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Neste domingo (19), um grupo de 20 governadores divulgou uma nota contrária às declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o aumento do preço da gasolina nos estados. O chefe do Executivo tem atribuído o valor dos combustíveis aos impostos cobrados nas unidades federativas.

Segundo os signatários, o custo da gasolina registrou um aumento superior a 40%, “embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis. Dessa forma, o problema envolvendo a crise seria de responsabilidade nacional, “e, não somente, de uma unidade federativa”.

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Ao longo dos últimos seis meses, Bolsonaro tem reagido a pressão de setores como o dos caminhoneiros colocando a responsabilidade do aumento exclusivamente nos governadores. “Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e não somente de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, criticaram.

O preço da gasolina é formado a partir da fatia da Petrobras, que, na semana de 5 a 11 de setembro, era de 33,5%; o ICMS, que na média do País, estava em 27,6%; e os tributos federais Cide e PIS/Pasep e Cofins; o custo do etanol anidro; e pela parte da distribuição e revenda. No diesel, a fatia da Petrobras ultrapassa os 50%.

Nomes como Paulo Câmara (PSB-PE), Flávio Dino (PSB-MA), Rui Costa (PT-BA), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Ibaneis Rocha (MDB-DF) assinam o documento.

Leia, abaixo, a íntegra da nota e todos os seus signatários:

NOTA DOS GOVERNADORES SOBRE O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

Os Governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema.

Assinam esta nota:

RUI COSTA, Governador do Estado da Bahia

CLÁUDIO CASTRO, Governador do Estado do Rio de Janeiro

FLÁVIO DINO, Governador do Estado do Maranhão

HELDER BARBALHO, Governador do Estado do Pará

PAULO C MARA, Governador do Estado de Pernambuco

JOÃO DORIA, Governador do Estado de São Paulo

ROMEU ZEMA, Governador do Estado de Minas Gerais

RONALDO CAIADO, Governador do Estado de Goiás

MAURO MENDES, Governador do Estado de Mato Grosso

EDUARDO LEITE, Governador do Estado do Rio Grande do Sul

CAMILO SANTANA, Governador do Estado do Ceará

JOÃO AZEVÊDO, Governador do Estado da Paraíba

RENATO CASAGRANDE, Governador do Estado do Espírito Santo

WELLINGTON DIAS, Governador do Estado do Piauí

FÁTIMA BEZERRA, Governadora do Estado do Rio Grande do Norte

RENAN FILHO, Governador do Estado de Alagoas

BELIVALDO CHAGAS, Governador do Estado de Sergipe

REINALDO AZAMBUJA, Governador do Estado de Mato Grosso do Sul

IBANEIS ROCHA, Governador do Distrito Federal

WALDEZ GÓES, Governador do Estado do Amapá

 

O aumento da bandeira tarifária na energia elétrica, que passou a valer no início deste mês, é mais um capítulo dramático da crise econômica brasileira. Em conjunto com a alta dos combustíveis, o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) e as oscilações no valor da cesta básica, a medida impopular é acompanhada por uma renda que pouco cresce - ou inclusive diminui - para a maioria da população.

Segundo o economista e presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco, André Morais, parte da escalada dos valores se deve ao processo de pandemia, que pode ecoar ainda em 2022. “A vacinação precisa avançar ainda mais para destravar o setor de serviços com mais força. Esse que foi um dos setores mais afetados. O que mais vem preocupando não é 2021, mas 2022, ano em que o país vai começar a sentir mais fortemente os efeitos recessivos dos juros altos”, disse.

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Apontada por Morais, a taxa básica de juros (Selic), regulada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, registrou inúmeros reajustes (de alta) neste ano, chegando ao percentual de 5,25% ao ano. Na prática, quando o BC aumenta a taxa de juros, ele pretende “esfriar” a economia, o que, em teoria, deveria desacelerar o consumo das famílias e colocar freio na alta dos preços.

Se a inflação, isto é, o índice que mede a oscilação de preços no mercado, está alta, por exemplo, o órgão aumenta os juros; se a inflação está baixa, há espaço para reduzir a Selic. Através do cenário de incerteza propagado pelas crises econômica e social, contudo, a inflação brasileira atingiu 9% no acumulado até julho, se tornando o terceiro maior da América Latina, atrás apenas da Argentina e do Haiti, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas.

Até o final de 2020, o País ocupava a sexta posição no mesmo ranking.

Cesta básica compromete metade do salário mínimo

A nova variante da Covid-19, chamada de Delta, aliada ao ritmo lento de retomada das indústrias alimentícias pelo mundo têm contribuído para a valorização das commodities de itens básicos. No Brasil, a soja e o milho foram alguns dos afetados pela perda de valor do real e aumento da exportação, levando ao desabastecimento do mercado local e, consequentemente, ao aumento dos preços.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), só no mês de agosto o preço da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais do país. No Recife (PE), que compõe a lista, a variação acumulada no último ano é de 11,90%.  Para comprar itens básicos, o trabalhador que ganha um salário mínimo na capital pernambucana gasta, em média, R$ 491,46, comprometendo pouco menos de 50% da renda mensal.

