Tópicos | arraes

A vereadora do Recife Marília Arraes (PT) lamentou, por meio da sua página no Facebook, a falta de segurança pública no Estado. A petista falou que Pernambuco acabou de bater “mais um triste e macabro recorde”.

“Em dez meses já são 4.576 assassinatos. Outubro foi o mês mais violento dos últimos dez anos. A média mensal de assassinatos é de 450. Infelizmente, em função da inércia do Governo em combater efetivamente a violência”, criticou.

##RECOMENDA##

Marília contou que este ano pode acabar com mais de 5,5 mil homicídios registrados. “São números de guerra. Uma guerra que Pernambuco está perdendo”.

Recentemente, em entrevista concedida ao LeiaJá, a neta do ex-governador Miguel Arraes afirmou que a população não quer mais o governador Paulo Câmara (PSB) no comando de Pernambuco. “Era como se o governador tivesse ganhado a eleição e estivesse esperando alguém vir governar no lugar dele, mas isso não vai acontecer”, detonou. 

Por sua vez, na última quinta-feira (16), o governador afirmou que está “determinado” em combater a violência. O pessebista também promete que, em 2018, todas as delegacias vão ter delegado, escrivães e agentes. “A gente sabe que tem muito a ser feito, mas não tenho dúvidas que com estes investimentos vamos colher os resultados que a vocês esperam”, garantiu. 

Cotada para concorrer ao cargo de governadora de Pernambuco na eleição do próximo ano, a vereadora do Recife Marília Arraes começou a semana mais uma vez enaltecendo o Partido dos Trabalhadores (PT). Nesta segunda-feira (13), em uma entrevista concedida a uma rádio local, a petista chegou a dizer que “o PT tem um grande futuro pela frente” ao ser questionada sobre outros nomes da legenda que poderão sair candidatos pela sigla. 

Marília citou, como outros nomes possíveis para disputar o pleito pelo PT, o senador Humberto Costa, o ex-prefeito João Paulo, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, bem como os deputados estaduais Odacy Amorim e Teresa Leitão.

##RECOMENDA##

“Vários quadros teriam grandes condições de encarar a eleição. Eu não sei qual é a disposição de João Paulo. O presidente Lula já expressou várias vezes a importância de que João Paulo seja candidato nessa eleição, agora é importante que se coloquem. Eu coloquei meu nome à disposição como colocaria para qualquer outra missão que eu pudesse cumprir. Então, eu acho que o PT tem um grande futuro pela frente e uma grande discussão para fazer com a base até porque é o único partido que está tendo esse diálogo diretamente com as pessoas”, declarou.

Marília Arraes também falou que a população está bastante animada com uma candidatura do PT no estado porque a legenda já colocou em prática um projeto que mudou a vida dos brasileiros. “O que a gente sente é que o PT precisa ter uma candidatura própria. Isso é praticamente consenso em toda base do partido. A questão de nomes é algo precipitado conversar sobre isso. Em dezembro, o partido deve fazer uma conversa mais confusa. Até agora, o meu nome foi o único que foi colocado a disposição. Então, as pessoas estão bastante animadas com uma candidatura do PT até mesmo porque Pernambuco precisa de um projeto político à frente do estado que represente o projeto que o PT colocou em prática e mudou a vida dos brasileiros. Agora, todos estão sentindo a diferença”.

“Têm milhares de pessoas esperando que o PT volte a governar o Brasil para barrar todo esse desmonte do estado brasileiro. Essa retirada de direitos do trabalhador, essas más noticias que a gente vê. Cada dia é um pacote macabro que a gente vê sendo colocada em prática e a população espera isso do PT”, discursou a parlamentar durante a conversa ressaltando que o partido não pode esquecer os compromissos firmados com o povo e militantes, que mantém a legenda “viva”. 

Críticas ao PSB

A neta de Miguel Arraes não deixou de tecer críticas ao governo de Paulo Câmara (PSB) afirmando que o PSB está “desesperado” e, por isso, busca uma aliança com o PT. “Não tem condições de existir uma aliança que seria totalmente incoerente diante de tudo que tem acontecido no estado. O povo não aceita mais esse tipo de expediente. O PT não quer esse tipo de aliança”. 

Também falou que Pernambuco tem um “governador inexpressivo”, que não aparece diante das grandes crises. “O desespero do PSB é para se aproveitar da popularidade do presidente Lula, onde aqui ultrapassa em Pernambuco 70% das intenções de votos É isso que a gente vê: o desespero do PSB para não ter o PT como adversário na eleição porque sabe que o PT tem uma candidatura competitiva e tem chances reais de alcançar a vitória em 2018". 

 

 

O debate sobre “ideologia de gênero” tem sido bastante repercutido na sociedade, inclusive, na última terça (24), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou uma indicação do pastor Cleiton Collins (PP) pedindo ao Ministério da Educação (MEC) a retirada da Base Nacional Curricular Comum sobre qualquer referência ao termo. Um dia antes, a Câmara do Recife tinha aprovado a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT. 

A proposta da criação da Frente LGBT é da vereadora Marília Arraes (PT), que comemorou a “importante vitória” contra o preconceito. Em entrevista ao LeiaJá, a parlamentar falou sobre a frente e afirmou: “ideologia de gênero não existe”. 

##RECOMENDA##

“Ideologia de gênero é um termo preconceituoso que foi utilizado para designar certas condutas que sempre foram pautas da educação que é você procurar educar as crianças para que elas cresçam sem preconceito e sem estigma de gênero para que a criança, sendo menino ou menina, possa fazer o que ela quiser da vida dela e respeitar os outros. Acredito que essa pauta já deveria ser, na verdade, ultrapassada na sociedade da gente”, declarou a vereadora. 

