aboio. Acredito que o que me conecta a Juba nesse show são esses interesses em comum. Além de ter trabalhado com alguns desses ritmos no meu primeiro disco, 'Meu Céu, Meu Ar, Meu Chão e Seus Cacos de Vidro', também tenho me dedicado às composições para um novo trabalho, que aliam esse universo da canção brasileira às músicas pop e oriental, com as quais a música nordestina tem dialogado de forma mais intensa desde os anos 1960", comenta Marília Parente, que canta e toca violão, com o acompanhamento de Rodrigo Padrão na guitarra.

O show será marcado pela presença de canções autorais já conhecidas do público e outras ainda inéditas. "É um espetáculo que reúne os universos dos artistas que se confluem com as referências da música setentista pernambucana e com a tradição do nosso estado. Apresento canções do meu disco 'Ethos', lançado em 2020, e músicas que serão lançadas no período junino, sempre conversando com a tradição pernambucana e com canais abertos para o mundo", acrescenta Juba, que também se apresentará com violão, ao lado de Phillippi Oliveira, na viola.

O evento conta com as participações especiais do cantor Bernardo Valença e da flautista Aline Borba. Os ingressos já estão disponíveis no Sympla, por preços promocionais antecipados de R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia). Na hora, o valor da entrada será de R$ 40.

Serviço//Marília Parente e Juba

Onde: Armazém de São Jorge. Rua das Graças, 178, Graças, Recife-PE

Quando: Quinta-feira (11/05), às 19h

Ingressos: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia), no Sympla; R$ 40 na hora

O Talibã ordenou que as companhias aéreas no Afeganistão impeçam as mulheres de embarcar, a menos que estejam acompanhadas por um parente do sexo masculino, informaram as autoridades da aviação à AFP.

As restrições contra as mulheres foram anunciadas depois do fechamento das escolas do Ensino Médio para meninas na quarta-feira (23) - poucas horas após a reabertura pela primeira vez desde a chegada dos islamitas radicais ao poder em agosto.

Dois funcionários das companhias aéreas Ariana Afghan e Kam Air afirmaram no domingo à noite que os talibãs ordenaram que não permitam às mulheres que viajem sozinhas.

A decisão foi adotada após uma reunião na quinta-feira (24) entre representantes do Talibã, das duas companhias aéreas e autoridades migratórias do aeroporto, informaram à AFP os dois funcionários, que pediram anonimato.

Desde seu retorno ao poder, os talibãs anunciaram várias restrições à liberdade das mulheres, geralmente aplicadas a nível local, de acordo com as autoridades regionais do ministério para a Promoção da Virtude e a Prevenção do Vício.

O ministério afirmou que não divulgou nenhuma diretriz para proibir as viagens de mulheres sozinhas em aviões.

Porém, a medida foi confirmada em uma carta enviada por um executivo da Ariana Afghan aos funcionários da companhia aérea após a reunião com os talibãs - a AFP obteve uma cópia da mensagem.

"Nenhuma mulher pode viajar em um voo local ou internacional sem um parente masculino", afirma a carta.

Dois agentes de viagens procurados pela AFP também confirmaram que pararam de emitir passagens para mulheres que viajam sozinhas.

"Algumas mulheres que viajavam sem um parente do sexo masculino não conseguiram embarcar em um voo da Kam Air na sexta-feira de Cabul a Islamabad", afirmou um passageiro.

Os talibãs já proibiram as mulheres de viajar sozinhas por estrada entre cidades, mas até agora elas tinham permissão para embarcar em voos.

O movimento islamita prometeu uma versão mais tolerante do rígido governo de seu primeiro período no poder, de 1996 a 2001.

Mas desde agosto, os talibãs reverteram duas décadas de avanços nos direitos das mulheres afegãs.

As mulheres foram excluídas da maioria dos cargos públicos e do Ensino Médio. Também são obrigadas a se vestir de acordo com uma interpretação estrita do Alcorão.

bur-qb-jd-fox/reb/mas/es/fp

Talibãs mataram a tiros o parente de um jornalista que trabalhava para a Deutsche Welle (DW) no Afeganistão e que era procurado pelos insurgentes, informou nesta sexta-feira (20) o canal público alemão em seu site.

Outro familiar do jornalista, que não teve a identidade revelada e que está na Alemanha, ficou ferido. Vários integrantes da família conseguiram fugir enquanto os talibãs seguiam de porta em porta.

"O assassinato de um parente de um de nossos editores pelos talibãs ontem (quinta-feira) é incrivelmente trágico e ilustra o grave perigo em que se encontram todos os nossos funcionários e suas famílias no Afeganistão", afirmou Peter Limbourg, diretor geral da DW, em um comunicado.

"Está claro que os talibãs estão executando operações organizadas de busca de jornalistas, tanto em Cabul como nas províncias. O tempo está acabando", completou.

A DW informou que os talibãs compareceram às residências de pelo menos três jornalistas da emissora.

O canal e outros meios de comunicação da Alemanha pediram ao governo de Berlim que atuem rapidamente para ajudar seus funcionários afegãos.

Depois de tomar o poder no Afeganistão em entrar em Cabul no domingo, os talibãs iniciaram uma campanha de Relações Públicas e prometeram respeitar a liberdade de imprensa, além de perdoar todos os opositores.

Porém, um documento confidencial da ONU, ao qual a AFP teve acesso, afirma que estão intensificando a busca de pessoas que trabalharam com as tropas dos Estados Unidos e da Otan.

Os afegãos não esqueceram o regime islâmico ultraconservador imposto pelos talibãs quando governaram de 1996 a 2001, com castigos brutais, como o apedrejamento até a morte.

A Polícia Civil de Goiás fez uma operação, nessa quarta (28), visando prender os responsáveis por furtar carros e dinheiro de uma vítima da Covid-19. A filha do falecido estava fora de casa, cuidando do sepultamento, quando os suspeitos invadiram a propriedade para se aproveitar da situação. Entre os acusados, estava o sobrinho do morto.

