Tópicos | Câmara dos Deputados

A três dias do início do recesso parlamentar na Câmara dos Deputados, o deputado Federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) se antecipou e fez nesta terça-feira (14) um balanço das ações do primeiro semestre. Em pronunciamento, o peemedebista fez duras críticas ao presidente da Casa Legislativa, Eduardo Cunha (PMDB) e a analisou de forma negativa o período marcado por “remendos e manobras regimentais”. 

Sem medir palavras, o parlamentar alfinetou a atuação do correligionário e classificou como precárias e medíocres as votações e discussões colocadas em prática na Câmara.  “A presidência quer passar uma imagem de que a Casa está atuando da forma devida. Mas não está. O período foi marcado por pautas, agendas e votações cheias de remendos e manobras regimentais”, disparou.

##RECOMENDA##

O peemedebista pontuou à falta de discussões de alguns temas importantes na Casa e criticou o Projeto de Lei 4.333/04 que trata da terceirização. “O que foi aprovado na Casa em relação à terceirização não agradou nem os trabalhadores nem os empregadores. Os pontos da reforma política que já passaram são vergonhosos. Não houve nenhuma reforma até agora. E o tema da maioridade, onde dois lados da questão têm argumentos válidos, não podia ter passado com uma discussão rasa e remendada como ocorreu”, cravou.

Outros aspectos analisados pelo deputado são em relação aos horários de apreciações da matéria. Muitos deles se estenderam pela madrugada e para Jarbas significam “mostrar serviço à população” de forma equivocada. “Isso, na verdade, mostra como estamos trabalhando de forma precipitada e desordenada, atropelando as discussões e fazendo com que temas extremamente importantes para o País sejam votados de forma precária”, avaliou.

Cobrando o resgate do debate de qualidade e que o trabalho na Câmara dos Deputados seja organizado e decente, Vasconcelos finalizou o discurso classificando a atuação do primeiro semestre como medíocre. “Numa Casa onde está em jogo projetos e ações que mexem na vida da população brasileira, não é correto trabalhar de forma medíocre e confusa, como foi feito neste primeiro semestre”, destacou. 

O plenário da Câmara dos Deputados retoma, nesta semana, a votação dos projetos de Lei 2259/15 e 5735/13, que tratam da minirreforma eleitoral, e da proposta de emenda à Constituição 182/07, conhecida como PEC da reforma política.

O texto-base da minirreforma foi aprovado na última quinta-feira (9), na forma do substitutivo do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ficaram pendentes as análises dos destaques e emendas à matéria, que trata de limites das doações para campanhas, dos gastos de campanha, da prestação de contas e da quantidade de candidatos, entre outros pontos.

##RECOMENDA##

Os deputados poderão ainda concluir a votação, em segundo turno, da PEC da reforma política. Na pauta estão os destaques que visam alterar o texto aprovado em primeiro turno. Uma das mudanças propostas é a retirada do trecho que permite que empresas privadas façam doações para os partidos políticos. Outro ponto que pode ser questionado é o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos.

Pauta - Outro texto poderá passar por deliberação dos deputados. A PEC da maioridade penal também está na pauta, mas dificilmente haverá tempo de votá-la, em segundo turno, antes do recesso parlamentar. A proposta permite o julgamento de adolescentes infratores entre 16 e 18 anos por crimes hediondos, homicídio doloso ou lesão corporal seguida de morte.

As sessões deliberativas estão marcadas entre terça (14) e quinta (16).

Com informações da Agência Câmara.

Os deputados federais aprovaram nesta quinta-feira (9) o substitutivo do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Projeto de Lei da minirreforma eleitoral (PL 2259/15). Apesar de acatarem a proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) deixou a apreciação dos destaques para a próxima terça-feira (14).

A análise de semana que vem permitirá mudanças pontuais a serem apresentadas por meio de emendas aglutinativas. Os destaques serão apreciados em sessão extraordinária. “O PL com os seus destaques ficarão para a terça-feira pela manhã, às 9h”, determinou Cunha.

##RECOMENDA##

Neste momento, os parlamentares avaliam o Projeto de Lei 2177/11, do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que implementa o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Mais de cem parlamentares de 13 partidos assinaram documento que será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta quinta-feira (9) questionando a condução de votações polêmicas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e para tentar anular o resultado da votação da redução da maioridade penal, aprovada pelo plenário da Câmara no último dia 2.

Na madrugada do dia 1° de julho, a Câmara rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171 que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, com 303 votos a favor, 184 contrários e três abstenções. Na sequência, após acordo com líderes que defendem a redução, Cunha decidiu colocar em votação uma nova proposta com o mesmo teor, que foi aprovada na madrugada do dia seguinte.

##RECOMENDA##

O mandado de segurança assinado pelos parlamentares foi concluído na manhã de hoje e pede uma posição da Justiça sobre os atos praticados por Cunha que, na opinião do grupo, ferem um parágrafo do Artigo 60 da Constituição Federal. A lei proíbe a análise de uma matéria de proposta de emenda à Constituição, no mesmo ano em que já tenha sido rejeitada.

