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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou, nesta sexta-feira (29), que as universidades públicas serão contempladas por fontes de energia limpa. A ação tem o objetivo de ajudar as instituições no pagamento das contas de luz e reduzir substancialmente os custos.

Para isso, serão repassados às instituições R$ 37,5 milhões. O valor será distribuído para as universidades com maiores desempenhos e mais altos indicadores de qualidade. Segundo o secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa, as insituições foram divididas em "faixas". As que ocuparem os mais altos níveis receberão maiores valores. "Em média, a maioria das universidades vai ter entre 1,5 milhão a mais", disse Barbosa.

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Do total da verba, 65% vão para painéis solares, quanto os outros 35% serão destinados ao término das obras. "Reduziremos a conta de energia em 25 milhões de reais por ano", garantiu o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Por conta das mudanças, dois campi e duas fazendas-escola funcionarão com energia totalmente renovável na Universidade Federal Rural do Amazonas (UFRA), de acordo com o reitor da instituição Marcel Botelho.

Maiores detalhes sobre quais instituições receberão o repasse extra, além de prazos para funcionamento do novo sistema de energia não foram divulgados.

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As calculadoras estão a postos. Passado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 3 e 10 de novembro deste ano, o momento agora entre os estudantes é o de somar as vagas já anunciadas para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), edição 2020.

Mesmo sem o edital do Sisu 2020 ter sido divulgado oficialmente pelo Ministério da Educação (MEC), várias instituições de ensino já anunciaram quantas oportunidades oferecerão no próximo ano. O Sistema utiliza notas do Enem como forma de ingresso; os resultados individuais do Exame estão previstos para janeiro.

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Levantamento realizado pelo LeiaJá identificou que, até então, 58.210 vagas já foram oficializadas por universidades e institutos de várias regiões do País. Confira, a seguir, as instituições de ensino:

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) - 959 vagas

Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) - 870 vagas

Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) - 1.865 vagas

Universidade Federal do ABC (UFABC) - 1.988 vagas

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) - 1.319 vagas

Universidade Federal de Alfenas - Minas Gerais (UNIFAL-MG) - 1.077 vagas

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - 3.391 vagas

Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) - 2.975 vagas

Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) - 1.506 vagas

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) - 307 vagas

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) - 1.605 vagas

Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) - 823 vagas

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão) - 679 vagas

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) - 3.160 vagas

Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA - Mossoró) - 2.710 vagas

Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) - 1.032 vagas

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) - 287 vagas

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) - 600 vagas

Universidade Federal do Tocantins (UFT) - 942 vagas

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - 2.054 vagas

Instituto Federal da Bahia (IFBA) - 1.620 vagas

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - 1.386 vagas

Universidade Federal do Ceará (UFC) -  6.288 vagas

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) - 388 vagas

Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - 90 vagas

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) - 1.038 vagas

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão) - 679 vagas

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – 8.748 vagas

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - 7.872 vagas

Colaboraram Lara Torres e Thayná Aguiar

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O Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) afirma que interpelou o ministro da Educação Abraham Weintraub na Justiça Federal. A entidade pede que o ministro dê explicações a respeito de sua afirmação, em entrevista, sobre a suposta existência de plantações de maconha em universidades

“Foi criada uma falácia que as Universidades Federais precisam ter autonomia. Justo, autonomia de pesquisa, ensino... Só que essa autonomia acabou se transfigurando em soberania. Então, o que você tem? Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas em algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico, porque orgânico é bom contra a soja, para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda a tecnologia que tem à disposição", disse o ministro em entrevista ao Jornal da Cidade na última sexta-feira (22).

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O sindicato não informou, no entanto, a vara ou juiz(a) que recebeu a ação. No texto da peça jurídica, a entidade afirma que o objetivo é “instruir possível ação de reparação dos danos morais coletivamente suportados”.

Para a Andes, o ministro não apresenta provas de suas declarações, além de desvalorizar docentes, servidores técnicos, e estudantes através de “um ataque infundado à premissa constitucional de oferta de ensino gratuito, público e de qualidade”. Confira a íntegra da peça jurídica da interpelação. 

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Em mais uma declaração polêmica, o ministro da Educação Abraham Weintraub se referiu a universidades federais nessa quinta-feira (21). Desta vez, em entrevista ao ‘Jornal da Cidade’, o gestor declarou que em algumas instituições de ensino existem “plantações extensivas de maconha”. Por meio de nota publicada nesta sexta-feira (22), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes criticou a fala de Weintraub.

Para a Andifes, o ministro nutre “ódio” contras as universidades federais. Sobre a mais recente declaração, a entidade acredita que Weintraub “ultrapassa todas as fronteiras que devem limitar, sobretudo, os atos de um gestor público do alto escalão da República”.  

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A instituição afirmou que está “tomando as providências jurídicas cabíveis para apurar eventual cometimento de crime de responsabilidade, improbidade, difamação ou prevaricação”. Confira, a seguir, a nota na íntegra da Andifes:

O ministro da educação do Brasil, Abraham Weintraub, parece nutrir ódio pelas universidades federais brasileiras. Afinal, as instituições das quais deveria cuidar, cabendo ao Ministério estruturar e aperfeiçoar, são a todo momento objeto dos ataques de sua retórica agressiva. Todos já vimos tal agressividade ser dirigida, por exemplo, contra estudantes (sobretudo as suas lideranças), contra professores — tratados como marajás, “zebras gordas” — e mesmo contra gestores (sobretudo gestoras), como se fossem adversários. Vemos ser desvalorizada a produtividade das nossas instituições e serem atacadas, em particular, as áreas pertencentes às humanidades. E, a todo momento, números são chamados a servir à imagem distorcida de que as universidades são excessivamente caras e que, portanto, deveriam sofrer ainda mais restrições orçamentárias. Já o vimos, enfim, classificar as universidades federais como o lugar da “balbúrdia”, invocando outrora essa razão para um bloqueio orçamentário.