Segundo a investigação, no dia 9 de abril – poucos dias após a morte do homem de 51 anos - o sobrinho do falecido invadiu a casa acompanhado de um advogado, que mora no mesmo bairro em que a ação criminosa ocorreu, e mais duas pessoas.

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Entre os itens recuperados pela polícia, estão três veículos, escrituras de imóveis e diversos cheques, que ultrapassam o valor de R$ 298 mil.

Na casa do sobrinho, os policiais também realizaram a prisão em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo. Os suspeitos vão responder pelo crime de furto qualificado por abuso de confiança, com penas que variam entre dois e oito anos de reclusão.

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Circula nas redes sociais um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirma ter quase uma 'união estável' com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), um dos vice-líderes do governo no Senado. Chico foi flagrado com dinheiro na cueca pela Polícia Federal (PF) nessa quarta-feira (14). O fato fez com que o vídeo voltasse a ganhar audiência e repercussão nas plataformas. 

"É quase uma união estável, hein, Chico”, diz Bolsonaro nas imagens, ao se referir ao tempo de convivência com o parlamentar na Câmara dos Deputados. Antes de alçar ao posto de mandatário do país, Bolsonaro cumpriu sete mandatos na Casa Legislativa. Na gravação, os dois trocam elogios. Assista:

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Parente no gabinete

O vice-líder do governo Jair Bolsonaro no Senado emprega Leonardo Rodrigues de Jesus, que é primo dos filhos do presidente, em seu gabinete. Léo Índio, como é conhecido, trabalha desde 2019 para o democrata. Ele é sobrinho de Rogéria Nantes, mãe de Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro.

Os repórteres especiais Marília Parente e Jorge Cosme. (Divulgação)

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Os repórteres especiais do LeiaJá, Marília Parente e Jorge Cosme, estão na final, respectivamente, do 1º Prêmio de Jornalismo Cultural Cristina Tavares de Jornalismo e do 25º Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo do ano de 2020, promovidos pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope). Marília disputa a categoria de cultura com a reportagem especial “A poesia e a consciência negra de Solano Trindade”, enquanto Jorge concorre na categoria “Charge” com o trabalho “E aí ele disse”. Devido à pandemia da Covid-19, os vencedores serão anunciados em live no dia 16/06/20, às 20h30, nas redes sociais do Sinjope e da ABBC Comunicação, também parceira na realização dos prêmios.

“Solano Trindade é uma figura central para entender a cultura brasileira e pernambucana. Negro, multiartista e comunista, foi preso e censurado pela ditadura militar. Fico muito contente em saber que sua voz segue ecoando e despertando interesse, assim como a pesquisa e os documentos que publiquei, que considero importantes para entender sua trajetória”, comemora Marília Parente. A reportagem, publicada em 20 de novembro de 2019, aborda a vida do poeta, artista plástico, ator e dramaturgo pernambucano, desde a primeira infância, no centro do Recife (PE), até a morte, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Já a charge “E aí ele disse” foi publicada em janeiro de 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto Nº 9.685, que permite que cidadãos brasileiros com mais de 25 anos possam comprar até quatro armas de fogo para guardar em casa. A publicação foi charge da semana no LeiaJá e circulou nas redes sociais do veículo.

Confira os finalistas na íntegra:

CRIAÇÃO GRÁFICA:

COPA AMÉRICA – EDUARDO MAFRA

FÉ NO MORRO – EVERTON ODILON

SEGUNDA CHANCE – MARYANA MORAES

CATEGORIA – FOTOJORNALISMO:

DESAMPARADO – PEU RICARDO

DESGOVERNADO – BRUNO CAMPOS

NOVAS MANCHAS – LEONARDO MALAFAIA

CATEGORIA – ILUSTRAÇÃO/CHARGE:

ADEUS BRENNAND – MIGUEL FALCÃO

CARNAVAL JÁ ESTÁ ENTRE NÓS – THIAGO LUCAS

E AÍ ELE DISSE – JORGE COSME

CATEGORIA – INTERNET:

AFRONTAR – ANA MARIA MIRANDA

NOVA ROTAÇÃO – ROBERTA SOARES

SUAPE PELO AVESSO – INÁCIO FRANÇA

CATEGORIA – RADIOJORNALISMO:

IDENTIDADES – FERNANDO SEABRA

MOBILIDADE 4.0 – ANDERSON SOUZA

NOCHE BUENA – ALEXANDRA TORRES

CATEGORIA – TEXTO – Reportagem e Reportagem com Desdobramento:

CONSUMO DE ALCOOL CRESCE ENTRE OS JOVENS – SÍLVIA BESSA –

ESSE QUILOMBO EM PE ESTÁ CERCADO DE ÓLEO POR TODOS OS LADOS – MARIAMA TEIXEIRA

SOB FOGO CRUZADO – MARCIONILA TEIXEIRA

CATEGORIA TEXTO – Séries e Cadernos Especiais e Séries de Reportagens:

FLAGELO QUE SÓ FAZ CRESCER – CIARA CARVALHO

ÓLEO NO NORDESTE – RAISSA EBRAHIM

PRIMEIROS PASSOS – ANA MARIA MELO

CATEGORIA – VIDEOJORNALISMO:

30 ANOS DA OBRA DE MARIA – ISLY VIANA

O RECOMEÇO DOS VENEZUELANOS – WAGNER SARMENTO

TRABALHO NÃO PODE SER INFANTIL – GEOVANNA TORREÃO

CATEGORIA ESTUDANTE – 25º PRÊMIO CRISTINA TAVARES DE JORNALISMO

CATEGORIA – FOTOGRAFIA

Crianças vivem em cima do túnel – Tarciso Augusto

Esperança no Sertão – Leandro Santana

Tragédia de Natal – Leandro Santana

CATEGORIA – TEXTO – Reportagem e Reportagem com Desdobramento

A estatização de Deus – Anna Thamires

A história não contada de Dona Maria- Camila Sousa Carvalho

Torcedoras com deficiência evidenciam… – Julia Maria Rodrigues

CATEGORIA – VIDEOJORNALISMO

Amaro Freitas – O piano como extensão da alma

Suzanna Borba (Re)viver Muribeca – Sharon Baptista

Quem pôde chegar onde a gente chegou – Rostand Tiago.