Defensores do resultado em plenário afirmam que a legislação trata do conteúdo do texto, o que permitiria que qualquer alteração de redação pudesse ser colocada novamente em votação. Segundo eles, o que foi aprovado foi uma emenda ao texto original já que o parecer rejeitado era um substitutivo à matéria. “A matéria é a mesma e por isto não pode ser repetida”, rebateu o vice-líder do PMDB, deputado Darcísio Perondi (RS), que é um dos signatários do mandado.

"Estamos entrando no Supremo para que dê liminar suspendendo a validade desta votação em nome da dignidade, em nome do presente e do futuro do Brasil. Não é sobre mérito, mas sobre a decisão regimental do presidente [Cunha] de colocar em votação a mesma materia na mesma legislatura”, garantiu.

Perondi lembrou que a proposta ainda precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara para depois ainda ser analisada pelos senadores. “Vamos tentar ganhar no segundo turno e depois tem o Senado que tem função revisora e, em última instância, tem a Adin [Ação Direta de Inconstitucionalidade] no Supremo”, explicou.

Eduardo Cunha continua seguro de que a votação seguiu o regimento e não feriu a Constituição. A diferença entre o substitutivo do deputado Laerte Bessa (PR-DF) e da emenda aprovada limitou-se aos tipos de crimes previstos. Na proposta vitoriosa, que surgiu como uma emenda aglutinativa – que reúne o conteúdo de outras emendas ou com texto de proposição principal que deu origem ao assunto –, foram retirados o tráfico de drogas e o roubo qualificado.

A chamada "bancada da bola" da Câmara, formada por deputados ligados a clubes ou à CBF, está redigindo um texto alternativo com regras mais brandas para o refinanciamento das dívidas fiscais e trabalhistas dos clubes. Apesar de o texto apresentado pelo deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) já ser mais suave que a medida provisória elaborada pelo governo, os clubes ainda não ficaram satisfeitos. Até a noite desta segunda-feira, já haviam sido apresentadas 181 emendas, a maioria para retirar exigências aos cartolas. A previsão é que a MP seja votada nesta terça na Câmara, em Brasília.

O texto precisa ser votado na Câmara e no Senado até o próximo dia 17. Caso isso não ocorra, a MP caduca e não pode ser mais votada neste ano. O principal objetivo da medida é estabelecer regras para que os clubes quitem suas dívidas, que somam cerca de R$ 4 bilhões.

A redação de Leite tem apoio do governo e, entre outros pontos, estabelece um prazo de 20 anos (240 meses) para parcelamento dessas dívidas, mas impõe uma série de contrapartidas. O relatório desvincula o refinanciamento das dívidas dos clubes de contrapartidas a serem cumpridas pela CBF.

Para Leite, o futebol brasileiro chegou ao "fundo do poço" na Copa do Mundo e, por isso, a MP precisa ser aprovada. "Não votar é perpetuar a estrutura que gerou o 7 a 1 (derrota do Brasil para a Alemanha, na Copa do Mundo do ano passado) e a desclassificação na Copa América (neste ano)", afirmou.

Deputados da "bancada da bola" vão se reunir com líderes partidários no fim da manhã desta terça-feira para concluir a redação do novo texto. Eles querem, por exemplo, reduzir o que consideram intervenção em federações e na CBF, suprimir a necessidade de os clubes fazerem auditorias periódicas e alterar comprovação de que estão com as contas em dia.

"Vamos fazer um substitutivo, tentar salvar a medida provisória", afirmou o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), integrante da "bancada da bola". "Temos de tentar resolver os problemas dos clubes, não estar se metendo em coisa de federação, CBF, Fifa", disse Arantes. Para ele, a única contrapartida que deve ser atribuída aos clubes deve ser "pagar em dia". "Você acha pouco? Tem de pagar em dia e tem de ter certificação de que está em dia", afirmou o parlamentar.

Para que este texto alternativo seja apreciado antes da votação do relatório de Otávio Leite, os deputados precisam antes aprovar um destaque de preferência. Caso contrário, ele só será votado se o texto de Leite for rejeitado.

APELO - Afinados com o Bom Senso FC, presidentes do Flamengo e Atlético Paranaense fizeram um apelo ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que a medida provisória seja colocada em votação ainda nesta terça-feira.

Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, disse nesta segunda-feira, em reunião em São Paulo com representantes do Bom Senso FC, que é preciso uma mudança no colégio eleitoral das federações estaduais. Essa reivindicação faz parte do texto da MP, apresentado pelo relator Otavio Leite.

A "bancada da bola" não aceita e pede a revogação dessa exigência na MP. Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense, contesta os deputados alinhados com a CBF. "As federações não fazem mais sentido nenhum. Elas são cartórios espalhados pelo País inteiro, que cobram fortunas para um registro de jogador e não têm papel nenhum. Eu sou a favor de ter uma única federação".

A Câmara dos Deputados retoma, nesta semana, a discussão sobre os pontos da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma política. O debate e votação em segundo turno terá início em sessão extraordinária marcada para esta terça-feira (6).

