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O delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, disse, à GloboNews, que o seu nome foi achado como alvo em cela do PCC. Ele também apontou nomes de políticos que ajudam os criminosos e persegui-lo, dentre eles: a deputada federal Carla Zambeli (PL) e o senador Telmário Mota (Pros).

Na entrevista, o delegado salientou que “esses criminosos [madeireiros] têm a maior parte dos políticos da região Norte no bolso, eu tô falando de governadores, senadores”. “Tenho uma coleção de ofícios de senadores dos diversos estados da Amazônia que mandaram para o meu chefe dizendo que eu estava ultrapassando os limites da lei. Teve senador junto com madeireiro me ameaçando”, contou. 

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De acordo com Saraiva, há uma “bancada do crime” no Congresso Nacional. “Vejam de onde saíram boa parte dos parlamentares do centrão, são financiados por esses grupos: Zequinha Marinho, que tava junto com Ricardo Salles; Telmário Mota; Messias de Jesus; Jorginho Melo, de Santa Catarina, mandou ofício; Carla Zambelli foi lá defender madeireiro com Ricardo Salles. Temos uma bancada do crime. Uma bancada, na minha opinião, de marginais. São bandidos”, apontou, ao explanar ter tido o nome encontrado em cela do PCC.  

“No dia que eu fui convidado para ir na audiência na Câmara dos Deputados, na Comissão de Legislação Participativa - e eu já fui a várias audiências criminais com advogados e criminosos -, nunca fui tão desrespeitado como na Câmara, que os deputados estavam fazendo uma nítida defesa do crime, e isso no Brasil virou moda”, expôs o delegado. 

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O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles voltou a provocar Anitta pelas redes sociais. Em sua conta no Twitter, o político fez um “desafio” à cantora, insinuando que ela não saberia soletrar paralelepípedo. A funkeira não deixou barato e disse que Salles era menos importante para a sociedade do que o ânus dela.

“Só converso daqui pra frente com a Anitta Burritta se ela conseguir fazer sozinha um vídeo soletrando “Pa-ra-le-le-pi-pe-do” sem usar o teleprompter”, tuitou Ricardo Salles.

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A funkeira rebateu no tuíte do ex-ministro sem sutileza alguma. A resposta teve o quádruplo de curtidas do post de Salles.

“Como eu gostaria de um mano a mano com você ao vivo e a cores para você se lascar com esse machismo de bosta de falar que eu burra só porque eu sou gostosa. Em cada rodada um apontava um desserviço do outro para sociedade. Só não vale falar do meu c* porque este serve mais à sociedade que você”, disparou Anitta.

Mais tarde, na sua conta, a cantora voltou a falar sobre o assunto.

“Conclusão do dia: Quando eu sou burra em alguma coisa, chamo alguém inteligente para fazer pra mim. Salles pensa diferente... e estamos onde estamos”, postou.

Em resposta, Ricardo Salles disse que aceitava o desafio proposto.

“Ótimo. Venha demonstrar todo o seu conhecimento, preparo e raciocínio lógico em um debate “mano a mano” comigo, como você sugeriu. Que tal quinta-feira (03/03) as 16:30”, disse o ex-ministro, sem citar o local.

Anitta ainda não tinha respondido até esta matéria ser publicada.

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, compartilhou uma informação falsa no seu perfil no Instagram pontuando que o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu evitar a "3ª Guerra Mundial". Isso, segundo a publicação, teria acontecido após encontro entre o líder brasileiro e o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

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A CNN, que foi colocada na fake news como responsável pela informação, desmentiu que teria veiculado a notícia. Segundo o veículo de comunicação, desde ontem que a imagem publicada por Salles está sendo compartilhada por grupos bolsonaristas.

Encontro com Putin

É até verdade que a Rússia está retirando algumas de suas tropas da fronteira com a Ucrânia, mas não por conta do presidente brasileiro.

Bolsonaro partiu do Brasil na última segunda-feira (14) com destino a Rússia, onde chegou na manhã desta terça-feira (15). O encontro com o presidente Russo só deve acontecer na quarta-feira (16), onde devem ser debatidos assuntos de interesses dos dois países, como questões de energia, agronegócio, comércio e defesa.

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles disse que Sergio Moro ficava disperso nas reuniões ministeriais e o descreveu como um péssimo articular nessa segunda-feira (31). Sem partido após ser expulso do Novo, ele pretende se eleger como deputado por São Paulo e atacou os concorrentes do ex-chefe para reforçar o apoio da base de Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao programa Pânico, Salles comentou sobre a convivência com Moro durante o período em que estiveram no Governo. 

