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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira, 22, que propôs ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a realização de uma operação integrada para mitigar a violência e revitalizar a região central da capital paulista. Segundo Dino, a ideia do governo federal é articular ações entre as Polícias Federal, Militar e Civil, além da Força Nacional de Segurança, sem a instituição de Garantia da Lei da Ordem (GLO), nos moldes do que foi feito na força-tarefa contra a violência nas escolas.

A conversa ocorreu, de acordo com Dino, há um mês, mas o chefe da pasta disse que Nunes não retornou o governo federal sobre a oferta. "Há um mês, telefonei em nome do presidente Lula, manifestei a nossa preocupação com os eventos violentos no centro da cidade de São Paulo e ofertamos ajuda para atuar em parceria com as forças estaduais e com a Guarda Municipal", disse a jornalistas em debate promovido pelo Grupo Lide, ao lado do ministro da Defesa José Múcio Monteiro e do ex-governador João Doria. "O prefeito ouviu com muita atenção, disse que ia estudar e ia responder, mas ainda não respondeu."

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Questionado se a conversa também ocorreu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Dino disse que dialoga com o governador, mas a proposta foi apresentada somente a Nunes. "Como eu me dirigi ao prefeito, é uma questão mais urbana, que diz respeito à atuação na esfera central da cidade, estamos deixando o prefeito liderar esse debate", completou. A proposta do governo federal é atuar com efetivo próprio na dimensão dos crimes patrimoniais violentos. A Força Nacional, que poderia integrar a ação, é composta por policiais militares, delegados, agentes, escrivães, peritos e bombeiros que atuam de forma conjunta em apoio às demandas federais.

A ação na região central de São Paulo também é objeto de articulação de Tarcísio. O chefe do Executivo paulista delegou ao vice-governador, Felício Ramuth, a liderança de uma ação conjunta com o poder municipal para a Cracolândia, local marcado pela concentração de usuários de drogas e álcool e também por vulnerabilidades sociais relacionadas à moradia, saúde pública, alimentação e assistência social.

A revitalização do centro é vista como importante para impulsionar a candidatura de Ricardo Nunes à reeleição em 2024. O prefeito tem atuado de forma mais incisiva na região e é criticado pelo pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). Boulos conta com o apoio do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2024.

Dino também disse que vai entregar ao presidente Lula, na quarta-feira, 24, um novo marco normativo para aquisição de armas no Brasil. "Achamos algumas (armas) nas mãos de pessoas com condenação por homicídio, feminicídio, pedofilia, e tinham porte de arma. Esse é o nível de desorganização que havia no setor. Estamos recompondo o ordenamento jurídico quanto ao tema", afirmou.

Segundo ele, a minuta do novo decreto vai redesenhar a hierarquia e autorização de posse para algumas categorias, como a dos caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). Uma das principais mudanças será nos critérios para o comprador ser identificado no grupo.

"Usavam os CACs para ter porte de defesa pessoal sem preencher os requisitos legais. E também para comercializar arma para o Comando Vermelho e o PCC (Primeiro Comando da Capital)", disse. Segundo ele, não vai haver "confisco generalizado".

"Estamos reduzindo a quantidade de armas e estamos regulando de modo mais claro o que é um caçador, atirador esportivo e colecionador, estamos regulando os chamados clubes de tiro para que não haja proliferação sem critérios. Não estamos impedindo que pessoas venham a adquirir novas armas", afirmou o ministro.

Militares na política

Questionado sobre a participação de militares na política, o ministro José Múcio Monteiro disse que enviou um projeto à Casa Civil para regulamentar a participação de agentes de segurança em candidaturas eleitorais.

"Problema é (o militar) ir para a política, tentar se candidatar, não se eleger e voltar fazendo proselitismo político. O que não queremos é que use a política episodicamente. Nós só apresentamos essa ideia no campo nacional", disse. "Isso vai ser aprovado sem problema porque (a proposta) é boa para política e boa para os militares." Segundo ele, o texto é consensual e foi assinado por todos os comandantes militares.

Nessa quinta-feira (18), a Polícia Federal (PF) realizou oito operações no Brasil para reforçar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Em Pernambuco, um mandado de busca e apreensão foi cumprido contra um operador de telemarketing, de 25 anos, morador de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife.  

O homem não foi preso em flagrante, mas teve uma câmera fotográfica, um celular e um disco rígido de computador apreendidos pelos policiais. O material será periciado no decorrer da investigação. 

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Materiais apreendidos pelos policiais. Divulgação/PF

A atuação fez parte da Operação Égide, de titularidade da PF em Paranaguá, no Paraná, em combate ao compartilhamento de conteúdos com abuso sexual infantil na internet. A investigação teve início no fim de 2022 e identificou dezenas de suspeitos de negociar a venda de fotos e vídeos nas redes sociais. Após o primeiro contato, os envolvidos migravam para grupos fechados de aplicativos menos conhecidos para dar seguimento às vendas. 