1º PRÊMIO DE JORNALISMO CULTURAL:

CATEGORIA PROFISSIONAL:

A POESIA E A CONSCIÊNCIA NEGRA DE SOLANO TRINDADE – MARILIA PARENTE

ESPECIAL FRANCISCO BRENNAND – EMANUEL BENTO

FUTURO MELHOR COM A LEITURA – RAFAEL DANTAS

CATEGORIA ESTUDANTE:

ATRÁS DO FILME PERDIDO – ROSTAND THIAGO

CICLO HISTÓRIAS PELO RECIFE – VICTORDOS SANTOS

NO REINO DE ODIM – YURI EUZÉBIO

 

Em ranking anualmente publicado no Portal dos Jornalistas, os repórteres especiais do LeiaJá Nathan Santos e Marília Parente figuram entre os jornalistas mais premiados do país no ano de 2019, dividindo a 12ª posição no ranking dos profissionais que atuam na região Nordeste. Na mesma colocação, figura a repórter Eduarda Esteves, que atuou no veículo no ano avaliado.

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“Agradeço ao LeiaJá pela confiança em mim e em minhas sugestões de pauta, que nem sempre são de fácil execução. Tenho 25 anos e já estar entre tantos bons profissionais de todo o país é uma honra. Fico muito surpresa e grata pela lembrança de meu nome nessa lista”, comenta a jornalista Marília Parente.

Já Nathan Santos lembra que as produções da equipe são constantemente destaque entre prêmios de jornalismo de todo o país. Em 2019, o LeiaJá venceu prêmios como o MPT de Jornalismo na categoria Regional, MPT de Jornalismo na categoria Nacional, MPT de Jornalismo na categoria Grande Prêmio, Urbana de Jornalismo na categoria online, Urbana de Jornalismo na categoria Grande Prêmio e Conif de Jornalismo. "Me sinto honrado em ter a oportunidade de trabalhar com jornalistas talentosos e que acreditam no jornalismo como um instrumento social essencial para o País. É gratificante saber que as nossas reportagens abordam pautas marcadas pelos principais problemas do Brasil, bem como é uma felicidade grande ter as nossas produções entre as mais premiadas", comemora Santos.

Marília Parente carrega em seu currículos os prêmios do MPT, Urbana de Jornalismo e Conif de Jornalismo, além de ter sido finalista do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo. Nathan Santos já venceu os seguintes prêmios: Sebrae de Jornalismo, Correios de Jornalismo, Urbana de Jornalismo, Conif de Jornalismo, NHR de Jornalismo, MPT de Jornalismo, por duas vezes, Fecomércio-PE de Jornalismo e Prêmio Abrafarma de Jornalismo, por duas vezes, além de indicações para o CNT, Cristina Tavares de Jornalismo e Prêmio Estácio de Jornalismo.

Confira algumas das produções do LeiaJá premiadas em 2019:

Especial Trabalhador

Patrimônio afetivo, história ferroviária padece na RMR

Além da técnica: a função social dos institutos federais

'Cidade do Medo' e da resistência

Infância sem cor

Assistência farmacêutica instiga 'revolução' na saúde

Uma menina de cinco anos, foi morta após ser estuprada, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na madrugada desse sábado (7). A vítima tinha paralisia cerebral e foi abusada na residência da família. Ela chegou a ser socorrida pela mãe, mas não resistiu.

As investigações prosseguem, mas há a suspeita que a morte foi decorrente de uma asfixia, entretanto, a polícia aguarda o laudo pericial para a confirmação. O suposto autor dos crimes é um jovem, de 18 anos, filho do padrasto da vítima. Ele não possui antecedentes criminais e confessou o assassinato. O suspeito teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado para o presídio do município.

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Fase musical final do artista foi predominante roqueira, com a banda jaboatonense "Má Companhia" ou outros amigos de Candeias. (Nemo Côrtes/cortesia)

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Uma casa colorida, repleta de amigos, música, quadros e de portas invariavelmente abertas. É assim que os frequentadores do “aparteliê” de Lula Côrtes em Candeias, no município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, descrevem o local escolhido pelo multiartista recifense para viver seus últimos anos de vida. Àquela altura, o mundo inteiro já cabia na cabeça de um pirata que se recusava a deixar de vislumbrar o mar como possibilidade máxima de conexão com outros sons e povos. Dado à uma incorrigível informalidade, Luiz Augusto Martins Côrtes logo entraria para história da música como Lula Côrtes, parceiro de Zé Ramalho em Paêbiru (1975), que conduziu com sua cítara marroquina (apelidada de “tricórdio”) pelas veredas da música experimental nordestina, reencontrando as origens árabes das escalas e timbres locais. Caso estivesse vivo, Lula completaria 70 anos neste maio de 2019, e certamente ainda moraria em Candeias.