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“Ele seria um péssimo articulador. Como ministro, não conversava com ninguém. Ia para as reuniões e ficava olhando para o teto. Não respondia o que era perguntando. Aliás, foi o único ex-ministro que saiu do grupo de Whatsapp sem se despedir dos colegas”, recordou.

O ex-ministro voltou a chamar o pré-candidato à Presidência pelo Podemos de traidor e sugeriu que ele não defende a agenda liberal. “Você vê o nível e a capacidade de articulação dele. Saiu do cargo de ministro e foi aquele papelão, aquela trairagem desgraçada. Ficou ridículo para ele, foi uma decepção tremenda. Se acha a última bolacha do pacote, mas não fez p**** nenhuma. O Moro está longe de ser o que ele quer pintar. Não tem visão liberal sobre o mundo”, criticou.

Falsa popularidade de Lula

A popularidade do ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, também foi contestada. “O Lula não vai em lugar nenhum. O Lula só faz evento para ser aplaudido, os poucos lugares que ele tentou ir, foi vaiado. Pessoa decente quando encara a cara do barbudo da urna não digita 13 e confirma nem a pau”

Decepção com Alckmin

Antes de assumir o cargo no Executivo federal, Salles participou da gestão de Geraldo Alckmin no Governo de São Paulo. Ele se mostrou decepcionado com os rumores sobre a possibilidade do ex-governador ser vice de Lula (PT) nas eleições.

“Fiquei chateado com o fato do Geraldo aventar a possibilidade de ser vice do Lula. Um cara preparado, boa pessoa, pai de família e correto. Não é ladrão, ao contrário do que os caras falam. Essa postura de virar vice do Lula, do ponto de vista da coerência, é inaceitável. Basta ver o que ele falou em 2018, que o Lula queria voltar para a cena do crime”, declarou.

Após a troca de comando no Ministério do Meio Ambiente em junho, a Comissão de Meio Ambiente (CMA) que saber se a entrada de Joaquim Álvaro Pereira Leite no lugar de Ricardo Salles representa de fato uma mudança na direção da pasta. Audiência pública com o novo ministro está agendada para esta terça-feira (31), às 9h30.

 Os requerimentos para ouvir Joaquim Álvaro Leite são do presidente da CMA, Jaques Wagner (PT-BA), e do senador Confúcio Moura (MDB-RO). Confúcio argumenta que a política ambiental do Ministério sob a gestão Ricardo Salles desagradou o mundo e prejudicou a imagem do Brasil no exterior.   

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“Nossos indicadores de desmatamento se tornaram alarmantes, com sucessivos recordes registrados desde o início do atual governo. Um repúdio internacional nunca antes visto sobre o país, nesse aspecto, com reflexos econômicos claros, especialmente relacionados ao agronegócio, tornou-se uma grande preocupação”, aponta o senador.  Para ambos, a reunião da CMA será importante para que o Senado e a população tomem conhecimento dos planos, direcionamentos e ações previstas pelo  ministro.   

A reunião será aberta à participação dos cidadãos por meio do Portal e-Cidadania (https://senado.leg.br/ecidadania) ou pelo telefone 0800 061 22 11. 

*Da Agência Senado

Retratado como o novo outsider da política brasileira, a pré-campanha do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) já atrai ataques das alianças concorrentes à Presidência. Na manhã desta terça-feira (24), o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que saiu do Governo Bolsonaro na investigação da Polícia Federal por indícios de facilitar a exportação ilegal de madeira, afirmou que Moro é "comunista" e "a favor de drogas".

Salles voltou a chamar seu ex-colega de Governo de traidor e fez uma avaliação da "política diferente" proposta por Sergio Moro que arrancou gargalhadas até mesmo dos apresentadores do Morning Show da Jovem Pan.

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Após a exclusão de contas de blogueiros bolsonaristas que incitavam discursos de ódio e fake news nas redes sociais, a emissora foi inaugurada há menos de um mês e vem sustentando conteúdos em defesa da gestão federal.

Durante sua participação, o ex-ministro de Bolsonaro criticou a candidatura de Moro e disse que ele aceitou comandar o Ministério da Justiça "sabendo que não tinha nada a ver com o governo" e apontou: "Ele é de esquerda, ele é contra as armas, a favor de drogas. O Moro é comunista, lógico. Vai dizer que o Moro não é de esquerda?".