Em razão do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, oito operações em sete estados do Brasil foram deflagradas. Ao todo, quatro mandados de prisão e 60 de busca e apreensão foram cumpridos em: 

- Campina Grande/PB – Sem nome: 1 mandado de busca e apreensão 

- Rio de Janeiro/RJ: Operação IBEJI VII – 1 mandado de busca e apreensão e 1 de prisão    

- São José dos Campos/SP: Operação Spy – 2 mandados de busca e apreensão  

- Ponta Grossa/PR: Operação Ilitía – 2 mandados de busca e apreensão  

- Patos/PB: Operação Lobos – 2 mandados de busca e apreensão e de prisão  

- Paranaguá/PR: Operação Égide – 50 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de busca e apreensão em Pernambuco  

- Florianópolis/SC: Operação Double Face - 1 mandado de busca e apreensão e 1 de prisão  

- Porto Velho/RO: Operação Accumulator - 1 mandado de busca e apreensão e 1 de prisão 

Policial busca elementos de prova em computador de suspeito. Divulgação/PF

Entre janeiro e maio deste ano, a Polícia Federal deflagrou 163 operações de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Mais de 37 vítimas foram identificadas, 108 pessoas presas e 22g mandados de busca e apreensão cumpridos. A PF reforça que esse tipo de crime fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode render uma pena de reclusão de quatro a oito anos, além do pagamento de multa. 

O Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado, com apoio das Polícias Civil, Militar, Penal e Rodoviária Federal, abriu na manhã desta quarta-feira (10) uma operação para prender preventivamente 228 investigados supostamente ligados a diversas facções criminosas - entre elas ao PCC - e a crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A ofensiva ainda vasculha 223 endereços em 13 Estados - Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em São Paulo, foi preso um dos líderes da "Sintonia Final" do Espírito Santo.

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As diligências são executadas por mais de mil agentes das forças de segurança, 43 promotores de Justiça e 40 servidores de Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, a operação visa desarticular "organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetuar prisões de seus integrantes e coletar provas" para abastecer investigações em curso em diferentes unidades do MP.

O Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado foi criado em 2002 pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais, em resposta ao assassinato do promotor de Justiça de Minas Francisco José Lins do Rêgo Santos por uma facção criminosa.

O grupo é presidido pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo. O órgão coordena a ofensiva aberta nesta quarta-feira. Em São Paulo, as diligências ocorrem na capital, em Santana de Parnaíba, Jacareí e São Vicente.

O militar da reserva do Exército Ailton Barros, preso nesta quarta-feira (3) pela Polícia Federal (PF) na operação sobre cartões de vacina fraudados, disse que sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco. O crime ocorreu em 2018. A afirmação de Barros foi feita durante uma conversa entre o militar e o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também preso na operação.

Em uma das conversas que foram captadas com autorização judicial pelos investigadores, Ailton Barros citou o nome do ex-vereador do Rio de Janeiro Marcelo Siciliano, eximindo-o de responsabilidade no assassinato de Marielle e Anderson Gomes, motorista da vereadora na noite do crime.

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Ao justificar que o ex-vereador não tem relação com o caso e que teria sido alvo de perseguição política, Barros citou que sabe quem foi o responsável pelo assassinato de Marielle. “Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p**** toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, afirmou.

A fala sobre o assassinato foi captada aleatoriamente pela polícia e deve ser investigada no inquérito específico sobre o caso Marielle.

Em 14 de março de 2018, Marielle Franco e Anderson Gomes foram baleados dentro do carro em que transitavam na região central do Rio de Janeiro. Há duas investigações em curso. A primeira apura quem são os mandantes dos assassinatos. Em outro processo sobre investigação, o policial militar reformado Ronnie Lessa deve ser levado a júri popular. Ele é acusado de ser um dos executores do assassinato.

Siciliano foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira. O nome dele foi envolvido na investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson por uma pessoa que se identificou como testemunha, mas que retirou as acusações posteriormente.

Cartões de vacina

De acordo com o relato da Polícia Federal (PF) na Operação Venire, Cid articulou a emissão de cartões falsos de vacinação para Covid-19. Primeiro para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua filha, menor de idade.

O ex-vereador, segundo Barros, teria intermediado a inserção de dados falsos no sistema do SUS para beneficiar a esposa de Cid, Gabriela Santiago Cid.

Na avaliação dos investigadores da PF, Ailton Barros solicitou que, em troca da ajuda com os cartões de vacina, Cid intermediasse um encontro de Siciliano com o cônsul dos Estados Unidos para resolver um problema com o visto do ex-vereador devido ao seu suposto envolvimento no caso Marielle.

A Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa de Ailton Barros.

Operação conjunta entre as Forças Armadas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) destruiu uma aeronave em solo e prendeu dois homens em uma pista clandestina de garimpo ilegal, dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, na noite da última quinta-feira (6). Foi a primeira ação de policiamento após o fechamento do espaço aéreo sobre a reserva.

O espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami voltou a ser fechado justamente na última quinta-feira. Antes, a previsão para a retomada do fechamento era para 6 de maio, mas a medida foi antecipada para acelerar a saída de garimpeiros ilegais que ainda estão na região.