“A casa de Lula era assim: se eu chegasse lá oito horas da manhã, começava a fazer alguma coisa. Quando davam 10 horas, ele me chamava para fazer um peixe e eu ia ao mercado comprar um uísque ou uma cana, quando a gente estava nas vacas magras. Aí poderiam chegar pescadores, as amigas dele ou Zeca Baleiro”, brinca Igor Sales, amigo com quem Lula Côrtes dividiu uma de suas moradas em Candeias, além de seu “digitador oficial”, ocupação que derivou da recusa do artista de deixar a escrita à mão. Estudante de comunicação, Igor se aproximou do gênio pernambucano durante as farras em Candeias. Sempre bem frequentado, o apartamento de Lula no bairro, segundo Igor, chegou a ser visitado pelo falecido príncipe da Holanda Johan Friso e por um dos guitarristas dos Rolling Stones, Ronnie Wood, que também era afeito à pintura. “Ele chegou a pintar um quadro pequenininho em Candeias. Lula guardou esse objeto por um tempo, na parede. Depois que morreu não sei onde foi parar”, lamenta Igor.

Assista ao Minidocumentário "Além-mar: os últimos anos de Lula Côrtes em Candeias":

À época, Igor era um estudante de comunicação perdido, interessado em desenvolver seus conhecimentos em pintura, uma das muitas artes que o “mago de Candeias” dominava. “ fizemos um acordo: ele me ajudaria a pintar e eu digitaria no computador os manuscritos dele. Na época, eu tinha uma banda de rock, chamada ‘Transmissão Clandestina’, e ele gostava e tinha muito essa atitude rock n’roll. Era um cara que rasgava a camisa em cima do palco, tomava uma e descia para arengar com alguém no público”, diverte-se Igor.

Apesar disso, ele destaca que o período em que conheceu Lula foi de altos e baixos para o artista. “Ele descobriu um câncer, não sei se foi depois disso que passou a viver um dia de cada vez. Se ele pegasse uma grana agora, a gente ia almoçar num restaurante, depois ia tomar uma não sei onde e, caso chegassem outras pessoas, ele fazia tudo de novo. Agora também acontecia de a Celpe vir e cortar a luz, porque ele esquecia de pagar, ou de faltar comida. Muitas vezes, eu e outros amigos chegamos junto com marmitas”, lembra.

"Digitador oficial": Igor colocou no computador três livros inteiramente manuscritos por Lula. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Paralelamente às oscilações financeiras, Lula parecia produzir como nunca, na música, na literatura e nas artes plásticas. Depois de domar a rebelde caligrafia do artista, por vezes vomitada por fluxo criativo contínuo em enormes folhas de papel A3, Igor calcula ter digitado e ter sido o primeiro a ler pelo menos três livros de Lula Côrtes, alguns deles ainda inéditos. “Ele tinha umas sacadas muito boas e obras interessantíssimas de ficção e poesia. Só que ainda mais interessante do que consumir a obra, era conviver com ele. Era um cara com quem eu aprendia o tempo todo”, completa.

O papa de Candeias

Blusão, sunga e uma rede de pesca. Era só o que Lula Côrtes costumava carregar no corpo em suas andanças diárias à beira do mar de Candeias. Entre os lugares onde era quase certo encontrá-lo estavam a antiga peixaria, o Bar do Rock e o Bar do Xexéu, onde costumeiramente tocavam amigos da cena local como Morcego, Beto Kaiser e Xandinho, membro da Má Companhia (última banda de Lula Côrtes) até hoje. “Abri o bar na orla e, como sou músico, outros artistas passaram a frequentar o espaço. Lula virou uma peça fundamental aqui no bairro, era um ícone da música. Para a gente era uma satisfação tê-lo conosco”, lembra o músico Carlos Roberto Xavier, conhecido como Xexéu.

Bar do Xexéu era parada certa de Lula Cortês em Candeias. (Xexéu/cortesia e Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Com diversos interesses em comum, Xexéu e Lula passaram a se encontrar quase todo dia. “A gente ia andando até o rio, para pescar tabocas. Às vezes, quando ele via que estavam batendo ondas, tirando o referencial pelo Pico dos Abreus, vinha me encontrar no mar. Sabia que eu estaria pescando lagosta e a gente cozinharia junto”, comenta Xexéu. Para o músico, a rotina mudou radicalmente em decorrência de efeitos ambientais negativos causados pela construção do Porto de Suape. Outras intervenções humanas intensificaram os efeitos do avanço do mar e algumas partes da orla do bairro perderam toda a faixa de areia. “Lula sentiu impacto disso tanto quanto nós, locais. Por um tempo, não pudemos mais andar na praia, porque fizeram aterros com areia do fundo do mar, com cascalhos, e até do rio, que algumas pessoas diziam ter micróbios e bactérias. O prédio dele chegou a ter o muro derrubado pelo mar, o que o deixou assustado”, relata Xexéu.

Cada vez mais engajado à cena musical de Candeias, Lula passou a sentir a necessidade de interferir de forma ainda mais profunda na vida do bairro. De acordo com a produtora, jornalista e amiga do artista, Ana Patrícia Vaz Manso, o músico chegou a fundar uma Organização Não Governamental (ONG) chamada Sociedade de Arte Lula Côrtes (SALC). O objetivo da iniciativa seria o de utilizar o espaço de uma das casas em que morou para oferecer oficinas culturais. “Só que a vida dele era de muitas fases e as doenças atrapalharam um pouco esses planos. Apesar disso, ele foi padrinho de várias bandas aqui em Candeias e um verdadeiro embaixador da arte e da cultura de Jaboatão dos Guararapes”, frisa.

Contrastes: o Lula "rocker" foi o mesmo Lula que conquistou o título de cidadão Jaboatonense e assumiu a gerência de cultura da cidade. (Nemo Côrtes/cortesia e Xexéu/cortesia)

O ativismo rendeu ao artista o Título de Cidadão Jaboatonense, concedido no dia 3 de dezembro de 2004, pela Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes. Aos 55 anos, Lula recebeu a homenagem em estado de profunda emoção, segundo relatam amigos. “Para ele, isso daí foi tudo. Lula abraçou esse lugar como se fosse filho do litoral de Candeias”, completa Xexéu.