Entretanto, em vídeo recentíssimo, o Ministro Abraham Weintraub ultrapassa todas as fronteiras que devem limitar, sobretudo, os atos de um gestor público do alto escalão da República. Sem fazer quaisquer mediações, afirma que as Universidades Federais são “madraças de doutrinação”, ofendendo a um só tempo toda a comunidade acadêmica e a fé muçulmana; afirma ademais que foi criada uma “falácia” segundo a qual as universidades federais precisam ter autonomia, ignorando que essa “falácia” na verdade é mandamento previsto na Constituição brasileira (art. 207) e que um ministro de Estado atentar contra ela constitui crime de responsabilidade (art. 4º, “caput”, c/c art. 13, I, Lei 1.079/50); e afirma, ultrapassando todos os limites, que algumas universidades federais têm “plantações extensivas de maconha” com o uso até instrumentos tecnológicos para seu cultivo, além de afirmar que “laboratórios de química” das universidades se transformaram em usinas de fabricação de drogas sintéticas, como metanfetamina. Enfim, estende essa suspeição a todas as instituições, pois, segundo ele, “cada enxadada é uma minhoca”.

Se o Sr. Ministro da Educação busca, mais uma vez, fazer tais acusações para detratar e ofender as universidades federais perante a opinião pública, mimetizando-as com organizações criminosas, ele ultrapassa todos os limites da ética pública, indo aliás muito além até de limites que já não respeitava. Nesse caso, o absurdo não tem precedentes. De outro lado, se o Sr. Ministro, enquanto autoridade pública, efetivamente sabe de fatos concretos, sem todavia apontar e denunciar às autoridades competentes de modo específico onde e como ocorrem, preferindo antes usá-los como instrumento de difamação genérica contra todas as universidades federais brasileiras, poderá estar cometendo crime de prevaricação. Assim, diante dessas declarações desconcertantes, a ANDIFES está tomando as providências jurídicas cabíveis para apurar eventual cometimento de crime de responsabilidade, improbidade, difamação ou prevaricação.

A ANDIFES reitera, na contramão da retórica do Sr. Ministro da Educação, aquilo que todos os indicadores e rankings nacionais ou internacionais, públicos ou privados, demonstram de modo inequívoco: as universidades públicas são o berço da produção da ciência e tecnologia do nosso país, são essenciais à soberania nacional, ao desenvolvimento econômico e à formação das nossas futuras gerações. São, enfim, um verdadeiro patrimônio do povo brasileiro, que precisa ser valorizado, cuidado e incentivado.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarou que as universidades possuem "plantações extensivas de maconha". A polêmica afirmativa foi dada durante uma entrevista ao 'Jornal da Cidade', disponibilizada nesta quinta-feira (21), no canal do YouTube do veículo de comunicação.

Durante a entrevista, o comante do Ministério da Educação (MEC) garantiu que a quantidade plantada é extensa. "Não são três pés de maconha, são plantações extensivas", disse. Weintraub ainda se referiu às universidades federais como "madrastas da doutrinação".

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Para o ministro, as instituições ainda possuem laboratórios de metanfetamina. "Você pega laboratórios de química, uma faculdade de química não era centro de doutrinação, desenvolvendo laboratório de droga sintética, de metanfetamina, e que a polícia não pode entrar nos campi", garantiu. 

Em crítica à postura do ministro, a Associação Nacional Dirigentes de Instuições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou uma nota de repúdio. O órgão garante que Weintraub "parece nutrir ódio pelas universidades federais brasileiras".

Estudantes brasileiros que desejam seguir com sua qualificação na Europa têm algo a comemorar. Instituições de Ensino Superior (IES) de renome do Reino Unido permitem que participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) utilizem a nota do Enem e o Certificado do Ensino Médio para participar do processo de admissão em algumas universidades. Na lista, elaborada pela empresa Universidade do Intercâmbio, estão academias como Kingston University London, Birbeck, University of Bristol, University of Glasgow e Oxford, considerada uma das melhores do mundo.

Mesmo com as vantagens, o Reino Unido impõe um tipo de treinamento de adaptação com duração de um ano antes da iniciação do curso. O período chamado de Foundation Year procura estabelecer o aperfeiçoamento da comunicação em língua inglesa, oferece aulas de redação, metodologia de pesquisa, estudo dirigido, entre outras matérias. Ao término do processo inicial, os alunos serão submetidos a um método de admissão próprio de cada universidade.

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Confira cinco instituições de destaque no Reino Unido:

1 - Universidade de Oxford

Uma das universidades mais renomadas do mundo aceita a nota dos participantes do Enem. Segundo a Universidade do Intercâmbio, em média, 20% dos candidatos estrangeiros são aprovados no rigoroso vestibular de Oxford.

2 - Kingston University London

Além de outras avaliações, Kingston exige o mínimo de 55% de aproveitamento no Enem.

3 - University of Bristol

Brasileiros que já concluíram um ano de graduação por aqui com notas altas, podem participar do processo seletivo de um curso semelhante sem precisar passar pelo Foundation Year. Também é possível optar pelo ingresso em Bristol por meio do treinamento de adaptação.

4 - Birkbeck

Bem parecido ao sistema de seleção de Bristol, Birbeck permite o acesso à universidade por meio do Foundation Year ou pela conclusão do primeiro ano de curso com média geral mínima de 7.5 no Brasil.