Marília lamentou o “clima de ódio” não apenas o Recife, mas no mundo inteiro. “Não só acontece aqui no Recife ou no Brasil e para isso temos que ter ações desse tipo que combatam o ódio e o desrespeito ao diferente, essa intolerância que precisa ser combatida”. 

Dessa forma, ela acredita que a Frente LGBT será um espaço importante para esse enfrentamento. “É mais um instrumento e mais um recado para a sociedade de que a Câmara do Recife vai trabalhar contra essa onda de violência que está sendo instalada”.  

A petista falou que a frente irá fiscalizar as políticas públicas para o segmento, que também será importante para poder escutá-los, bem como elaborar as proposições que cabem ao Poder Legislativo. “Estamos trabalhando na composição da Frente, mas Ivan Moraes (PSOL) e Jayme Asfora (PMDB) já se colocaram como interessados em participar. Isso vai ser decidido com a presidência da Casa”.

Ao todo, foram 19 votos a favor, seis contrários e duas abstenções. A neta de Miguel Arraes afirmou que respeitava os votos contra. Questionada se todos os parlamentares, independente das crenças particulares, não deveriam apoiar a ideia já que "a casa é do povo", ela respondeu: “Veja, essa é a minha opinião, mas eu tenho que respeitar a opinião alheia, então eu respeito o posicionamento de todos”, frisou.

Em uma entrevista concedida a uma rádio, nesta quinta-feira (26), a vereadora do Recife Marília Arraes (PT), cotada para disputar o Governo de Pernambuco 2018, mais uma vez defendeu e elogiou o PT. A petista garantiu que o ex-presidente Lula ganha a eleição se ele não for barrado pela Justiça. “Todo mundo sabe que se Lula for candidato, ganha a eleição”, garantiu. 

Marília Arraes falou que o povo de Pernambuco sente a falta do governo do PT. “A caravana que Lula fez aqui foi uma coisa linda. Foi muito importante, inclusive para dar uma resposta de que todo esse linchamento midiático que o presidente tem sofrido e de ter sido condenado sem provas pelo juiz Sérgio Moro não abate e não acaba com todo o trabalho que ele fez”, disse. 

##RECOMENDA##

“Ele [Lula] não foi encontrado com mala de dinheiro e está sendo acusado porque, pela primeira vez na história do país, um presidente colocou o povo como prioridade e a classe dominante nunca podia aceitar tudo isso que Lula fez. Porque esse grupo deixaria ele ganhar a eleição e barrar todos esses retrocessos? Então, faz parte do script do golpe. O povo já notou que o golpe não se deu por causa da corrupção. Está aí a corrupção desse governo que está no poder. O povo já percebeu que esse golpe não se deu para melhorar o Brasil porque a gente só fez piorar”, discursou. 

A vereadora falou que o PT não vai aceitar uma eleição sem Lula. “Por isso que não aceitamos ter uma eleição sem Lula. Por isso que o PT vai até o fim dizendo que uma eleição sem Lula é fraude. Estão tentando tirar Lula mesmo não tendo encontrado prova. Um absurdo um juiz chegar e tentar considerar como prova um contrato sem assinatura. Qualquer um sabe que não tem nenhuma validade”, argumentou.

A neta de Miguel Arraes também falou que a legenda mudou o país e que esse foi um dos motivos que a fez se filiar e porque é uma sigla que possui uma, de acordo com ela, “uma democracia interna”. Disse, ainda, que seria “incoerente”, uma aliança local do PT com o PSB. 

 

Nesta segunda-feira (23), a Câmara Municipal do Recife aprovou a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT. A autora da proposta é a vereadora Marília Arraes (PT). A petista declarou que essa foi uma “importante vitória” contra o preconceito. 

“O projeto, de autoria de nosso mandato, representa uma importante vitória contra o preconceito e a cultura do ódio que infelizmente persegue, oprime e mata gays, lésbicas, transexuais, travestis e transgêneros. Em meio a uma onda conservadora e retrógrada, que ameaça direitos históricos, a mobilização popular foi essencial para garantir esta vitória, que é de todos nós”, escreveu a parlamentar. 

##RECOMENDA##

De acordo com Marília, a sociedade e os movimentos sociais terão por meio da Frente “um espaço de discussão e proposição” de ações e projetos que tem como principal foco o respeito à diversidade e aos direitos humanos. 

O vereador Ivan Moraes (Psol) também comemorou. “Vivemos tempos de avanço do conservadorismo, é verdade, mas nem tudo é retrocesso. As galerias estavam cheias, como deve ser, com a militância LGBT lutando por seus direitos. A proposta estava na ordem o dia desde a semana passada. Sua votação, no entanto, foi adiada duas vezes por falta de quórum de vereadores que não queriam vê-la aprovada”, contou.

O psolista lembrou que, em maio passado, a criação do Conselho de Cidadania LGBT no Recife não foi aprovado. “Que poderia estabelecer diretrizes para as políticas públicas voltadas a esse segmento da população. Agora, com a Frente, poderemos nos reunir e discutir políticas LGBT com a sociedade civil e com os parlamentares interessado dentro da Casa José Mariano”, destacou. 

Que a família Arraes, sobrenome forte no cenário político pernambucano por carregar a imagem intrínseca dos ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos, certamente, conseguiria unida reunir mais forças para disputar cargos na disputa política de 2018, é fato. No entanto, muitos são os motivos que fizeram os herdeiros construírem laços de desavenças com opiniões diferentes junto com outros fatores que podem ter contribuído, tais como: vaidades individuais e a perda da liderança de Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo no ano de 2014. 