“As oscilações nos preços dos alimentos podem se dar por vários fatores. Tanto uma safra agrícola, como o dólar e demanda do mercado externo. Como exemplo temos o nosso pãozinho de cada dia, que precisa de trigo para sua fabricação. Que, por sua vez, em grande parte, é importado. Com a alta do dólar, os preços aumentaram significativamente e o empresário precisa repassar esse custo ao consumidor”, explicou André Morais, que acrescenta a preferência dos produtores em exportar como outro fator decisivo.

Embora o aumento dos juros seja também uma tentativa dos órgãos reguladores de reprimir o crescimento do dólar, diminuindo o fluxo de exportação exacerbada, as incertezas fiscais provocadas pela crise institucional fomentada pelo presidente Jair Bolsonaro impediram a queda da moeda estrangeira.

“Na minha visão, a tendência é que o dólar, apesar da queda recente, continue subindo. No cenário normal, teria uma tendência de queda com o aumento da Selic, porém estamos perto das eleições presidenciais, e é comum vermos o dólar subir nesse momento. Riscos políticos se tornam cada vez mais eminentes, e isso repercute no câmbio”, disse Morais.

Na prática, tudo indica que o mercado financeiro observa com insegurança a trajetória do Brasil diante da crise, o que também ocasiona a fuga de capital do País e desvaloriza o real, aumentando ainda mais a pressão inflacionária.

Combustíveis e crise hídrica

Contrariando a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que atribuiu o aumento de preço dos combustíveis ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado por governos estaduais, dados apontam para os reajustes da Petrobrás como o maior “vilão” na precificação dos combustíveis e outros derivados de petróleo, a exemplo de gás encanado e de cozinha.

O economista André Morais pontua que, desde a gestão Michel Temer (MDB), a política de preços adotada pela estatal decidiu acompanhar o preço do barril de petróleo negociado no mercado internacional, ou seja, por meio do dólar. Sendo assim, o principal ‘motor’ das altas é o valor do real desvalorizado. Novamente, o câmbio reflete as incertezas dos investidores estrangeiros sobre o futuro político e institucional do Brasil.

Aliado a isso, a crise hídrica é outro ponto a corroer a renda média dos trabalhadores. “Essa falta de chuvas afeta diretamente a produção do agronegócio, aumenta os custos das indústrias pressionando a inflação e, consecutivamente, chegando a atingir o consumo das famílias. Além disso, alguns especialistas da área, já mostram preocupação com racionamentos obrigatórios e, no pior cenário, apagões”, considerou o economista.

Com isso, o mês de agosto também marca o início de uma nova taxa extra na conta de luz dos brasileiros. Chamada de “escassez hídrica”, a bandeira representa um aumento de quase 50% em relação ao que estava em vigor anteriormente. A determinação é válida até o dia 30 de abril de 2022 e deve continuar puxando a alta da inflação.

 

 

Nesta segunda-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre o preço dos gás de cozinha e desafiar os governadores a zerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e permitir que a população compre o produto direto da refinaria.

"Eu gostaria que pelo menos um governador fizesse o mesmo que fiz e zerasse o imposto. Se o governador de São Paulo zerar o ICMS do gás, podemos, juntos, baixar pela metade o valor do botijão", declarou o presidente durante entrevista à Rádio Regional, de São Paulo.

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Bolsonaro também falou da possibilidade de criar um "vale gás", "Se tiver que fazer, eu faço". No entanto, ele salientou que seria mais barato zerar o ICMS dos Estados do que criar essa distribuição de renda.

Nesta sexta-feira (13), durante a entrega de casas no Cariri, Ceará, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o problema do auto custo do gás de cozinha é um problema dos governadores, que não zeram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

O presidente declarou que o seu governo já buscou uma maneira de suavizar o impacto danoso da inflação e que sabe muito bem que o gás de cozinha está caro.

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"Dizer a vocês que nós entregamos na origem um botijão de 13 Kg por R$ 45. Eu determinei que desde abril não existe mais imposto federal no gás de cozinha. O preço do gás sai de R$ 45 para R$ 130 baseado em três fatores: o frete, a margem de lucro de quem vende e o ICMS do governador do estado", salientou.

Bolsonaro ainda falou que se os governadores pensassem nos mais humildes, fariam o que ele fez, zerando o ICMS. "É só zerar o ICMS do gás de cozinha. Seria um grande gesto, mas parece que para muitos governadores isso não interessa, interessa apenas a demagogia", disse.

Ele ainda revelou que a inflação está alta por conta das medidas restritivas adotadas por conta da pandemia da Covid-19 pelos governadores. "Aquela política que os governadores adotaram com esse fique em casa que a economia a gente vê depois, a conta está chegando", pontuou.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para esclarecer que o ICMS a ser retirado da base de cálculo do PIS/Cofins é o destacado na nota fiscal, e não o efetivamente pago. Caso esse entendimento prevaleça no placar final, será uma derrota bilionária para a União.

Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com um integrante da equipe econômica, essa opção pode dobrar o impacto fiscal da decisão da Corte, até hoje calculado em R$ 258 bilhões em cinco anos, segundo estimativa da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

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A União pleiteou junto ao STF que o ICMS a ser retirado da base do tributo federal fosse o efetivamente pago. No entanto, a relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, reforçou a posição de que todo o valor destacado como ICMS na nota fiscal deve ser descontado da base de cálculo do PIS/Cofins.

Como o valor do ICMS destacado costuma ser maior, isso beneficia o contribuinte, mas "sangra" a arrecadação federal.