5 - University of Glasgow

A mais conhecida da Escócia tem tradição em receber brasileiros. Em Glasgow, além do Enem, diplomas de bacharelado são considerados para o aceite de alunos estrangeiros.

Estudantes concluintes da graduação e inscritos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) já podem conferir os locais de provas, disponíveis no cartão de de confirmação de inscrição, no site do Sistema Enade. Ao todo, 434.859 universitários farão a prova que será realizada no dia 24 de novembro. 

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os cartões de confirmação de inscrição só podem ser visualizados após os participantes preencherem o questionário do estudante, cuja data limite para o preenchimento é de até 21 de novembro. Segundo o Inep, Mais de 83% dos inscritos já responderam ao questionário e 36% já consultaram seus locais de prova.

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Enade 

As provas do Enade 2019 serão aplicadas em 24 de novembro, em todo o Brasil. Na edição de 2019, o exame avaliará os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

Passado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, é dada a largada na fase de provas de vestibulares em todo o país com ingresso para 2020. Alguns já tiveram suas provas aplicadas, porém, outros ainda vão abrir inscrições, oferecendo chances tanto para quem prefere usar a nota do Enem, quanto para quem não fez o exame ou não quer utilizar a nota da prova.

Para tentar uma vaga em uma universidade pública com o Enem, a primeira opção é se candidatar por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que pertence ao Ministério da Educação (MEC). O programa possibilita que estudantes concorram a uma vaga em um curso superior nas instituições federais. O principal critério é ter prestado o Enem 2019, ter tirado nota igual ou superior a 400 pontos e não ter zerado na redação. As inscrições estarão abertas no período de 22 a 25 de janeiro de 2020, no site oficial do Sisu. O edital será publicado no dia 21 de novembro.

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A segunda alternativa é apresentar o resultado do Enem como complemento do vestibular. Nesse caso, assim como no Sisu, o estudante deve ter realizado o Enem este ano, além de participar do processo seletivo da entidade.

Universidade de São Paulo (USP)- Fuvest

Com mais de 8 mil vagas em vários cursos, a primeira fase do vestibular da USP está prevista para o dia 24 de novembro com uma prova contendo 90 questões. A segunda fase do processo seletivo está prevista para os dias 5 e 6 de janeiro de 2020, no qual os candidatos farão uma prova dissertativa e mais as questões específicas.

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - Comvest

As inscrições para o processo seletivo Enem-Unicamp estão abertas até 21 de novembro com 639 vagas. Esse vestibular é exclusivo para os candidatos que tenham feito o Enem este ano, não sendo necessário fazer uma outra prova. Para se candidatar, é necessário acessar a página oficial da Comvest.

Vestibular UNINASSAU

A UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau possui unidades em várias capitais do país, com diversos cursos. O vestibular tradicional permite ao estudante que apresente a nota do Enem. As inscrições estão abertas no site oficial do vestibular da UNINASSAU.

Vestibular Joaquim Nabuco

Com inscrições abertas, o vestibular da Joaquim Nabuco oferta vagas em cursos de várias áreas. O candidato pode optar pelo vestibular tradicional ou também usar a nota do Enem. Para se candidatar, bastar acessar o site

 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR)

O IFRR está com inscrições abertas, até 21 de novembro para o vestibular da institução que oferece 144 vagas. As provas serão aplicadas em 1º de dezembro, com 56 questões objetivas e redação. Para se inscrever e conferir o edital, acesse a página oficial do IFRR.

Muitas universidade em Hong Kong cancelaram as aulas nesta segunda-feira (11) devido a manifestações que levaram à interrupção parcial dos serviços de transporte público.

Jovens do território responderam à convocação de protestar contra a polícia e o governo, obstruindo ruas e trilhos do metrô pela manhã. Essa movimentação forçou as operadoras de trens e ônibus a suspender parcialmente os serviços de transporte.

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Também houve convocações para boicote às aulas e a organização de protestos sentados em universidades e escolas do ensino médio.

Estudantes do ensino médio que participaram do ato do lado de fora de sua escola, em um distrito central, convocaram a população a tomar Hong Kong de volta.

Um participante de 16 anos disse que a polícia está usando força excessiva e que o governo deveria ouvir a opinião pública.

Forças policiais relataram que um policial abriu fogo contra manifestantes na manhã desta segunda-feira. Autoridades afirmam que um homem de 21 anos se encontra em estado crítico.

Um vídeo mostra o policial lutando com um manifestante antes de atirar contra ele à queima-roupa.

Logo em seguida, o policial atirou mais duas vezes em direção a outra pessoa que participava do protesto. O incidente é apenas mais um em uma série de confrontos violentos que ocorreram em toda a cidade, com a realização de protestos que tiveram como objetivo tumultuar os deslocamentos hoje.

A polícia vem utilizando gás lacrimogêneo e spray de pimenta para tentar dispersar as aglomerações de pessoas.

As manifestações tiveram início há cinco meses, devido à preocupação de que a China estivesse tentando aumentar a sua influência sobre a região semiautônoma.

Desde então, mais de 3 mil pessoas já foram presas. Na semana passada, houve o primeiro caso de morte relacionado aos protestos, quando um estudante de 22 anos perdeu a vida após cair de um edifício-garagem durante uma operação policial.

*Emissora pública de televisão do Japão

As instituições de ensino superior privadas que desejam aderir ao Programa Universidade para Todos (Prouni), referente ao primeiro semestre de 2020, já podem se manifestar por meio do sistema informatizado do Prouni, o Sisprouni, na internet. Os prazos foram divulgados no Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira (5).