A fala foi recebida como chacota pelos apresentadores, que questionaram a declaração aos risos e compreenderam que Salles extrapolou na comparação. "De esquerda Salles?", "me ajude a te ajudar Salles", zombaram.

O discurso foi tão incoerente que ele chegou a ser corrigido ao vivo e se contradisse para concluir que Moro é um "tucano".

Confira

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Com menos de cinco meses no cargo, o superintendente da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal, Hugo de Barros Correia, foi retirado do posto. A PF do Distrito investiga os inquéritos que miram na CPI das Fake News e em Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A decisão foi do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, indicado pelo próprio Bolsonaro e quarto líder da instituição ao longo da gestão.

O posto do DF apura os inquéritos de relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, aqueles que foram solicitados no âmbito da CPI da Fake News - relacionada à atividade do ‘gabinete do ódio’ nas redes sociais para organizar atos antidemocráticos e amplificar os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas -, além da investigação contra Jair Renan sobre tráfico de influência e sua ligação com lobistas envolvidos no esquema de superfaturamento de imunizantes.

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A superintendência foi responsável pela operação que apurou desvios de recursos no Ministério da Saúde. Correia assumiu o cargo em maio, mas de acordo com a Folha de S. Paulo, nunca teve proximidade com Maiurino.

O Diretor-Geral teria se irritado com o superintendente nos seus primeiros dez dias de nomeação por cumprir mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O responsável pela investigação em torno do então ministro, o delegado Franco Perazzoni foi indicado por Correia para um cargo de chefia, mas a promoção foi encerrada.

Desde que assumiu a Polícia Federal, Paulo Maiurino tirou do quadro gestores que não se enquadram ao seu modelo.

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acredita que “os centros urbanos são majoritariamente de esquerda”, enquanto “os votos conservadores estão no campo”. Essa foi uma das declarações concedidas durante entrevista ao colunista Thiago Herdy, do UOL, nesta segunda-feira (30). É a primeira grande entrevista do administrador após a sua exoneração do cargo no governo de Bolsonaro, dois meses atrás. Durante a conversa, Salles falou ainda sobre os ruídos entre o governo e o Supremo, loteamento de cargos no Congresso e supostos problemas com a postura do presidente da república.

Após ser questionado sobre a má avaliação de Jair Bolsonaro (sem partido) no país, Ricardo Salles admitiu não acreditar em pesquisas e que essas mesmas fontes, em 2018, afirmaram que Bolsonaro não ganharia a eleição. Segundo o ex-ministro, só passaram a considerar o potencial do presidente eleito no “finalzinho da eleição, mas antes da facada, não davam a ele o percentual que ele teve”. Na mesma linha, continuou a pontuar sobre a distribuição das forças do eleitorado bolsonarista.

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“Não acho que a pesquisa seja tão fidedigna aqui. O Brasil é muito heterogêneo e as pesquisas tendem a ter uma visão muito concentrada nos centros urbanos. Os centros urbanos são majoritariamente de esquerda. Os votos conservadores, o voto da direita está no campo, isso está claro. No interior do Brasil. Não apenas eles [irão reeleger Bolsonaro]. Acho que quando você faz uma pesquisa que foca preponderantemente em centros urbanos, ela está inexoravelmente tendenciosa. Há grandes chances do Bolsonaro ganhar a eleição. E acho que a alternativa ao Bolsonaro no Brasil, que é um fato que também o ajuda bastante, é ter o Lula como adversário”, respondeu.

Ainda sobre a percepção pública sobre a postura de Bolsonaro, Salles disse que vê o presidente como “duro e sincero”, mas não “intolerante”. “Acho injusto colocar essa conta só no colo do presidente. Se há um excesso de beligerância hoje na política brasileira, isso se deve a todos os envolvidos”, continuou. No entanto, admitiu “excessos” por parte de Jair Bolsonaro ao lidar com a pauta do voto impresso.

“O governo apresentou as pautas de maneira correta, colocou para avançar a privatização dos Correios, da Eletrobras. Mas, realmente, o excesso de animosidade recíproca acaba atrapalhando. A despeito de todos esses problemas e da pandemia, o Brasil fez reformas estruturais importantes. Cito a da Previdência, a da autonomia do Banco Central, os marcos da liberdade econômica e do saneamento”, prosseguiu Salles, admitindo que apenas isso não é suficiente.