No primeiro turno, os deputados mantiveram o sistema proporcional nas eleições e o voto obrigatório. As regras do financiamento público sofreram uma pequena alteração, com a continuidade do financiamento misto, mas com a proibição de doações para candidatos, mas apenas para os partidos. Outro ponto polêmico foi o fim da reeleição e o período de cinco anos para a duração dos mandatos de todos os cargos.

##RECOMENDA##

Só depois da aprovação em segundo turno, a PEC seguirá para análise do Senado.

Pauta

Os deputados também irão analisar a medida provisória 671/15, chamada de MP do Futebol. Ela cria o Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), um instrumento de refinanciamento que exige dos clubes que aderirem o cumprimento de critérios de responsabilidade fiscal e de gestão interna.

Três projetos de Lei também estão na pauta: o que cria o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; o que trata da curatela compartilhada de filhos maiores de idade portadores de necessidades especiais; e o que estabelece que a remuneração dos depósitos efetuados nas contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não poderá ser inferior à inflação medida pelo INPC.

Apesar de fazer parte do PMDB, partido do vice-presidente do Brasil, Michel Temer, aliado de Dilma (PT), a postura do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), continua sendo reprovada por petistas. Em entrevista nesta sexta-feira (3), no Recife, o senador Paulo Paim (PT) fez duras críticas ao peemedebista e chamou-o de “ditadorzinho”.

Segundo o parlamentar, o deputado federal “é uma decepção muito grande”. “Não para mim, mas para muita gente. O que ele tem feito na Câmara dos deputados eu nunca vi. Eu estou lá há quase 30 anos, eu entrei na Constituinte e estou até hoje, quatro mandatos de deputado federal e dois de senador e nunca vi nenhum presidente agir da forma que ele está agindo”, avaliou. 

##RECOMENDA##

O senador descreveu a postura de Cunha de forma desrespeitosa e preocupante. “É antidemocrático, é truculento, não respeita os deputados e isso, claro que preocupada todos nós. É uma onda que faz com que os movimentos como nós estamos fazendo hoje aqui, tenham que cada vez mais aflorar, debater, e discutir a própria democracia”, alfinetou, comentando sobre a audiência pública contra o Projeto de Lei 30/2015 que trata da terceirização. Para Paim, “se deixar, o Eduardo Cunha vira aí um ditadorzinho que ele já, é ou se bombear, ele instala o parlamentarismo e viva o primeiro ministro”, disparou o petista. 

Deputados contrários à aprovação da emenda que reduziu a maioridade penal de 18 anos para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte, tentarão anular a votação da madrugada desta quinta-feira (2). O grupo tem uma reunião marcada para o início da tarde, a fim de costurar o texto do mandado de segurança que será apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que o procedimento de colocar em votação emendas aglutinativas apresentadas depois que propostas substitutivas são rejeitadas pelo plenário está previsto no Regimento Interno da Casa. “É cristalino”, esclareceu, citando questões colocadas pelo petista Arlindo Chinaglia quando comandava a Câmara.

##RECOMENDA##

Favorável à redução da maioridade, Cunha voltou a rebater acusações de que só são aprovadas matérias que ele apoia. “Ninguém ganha num país em que precisamos discutir impunidade, mesmo com o problema de violência quetemos. Por causa da realidade existente, quem ganhou com a votação foi a população brasileira, que é favorável à proposta”.

Vice-líder do PT, Alessandro Molon (RJ) explicou que o documento que será encaminhado ao STF será construído sem pressa. Segundo ele, a estratégia não ficará limitada à votação da maioridade penal, mas sobre a condução de Eduardo Cunha nessas votações polêmicas.

"Não podemos ter uma Casa de leis em que as votações só terminam quando é aprovado o que o presidente quer. Isso não é democracia. Vamos mostrar que esse comportamento reiterado do presidente ameaça a democracia. Toda vez que ele perde, encerra a votação da noite, reorganiza os partidos conforme suas preferências e refaz a votação até que vença sua posição", alertou Molon.

De acordo com Molon, o mesmo procedimento, de retomar votações depois da rejeição das matérias, a partir da apreciação de emendas, também foi adotado no caso do artigo diferenciando áreas fim e meio no projeto de lei das terceirizações e no artigo que tratou do financiamento de campanha previsto na PEC da Reforma Política.“O perigo é admitirmos que quem tem o poder de agenda, de pautar os temas,  tenha também o poder de escolher o que será ou não aprovado”, acrescentou o vice-líder do PT.

Na terça-feira (30), o plenário rejeitou a proposta de emenda à Constituição (PEC) 171 que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos. Nessa quarta (1º), alguns partidos favoráveis à mudança se articularam e apresentaram uma emenda aglutinativa semelhante ao texto anterior, mas retirando situações como tráfico de drogas e roubo qualificado dos casos de punição a menores de 16 anos. O novo texto foi aprovado por 323 votos favoráveis, 155 contrários e duas abstenções.

Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS) tem prevalecido sempre a “vontade do imperador”. O parlamentar classificou Cunha como autoritário e afirmou que a postura do presidente tem incomodado inclusive seus aliados. “A votação foi evidentemente um golpe contra a Constituição, que deixa claro que uma mesma matéria não pode ser votada duas vezes como emenda constitucional no mesmo ano. Portanto, as emendas aglutinativas que o presidente inventou são ilegais”, concluiu.

 

Vinte e quatro horas depois de rejeitar uma proposta de emenda à Constituição sobre redução da maioridade penal para crimes hediondos e graves, a Câmara dos Deputados aprovou outra PEC com o mesmo objetivo. A matéria recebeu 323 votos a favor, 115 contra, duas abstenções e quatro obstruções.

Todos os 25 deputados federais pernambucanos estavam presentes na sessão e registraram voto. Os favoráveis foram Mendonça Filho (DEM), Kaio Maniçoba (PHS), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Monteiro (PP), Anderson Ferreira (PR), Gonzaga Patriota (PSB), Marinaldo Rosendo (PSB), Pastor Eurico (PSB), Bruno Araújo (PSDB), Daniel Coelho (PSDB), Adalberto Cavalcanti (PTB), Jorge Côrte Real (PTB), Ricardo Teobaldo (PTB), Zeca Cavalcanti (PTB) e Augusto Coutinho (SD).

##RECOMENDA##

Já os contrários foram Luciana Santos (PCdoB), Cadoca (PCdoB), Wolney Queiroz (PDT), Jarbas Vasconcelos (PMDB), Raul Jungmann (PPS), Fernando Coelho Filho (PSB), João Fernando Coutinho (PSB), Tadeu Alencar (PSB), Silvio Costa (PSC) e Betinho Gomes (PSDB).

De uma votação para a outra, apenas o deputado Kaio Maniçoba mudou de postura. Enquanto na primeira votação ele foi contrário à proposta, desta vez o voto foi a favor da redução. A reportagem tentou entrar em contato com o parlamentar para obter explicações, mas não houve sucesso. De acordo com a assessoria de imprensa, ele falará com a imprensa ainda na manhã desta quinta-feira (2).

A proposta aprovada determina que jovens com mais de 16 e menos de 18 anos sejam punidos como adultos quando praticarem crimes hediondos, homicídio doloso (com intenção de matar) e lesão corporal seguida de morte. As penas deverão ser cumpridas em unidades específicas que devem ser construídas por União e Estados.

Agora o texto terá que passar por segundo turno de votação. Como se trata de uma PEC, são necessários, no mínimo, 308 votos favoráveis para ser aprovada.

 

A CPI da Petrobras quer ter acesso ao conteúdo da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. O presidente do colegiado, deputado Hugo Mota (PMDB-PB), enviou ofício com solicitação ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

Em depoimento, Pessoa teria dado à Justiça o nome de 18 políticos beneficiados por recursos desviados de contratos com a Petrobras. O dinheiro foi usado em campanhas eleitorais de partidos do governo e da oposição. O colegiado quer ter acesso à delação antes de marcar o depoimento de Pessoa na CPI. O requerimento de convocação já foi aprovado.

##RECOMENDA##

Durante a sessão desta terça-feira (30), o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), negou que tenha recebido doações ilegais do empresário e que não se sente constrangido por ter sido mencionado pelo delator da Operação Lava Jato. "O que recebi das empresas, recebi legalmente", frisou.

Acareações

O presidente Hugo Mota confirmou o calendário de acareações entre delatores e acusados da Lava Jato, em conformidade com as datas disponibilizadas pela Justiça. Duas serão realizadas na próxima semana e a outra ficará para agosto, após o recesso parlamentar.

No dia 8 de julho, serão ouvidos o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. No dia seguinte, serão confrontadas as versões de Barusco e do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Já no dia 6 de agosto, os deputados ouvirão o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa.

Na CPI, Barusco, confirmou o recebimento de propinas desde 1997, período do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, a propina paga pelas empresas contratadas pela Petrobras variava entre 1% e 2% dos valores dos contratos. Já Duque preferiu ficar em silêncio, valendo-se do direito constitucional de não falar.

João Vaccari Neto negou que tenha recebido propinas para o PT de dinheiro desviado de grandes contratos da Petrobras. O depoimento dele contradisse o de Barusco, que afirmou ter repassado entre US$ 150 e 200 milhões relativos a cerca de 90 contratos.

O arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, posicionou-se, nesta segunda-feira (29), contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que versa sobre redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Ao participar de uma audiência pública sobre o assunto que aconteceu na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o religioso disparou contra os parlamentares que aprovam o texto. Segundo o arcebispo, a proposta é um “insulto ao Evangelho”. 