As universidades que já possuem o Prouni e que desejam fazer a renovação terão até o dia 25 de novembro para fazer a emissão dos termos aditivos junto à mantenedora. No caso das Instituições de Ensino Superior (IES) que ainda não participam do programa, o prazo é de até a próxima quinta-feira (14) para o cumprimento do procedimento obrigatório da primeira adesão. 

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Segundo o coordenador-geral de Políticas de Educação Superior, Thiago Leitão, "é uma ótima oportunidade para adesão ao Prouni daquelas mantenedoras de instituições de educação superior que ainda não participam do programa. Além disso, pelo edital publicado, fica estabelecido o prazo de 19 dias para emissão dos termos aditivos, suficiente para que as instituições procedam suas atividades com bastante tranquilidade”, segundo nota do Ministério da Educação. Cronograma de adesão e outras informações podem ser conferidas no edital.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quarta-feira (6), uma iniciativa que promete aproximar estudantes do ensino básico a instituições de ensino superior. No âmbito do programa “Educação em Prática”, faculdades abrirão suas portas para que alunos do ensino médio e do sexto ao nono ano do ensino fundamental possam ampliar seus conhecimentos.

Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, o MEC informou que as universidades oferecerão professores, laboratórios de ciências, sala de computadores, música, quadra de esportes, robótica, entre outras ferramentas. Nas próprias faculdades, os alunos do ensino básico complementarão sua carga horária do currículo escolar – com atividades pedagógicas -, bem como o Ministério espera que eles fiquem mais próximos da rotina das instituições de nível superior.

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“A iniciativa vai proporcionar ainda um maior conhecimento para que os estudantes decidam o que querem cursar após a conclusão do ensino médio”, informou o MEC, ressaltando que os alunos poderão realizar atividades práticas nas universidades.

As instituições de nível superior que aderirem ao programa poderão ter bônus na avaliação institucional realizada por meio do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES). Além disso, estudantes de pedagogia e licenciatura que participarem do programa poderão ter “a experiência prática de estágio supervisionado nas escolas das redes públicas de ensino beneficiadas”.

O MEC sustenta que as parcerias envolvendo as faculdades e o “Educação em Prática” darão suporte à implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Por meio dos “itinerários formativos”, os estudantes terão formação em que escolherão a área de conhecimento ou formação técnica a partir de suas preferências e intenções de carreira profissional. Segundo o Ministério, as adesões começam neste ano, enquanto as ações deverão iniciar em 2020.

Para que o programa seja realizado, haverá uma cooperação entre as universidades e as secretarias de Educação das cidades e dos Estados. “A articulação para o desenvolvimento das atividades será promovida pelo MEC junto ao Consed, a Undime e as associações representantes de instituições de ensino superior parceiras”, informou o Ministério da Educação.

Existe, ao todo, 2.152 instituições de ensino privadas no Brasil, além de 296 universidades públicas. O país ainda conta com 38 institutos federais e dois Centros Federais de Educação Tecnológica.

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Uniamp) lideram a lista das 100 universidades mais empreendedoras do Brasil, segundo o ranking da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior). No caso da USP, é a terceira vez consecutiva que a instituição ocupa o primeiro lugar por promover a prática do empreendedorismo para os estudantes. 

Logo na segunda posição está a Unicamp, depois a Universidade de Minas Gerais (UFMG) e no quarto lugar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O principal objetivo do ranking é reconhecer e premiar as comunidades acadêmicas que contribuem para o desenvolvimento do empreendedorismo, sendo analisados pontos como o capital financeiro, a infraestrutura, inovação, cultura empreendedora, extenção e internacionalização. Também foram entrevistados cerca de 15 mil alunos. 

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Depois de estudar todos os critérios, a organização dá a nota final para cada universidade. Nesta edição houve dois empates. Tanto a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) quanto a Universidade Federal de Viçosa (UFV) ficaram na nona posição com a nota de 4,98. Para conferir a lista completa, clique aqui.

Uma imagem de alunos fazendo uma prova na Bhagat Pre-University College, em Haveri, no Estado de Karnataka, no sul da Índia, com caixas de papelão na cabeça para não colar, recebeu críticas por parte da população. A escola pediu desculpas públicas pelo ocorrido.

Em entrevista à BBC Hindu, MB Satish, funcionário da instituição, afirmou que tudo aconteceu com consentimento dos alunos e que tudo era apenas experimental.

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"Ninguém foi obrigado a nada. Você pode ver na foto que alguns estudantes não estavam usando (a caixa de papelão na cabeça). Alguns colocaram a caixão de papelão na cabeça e a removeram depois de 15 minutos, outros após 20 minutos e nós mesmos pedimos para todos removerem-na após uma hora", afirmou.

O vice-diretor do Conselho de Educação pré-universitário da região, SC Peerjade, não aprovou a atitude: Quando recebi uma mensagem sobre isso, fui imediatamente para o colégio e ordenei à direção que interrompesse a prática. Também dei uma advertência à direção da escola e estou avaliando uma ação disciplinar contra eles por implementar essa ideia", cravou em entrevista ao Times of India.

 

Durante a 12ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o professor de biologia Arthur Costa defendeu que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) prejudica estudantes dos estados mais pobres do Brasil. O tema foi discutido em uma palestra chamada “O Enem como uma bola de ferro nos pés do Brasil pobre”, na qual o professor apresentou dados sobre a migração de estudantes entre estados de diferentes regiões, facilitada pela adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 

Em entrevista ao LeiaJá, Arthur explicou que a discussão a respeito do tema começou através da percepção, por meio de dados de aprovação do curso onde trabalha e de declarações de estudantes, de uma mudança no fluxo de êxodo de estudantes entre estados para cursar graduação. Além disso, também era perceptível o aumento do número de relatos sobre vagas ociosas nas universidades públicas de Pernambuco. O professor contou que a chegada de estudantes de estados do Sul e Sudeste do Brasil nas universidades nordestinas se intensificou com a adesão ao Sisu.