Além da relatora, votaram pelo desconto do ICMS destacado os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Moraes ressaltou que a União, enquanto pôde cobrar PIS/Cofins sobre os valores de ICMS, aceitava a cobrança sobre o ICMS destacado. "A Receita cobrava e União não reclamava. Não, era aceito normalmente", disse o ministro. "Se a União aceitava, me parece que não há um motivo para não aceitar, salvo se a União pretender devolver tudo que ela recolheu dentro do que ela agora afirma que é cumulativo", acrescentou.

O ministro Kassio Nunes Marques abriu divergência nessa questão e entendeu que o desconto deve ser do ICMS efetivamente recolhido. Ele foi acompanhado pelos ministros Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes.

Nunes Marques ressaltou que parte do ICMS destacado na nota fiscal é aproveitado pelo contribuinte como crédito. "A União sustenta como critério de exclusão o ICMS líquido. Alega que, caso excluído o ICMS destacado, haveria aproveitamento cumulativo do crédito", disse. "Compreendo que deve prevalecer o critério do ICMS líquido, devido em cada etapa da cadeia de circulação, ou seja, o saldo do crédito apurado e devido por cada contribuinte", acrescentou o ministro, em entendimento alinhado com o desejo da União.

Para Nunes Marques, em caso de desconto do ICMS destacado na nota fiscal, ocorreria o aproveitamento acumulado desses créditos. "Certamente haverá enriquecimento sem causa do contribuinte", afirmou.

Impacto

Apesar do impacto significativo na definição da exclusão do ICMS destacado, a modulação dos efeitos retroativos da decisão do STF pode atenuar o baque nas contas, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast. Esse cálculo, porém, ainda será estimado pela equipe econômica.

Pouco antes do fechamento deste texto, os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes se somaram a outros cinco integrantes da corte no sentido de limitar os efeitos retroativos da decisão de retirar o ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins. Para uma modulação, é preciso apoio de oito ministros da Corte.

A posição até agora majoritária é de que a retirada do ICMS da base é retroativa apenas para contribuintes que ingressaram com ações e procedimentos administrativos até 15 de março de 2017, data do julgamento de mérito sobre a questão. Isso limita o impacto fiscal para a União, embora frustre empresas que esperavam ressarcimento integral de créditos.

Informações prestadas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apontam que, dos 56 mil processos mapeados sobre esse assunto, 78% foram ajuizados após a decisão do STF em 2017. Sem a modulação, eles também poderiam buscar ressarcimento dos pagamentos a mais feitos à União. No entanto, pela posição majoritária até agora, o impacto fica mais limitado para as contas do País.

"A modulação não é uma escolha da juiz, é uma imposição da própria força normativa da Constituição", argumentou o ministro Gilmar Mendes.

Em tom de apelo, nesta terça-feira (30), o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), pediu ao governador Paulo Câmara (PSB) para suspender o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), indicado para a próxima quinta (1º). Ele ressaltou o momento frágil da economia em Pernambuco e se manifestou contra a medida que encarece os combustíveis.

Miguel indicou que o aumento de impostos vai dificultar ainda mais a relação com a população, que sente um impacto mais agressivo na renda em meio à segunda quarentena no estado.

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"Não dá para acreditar que nesse momento o Governo do Estado esteja querendo aumentar os impostos em relação ao combustível [...] Logo agora em um momento que Pernambuco tá com saldo negativo na questão do desemprego. E logo agora que Pernambuco tá com mais de R$ 1 bilhão e R$ 900 milhões em caixa de acordo com o próprio relatório de gestão fiscal. E logo agora que, mesmo depois de 2020 ter sido um ano tão difícil, o Governo conseguiu aumentar sua receita de ICMS em mais de 14%", pontuou.

Ao invés de ampliar o imposto, ele destaca que o ideal seria criar alternativas ao empresariado para a geração de empregos. Nós, enquanto gestores, estamos pedindo a solidariedade e que cada um faça sua parte. Não é hora de cobrar mais das pessoas que estão pagando mais no sacrifício do dia a dia de suas empresas, seus negócios e suas famílias", acrescentou.

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O governador de Pernambuco Paulo Câmara anunciou, em pronunciamento veiculado na tarde deste sábado (13), que o Estado poderá adotar medidas ainda mais restritivas, em razão da Covid-19. Por enquanto, atividades não essenciais estão liberadas, de segunda a sexta-feira, das 5h às 20h, enquanto nos fins de semana são totalmente proibidas.

Durante o discurso, Câmara deixou claro que, caso persista a alta de casos da covid-19 nos próximos dias, poderá tomar medidas restritivas mais severas. “Nosso Comitê de Enfrentamento analisa de forma permanente os números da doença no Estado. Se a situação continuar se agravando, teremos medidas restritivas mais duras nos próximos dias. O momento exige toda cautela, um descuido pode representar uma perda irreparável e nós queremos vencer esta batalha. Use máscara, mantenha as mãos higienizadas e o distanciamento social”, pediu o governador.

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De acordo com o Governo do Estado, as taxas de ocupação para os leitos de UTI e enfermaria na rede pública são de, respectivamente, 95% e 80%. Já na rede privada, estão indisponíveis 88% dos leitos de Terapia Intensiva e 66% das vagas de enfermaria. Pernambuco já soma 316.424 casos confirmados da doença, sendo 33.498 graves e 282.926 leves.