O ex-ministro desviou de respostas claras ou diretas sobre o embate com o Supremo Tribunal Federal: “Não entro nessa área [impeachment de ministros] porque há exacerbação recíproca dos ânimos. Todos deveriam serenar as suas ações e suas medidas”.

Diante da comparação entre eleitores de Donald Trump, nos Estados Unidos, com a invasão do Capitólio, e uma possível derrota de Bolsonaro em 2022 somada à invasão do Congresso, Salles disse que há “chance zero” de um evento como esse acontecer e que acredita que os resultados seriam respeitados pelo presidente. “Chance zero. O Bolsonaro não fez nenhuma medida antidemocrática, respeitou as liberdades individuais, respeitou o direito. Nunca alguém foi tão criticado pela imprensa como ele foi”, pontuou.

Quanto à reforma administrativa e loteamento da administração pública com parlamentares do Centrão, disse que não há constrangimento algum em partir para esse tipo de política, que é comum aos governos anteriores, apesar de ir contra o discurso de campanha de Bolsonaro. Ao falar de outros governos, Salles disse que “antes havia um loteamento absurdo do governo em troca de apoio do Congresso. Exemplo disso, o mensalão”, mas nega que esse seja o caso da gestão atual.

“A proximidade do Legislativo com o Executivo impõe que você abra espaço de participação. Isso é natural. Mas está muito longe de ser o loteamento político de cargos, verbas e estatais como no passado. O Centrão tinha todos os cargos do governo nos governos passados. Se nesse governo a classe política tem legitimamente alguma participação no governo, em governos passados eles eram donos. Ciro Nogueira tem uma capacidade de articulação política extremamente importante”, concluiu.

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles entrou com um agravo regimental no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a ordem que impede sua saída do País. Ele teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal na semana passada.

No agravo, a defesa do ex-ministro sugere duas alternativas: a reconsideração da decisão pela ministra Cármen Lúcia, que decretou a medida após parecer favorável da Procuradoria Geral da República (PGR), ou a discussão da questão no plenário do tribunal.

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A ordem da ministra foi dada no inquérito aberto a partir da notícia-crime apresentada pelo delegado Alexandre Saraiva, ex-chefe da Polícia Federal no Amazonas, que acusou Salles de usar o cargo para patrocinar interesses privados de madeireiras.

O argumento dos advogados do ex-ministro é o de que Cármen Lúcia não deveria ter analisado o pedido. Isso porque, quando a ordem de retenção do passaporte foi expedida, Salles já tinha anunciado a saída do governo Bolsonaro - o que deve implicar na remessa da investigação para primeira instância em razão do fim do foro privilegiado.

"Tendo havido a comunicação da perda do cargo, o fato deveria ter sido objeto de apreciação pela eminente Ministra Relatora, em prejuízo, inclusive, à análise de aplicação de medida cautelar, já que, ao tempo em que discutida e decidida a questão, a E. Corte já não mais tinha competência para apreciar o feito", diz um trecho do documento enviado ao STF.

A defesa também afirma que Salles não tem planos de se ausentar do País e alega que ele está 'focado em esclarecer as acusações' e em 'buscar um novo trabalho'.

"Pode-se gostar ou não da política ambiental do governo e toda atividade humana é passível de crítica. Há que se respeitar, porém, o pensamento diverso, apreciando-se com isenção os fatos", escreveram os advogados.

Salles também é alvo de um segundo inquérito no Supremo, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que apura a suspeita de favorecimento de empresas na exportação ilegal de madeira. No último dia 16, Moraes autorizou o envio do celular entregue à Polícia Federal pelo ex-ministro aos Estados Unidos para ser desbloqueado pela agência US Fish and Wildlife Sevice.

Alvo de inquérito que investiga um esquema ilegal de retirada e venda de madeira, Ricardo Salles decidiu deixar o Ministério do Meio Ambiente quando soube, na terça-feira passada, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediria sua prisão.

Ao tomar conhecimento da informação por meio de um colega, Salles viu que sua permanência no governo era insustentável.

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Na conversa com o presidente Jair Bolsonaro, na quarta-feira, um dia depois de ser informado sobre o risco de prisão, o ainda ministro agradeceu a confiança, mas disse que não tinha mais como continuar na equipe. Bolsonaro pediu, porém, que ele ficasse e enfrentasse o Supremo. Segundo o Estadão apurou, Salles respondeu que, além de levar a crise para o centro do governo, temia pela segurança da mãe, também investigada.