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“Se historicamente nos últimos 20, 30 anos, estados nordestinos como Pernambuco, Ceará e Bahia exportavam estudantes, por que agora nós estamos importando?”, questionou o professor, que também expôs um outro movimento de estudantes, entre estados da mesma região, como reação ao aumento do número de estudantes de outros locais que não conseguem ser aprovados na região onde vivem devido à ocupação de vagas por alunos de longe. “Sempre aprovamos muitos alunos em universidades locais e regionais, mas ao longo do ano a aprovação cresceu, mas com cada vez menos estudantes na universidade federal de pernambuco. Há mais de cinco anos que, todo ano, a gente coloca alguém de medicina na Universidade Federal do Acre. Poderia ser algo pra gente comemorar, mas não, estamos predando a vaga de uma instituição”, afirmou Arthur, explicando um movimento que ele chamou de “dança das cadeiras” de estudantes.  

O movimento de alunos recifenses indo para universidades do interior e "tomando" as vagas de quem vive na região também foi apontado pelo professor como frequente e negativo. “Como é que a Universidade do Vale do São Francisco vai servir às pessoas que vivem no Vale do São Francisco? Ela vai servir a Recife? Está errado! Por mais que essa vaga possa servir a um filho meu, não é legal”, disse o professor. 

Arthur explica que há coisas positivas na mobilidade de estudantes, como o amadurecimento do aluno que se muda e o intercâmbio cultural, mas que essa movimentação em massa de estudantes traz consigo um problema: a ociosidade de vagas deixadas por estudantes que desistem de seus cursos. Esse fenômeno, segundo o professor, começou a ser percebido através do relato de ex-alunos da instituição onde trabalha. “Eles dizem ‘na minha sala tem oito cadeiras vazias’, é o paulista que se matricula e não vem, ou desiste porque não aguenta o tranco de ser muito jovem e estar longe da família. Eles dizem que tem oito, dez, quinze cadeiras vagas em medicina, isso nunca aconteceu”, afirmou ele. 

Há também, segundo Arthur, uma movimentação de estudantes entre cursos, com a intenção de acalmar a família que cobra uma aprovação.”Há o cara de medicina que não passa, mas pelo Sisu ocupa uma vaga de direito para dar uma justificativa em casa, esse é um dos motivos de ter muito remanejamento no curso”, disse o professor.

Adesão integral ao Sisu e ociosidade de vagas

Perguntado sobre os motivos dessa facilidade que os estudantes de estados mais ricos têm para ocupar vagas em universidades de regiões pobres do país, Arthur explicou que o cronograma do Enem, juntamente com a adesão de universidades do Norte e Nordeste ao Sisu como única forma de ingresso, dá mais tempo de estudo a alunos do Sul e Sudeste que ainda têm muitas universidades estaduais com outros vestibulares. 

“O estudante daqui só estuda até novembro pois o único caminho é o Enem, e só descobre que reprovou em fevereiro, tem 9 meses de estudo para tentar de novo. Os alunos do sul e sudeste têm vestibulares até janeiro, estudam 11 meses e meio, às vezes até os 12 meses do ano e levam vantagem por isso, a dinâmica de calendário favorece esses caras”, afirmou o professor. 

Quando esses alunos desistem de suas vagas, elas ficam ociosas e geram custos em vão para a universidade e o poder público, “a universidade gasta dinheiro e a cadeira está lá vazia”, nas palavras do professor. Além da distância da família e imaturidade, Arthur cita a falta de políticas de assistência e permanência estudantil como a principal razão para a desistência de vagas até em cursos muito concorridos, dentro da lógica do Sisu. 

“O governo diz ‘vem, a vaga é tua’ mas para permanecer aqui você tem que se virar. O Enem é uma ótima porta para entrar na universidade, mas não para ficar pois não existe uma política para que o aluno permaneça”, afirmou o professor Arthur. Para ajudar a solucionar o problema, ele cita primeiro, como medida emergencial, o exemplo de algumas universidades que, apesar de terem entrado no Sisu integralmente, reservam vagas para estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas da região onde está a instituição, seja a rede pública ou privada. 

“Uma coisa muito boa que Caruaru, Mossoró e algumas outras universidades fizeram foi criar uma cláusula de barreira, uma cota regionalizada, dando 5, 10, até 15% para alunos da região. Esse é o ponto inicial, Depois disso, a discussão é muito mais ampla”, afirmou Arthur, que defende a adoção de medidas de apoio aos estudantes como estratégia de longo prazo para reduzir o número de vagas ociosas.

“Criar uma casa do estudante digna, um restaurante universitário digno, um núcleo de apoio psicológico e psiquiátrico” através das verbas universitárias e do aproveitamento não somente da estrutura física mas também do capital humano das universidades, através dos seus departamentos, é o caminho defendido pelo professor. “A universidade forma pessoas e tem pessoas formadas lá dentro, ela tem assistente social, tem fisioterapeuta, médico, dentista, psicólogo, advogado, historiador, existe uma série de departamentos que podem gerar uma assistência para esse estudante”, explicou ele.

“Eu sou professor de biologia e me debruço sobre esses dados, o que o departamento de estatística da universidade fornece sobre isso? Aparentemente nada. O departamento de estatística deveria tratar esses dados, é um prato cheio para fazer uma tese de mestrado, uma dissertação de doutorado, um TCC de graduação, mas a universidade faz de conta que isso não existe. A universidade é muito grande, pode ser muito maior e precisa entender-se, ver-se dessa maneira. A universidade é incrível!”, afirmou Arthur. 