Entre os episódios mais marcados nos últimos tempos, destaque para a saída da vereadora Marília Arraes (PT), prima do ex-governador Eduardo Campos, que rompeu com o PSB, em 2014, em plena campanha eleitoral. Na ocasião, ela disparou críticas e chegou a afirmar não concordava com “atitudes bajulatórias” da legenda, principalmente, para com a família Campos e os que gravitavam em torno dela. 

##RECOMENDA##

No ano passado, o irmão de Eduardo Campos, Antônio Campos, que disputou o cargo de prefeito de Olinda pelo PSB e surpreendeu a muitos por chegar ao segundo turno, atacou veemente a viúva Renata Campos intensificando a crise já instalada no PSB pernambucano. Tonca, como também é conhecido, chegou a chamar a ex-cunhada de “ingrata” e afirmou que ela fazia indicações os quadros da legenda do estado. De acordo com ele, a influência de Renata sobre o partido começou após a morte do ex-governador. Nem João Campos (PSB), filho de Renata e Eduardo e atual chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB), participou da campanha eleitoral do tio. 

Desavenças à parte, o fato é que os herdeiros do sobrenome poderoso: João Campos, Marília Arraes e Tonca devem estar em três palanques diferentes em 2018. João, embora negue, com a já conhecida frase “2018 vamos falar em 2018”, deve concorrer a uma vaga de deputado federal com grandes chances de vitória. Além de ser filho de Campos, o jovem de apenas 23 anos tem tido desenvoltura, carisma e carrega consigo uma forte memória do pai por parte da população. 

Por sua vez, a petista Marília tem uma grande probabilidade de disputar para governadora de Pernambuco. Ela tem usado, por enquanto, uma tática de duras críticas ao governador Paulo Câmara. Em conversa ao LeiaJá, no mês passado, disse que se sente honrada por ter o seu nome como um dos mais cotados para o pleito. “Estou disposta”, garantiu sobre enfrentar a luta na tentativa de tirar o pessebista do comando do estado. 

Por sua vez, Tonca, que também saiu do PSB depois de diversos confrontos com integrantes da sigla, e que se filiou ao Podemos, pretendia concorrer a  uma vaga igual ao do sobrinho João, mas já se colocou a disposição para tentar vencer um cargo ainda maior: o de senador da República mesmo nunca antes tendo conquistado nenhuma vaga. “Sou candidato a deputado federal, mas não descarto a possibilidade de ser candidato ao Senado para fortalecer o projeto local e nacional do Podemos”, argumentou. 

Nem a mãe de Eduardo Campos, Ana Arraes, que é ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), está fora da lista da família para concorrer na próxima eleição. Ana está sendo sondada por partidos políticos para deixar o TCU e ser candidata a vice-presidente da República em 2018. A especulação foi confirmada por Tonca, afirmando que a ministra já está na mira do governador de São Pauo, Geraldo Alckmin, e que o PT também estaria de olho. Ana Arraes já foi deputada por três mandatos. 

O que não se sabe, mas também não é totalmente descartado, é se Renata Campos estará no jogo majoritário. A ex-primeira dama de Pernambuco, apesar de sempre discreta, é considerada “uma militante nata” dentro do PSB. O nome dela também já surgiu como opção para compor uma chapa presidencial. Em 2015, Renata deixou um recado durante uma homenagem aos 50 anos de Eduardo. “Seus sonhos são nossos e vamos levar seu ideal adiante. Só assim construiremos um melhor Brasil para os brasileiros”, avisou na época.

Marketing com o sobrenome Campos

O uso indevido da imagem de Eduardo já chegou a ser questionada pela família do ex-governador. A Justiça, em 2014, chegou a acatar um pedido vetando o uso da imagem dele pelos adversários. 

No ano passado, o Instituto Miguel Arraes também notificou o governador Paulo Câmara e o PSB estadual por usar o nome e a imagem de Arraes durante a propaganda política partidária que foi ao ar por meio da internet e TV. No argumento, Antônio Campos, que preside o Conselho Deliberativo do instituto, disse que não enxergava legitimidade e que não houve prévia autorização para a utilização da imagem do ex-governador Arraes.

Tragédia

Uma perda dita por muitos como irreparável foi a morte de Eduardo Campos, em 2014. Ele tinha renunciado ao cargo em abril daquele mesmo ano para focar na campanha presidência. No entanto, cumprindo agenda de campanha, a aeronave em que ele estava caiu em Santos matando mais 6 pessoas. Uma frase dita durante a última reportagem concedida se tornou emblemática e repetida por aliados em diversos momentos: “Não vamos desistir do Brasil”. 

Nove anos antes, em 2005, morreu o avô do presidenciável, Miguel Arraes, seu herdeiro político. O curioso é que ambos morreram na mesma data: 13 de agosto. O que muitos acreditam é que a família não conseguirá retomar a força exercida pelas duas figuras, em especial, este último que é considerado um mito por grande parte dos pernambucanos. 

Em entrevista concedida à Rádio Jornal, na tarde desta sexta-feira (15), a vereadora do Recife Marília Arraes (PT), cotada para disputar o Governo de Pernambuco na eleição de 2018, não poupou críticas ao PSB. A petista disse que o PSB tem a máquina, mas não tem posicionamento. 

Marília falou que há duas grandes frentes. “Uma que está vendendo o nosso patrimônio e as águas dos rios e o PSB [em Pernambuco], que tem a máquina, mas não tem o posicionamento. Está esperando ver o caminho mais oportuno. Se o caminho for tentar se juntar com Lula, ele vai tentar, mas se for conveniente com outro campo, vai tentar também”, alfinetou. 