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O espaço aéreo já havia sido inicialmente fechado em 1º de fevereiro, logo após o governo iniciar uma operação humanitária em favor do povo Yanomami, e reaberto no dia 12 do mesmo mês para permitir a saída coordenada e espontânea de garimpeiros que atuam ilegalmente na região.

O controle será realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).  Zona de identificação Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), foi estabelecida uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) no espaço aéreo da terra yanomami, com a proibição do tráfego aéreo, à exceção de aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Yanomami, desde que previamente submetidas ao processo de autorização de voo. 

As aeronaves que descumprirem as regras estabelecidas nas áreas determinadas pela Força Aérea estão sujeitas às medidas de policiamento do espaço aéreo (MPEA), que vão desde a identificação da aeronave, pedidos de mudança de rota e pouso obrigatório até tiros de advertência e os chamados tiros de detenção, que são disparos com a finalidade de provocar danos e impedir o prosseguimento do voo da aeronave transgressora.

As forças israelenses mataram dois palestinos nesta segunda-feira durante uma operação no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou o ministério da Saúde palestino.

Um comunicado divulgado pela pasta cita "dois mártires", mortos por tiros da "ocupação" (Israel) em Nablus, sem identificar as vítimas.

O exército israelense anunciou uma operação "antiterrorista" em Nablus, durante a qual foram detidas duas pessoas suspeitas de ajudar o autor de um ataque em março.

"Durante a operação, vários homens armados atiraram contra os soldados, que responderam e abriram fogo. As pessoas atingidas foram identificadas", afirma um comunicado militar.

Desde o início do ano, conflito israelense-palestino matou pelo menos 90 palestinos, 15 israelenses e uma cidadã ucraniana, de acordo com um balanço da AFP elaborado a partir de fontes oficiais.

Do lado palestino, os números incluem combatentes e civis, entre eles menores de idade. Do lado de Israel a maioria civis, mas também menores de idade, e dois membros da minoria árabe.

Três israelenses ficaram feridos no sábado em um ataque com carro na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967. O suposto autor foi morto pelos militares.

Horas antes, a polícia israelense matou um árabe-israelense que roubou a arma de um guarda e abriu fogo na Cidade Antiga de Jerusalém, setor ocupado e anexado por Israel. A família nega as acusações.

A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Tracunhaém, na Mata Norte de Pernambuco, após as investigações apontarem um suspeito de compartilhar conteúdo pornográfico infantil. Não houve prisão, mas um celular foi apreendido e enviado para a perícia nessa quarta-feira (29). 

A Operação PEDO 008 repercutiu no cumprimento de oito mandados, sendo dois na cidade de Rio Claro, em São Paulo, onde um homem foi preso com fotos e vídeos de pornografia infantil no computador, quatro na capital paulista e os outros dois em Pernambuco. 

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O acusado capturado em Rio Claro é o alvo principal da PF e teria trocado conteúdos envolvendo menores com os demais suspeitos, apontou a PF. 

Conforme as autoridades, os investigados estariam, em tese, cometendo os delitos de compartilhamento e armazenamento, bem como a produção de conteúdo envolvendo menores. Os crimes ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Para evitar outras vítimas dessa prática, a Polícia Federal orienta que os pais conversem com os filhos diariamente, de forma franca e aberta; proíbam muitas horas de exposição na internet, inclusive para evitar a compulsão; observem o comportamento do filho e se houve alguma mudança repentina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (23), sobre o plano orquestrado por criminosos para matar o senador Sergio Moro (União Brasil) e outras autoridades. Ao ser indagado, após cumprir agenda no Rio de Janeiro, sobre como acompanhava o plano revelado pela Polícia Federal, Lula disse que acreditava ser uma armação do próprio ex-juiz.

“Eu acho que é mais uma armação do Moro. Mas vou ser cauteloso, quero ver o que aconteceu”, declarou o presidente.

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“É visível que é uma armação do Moro. Mas não vou atacar ninguém sem ter provas. E se for mais uma armação ele vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo como está mentindo”, emendou Lula.

Nessa quarta-feira (22), a PF deflagrou uma operação para desarmar um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar o ex-juiz e atual senador. Moro é desafeto político de Lula por ter sido responsável pela condenação que o levou à prisão na Lava Jato.

Um major da reserva da Polícia Militar foi preso, nesta quinta-feira (23), na região do Riacho Fundo, por participar da tentativa de golpe de 8 de janeiro. A investigação apontou que ele administrava parte do dinheiro do acampamento no Distrito Federal e repassava táticas de guerrilha aos extremistas. 

De acordo com o G1, o suspeito foi identificado como Claudio Mendes dos Santos. Ele teria incentivado a invasão à Praça dos Três Poderes, que resultou no vandalismo generalizado no início do ano. 

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Esta é a 9ª fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal, que apura os envolvidos na tentativa de golpe orquestrada por bolsonaristas. Mais de mil pessoas foram presas em flagrante, mas apenas 294 suspeitos - sendo 86 mulheres e 208 homens - seguem no sistema prisional e devem responder pelos crimes de dano qualificado, abolição violenta do Estado de Direito e golpe de Estado. 