“Como ministro da Igreja, prefiro apontar a aberração que é o fato de que muitos parlamentares que levantam esse tipo de propostas se dizem cristãos. É um insulto ao Evangelho o fato de que, no Congresso atual, os que se dizem da ‘bancada da Bíblia’ se unam aos da ‘bancada da Bala’ (defensores da violência como solução dos problemas sociais) e ‘do Boi’ (antipáticos à reforma agrária e indiferentes aos pequenos lavradores e índios). Todos esses, em geral, a serviço dos seus interesses ideológicos ou partidários, não ligam minimamente a fé com a ética”, argumentou, reproduzindo um texto de sua autoria divulgado na manhã de hoje sobre o assunto. 

##RECOMENDA##

Para ele, o posicionamento dos parlamentares em reativar a discussão sobre a maioridade penal coloca como inútil o argumento de que o assunto fere a Constituição Federal e desrespeita a Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, que o Brasil assinou em 1989.

Citando a CNBB, Dom Fernando afirmou que a Igreja no Brasil “continua acreditando na capacidade de regeneração do adolescente, quando favorecido em seus direitos básicos e pelas oportunidades de formação integral nos valores que dignificam o ser humano”. Ele também criticou os que usam Deus como um “carrasco cruel e vingativo”. 

“O anúncio do reino de Deus propõe ao pecador a conversão e inclui o perdão, baseado na justiça restaurativa, capaz de refazer laços sociais solidários. Evangélicos ou católicos, que apresentam de Deus a imagem de um carrasco cruel e vingativo não merecem o nome de cristãos. A mensagem fundamental de Jesus é o amor e a não violência. Sua proposta é a solidariedade como principio de vida, sobretudo com os mais pequeninos e frágeis da sociedade”, observou o líder. A PEC deve ir a votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (30).

A frase “não à redução” foi uníssona entre os que discursaram nesta segunda-feira (29), durante um debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93 na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O texto propõe a redução da maioridade penal no Brasil de 18 para 16 anos. A audiência reuniu, além de deputados estaduais e federais, lideranças de entidades como a Arquidiocese de Olinda e Recife, a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente e da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESP). 

Propositor do debate no estado, o deputado federal e integrante da Comissão Especial que analisa a proposta na Câmara, Tadeu Alencar (PSB), afirmou que o principal intuito do encontro é levar a “ampla negativa estadual” para convencer os cerca de 40% dos parlamentares que ainda estão indecisos quanto ao texto da PEC. Segundo ele, “o Brasil tem uma dívida com a juventude” e engana-se quem acredita que a redução da maioridade penal vai reduzir a violência no estado.

##RECOMENDA##

“Estamos enxergando um esforço da direção da Câmara para aprovar esta medida. A gente tinha 40 sessões para fazer as discussões e com pouco mais de uma dezena, eles resolveram colocar o texto em votação no plenário”, afirmou o pessebista. “Muitos dos deputados estão (a favor) sob a justificativa de que a sociedade quer. A sociedade quer justiça, não quer justiçamento (sic). Estamos conversando com os companheiros e mostrando que é um equivoco monumental, um retrocesso. Não só não vai reduzir a violência como vai significar um abalo geracional. Essa redução é uma medida midiática, simplória e sensacionalista”, acrescentou. 

Para Tadeu, é preciso discutir a violência como aconteceu em Pernambuco com o Pacto Pela Vida, além de abordar o papel das políticas sociais e de dar respostas concretas à sociedade sobre o assunto. “Estou com uma expectativa que aja mais de 200 deputados contra”, adiantou o parlamentar. O texto deve ser votado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados nesta terça (30).

Sob a ótica da deputada estadual Raquel Lyra (PSB), proponente da audiência na Alepe, a redução da maioridade penal é tentar “encontrar uma solução fácil para quem ainda não sabe discutir a menoridade no país”. “Querem criminalizar ao invés de garantir direitos efetivos”, frisou. “A gente ainda tem muito para andar. É mais fácil afastar os jovens que parecem ser problemas do que colocá-los em um sistema educacional de acompanhamento multidisciplinar”, completou a deputada.

Representando o Governo de Pernambuco na audiência, o secretário de Desenvolvimento Humano, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento (PSB), a discussão encabeçada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é para “tirar os holofotes” das investigações da Operação Lava Jato. “Eles estão tentando tirar os holofotes da Lava Jato querendo discutir temáticas controversas, como o Estatuto da Família e a redução da maioridade penal”, criticou o secretário. 

Nascimento também corroborou a tese de que a redução da maioridade não combate a violência e apresentou dois projetos que o Governo vai apresentar como alternativa para ampliar a sociorreeducação. De acordo com ele, no segundo semestre será lançado o programa Vida Aprendiz que deve contribuir para que jovens da Funase possam ser empregados em órgão públicos. Outro ponto é a alteração da Lei 15.309, que ainda aguarda regulação, e delimita que todas as empresas privadas reservem 2% das vagas para egressos da Funase e do Programa Atitude. A proposta, segundo Isaltino, vai ampliar o percentual para 5%. 