##RECOMENDA##

A vereadora, questionada se há uma possibilidade de aliança entre o PT e o PSB em Pernambuco, ela foi categórica. “Tenho certeza que não vai acontecer uma articulação nesse sentido. É uma aliança inviável. Ninguém consegue arregimentar militância para votar no PSB [de Pernambuco]. Em João Pessoa, o PSB sempre defendeu o projeto de Lula, mas aqui em Pernambuco não. Não vejo como essa aliança acontecer”, disse ao também falar que a visita que o ex-presidente fez a Renata Campos foi de “cortesia diferente de atitudes de muitos políticos”. 

Arraes também criticou os votos dos pessebistas a favor do impeachment, bem como a “articulação” feita pelo governador e o prefeito do Recife. “Foi algo muito grave”, destacou. 

Marília Arraes falou que, caso aconteça a aliança, ainda assim não pensa em sair da legenda. “Não penso em sair do PT. Eu escolhi o PT. Então, eu não vejo porque sair do PT até porque a base está coesa e a Executiva vai seguir o sentimento da militância”.

Ela ainda falou que o PT está voltando a ganhar força. “A população está dando conta que não é verdade tudo o que falaram quando, na verdade, golpearam PT. Não foi um golpe contra Lula, contra o PT, foi um golpe contra o povo brasileiro. A gente tem sentido o povo de pernambuco bastante politizado e em paralelo se busca novas lideranças e tem sido muito proveitoso”, ressaltou.

A vereadora do Recife Marília Arraes (PT) contou que, nesta quarta-feira (13), protocolou uma representação junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) devido a uma loja do Shopping Tacaruna, especializada em Airsoft, ter disponibilizado aos frequentadores como um alvo para disparos a imagem do ex-presidente Lula vestido de presidiário. A petista falou que é preciso que sejam adotadas as providências cabíveis e considerou o caso grave.  

“A empresa Sniper Recife, localizada no shopping Tacauruna, disponibilizou para servir como alvos para os disparos de seus frequentadores imagens vinculadas ao ex-presidente Lula. Não podemos compactuar com este tipo de comportamento, que incita o ódio e a violência. Nossa democracia foi conquistada com muita luta e não podemos abrir mão de defendê-la a todo custo”, escreveu a vereadora em seu perfil no Facebook. 

##RECOMENDA##

Marília Arraes denunciou o caso, na última segunda-feira (11), lamentando “a incitação à violência e a prática de crime”. “Não estamos falando de um desenho despretensioso ou uma gravura hipotética e, sim, de uma caricatura que tem claramente as feições de um dos maiores e mais importantes líderes políticos do país. Trata-se de um dos maiores flagrantes de incitação ao ódio e a intolerância que vimos nos últimos tempos e acende um alerta gravíssimo. Não podemos nos calar de forma alguma”. 

 

Na ocasião, ela já tinha avisado que iria procurar não apenas a direção do shopping, mas também as autoridades competentes “para que esse flagrante absurdo contra a democracia e os direitos humanos fosse coibido e punido”.

 

 

 

 

 

A vereadora do Recife Marília Arraes (PT) disse que foi realizada, nas últimas semanas, dois grandes debates sobre a privatização da Eletrobras. Em entrevista ao LeiaJá, a petista disse que o assunto é algo “seríssimo” e que vai gerar consequências para o Recife. Para Arraes, a privatização está inserida em um projeto de retrocessos para o Brasil. 

“É algo seríssimo, que vai gerar consequências grandes para o Recife, inclusive porque a Chesf é uma das maiores empresas da cidade junto à discussão sobre a privatização dos bancos públicos. São duas questões que são bastante inseridas no contexto da política nacional que a gente está vivendo e no contexto dos retrocessos das conquistas, de retiradas de direito e de entrega do nosso patrimônio”, lamentou. 

##RECOMENDA##

Sobre os deputados que estão a favor da privatização que argumentaram, entre outros exemplos, que pode ajudar a diminuir a corrupção, a vereadora falou que são declarações esdrúxulas. “Eu acho essas declarações muito esdrúxulas porque faz parte do projeto de quem quer transformar de volta o Brasil numa fazenda, em um lugar que não se tem soberania nacional e que não preza em fortalecer o estado. Faz parte do projeto desse grupo trazer a impressão que a corrupção e má gestão é sinônimo de poder público, de Estado, quando na verdade a gente sabe que não é”.

Ela ainda definiu a privatização como algo absurdo. “A gente sabe que não é porque é privatizado que vai ser suficiente, que vai ser bom e que não vai ser corrupto. A privatização da Eletrobras é algo absurdo porque primeiro não é, simplesmente, privatizar o setor energético, que é algo que tem tudo a ver com o desenvolvimento do Brasil e com a manutenção da soberania nacional. É também entregar para privatização os rios brasileiros e as águas, que a gente sabe que é um dos recursos mais procurados digamos assim e a gente sabe que, no futuro, também vai ser um dos recursos mais buscados”. 

Marília também contou que sua atuação na Câmara, na liderança da oposição juntamente com Ivan Moraes (PSOL) e Rinaldo Júnior (PRB), tem feito a fiscalização e exposto os problemas que são encontrados no Recife. “Para também cobrar da prefeitura as providências necessárias. Em termos de mandato, temos feito audiências públicas, inclusive para discutir a conjuntura nacional porque o que eu vejo no papel do vereador é muito além de fiscalizar e legislar, é manter esse diálogo da sociedade com o que está acontecendo na política e com o que está acontecendo nos governos de uma forma geral”, contou. 

