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A última reunião virtual do Cidadania terminou com um bate-boca entre os ex-deputados Daniel Coelho e Regis Cavalcante. A confusão enveredou para xingamentos e ameaças e expôs, ainda mais, a crise dentro do partido. 

A reestruturação da executiva nacional foi aprovada no encontro restrito ao diretório nacional do partido. Ameaçado pela retirada da presidência do Cidadania após 31 anos a frente da sigla, Roberto Freire, alega tentativa de golpe.

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Ele cobrou a participação de todos os filiados no pleito interno e começou a trocar farpas com o secretário geral Regis Cavalcante.  

Roberto o mandou calar a boca e chegou a pedir que ele entregasse o cargo. O vice-presidente do Cidadania e atual secretário de Turismo de Pernambuco, Daniel Coelho, se intrometeu na discussão e começou a xingar Regis.

Entre as ofensas, Coelho usou palavrões e chamou o secretário de "picareta", "cínico", "cachorro", "vagabundo" e "ladrão". “Vocês estão querendo dar um golpe em Roberto”, acusou vice.  

O secretário rebateu as ofensas e chamou Daniel de "cachorro", "provocador barato", "coelhinho de merda" e "canalha". Ele também ameaçou processar o vice após ser chamado de "candidato laranja". Daniel respondeu: "me processe, seu merda".  

A briga virtual ficou ainda mais quente quando Regis afirmou que a situação seria diferente se as ofensas tivessem sido feitas pessoalmente. Daniel então questiona: "tu vai dar em mim é?". Em seguida, os microfones são cortados e um novo encontro ficou agendado para o próximo mês. 

O presidente do Cidadania acusa uma ala interna de querer destituí-lo para começar a apoiar o governo do presidente Lula (PT).  “A questão não é apoiar ou não o governo Lula, mas aderir de forma acrítica a valores que não são os nossos em nome de verbas e cargos", apontou um comunicado.

Roberto Freire ainda reforçou que o debate sobre a reestruturação deve ser levado a todos os membros. “Para resolver [a crise] o partido tem que ser todo chamado, e não apenas uma facção que tomou conta do partido e que acha que manda no partido. Quer mandar até no que eu penso, porque a grande reclamação não é de que o partido não cumpre o que decide, é porque eu tenho uma posição divergente de alguns que viraram lulo-petistas e que são adesistas e que eu não posso continuar sendo um crítico do governo”, resumiu. 

Veja o momento:

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O Senado definiu que a sessão temática que fará com todos os governadores para discutir a reforma tributária será realizada na próxima quinta-feira (24), às 10 horas (de Brasília). O assunto foi debatido em reunião do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com líderes partidários nesta quinta-feira.

Serão convidados os 27 governadores dos Estados e do Distrito Federal para apresentarem seus argumentos, pró e contra a reforma.

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A ideia de realizar a reunião temática com os governadores foi apresentada pelos próprios líderes no início do mês.

Pacheco gostou da ideia e ficou de definir a data após a apresentação do plano de trabalho do relator da reforma tributária, o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

A definição da sessão temática em 24 de agosto deve postergar mais um pouco a discussão da reforma.

Pelo cronograma inicial de Braga, uma audiência pública seria realizada no dia 23, mas, a pedido do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), havia sido marcada para o dia 24.

O cronograma estipulado por Braga prevê a realização de oito audiências públicas na CCJ e a votação do relatório no início de outubro.

O próprio relator, porém, já confirmou que a data prevista em seu plano de trabalho para a votação (4 de outubro) é apenas uma estimativa já com uma margem de segurança. Braga disse, na quarta-feira (16), que seu compromisso é entregar o texto final até o fim de outubro para votação no plenário do Senado.

 A governadora Raquel Lyra (PSDB) segue com agendas em Brasília e, na tarde dessa quarta-feira (16), conversou com deputados federais da bancada pernambucana sobre a destinação de emendas parlamentares para investir na reindustrialização do estado. Também estiveram presentes os senadores Fernando Dueire (MDB) e Humberto Costa (PT). 

 Entre os assuntos abordados na reunião, Raquel pontuou sobre a retomada das obras da Transnordestina e a tramitação da Reforma Tributária no Senado, como uma ferramenta para diminuir as desigualdades entre as Brasil. 

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 "Tivemos mais uma reunião produtiva aqui em Brasília. Desta vez com a maioria da bancada federal, para tratar de assuntos de interesse de Pernambuco. Transnordestina, metrô, Reforma Tributária e emendas parlamentares foram alguns dos temas que tratamos. Fico grata a todos os deputados federais e senadores que participaram. Afinal, para fazer a mudança que o nosso Estado precisa é necessário unir todos aqueles que podem liderar esse processo junto conosco em favor do povo pernambucano", destacou.    

 Ela também ressaltou os investimentos no sistema de saúde como uma das prioridades da gestão. Aos parlamentares, a governadora citou a construção de cinco maternidades, a compra de equipamentos de assistência médica, abertura de serviço de neurocirurgia e hemodinâmica, e a ampliação de leitos de traumatologia clínica, cirúrgico e de retaguarda. 

 Metrô - A governadora comentou sobre o papel do governo federal para servidores da CBTU. “Queremos resolver porque a questão dos trabalhadores da CBTU é bastante sensível. O governo precisa definir o destino dos servidores. O governo federal precisa garantir a incorporação desses servidores ao quadro de funcionários do governo federal, diferentemente do que aconteceu em Minas Gerais”, disse. 

Foram debatidos ainda os investimentos em novas linhas de transmissão para o escoamento de energias renováveis do Nordeste e a necessária prorrogação das outorgas para a viabilização de novos investimentos em usinas eólicas e solares em Pernambuco. 