Retomada

A todo vapor entre seus últimos anos de vida, 2010 e 2011, Lula Côrtes conciliava o novo cargo de gestor de cultura de Jaboatão dos Guararapes com a conclusão dos livros “Aparição”, “Na Casa de Praia” e “Jardim do Éden”, montava novas exposições e pretendia lançar um álbum triplo intitulado “Tarja Preta Lula Córtex Mil Miligramas” com a “Má Companhia”. O trabalho teria nada menos do que 36 músicas, mas não foi concluído nem lançado. “Ele descobriu uma hepatite e a urgência de parar de beber e fumar, então parecia que ele sabia que ia partir e queria deixar muita coisa encaminhada. Após algumas tentativas se viu mal, não estava conseguindo encarar o caminho do cuidado. Foi muito importante para mim quando ele disse: ‘eu vou morrer de viver’”, lembra Nemo Côrtes, filho caçula do artista com a médica Alcione Móes.

Em sua casa, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, Nemo ainda guarda um violão antigo, quadros e vários manuscritos do pai". (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Diante do estado de saúde do pai, Nemo tomou, aos 21 anos, a decisão de se mudar para Candeias. “Eu e minha mãe morávamos no Janga e meu pai tinha tido um ‘bocadinho’ de ausência na minha criação, acho que por causa dessa vida de artista e da própria imagem do homem que reproduz essa alienação. Nosso contato acabou sendo de final de semana”, completa. Para Nemo, o processo de “reconexão” com o pai foi mais do que bem-sucedido. “Foi lindo. Era acordar de manhã, fazer um cafezinho, cuscuz e ovo, para dar aquela força e aí começava o dia. Talvez a pintura fosse o principal eixo de trabalho dele, desde as questões de subsistência à dedicação de horas por dia. Ele tem uma produção que alguns pesquisadores estimam ser de mais de mil obras”, comenta Nemo.

Dentre as temáticas do pai, que iam de coleções como o “Diário Político Poético”- que retratava o cotidiano de localidades como Candeias- a telas que retratavam o zodíaco, Nemo escolhe a dos “atípicos” como predileta. “Nos anos 1970, meu pai e Kátia Mesel, sua esposa na época, fizeram uma viagem por países como Marrocos, onde ele descobriu o tricórdio e a temática musical do nordeste oriental, Portugal e Espanha, inclusive passando por Girona, cidade em que Salvador Dalí morava. Meu pai bateu na porta dele e passou um tempo morando lá”, conta.

De fato, o mestre catalão do surrealismo costumava receber artistas de todo o mundo em sua excêntrica mansão. Talvez tenha sido ele uma das maiores influências do Lula Côrtes pintor. “Meu pai dizia que a coisa mais importante que aprendeu com Dalí foi a limpar os pincéis, que era essencial saber fazer isso. O tema dos atípicos vem desse encontro. É uma viagem com as plantas, os órgãos sexuais, umas coisas meio fálicas ou vulvas”, explica.

Versátil também na pintura, Lula ia do surrealismo a composições paisagísticas. (Betânia Gomes/cortesia)

Agora, Nemo inicia, com alguns parceiros, os trabalhos da Rede Lula Córtex, cujo objetivo é o de resgatar inéditos e divulgar a obra de seu pai. “Ele já tinha demonstrado interesse na criação de um instituto ou algo que perpetuasse o trabalho dele. O projeto leva o nome do trabalho inacabado com a Má Companhia. Na área de literatura já temos três romances revisados”, coloca. Além disso, o grupo se prepara para lançar o “Atípicos”, um mapeamento que objetiva fazer uma cartografia da produção de Lula nas artes plásticas. “Aproveito para pedir a quem tiver alguma obra dele para entrar em contato com a rede, porque vamos catalogar esse material e disponibilizar tudo em um acervo virtual”, apela Nemo.

Peixaria de Candeias

Uma semana antes de morrer em consequência de um câncer na garganta combinado à hepatite, em março de 2011, Lula participou, junto com o músico Zé da Flauta, do show “Vivo!”, de Alceu Valença, em São Paulo, com a proposta de relembrar a estética udigrudi pela qual os três militaram nos anos 1970, ao lado de nomes como Flaviola, Zé Ramalho e da banda Ave Sangria. Sua relevância inquestionável para a música brasileira e mundial (até hoje, seus discos são disputados às tapas por colecionadores estrangeiros) lhe rendeu uma estátua que eterniza sua postura contemplativa diante do mar. Acomodada em um dos batentes que circundam a atual peixaria de Candeias, a estrutura de 1,30m é assinada pelo artista plástico Junior Bola e foi inaugurada no dia 11 de março de 2017. Apesar disso, as partes do concreto que representavam o tricórdio e os braços do artista foram arrancadas por vândalos.

Estátua está em más condições e Peixaria sofre com falta de estrutura e insegurança. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Em termos gerais, a destruição da estátua é só mais um signo do abandono enfrentado pelo tradicionalíssimo Mercado do Peixe, onde atualmente resistem seis peixeiros. Um deles, sem se identificar, disse à reportagem do LeiaJá que as condições de trabalho são atrapalhadas por fatores como a insegurança e a falta de banheiro químicos. No local, a reportagem do LeiaJá encontrou apenas um banheiro químico, que é compartilhado com os transeuntes. “Eles demoram muito para higienizar. Além disso, já fomos vítimas de dois arrombamentos e três assaltos. Por isso, tivemos que começar a fechar a peixaria mais cedo”, lamenta o trabalhador.