A Polícia Federal apura operações financeiras de Salles, tendo como base o escritório de advocacia do qual ele é sócio com a mãe, em São Paulo. O inquérito foi autorizado pelo Supremo, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A suspeita é de que Salles atuava no cargo para favorecer madeireiros que desmatam a Amazônia, abrindo caminho para o contrabando de madeira ilegal. Ele nega irregularidades.

O pedido de prisão teria como fundamento suspeitas de que Salles estaria atuando para prejudicar as investigações. Ao pedir demissão, Salles esvaziou essa justificativa, uma vez que não tem mais poder algum na pasta. Além disso, o processo pode deixar o Supremo. O ministro Alexandre de Moraes analisa se existe mais algum investigado com prerrogativa de foro para manter o caso sob sua relatoria. Caso contrário, a investigação terá que ser enviada para a Justiça Federal do Distrito Federal ou do Amazonas.

A ministra Cármen Lúcia, relatora de um outro inquérito contra Salles no Supremo, determinou que ele entregasse seu passaporte à Polícia Federal para não deixar o País. A defesa do ex-ministro afirmou que o documento foi entregue na tarde de ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta sexta-feira (25), não saber os motivos pelos quais Ricardo Salles pediu demissão do cargo de ministro do Meio Ambiente, mas o elogiou por acabar com a "sanha de multar no campo".

"Não perguntei a causa (do pedido de demissão). Não é fácil ser ministro, é uma tremenda responsabilidade. O Salles é um dos grandes responsáveis pelo sucesso da agricultura do Brasil. Você não vê mais aquela sanha de multar no campo. A multa existe, tem que ser aplicada, mas não é a primeira arma a ser usada", disse a jornalistas.

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O ex-ministro é alvo da operação Akuanduba, da Polícia Federal, que o investiga por facilitar exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa. Além de Salles, dez gestores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram afastados.

Bolsonaro também reafirmou o distanciamento entre ele e o vice-presidente Hamilton Mourão, que recentemente se queixou de ser excluído de reuniões do governo. "Não tenho nada a ver com o Mourão. O Mourão tem a vida política dele", disse.

O presidente voltou a reproduzir informação incorreta segundo a qual o senado norte-americano investiga a origem do novo coronavírus. A afirmação baseia-se em vídeo no qual cinco senadores republicanos fazem especulações sobre o assunto e criticam políticas adotadas pelas redes sociais para o combate à publicações com notícias falsas.

Ele atacou novamente jornalistas ao ser perguntado sobre o motivo de o governo não ter comprado vacinas quando teve ofertas da farmacêutica americana Pfizer. "Parem de fazer perguntas idiotas. Onde é que tem vacina para atender todo o mercado aqui ou em qualquer outro lugar do mundo? Nasça de novo. Ridículo", disse aos gritos.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE), entrou com uma representação na Procuradoria Geral de República (PGR). Ele pede a instauração de medida cautelar de inquérito com o intuito de reter o passaporte do ex-ministro do Meio Ambiente, exonerado nesta quarta-feira (23), Ricardo Salles.

O objetivo da ação, de acordo com Gadêlha, é impedir uma possível “fuga” do ex-ministro para outro país, já que ele está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento com esquemas de extração e exportação de madeira da Amazônia brasileira. "Salles foi o grande símbolo do governo Bolsonaro do extermínio dos nossos biomas, do desmatamento da Amazônia e dos seus pactos com o setor do agronegócio, grileiros e garimpeiros”, ressaltou o pedetista.

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No documento enviado ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, Túlio Gadêlha afirmou ainda que Ricardo Salles “tem empreendido esforços com o objetivo de atrapalhar medidas de fiscalização ambiental”, especificamente os relacionados à “Operação Handroanthus”, da PF, que foi responsável pela apreensão recorde de aproximadamente 200.000 m³ de madeira em toras extraídas ilegalmente por organizações criminosas.

Depois de detonar o presidente Jair Bolsonaro, no início desta semana, Anitta gerou repercussão nesta quarta-feira (23) ao comentar a demissão de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente. No Twitter, a funkeira celebrou a saída dele. "O meio ambiente agradece. Fora Salles é real", ironizou a artista no seu perfil da plataforma.