Raquel Lyra e parte da bancada pernambucana que participou da reunião.  Divulgação

Participaram do encontro os deputados federais: Eduardo da Fonte, Clodoaldo Magalhães, Renildo Calheiros, Iza Arruda, Coronel Meira, Guilherme Uchôa Júnior, Carlos Veras, Augusto Coutinho, Túlio Gadêlha, Pastor Eurico, André Ferreira, Lula da Fonte, Fernando Rodolfo, Luciano Bivar, Silvio Costa Filho, Fernando Filho, Waldemar Oliveira e Fernando Monteiro. A reunião também contou com os secretários estaduais Rodolfo Costa Pinto (Comunicação), Túlio Vilaça (Casa Civil) e Fernando Holanda (Assessoria Especial).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta terça-feira (15), que o arcabouço fiscal pode ser votado no plenário da Casa na próxima terça-feira (22), se houver consenso sobre a emenda do Senado que autoriza a previsão de despesas condicionadas no Orçamento de 2024. O dispositivo, defendido pelo governo, garante um espaço de cerca de R$ 30 bilhões na peça orçamentária, que deve ser enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto.

Também ontem, Lira voltou a criticar as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao jornalista Reinaldo Azevedo. O petista disse que hoje a Câmara tem "um poder muito grande" e que o Legislativo não pode usá-lo para "humilhar" o Senado e o Executivo.

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Após a entrevista ir ao ar nesta segunda (14), uma reunião que ocorreria na residência oficial da presidência da Câmara para debater o arcabouço fiscal foi cancelada. "Temos até o dia 31 de agosto (para aprovar a nova regra fiscal). Ontem (anteontem), infelizmente, não houve clima. Alguns líderes não queriam que a reunião acontecesse", disse.

O deputado afirmou que não quer acirramento de ânimos, mas reforçou que seu posicionamento em relação à fala de Haddad foi "necessário".

"Em primeiro lugar, eu queria tranquilizar todo mundo que a Câmara nunca foi e nunca será irresponsável com os temas que são essenciais para o Brasil", disse Lira, a jornalistas, ao chegar ao Congresso. "Não temos nenhum interesse em promover nenhum acirramento de ânimos, mas o posicionamento foi necessário", disse. Em postagem no X (ex-Twitter) anteontem, sem citar Haddad, Lira disse que "manifestações enviesadas" não ajudam na "construção de pontes".

Nessa terça, ficou definido que o encontro entre Lira, os líderes partidários, técnicos do Ministério da Fazenda e o relator do arcabouço, deputado Claudio Cajado (PP-BA), vai ocorrer na próxima segunda-feira. "É para que se discuta a única matéria mais polêmica ainda, que é a questão da modificação do prazo do cálculo do IPCA (para prever as despesas condicionadas). Então, isso sendo acordado, na terça-feira essa matéria vai a plenário", disse o presidente da Câmara.

Mal-estar

Lira disse que os deputados e líderes não gostaram da fala de Haddad. "Nós não tensionamos. Ficamos surpresos. Como eu disse na minha nota, acho que foi inapropriado. Talvez um relaxamento excessivo do ministro numa entrevista", afirmou o presidente da Casa, ao ser questionado se o clima na Câmara já estava menos tenso após o mal-estar com o ministro da Fazenda.

Na mesma entrevista a Reinaldo Azevedo, Haddad disse também que o País "hoje vive uma coisa estranhíssima, que é um parlamentarismo sem primeiro-ministro". As declarações causaram incômodo na cúpula da Casa, que estranhou a postura do petista, tido pelos parlamentares como o "principal articulador político" do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Após a entrevista ter ido ao ar, o ministro disse que ligou para Lira para esclarecer a situação e recebeu do deputado uma sugestão de declaração pública para evitar ruído. Nos bastidores, lideranças também atribuem o atraso na apreciação do arcabouço à demora do pelo presidente Lula em anunciar quais ministérios serão destinados ao Progressistas e ao Republicanos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) pode anunciar greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. Nesta terça (1º), a categoria vota a paralisação em Assembleia Geral, agendada às 18h, na Estação Recife, na área Central. 

 Nessa segunda (31), os trabalhadores se reuniram com o Banco do Nordeste e com a equipe do presidente Lula (PT) para negociar a retirada do transporte do Plano Nacional de Desestatização (PND). 

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Na busca pelo reajuste salarial com a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023-2025, o sindicato participou de um encontro virtual com a Secretaria Geral de Diálogo da Presidência, na tarde desta segunda (31).  

Após ouvir as reivindicações, foi agendada uma nova reunião, ainda para esta terça, com a participação do Ministério do Trabalho, da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), da Companhia Brasileira de Trans Urbanos (CBTU) e do Sindicato dos Ferroviários do Nordeste. 

Mais cedo, o Fórum Permanente em Defesa do Metrô do Recife esteve com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, que se mostrou interessado em reestruturar o transporte para garantir a continuidade do serviço pelo governo federal. 

"Eu torço muito pra que haja um desfecho positivo, que o banco possa ajudar neste processo. Como cidadão de Pernambuco, eu torço para que o desfecho seja o que vocês estão pleiteando. Eu acho que o melhor caminho nesse momento é recuperar o que tem, urgente! O Banco do Nordeste está à disposição, é uma decisão de governo mas, se for consultado, defenderá a recuperação do sistema pelo Governo Federal. O Banco do Nordeste está à disposição inclusive para participar de qualquer equação financeira no tocante a infraestrutura”, afirmou Paulo Câmara. 

Na ocasião, foi entregue o documento "Metrô nos trilhos é atendando à população" e o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, informou que o valor mínimo para reverter o sucateamento do sistema gira em torno de 1 bilhão e meio de reais. 

"Com 1 bilhão e meio a gente recupera o sistema e bota para funcionar a todo o vapor. Compra algumas composições, recupera as estações, recupera a linha, recupera a rede aérea, recupera as subestações, colocar tudo para funcionar com toda a força possível”, garantiu o representante. 

Pernambuco atravessa uma crise no transporte público desde a semana passada. Após seis dias de greve, os rodoviários negociaram um acordo com os empresários nessa segunda. Os serviços de ônibus e o metrô chegaram a ficar paralisados por dois dias, em uma mobilização conjunta por aumento salarial e melhores condições de trabalho.

Em mais uma agenda em Brasília nesta quarta-feira (26), a governadora Raquel Lyra teve uma reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para dialogar sobre os projetos para uma saúde mais regionalizada em Pernambuco. Durante o encontro, foi debatida a possibilidade de captação de mais recursos federais para o setor no Estado.