Em Pernambuco, atualmente 1.515 jovens cumprem medidas socioeducativas. O número representa, de acordo com Isaltino, 0,27% da juventude estadual. “Menos de 0,01% deles cometeram crimes hediondos. Ou seja, reduzir a maioridade é uma falácia, uma mentira”, argumentou o secretário.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB), Pedro Henrique, alegou ser inconstitucional a matéria. “O artigo 228 justifica a inconstitucionalidade por se tratar de uma Cláusula Pétria. Além disso, é vedado o retrocesso”, justificou. 

Líderes da base governista na Câmara dos Deputados deixaram nesta quarta-feira (24) o Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente da República, otimistas com a votação do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamentos de empresas. A expectativa é boa mesmo em uma semana atípica, em que o movimento de parlamentares está reduzido em função das comemorações de São João nos estados. Os parlamentares discutiram as estratégias e posições das legendas com o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer.

Segundo o relator do projeto e líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), existe unidade para votar o texto como foi apresentado em seu parecer. O relator incluiu excepcionalidades para quatro setores, mantendo as atuais alíquotas sobre a receita bruta de empresas de comunicação social, call centeres, transportes e produtos da cesta básica. “Há um ou outro ruído na articulação política, mas não será empecilho para a votação da matéria”,disse Picciani.

##RECOMENDA##

Ele descartou que a reunião do partido nesta tarde tenha sido marcada para aparar arestas dentro da legenda. A posição está fechada e a base defenderá o texto integralmente, rejeitando os destaques, afirmou o deputado. A expectativa é que o texto do projeto de lei comece a ser votado na noite desta quarta-feira, depois de concluída a votação da Medida Provisória 672, que cria regras para o reajuste do salário mínimo. Os destaques, se não forem solucionados hoje, devem entrar na pauta de amanhã (25). “É importante para o ajuste [fiscal] que a medida seja definida o mais rapidamente possível."

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), reforçou o discurso e explicou que, mesmo com críticas às exceções criadas pelo relator, a bancada votará a favor do texto integral. Ele antecipou que vai conversar com os parlamentares petistas para garantir que o projeto avance na sessão de hoje. De acordo com Sibá, há tempo suficiente para as últimas negociações até que a matéria entre em votação no plenário. “Estamos fazendo um esforço para acompanhar também nas excepcionalidades”, disse.

A Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto de lei 6583/13, mais conhecido como o Estatuto da Família, promove, nesta quinta-feira (25), às 14h, uma audiência pública com o presidente da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, pastor Silas Malafaia, e com o ativista pelos direitos humanos, professor Toni Reis.

A proposta, de autoria do deputado federal Anderson Ferreira (PR-PE), estabelece diretrizes de políticas públicas voltadas para a entidade familiar, definida como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento, união estável ou comunidade formada pelos pais e seus descendentes.

##RECOMENDA##

A CPI da Petrobras ouve, na quinta-feira (25), o depoimento do ex-gerente de Segurança Empresarial da estatal, Pedro Aramis de Lima Arruda. Ele integrou comissões internas de investigação para apurar denúncias de corrupção e superfaturamento.

Os deputados querem mais esclarecimentos, por exemplo, sobre a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). À Justiça Federal do Paraná, Arruda afirmou que havia indícios de sobrepreços na obra, orçada em mais de US$ 13 bilhões, embora não tenha apresentado provas das irregularidades. Segundo ele, os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Serviços) pressionaram a área de engenharia para apressar a construção.

##RECOMENDA##

O ex-gerente também deverá falar sobre as apurações sobre pagamento de propina a diretores da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, que alugava navios-plataforma para a estatal. A suspeita é de que o valor de propinas tenha chegado a US$ 92 milhões. Na CPMI da Petrobras, no ano passado, ele falou que não foram encontradas provas da corrupção.

A expectativa dos parlamentares é de ouvir Arruda também sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

 

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou proposta que proíbe a cobrança, pelas operadoras de telefonia celular, da tarifa adicional de deslocamento (roaming) quando o cliente fizer ou receber ligação fora da sua área de origem, mas em região atendida pelo mesmo grupo econômico da operadora.

A proposta sujeita os infratores às penalidades estabelecidas na Lei Geral de Telecomunicações — que incluem advertência, multa, suspensão temporária e extinção da concessão —, sem prejuízo de outras previstas na legislação em vigor.

##RECOMENDA##

O texto aprovado, que segue para o Senado, é um substitutivo do relator, deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), para os projetos de lei 275/11, do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), e 967/11, do ex-deputado Romero Rodrigues. Os projetos tramitam apensados e tratam do fim da cobrança do roaming.

Vital do Rêgo acolheu o substitutivo aprovado anteriormente pela Comissão de Defesa do Consumidor, mas propôs alterações para melhorar aspectos ligados à técnica legislativa.

“Quando a operadora é a mesma e apenas a localidade é diferente, não vemos motivo que justifique a cobrança do adicional, pois que a operadora não necessitará recorrer a serviço de outra empresa para atender seu usuário”, afirmou o autor do substitutivo na Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Roberto Santiago.

Com informações da Agência Câmara

Após concluir a votação, em primeiro turno, da proposta de emenda à Constituição da reforma política, a Câmara dos Deputados concentra as atenção na última proposta do pacote do ajuste fiscal proposto pelo governo. O projeto de lei 863/15 prevê a desoneração da folha de pagamentos para vários setores da economia.