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O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou em pronunciamento divulgado neste sábado (13) novas medidas econômicas com foco na situação crítica causada pela Covid-19. Para ele, o momento atual da pandemia é o pior já experimentado em todo o País. “Temos um quadro que pressiona o sistema de saúde e que causa também impactos severos na economia. Diante disso, anunciamos agora algumas ações para ajudar os setores produtivos – que geram emprego e renda à população – a atravessarem mais esta fase de intensas dificuldades”, afirmou.

A primeira das ações é a prorrogação, por 120 dias, dos prazos de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no âmbito do Simples Nacional. A iniciativa é voltada para todos os estabelecimentos contribuintes do ICMS que estejam nesse regime tributário. Estão enquadrados na medida de benefício fiscal, e terão esse pagamento postergado por quatro meses, microempresas e microempreendedores.

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De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, a medida representa mais de R$ 26 milhões por mês para o Estado. “O primeiro vencimento seria agora, para março, mas fica adiado para julho. O de abril, por mais quatro meses para frente, e o de maio também”, detalhou Padilha.

O governo anunciou também que as demais empresas poderão contar com um novo programa de recuperação de crédito, que vai proporcionar uma redução de juros e multas de até 90% do valor dos débitos acumulados. “A iniciativa é uma grande oportunidade para recuperação das empresas, com condições de descontos até parcelados. Se você parcela em até oito vezes, você tem o desconto de 80%. Tem uma sequência de parcelamentos em que você chega até 60 meses com desconto de 30%”, explicou Padilha. Os contribuintes terão dois meses para se inscrever no programa, a partir da data de publicação da lei, enviada à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na sexta-feira (12).

As secretarias estaduais de Fazenda do Rio e de São Paulo fazem nesta quarta-feira (24) uma operação conjunta para combater fraudes envolvendo créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Sessenta e seis empresas estão sendo fiscalizadas na ação.

Segundo a Secretaria Estadual de Fazenda do Rio, essas empresas são suspeitas de simular operações, supostamente vendendo mercadorias para São Paulo, com o objetivo de gerar créditos indevidos de ICMS.

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Essas empresas investigadas emitiram notas fiscais num valor total de R$ 5,4 bilhões, o que gerou benefícios indevidos de R$ 600 milhões em créditos de ICMS.

De acordo com a Secretaria Estadual de Fazenda de São Paulo, as notas fiscais são emitidas com destaque do imposto (ICMS), que é utilizado como crédito pelos destinatários paulistas na apuração do imposto devido em operações posteriores. Assim, o participante do esquema usa esses créditos para pagar menos imposto ao Estado de São Paulo, causando prejuízos ao erário e à concorrência.

 

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar para definir os combustíveis e lubrificantes sujeitos à incidência única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na prática, a medida, se aprovada como quer o governo federal, altera a forma de cobrança do ICMS, que é um imposto estadual.

Pela proposta, caberá ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) definir as alíquotas no ICMS sobre combustíveis, que deverão "ser uniformes em todo o território nacional e poderão ser diferenciadas por produto". O Confaz é formado por integrantes do Ministério da Economia, incluindo o titular da pasta, Paulo Guedes, e todos os secretários estaduais de Fazenda. Essas alíquotas também serão, segundo dispõe o texto, "específicas, por unidade de medida adotada", que pode ser quilo ou litro, por exemplo.  A proposta, na prática, torna o ICMS invariável por causa do preço do combustível ou de mudanças do câmbio. Segundo o projeto, qualquer aumento no valor do tributo só entrará em vigor 90 dias depois de anunciado, de modo a dar mais previsibilidade ao setor.

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O projeto determina que cada estado e o Distrito Federal aprovem uma lei estadual instituindo a nova forma de cobrança 90 dias após a aprovação da lei federal complementar. Atualmente, o ICMS sobre combustíveis, cujas alíquotas variam de 12% a 35%, dependendo do estado, é cobrado a partir do preço médio do litro do combustível vendido na bomba e, por isso, seu custo costuma ser repassado ao consumidor final no preço do produto. De acordo com a Petrobras, 14% do preço final do diesel, que é o combustível usado no transporte de carga, representa o custo do ICMS. Outros 9% desse custo são formados por impostos federais, como a PIS/Cofins e a Cide (atualmente zerada no caso do diesel). Já a fatia que fica com a Petrobras representa cerca de 47% do preço final do diesel. Na composição da gasolina, cerca de 29% é a realização da Petrobras e os impostos (federais e estaduais) representam cerca de 44% do preço final do litro. 

Se a proposta for aprovada na versão apresentada pelo governo, os contribuintes do ICMS sobre combustíveis serão os produtores ou importadores de combustíveis e lubrificantes. De acordo com o projeto de lei, a base do cálculo do ICMS sobre combustíveis será a unidade de medida adotada na operação multiplicada pela quantidade de unidades objeto da operação. 

Além do diesel e da gasolina, o projeto de lei complementar do Executivo federal prevê que a nova forma de cálculo do ICMS deverá ser aplicada também para o álcool combustível; querosenes combustíveis; óleos combustíveis; coques, de petróleo e de minerais betuminosos; resíduos de óleos, de petróleo e de minerais betuminosos; óleos lubrificantes, de petróleo ou de minerais betuminosos; hidrocarbonetos líquidos derivados de petróleo e hidrocarbonetos líquidos derivados de gás natural que possam ser utilizados em mistura mecânica para a produção de gasolinas ou de diesel, de acordo com as normas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP); biodiesel; gás natural combustível; e gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha.