“Nos reunimos com a ministra Nísia e sua equipe para trabalhar mais recursos regionalizados na saúde de Pernambuco, com o objetivo de reforçar o atendimento em cardiologia, neurologia e outras áreas, além da abertura de novas maternidades e requalificação dos nossos hospitais. A parceria com o governo federal é fundamental para permitir que a gente faça sempre mais por Pernambuco”, ressaltou a governadora Raquel Lyra, que estava acompanhada da secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti.

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Na ocasião, a governadora também apresentou um panorama geral do sistema de saúde no Estado, destacando também a necessidade de investimentos para a abertura de novos leitos. A transformação digital da saúde, especialmente a universalização do sistema de prontuários eletrônicos, também esteve na pauta. O secretário estadual de Comunicação, Rodolfo Costa Pinto, acompanhou a agenda.

*Da assessoria 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na tarde desta terça-feira, 25, com o ministro da Defesa, José Múcio, e os três comandantes militares (Exército, general Tomas Paiva; Marinha, almirante Marcos Olsen e Aeronáutica, tenente brigadeiro do ar, Marcelo Damasceno) para tratar das promoções de futuros oficiais generais, almirantes e brigadeiros. O encontro acontece uma semana antes da reunião do Alto Comando do Exército prevista para a próxima segunda-feira, 31, e que terá caráter administrativo.

Os indicados do Exército foram escolhidos na última reunião do Alto Comando e, agora, precisam do aval do presidente para terem seus nomes oficializados e assumirem os novos cargos. O mesmo aconteceu com as demais Forças.

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Segundo oficiais, o clima entre o presidente e os comandantes das Forças é extremamente tranquilo e melhorou substancialmente desde que os militares passaram a afirmar categoricamente que discordam de qualquer tentativa golpista. Oficiais do Exército, a arma onde recaiu o maior desgaste de imagem depois do governo Bolsonaro, têm feito questão de afirmar em todos os seus pronunciamentos que estão comprometidos com a Constituição, os valores da democracia e reforçando o comprometimento com uma posição apolítica e apartidária. Os militares acreditam que o pior o momento do desgaste com a opinião pública já passou.

Há poucos dias, os oficiais do Exército se reuniram na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) os oficiais-generais do Alto-Comando do Exército para uma atualização doutrinária sobre as últimas inovações no Exército Brasileiro. Foram realizadas palestras e debates sobre o Sistema de Planejamento do Exército, a Concepção Estratégica, o Conceito Operacional do Exército/Operações de Convergência 2040, a Doutrina Militar Terrestre, o conflito Rússia-Ucrânia e também as inovações na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército nas áreas da doutrina, do ensino e da pesquisa.

O Brasil deve ampliar a parceria com a Agência Espacial Americana, a Nasa, para o monitoramento do desmatamento da Amazônia. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 24, depois do encontro entre o administrador da Nasa, Bill Nelson, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar da cooperação aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos.

A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, também presente à reunião, informou que Lula e o presidente americano Joe Biden vão conversar por telefone, provavelmente até o fim desta semana, sobre os assuntos abordados na reunião desta segunda-feira.

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"Os nossos satélites já mandam muitas imagens e informações aos cientistas aqui no Brasil para localizar a destruição da floresta", afirmou Bill Nelson em coletiva de imprensa realizada após o encontro. "Futuramente, três novos satélites vão aumentar nossa capacidade de identificar e impedir o desmatamento."

Bill Nelson explicou também que a agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, que identificam a umidade do terreno e do ar e detectam pragas.

O administrador da Nasa visita nesta terça-feira, 25, as instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embraer, em São Paulo.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e a viabilidade do cruzamento de informações.

A ministra lembrou que, em breve, entrará em operação um novo radar que permitirá a captação de imagens através das nuvens e que o Inpe "continua firme e forte, fazendo o seu dever de casa", na qualificação de informações para o combate ao desmatamento na Amazônia.

"A princípio, nós temos total simpatia, tudo que tiver de avanço tecnológico para poder garantir o melhor monitoramento da nossa floresta, nós estamos à disposição", disse a ministra à Agência Brasil. "Nós temos empresas com capacidade de produção para fornecer para a Nasa equipamentos da indústria aeroespacial; então, é um pouco essa troca que nós queremos estabelecer na visita do presidente da Nasa ao Inpe."

Luciana Santos lembrou que a cooperação entre Brasil e EUA na área espacial vem desde a década de 80. Uma das mais importantes parcerias, atualmente, é no Programa Artemis, cujo objetivo é retomar as missões tripuladas à Lua.

A ministra citou ainda um acordo para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, e do projeto que estuda o fenômeno da ionização da atmosfera.

A reunião com Lula durou cerca de uma hora e meia. Bill Nelson presenteou o presidente com uma foto da última missão não tripulada da Nasa à Lua, entre novembro e dezembro do ano passado.

Em agenda nesta terça-feira (18) na sede do Consórcio Nordeste, em Brasília, a governadora Raquel Lyra participou de uma nova reunião com gestores de estados nordestinos. O encontro tratou do apoio que os estados podem promover ao desenvolvimento da agricultura familiar, sobretudo em regiões do semiárido.

Durante a reunião, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram um edital de seleção dos quatro estados no Nordeste para a implementação do Projeto “Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste” (PCRP).

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O projeto, denominado de ‘Sertão Sustentável’, pretende dar mais segurança alimentar para mais de 250 mil famílias na região Nordeste, com produção agrícola, segurança hídrica e promoção da convivência com o semiárido.

“Pernambuco será parte desse processo, a gente precisa transformar a maneira como o Estado vem lidando com a agricultura familiar e fazer um desenvolvimento que seja sustentável e que possa garantir a novas gerações a permanência no campo, produzindo alimentos e garantindo qualidade de vida ao povo de Pernambuco”, destacou a governadora Raquel Lyra.

Existe uma disposição de recursos para o projeto no montante de mais de US$ 217 milhões, cerca de R$ 1 bilhão. A iniciativa conta com financiamento de US$ 30 milhões de empréstimo do Fida, US$ 65 milhões de empréstimo do Fundo Verde do Clima (GCF), US$ 34,5 milhões de doação do GCF, US$ 73 milhões de contrapartida do BNDES e US$ 15,3 milhões de contribuição dos beneficiários.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, os governadores de Alagoas, Paulo Dantas, de Sergipe, Fábio Mitidieri, do Maranhão, Carlos Brandão, do Ceará, Elmano de Freitas, e os vice-governadores, Lucas Ribeiro, da Paraíba, e Geraldo Júnior, da Bahia, também participaram do encontro em Brasília.