A matéria é o destaque da pauta da sessão de quarta-feira (24), que deve ter continuidade na quinta (25). Há mais de um mês, o texto está sendo negociado pela base governista e o governo, que espera economizar cerca de R$ 12,4 bilhões.

##RECOMENDA##

O PL aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta de empresas de 56 setores da economia que deixaram de contribuir com 20% da folha de pagamentos para o INSS. As taxas vão de 1% para 2,5% e de 2% para 4,5%.

Pauta – Na terça-feira (23), os deputados irão deliberar sobre acordos internacionais assinados pelo Brasil. Com as festas de São João, especialmente no Nordeste, a expectativa é de que o quórum seja baixo.

A semana política foi marcada pela conclusão, em primeiro turno, da proposta de emenda à Constituição da reforma política na Câmara, visita conturbada de senadores da oposição à Venezuela e adiamento do julgamento das contas do governo no Tribunal de Contas da União (TCU).  No plano estadual, base governista e oposição se uniram para articular a vinda do Hub da Latam para Pernambuco.

Prioridade na Casa, a reforma política teve os últimos pontos votados pelos deputados. Na quarta (17), a deliberação em primeiro turno foi concluída. A expectativa é de que a análise em segundo turno seja realizada no início de julho. Já o projeto de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento de setores da economia ficou para a próxima semana.

##RECOMENDA##

No Senado, o destaque da semana foi a visita da oposição à Venezuela. Em Caracas, a comitiva foi cercada por manifestantes pró-Maduro, mas sem conseguir cumprir a agenda, retornou ao aeroporto e voltou mais cedo ao Brasil. Tucanos criticaram a diplomacia brasileira e cobraram firmeza. Por outro lado, a oposição também recebeu palavras contrárias. Enquanto isso, senadores da base decidiram formar um grupo para visitar o país vizinho e ouvir os dois lados.

Depois de sancionar, com vetos, a lei 13.134, que restringe o acesso a direitos trabalhistas como o seguro-desemprego, o abono salarial e o seguro-defeso, a presidente Dilma Rousseff rejeitou totalmente o PLC 4/2015, que tratava do fator previdenciário. Em contrapartida, o governo publicou uma nova MP para disciplinar o assunto, mantendo a fórmula 85/95, mas tornando-a progressiva a partir do ano de 2017. O Congresso pretende mudar o texto, que tramitará durante 120 dias.

Em reunião em Brasília, prefeitos de todas as regiões apresentaram as principais demandas dos municípios aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os chefes dos Executivos municipais defenderam a urgente repactuação das obrigações orçamentárias dos entes federativos, a fim de equilibrar encargos e recursos e diminuir o peso orçamentário das prefeituras. Calheiros e Cunha prometeram tratamento privilegiado às demandas dos prefeitos, assim como as reivindicações dos Estados.

O governo também sofreu um revés nesta semana. O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou o julgamento das contas do governo por 30 dias, para que a presidente Dilma Rousseff preste esclarecimentos sobre irregularidades. O ministro Augusto Nardes quer esclarecimentos sobre as pedaladas fiscais e outras distorções. Para Calheiros, decisão representa um avanço. Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), cobrou isenção do TCU no julgamento.

No Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Luiz Edson Fachin tomou posse como ministro na vaga aberta pela aposentadoria antecipada do ex-ministro Joaquim Barbosa. Fachin disse combinar "emoção com missão" ao assumir a 11ª cadeira da Corte. Entre os primeiros inquéritos recebidos está o que investiga se Calheiros pagou despesas de um "relacionamento extraconjugal" com dinheiro recebido de propina paga por uma construtora.

Em Pernambuco, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi (PP), anunciou a liberação de R$ 20 milhões para o Governo do Estado combater a crise hídrica. Paulo Câmara também esteve em Brasília para reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quando conversaram da dificuldade de cumprir o Programa de Ajuste Fiscal (PAF). O socialista espera receber sinalizações positivas até julho.

O Governo de Pernambuco também apresentou os eixos da gestão para os próximos anos. O Mapa Estratégico 2015-2018 tem como uma das novidades a parceria do governo com os municípios pernambucanos. Na ocasião, Câmara disse que irá superar os problemas. As metas serão monitoradas.

O governo também está empenhado para a instalação do hub da Latam em Pernambuco. Oposição e base aliada uniram forças e Alepe aprovou a criação de uma comissão parlamentar específica para tratar do assunto. Após conversar sobre o tema com a bancada federal, Câmara defendeu o empreendimento em reunião com o ministro Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha. Os senadores Fernando Bezerra Coelho e Humberto Costa também atuam na articulação.