 

 

 

 

Já foi confirmado pelo PT que haverá candidatura própria ao governo de Pernambuco para a eleição de 2018. O que ainda não foi divulgado é quem disputará o comando do estado com o atual governador Paulo Câmara (PSB). A vereadora do Recife Marília Arraes, a mais cotada nos bastidores para concorrer com o pessebista e demais candidatos, para a série Entrevista da Semana, nesta quarta-feira (6), contou que essa definição acontecerá por etapas, mas deixou claro sua pretensão para o próximo ano. “Eu estou disposta não somente a essa missão, mas a qualquer uma que o partido ache necessário que a gente cumpra”, disse categórica. 

“Se o meu nome está colocado, e eu já falei que quando a gente é militante e escolhe um partido devido à convergência ideológica que a gente tem com o partido, a gente tem que estar disposto a encarar qualquer missão. Eu estou disposta não somente a essa missão, mas a qualquer uma que o partido ache necessário que a gente cumpra”, declarou a petista.  

##RECOMENDA##

A neta de Miguel Arraes, questionada sobre os motivos pelo seu nome ser um dos mais discutidos nos bastidores, disse não procurar razões. “Eu fico muito honrada e estou trabalhando para corresponder às expectativas, mas enfim, eu não procuro razões. Eu acho que Pernambuco está precisando de uma renovação política. Se você olhar os quadros que estão postos para disputar a eleição, são quadros pelos quais tenho muito respeito, mas que a gente não pode repetir a eleição de 2014 nos termos de ter os mesmos quadros, as mesmas caras. A gente está precisando ter quadros que representem um projeto”, argumentou. 

Para a vereadora, o “tabuleiro” para o pleito de 2018 está sendo montado agora com a desfiliação do senador Fernando Bezerra do PSB, a sua ida para o PMDB, mas que há outros pontos que deverão ser avaliados. “O comando do PMDB como vai ficar? Em que palanque o PMDB vai estar? Nesse caso, com a saída do PMDB, do DEM, do PSDB, enfim, o PSB fica apesar de estar com máquina, a gente sabe que a máquina conta muito na eleição, mas fica em uma situação de isolamento”. 

“Então, a gente tem que esperar as peças começarem a serem posicionadas para começar a jogar. Acho que ainda há muito tempo para isso, principalmente, nesse contexto e nessa conjuntura instável que estamos vivendo, mas de qualquer forma o PT busca fazer isso por meio de sua Executiva e de seus ramais democráticos. Não é via somente uma liderança”.

Arraes também disse que, caso concorra e mesmo sendo uma cara nova, diferente dos possíveis candidatos já conhecidos, falou que não gosta do termo “velha política”. “Porque, inclusive, o PSB usou muito a tal da nova política e faz a política mais velha. Eu acho que a gente precisa fazer uma discussão política de verdade. Isso de técnico ser político a gente já viu que não dá certo, que o técnico precisa de um político para pensar o estado e para pensar o poder público de forma diferente”. 

Luta de classes

A petista acredita que o Brasil está vivendo uma “luta de classes”. “A gente tem um grupo que tomou o poder sem o voto popular, que está hoje à frente do Brasil e que representa um projeto que está buscando retirar direitos do trabalhador, buscando tirar o direito de se aposentar, que está buscando vender todo nosso patrimônio nacional como Eletrobras, bancos públicos, enfim, todas as privatizações que estão para acontecer como o pré-sal, que já está entregue para ser explorado pelo estrangeiro, enfim, todo esse contexto que está quebrando o Brasil”.

“E tem outro projeto que foi o que esteve à frente do poder durante 13 anos e que ganhou a eleição por quatro vezes, que é o projeto do PT, e tem o PSB que ainda não sabe qual é o projeto que vai defender. Está esperando para ver oportunisticamente com quem deve se aliar. Então, eu acho que é essa a discussão que a gente tem que fazer”, ressaltou Marília. 

Um evento realizado na semana passada marcou um novo ciclo da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a inauguração da nova sede legislativa que leva o nome do ex-governador Miguel Arraes. Já o plenário da nova Casa homenageia o ex-governador Eduardo Campos. Chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) e filho de Eduardo, João Campos disse que o reconhecimento “é grande e bonito”. 

João ressaltou que Campos e Arraes foram “homens à frente do seu tempo”. “Eles sempre lutaram para que as desigualdades sociais fossem diminuídas e para poder levar políticas públicas efetivas para todo o povo de Pernambuco. Então essas homenagens que são recebidas só nos faz ter mais esperança e a certeza de que a vida deles foram muito bem dedicadas ao povo de Pernambuco e que, daqui para a frente, também poderemos juntos com tanta gente no estado dar continuidade a esse trabalho”, declarou.

##RECOMENDA##

Ele, que participou da inauguração do prédio, afirmou que foi uma emoção muito grande. “Tenho certeza que os parlametares poderão exercer muito bem suas funções aqui dentro sendo vistos e monitorados por todo o povo do estado. Esse plenário que leva o nome dele [Eduardo] é uma grande e bonita homenagem a esse pernambucano que foi governador e a Miguel Arraes”. 

Sobre o que Arraes e Eduardo achariam da atual crise política e econômica no país, João Campos declarou que os dois sempre tinham uma capacidade de diálogo, de unir e de conversar com os contraditórios. “Por meio do respeito buscaram um entendimento a favor do estado, da cidade e do país. É um momento de muita dificuldade que o país ultrapassa. Acontece a confluência de várias crises ao mesmo tempo e eu não tenho dúvidas de que todas elas são puxadas, principalmente, pela crise política”, lamentou.