*Da assessoria 

Os principais representantes diplomáticos dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) criticaram o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, nesta sexta-feira (14), por atitude "pouco construtiva" durante uma reunião com seus homólogos do Sudeste Asiático na capital da Indonésia.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, aproveitou os dois dias de reuniões no âmbito dos fóruns organizados pela Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) para manter novas conversações com a China, embora tenha denunciado a "coerção" de Pequim na região.

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Blinken, que recusou um encontro bilateral com Lavrov, afirmou que a atitude do chanceler russo "não foi construtiva nem produtiva" nas reuniões plenárias, acrescentando também que ele fez uma apresentação "negativa" das questões em pauta e atribuiu "todos os problemas do mundo aos Estados Unidos".

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, por sua vez, afirmou que Lavrov falou de maneira "muito agressiva" ao responder aos questionamentos sobre a invasão russa na Ucrânia.

"Lavrov me respondeu de uma forma muito agressiva e explicou seu ponto de vista, afirmando que tudo é uma 'conspiração do Ocidente' e que a guerra vai continuar", disse o chefe diplomático a jornalistas.

Blinken ainda alertou que os países em desenvolvimento "pagarão o preço" caso a Rússia negue estender o acordo que permite à Ucrânia exportar grãos através do Mar Negro, que expira às 21h GMT da próxima segunda-feira (17).

Embora não tenha falado publicamente após a reunião, o chanceler russo disse à imprensa indonésia no início desta semana que a guerra na Ucrânia não terminará até que os países ocidentais desistam de seus esforços para "derrotar" a Rússia.

O último encontro entre Blinken e Lavrov ocorreu em março em Nova Délhi, onde conversaram brevemente pela primeira vez desde a invasão russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

- "Coação" da China -

O secretário de Estado americano pediu aos países do Sudeste Asiático que se unam frente à "coação" da China na região Ásia-Pacífico, objeto de tensões entre Washington e Pequim.

"Devemos defender a liberdade de navegação no Mar da China Meridional e Oriental e manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse.

Com os países da Asean, "compartilhamos a visão de um Indo-Pacífico livre, aberto, próspero, seguro, conectado e resistente", acrescentou.

"Uma região onde os países são livres para escolher seus próprios caminhos e seus próprios parceiros, onde os problemas são tratados abertamente, e não sob coação", disse ele em uma alusão velada à China.

O atrito está se intensificando entre a China e alguns membros da Asean, em particular Vietnã e Filipinas, incomodados com as reivindicações de soberania por parte de Pequim sobre quase todo o Mar da China Meridional.

As tensões são ainda mais significativas em relação a Taiwan, um território de governo democrático considerado por Pequim como uma província que, cedo ou tarde, será recuperará - e à força, se necessário.

"O Indo-Pacífico não deve ser um novo campo de batalha", disse o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi.

Blinken se reuniu na quinta-feira com o diplomata chinês, Wang Yi, à margem das negociações da Asean na quinta-feira. No encontro, disse a ele que Washington reagirá ao recente ciberataque ao governo dos EUA atribuído à China.

Wang pediu aos EUA, por sua vez, para "trabalhar com a China" e pôr fim a qualquer "interferência" nos assuntos do país, de acordo com um resumo de sua reunião com Blinken divulgado por Pequim nesta sexta-feira.

As discussões dos ministros das Relações Exteriores da Asean no início desta semana também abordaram a crise em Mianmar. De volta ao poder desde o golpe de 2021, a junta militar não foi convidada para Jacarta.

Também nesta sexta, Blinken prometeu que Washington e seus aliados se defenderão de qualquer "agressão" da Coreia do Norte, que realiza testes periódicos de mísseis, colocando em alerta a Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu no dia 29 no Kremlin com o chefe do Grupo Wagner, Yevgueni Prigozhin, cinco dias após sua rebelião armada, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (10) pela presidência russa.

Na reunião de quase três horas, com todos os comandantes rebeldes, segundo o Kremlin, Putin analisou as atividades dos mercenários na frente ucraniana e o motim no dia 24, quando Prigozhin ordenou que suas tropas marchassem até Moscou. "O presidente ouviu as explicações dos comandantes do grupo e propôs alternativas para o futuro", afirma o comunicado.

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Peskov não disse onde a reunião aconteceu, nem que tipo de acordo foi discutido entre os dois. Ninguém sabe onde está Prigozhin, que até agora não mencionou um encontro com Putin. Se a conversa tiver realmente ocorrido, será o primeiro contato conhecido entre os dois homens desde a revolta dos mercenários, que representou o desafio mais dramático à autoridade de Putin em suas mais de duas décadas no poder. O relato do Kremlin, porém, deixa uma série de perguntas sem resposta sobre o futuro do Grupo Wagner.

O fato de mercenários do Grupo Wagner terem participado de uma reunião com o presidente russo, mesmo depois que Putin os denunciou como traidores em rede nacional e jurou esmagar o motim, demonstra o poder que Prigozhin acumulou no campo de batalha.

De acordo com observadores, o fato de o governo russo fazer questão de divulgar um encontro entre os dois por sugerir que o Kremlin, pelo menos por enquanto, vê os mercenários como uma ameaça a ser mantida dentro do controle do regime, em vez de marginalizada como uma oposição armada.

No entanto, Putin caminha por uma linha tênue e perigosa. Qualquer indulgência demonstrada a Prigozhin e seus mercenários poderia ser considerada um sinal de fraqueza e encarada com desprezo pelo Ministério da Defesa, cuja liderança foi alvo direto da revolta armada.