O professor explica que a necessidade de implementar essas medidas parte do custo envolvido para estudantes que vivem longe de casa e suas famílias, que passam a ter que se sustentar em duas localidades. “Se a família tiver dinheiro para bancar o estudante e botar ele para morar na Avenida Boa Viagem, tudo bem. Mas muitos não têm condições, precisam de uma casa do estudante para morar e não tem uma que comporte todos que precisam. Tem ex-aluno meu que só conseguiu arrumar um lugar para morar em Abreu e Lima, uma criatura que faz medicina e só conseguiu viver longe porque a grana não dava”, contou o professor.  

Recursos para estrutura e serviços

No que diz respeito ao financiamento de políticas públicas e ajustes estruturais que proporcionem as medidas de assistência de que os alunos necessitam, Arthur explica que não é possível fazer educação e produzir conhecimento sem financiamento, seja ele público ou privado. Questionado sobre as possíveis consequências da política de encolhimento orçamentário das universidades públicas promovidas pelo Ministério da Educação, Arthur afirma que é necessário haver uma alternativa para manter e ampliar os serviços educacionais se as verbas para a educação forem cortadas. 

“Pode ser uma política de governo diminuir o dinheiro da universidade, o que eu discordo é dizer que vai cortar e não dar nenhum outro plano de financiamento. Pode ser a ideia do governo privatizar, ele tem que ser claro. Se vai contingenciar, seria obrigação criar uma alternativa, porque simplesmente que acabou é sucatear. O sucateamento da educação nunca levou canto nenhum a nada, eles [governantes] não fazem isso na casa deles”, disse o professor. 

Apesar do cenário pessimista e das políticas de gestão de verbas, cortes e contingenciamento pelo qual as universidades vêm passando, o professor Arthur permanece acreditando na força das universidades para vencer os problemas. “Aparentemente há uma tentativa de encolher a universidade, mas ela é muito maior do que pessoas, maior que ministros, governos. A universidade é grande do ponto de vista temporal, um dos maiores patrimônios da nossa sociedade, ela vai conseguir resistir, superar e passar por isso”, disse ele. 

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A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) emitiu uma nota, nesta quarta-feira (16), onde ratifica o posicionamento contrário em relação ao programa Future-se, criado pelo Ministério da Educação (MEC), para captação de recursos pelas próprias instituições de ensino federais. Para a UFRPE o programa não garante a autonomia e a qualidade reconhecida das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

Um dos pontos criticados é a questão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, baseada na Lei de Inovação, de 2016, que marca a atuação da iniciativa privada dentro das universidades e institutos federais. Para que ela seja efetiva, a UFRPE pede que as receitas captadas por convênios, parcerias e outras formas de arrecadação não sejam vinculadas ao teto de orçamento da União. “Vale ressaltar que esse é um entrave para as universidades para o qual o Future-se não traz solução”, afirma a nota.

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Ainda de acordo com a publicação o Future-se mostra desconhecer o que já vem sendo feito nas instituições brasileiras, sobretudo em relação ao processo de internacionalização e os planos construídos internamente, com conselhos, fóruns e todas as limitações de orçamento. “Neste sentido, é importante um diálogo sobre as atuais dificuldades enfrentadas pelas IFES, visando maximizar a política de internacionalização”, diz o trecho.

O Future-se foi anunciado em julho deste ano pelo MEC e permite que as universidades e institutos federais façam parcerias com empresas privadas para a criação de um fundo de financiamento e também prevê a atuação de Organizações Sociais na gestão das IFES, ponto que gera maior discordância entre professores, alunos e profissionais da educação.

Confira abaixo a nota completa da Universidade Federal Rural de Pernambuco em relação ao Future-se:

"A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) - Instituição centenária com tradição em ensino, extensão e pesquisa no estado e no País – conta com ampla capacidade de inovação e contribui para a superação dos problemas sociais, ambientais e econômicos, participando diretamente no desenvolvimento socioambiental, tecnológico e político regional e nacional. Frente à proposição de um novo programa pelo Ministério da Educação para o Ensino Superior – o Future-se - e da importância de posicionar a UFRPE pelo legado conquistado em seus 107 anos de história, esta Universidade apresenta uma análise crítica de sua Comunidade, uma instituição baseada em princípios mais fundamentais como o direito à Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade, Inclusiva, Socialmente Referenciada e, acima de tudo, AUTÔNOMA.

O Programa Future-se, que declara pretender avançar nas áreas de gestão, empreendedorismo e governança - sem mecanismos claros de controle social e de transparência -, não garante a preservação da autonomia das universidades e manutenção de sua natureza pública, ao incluir novas instituições e formas de financiamento e indicar uma centralização administrativa e de gestão que não será realizada pelas universidades.

O eixo que trata de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação se baseia principalmente na implementação da Lei de Inovação (Lei 13.243/2016). A referida Lei constitui um marco legal da iniciativa privada dentro das IFES. Reconhecemos a importância da ampla implementação dessa Lei, porém para que ela seja explorada economicamente pelas universidades, se faz necessária a não vinculação das receitas próprias (convênios, parcerias e outras forma de arrecadação) ao teto do orçamento geral da união. Vale ressaltar que esse é um entrave para as universidades para o qual o Future-se não traz solução.

O documento do Future-se mostra um amplo desconhecimento do que já é feito nas IFES do país em relação à internacionalização. Muitas universidades trabalham a partir de planos de internacionalização, construídos internamente em fóruns e conselhos, com limitações orçamentárias. O programa não esclarece sobre a disciplina da política de internacionalização da organização e gestão dos processos. Neste sentido, é importante um diálogo sobre as atuais dificuldades enfrentadas pelas IFES, visando maximizar a política de internacionalização.