Ontem (11), durante sua live semanal nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro confirmou  que entregaria o projeto e criticou a forma de cálculo do ICMS que, segundo ele, gera uma distorção na cobrança.

"O que se faz de 15 em 15 dias? Pega-se o valor médio do combustível e daí os governadores aplicam o percentual em cima daquilo. O ICMS não só incide em cima do preço do combustível na refinaria, mas incide também em cima do PIS/Cofins [imposto federal], incide em caso de existência de Cide [imposto federal], incide em cima da margem de lucro dos postos, incide em cima do custo da distribuição e incide em cima do próprio ICMS. Isso é uma loucura". 

Alta nos preços

Desde o início do ano, a Petrobras já reajustou o preço dos combustíveis cinco vezes. No caso do diesel, foram dois aumentos que acumulam alta de 11% do valor do produto nas refinarias. No caso da gasolina, a alta desde o início do ano acumula mais de 20%, com três aumentos consecutivos.

A Petrobras, estatal dominante no mercado de combustíveis, segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e a cotação do petróleo no mercado internacional. Os reajustes são realizados de forma periódica nas refinarias.

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, nesta sexta-feira (5), que o governo avalia um projeto para estabelecer um valor fixo de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis ou a incidência do imposto estadual no preço dos combustíveis vendidos nas refinarias. Bolsonaro deu a declaração após uma reunião com ministros e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre maneiras de conter a disparada dos preços de combustíveis no País.

"Nós pretendemos é ultimar um estudo e, caso seja viável, seja juridicamente possível, nós apresentaremos ainda na próxima semana fazendo com que o ICMS venha a incidir sobre o preço do combustível nas refinarias ou um valor fixo para o álcool, a gasolina e o diesel. E quem vai definir esse percentual ou esse valor fixo serão as respectivas assembleias legislativas", afirmou o presidente.

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O preço dos combustíveis é formado por uma série de componentes. As refinarias impõem um valor para as distribuidoras que, por sua vez, vendem para os postos.

Em todas as etapas, incidem o preço de custo e o lucro. Também há incidência de tributos federais e estaduais. O consumidor final está na última ponta dessa cadeia.

O ICMS é um imposto estadual, cobrando sobre venda de produtos. As tarifas variam de acordo com as mercadorias. Hoje, o ICMS é cobrado no momento da venda do combustível no posto de gasolina e representa uma parcela muito grande da arrecadação dos Estados.

Na semana passada, a Petrobras anunciou um novo aumento da gasolina (5%) e do diesel (4%) nas refinarias, com um preço médio de R$ 2,08 e R$ 2,12 por litro, respectivamente. Foi o segundo aumento da gasolina em 2021.

O prazo maior para a tramitação da reforma tributária deu alívio para setores empresariais que temiam uma votação relâmpago da proposta no final de 2020. Mas Estados querem evitar que a proposta volte à estaca zero. Os secretários de Fazenda dos Estados querem garantir uma reforma ampla que não fique restrita aos tributos do governo federal. Eles vão se reunir por videoconferência, na próxima semana, com o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

O secretário de Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, disse ao Estadão que muito investimento já foi feito na discussão da proposta e que o relatório de Aguinaldo deve ser aproveitado para ser colocado em votação. Ele lembra que a proposta dos secretários de Fazenda teve apoio unânime dos governadores. Mas contém pelo menos dois pontos rejeitados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes: a destinação de recursos federais para o fundo de desenvolvimento regional e a forma de composição do conselho gestor que vai administrar o novo tributo que seria criado pela reforma, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), para reunir impostos federais (PIS/Cofins), estadual (ICMS) e municipal (ISS) que incidem sobre o consumo.

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O secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, endossa o coro para que a reforma não comece do zero. "Quanto mais pudermos não mexer, e seguir em frente, melhor", disse Meirelles. Para ele, a reforma deve ser ampla, porque o maior problema hoje é com o ICMS, o imposto estadual.

O presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humai, considerou o tempo maior para a tramitação como uma "solução apaziguadora". "O prazo é suficiente para poder se discutir e entender melhor a proposta.

Mas não sabemos o que vai andar. Se é a PEC 45 (da Câmara), a PEC 110 (do Senado), só a proposta da Contribuição sobre Bens e Serviço (do governo), ou se será algo novo que vai chegar".

Já o presidente da Confederação Nacional de Serviços, Luigi Nese, é mais radical e defende que a reforma seja toda rediscutida e comece primeiro com a desoneração da folha de salários (redução dos encargos que as empresas pagam sobre os salários) e criação da nova CPMF.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Motoristas de caminhão protestaram nesta quarta-feira (27), em São Paulo, contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O protesto foi de manhã e começou na Praça Charles, em frente ao estádio do Pacaembu. De lá, os caminhoneiros se movimentaram até as proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e indo também para as marginais Tietê e Pinheiros.

O número de pessoas que participaram do protesto não foi divulgado.