Versões

O Kremlin já mudou várias vezes sua versão sobre acontecimentos. Em 29 de junho, dia da suposta reunião entre Putin e Prigozhin, Peskov disse a repórteres que não sabia onde estava o chefe mercenário. Na semana seguinte, em 6 de julho, o porta-voz afirmou que o governo não tinha "capacidade nem desejo" de rastrear os movimentos do líder do Grupo Wagner. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) se reuniu, nesta segunda-feira (10), com os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, para debater as medidas tomadas acerca das chuvas que aconteceram a zona da Mata Sul no estado, ocorridas nos dias 7 e 8 desse mês. 

Estiveram presentes também representantes de Secretarias Estaduais, Defesa Civil, Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), entre outros órgãos. 

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Em 48 horas, 15 municípios foram atingidos por uma média de 80mm de chuvas, volume que corresponde a 40% do previsto para o mês de julho. Segundo a Apac, 13 cidades foram as mais afetadas pelos níveis de chuva: 

Xexéu (98mm), Palmares (94mm), Catende (84mm), Joaquim Nabuco (83mm), São Benedito do sul (81mm), Barreiros (77mm), São José da Coroa Grande (76mm), Belém de Maria (73mm), Jaqueira (71mm), Quipapá (68mm), Cortês (67mm), Rio Formoso (59mm) e Primavera (55mm). Água Preta e Maraial também foram incluídas na lista. 

Os 15 municípios somam um total de 266 mil moradores, e uma média de 52% dessa população é considerada abaixo da linha da pobreza. As chuvas se distribuíram por toda a bacia hidrográfica dos Rios Uma e Sirinhaém. 

Ministro Waldez Góes (esquerda), governadora Raquel Lyra e ministro Wellington Dias, em coletiva. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá

Na manhã desta segunda-feira, a governadora sobrevoou a região para averiguar a situação atual dos municípios. “A gente tem recebido cestas básicas do ministério [de Assistência Social], também uma ação de apoio financeiro aos municípios que foi dobrado pelo Governo do Estado pra permitir a assistência mais rápida à população atingida, e as nossas máquinas, equipamentos pra permitir reconstruir pontes, estradas e daí o apoio na elaboração de todos os relatórios do município do estado pra encaminharmos ao Governo Federal junto com eles podemos fazer esse trabalho de reconstrução”, declarou Raquel Lyra. 

A gestora estadual afirmou que a situação de emergência, declarada por 60 dias, será republicada para que dure o total de 180 dias, “para que haja o apoio não só nessas ajudas humanitárias, que são de cestas básicas, colchões, insumos, para a população colocar nas suas casas, mas também para permitir as obras de reconstrução e isso demora mais um tempo”, complementou. 

O ministro Wellington Dias afirmou que o governo federal está lidando com a situação de forma emergencial. “Estamos prontos para este momento emergencial. Aqui que a gente faz uma liberação dos decretos mais rápida, para que se tenha a condição desse atendimento de alimentação, ter um medicamento, as necessidades básicas para quem não pôde ter um planejamento para sair da sua casa”, declarou. 

O ministro Waldez Góes afirmou que o apoio do governo federal é fundamental para o restabelecimento das obras de infraestrutura que deverão ser realizadas nos próximos meses. “Nós já nos comprometemos, em retomarmos a questão das duas barragens que já tinha contrato estabelecido e obviamente que agora no novo plano de investimento para o Brasil, contempla toda essa questão de infraestrutura hídrica, de melhoria também das situações de água, de barragens, de bacias, de fontes, uma série de questões relacionadas à água, então essas são prioridades daqui de Pernambuco”, informou. 

 

Ministro Waldez Góes (esquerda), governadora Raquel Lyra e ministro Wellington Dias, em coletiva. Foto: Rachel Andrade/LeiaJá

O governo dos Estados Unidos reuniu representantes de um grupo de países nesta sexta-feira (7), em uma tentativa de combater o fentanil, com a notória ausência da China, acusada de ser a principal fonte das substâncias químicas com as quais os cartéis mexicanos fabricam esse opioide.

Em reunião virtual, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse a ministros de mais de 80 países que os Estados Unidos acusaram o golpe antes de outros.

Quase 110.000 americanos morreram em 2022 por overdose de drogas, a maioria opioides sintéticos como o fentanil, que é até 50 vezes mais potente que a heroína.

"Uma vez que o mercado americano está saturado, as corporações criminosas transnacionais se voltam para outros lugares para expandir seus lucros", disse Blinken.

"Se não agirmos juntos com extrema urgência, mais cidades ao redor do mundo arcarão com os custos catastróficos" vistos nos Estados Unidos, acrescentou.

A dependência nos Estados Unidos disparou desde a década de 1990, quando as empresas farmacêuticas comercializaram agressivamente analgésicos, com um efeito desproporcional sobre os veteranos das guerras no Iraque e no Afeganistão.

Em resposta, Washington pressionou a China, de onde procedia a maior parte do fentanil, para que proibisse as exportações, o que fez em 2019.

Mas a China continua fabricando produtos químicos (chamados precursores) usados na produção de fentanil. Eles são enviados ao México e à América Central, onde os cartéis produzem os analgésicos, contrabandeando essa carga para os Estados Unidos.

Em um cenário de grande tensão nas relações EUA-China, os congressistas americanos culparam Pequim publicamente pela epidemia de opioides e pedem uma ação enérgica.

A China, por sua vez, rejeitou o convite para participar da reunião, alegando que acredita na cooperação internacional contra as drogas, mas considera que os Estados Unidos têm transmitido uma mensagem equivocada ao impor sanções a empresas chinesas pelo tráfico de fentanil.

Pequim "se opõe veementemente a desprestigiar e atacar outros países ou a impor sanções unilaterais a outros países em nome da luta antinarcóticos", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Weng Wenbin, em Pequim.

- Uma epidemia -

Todd Robinson, subsecretário de Estado para Assuntos Internacionais sobre Entorpecentes e Aplicação da Lei, disse que os Estados Unidos gostariam de ver a participação da China em reuniões similares no futuro.

Robinson especificou que Pequim está em contato com os países participantes, cuja missão é "lutar contra essas cadeias de suprimentos" e "engajar-se" com a China.

Já a secretária de Segurança e Proteção ao Cidadão do México, Rosa Icela Rodríguez, insistiu em que os precursores químicos vêm da Ásia e seu país aumentou os controles alfandegários, tanto nas fronteiras marítimas como terrestres, informou o seu departamento em comunicado.