Há dez anos, durante a gestão do prefeito Newton Carneiro, os peixeiros foram transferidos para um box a alguns metros da estrutura original, para viabilizar a construção do calçadão de Candeias. Jaboatão, cujo nome vem de “Yapoatan” (do indígena, uma árvore comum na região, utilizada para construir barcos), viu um voraz processo de urbanização substituir as vilas de pescadores por arranha-céus à beira mar, alterando completamente a cadência de Candeias, dentre outros bairros. “Não existe mais a festa do Dia do Pescador, no dia 29 de junho, que era super tradicional na Peixaria. Era dia de sair uma procissão marítima que ia até a Igreja de Piedade e voltava com a imagem de São Pedro. Eu acredito que acabou por falta de incentivo e pelo fato de os pescadores estarem sendo cada vez mais segregados”, comenta o produtor Leonardo Batista, um dos membros do movimento Ocupe Peixaria, cuja pauta gira em torno da revitalização do espaço e sua utilização para finalidades culturais.

Produção do Ocupe Peixaria em reunião de planejamento para organização de evento no espaço. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Amigo e músico parceiro de Lula Côrtes, Allen Jerônimo é um dos moradores de Candeias que está elaborando um projeto de revitalização para a estátua e a Peixaria. “Isso aqui passou muitos anos abandonado, então criamos um grupo chamado 'Somar'. No apanhado que estamos construindo, constam todas as ocupações culturais que estamos promovendo para chamar atenção da prefeitura para o espaço. É nossa forma de mostrar que é viável e que o local pode ser frequentado”, explica Allen.

O sonho de transformar a Peixaria em um espaço cultural que conviva com os peixeiros parece ter sido herdada pela juventude do bairro de seu mais prodigioso mestre. “Lula conversava muito comigo sobre o sonho de criar um palco aberto para os artistas de Candeias. Ele adoraria isso aqui”, conclui Xexéu.

Todas as plantações e chácaras que estavam ao lado da Vale, no Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), foram tragadas pela lama no momento em que a Barragem 1 se rompeu, no dia 25. O cenário é de catástrofe. Foi na beira deste mar de lama que a ação desesperada de uma família chamava a atenção.

Vanderson Geraldo da Fonseca, de 31 anos, lavrador, buscava o cunhado, Paulo Giovani dos Santos, de 40 anos, agricultor, desaparecido desde o dia da tragédia. “A expectativa é só encontrar o corpo para dar um basta. [Encontrá-lo] com vida, a gente não acredita mais.”

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Na busca desesperada, parentes usam pás, enxadas e até cavam com as próprias mãos. O motorista Pedro Ferreira dos Santos, de 43 anos, é um dos 10 irmãos de Paulo Giovani.        

Paulo Giovani era caseiro de uma chácara que ficava ao lado da Vale. Com o rompimento da barragem de rejeitos, a piscina, a área verde e a casa onde Paulo morava foram arrastados pela lama. Tereza Ferreira do Nascimento, de 41 anos, dona de casa, é uma das irmãs de Paulo e também auxiliava nas buscas.

Ela conta, emocionada, da angústia de seguir sem respostas. “Se a gente encontrar o corpo, a gente vai pelo menos fazer o enterro e dar um ponto final na história”.

Genro de Paulo, Gean Carlos Soares buscava não só o sogro desaparecido, mas também o tio, que trabalhava na Vale. Desde sexta-feira, ele vai até a região em busca de informações. “Só quem tá vendo de perto, viu que estrago que fez aqui. A chance de estar vivo pode descartar”. 

Depois de cinco dias seguidos, Gean conta que seria a última vez que iria até o local.

A agenda do presidente Michel Temer foi atualizada e ele terá reunião com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, às 11h desta terça-feira, 26. Às 15h, o presidente recebe o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, encontro que já estava previsto.

Temer voltou a Brasília ontem à noite, depois de passar o Natal com a família em São Paulo. O presidente deverá passar o réveillon na reserva Base Naval de Aratu, na Bahia, ou na Restinga da Marambaia, no Rio, ambas administradas pela Marinha do Brasil.

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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil paulista, prendeu um parente de uma das duas crianças de 3 anos encontradas mortas no Jardim Lapena, na zona leste da capital, crime cometido em outubro. As garotas ficaram desaparecidas por 18 dias até serem encontradas no interior de um veículo. A prisão ocorreu há 15 dias, mas só foi divulgada nesta quinta-feira, 16, pela polícia. Dois outros homens já estavam detidos por suspeita de ligação com o caso.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que a prisão é temporária e foi renovada até o fim deste mês. "Foi encontrada uma prova técnica que liga esse suspeito à cena do crime. O caso segue em investigação pelo DHPP", declarou. De acordo com a TV Globo, o parente é um tio de Beatriz, a quem a perícia atribuiu o sêmen encontrado na roupa da vítima. Questionada quanto a essa informação, a secretaria preferiu não comentar.

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A Polícia Civil fez, na manhã desta quinta-feira, 16, a reconstituição do assassinato das duas meninas encontradas mortas dentro de um carro na zona leste de São Paulo, no dia 12 de outubro. As meninas Adrielly Mel Severo Porto, a Mel, e Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, ambas de 3 anos, estavam desaparecidas desde o dia 24 de setembro e foram encontradas mortas dentro de uma van no Dia das Crianças.

Segundo a Polícia Civil, as meninas brincavam por vielas do Jardim Lapena, na zona leste da capital, quando dois homens que bebiam em um bar ofereceram doce a elas. Atraídas a um barraco, elas foram esganadas até a morte e, depois, estupradas.

Os vizinhos Marcelo Pereira Souza, que confessou o crime, e Everaldo de Jesus Santos foram presos no dia 20 de outubro.

Um em cada três brasileiros (35%) teve amigos ou parentes assassinados, revela pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo o estudo, divulgado nesta segunda-feira (8), são cerca de 50 milhões de brasileiros maiores de 16 anos que perderam uma pessoa próxima vítima de homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte).