 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), em entrevista exclusiva ao LeiaJá, após a inauguração da nova sede de trabalho dos deputados estaduais, disse que o sentimento era de muita alegria em ver os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos sendo homenageados. “É uma alegria muito grande porque são pessoas que dedicaram a sua vida inteira ao povo, a Pernambuco e ao Brasil e, por isso, merecem essa homenagem”, declarou. 

Geraldo Julio também ressaltou que Arraes e Eduardo Campos dedicaram a vida, sobretudo, aos menos favorecidos. “Nada mais justo e bonito do que estas homenagens porque aqui é a casa dos representantes do povo. Os deputados vêm aqui representar cada uma das regiões do estado, as diversas classes sociais, sobretudo o povo menos favorecido”. 

##RECOMENDA##

“Eu tenho certeza que a família Dr.Arraes e a família de Eduardo estão muito felizes com as homenagens aos dois porque os nomes deles vão ficar sempre lembrado em uma casa importante para o povo de Pernambuco”, reiterou. 

O novo prédio do Poder Legislativo de Pernambuco recebeu o nome Governador Miguel Arraes de Alencar. O plenário Governador Eduardo Campos faz uma homenagem ao ex-governador que faleceu em acidente aéreo no ano de 2014. Sérgio Guerra, ex-senador que faleceu no mesmo ano que Campos, dá nome ao auditório. 

Na solenidade de inauguração, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), falou sobre Arraes. “O meu sonho nesta casa nunca teve vaidade. O meu sonho era ver esta obra realizada com o nome de Miguel Arraes de Alencar”, disse. 

A vereadora Marília Arraes (PT) participa, na noite desta quarta-feira (28), da posse dos diretórios estadual e municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), no Recife. Em seu breve pronunciamento, a petista elevou o tom da voz ao falar sobre a legenda. "Eu tenho orgulho de fazer parte do Partido dos Trabalhadores", cravou. 

Arraes pediu para a plateia que todos que acreditam na sigla continuem "a defender o legado" e que resistam a "todos os retrocessos que estão por vir". A vereadora também declarou que não se pode brincar com a esperança do povo e que, por isso, os que compõem os diretórios não podem errar. 

##RECOMENDA##

"O partido em pernambuco tem quadro forjado com o compromisso na luta por um país melhor. Temos essa responsabilidade da gente mostrar que temos lado e de conduzir também Pernambuco para o lado de desenvolvimento, que aconteceu quando Lula era presidente.  Parabéns a todos vocês e vamos corresponder a essa luta".

Toma posse, hoje, o ex-vereador Osmar Ricardo como presidente municipal da sigla. Já Bruno Ribeiro, atual presidente da legenda, será reconduzido. O seu pronunciamento deve ser o último da noite.

A vereadora do Recife Marília Arraes (PT), em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta terça-feira (27), comentou as novas declarações do presidente Michel Temer (PMDB), entre elas, uma em que afirmou que "nada nos destruirá, nem a mim e nem aos nossos ministros".

A neta do ex-governador Miguel Arraes disse que é normal um "golpista" pensar desse jeito. "Um golpista pensa que está acima do bem e do mal e de qualquer legislação", disparou. "É um presidente que, além de já ter iniciado um mandado deslegitimado, agora é comprovadamente corrupto. Não é uma questão de convicção, há provas é uma denúncia formal".

##RECOMENDA##

Apesar do peemedebista ter dito que nada o destruirá, Marília acredita que é só uma questão de tempo para "o governo ruir". "É um governo que já terminou. Inclusive, é muito oportunista por parte de alguns partidos, de agora dizer que faz oposição ao governo Temer, quando não existe mais governo", acrescentou.

Ao ser questionado se ele será cassado ou irá renunciar, a petista declarou que não sabia avaliar. "De uma criatura como Temer pode se esperar qualquer coisa", concluiu.

Incomodada com o cenário político atual, nesta quinta-feira (15), a vereadora do Recife Marília Arraes (PT) concedeu entrevista para a série Entrevista da Semana. A petista declarou que o presidente Michel Temer (PMDB) tem os dias contados  no poder. “O importante é que a gente não deixe de se mobilizar e que lute pelas eleições diretas porque faz parte também da estratégia do golpe a eleição indireta caso o presidente Temer caia, que é o que deve acontecer nos próximos dias”, afirmou ao LeiaJá

Arraes acredita que o peemedebista não está sendo mais útil para os seus aliados. “Ele [Temer] não está sendo mais útil para a estratégia dos golpistas, então querem eleger um presidente indiretamente e pela qualidade do Congresso que a gente está vendo, a gente imagina que tipo de pessoa pode ser eleito”, disparou. 

##RECOMENDA##

Por todo esse panorama, a vereadora disse que o povo está “exigindo” uma eleição direta. “A gente está exigindo que o povo eleja diretamente o seu presidente mais do que um líder, mais do que uma pessoa, que eleja um projeto que quer que esteja à frente da República brasileira”.

A petista ainda explanou que, mais do que nunca, está provado que o impeachment de Dilma Rousseff aconteceu para encobrir a corrupção. “A corrupção dos que fizeram parte do golpe. Era esse o objetivo principal do que aconteceu no Brasil. É necessário, principalmente, combater todos esses retrocessos que estão para acontecer”, pediu. 

Sobre se a nova denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar contra Temer pode agravar a situação dele, ela ressaltou que não dá para prever. “Porque o Judiciário está agindo de forma muito imprevisível, então não tem como a gente achar que eles vão seguir de acordo com os ritos normais no estado democrático de direito”.

Marília finalizou pedindo para o povo ir às ruas porque apenas assim, segundo ela, pode ser mudado “alguma coisa no curso da história”. E disse que estará presente na greve geral, que está marcada para acontecer no próximo dia 30. “Sempre, sempre estaremos. A gente vai participar de todos os movimentos contra o governo Temer”, destacou. 

Miguel Arraes passaria por dias difíceis. Era 1 de abril de 1964. O Palácio do Campo das Princesas foi cercado por tropas do exército que pediam sua renúncia. Arraes não ser curvou. Se recusou a renunciar. Um golpe do estado tiraria o governador de seu mandato. Saiu preso do Palácio, em um fusca, direto para a prisão em Fernando de Noronha. Passaria também pela Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. No dia 25 de maio de 1965, foi exilado, na Argélia, no Norte da África, onde passou 15 anos. 

Arraes declarou que se recusava a renunciar ou abandonar o mandato porque este o acompanharia enquanto o prazo que o povo lhe concedeu e enquanto o fosse permitido viver. “O Palácio do Governo está sendo ocupado por tropas do exercito, que se subordinaram contra o presidente da República tocando assim, no meu mandato, que o povo de Pernambuco me concedeu através de gloriosa campanha eleitoral. Sei que cumpri, até agora, o meu dever para com o povo pernambucano. Sei que estou fiel aos princípios democráticos e a legalidade e à Constituição, que jurei cumprir. Estou assim, por força da ocupação do palácio feita a luz do dia enquanto se registrava negociações impedido de exercer o mandato numa violação da constituição do estado e da constituição federal”, contou. 

##RECOMENDA##

“Prefiro isso do que a negociar e a vê-lo manchado porque jurei ser digno das gloriosas tradições do povo de Pernambuco e o povo de nunca haveria o seu governador descer para negociar o mandato que, honrosamente, conquistou nas ruas do Recife e na cidade do interior do nosso estado. Espero que todos possam, através da unidade, cada vez maior do povo levar o nosso estado e a nossa pátria, a grandeza que todos nós precisamos”.

Ainda na situação que se encontrava, o líder disse que tinha esperança. “Sei que a nossa pátria atravessa dias de grandes dificuldades, mas sei que o povo haverá de conquistar cada vez maior liberdade e condições de lutar por um Brasil grande em que haja harmonia entre seus filhos e que essa harmonia pode vir senão da justiça que se estabeleça para todos, para milhões de cidadãos nossos, milhões de irmãos que estão no Brasil inteiro, a espera de uma palavra da luta que cada um tenha a consciência dos nossos destino nos possa dar e nos possa fazer". 

COMPORTAMENTO ALTIVO

Para o deputado Jarbas Vasconcelos, Arraes caiu com muita dignidade. “Entre mim e Arraes existia uma diferença de idade de 27 anos. Eu não conheci Arraes, pessoalmente, no primeiro período quando ele foi governador e deposto, mas, o que me marcou muito e eu acredito que há muitos pernambucanos naquela época, era o seu comportamento digno, altivo, correto, do enfrentamento aos militares que se subordinaram e deram um golpe de estado”.

O peemedebista acredita que a atitude de Arraes de não ter cediço à pressão marcou a sua trajetória. “Arraes foi acionado pelos militares para que assinasse um documento de apoio ao golpe ou então mudasse os secretários para que continuasse a ser governador. Ele refutou as duas hipóteses e foi ameaçado de voz de prisão, reagiu e saiu preso do Palácio. Foi preso e depois foi para um período de exílio. Isso marcou muito ele, sobretudo, no Recife das pessoas que acompanharam esse gesto altivo”.

O ex-secretário de Imprensa do ex-governador Eduardo Campos, neto de Arraes, Evaldo Costa conta que Eduardo tinha um fascínio pela figura de Arraes e que sempre estava perto dele quando Arraes voltou do exílio. “Eduardo sempre se oferecia para ajudar de alguma forma. Então, eles tinham uma relação de muita proximidade. Por ser aquele sertanejo não era muito efusivo, mas, eles se entendiam e construíram juntos uma caminhada em uma relação rica”. 

“Arraes nasceu no Sertão, Eduardo numa grande cidade brasileira. Eles eram diferentes no ritmo e na escolha do caminho, mas, extremamente iguais e coerentes com o resultado que buscavam. Os dois tinham compromisso fundamental com os que mais precisam, com as pessoas mais pobres, com as que precisavam de oportunidade. Divergiam no pontual, mas, concordavam no permanente. Foram dois grandes líderes”. 

##RECOMENDA##

Na opinião de Evaldo, Arraes não projetou Eduardo campos. “Arraes dizia que não tinha família na política. Arraes tinha dez filhos e nenhum foi político. O único que foi político foi Ana Arraes, mas, foi depois que ele saiu da política. Talvez por inspiração de Eduardo. Não foi o pai que colocou a filha. Foi o filho que botou a mãe. Arraes nunca teve sucessor e herdeiro. Eduardo se tornou herdeiro naturalmente pelo talento e brilho pessoal”.

                                                                                                                                                                         

“O interesse, o querer que fez. Arraes não fez por Eduardo. Arraes foi o exemplo, o guia, mas, Eduardo tinha inato o desejo de cumprir uma missão e de ser uma liderança política importante para Pernambuco, de seguir os passos de Arraes, talvez, até de superar Arraes. Os dois se completaram. Cada um, em um tempo. Cada um era a tradução das necessidades de um momento do tempo presente. Eduardo se fez sozinho do mesmo jeito que Arraes se fez sozinho”, acrescentou.