O Programa Future-se propõe a revogação ou mudança de pelo menos 16 leis constitucionais que tratam de aspectos diversos, como aplicações de crédito (recursos públicos em investimentos de riscos, como os fundos imobiliários), a participação de lucros (partilha de lucros – iniciativa pública/privada), financiamento (questões orçamentárias), incentivos fiscais, plano de carreira (contrato de dedicação exclusiva), conduta do servidor público (conflito de interesse), dentre outros o que indica a amplitude das mudanças propostas que vai da alteração da natureza das IFES à perda de autonomia universitária em diversos aspectos, desde gestão até políticas de internacionalização.

As universidades públicas, consagradamente, já atuam em gestão, inovação, pesquisa, empreendedorismo, internacionalização e governança. Com isso, o programa Future-se não sugere alternativas que conduzam as IFES a um Futuro de desenvolvimento promissor e com garantias estáveis para sua manutenção, através de investimentos essenciais para sua existência que são de obrigação do Estado, de acordo com a nossa Carta Magna.

Dessa forma, a Universidade Federal Rural de Pernambuco se posiciona contrária ao Programa Future-se".

O Ministério da Educação (MEC), informou, em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (4), em Brasília, que estuda mudar o edital do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), para que os alunos com os melhores resultados tenham o bom desempenho divulgado como forma de incentivo. 

“A lei proíbe que divulgue a nota individual do aluno, mas a gente quer divulgar os alunos que tiveram os melhores resultados, na relação por cursos, como se um forma de incentivo para que o aluno busque ficar entre os melhores e possa colocar isso em seu currículo”, declarou o presidente do  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. 

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A Lei 10861/04 diz que na divulgação dos resultados de avaliação é vedada a identificação nominal do resultado individual obtido pelo aluno examinado e que só a ele, exclusivamente, será fornecido em documento específico.

Segundo o ministro da educação Abraham Weintraub, o aluno pode fazer a prova de forma aleatória, já que não existe um incentivo individual para que ela faça de uma forma correta e compenetrada. “Nós não temos como mensurar adequadamente se aquela instituição teve um bom desempenho de fato”, explicou sobre o que pode provocar um baixo desempenho no exame.

Na entrevista, Weintraub também deixou claro que também estuda punir os estudantes que ficarem abaixo do resultado esperado. “A pessoa faz uma prova e acerta 10% das questões, eu acho que essa pessoa não deveria se formar,  não deveria ter o diploma, nem colação de grau. Hoje, já tem a punição se ela não fizer o exame, que é o atraso na colação, a gente pode fazer uma etapa a mais”, afirmou.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, na manhã desta segunda-feira (30), em coletiva de imprensa, o desbloqueio de R$ 1,9 bilhões no orçamento das universidades e institutos federais. O valor corresponde a mais de um terço do total de 30% do valor contingenciado.

“Mais um terço está sendo descontingenciando neste momento. Esperamos descontingenciar mais em outubro”, disse o ministro Abraham Weintraub. O montante de quase R$ 2 bilhões agora liberados pelo MEC foi dividido em R$ 1,2 bilhões para os gastos discricionários que são o consumo de água, energia, pesquisas, manutenção de equipamentos que abastassem as universidades e institutos federais, e em R$ 270 milhões que serão destinados às bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), além de R$ 105 milhões para atender exames da educação básica e R$ 290 milhões para livros didáticos. A Universidade de Brasília (UNB) deve receber R$ 21 milhões. "Usem com sabedoria", brincou o ministro

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Na ocasião, Weintraub justificou a suspensão inicial do dinheiro da educação superior, em função, segundo ele, de uma crise econômica provocada pela gestão anterior e que agora o governo federal está "colocando a casa em ordem". O ministro reiterou que nunca se tratou de um corte, mas sim, um contigencimento temporário. 

Desde a última atualização da regulamentação da educação a distância no Brasil, por meio do decreto nº 9.057/2017, os números de vagas e ingressos na modalidade Ensino a Distância (EAD) vêm alcançando índices cada vez maiores no que diz respeito ao ensino superior. De acordo com último Censo da Educação Superior no Brasil, referente ao ano de 2018, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), das 13,5 milhões de vagas oferecidas, 7,1 milhões foram para os cursos EAD.

Esta é a primeira vez na história que o ensino nesta modalidade supera as vagas presenciais. Especialistas indicam que o crescimento reflete os novos conceitos da educação na modernidade. No mesmo período, o oferecimento de cursos também teve um salto de 50% em comparação ao ano de 2017. Dentre as formações mais disputadas, pedagogia está em primeiro lugar, tanto nas instituições privadas quanto nas públicas.

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O Censo na prática

Dayanna Ximenes, gerente acadêmica do grupo Ser Educacional, explica que o motivo principal do progresso nos cursos de graduação a distância. Segundo ela, os alunos estão cada vez mais procurando uma metodologia que seja mais acessível, tanto partindo da perspectiva financeira quanto de tempo. “As vagas em EAD estão sendo ampliadas porque a gente sabe que a tendência do aluno hoje é procurar uma maneira mais acessível para estudar. O cursos EAD têm um custo mais baixo e oferecem mais flexibilidade de horários e de tempo. Então, o EAD atrai muito o estudante para esse tipo de metodologia, que de fato é uma metodologia que vem dando certo”, avalia. Além dos pontos financeiros e de flexibilidade de tempo, Dayanna coloca que a credibilidade do curso EAD, sendo reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), é um diferencial para a escolha do estudante.