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Além de Anitta, outros nomes do entretenimento se manifestaram sobre o assunto. Atrizes como Letícia Spiller, Paula Braun e Dadá Coelho fizeram postagens celebrando o acontecimento político. Leandra Leal escreveu: "Ricardo Salles exonerado e eu já to ansiosa pra vê-lo ir direto para o lugar em que merece: preso!". Ricardo Salles fez o pedido de demissão na tarde de hoje. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.

Anunciando a exoneração em uma coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, Salles afirmou que estava deixando o cargo com calmaria. "Na agenda nacional, precisa ter união forte de anseio e esforços, e que isso se faça de forma mais serena possível", declarou. Jair Bolsonaro colocou Joaquim Álvaro Pereira Leite para assumir a pasta. Joaquim era da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais.

O agora ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles afirmou nesta quarta-feira, 23, que pediu demissão do cargo nesta tarde (23) para que, de forma "mais serena possível", o País alcance "uma união muito forte de interesses, de anseios e esforços". Salles foi demitido hoje do cargo, segundo publicação do Diário Oficial da União (DOU), e será substituído pelo secretário da pasta para Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite.

A demissão de Salles acontece em meio às investigações sobre a suposta participação do ex-ministro em esquemas para a exportação de madeira ilegal, bem como pressão de organismos internacionais para que o País reveja a política de combate ao desmatamento. A gestão de Salles à frente da pasta foi marcada pelo desmonte de órgão de fiscalização ambiental e sucessivos recordes no avanço do desmatamento.

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Na última semana, negociações bilaterais sobre questões ambientais entre Brasil e Estados Unidos foram suspensas, o que acendeu o "sinal amarelo" entre autoridades e parlamentares para os riscos de sanções econômicas. Para a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP-TO), o congelamento das conversas tem relação com as investigações contra o ex-ministro e com a paralisia no combate ao desmatamento.

Durante cerimônia nesta terça (22) de lançamento Plano Safra 2021/2022, o presidente Jair Bolsonaro fez diversos elogios à conduta do seu ex-ajudante. Segundo o presidente, o casamento da Agricultura com o Meio Ambiente foi "quase perfeito". "Parabéns Ricardo Salles. Não é fácil ocupar o seu ministério. Por vezes, a herança fica apenas uma penca de processos. A gente lamenta como por vezes somos tratados por alguns poucos deste outro Poder Judiciário", completou na ocasião.

CPI da Covid

A demissão do ministro acontece também no dia em que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado apertou o cerco ao Executivo e ao valor pago na compra de vacinas da Covaxin. Segundo mostrou o Estadão/Broadcast, o governo federal pagou dez vezes mais pelos imunizantes que o valor que havia sido anunciado seis meses antes.

Ao Broadcast Político, o deputado Luiz Miranda (DEM-DF) disse que alertou assessores do Executivo sobre um "esquema de corrupção pesado" na aquisição de vacinas. "Pelo amor de Deus... isso é muito sério!", escreveu em 22 de março a assessores do presidente. Miranda deve depor à CPI na sexta-feira (25) segundo requerimento apresentado e votado nesta manhã.

Em nota divulgada nesta terça-feira (22) a presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Kátia Abreu (PP-TO), faz um alerta ao governo sobre riscos de sanções ao Brasil após a suspensão de negociações ambientais dos Estados Unidos com o país. As conversas foram suspensas recentemente, de maneira unilateral pelos EUA sem justificativa. Kátia afirma que o aumento do desmatamento no Brasil e as investigações contra Ricardo Salles foram os motivos que levaram os Estados Unidos a interromperem conversas com o Brasil sobre questões ambientais. Na avaliação da senadora, os EUA estão dando “um recado”: 

“Os motivos podem ser as investigações contra o ministro Salles, a atual paralisia no combate ao desmatamento ou ainda uma possível sinalização para a troca em paralelo dos embaixadores em Brasília e Washington. Não estamos ainda diante de um cenário de sanções no curto prazo, mas fica claro que um recado foi dado pelos americanos sobre as suas insatisfações no plano bilateral e a necessidade de mudanças no Brasil para a retomada do diálogo", aponta a senadora.

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A presidente da CRE reforça que EUA e Europa estão atentos à evolução do desmatamento no Brasil e às propostas de mudança na legislação relacionada a licenciamento ambiental e regularização fundiária e alerta que, “se nenhuma evolução positiva ocorrer”, o Brasil poderá ser alvo de sanções no comércio exterior. 

“Nossos parceiros americanos e europeus estão atentos à evolução do desmatamento na estação seca, às investigações contra o ministro do Meio Ambiente e às propostas de mudança de legislação em trâmite no Congresso: licenciamento ambiental e regularização fundiária. Se nenhuma evolução positiva ocorrer no trato que o Brasil dá ao tema do meio ambiente, sanções poderão se tornar uma realidade em breve, talvez ainda este ano”.

*Da Agência Senado

 

 

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Maiurino, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pretende fazer uma reestruturação interna na PF, na qual delegados perdem a autonomia para fazer investigações contra autoridades e políticos com foro privilegiado. A informação foi divulgada neste sábado (22) em reportagem da Folha de São Paulo, com base em um documento enviado por Maiurino ao Supremo Tribunal Federal (STF), contendo a suposta proposta.

Pelo texto enviado ao STF por Maiurino, o poder de investigar políticos com foro privilegiado ficaria concentrado na direção-geral da Polícia Federal, o que envolve operações como a que atinge o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

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Segundo o chefe, a “direção da Polícia Federal vem estudando a implementação de mecanismos de supervisão administrativa e estruturação organizacional nos moldes daqueles adotados pela Procuradoria-Geral da República”, diz o documento. O diretor-geral da PF alega que, ao assegurar o controle das investigações, ele teria condições de exercer "melhor supervisão".

Outros investigadores ouvidos pela reportagem afirmaram que a proposta é uma tentativa de controle e pode dar “superpoderes” a Paulo Maiurino. O modelo sugerido pelo diretor da PF seria semelhante ao do Ministério Público Federal, no qual todos os inquéritos que tramitam no STF e no STJ (Superior Tribunal de Justiça) passam por pessoas indicadas e de confiança do procurador-geral da República.

Um assessor especial do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, interveio na área de autos de infração do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em favor de empreendimento agropecuário no Mato Grosso. É o que aponta uma troca de mensagens de WhatsApp identificadas pela Polícia Federal (PF). As informações são da Folha de S.Paulo.

As mensagens reproduzidas pela PF mostram que o assessor quis garantir no Ibama o desembargo de uma área de propriedade rural. Segundo a polícia, a postura extrapolou as funções do assessor no Ministério do Meio Ambiente. As mensagens fazem parte da investigação que resultou na Operação Akuanduba, deflagrada na quarta-feira (19).

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Para a PF, o assessor "exorbita claramente a esfera de suas atribuições, passando a configurar patrocínio direto de interesses privados de autuados perante a administração pública".

As mensagens foram obtidas com a ajuda de um servidor do Ibama na Superintendência de Apuração de Infrações Ambientais (Siam). Conforme os diálogos, em 2 de março deste ano, o auxiliar direto de Salles na pasta, Leopoldo Penteado Butkiewicz, solicitou ao servidor do Ibama informações sobre uma propriedade embargada no Mato Grosso.

O assessor enviou documentos do processo administrativo do caso e perguntou se não seria possível "avocar o processo pelo valor". O envio do documento, de acordo com a PF, demonstra que o auxiliar tinha acesso direto ao processo administrativo. Na sequência, Butkiewicz diz que o autuado queria fazer uma conciliação e teria obtido autorização para fins de desembargo.

O servidor do Ibama respondeu que o documento apresentado não indicava um pedido de conciliação. Afirmou também que nos autos do processo consta que a autuação estaria inscrita em dívida ativa, o que vetaria a conciliação. O autuado teria que demonstrar que possui regularidade ambiental plena.

No dia seguinte, o assessor especial pediu ao servidor do Ibama um email para enviar o pedido de desembargo da área. Em um grupo, Butkiewicz falou com Wagner Tadeu Matiota, que é superintendente de Apuração de Infrações Ambientais, afirmando acreditar que o processo deveria ser baixado. Wagner, que também é alvo da Operação Akuanduba, concordou e pediu o envio de email para a Coordenação Nacional do Processo Sancionador Ambiental (CNPSA).

A assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente informou que o assunto deveria ser tratado com o Ibama. Já o Ibama declarou que "os fatos serão plenamente esclarecidos nos autos do inquérito".

O deputado Airton Faleiro (PT-PA) afirmou nesta quinta-feira (20) que o PT pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Pedido semelhante foi feito pela Liderança da Minoria à Justiça Federal.

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“Eu vou antecipar aqui a iniciativa da nossa bancada hoje junto ao STF, onde entramos com uma queixa-crime pedindo que o ministro Ricardo Salles seja afastado da sua função. Se está sendo investigado, ele tem que ser afastado — assim como o presidente do Ibama foi afastado — porque está no topo da hierarquia e pode, sim, influenciar, atrapalhar as investigações”, disse o parlamentar durante a sessão do Plenário da Câmara.

Ricardo Salles e o presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, foram alvo de ação da Polícia Federal nesta quarta-feira (19). A investigação, autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, quer saber se as autoridades burlaram regras de exportação de madeira para facilitar a venda de produto de origem ilegal. Bim e outros nove agentes públicos foram afastados do cargo.

Ricardo Salles negou as acusações durante evento em São Paulo. Segundo ele, "a narrativa que foi levada ao ministro Alexandre de Moraes não é verdadeira, várias das informações ali não condizem com a realidade e isso será demonstrado rapidamente", afirmou o ministro.

CPI da Covid

Faleiro afirmou ainda que os parlamentares se mobilizam para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias. “A questão ambiental está acima de oposição e situação, está acima das disputas partidárias e política. E nós não podemos perder a oportunidade de instalar a CPI do meio ambiente, que já está em busca de assinaturas nesta Casa”, disse.

Ele destacou que é preciso investigar as denúncias contra Ricardo Salles. “Abriram os portões dos portos nacionais para importação de madeira, extraída ilegalmente, especialmente da Amazônia. Ninguém quer condenar antecipadamente ninguém, mas é preciso que a verdade venha à tona”, afirmou.

Operação da PF

A operação contra Ricardo Salles foi tema de pronunciamentos em Plenário de outros deputados. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) chegou a se referir ao ministro como “motosalles" e também cobrou esclarecimentos sobre as investigações.

Já a líder da Rede, deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), também cobrou o afastamento de Salles. “É inadmissível que Ricardo Salles continue à frente do Ministério do Meio Ambiente”, disse. Ela destacou ainda números que apontam a ampliação do desmatamento no País. “Estamos diariamente acompanhando o aumento desenfreado do desmatamento na Amazônia. O mês de abril foi o pior da história”, afirmou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Após operação da Polícia Federal deflagrada na quarta-feira (19), tendo como alvo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, aliados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), já defendem o afastamento temporário do chefe da pasta, até que as acusações contra ele feitas em inquérito da Polícia Federal sejam esclarecidas. A pressão seria uma forma de preservar o PR, frente à corrida eleitoral de 2022. As informações foram passadas ao jornalista Valdo Cruz, do G1.

Interlocutores próximos ao presidente disseram, porém, que ele está preocupado com o que o inquérito pode mostrar e, caso seja informado de qualquer indício mais forte de irregularidade, determinará o afastamento de Ricardo Salles. Nos bastidores, a equipe avalia que o afastamento imediato seria mais interessante, mas que não precisa ser permanente, apenas avaliando as suspeitas da PF.

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Segundo o blog, "esse é um risco para o presidente, segundo auxiliares, porque o ideal seria ele atuar preventivamente. Depois, caso alguma irregularidade seja confirmada, o desgaste será maior, principalmente no discurso de que seu governo não teve nenhuma denúncia de corrupção até hoje”.

Salles é alvo da Operação Akuanduba, deflagrada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a Petição nº 8.975, foram expedidos mandados de busca e apreensão “de itens, bens, documentos, mídias, dados e objetos” contra o ministro e mais 17 pessoas, além de cinco pessoas jurídicas. Ele teve também seus sigilos bancário e fiscal quebrados.

A acusação é que o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama afrouxaram regras de exportação de madeira para facilitar a venda de produto de origem ilegal. O inquérito investiga se essas movimentações estariam relacionadas a pessoas ligadas às empresas acusadas de exportação ilegal de madeira.

Além de ser alvo de mandado de busca e apreensão em investigação da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (19), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, teve os sigilos bancário e fiscal quebrados por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As autoridades apuram seu envolvimento em crimes relacionados a exportação ilegal de madeira.

Moraes também afastou o presidente do Ibama, Eduardo Bim, para a continuidade da operação. Ao todo 35 mandados foram cumpridos em São Paulo, Pará e no Distrito Federal, e verificam os crimes de corrupção, facilitação de contrabando, advocacia administrativa e prevaricação, supostamente cometidos por agentes públicos e proprietários de madeireiras, aponta o Uol.

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