Nos últimos meses, os Estados Unidos sancionaram integrantes de cartéis do narcotráfico, entre eles os 'Chapitos', filhos do mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, por tráfico de fentanil e apreenderam quase 44 milhões de comprimidos deste opioide em um ano.

A crise do fentanil se tornou um tema recorrente dos republicanos no Congresso, onde alguns chegaram a pedir que os cartéis mexicanos sejam declarados organizações terroristas, aumentando assim a pressão sobre o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que pediu à China que colabore.

Blinken reconheceu, implicitamente, que a ação da China não acabará com a epidemia, porque "quando um governo restringe agressivamente um precursor químico, os traficantes simplesmente o compram em outro lugar".

A coalizão, que se reunirá em uma sessão presencial em setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU, também examinou medidas nacionais para o tratamento de dependentes químicos.

Além disso, tratou de outras drogas sintéticas, como o captagon, um estimulante semelhante às anfetaminas. Seu consumo tem aumentado nos países árabes, como a Arábia Saudita, que participou da reunião desta sexta-feira.

Uma apuração realizada pela AFP em novembro revelou que a Síria, um país devastado pela guerra, possui uma indústria de captagon avaliada em 10 bilhões de dólares (48 bilhões de reais), utilizada para financiar tanto o presidente Bashar al-Assad quanto muitos de seus inimigos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários deixaram o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da República, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, 7. O encontro foi um gesto de agradecimento do chefe do Executivo aos congressistas, após a aprovação da reforma tributária na Casa.

Esta é a primeira vez que Lula se reúne com líderes e parlamentares da Câmara. Até então, o chefe do Executivo vinha resistindo a participar ativamente da articulação política. Após o Centrão ameaçar derrubar a estrutura ministerial do governo na votação da medida provisória da Esplanada, no final de maio, Lula tentou marcar um encontro para apaziguar a relação

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Os líderes, no entanto, resistiram a "posar para foto" com o presidente naquele momento, quando havia grande insatisfação. Eles se queixavam da demora na liberação de cargos e emendas, além do tratamento dado por ministros aos parlamentares. A tese na ocasião era de que se reunir com Lula seria dar uma sinalização de "apaziguamento", sem terem seus pleitos atendidos.

Em 28 de junho, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que Lula havia pedido reuniões semanais ou a cada 15 dias com os líderes partidários da Câmara. Ao fazer um balanço de sua atuação no cargo durante os seis primeiros meses do governo, nesta o deputado reconheceu que o impasse na votação da MP dos Ministérios foi grave. "Parecia que o teto do plenário Ulysses Guimarães ia cair na nossa cabeça", brincou, na ocasião.

O encontro de hoje não constava na agenda do presidente. Além de líderes partidários, também participaram personagens que foram importantes para a aprovação da reforma tributária, como o relator do texto, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que participou do Grupo de Trabalho que se dedicou a debater a proposta na Câmara nos últimos meses. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o titular da pasta das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também estiveram presentes.

Na noite de quinta-feira, 6, a Câmara aprovou a reforma tributária em dois turnos. No primeiro turno foram 382 votos a favor, 118 contra e três abstenções. Já no segundo, foram 375 votos a favor, 113 contra e 3 abstenções. Era necessário o apoio de no mínimo 308 deputados, nos dois turnos. O texto aprovado na Câmara cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ficará no lugar de tributos federais, como o PIS e a Cofins.

Nesta tarde, a Câmara também deu uma outra vitória ao governo e aprovou o projeto de lei que retoma o chamado "voto de qualidade" no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A matéria, que é um dos trunfos da equipe econômica para aumentar a arrecadação e cumprir as metas de resultado primário do arcabouço fiscal, virou barganha política nos últimos dias.

O Partido Liberal (PL) se reuniu nesta quinta-feira (6) em Brasília para decidir como seriam votadas as próximas propostas no Congresso Nacional. Na convocação, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, chamou os membros “a fim de tratar de interesses com governadores, bancadas do Congresso, presidentes regionais e deputados estaduais”.

Um dos temas mais debatidos durante o encontro foi sobre a votação da reforma tributária. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se posicionou favorável à proposta, causando um desentendimento com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que também estava presente na reunião.

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O chamado para o encontro do PL se deu sob a justificativa de apoiar Bolsonaro, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de torná-lo inelegível por oito anos. Apesar dos pontos defendidos pelo ex-chefe do executivo nacional, de que todos os membros se posicionem contrários às propostas do governo atual, o encontro terminou sem um consenso definido.

O PL possui a maior bancada do Congresso Nacional, com 99 parlamentares dos 513. Pela lógica de Bolsonaro, se todos votarem contra, a reforma tributária não será aprovada. A votação acontece nesta quinta-feira à noite.

Um clima de animosidade tomou conta da reunião do PL nesta quinta-feira (6). O desconforto ficou claro entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os parlamentares presentes. Tarcísio gerou um desgaste no PL ao aceitar conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e se posicionar a favor da aprovação da reforma tributária. Bolsonaro já se colocou contrário e orientou os deputados do partido a seguirem a mesma linha.

Ao discursar no encontro do PL, Tarcísio foi vaiado quando falou sobre a proposta em tramitação no Congresso e precisou da ajuda do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para conseguir terminar de se explicar. Na ótica de Tarcísio, é “arriscado a direita abrir mão da reforma tributária”.

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“A direita não pode perder a narrativa de ser favorável a reforma tributária, por que senão a reforma tributária é aprovada e quem aprovou? Posso explicar... O que estou tentando explicar é que acho arriscado a direita abrir mão da reforma tributária... Se vocês não acham que a reforma tributária não é importante, então não vota”, disse o governador.

Na mesma mesa, enquanto Tarcísio tentava falar e era interrompido constantemente, Jair Bolsonaro também pegou o microfone e questionou o prazo para o debate e consenso sobre o texto em tramitação, pedindo mais dias para a análise da proposta. Ao falar diretamente para Tarcísio, Bolsonaro foi direto: “Se o PL não estiver unido não aprova nada”.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta quarta-feira, 5, com as filhas do apresentador Silvio Santos, do SBT, Patrícia Abravanel e Daniela Beyruti, que é CEO da emissora. O encontro não constou na agenda do presidente.