Nas universidades privadas é onde estão concentradas a maior oferta de graduação EAD. São mais de 7 milhões de vagas, incluindo as de programas especiais e remanescentes. Ainda segundo Dayanna, a UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau concede 50 cursos de graduação a distância, nos quais os que têm mais matrículas são os de farmácia, engenharias e arquitetura. “Mesmo sendo mais práticos, esses cursos têm tido um crescimento maior do que os demais. A qualidade que é oferecida no ensino é fundamental para manter o estudante no curso”, acrescenta.

Um outro curso a distância que está dentre as opções na UNINASSAU é o de marketing, em que o estudante Felix Bento, 33, estuda. O graduando que está no quarto e último período do curso e considera que a modalidade EAD não é muito diferente da presencial, exceto pela metodologia. De acordo com o rapaz, o tipo de estudo vem proporcionando-lhe uma maior capacidade de análise crítica. “Estudando a distância, eu me torno um estudante com uma postura mais ativa, ou seja, eu mesmo sou o responsável por buscar os conteúdos e absorvê-los. Esse fator eu vejo como um diferencial para que eu possa me tornar um profissional mais qualificado. Além de que, com o EAD, eu posso organizar a minha programação e conciliar os estudos com o meu trabalho”, analisa. 

O número de ingressantes em 2018 também é destaque do Censo que revelou um aumento de 7% com relação ao ano anterior. Ou seja, mais de 3 milhões de alunos que podem ter o perfil de Felix começaram a estudar a distância. No modelo presencial, contudo, nos últimos 5 anos, os ingressos nos cursos de graduação diminuíram 13%.

Mais de 90 instituições públicas ofertam hoje cursos a distância no país, inclusive as do Estado de Pernambuco. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) conta com cinco cursos EAD, sendo os de ciências contábeis e letras os mais procurados. Fábio de Souza, que responde pelos cursos EAD na UFPE, diz que os cursos possibilitam que os estudantes oriundos dos municípios do interior possam cursar a graduação. As oportunidades estão espalhadas em 18 polos de apoio, do Litoral ao Sertão.

Assim como Dayanna, Fábio acredita que a adaptação do tempo ao modelo de ensino a distância facilita na dedicação do aluno ao curso. “O estudante vai adaptar o seu tempo para que ele possa se dedicar ao curso, o que permite, por exemplo, que ele consiga trabalhar e realizar outras atividades no seu tempo livre. Outro fator é a oportunidade de estudar mesmo estando em outra cidade, o que possivelmente eles não conseguiriam ter acesso da forma presencial”, completa.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, tem colecionado declarações polêmicas. Na mais recente, ele afirmou que universidades públicas que aderirem ao programa Future-se poderão passar a contratar professores sem a realização de concursos públicos, limitando-se ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O discurso não agradou associações representantes de docentes, bem como os contingenciamentos provocados pelo governo federal, sob a justificativa da crise econômica, culminaram na paralisação de atividades nas instituições de ensino afetadas.

No entanto, nessa terça-feira (24), Abraham Weintraub proferiu uma fala que, na teoria, pode trazer mais tranquilidade para a comunidade acadêmica das universidades federais. Durante reunião entre o ministro e deputados federais da bancada da Bahia, em Brasília, Weintraub declarou que existem pessoas desejando o fechamento de instituições de ensino, mas que ele quer salvá-las. “Temos que salvar as universidades. Há um contingente grande de pessoas que quer fechar as federais ou, pelo menos, privatizá-las. Eu sou contra, quero salvá-las. O Brasil tem e deve continuar tendo universidades públicas”, declarou, conforme informações do site do Ministério da Educação (MEC).

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Questionado sobre o contingenciamento financeiro nas universidades públicas, o ministro da Educação argumentou o Brasil encara uma crise financeira deixada por gestões anteriores. Ele acredita que o cenário vai melhorar no próximo ano.

Ao LeiaJá, os presidentes da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Aduferpe) se mostraram preocupados com a medida que pretende vetar seleções de docentes via concurso público. Confira na nossa reportagem.

O Ministério da Educação (MEC) quer reduzir para 70% o gasto das universidades federais com a folha de pagamento nos próximos dez anos. Hoje, pagar a folha corresponde a 85% do total das despesas. A meta faz parte da estratégia para diminuir despesas com pessoal por meio de mudanças no modelo de contratação de docentes e servidores para o regime CLT. O sindicato dos docentes, Andes, diz que isso vai prejudicar as pesquisas e elevar a rotatividade de profissionais.

Quase metade da força de trabalho na administração federal está nas instituições de ensino. O orçamento para todas as 63 universidades federais em 2019 é de R$ 49,621 bilhões - são R$ 42,3 bilhões com salários.

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Ao Estadão/Broadcast, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, antecipou que as universidades que aderirem ao Future-se, ação federal para captar verba privada, "vão ter de passar a contratar via CLT, e não mais via concurso público". O texto do novo programa, que ainda será enviado ao Congresso, tem sofrido resistência de parte das universidades.

Secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Lima afirmou ontem que a redução de 15 pontos porcentuais nos gastos com servidores e professores representaria a maior reforma do governo, depois da previdenciária. "A CLT é um método, mas não é o objetivo em si. O objetivo é ter uma limitação de despesas com pessoal", disse ele.

Lima disse que o Conselho Superior das universidades determinará quais serviços poderão ser prestados por funcionários contratados pela CLT. Destacou, ainda, que as contratações terão de ser feitas por meio das Organizações Sociais (OSs) e pelas fundações de apoio.

Segundo ele, a adesão ao modelo das OSs, tipo de associação privada sem fins lucrativos, pode ser feita pelas universidades em parte ou em sua totalidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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