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No ano passado, o governo paulista aprovou um pacote de ajuste fiscal, alegando que isso seria necessário para cobrir um déficit estimado de R$ 10,4 bilhões em 2021, resultado da queda de atividade econômica e da perda de arrecadação motivadas pela pandemia do novo coronavírus. Para aumentar a arrecadação, uma das medidas previstas no pacote, aprovado em outubro, era a redução linear dos benefícios fiscais concedidos a setores da economia.

No início deste mês, o governo acabou suspendendo as mudanças nas alíquotas do ICMS para medicamentos genéricos, insumos agropecuários e produção de alimentos, mas manteve as mudanças para os demais setores.

Em nota, o governo de São Paulo considerou o protesto “uma manifestação de caráter político” e disse que vem negociando com os setores desde o ano passado.

“A redução de parte de benefícios fiscais da iniciativa privada é uma medida necessária para garantir a continuidade de serviços públicos fundamentais, como a distribuição da merenda diária de mais de 3.5 milhões de alunos, o pagamento dos 110 mil policiais do estado e o funcionamento 5 mil escolas e 100 hospitais estaduais. Desde o ano passado, o governo do estado conversa com o setor de carnes e aves sobre a redução de benefícios fiscais em caráter emergencial e temporário”, diz a nota.

Fechamento de bares

Também na manhã de hoje, houve protesto de proprietários de bares e restaurantes, que reclamaram do fechamento de bares provocado pela reclassificação do Plano São Paulo, anunciada na última sexta-feira (22). Pela reclassificação, sete regiões do estado foram colocados na Fase 1-Vermelha do plano, na qual só serviços essenciais podem funcionar. Os demais serviços foram colocados na Fase 2-Laranja, que permite a reabertura do comércio de forma presencial, com exceção dos bares. A capital paulista está na Fase 2-Laranja. A medida vale, pelo menos, até o dia 8 de fevereiro, quando haverá nova reclassificação.

Durante o protesto, os proprietários de bares e restaurantes disseram que já cumprem protocolos sanitários para o funcionamento durante a pandemia e que o fechamento traz muitos prejuízos ao setor.

Segundo organizadores, cerca de 300 pessoas participaram do ato na Avenida Paulista.

Em entrevista coletiva concedida hoje o governador de São Paulo, João Doria, disse respeitar as manifestações. Ele afirmou que toda manifestação feita de forma ordeira e sem prejudicar o direito de ir e vir da população, é normal e democrática. "Entendo também que as manifestações, em alguns casos, podem ser respondidas com bom diálogo e entendimento. Mas as medidas que o governo determinou, todas elas foram em defesa da vida e da regularidade fiscal do estado”, afirmou.

Durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), realizada na manhã desta quinta-feira (21), a Secretaria da Fazenda de Pernambuco votou a favor da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o oxigênio hospitalar.

O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, assegurou que a medida vale para a aquisição do Estado, destinadas às unidades hospitalares aqui situadas, e para à remessa solidária que será enviada ao Amazonas.

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Vale lembrar que Pernambuco já enviou 200 concentradores de oxigênio, juntamente com a Prefeitura do Recife, para o Governo do Amazonas. A doação chegou em terras amazonenses no último domingo (17). 

Os equipamentos doados foram usados em hospitais de campanha de Pernambuco e agora devem ajudar na grave situação vivenciada pelo Estado do Amazonas em meio à pandemia da Covid-19. 

O Governo de Pernambuco garante que a doação dos equipamentos não compromete a estrutura de assistência hospitalar aos pernambucanos.

Com um coronel reformado da Polícia Militar à frente da empresa e opositores a João Doria (PSDB) em sua operação, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp) se transformou no principal reduto bolsonarista de São Paulo. O local foi o palco nesta quinta-feira (14) de um protesto contra o aumento de impostos de alimentos - do qual Doria já recuou - em que 60 toneladas de alimentos foram distribuídos à população.

A Ceagesp deu apoio institucional ao protesto, realizado pelos vendedores que trabalham no entreposto. Seguranças da companhia organizaram a fila de milhares de pessoas que foram até lá receber cestas com frutas, verduras e legumes, distribuídas com ajuda do pessoal administrativo. A entrega se deu ao som do hino nacional.

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O coronel reformado da PM Ricardo Mello Araujo preside a Ceagesp desde outubro do ano passado. Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo famoso pelos índices de letalidade policial, o PM se aproximou de Bolsonaro ainda em 2017. Araújo foi procurado pelo então deputado após dizer em entrevista que os salários dos PMs eram baixos e que votaria em Bolsonaro para presidente.

Já parte dos permissionários tem atritos antigos com governos tucanos. Em 2016, comerciantes ficaram contrariados com as propostas de remoção da Ceagesp do local onde ela está, na Vila Leopoldina - alvo da cobiça de urbanistas e do setor imobiliário. Doria, como prefeito e como governador, reforçou esses compromissos, mas se viu impedido de realizar a transferência após Bolsonaro vetar a medida - a Ceagesp é uma empresa federal e a palavra final sobre o plano é de Brasília. Bolsonaro esteve na Ceagesp no fim de dezembro para anunciar que não haveria privatização. Foi recebido por uma multidão vestida de verde e amarelo.