O índice dos que tiveram familiares ou amigos mortos violentamente é maior entre os negros, 38%, enquanto entre os brancos é de 27%. O levantamento mostra ainda que 12% da população maior de 16 anos, cerca de 16 milhões de pessoas, tiveram alguém do circulo afetivo morto por um agente de segurança, policial ou guarda municipal. Entre os jovens, de 16 a 24 anos, esse percentual chega a 17%.

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Feridos

O levantamento revela ainda que foram vítimas de ferimentos com armas de fogo 4% dos entrevistados, o que representa na projeção populacional de 5 milhões de indivíduos com mais de 16 anos. As vítimas de facas e outras armas brancas somam 8%, ou 10 milhões de pessoas. Além disso, 12% dos ouvidos disseram ter sofrido ameaças de morte.

Quase todos os que responderam a pesquisa (94%) acreditam que o índice de homicídios no Brasil é muito alto e 96% acham que todas as esferas de governo precisam se unir para reduzir a violência. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que também é elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram registradas 58.383 mortes violentas no Brasil em 2015.

Para a pesquisa divulgada hoje, foram ouvidas 2.065 pessoas em 150 municípios de 3 a 8 de abril. Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública não comentou o estudo.

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, defendeu, em entrevista à Rádio Gaúcha, que os estaleiros nacionais sejam ocupados com o serviço de integração de módulos aos cascos das plataformas, que devem ser contratados no exterior. A ideia é, em vez de adquirir diretamente as embarcações de estaleiros nacionais, como no passado, firmar contratos de leasing, com prazos e porcentuais de conteúdo local definidos pela petroleira.

Ele criticou a gestão passada da estatal, do governo petista, que incentivou a criação de estaleiros navais pelo Brasil e foram projetados para atuarem como âncoras da atividade econômica. "Um atraso de três anos para a entrega de uma plataforma é um enorme problema para a Petrobras, porque a gente está com tudo pronto. Os poços estão perfurados, os tubos colocados, prontos para produzir", contestou.

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Parente afirmou que vai se esforçar para abreviar o período de recuperação financeira da empresa. "Vou fazer tudo para abreviar esse período. Só não posso garantir. Nossa força de trabalho está toda empenhada e quanto mais cedo melhor", disse à rádio Gaúcha.

Parente ressaltou, porém, que uma possível antecipação da meta de alavancagem de 2,5 vezes, projetada para o fim de 2018, não resultará num afrouxamento do plano de desinvestimento. A previsão é vender US$ 21 bilhões em ativos em 2017 e 2018. "A gente não pode ter um resultado abaixo daquele que essa empresa pode proporcionar. A gente deve isso à sociedade e aos acionistas", afirmou.

As políticas que serão implementadas pelo governo Donald Trump nos EUA deverão ter impacto indireto sobre o Brasil, na medida em que afetem a economia mundial como um todo, avaliou nesta quarta-feira (16) o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em Washington. "Estamos em uma situação diferente da de outros países e vocês sabem de quais estou falando. Entendo por que eles estão preocupados."

O principal alvo da retórica de Trump na região é o México, acusado de roubar empregos dos americanos e estimular a entrada de criminosos nos EUA. O presidente eleito prometeu rever o tratado de livre comércio que une EUA, México e Canadá e construir um muro na fronteira com seu vizinho do sul.

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Parente observou que o Brasil não possui tratados do tipo com os EUA. Além disso, o País registra déficit na balança comercial bilateral. O México e a China - outro alvo da retórica de Trump - têm superávit nas transações com os EUA e enfrentam a ameaça de imposição de tarifas sobre a venda de seus produtos no mercado americano.

Economistas brasileiros acreditam que a política fiscal expansionista prometida por Trump deverá levar ao aumento dos juros nos EUA, o que reduzirá a probabilidade de redução da taxa no Brasil, com efeitos negativos sobre o PIB.

A economia global sofrerá os efeitos da incerteza gerada pela vitória de Trump. "Existe alguém aqui nesta sala que sabe a resposta?", perguntou Parente, em palestra no Brazil Institute do Wilson Center, quando questionado sobre o impacto da transição política nos EUA sobre a economia brasileira e a Petrobras.

Ele afirmou não ter como avaliar o efeito sobre o preço do petróleo das promessas de Trump de reduzir as regulações do setor para ampliar a produção - a expansão da oferta pode reduzir a já baixa cotação da commodity. Segundo Parente, a projeção da Petrobras é que o preço do barril fique entre US$ 45 e US$ 65 nos próximos cinco anos, podendo chegar a US$ 70 no fim desse período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas da primeira greve em sua gestão, o presidente da Petrobras, Pedro Parente pediu "engajamento e disciplina" aos funcionários para enfrentar um período de decisões "difíceis, mas necessárias". Em carta encaminhada aos petroleiros nesta terça-feira (27) o executivo afirmou que definirá cortes de orçamento e metas individuais de desempenho a partir de outubro. Os sindicatos começam na quinta-feira greve nas áreas administrativas do Rio e operação padrão nas unidades de produção do País.

A greve foi antecipada pelo Sindicato de Petroleiros do Rio, que concentra bases administrativas na capital. Os trabalhadores rejeitaram a proposta feita pela companhia de congelamento de salários e de parte de benefícios. O acordo proposto previa ainda a redução à metade do valor pago pelas horas extras e a opção de redução da jornada com corte de salários.

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Em nota, o sindicato avaliou que a companhia aproveita "o momento político econômico do País para pôr a conta nas costas dos trabalhadores". O acordo coletivo foi rejeitado em assembleias na Bahia, Espírito Santo, São Paulo, e no norte do Rio, onde estão concentradas as operações da empresa. Ao todo, petroleiros de 32 plataformas rejeitaram o acordo e aprovaram o estado de greve e a operação padrão, chamada de "Para Pedro", a partir desta quinta.