A reunião foi acompanhada pelo ministro da Secretaria da Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, e ocorreu por volta das 16h. O Planalto informou que a visita foi institucional após troca no comando da direção da emissora.

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O marido de Patrícia, Fábio Faria, foi ministro das Comunicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele pediu para ser exonerado dias antes do fim do mandato, em 21 de dezembro de 2022, para assumir o cargo de deputado federal pelo PP, do qual estava licenciado.

Daniela é vista como uma sucessora do pai nos negócios da empresa. Silvio Santos está com 92 anos e já não apresenta os programas da emissora.

O apresentador do SBT foi amigo de vários presidentes da República, desde os tempos dos militares. Quando Luiz Inácio Lula da Silva estava no seu segundo mandato recebeu Silvio Santos no Palácio do Planalto, em Brasília, em 2010.

O último encontro entre o petista e Silvio Santos foi em setembro de 2010. A reunião também não constou na agenda oficial. Na época, o apresentador disse a jornalistas que ia convidar Lula par participar do Teleton com doações.

Anos mais tarde, nas investigações de supostas fraudes no Banco Panamericano, que pertenceu a Silvio Santos, Procuradoria-Geral da República disse, nos documentos da Operação Conclave, que o encontro de 2010 teve como objetivo discutir a situação do banco. Em fevereiro de 2018, sete ex-diretores da instituição financeira foram condenados por crimes contra o sistema financeiro nacional.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará a cidade de Letícia, na Colômbia, no próximo sábado (8), para participar da reunião técnico-científica da Amazônia, organizada pelo governo colombiano, presidido por Gustavo Petro. A cidade de Letícia faz divisa com Tabatinga, no extremo oeste do Amazonas, na região da tríplice fronteira entre Colômbia, Brasil e Peru.

Segundo informações do Palácio do Planalto, essa reunião é preparatória para o encontro de cúpula dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), marcada para o dia 8 de agosto, em Belém. Na ocasião, devem participar os presidentes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Um documento aprovado no encontro será apresentado durante a próxima Assembleia das Nações Unidas, em setembro, em Nova York (EUA).

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Pelo tratado, de julho de 1978, os países da OTCA assumiram o compromisso comum para a preservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais da Amazônia [https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-07/tratado-de-cooper.... Além de priorizar a preservação do meio ambiente, o Tratado de Cooperação Amazônica tem o objetivo de promover o desenvolvimento dos territórios amazônicos, de maneira que as ações conjuntas gerem resultados equitativos e mutuamente benéficos para alcançar o desenvolvimento sustentável das oito nações.

A questão da Amazônia estará no centro das atenções geopolíticas pelos próximos anos, culminando na realização da Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em 2015, na capital paraense. Pela primeira vez, o principal evento das ONU sobre questões ambientais será realizado no bioma de floresta tropical. Na semana passada, o presidente disse que pretende levar à edição deste ano da conferência climática, a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, uma posição conjunta de países que compõem a Amazônia sul-americana a respeito das questões ambientais.

O grupo de trabalho (GT) dos aplicativos, que reúne governo, empresas e trabalhadores de aplicativos de transporte, se reuniu na tarde de hoje (3) na sede da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), em São Paulo. A discussão desta segunda-feira foi sobre segurança e saúde dos trabalhadores e reuniu principalmente motociclistas de transporte de mercadorias.

Saúde e segurança é um dos temas considerados prioridades pelo GT tripartite que discute a regulamentação desse tipo de serviço. Além dele, outro tema considerado prioritário é a remuneração mínima.

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O secretário Nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Gilberto Carvalho, informou que a reunião acabou sem uma definição. Há, no entanto, a proposta de criação de uma campanha nacional voltada para a formação e qualificação dos entregadores de aplicativos.

“A rigor, não há ainda nenhum ponto já amarrado. Mas houve já um grande amadurecimento. O diálogo está fluindo, sobretudo na questão de segurança, que esse é o problema mais gritante que existe. Saiu daqui hoje – e vamos organizar – uma campanha nacional de formação e de qualificação para os motoristas e entregadores e também um diálogo com as empresas para que alguns equipamentos de segurança já venham nas motos, como aquela antena que evita o corte nos motociclistas por linhas [de pipas com cerol]”.

Havia a expectativa de que a reunião de hoje tratasse também sobre a remuneração líquida mínima para os trabalhadores de aplicativos, mas, segundo o secretário, isso acabou não sendo discutido: “o foco hoje foi saúde e segurança do trabalhador. Na próxima reunião vamos avançar na questão da previdência e também na questão da remuneração. Hoje foram lançados alguns elementos [sobre a remuneração], mas não houve uma discussão mais aprofundada.”

Para o secretário, o diálogo entre as empresas e trabalhadores tem sido difícil, mas ao final dessas mesas de discussão o governo espera conseguir chegar a um acordo.

“Quero ressaltar que está tendo um belo diálogo. Um diálogo difícil: às vezes o tom sobe e depois acalma, mas isso é natural. Essa atividade de aplicativos existe há dez anos no Brasil e nunca tinha havido uma intervenção governamental mais clara. Então, essa mesa é irreversível: ela vai chegar a algum acordo. E, se não chegar a um acordo, o governo tomará posições. A situação não poderá continuar da forma como está com os trabalhadores sobretudo sem apoio, sem segurança, sem remuneração digna”.

Segundo Carvalho, não há um prazo para que essas discussões se encerrem. “Mas temos destacado que é um tema urgente. Eu, pessoalmente, espero que, no máximo em três meses, já tenhamos frutos bastante concretos desse diálogo”.

Plataformas digitais

Em entrevista à Agência Brasil logo após a mesa de discussões, Vitor Magnani, presidente do Movimento Inovação Digital (MID), que reúne mais de 170 plataformas digitais, disse ter visto a reunião de forma positiva.

“Teve um encaminhamento de organização dos próximos debates para a gente chegar em algumas linhas que podem ser implementadas. Uma delas, obviamente, é a questão da segurança e saúde do trabalho para que essas pessoas que estão em suas atividades tenham, de fato, essa garantia e essa organização entre as plataformas e de todo o contexto econômico também, como bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais”, disse.

Outro ponto que Magnani considerou importante é o encaminhamento do valor justo para essa remuneração. Segundo ele, o debate sobre a remuneração dos motoristas de aplicativos foi iniciada hoje, “mas a partir da próxima reunião o governo vai traçar algumas linhas que vão ser essenciais para aprofundar nesse tema”.

Questionado sobre qual tem sido o maior impasse nessas mesas de discussão, Magnani opinou que é a discussão sobre a forma como o governo pretende regulamentar esse tema e se os trabalhadores são empregados ou se as plataformas inauguraram um novo modelo de trabalho.

“A gente ainda tem um impasse que é se a gente vai resolver isso por uma nova legislação que trate essas plataformas digitais de fato como uma novidade e em que a legislação atual não se aplica; ou se a gente vai caminhar justamente para aplicar a legislação que está em vigor. Enquanto não tivermos clareza para onde vai esse grupo de trabalho, vamos ficar no impasse. Então temos que avançar nos pontos específicos.”

Segundo ele, essa é uma discussão que não tem ocorrido somente no Brasil. “O mundo inteiro tem debatido isso como uma nova forma de se trabalhar e de ter essas complementações de renda e remunerações para abastecer suas famílias”.

Salário

Para o presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo (SindimotoSP), Gilberto Almeida dos Santos, a discussão discussão sobre a forma como se dará essa regulamentação é um impasse:

“O governo deixou claro para as empresas que, enquanto não tiver outra lei, o que deve ser cumprido são as leis existentes. E isso vale, no nosso entendimento, tanto para as questões relacionadas ao trânsito como para a normatização do mundo do trabalho. Hoje entendemos que o posicionamento do governo foi mais forte e mais duro em relação às empresas. As empresas precisam começar a entender e sair desse ‘dou mas não dou’ e vir realmente para a conversa.”

À Agência Brasil, Gilberto Almeida defendeu que a questão salarial é um dos temas mais importantes para os trabalhadores: “primeiramente temos que buscar os reajustes salariais e as perdas salariais. A categoria, tanto de delivery quanto de e-commerce, está há mais de sete anos sem receber um centavo de reajuste. A primeira coisa que precisamos discutir e mexer é na questão do ganho desses trabalhadores. Tudo subiu. Todo derivado de petróleo subiu - gasolina, moto, peça, celular, internet – mas a nossa remuneração não. Precisamos avançar nessa discussão dos reajustes.”

Já sobre a questão da segurança, tema que foi discutido na mesa de hoje, Gil, como é mais conhecido, disse que existem três leis federais que tratam do assunto. O que falta, segundo ele, é que as empresas cumpram essas leis.

“Dentro da nossa categoria, que é a dos moto-entregadores, já temos três leis federais que regulamentam nossa atividade e que já trazem vários pontos relacionados à segurança tais como qualificação, colete refletivo e toda uma parafernália que vai nas motos. Isso já está dentro da lei. Então é fácil: é só as empresas dizerem que vão começar a cumprir e criar políticas para incentivar o cumprimento dessas leis”.

Segundo Gil, as reuniões do grupo de trabalho têm sido duras, mas importantes. “Depois de sete anos em que a gente não tinha praticamente nenhuma esperança, agora temos um governo que sinalizou que está com vontade de resolver e trouxe todo mundo para a mesa. Hoje estamos saindo da segunda reunião do GT e estamos esperando que as próximas reuniões avancem e que as empresas consigam trazer alguma proposta realmente clara para os trabalhadores”.

Nessa terça-feira (4), uma nova reunião foi marcada para a Fundacentro e irá reunir motoristas de transporte de pessoas.

O GT

Com composição tripartite, o Grupo de Trabalho foi instituído neste ano para elaborar proposta de regulamentação das atividades de prestação de serviços, transporte de bens, transporte de pessoas e outras atividades executadas por intermédio de plataformas tecnológicas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030, publicou em uma rede social o trecho de uma matéria da Folha de São Paulo que fala sobre uma reunião da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, no Palácio do Planalto, junto a embaixadores estrangeiros que teriam vindo ao Brasil para abordar o impeachment. Apesar de não ter feito outros comentários, se entende que a publicação do conservador volta a argumentar injustiça na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela sua inelegibilidade.

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Bolsonaro foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no último dia 30 de junho. A decisão da Corte, apesar de poder ser alvo de recursos, já está válida pelos próximos oito anos. Na ação vencedora contra o ex-presidente, um dos principais questionamentos se fez a partir de uma reunião de Jair com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, ele utilizou suspeitas falsas e já verificadas por órgãos oficiais, de que o TSE possui um sistema facilmente corruptível e que as urnas eletrônicas não são seguras.

A reunião de Dilma, em 2016, convidou cerca de 150 embaixadores para o "Encontro com Juristas  pela Legalidade da Democracia"; aproximadamente 70 convidados compareceram. Entre eles, embaixadores ou encarregados de negócios da Itália, Reino Unido, Bolívia, Equador, Cuba e Rússia. Israel, que à época vivia um impasse diplomático com o Brasil, compareceu através de um encarregado.

Na legislação eleitoral brasileira, não há contrariedade à reunião ou ao tema abordado nela - o impeachment de Dilma. O intuito era emular algo como a Campanha da Legalidade, no pré-ditadura militar, e alcançar apoios diplomáticos para Dilma, que estava prestes a ser exonerada do cargo presidencial.

O discurso de Bolsonaro aos embaixadores

A fala do ex-presidente que motivou a ação foi feita em 18 de julho de 2022, em reunião com embaixadores de países estrangeiros residentes no Brasil. No encontro, o chefe do Executivo disse que o TSE atenta contra as eleições e a democracia. “Atentar contra as eleições e a democracia, quem faz isso é o próprio TSE ao tentar esconder o inquérito de 2018”, disse o presidente, em referência suposto inquérito da Polícia Federal sobre uma invasão hacker à rede do TSE em 2018. Bolsonaro não apresentou provas.

Em seu discurso, Bolsonaro também relacionou os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Roberto Barroso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e insinuou que houve favoritismo e parcialidade diante dos processos do petista.

 

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