O presidente da Ceagesp disse que a distribuição de alimentos já ocorre às quintas-feiras. "Os comerciantes tiveram a ideia de fazer uma manifestação inteligente, que era usar essa doação para fazer uma super doação e mostrar que esse aumento do governador é uma insanidade", disse Araújo, ao justificar o apoio institucional ao protesto. "Esse negócio de 'fique em casa' funciona para quem tem dinheiro". Araújo negou, porém, que o apoio aos comerciantes fosse uma ação política contra o governador. "O que ele está fazendo é uma insanidade, mas distribuímos alimentos todas as quintas."

O presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp), Claudio Furquim, elogiou a gestão de Araújo dizendo que ele retirou indicações políticas da companhia, e disse que o protesto de ontem não era uma disputa política entre os governos federal e estadual. "Estamos aqui para sensibilizar o governador para revogar definitivamente o aumento dos alimentos".

Protesto

A notícia da distribuição gratuita de cestas com frutas, legumes e verduras, que totalizavam 10 quilos de alimentos, atraiu uma fila de quase três quilômetros, da Estação Ceasa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) até o portão 7 da Ceagesp. As pessoas, muitas delas de chinelos, levaram sacolas de feira ou carrinhos. Mas apenas 3 mil senhas haviam sido distribuídas - os comerciantes, que previam doar 30 toneladas de alimentos, dobraram o total para 60, diante do público. A multidão se dispersou pouco depois da 14h, quando uma tempestade atingiu a região.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A juíza Simone Gomes Rodrigues Casorett, da 9ª Vara da Fazenda da capital paulista, ordenou a suspensão do aumento de impostos para produtos, medicamentos e equipamentos médico-hospitalares determinado, por decreto, pelo governador João Doria (PSDB) em dezembro passado. A decisão atendeu a um mandado de segurança proposto pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) e beneficia seus filiados.

Os protestos contra o pacote de ajuste fiscal do governo Doria já haviam feito o governador recuar, na semana passada, da iniciativa de subir os impostos de alimentos e medicamentos genéricos, mas Doria havia mantido o aumento para os demais remédios e produtos médicos. A decisão, divulgada por meio de uma publicação no Twitter, ainda não foi oficializada com outro decreto. Setores ligados ao agronegócio, que também tiveram promessa de recuo no aumento de impostos, farão um protesto nesta quinta na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp).

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No caso dos demais medicamentos, a preocupação de empresários do setor de hospitais e de produtos farmacêuticos estava voltada principalmente para os medicamentos contra aids e câncer. O decreto do governador revogou benefícios ligados à isenção de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

"Estima-se que a revogação da isenção representará impacto de cerca de R$ 1,5 bilhão anuais nos custos dos prestadores de serviços de saúde, entre medicamentos, dispositivos médicos, equipamentos de proteção individual, máquinas e equipamentos", escreveu o SindHosp, no mandado de segurança.

Ao conceder a liminar, a juíza acatou argumentos de que a revogação dos benefícios não poderia ser estabelecida por decreto, uma vez que ela foi estabelecida por convênios próprios e de acordo com a Constituição. "Não há dúvidas que a revogação da isenção, por decreto, não está condizente com o dispositivo constitucional mencionado e legislação", escreveu Simone na decisão. A isenção de ICMS continuava valendo para hospitais públicos e filantrópicos e o sindicato dos hospitais apontou um tratamento discriminatório, que também foi criticado na petição do mandado de segurança.

O setor farmacêutico, entretanto, ainda terá de pagar ICMS maior caso venda os produtos para outras entidades, como farmácias, uma vez que o mandado de segurança abrange apenas o setor dos hospitais.

Nesta quarta, o Ministério Público de São Paulo propôs outra ação contra o pacote fiscal, que revogou a isenção de Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para a maior parte das pessoas com deficiência. O MP aguarda o recebimento da ação pela Justiça.

O Palácio dos Bandeirantes foi procurado para comentar a decisão da 9.ª Vara da Fazenda, mas não havia se manifestado até a publicação desta matéria.

Um decreto assinado pelo Governo de São Paulo autoriza a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no processo de importação dos medicamentos mais caros do mundo para o estado. A ordem que reduz o custo das substâncias aplicadas no tratamento da doença rara Atrofia Muscular Espinhal (AME), passou a valer na última quarta-feira (21).

Junto à determinação do poder público estadual, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) exigiu que um Projeto de Lei (PL) seja elaborado pelo governo e encaminhado à Assembleia Legislativa paulista. Caso aprovado pelos deputados estaduais, a isenção de ICMS para fármacos como Zolgensma e Nusirnesena/Spinraza pode passar a vigorar, de maneira permanente.

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Os medicamentos são prescritos para pacientes com AME e, para serem trazidos de fora do Brasil, têm o custo de cerca de USD 2 milhões (cerca de R$ 11,2 milhões). A doença degenerativa é rara e acomete uma a cada dez mil crianças nascidas no mundo.

O diagnóstico recomenda que os remédios estimulantes à produção da proteína SMN1, considerada fundamental para que o sistema motor dos pequenos se estabeleça, sejam administrados até os dois anos de idade. Além de não desenvolver os movimentos, a síndrome também atrapalha a consolidação do aparelho respiratório e leva as crianças à morte.

A maior parte de tudo o que o governo de Pernambuco arrecada vem do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que corresponde a 74% de toda a receita corrente líquida do Estado. Já em março, quando os dois primeiros casos de Covid-19 foram registrados em PE, o déficit foi de R$ 90 milhões - sendo abril responsável pela perda de R$ 246 milhões.