Nesta terça-feira, 27, o presidente da estatal, Pedro Parente, publicou uma carta aos trabalhadores na rede interna de comunicação. Segundo o executivo, a estatal passará por cinco anos de "decisões que não são as mais fáceis, mas necessárias". Ele sinalizou que após o período, a petroleira será "maior do que somos hoje na nossa área mais importante, além de mais saudável".

Na carta, Parente reconhece que os funcionários têm "garra, disposição e entendimento" da situação financeira da empresa para "caminhar juntos" em direção às novas diretrizes da empresa, apresentadas na última semana com o plano de negócios para o período 2017-2021. Uma das prioridades é a política de segurança operacional, chamada "Compromisso com a vida", que será detalhada em outubro.

O executivo também sinalizou que no próximo mês vai definir as diretrizes do novo sistema de gestão, o Orçamento Base Zero. "Aqueles gastos que forem essenciais serão mantidos e os demais, repensados."

Entre novembro e dezembro, de acordo com o executivo, serão definidas as metas individuais de supervisores e equipes em diferentes áreas da estatal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O alvo principal da nova fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira, 7, é Edson Paulo Fanton, representante do FP Bank do Panamá no Brasil, contra quem foram expedidos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão. Edson Fanton é parente de um delegado da Polícia Federal.

A PF deflagrou nesta manhã a Operação Caça-Fantasmas, 32ª fase da Lava Jato. Os agentes federais estão cumprindo 17 ordens judiciais, sendo sete conduções coercitivas e 10 mandados de busca e apreensão. As determinações judiciais estão sendo cumpridas em Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo.

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A nova operação da PF identificou que a instituição financeira panamenha atuaria no Brasil, sem autorização do Banco Central, com o objetivo de abrir e movimentar contas em território nacional, viabilizando o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, entregou nesta segunda-feira, 30, sua carta de renúncia ao cargo. O substituto Pedro Parente deve assumir o comando da estatal quinta-feira, dia 2. Em carta aos funcionários, Bendine ressaltou os avanços que obteve a frente da estatal nos últimos 15 meses e classificou como uma "tempestade perfeita" o momento em que tomou posse.

"Da ameaça de apagão financeiro, chegamos a um caixa superior a R$ 100 bilhões. Essa marca é resultado direto do corte nos investimentos e do enxugamento nos custos operacionais, que fizeram com que nossas despesas fossem menores que nossas receitas pela primeira vez desde 2008", afirmou.

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A "tempestade perfeita" descrita por Bendine combina um ambiente de baixo preço do petróleo, de desvalorização do real ante o dólar, que contribuiu para elevar o endividamento da petroleira, e de crise institucional decorrente da Operação Lava Jato.

No balanço feito de sua gestão, Bendine acredita que, apesar do período conturbado, conseguiu dar os "primeiros passos para virar a página da maior crise do nosso mundo corporativo e voltar a ser orgulho de todos os brasileiros".

O executivo assumiu o comando da Petrobras em fevereiro do ano passado, quando substituiu Graça Foster, desgastada pelos desdobramentos da Lava Jato e pelo atraso na divulgação do balanço financeiro de 2014.

Os ganhos financeiros e as mudanças na estrutura da empresa, com a criação de comitês que passaram a responder por decisões de investimento, foram os marcos da sua gestão. A criação dos comitês serviu para tirar das mãos de executivos, isoladamente, o poder sobre orçamentos bilionários. Em referência aos episódios de desvio de recursos investigados pela Lava Jato, Bendine afirma que trabalhou para que os executivos "não ajam como senhores, mas como servidores dos interesses da empresa".

Ao fim do documento, ele agradece a toda diretoria, aos conselheiros de administração, empregados e colaboradores e se intitula um "petroleiro". Em outro documento, direcionado ao presidente do conselho, Nelson Guedes, se coloca à disposição para esclarecimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), presidida pelo ministro Luis Roberto Barroso, derrubou no último dia 15 o arquivamento de duas ações de reparação de danos por improbidade administrativa contra os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento) e Pedro Parente (Casa Civil), entre outros integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O arquivamento havia sido determinado, em abril de 2008, pelo ministro Gilmar Mendes. A decisão da 1ª Turma, enquanto estiver de pé, determina o prosseguimento das ações que tramitam na 20ª e 22ª varas federais do Distrito Federal.

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Ajuizadas pelo Ministério Público Federal, na gestão do procurador-geral Antônio Fernando Souza, as duas ações criminalizavam a ajuda financeira, pelo Banco Central, aos bancos Econômico e Bamerindus, em 1994, e outros atos do Proer, o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional. Uma das ações, da 22ª vara, teve sentença parcialmente procedente contra os réus.

Os ministros recorreram ao STF em 2002, com a Reclamação 2186. Arguíam que a Justiça Federal não era competente para julgá-los, e sim o STF, por terem direito à prerrogativa de foro. Pediam, então, além do julgamento de mérito, uma liminar que suspendesse de imediato a tramitação das ações.

Em 3 de outubro de 2002, três meses depois de entrar no STF, por nomeação de FHC - aprovada no Senado por 57 a 15 -, Gilmar Mendes, relator do caso, deferiu a liminar. Em 22 abril de 2008, véspera de assumir a presidência do STF, o ministro determinou o arquivamento das duas ações. Argumentou, em suas razões, que atos de improbidade administrativa, no caso concreto, constituem crimes de responsabilidade e, portanto, só podem ser julgados pelo STF.

Em 12 de maio daquele ano, o então procurador-geral Antônio Fernando Souza contestou a decisão de Mendes, em um agravo regimental. No entendimento dele, os atos de improbidade, no caso em tela, não podem ser confundidos com crime de responsabilidade, e devem, portanto, ficar na Justiça Federal.

Este recurso é que foi julgado pela 1ª Turma no dia 15 - oito ano depois. Como a reclamação caiu, as ações estão de volta às duas varas federais de origem. O escritório Arnold Wald, que representa os ex-ministros, não quis falar a respeito do caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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