A Polícia Federal realiza, nesta quarta-feira (22), uma operação para prender um grupo criminoso que planejava realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Entre os objetivos do grupo estavam execuções e os crimes de extorsão mediante sequestro. A informação foi adiantada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

De acordo com o chefe da pasta, entre as possíveis vítimas estava um senador e um promotor de Justiça. O ex-juiz Sérgio Moro e o promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya, seriam alvos do grupo.

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De acordo com a PF, os ataques eram planejados nos estados de Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

A operação policial foi batizada como “Sequaz”. Entre as apreensões já feitas na manhã desta quarta-feira (22) estão uma moto, maços de dinheiro em um cofre, relógios, colares de ouro e um carro de luxo.

Nesta segunda-feira (20), a Operação Libertatis da Polícia Federal, identificou dezenove paraguaios em situação análoga à escravidão em uma fábrica de cigarros na cidade de Duque de Caxias, na região da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro.

Os agentes encontraram os estrangeiros alojados na própria fábrica, em um local sem higiene. A investigação apontou que eles não tinham direito a remuneração, além disso, trabalhavam 12 horas por dia, nos sete dias da semana.

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Ainda de acordo com a PF, os paraguaios conviviam com animais, esgoto a céu aberto e com os próprios resíduos da produção dos cigarros. Os estrangeiros eram mantidos presos e tinham contato com apenas uma pessoa, que entregava os mantimentos. Essa sempre entrava no local portando arma de fogo, e usava máscara para não ser identificada.

Aos policiais, os estrangeiros disseram ter sido tirados do Paraguai com os olhos vendados, e com a promessa de que iriam trabalhar na indústria têxtil.

A Operação também teve como objetivo, reprimir outros crimes, entre eles, organização criminosa, sonegação, fraude no comércio e delito contra as relações de consumo. Com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Receita Federal, foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão.

 

A Polícia Federal (PF) fez buscas em 19 endereços, nesta quinta-feira (16), em uma investigação sobre suspeitas de fraudes em contratos da Secretaria de Infraestrutura do Acre e do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado (Deacre). O prejuízo estimado é de mais de R$ 5 milhões.

Os contratos investigados envolvem um consórcio de empresas da área de construção civil. Funcionários públicos são suspeitos de agir em conluio para direcionar as licitações. Três deles foram afastados temporariamente dos cargos. A PF não informou quem são.

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Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em quatro Estados - Acre, Amazonas, Santa Catarina e São Paulo. A Justiça também suspendeu o direito de 12 empresas participarem de contratações com órgãos públicos.

A investigação foi aberta a partir de uma nota técnica compartilhada pela Controladoria-Geral da União (CGU). O relatório encontrou irregularidades nos contratos do Governo do Acre.

A PF diz ver indícios dos crimes de associação a organização criminosa, fraude em licitação ou contrato e falsidade ideológica. As penas podem chegar a 21 anos de prisão em caso de condenação. A operação foi batizada de "Fata Morgana".

É a segunda operação da Polícia Federal que atinge o Governo do Acre em uma semana. Na última quinta-feira, 9, a PF colocou nas ruas a terceira fase da Operação Ptolomeu. Na ocasião, 25 servidores foram afastados das funções. A investigação também mira suspeitas de fraudes em contratos estaduais.

COM A PALAVRA, O GOVERNO DO ACRE

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo, com a Secretaria de Infraestrutura e com Departamento de Estradas e Rodagens. O espaço está aberto para manifestação.

As forças israelenses atiraram e mataram três militantes palestinos neste domingo, 12, ao abrirem fogo contra as tropas nas áreas ocupadas da Cisjordânia. A operação faz parte de mais um derramamento de sangue de uma onda de violência que já dura um ano na região.

A Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, uma ramificação armada do partido Fatah do presidente palestino Mahmoud Abbas, reivindicou os homens assassinados como membros do grupo. O Ministério da Saúde palestino declarou que os homens foram mortos por tiros israelenses perto da cidade de Nablus e os identificou como Jihad Mohammed al-Shami, 24, Uday Othman al-Shami, 22 e Mohammed Raed Dabeek, 18.

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Os militares disseram que confiscaram três rifles M16 dos militantes após o tiroteio e que um atirador se entregou e foi preso. As mortes de domingo elevam para 80 o número de palestinos mortos desde o início do ano, após Israel ter intensificado as operações de detenção na Cisjordânia.

Ataques palestinos contra israelenses mataram 14 pessoas em 2023. Os embates recentes incluem um ataque militar israelense na semana passada na Cisjordânia, na aldeia de Jaba, onde três militantes palestinos foram mortos. Horas depois, um atirador palestino abriu fogo em uma via movimentada de Tel-Aviv no início do fim de semana, ferindo três pessoas antes de ser baleado e morto.

A atual rodada de violência é uma das piores entre israelenses e palestinos em anos na Cisjordânia. Ela começou na primavera passada do Hemisfério Norte, depois de uma série de ataques palestinos contra israelenses que desencadearam ataques israelenses noturnos na Cisjordânia.

Cerca de 150 palestinos foram mortos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental em 2022, tornando-se o ano mais mortal nessas áreas desde 2004, de acordo com o principal grupo de direitos humanos israelense B'Tselem. Ataques palestinos contra israelenses durante o mesmo período mataram 30 pessoas.

Segundo os militares israelenses, em sua maioria os palestinos mortos eram militantes. Mas também foram mortos jovens que atiravam pedras enquanto protestavam contra as incursões israelenses e outros que não estavam envolvidos nos confrontos.

Israel alega que os ataques são essenciais para desmantelar as redes militantes dos palestinos, prevenindo futuros ataques. Mas os ataques parecem estar se intensificando, em vez de diminuir. Os palestinos veem os ataques como um reforço de Israel de sua ocupação indefinida de 55 anos de terras que eles buscam para seu futuro Estado. Israel capturou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental na Guerra de 1967. Os palestinos reivindicam esses territórios para seu futuro Estado independente.

Uma organização criminosa que fraudava o Auxílio Emergencial foi alvo de 47 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Pernambuco e em mais 11 estados. Segundo a operação da Polícia Federal (PF) desta terça-feira (7), mais de R$ 50 milhões podem ter sido desviados de 10 mil contas. 

Em Pernambuco, foram cumpridos quatro mandados de busca nas cidades de Paulista, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Paudalho, onde moram alguns envolvidos. Celulares e equipamentos de informática foram apreendidos e encaminhados à coordenação da operação, na delegacia de Campinas, no interior de São Paulo. 

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As autoridades identificaram 37 envolvidos nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins e no Distrito Federal. Além das ordens da 9ª Vara Federal de Campinas, também foi autorizado o bloqueio de bens e valores. O grupo é investigado por furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas ultrapassam 22 anos de prisão.  

A investigação começou em agosto de 2020, com base nas informações da Caixa Econômica Federal sobre 91 benefícios fraudados, no valor total de R$ 54.600,00, desviados para duas contas de pessoa física e de pessoa jurídica em Idaiatuba, em São Paulo. No rastreamento das transações foi identificado que parte dos suspeitos estava em Goiás e Rondônia, sendo este último o local de residência de familiares da conta física em Idaiatuba. Depois foi constatado que 359 contas do Auxílio foram fraudadas.

A Polícia Civil prendeu três integrantes da torcida organizada do Sport, nesta sexta-feira (03). A "Operação Impedimento" investigou que o grupo participou de brigas contra membros da torcida organizada do ABC, em 21 de janeiro, ocasião em que o Sport enfrentou o clube potiguar pela Copa do Nordeste.

Segundo a Polícia Civil, um homem segue foragido, e dois torcedores do ABC foram vítimas de ataques, com uma delas sendo hospitalizada "em situação de risco de vida". O ambiente operacional da investigação aconteceu nas cidades de Recife e Jaboatão dos Guararapes. A operação contou com 40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

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"As investigações ainda foram além, deixando claro que essas torcidas ainda que extintas por ordem judicial, incitam a violência e se organizam para promover essas barbáries que vimos com frequência acontecer em dias de jogos ou não", disse a PC-PE.

No dia 21 de janeiro, o Sport venceu o ABC por 2 a 0, na Ilha do Retiro, pela Copa do Nordeste. Com os confrontos começando durante o período da tarde, membros de torcidas organizadas dos dois clubes protagonizaram cenas de espancamento e depravação.

A residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi alvo de uma operação de agentes do Ibama nesta sexta-feira, 24. Torres, que está preso após suposta omissão nos atos de 8 de janeiro, mantém em sua casa, em Brasília, uma área de criação de pássaros.

Agentes do Ibama estiveram no local e constataram algumas irregularidades, as quais resultaram em multas de R$ 34 mil. Anderson Torres é conhecido como "passarinheiro". Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível vê-lo defendendo a regulamentação da atividade e a diminuição de "abusos de autoridades".

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"A gente cria, a gente preserva e a gente quer que os órgãos ambientais estejam em parceria com os criadores como eu sempre defendi", disse Torres, durante um eventos com criadores de pássaros.

A reportagem apurou que Anderson Torres tem registro formal no Ibama como criador de pássaros. Na operação, os agentes apreenderam os animais e levaram para o Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Brasília.

A operação que levou à casa de Torres faz parte de um conjunto de operações de controle de fauna que a equipe vinha realizando, até que chegou a informações sobre supostas irregularidades no criadouro mantido na casa de Anderson Torres.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu o ritmo das operações na terra indígena yanomami devido às ações policiais e de emergência humanitária. No entanto, os trabalhos não foram completamente suspensos,  de acordo com a assessoria de imprensa do IBGE.

Algumas equipes seguem trabalhando em áreas que têm acesso por rio ou por terra e naquelas onde não estão ocorrendo operações policiais.

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Por outro lado, a coleta foi suspensa nas áreas de garimpo, onde os policiais estão atuando, devido ao risco para os recenseadores. O mesmo aconteceu nas áreas acessíveis apenas por meio de aeronaves, por causa da prioridade dada ao uso desses equipamento para o trabalho humanitário de remoções e suprimento de material para a terra yanomami.

Um dos funcionários que continua trabalhando no território é Tony Gino Rodrigues, indígena da etnia macuxi que atuou por 12 anos como agente de saúde na Terra Yanomami.

Ele trabalha não apenas como recenseador, mas também como guia de outros profissionais, já que conhece a floresta.

"Faz uma semana que cheguei do Surucucu. Fui até Kataroa fazer o recenseamento, acompanhando uma recenseadora, como guia. Nós conseguimos fazer todo o recenseamento daquela localidade. A gente ficou mais cauteloso [desde o início da operaçã de expulsão dos garimpeiros], mas não podemos frear uma estatística que é fundamental paro Brasil", disse Rodrigues.

Apoio de militares

Na última terça-feira (14), depois de uma reunião com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, anunciou que as Forças Armadas iniciarão, no dia 6 de março, ação logística especial para auxiliar a realização do censo nas terras yanomami. 

“Nós iremos fazer o planejamento para ver a melhor forma de atender a essa importante demanda, empregando os meios logísticos de transporte das Forças Armadas”, disse José Múcio, que deve se reunir com a presidência do IBGE para acertar os detalhes da ação.

De acordo com o instituto, pouco mais de 50% dos setores censitários já foram concluídos.

O ataque de vândalos e golpistas aos prédios-sede dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) completa nesta quarta-feira (8) um mês. Os desdobramentos do quebra-quebra de 8 de janeiro, contudo, parecem longe do fim.

Nessa terça-feira (7), a Polícia Federal (PF) realizou a quinta fase da chamada Operação Lesa Pátria. Deflagrada em 20 de janeiro, a operação busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram a invasão e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Com autorização do STF, pelo menos 20 pessoas já foram detidas no âmbito da Lesa Pátria. Elas são suspeitas de participar dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime, destruição, deterioração ou inutilização de bens protegidos. Só a Câmara dos Deputados estima que o prejuízo na Casa Legislativa, sem considerar o Senado, chega a R$ 3,3 milhões.

Acampamento

Além das detenções ocorridas no âmbito da Lesa Pátria, mais 920 pessoas que participaram do acampamento montado por cerca de dois meses em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, continuam custodiadas em duas unidades prisionais do Distrito Federal.

Segundo a Secretaria Distrital de Administração Penitenciária (Seape), 614 homens estão detidos no Centro de Detenção Provisória da Penitenciária da Papuda e 306 mulheres permanecem à disposição da Justiça na Penitenciária Feminina, a Colmeia. Mais 459 suspeitos foram liberados, mas devem utilizar tornozeleiras eletrônicas e cumprir uma série de restrições judiciais.

As 1.379 detenções foram feitas na esteira do desmonte do acampamento que pessoas que não aceitam o resultado das últimas eleições montaram em frente ao QG do Exército, em Brasília, e em várias outras cidades. O acampamento foi desmontado no dia seguinte ao anúncio da vitória do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Com o objetivo de impedir a posse de Lula em 1º de janeiro, manifestantes também bloquearam rodovias em diferentes pontos do país.

No relatório sobre os 23 dias em que atuou como interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, mostrou que os aglomerados de barracas que “pequenos grupos” instalaram diante das unidades militares logo se transformaram em uma estrutura organizada, “crucial para o desenvolvimento das ações de perturbação da ordem pública”.

No documento disponível no site do ministério, Cappelli sustenta que as ações antidemocráticas que culminaram com o 8 de Janeiro começaram com atos concentrados em frente aos quartéis (único local onde os participantes do movimento afirmavam estar seguros para se manifestar), mas que logo extrapolaram o perímetro militar, tornando-se violentas e ameaçando a vida de pessoas.

Dois episódios ocorridos na capital federal, ainda em dezembro, sustentam a tese do ex-interventor. No dia 12, um grupo tentou invadir a sede da Polícia Federal, na área central de Brasília, em protesto contra a prisão, horas antes, de José Acácio Serere Xavante, um dos indígenas acampados diante do quartel do Exército. Reprimido, o grupo ocupou as vias próximas, bloqueando o trânsito, incendiando ao menos oito veículos, incluindo ônibus, e depredando três viaturas do Corpo de Bombeiros.

O quebra-quebra ocorreu no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diplomou Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, cumprindo uma das exigências legais para empossar os dois em seus respectivos cargos.

Menos de duas semanas depois, um artefato explosivo foi localizado junto a um caminhão-tanque estacionado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. Três suspeitos de fabricar e deixar a bomba no local foram identificados e estão presos: Alan Diego dos Santos Rodrigues; Wellington Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa. Eles são acusados de colocar em risco a vida e a integridade física e patrimonial de terceiros por meio de explosão. Washington, que também foi denunciado por porte ilegal de arma de fogo, confessou à polícia que o crime foi planejado no acampamento e que a intenção era “causar o caos” na véspera do Natal, promovendo a instabilidade política no país. Na ocasião, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse, entre outras coisas, que os acampamentos diante dos quarteis tinham se tornado uma "incubadora de terroristas".

Capitólio

Somados às ocorrências registradas em outros estados - como o ataque a jornalistas no acampamento montado diante do quartel do Exército em Belo Horizonte -, os fatos de 12 e de 24 de dezembro, em Brasília, deixaram autoridades em estado de alerta. Principalmente devido à proximidade da cerimônia de posse presidencial, em 1º de janeiro.

Um forte esquema foi montado para garantir a segurança da população e dos chefes de Estado que prestigiaram a posse de Lula e de Alckmin. Nenhum incidente grave foi registrado, embora milhares de pessoas tenham lotado a Esplanada dos Ministérios.

O que aconteceu na semana seguinte é objeto das investigações da PF, das polícias do Distrito Federal e de outros órgãos públicos que atuam para esclarecer o que permitiu que a manifestação do 8 de Janeiro, mesmo reunindo um número de pessoas inferior àquela com a qual as forças de segurança locais estão acostumadas a lidar, resultasse no ataque ao Estado de Direito. As imagens correram o mundo, fazendo lembrar episódio semelhante, de janeiro de 2021, quando o Congresso dos Estados Unidos foi invadido por apoiadores do ex-presidente norte-americano, Donald Trump.

Cappelli, nomeado interventor da segurança pública no Distrito Federal no momento em que poucos agentes públicos tentavam conter a ação de vândalos e golpistas, conclui, em seu relatório, que faltou comando às forças de segurança locais, responsáveis pelo patrulhamento ostensivo. Segundo ele, representantes de vários órgãos do DF se reuniram no dia 6 de janeiro e apontaram o “potencial lesivo da manifestação” agendada para dali a dois dias, antecipando que o ato poderia resultar em ações violentas, inclusive com a tentativa de invasão de prédios públicos.

“Pode-se concluir que não houve falta de informações e alertas sobre os riscos da manifestação”, afirmou o então interventor em seu relatório, no qual cita a chegada de ônibus lotados, procedentes de várias partes do país, como um fato que deveria ter despertado a atenção das autoridades distritais. “Não houve a elaboração do Planejamento Operacional. Não foi identificado nenhum documento que demonstre a determinação prévia do número exato de PMs empregados na Esplanada dos Ministérios”, concluiu Cappelli no documento. Ele destacou que, enquanto parte do comando das forças de segurança estava de folga, férias ou licença, policiais militares que sequer tinham concluído o curso de formação eram empregados na linha de frente, para tentar controlar os manifestantes.

Falhas

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro Anderson Torres, que assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro, garante que um plano operacional foi traçado no dia 6 e que, na ocasião, não havia indícios de que “ações radicais” estivessem programadas para o dia 8. Apesar de estar há poucos dias no cargo e de já ter feito algumas substituições na linha de comando da segurança pública, Torres decidiu manter sua programação e viajar para os Estados Unidos, de férias, com a família.

Para Torres, o que aconteceu naquele domingo resultou de “falhas graves” na execução do protocolo que estabelecia, entre outras coisas, que cabia a PM planejar e executar as ações necessárias à preservação da ordem pública, mantendo inclusive todas as tropas especializadas de prontidão.

Com o Distrito Federal sob intervenção federal, o governador Ibaneis Rocha exonerou Torres, que tinha viajado para os EUA, de férias, no dia 6. O ex-ministro e ex-secretário foi preso no dia 14 de janeiro, quando retornou ao Brasil.

O próprio governador Ibaneis Rocha acabou afastado do cargo por 90 dias, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em sua decisão, Moraes alegou que, embora as responsabilidades efetivas ainda estejam sendo apuradas, Torres agiu com descaso e Ibaneis foi dolosamente omisso, principalmente ao defender  a “livre manifestação política em Brasília, mesmo sabedor, por todas as redes, que ataques às instituições e seus membros seriam realizados”.

Ibaneis e Torres negam as acusações. Os dois foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos por Moraes. Na casa de Torres, foi encontrado o rascunho de um decreto presidencial para que fosse estabelecido estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se colocada em prática, a medida possibilitaria que o resultado das últimas eleições presidenciais fosse invalidado. Em depoimento, Torres desqualificou o documento, dizendo que seu teor não tem “viabilidade jurídica”. Ele também assegurou à PF que não sabe quem redigiu o texto, que recebeu quando era ministro da Justiça.  

Intervenção

Decretada pelo presidente no fim da tarde do dia 8, a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal chegou ao fim no último dia 31. Nesta terça-feira (7), o ex-intervetor, Ricardo Cappelli, disse à Agência Brasil que a iniciativa atingiu seus objetivos.

“A intervenção tinha três objetivos. Os dois primeiros eram restaurar a linha de comando das forças de segurança do DF e estabilizar essas forças, principalmente a Polícia Militar, restabelecendo a confiança da população na instituição e da tropa em relação à Secretaria de Segurança Pública, e eles foram atingidos. O terceiro era esclarecer os passos administrativos, a cronologia dos fatos que levaram ao fatídico dia 8. Isso foi concluído com a entrega do relatório”, afirmou Cappelli, lembrando que seis inquéritos policiais militares foram instaurados para apurar a conduta dos profissionais da área. “Daqui para a frente, a responsabilidade pela condução é da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.”

Anteriormente, Cappelli já tinha dito a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), incluindo a Agência Brasil, que a intervenção também foi motivada pela "quebra de confiança" em relação à capacidade de o Governo do Distrito Federal (GDF) garantir a segurança dos prédios e dos servidores do Executivo federal, bem como das sedes dos poderes Legislativo e Judiciário. E que o acampamento montado em área militar de Brasília só não tinha sido desmontado antes devido às "ponderações" do Comando do Exército que, segundo ele, em três ocasiões, alegou falta de condições de segurança diante da iminência de ocorrerem confrontos.  

Reparação

Para garantir que os responsáveis tenham como ressarcir parte dos prejuízos decorrentes da destruição de instalações públicas e de parte do patrimônio histórico e artístico exposto nos prédios dos Três Poderes, a 8ª Vara da Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 18,5 milhões em bens patrimoniais de pessoas e empresas investigadas por supostamente terem ajudado a financiar os ataques de 8 de janeiro.

O valor bloqueado cautelarmente atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) que, ontem,  pediu à Justiça Federal que eleve o montante para R$ 20,7 milhões.  O acréscimo se deve ao fato da Câmara dos Deputados ter refeito suas contas e chegado a conclusão de que, só no seu caso, os danos foram da ordem de R$ 3,3 milhões, e não mais os R$ 1,1 milhão, calculado inicialmente. 

Até a noite dessa terça-feira, a AGU aguardava a decisão judicial sobre essa que é uma das quatro ações que a União ajuizou contra pessoas suspeitas de financiar ou participar da depredação. No total, a AGU está processando 176 pessoas e ao menos sete empresas que teriam fretado parte dos ônibus que chegaram a Brasília antes do ataque de 8 de janeiro.

Em razão das fortes precipitações registradas na Região Metropolitana do Recife (RMR) nesta segunda-feira (6), diversos terminais e linhas de ônibus tiveram sua operação alterada. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transportes, há veículos parados em áreas alagadas e linhas funcionando com maior tempo de espera para os passageiros. O órgão também informou que o funcionamento do transporte público será normalizado à medida que as águas baixarem. 

Os terminais com a operação afetada são Abreu e Lima, Afogados, Barro; Camaragibe, CDU, Caxangá, Igarassu, Joana Bezerra, Macaxeira, Pelópidas, PE-15; e Xambá. Já as linhas 2450 - TI Camaragibe (Conde da Boa Vista), 2480 - TI Camaragibe (Derby), 2043 - TI CDU/TI Joana Bezerra (Parador), Ibura 103 - UR-11/TI Barro, 143 - UR-6/TI Tancredo Neves, 224 - UR-11 (Opcional) e 4137- UR-11 (Cais de Santa Rita) voltaram a funcionar com intervalos maiores. 

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Em Olinda, o alagamento no bairro de Tabajara também atrasou o itinerário das linhas  1923 - Cidade Tabajara/TI PE-15 e 1963 - TI PE-15/TI Igarassu (Sítio Histórico). Na Avenida Governador Agamenon Magalhães, a linha 050 - TI PE-15/Boa Viagem também voltou a trafegar. 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (26) uma operação nacional de combate a crimes sexuais praticados contra crianças e adolescentes. A Operação Rede de Proteção está em andamento, cumprindo 57 mandados de prisão e 40 mandados de buscas. Nas primeiras horas, foram feitas sete prisões em flagrante.

De acordo com os investigadores, as ações visam “reprimir crimes sexuais contra crianças e adolescentes, retirando do convívio social indivíduos investigados, processados criminalmente e até condenados, dando efetividade ao sistema de justiça criminal e impedindo que novos delitos sejam cometidos”.

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“As ações da operação tiveram início nos primeiros dias deste ano, com o cumprimento de mandados de prisão de criminosos que já constavam do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), mas ainda estavam em liberdade”, informou em nota a PF.

A PF acrescenta que delegacias e superintendências regionais de todo o país deflagraram, também hoje, frentes de ações voltadas a crimes sexuais contra crianças, mas praticados "por meio da internet”. Essas ações contam com a ajuda da Força-Tarefa de Identificação de Vítimas, composta por policiais federais e civis especializados em identificar vítimas a partir de imagens e vídeos - criada com a finalidade de auxiliar nos resgates de vítimas e de identificação e prisão de agressores.

A Operação Rede de Proteção é a primeira deflagrada no âmbito da nova Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF com as delegacias especializadas no tema, localizadas em todas as 27 unidades federativas.

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