Partidos As ideias contrárias de alguns líderes do PSB, principalmente em Pernambuco, oficializaram de vez a suspensão da fusão com o PPS. O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, aproveitou para demonstrar o anseio dos socialistas disputarem as eleições municipais de 2016 em 17 capitais brasileiras. Já o PT  lançou um documento oficial chamado de “Carta de Salvador”, que foi elaborado a partir dos debates e resoluções aprovadas na segunda etapa do 5º Congresso Nacional do PT ocorrido nos dias 11,12 e 13 de junho, na Bahia. Alegenda propõe novos desafios para mudar a vida dos brasileiros e considera-se protagonista das grandes transformações vivenciadas no Brasil nos últimos anos.

Investigação Nesta sexta-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a 14ª fase da Operação Lava Jato. Os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez foram presos. As empreiteiras teriam pago R$ 710 milhões em propinas. Um dos delatores da Lava Jato, Dalton dos Santos Avancini, afirmou que a Odebrecht pagou R$ 8,7 milhões em propina para a campanha de Eduardo Campos.

 

A guerra entre o aplicativo de caronas Uber e os taxistas está longe de acabar. Nesta quinta-feira (18), em audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara, foi discutida a legalidade do serviço norte-americano que conecta motoristas e passageiros, usado em grandes capitais do Brasil. Taxistas lotaram a audiência, protestando contra o funcionamento da ferramenta no País.

Para o presidente da Associação Brasileira de Cooperativas de Motoristas de Taxi, Edmilson Americano, o serviço prestado pela Uber é ilegal. Segundo ele, a lei brasileira é clara ao definir que o transporte remunerado de passageiros em veículos privados é atividade exclusiva de taxistas.

##RECOMENDA##

“A Uber promove o transporte clandestino, e a concorrência com o serviço de taxi é desleal. Se a Uber quiser trabalhar, ele trabalhe com o serviço legalizado. Eu não posso pegar e comprar um ônibus e sair vendendo um serviço de ônibus, mesmo que seja por aplicativo. É proibido”, complementou Edmilson Americano.

O diretor e representante do aplicativo no Brasil, Daniel Mangabeira, argumentou que a Uber é uma tecnologia de conexão entre duas partes - o usuário e o motorista parceiro. "A Uber não é transporte público individual. A Uber não conflita com os modais existentes. A Uber não pode ser considerada taxi porque não é aberta ao público. Ou seja, a gente tem duas categorias completamente diferentes de prestação de serviço".

O deputado Alfredo Kaefer, do PSDB do Paraná, que pediu a audiência, concorda com os taxistas. Ele defendeu a regulamentação do aplicativo. Conforme o parlamentar, taxistas possuem alvará para funcionamento, enquanto os motoristas do aplicativo não são cadastrados e nem autorizados pelo Estado para exercerem a função.

O superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Alexandre Muñoz, explicou que os municípios devem fazer a regulação da atividade prestada pela Uber. Segundo ele, a competência da ANTT abrange apenas o transporte interestadual.

Porém, no caso do transporte interestadual prestado pela Uber, atualmente a ANTT considera o serviço ilegal. De acordo com o superintendente, existe uma série de exigências para os veículos e motoristas fazerem o transporte remunerado de pessoas. E, se essas regras forem desrespeitadas, as penas incluem multa e apreensão de veículo. 

Com informações da Agência Câmara.

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados promoverá audiência pública, nesta quinta-feira (18), para discutir a legalidade do aplicativo de transporte Uber. O sistema, que permite a prestação do serviço de motorista, é acusado por taxistas de “concorrência desleal”.

LEIA MAIS

##RECOMENDA##

Justiça proíbe o uso do aplicativo Uber em todo o Brasil

A iniciativa do debate é do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR). Ele ressalta que o aplicativo norte-americano vem sendo usado em grandes capitais do País, mas ainda não tem regulamentação. “Quem deve fiscalizar? A ideia de transporte público individual abrange os motoristas do Uber ou precisamos de novas categorias jurídicas?”, questiona o parlamentar.

Sindicatos de taxistas protestam contra o Uber e dizem que o serviço é ilegal. Eles argumentam que a legislação brasileira afirma que somente taxistas podem utilizar veículo automotor, próprio ou de terceiros, para o “transporte público individual remunerado de passageiros”.

Kaefer concorda com essa tese. “Taxistas possuem alvará para funcionamento, pois se trata de uma concessão publica municipal. Já os profissionais do aplicativo não são cadastrados e nem autorizados pelo Estado para exercerem a função”, comenta.

O parlamentar acredita que a tecnologia deve ser utilizada para facilitar o dia a dia da população, mas desde que os prestadores de serviço sejam reconhecidos pelos órgãos públicos. “Não existe controle nenhum de quem está oferecendo a carona paga, além do fato de desestruturar toda uma classe de trabalhadores”, acrescentou Alfredo Kaefer.

Por sua vez, representantes do Uber sustentam que o dispositivo é legal, pois não se encaixa na definição de “transporte público individual”. “No caso do táxi, qualquer pessoa pode estender a mão e pegá-lo. No Uber, é preciso ter um aplicativo, internet e cartão de crédito. Não é público”, defende o diretor-geral da empresa no Brasil, Guilherme Telles, em declaração dada à revista Exame.

Com informações da Agência Câmara

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando