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O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o Comando da Aeronáutica terá de publicar, na internet, a lista com os nomes de cada pessoa que tenha embarcado em voos da Força Aérea Brasileira (FAB). O órgão do Ministério da Defesa também terá de recolher detalhes de informações sobre cada passageiro, seja um representante do governo ou um acompanhante, por exemplo, como documentos de identificação.

A decisão foi tomada a partir de uma representação feita pelo deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), que havia solicitado à Aeronáutica informações referentes a viagens de servidores públicos em aviões da FAB, no período de janeiro de 2019 a maio de 2021. Na ocasião, Fruet pediu a lista de voos dos ministros de Estado, dirigentes de empresas estatais e de agências reguladoras, bem como sobre as respectivas datas das viagens, destino, motivo do deslocamento e nomes dos acompanhantes.

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Em resposta, o Ministério da Defesa afirmou que os voos realizados no período e os trechos foram publicados no portal da FAB na internet, mas que a Força Aérea alegou não possuir a relação dos acompanhantes das autoridades. A FAB informou ainda que não dispunha dessas informações e que apenas divulga em seu site "a lista das autoridades requisitantes dos voos". Para saber mais detalhes, seria preciso recorrer aos órgãos de cada autoridade, na tentativa de obter os dados.

Em sua representação, Fruet apontou violação do princípio da transparência por parte do Comando da Aeronáutica, ao não disponibilizar os dados que apontem a legalidade e legitimidade do uso de aeronaves.

"Estamos tratando de dados que devem ter total transparência. Dizer que a responsabilidade de divulgação é de quem pediu o voo não está correto. Esperamos, agora, os efeitos desta decisão, que tem de ser aplicada imediatamente", disse Gustavo Fruet. "O TCU dá uma resposta em cumprimento à Constituição. Meu objetivo não é fiscalizar o uso apenas por autoridades, mas sim o uso por pessoas e agendas questionáveis".

A norma atual autoriza o uso das aeronaves da FAB exclusivamente para viagens a serviço, por razões de segurança e para emergência médica. É necessário que seja especificada a atividade de trabalho que motivou a viagem, que deve ser uma informação pública.

Para evitar erros na identificação de pessoas, será necessária não apenas a divulgação do nome completo, mas também do CPF dos passageiros, por ser um registro que possibilita a identificação inequívoca de determinada pessoa.

Em publicação no perfil de comunicação, o Twitter afirmou, nesta terça-feira (5), que está trabalhando em um possível recurso de edição dos tuítes desde o ano passado e só saberão nos próximos meses. 

“Agora que todos perguntam…. Sim, estamos trabalhando em um recurso de edição desde o ano passado. Não, não tivemos a ideia de uma enquete”, confirmou. 

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De acordo com a rede social, os testes estão sendo feitos no perfil do suporte da rede para saber “o que funciona e o que é possível”.

O jornal independente russo Novaya Gazeta anunciou nesta segunda-feira (28) a suspensão de suas publicações online e impressa até que termine a operação militar russa na Ucrânia, em um contexto de pressão do poder sobre as vozes críticas a ele.

Em um comunicado publicado em sua página na Internet, o jornal - cujo editor-chefe Dmitri Muratov recebeu em 2021 o prêmio Nobel da Paz - disse que tomou esta decisão depois de ter recebido uma segunda advertência do regulador russo das telecomunicações por ter violado uma lei sobre "agentes estrangeiros".

"Não há outra solução. Para nós e sei que para vocês é uma decisão terrível e dolorosa. Mas temos que nos proteger uns aos outros", escreveu Muratov em uma carta aos leitores do jornal.

Concretamente, o Novaya Gazeta é acusado por não ter especificado que uma ONG mencionada em uma de suas matérias estava classificada como "agente estrangeiro" pelas autoridades russas, como é exigido por lei.

O jornal recebeu uma primeira advertência em 22 de março e uma segunda hoje.

Desde o início da operação militar em 24 de fevereiro, as páginas de vários jornais russos e estrangeiros foram bloqueadas. O Novaya Gazeta era um dos últimos jornais independentes que permanecia em atividade na Rússia.

As autoridades votaram várias leis que castigam com penas de prisão o que consideram como "informações falsas" sobre o conflito na Ucrânia.

Outra medida usada pelas autoridades contra organizações ou indivíduos críticos ao Kremlin é a lei sobre os "agentes estrangeiros".

Os que são classificados como "agentes estrangeiros" devem ser apresentados desta forma em qualquer publicação, incluindo redes sociais. Os jornais que também devem fazer esta menção.

Fundado em 1993, o Novaya Gazeta desfruta de uma grande reputação por investigar a corrupção e as violações aos direitos humanos na Chechênia. Este compromisso lhe custou a vida de seis de seus funcionários, entre eles a famosa jornalista Anna Politkovskaya, assassinada em 2006.

Marcos Mion usou suas redes sociais no último sábado, dia 19, para celebrar 17 anos de casado com sua esposa. O apresentador fez uma homenagem emocionante à Suzana Gullo em seu Instagram e publicou um vídeo que reúne vários momentos do casal. Na legenda, ele aproveitou para abrir o coração e declarar todo seu amor.

"17 anos. 6,205 dias. 8,941.320 minutos. Impossível resumir num reels a importância ou a intensidade de tantos momentos, tantos sentimentos, tanta vida juntos! Tanta coisa já passamos, já encaramos, já comemoramos, já amamos, já transformamos em benção, já aprendemos, já perdemos, já ganhamos e amadurecemos… Duas vidas que viraram uma e se transformaram em mais três! (e quatro peludas)", Marcos começou.

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"Só quem já passou por uma jornada dessas sabe o grau de envolvimento que duas pessoas que decidem dividir a vida para sempre tem. Nada chega sequer perto. O nível de entrega, de resiliência, de renovação, de redescoberta, de insistência, de encheção de saco, de aceitação, de humildade, de paixão, de compaixão, de bom humor, de vontade de socar a parede, de gritar e algumas vezes de sumir (que sempre passa tão rápido quanto vem) e, acima de tudo, a capacidade de amar e se entregar que é a aventura de dividir a vida com alguém", afirmou.

Por fim, Mion disse estar orgulhoso da trajetória dos dois e pretende viver ainda muitos anos ao lado de Suzana.

"Eu tenho tanto orgulho da gente, Nena! Olha onde a gente chegou!! E vamos juntos para todo o sempre. Mantendo o lugar de Deus e de Nossa Senhora na nossa vida, que é antes de tudo! Eu te amo desde sempre e para sempre! Temos poucas certezas nesta vida, mas uma forte como adamantino é a de que vamos ficar juntos até o fim. Que vai ser o recomeço, a eternidade. Sem você não sou, Nena!", finalizou.

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A federação de rugby da Nova Zelândia, conhecida como All Blacks, assumiu que errou na homenagem ao Dia Internacional da Mulher, na terça-feira (8), por tirar o foco do time feminino na postagem no Twitter. A entidade também foi criticada por usar a imagem de um jogador que já foi condenado por agredir a companheira.

Na foto, os atletas do elenco masculino aparecem ao lado das esposas, filhas e mães. A postagem acompanhou a legenda: "Sempre grata a todas as mulheres em nossas vidas que nos permitiram praticar o esporte que amamos. Companheiras, mães, filhas, médicas, fisioterapeutas, árbitras, administradores e fãs".

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O atleta Savu Reece, que aparece na homenagem, já foi preso e se declarou culpado após arrastar a namorada pelo cabelo em outubro de 2018. Na época, relatou que perdeu o controle por estar bêbado. Reece foi liberado com o pagamento da multa de 750 dólares neozelandeses, cerca de R$ 2.600, à parceira.

 

 

O ex-banqueiro russo Alex Konanykhin criou uma polêmica nas redes sociais por oferecer US$ 1 milhão - equivalente a mais de R$ 5 milhões - para quem capturasse o presidente Vladimir Putin, vivo ou morto. O anúncio feito com a foto do chefe de estado foi removido pelas plataformas após a repercussão.

"Prometo pagar US$ 1.000.000 para o oficial que, de acordo com seu dever constitucional, prenda Putin como um prisioneiro de guerra pelas leis russas e internacionais", escreveu Konanykhin, que negou ter incentivado o assassinato de Putin.

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"Algumas reportagens sugerem que prometi pagar pelo assassinato de Putin, o que não é verdade", frisou.

Redes sociais se opuseram ao post

Após a repercussão na imprensa internacional, o Facebook e o LinkedIn deletaram a postagem. Konanykhin publicou novamente, mas sem a foto do presidente.

"Embora esse resultado seja aplaudido por milhões de pessoas em todo o mundo, acredito que Putin deve ser levado à justiça", considerou.

O ex-banqueiro fundou um banco privado na Rússia, mas deixou o país em 1992 e foi para os Estados Unidos com a esposa, onde recebeu asilo político.

Fora da terra natal, ele eleva o tom das críticas contra o governo russo. "Ele não é o presidente da Rússia, pois chegou ao poder como resultado de uma operação especial que explodiu prédios, depois violou a Constituição ao eliminar eleições livres e assassinar seus oponentes", apontou.

O governo publicou em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) decreto que reduz a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A redução será de 25%. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, a renúncia de arrecadação com as mudanças adotadas representa uma diminuição da carga tributária de R$ 19,5 bilhões para o ano de 2022, de R$ 20,9 bilhões para o ano de 2023 e de R$ 22,5 bilhões para o ano de 2024.

No início de fevereiro, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, antecipou que o governo estudava diminuir a alíquota do tributo entre 15% e 30%. A redução é uma tentativa do governo de impulsionar a indústria e a venda de produtos como linha branca e automóveis.

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Como o IPI tem natureza regulatória, a alíquota pode ser mudada por decreto, sem passar pelo Congresso Nacional e sem necessidade de compensar com corte de gastos ou aumento de outros impostos. De acordo com o Ministério da Economia, as novas alíquotas passam a vigorar imediatamente.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República ressaltou que a arrecadação de tributos federais bateu recorde em janeiro de 2022. "Há, portanto, espaço fiscal suficiente para viabilizar a redução ora efetuada, que busca incentivar a indústria nacional e o comércio, reaquecer a economia e gerar empregos", diz a nota.

A equipe econômica também entendeu que não haveria empecilho relativo ao ano eleitoral, uma vez que a legislação permite a concessão de gratuidades, o que não é o caso.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse que haveria hoje uma "excelente notícia para a industrialização brasileira". Segundo o Broadcast apurou, a expectativa de anúncio pegou de surpresa técnicos do Ministério da Economia. Não havia previsão de que o anúncio seria antes do carnaval.

Bombando no Onlyfans, Geisy Arruda voltou a chamar a atenção dos fãs nesse domingo (13) em foto sensual publicada em suas redes sociais. Usando uma espécie de mini pijama, a modelo ostentou no corpão e boa forma.

Com uma blusa curta do personagem animação Jerry e um shorts de dormir, Geisy publicou foto que parece ser da sua hora da soneca. Apresentando um elefante de pelúcia, a modelo afirmou ter o adotado para dormir agarrado com ela.

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“Adotei um elefante rosa. Dorme agarradinho comigo, só falta aprender fazer massagem nas costas”, legendou a postagem.

Em pouco tempo sua publicação já passava das 60 mil curtidas e Geisy não deixou de receber elogios por sua beleza e boa forma. “Perfeita”, disse um internauta. “Muito sexy”, afirmou outro.

Nos stories Geisy compartilhou a postagem e apareceu com outras roupas sensuais afirmando já ter trocado de vestimenta mais de nove vezes para gravar conteúdo para seu Onlyfans.

Confira publicação de Geisy Arruda:

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O governo do presidente Jair Bolsonaro publicou uma portaria com 45 propostas prioritárias para a agenda no Congresso Nacional em 2022. O documento foi divulgado em edição extra do Diário Oficial da União e encaminhado a lideranças do Legislativo, com assinatura do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Na agenda econômica, o governo apontou entre as prioridades a reforma tributária (PEC 110/2019) e a reforma do Imposto de Renda em tramitação no Senado. Há disposição no Senado para encaminhar a proposta de mudança no sistema tributário, mas sem garantias de aprovação. A reforma do IR, por sua vez, enfrenta uma resistência ainda maior e foi colocada na gaveta.

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Na Câmara, uma das prioridades do Executivo é o projeto de lei que une PIS e Cofins e cria a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), também parado. A privatização dos Correios e o Marco de Garantias completam a lista nesse tema.

Em meio à alta no preço dos combustíveis no País, o governo apontou o projeto que altera a cobrança do ICMS, imposto arrecadado pelos Estados, como prioridade. A proposta passou pela Câmara no fim do ano passado e deve ser pautada no Senado na próxima terça-feira, 15. Os senadores, porém, se articularam para desidratar o texto, dando liberdade para cada governador definir a alíquota do ICMS na largada.

A portaria ainda listou uma proposta "em formulação no Congresso Nacional" para autorizar a redução temporário de impostos federais sobre o diesel. Esse dispositivo deve ser incluído em um dos projetos de lei que serão pautados no Senado na semana que vem. O governo também quer aprovar até março a medida provisória que garantiu o pagamento de R$ 400 para o Auxílio Brasil.

Os projetos que revisam o licenciamento ambiental, a regularização fundiária e a mineração em terras indígenas também são prioridades do governo, assim como a flexibilização do porte de armas e o homeschooling. Na infraestrutura, a modernização do setor elétrico e o projeto que incentiva a compra de debêntures do setor também foram citados.

A agenda foi apresentada no momento em que Bolsonaro tenta alavancar apoio para uma candidatura à reeleição em outubro. Nas últimas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera os cenários para a disputa. Além disso, o Palácio do Planalto tenta recuperar uma articulação no Congresso. No Senado, por exemplo, Bolsonaro está sem líder do governo após o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) deixar o cargo.

"São projetos que têm uma linha clara de ação: aperfeiçoar o funcionamento do Estado; romper entraves à atividade econômica para modernizar o Brasil e gerar empregos; e facilitar a vida dos cidadãos", afirmou o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), em nota à imprensa.

O site da Câmara começou a publicar nomes e ofícios de parlamentares que solicitaram repasses de emendas de relator-geral do Orçamento neste mês. A medida vem após aprovação de resolução do Congresso sobre o tema, mas atende apenas em parte à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a divulgação dos autores desses pedidos de emendas.

Apesar da exigência do STF, em alguns casos aparecem apenas os nomes de prefeitos, e não dos parlamentares solicitantes dos repasses que formam a base do orçamento secreto, revelado pelo Estadão.

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Os documentos que começaram a ser publicados incluem também ofícios do relator-geral do Orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (PSL-AC), com as solicitações que encaminhou ao governo. Não é apresentada, no entanto, nenhuma fundamentação para as indicações, apenas registros de demandas. O relator-geral não explica, por exemplo, os critérios para destinação de valores. Em alguns casos, Bittar atendeu diretamente prefeitos do Maranhão, da Bahia e secretarias estaduais do Tocantins e do Paraná, quando seu Estado natal e base eleitoral é o Acre, sem informar qualquer razão.

Em uma planilha editável disponibilizada no site, é possível ver que o líder do Progressistas, o deputado Cacá Leão (BA), decidiu a destinação de R$ 45 milhões, quase três vezes acima dos valores que qualquer parlamentar tem direito a indicar por meio de emendas individuais, identificadas no Orçamento com o código RP-6.

No caso de Leão, serão R$ 40 milhões para pavimentação de ruas, a ser executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), e outros R$ 5 milhões para a compra de máquinas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). As ações serão divididas entre 14 municípios baianos. Os ofícios de Cacá Leão são dos dias 9 e 10 deste mês.

Esses R$ 45 milhões destinados ao líder do Progressistas - partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL) - representam a maioria dos R$ 75,5 milhões que o relator-geral do Orçamento, senador Marcio Bittar (PSL-AC), informou à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso a respeito das indicações ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Os demais repasses, R$ 30 milhões, foram basicamente destinados a pedido de deputados do PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Ao todo, 33 deputados do PSD, de Pacheco, puderam indicar recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional e de outras pastas. Entre eles, o líder do partido na Câmara, Sérgio Brito (BA), e os deputados Diego Andrade (MG), Charles Fernandes (BA), José Nunes (BA), Marx Beltrão (AL), Paulo Magalhães (BA), Otto Alencar Filho (BA), Cezinha de Madureira (SP), Neucimar Fraga (ES), Francisco Junior (GO), Stefano Aguiar (MG), Júnior Ferrari (PA), Júlio César (PI), Reinhold Stephanes Junior (PR), Jones Moura (RJ), Expedito Netto (RO), Ricardo Guidi (SC) e Fábio Mitidieri (SE).

O relator-geral do Orçamento de 2022, Hugo Leal (PSD-RJ), é outro integrante do partido que indicou RP9. No caso, pediu R$ 1,5 milhão para ações na Saúde no Rio de Janeiro e R$ 500 mil para ação do Ministério da Cidadania em Petrópolis-RJ.

"De acordo com o previsto no art. 69-A, §1º, da Resolução nº 1/2006 - CN, inserido pela Resolução nº 2/2021 - CN, envio, anexo documentos que serão enviados para o Ministério do Desenvolvimento Regional, Ministério da Cidadania, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fundação Nacional de Saúde e Fundo Nacional de Saúde, com as indicações de beneficiários de emendas RP9 'Emendas de Relator Geral', bem como os documentos que baseiam a indicação, para que seja dada a devida publicidade", escreveu o relator-geral do orçamento de 2021, Márcio Bittar, em um dos ofícios, datado desta terça-feira, 14. Além dos citados ministérios, Bittar enviou indicações para as pastas da Defesa e do Ministério da Saúde.

O Estadão procurou o deputado Expedito Netto (PSD-RO), que anteriormente havia dito não trabalhar com emendas de relator-geral. Questionado se fez indicações recentemente, afirmou que não. Apesar da resposta, um ofício assinado por ele, no último dia 9, mostra que indicou R$ 1 milhão em pavimentação para o município Ministro Andreazza (RO) e outro valor de R$ 1 milhão, dividido entre Theobroma, Espigão do Oeste e Vilhena, todos do Tocantins. Ao receber o ofício da reportagem via WhatsApp, admitiu ter feito a indicação. "Confirmo", resumiu-se a dizer no aplicativo de mensagens, e não respondeu às novas perguntas sobre a mudança de versão.

O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira, aparece solicitando repasse para o município alagoano de Coité do Noia, sendo R$ 950 mil para ação na Saúde. Integrante do partido dele, a deputada Celina Leão (Progressistas-DF) teve, de uma tacada só, aprovação do relator-geral para transferir mais do que a cota anual de emendas individuais. Ela indicou R$ 20 milhões para realização de eventos, capacitação e custeio no Ministério da Cidadania.

Além dos partidos dos presidentes da Câmara e do Senado, o líder do Podemos - pelo qual Sérgio Moro concorrerá à presidência da República - enviou um ofício que mostra estar manejando verbas do orçamento secreto. Igor Timo (Podemos-MG) pediu o remanejamento de R$ 6 milhões do Instituto de Desenvolvimento do Norte e do Nordeste de Minas Gerais e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, para que fique tudo no governo de minas para ações relacionadas a segurança alimentar.

Critérios

O fundador da associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, afirmou ao Estadão que a publicação de solicitações deve ter total transparência e vir acompanhada dos critérios para a seleção dos repassses. "Os critérios são essenciais. O que fará o relator se, por hipótese, todos os municípios solicitarem recursos? Quais seriam os atendidos?", perguntou Castello Branco.

Segundo ele, a Comissão Mista de Orçamento precisa estabelecer requisitos, limites, parâmetros ou critérios mínimos necessários para prevenir distorções e preservar o equilíbrio federativo na distribuição dos recursos. "Da forma como estão sendo distribuídos os recursos, o Congresso não está reduzindo desigualdades, e sim ampliando-as", disse o economista. "É essencial que o STF exija, além da transparência, parâmetros sócio econômicos e critérios técnicos para a distribuição desses recursos, como já determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021, no artigo 86."

Depois de semanas de expectativas, o governo publicou nesta segunda-feira, 13, uma medida provisória que abre espaço para um novo socorro ao setor elétrico a fim de evitar um "tarifaço" nas contas de luz em 2022, ano de eleições presidenciais. O empréstimo será usado para bancar as medidas emergenciais para evitar falhas no fornecimento de energia devido à grave escassez nos reservatórios de usinas hidrelétricas.

A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial e tem força de lei. Para se tornar definitiva, no entanto, será necessário aprovação da Câmara e Senado em um prazo de até 120 dias.

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Os recursos serão usados, por exemplo, para bancar o custo das térmicas que foram acionadas nos últimos meses para garantir o fornecimento de energia. Essas usinas geram uma energia bem mais cara que as hidrelétricas. Também vão bancar os custos da importação de energia de países vizinhos e até mesmo o desconto prometido aos consumidores que estão economizando energia - o "bônus" será pago via desconto nas contas de luz de janeiro do próximo ano.

A medida abre espaço para o governo estabelecer condições e requisitos para a estruturação das operações financeiras. Não foram detalhados os valores exatos do empréstimo, nem o prazo de pagamento, mas a previsão é que a operação fique em torno de R$ 15 bilhões.

De acordo com o documento, os montantes a serem captados pelas operações financeiras deverão observar "os custos adicionais decorrentes da situação de escassez hídrica e dos diferimentos aplicados no processo tarifários anterior à liberação dos recursos, condicionada a captação à prévia aprovação pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)". Caso haja um empréstimo maior do que os custos, a distribuidora deverá ressarcir os consumidores.

O objetivo do socorro financeiro é amenizar o aumento projetado nas tarifas no próximo ano e evitar um reajuste que poderia chegar a 21%, como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A exemplo do empréstimo concedido às empresas no auge da pandemia da covid-19, também viabilizado por MP, o financiamento será diluído nas contas de luz dos consumidores. Apesar da similaridade, o cenário econômico do País mudou, com uma taxa básica de juro em um patamar muito mais elevado.

O novo socorro financeiro tem como pano de fundo a decisão do governo de estabelecer um valor de bandeira tarifária insuficiente para suportar os custos das medidas decorrentes da escassez hídrica.

De acordo com dados da Aneel, a conta Bandeiras registra rombo acumulado de R$ 9,86 bilhões até setembro. Mesmo com o início das chuvas em alguns locais do País, o que aliviou parcialmente os problemas que o setor elétrico enfrenta nos últimos meses, a avaliação é que a operação ainda está longe da normalidade e ainda não garante "conforto" para a situação.

Mariana Rios atraiu elogios de seguidores com uma foto de topless publicada em seu perfil nas redes sociais. Famosos também ficaram impressionados e comentaram sobre a boa forma da atriz.

Só de calcinha, Mariana aparece cobrindo os seios com a mão e o braço. O clique em preto e branco foi acompanhado da legenda: "Câncer com ascendente em virgem".

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Entre os comentários de amigas e os fãs que enalteceram a beldade, o de Danilo Gentili chamou a atenção. "Muito bonito o seu cabelo nessa foto. Qual shampoo você usa?", brincou o comediante.

O ator Marcelo Serrado também escreveu: "Não faz isso bebê".

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Duas publicações do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foram restringidas após o Instagram classificá-las como potencial fomentadoras de conteúdo falso. Nas postagens, o filho do presidente compartilha um vídeo de uma entrevista antiga do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tenta justificar o alto preço atual do gás de cozinha e da gasolina dizendo que o petista teria doado refinarias da Petrobras à Bolívia. A notícia é falsa e apresenta informações fora de contexto.

O vídeo foi classificado como falso pela descrição feita pelo parlamentar, já que a refinaria foi vendida ao país sul-americano em 2007 por US$ 112 milhões, aproximadamente R$ 570 milhões na cotação atual.

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Capturas de tela das publicações de Carlos Bolsonaro restringidas pelo Instagram. Foto: Reprodução

"A mesma informação foi analisada por verificadores de fatos independentes em outra publicação", afirma a rede social ao ressaltar que a informação postada é retirada de contexto e falsa.

O vídeo diz respeito a uma entrevista concedida em 2015 pelo ex-presidente Lula sobre a nacionalização das refinarias estrangeiras. Na ocasião, o petista relata uma conversa com Evo Morales, ex-presidente da Bolívia. Em nenhum momento, porém, o petista afirma que a refinaria brasileira teria sido doada ao país amigo. "Falso: Lula não disse em vídeo que deu refinarias para a Bolívia; instalações foram vendidas em 2007", enfatiza o Instagram.

Aviso do Instagram sobre o conteúdo publicado por Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução

Parece que a polêmica entre o cantor Zé Neto e a ativista Luísa Mell ainda não acabou. De acordo com o G1, o artista decidiu processar a loira depois de ser acusado de maus tratos a animais durante uma romaria, em setembro de 2021 - e Luísa já teria sido até mesmo intimada a retirar o vídeo que contém as acusações de suas redes sociais, sob pena de multa.

Na época, a protetora dos animais publicou um vídeo afirmando que o cantor estava percorrendo o trajeto entre as cidades de Camanducaia e Aparecida do Norte montado em um único burro, configurando uma situação de maus tratos. O artista chegou a rebater as acusações, ameaçando levar a questão para a esfera judicial.

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Já na última terça-feira (26), o veículo noticiou que Zé Neto realmente entrou com uma ação contra Luísa Mell, alegando danos morais e pedindo uma indenização de R$30,7 mil, além de solicitar que o vídeo em questão fosse deletado. As alegações dos advogados do cantor ainda afirmam que a fala da ativista é inverídica e teria causado prejuízos negativos à imagem do artista.

O processo, inclusive, já estaria nas mãos de um juiz, que apontou para a gravidade das acusações falsas levando em conta a influência exercida por Luísa na web. Além disso, o magistrado afirmou que o vídeo de retratação publicado pela ativista posteriormente não resolve a situação, dando o período de dois dias para que a postagem original seja excluída.

"A postagem feita pela ré - composta de um vídeo e uma legenda - divulga fato inverídico de que o autor teria realizado uma viagem de 1180 km montado em um único burro para pagar uma promessa, quando, de acordo com os documentos que instruem a inicial, a rota entre Camanducaia e Aparecida tinha aproximadamente 141 km. O trajeto foi percorrido em cinco dias, com revezamento entre os animais, os quais tiveram acompanhamento de dois médicos veterinários, que asseguraram as normas de bem-estar dos mesmos", teria dito o juiz no texto da determinação.

Até o momento, nenhum dos dois envolvidos se pronunciou a respeito do assunto nas redes sociais - mas o vídeo com as acusações de Luísa já não se encontra mais disponível em seu Instagram. Procurados, representantes de Zé Neto e Luísa Mell ainda não comentaram o assunto.

O Instagram pode aumentar a duração dos Stories para 60 segundos. A expectativa é que a novidade possa ser lançada nesta quinta-feira (21), quando a plataforma deve anunciar seu novo pacote de atualizações.

Atualmente, os Stories são a principal ferramenta do Instagram, que permite a visualização durante 24h de publicações com até 15 segundos. A alteração garantiria mais que dobro de tempo de cada postagem, permanecendo o intervalo de visualização.

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A informação foi compartilhada no Twitter pelo programador Alessandro Paluzzi. Ele escreveu que os vídeos não serão divididos em segmentos e poderão ter músicas e efeitos na publicação completa, bem parecido com o Reels.

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A novidade ainda não foi confirmada, mas os usuários esperam que seja lançada junto com o pacote de atualização, que deve incluir a publicação de fotos e pequenos vídeos através do browser do desktop.

O último livro do mestre britânico da espionagem John Le Carré foi publicado postumamente nesta quinta-feira (14) no Reino Unido. No entanto, após revisar o material não editado de seu pai, um de seus filhos deu a entender que poderia haver mais.

Com o título "Silverview", o livro parte da improvável amizade entre um ex-banqueiro da City londrina e um emigrante polonês em uma pequena cidade da costa inglesa.

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Nele, o autor, que trabalhou em sua juventude para os serviços secretos, volta a expressar suas dúvidas sobre os métodos e a ética da inteligência britânica. Mas desta vez aprofunda mais a questão do envelhecimento e da morte.

Le Carré, cujo verdadeiro nome era David Cornwell, morreu em dezembro, aos 89 anos.

Escreveu 25 novelas e um volume de memórias, "O túnel dos pombos" (2016), e vendeu mais de 70 milhões de livros em todo o mundo.

Para suas novelas de espiões, sempre se inspirou em sua carreira, arruinada por uma agente dupla britânica que revelou sua identidade a a de muitos de seus compatriotas ao KGB soviético.

Eurófilo convencido e firmemente contra o Brexit, adotou a nacionalidade irlandesa antes de morrer. Em sua obra "Um homem decente" ("Agent Running In The Field"), publicada em 2019, retratou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson como um "porco ignorante".

Desde sua morte, seus quatro filhos estão catalogando seu arquivo de obras inéditas.

O mais novo, Nicholas Cornwell, que também é escritor, se encarregou de colocar em ordem o manuscrito de "Silverview", do qual reconhece que a família tinha conhecimento, embora afirme que nunca soube por que foi deixado de lado.

Foi o próprio Le Carré que, durante um passeio por um parque do norte de Londres, perguntou a ele "'você terminará qualquer coisa que eu deixar sem fazer?' e eu respondi que sim, porque não me imagino dizendo não nesse contexto", explicou nesta semana ao jornal Sunday Times.

Considerando que "às vezes o material publicado postumamente é ruim e não deveria ser editado", afirmou que "isso não entra nessa categoria. É um livro genuinamente bom".

Cornwell explicou também que entre os papéis de seu pai encontrou histórias inéditas protagonizadas pelo espião George Smiley, seu personagem mais caraterístico.

"Até que ponto estão concluídas ou são publicáveis é algo que vamos verificar", explicou.

Embora tenha sido objeto de uma biografia e tenha escrito suas memórias, ainda há mistérios na vida do autor que até sua família afirma não saber.

"Durante todo o tempo em que o conheci, nunca me disse nada que não estivesse disponível na esfera pública sobre sua própria carreira da Inteligência. Não sei nada mais que vocês", afirmou Cornwell. "Me fascinaria que alguém escrevesse o que realmente fez durante seus anos como espião".

A versão definitiva do edital do 5G já está disponível para consulta no site da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O documento pode ser acessado por meio do seguinte endereço na internet:

https://sei.anatel.gov.br/sei/modulos/pesquisa/md_pesq_documento_consulta_externa.php?eEP-wqk1skrd8hSlk5Z3rN4EVg9uLJqrLYJw_9INcO6OyRD8iqL9S9Xn8pP7_7nZL7eBIQWeOiWAZmPzrP88GsKp4NawWkp9n0q_6bMePRxnAscg5z5FRrlZQdkKAcHw.

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O conselho diretor da Anatel aprovou, em reunião extraordinária realizada na sexta-feira, o edital.

Esta será a maior oferta de espectro da história no País, com a licitação das radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.

A entrega das ofertas das interessadas está marcada para 27 de outubro, e a sessão de abertura, análise e julgamento de propostas de preço será no dia 4 de novembro.

Entre os 100 nomes na lista de pessoas mais influentes de 2021, publicada nesta quarta-feira (15) pela revista Time, está a empresária Luiza Helena Trajano, da rede de lojas Magazine Luiza. O texto de apresentação da administradora ficou por conta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando as teorias de que seu nome está sendo cotado para compor a chapa petista no ano que vem.

“Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisseia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor”, diz o texto de Lula, publicado em inglês no site da revista. Trajano aparece na categoria “Titãs”, ao lado da atleta Simone Biles e de Shonda Rhimes, dramaturga.

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O ex-chefe do Executivo também fez questão de destacar a atuação de Luiza durante a pandemia. “Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação”, continuou.

Em fevereiro deste ano, o vice-presidente do PT, Washington Quaquá, chegou a afirmar, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a presença de Trajano na chapa presidencial de 2022, como vice, seria uma uma forma de se “reconectar” com o setor produtivo e com o eleitor de centro. À época, contudo, a empresária negou o interesse no envolvimento político.

Leia, a seguir, o que Lula escreveu sobre Luiza Trajano:

"Em um mundo de negócios ainda dominado por homens, a brasileira Luiza Trajano conseguiu transformar o Magazine Luiza, que começou como uma loja única em 1957, em um gigante do varejo com dezenas de bilhões de dólares. É uma grande conquista - uma entre muitas.

Quando a COVID-19 chegou ao Brasil, matando mais de 580 mil brasileiros e causando uma recessão, o Magazine Luiza ajudou as pequenas empresas a se adaptarem ao comércio digital, fornecendo uma plataforma para vender e entregar seus produtos. Em um momento em que o governo federal brasileiro minimizava o risco que a pandemia representava, Luiza corajosamente falou sobre a urgência da vacinação. Ela também foi uma defensora vocal da igualdade, criando o Mulheres do Brasil, um grupo apartidário de mais de 95.000 mulheres que trabalham para construir uma sociedade melhor e apoiar as vítimas de violência doméstica. E, no final de 2020, em um esforço para promover a inclusão dentro do Magazine Luiza, ela lançou um programa de trainees que oferece oportunidades para os afro-brasileiros.

Em um mundo onde bilionários queimam fortunas em aventuras espaciais e iates, Luiza se dedica a um tipo diferente de odisséia. Ela assumiu o desafio de construir um gigante comercial e ao mesmo tempo construir um Brasil melhor."

 

Se a internet mudou o jeito de interagir, com os políticos não foi diferente. Em adaptação à dinâmica do universo digital, os eventos de anúncio das Prefeituras deram vez a publicações nas redes sociais das gestões e nos perfis dos próprios gestores. Embora compartilhados com certo ar de naturalidade, mesmo com a intenção de informar, os posts devem atender ao interesse coletivo, como indicam os princípios da Administração Pública.

Historicamente, o Brasil é um país em que as pessoas participam pouco do processo político. Geralmente o interesse surge e passa junto com o período eleitoral, mas as novas demandas aumentaram a cobrança por informações confiáveis e instantâneas. Em um momento em que a credibilidade é atentada por fake news, os holofotes aos prefeitos “celebridades” pesam ainda mais e obrigaram uma readequação da estratégia de promoção pessoal.

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Participação dos eleitores

Tal pressa faz com que os mais afobados publiquem feitos da gestão antes mesmo dos perfis das Prefeituras, como no anúncio de novas etapas das campanhas municipais de vacinação contra a Covid-19, por exemplo. Em troca, eles são duramente criticados por usuários, que alegam descumprimento dos princípios éticos do cargo para conquistar influência nas redes. 

A cientista política Priscila Lapa lembra que "isso não é carta branca para que os políticos possam extrapolar os limites institucionais de atuação" descritos no art. 37 da Constituição. Nem para o eleitor cometer crimes como ameaças, injúria ou difamação, previstos nos art. 147, 139, 140 do Código Penal.

Acompanhar a agenda nas redes é positivo para o cidadão, que pode "participar de forma direta, sem maiores intermediários, podendo fazer sua cobrança diretamente. Ele passa a tratar o político como alguém próximo", assegura Lapa.

Pronto para suportar a avaliação pública

Como defendido pelo analista de marketing digital, Valter Rito, as mídias funcionam como uma prestação de contas e não podem atrapalhar a produtividade do prefeito. "O político contrata um profissional para gerenciar as redes, porque as atividades são muito intensas e elas requerem muito foco, dedicação e doação de tempo. Então, o político não deve embarcar de vez nesse mundo, que é viciante", adverte.

Ele ressalta o cuidado com a linguagem, já que uma colocação errada pode confundir o público. De qualquer forma, a regra prevalece e uma informação oficial deve ser repassada como tal. Sem se apoiar em coloquialismos e, principalmente, de forma ampla.

"Precisa ter um equilíbrio e um cuidado entre o que vou expor como personalidade, para que as pessoas se reconheçam e crie uma identidade com o eleitor, ao mesmo tempo com o que vou passar enquanto gestor e que agenda vou tratar e como enfrentar as críticas", avaliou a cientista política. 

Para utilizar as redes de forma saudável, o gestor não pode se eximir do debate e precisa de uma estratégia que se conecte com a atuação no mundo real. "Não vai ser possível em uma rede social você expor apenas o que é positivo. Você vai ter que defrontar, vai ter que debater", apontou Lapa.

O uso político das redes sociais ainda é um movimento recente, por isso a garantia de uma boa atuação deve se submeter ao respeito de certos limites. "Antecipar informações oficiais, deturpar informações, fazer uso de informações oficiais para promoção pessoal, isso tudo continua sendo condenável tanto do ponto de vista jurídico, quanto do ponto de vista político. Existem os limites éticos dessa atuação", complementa a estudiosa.

Mas é crime usar as redes para promoção pessoal?

A advogada eleitoralista Anne Cabral indica que, embora possa haver ilicitude administrativa pelo desvio da moralidade e da pessoalidade por confundir a figura do gestor com os feitos, no geral, esse tipo de atividade tem finalidade pública e não configura crime. Exceto quando os materiais são publicados no período eleitoral, como determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Eu não tenho uma legislação que diga que isso é burla. Algumas Administrações podem ter um código de conduta mais rígido: 'primeiro poste no perfil oficial para depois repostar no pessoal', mas esse detalhe a legislação não aborda", explica.

Cabral pontua que as redes sociais são um canal de comunicação como qualquer outro e a promoção pessoal pode vir junto com a publicidade das atividades de gestão, desde que não fuja da finalidade pública.

No entanto, quando surge alguma suspeita de improbo, o adequado é que o cidadão denuncie à ouvidoria. Ela fica responsável por apurar as infrações e abrir processo administrativo. Em seguida, notifica o Ministério Público em ação civil pública.

"Como a legislação é muito omissa em relação a regramento das redes sociais, isso é uma coisa que a gente não vê na prática", relata a advogada. Ainda assim, mesmo que em casos raros de condenação por atividade nas redes sociais, o político pode ser punido com advertência, multa e até mesmo ficar inelegível para o processo eleitoral.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) teve novamente o seu perfil no Facebook suspenso por uma suposta alusão ao nazismo, após publicar frases associadas ao líder do Reich, Adolf Hitler. O zero três recorre na Justiça do Distrito Federal com uma liminar para derrubar a decisão, segundo informações da coluna Ancelmo Gois, do jornal O Globo. A punição, que já é reincidente, foi de 30 dias dessa vez. Desde 14 de julho, a página oficial de Eduardo Bolsonaro está impedida de postar e comentar posts dos outros.

De acordo com o Facebook, a publicação do parlamentar citou frases supostamente atribuídas a Adolf Hitler. O deputado, por sua vez, reclama que não teve possibilidade de defesa. As mensagens ferem as diretrizes da rede social e podem ser denunciadas por diferentes teores, como o racismo e o discurso de ódio. Em junho deste ano, a rede já havia suspendido o perfil do filho do presidente, por divulgar uma informação falsa sobre relatório do Tribunal de Contas da União (TCU).

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No mesmo mês, ele chegou a ficar sete dias sem poder usar a conta depois de publicar um vídeo do pai, Jair Bolsonaro (sem partido), dizendo que metade das mortes registradas como ocorridas por Covid-19 no Brasil na verdade não tinham ocorrido por causa da doença. A informação foi desmentida.

Apesar de estar suspenso desde o dia 14 de julho, só ontem (19) foi enviada a liminar contrária à decisão. Dessa forma, Eduardo estará sem publicar ou comentar na rede até o próximo dia 14 de agosto. Nas demais redes onde é ativo, o político não comentou mais o caso.

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