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Maio já deve apresentar uma queda de R$ 545 milhões, devido ao isolamento das pessoas e, consequentemente, a paralisação da economia. "O importante é saber que o efeito da pandemia não é apenas nesses três ou quatro meses em que segue as curvas, mas principalmente no aspecto de que até o final do ano, a economia estará retraída. O efeito não é tão imediato, ele vai até o final do ano com uma queda do que chamamos de preços relativos e a base tributária", explica o secretário da Fazenda do Estado de Pernambuco, Décio Padilha.

Ele reforça que o governo sentirá o impacto também nos próximos meses. Até o final do ano, a projeção é que a queda na arrecadação do ICMS some R$ 3,7 bilhões. Padilha salienta que a demora da ajuda do governo federal dificulta ainda mais a situação dos estados e municípios que já estão combalidos pela Covid-19.

 

O governador Paulo Câmara destacou, neste sábado (18), algumas de medidas que estão sendo tomadas para diminuir os impactos do isolamento social necessário ao combate do novo coronavírus em Pernambuco. Entre as medidas anunciadas está a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para quem consome de 141 a 220 kWh por mês, o que deve beneficiar cerca de 176 mil famílias em todo o estado.

“A retirada dos impostos vai zerar a conta para cerca de 176 mil famílias pernambucanas, lembrando que a chamada tarifa social já valia em PE desde 2007, para quem consumia até 140 quilowatts", explicou o governador. Além do desconto na conta de luz, a gestão estadual ofereceu a isenção do pagamento da conta de água às famílias de baixa renda no Estado. Ambas as medidas vão vigorar enquanto durar a pandemia de coronavírus e, com isso, o Estado deixará de arrecadar cerca de R$ 56 milhões de ICMS até dezembro.

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Outra estratégia anunciada durante o pronunciamento é a entrega dos cartões-alimentação para 240 mil alunos da rede pública de ensino, na próxima segunda-feira (20). Cada estudante receberá um benefício no valor de R$ 50, para ajudar sua família durante a quarentena. Junto ao cartão, serão dadas orientações como informações nutricionais, sugestões dos produtos a serem adquiridos e de produtos não permitidos, como bebidas alcoólicas e refrigerantes.

Isolamento e óbitos

Devido ao quadro de aceleração da pandemia, o Governo renovou o decreto com medidas restritivas para o funcionamento dos setores de comércio e serviço, além de decretar quarentena em Fernando de Noronha, entre os dias 20 e 30 de abril. Paulo Câmara ressaltou que os números da pandemia vêm crescendo e é preciso intensificar o isolamento social durante esse período, para que cada vez menos gente seja exposta à Covid-19.

"A gente tem acompanhado uma aceleração da doença nos últimos dias, só para deixar bem claro o nosso desafio, que estamos enfrentando. Nos primeiros 30 dias da epidemia em PE registramos 85 óbitos, só nos últimos 6 dias temos novas 120 mortes provocadas pelo novo coronavírus no estado. A pandemia aqui em Pernambuco tem atuado de maneira crescente e agressiva", alertou.

Pagamentos e parceiras

Durante o pronunciamento, Paulo Câmara apontou o pagamento do 13º do Bolsa Família do Estado, disponibilizado na última quinta-feira (16), além da parceria com a consultoria Deloitte. O acordo de cooperação tem duração de 90 dias e a empresa deverá contribuir voluntariamente coletando informações públicas e lições aprendidas relativas às experiências e iniciativas positivas do Estado. 

O governador Paulo Câmara (PSB) foi um dos 20 governadores que assinaram uma carta rebatendo as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que segundo os governantes, iam de contra à democracia. Para o socialista, o manifesto deixa claro a necessidade do diálogo do governo federal com os gestores.

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Entre as críticas apontadas na carta pelos governadores, está a fala de Bolsonaro sobre O ICMS, o qual o presidente desafiou os chefes executivos a zerarem o imposto sobre combustíveis. Durante a participação assembleia extraordinária entre estado e municípios, nesta terça-feira (17), Paulo Câmara ressaltou o presidente tem colocado discussões de maneira, muitas vezes desrespeitosa com governadores e a população.

“A partir do momento que você fala questões de maneira improvisada, sem conhecimento técnico, induz a população a erros de avaliação. E o presidente da República ele tem que ter justamente a responsabilidade e não levar debates sem nenhum tipo de possibilidade de um debate ser feito da forma correta da forma como ele tá sendo utilizado. O exemplo do ICMS e combustível é claro. O próprio ministro da Fazenda desmentiu o presidente na reunião com os governadores dizendo que não tem condições a União fazer da forma que o presidente colocou”. 

A carta também critica a postura de Bolsonaro em relação ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), ao afirmar que o petista "mantém fortíssimos laços" com bandidos. Além disso, Bolsonaro disse que a "PM da Bahia, do PT" era responsável pela morte do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano da Nóbrega.

Paulo Câmara acrescentou que outros pontos precisam ser tratados de uma maneira “mais serena”, como o programa Bolsa Família. “O próprio caso aqui de Pernambuco em relação ao Bolsa Família precisa ser tratado de uma maneira mais serena e com mais responsabilidade e com uma capacidade de diálogo. Estou à disposição do presidente, os governadores estão à disposição do presidente. Queremos dialogar e não brigar”.

 

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