A caminhada de Eduardo Campos na política teria começado no segundo governo de Arraes, na campanha de 1987. Eduardo foi um dos militantes destacados da campanha com a função de coordenador de um grupo de juventude. Quando começou o governo, ele foi nomeado para um cargo de oficial de Gabinete. “Ele fazia tarefas e contatos recebendo as pessoas. Depois, em 1988, houve uma necessidade de fazer mudança na chefia de gabinete. A pessoa mais talhada, que estava pronto para assumir a tarefa, era Eduardo. Ele se tornou chefe de gabinete, conhecia profundamente a política do estado”, destacou.

“Eduardo já era uma espécie de secretário particular de Arraes desde a campanha. Era ele quem tomava conta da agenda e, no final do primeiro mandato de Arraes, ele precisou de um chefe de gabinete. Não foi Arraes que botou Eduardo na chefia de gabinete. Isso atendia mais uma necessidade do governo do que as necessidades de Arraes de favorecer, de alguma forma, o neto Eduardo porque nunca houve isso. Primeiro porque Eduardo não precisou. Segundo porque não era do feitio de Arraes. Arraes não fez pelos filhos porque faria isso por um neto?”, indagou. 

                                                                                               A MORTE DE ARRAES

                                                                                                                                Foto: Ricardo Stuckert/PR

Evaldo Costa também contou que Eduardo viveu de forma muito dura o falecimento do avô pela relação de muita proximidade que existia entre ambos. “A morte de Arraes foi sentida de uma forma extremamente dolorosa por Eduardo. Eu acompanhei, estava por perto o tempo todo e sei o quanto ele chorou e sei que o que aparentava era muito menos do que houve de fato na alma e no coração dele. O que era visível aos olhos de quem estava ali por perto era muito menos do que ele sentiu e viveu de fato”.

“O vazio que deixa Arraes e Eduardo é muito grande. Independente da crise política que vivemos e a crise econômica, dois quadros como Arraes e Eduardo faz falta em qualquer lugar do mundo. Eram pessoas talhadas para o trabalho e resolução do problema. Eram pessoas que tinham o sentimento do mundo como Arraes disse no seu próprio discurso. Fazem falta à família, amigos, aos partidos e ao Brasil. Cada um tinha um jeito de levar para o mesmo resultado. A ponderação de Arraes, o jeito tranquilo de buscar a construção de consenso de buscar alianças era fundamental no momento desse que olhamos para o Brasil e há uma divisão radical de um lado e do outro lado. Se Arraes estivesse aqui, certamente, teria um papel importante na construção no entendimento e diálogo”.

Eduardo e Arraes morreram na mesma data: 13 de agosto. Arraes morreu por infecção respiratória, agravada por insuficiência renal. Já Eduardo morreu em trágico acidente aéreo, no ano de 2014.

                                                                                                                                                                                                                                                                 Foto:Roberto Pereira/SEI

 

 

 

 

 

O ex-governador de Pernambuco Roberto Magalhães, apesar de ter sido opositor político de Arraes, diz que a relação entre os dois como cordial. “Eu fui um opositor cordial, que recebia dele a reciprocidade. Depois daqueles de convivência com Miguel Arraes, da maneira que ele me tratou, eu tenho saudade dele. Gostaria que ele tivesse vivido mais. Digo com toda a sinceridade. Ele deixou um legado grande e honroso. Das figuras históricas, Arraes está na história de Pernambuco e outros dirão mais do que de Pernambuco, que foi um grande político de projeção nacional. Foi governador três vezes. Isso não é fácil”.

Um dos primeiros contatos que Magalhães teve com o ex-governador foi no Rio de Janeiro. “Que eu me lembre, a primeira candidatura para deputado estadual foi pelo PSD, do qual o meu tio Agamenon Magalhães que foi interventor, governador e ministro, era o chefe do partido. Ele se elegeu. Lembro-me de Miguel Arraes, quando estava no Rio de Janeiro, porque eu estudei aqui Direito, até o terceiro ano, e fui para o Rio de vez para ocupar um cargo no Tribunal de Contas. Eu me lembro que uma vez Paulo Rangel Moreira esteve com Miguel Arraes no meu escritório, na Rua México. Não foi tratado de nada importante. Foi, digamos, uma aterrissagem rápida para telefonar e eu vi mais de perto Miguel Arraes, pela primeira vez. Ele estava muito à vontade”, recordou.

##RECOMENDA##

O reencontro aconteceria quando Roberto Magalhães pediu licença do cargo que exercia no Rio para voltar ao Recife. Na época, o advogado recém-formado exercia a função de assessor jurídico do então governador Cid Sampaio, na década de 60. Arraes era secretário da Fazenda de Cid. “Com o passar do tempo chegou o momento para a eleição de prefeito do Recife. Ao longe, eu ouvia falar que Miguel Arraes seria candidato de Cid. Ouvia falar havia problema na família, que parentes queriam e outros nãos. São decisões difíceis que às vezes não parecem importantes, mas que são decisivas. No caso, foi. Cid apoiou e Miguel Arraes foi candidato muito mais de esquerda do que do próprio Cid”, contou.

                                                                           

A relação se estreitaria com Arraes, no final do governo de Marco Maciel quando teria disputado a eleição com Marco Freire, em 1982, e venceu. “Arraes, na época, foi candidato a deputado já que não foi a governador. O que me beneficiou muito porque se ele tivesse se candidatado a governador, com aquela força que ele tinha, acho que não tinha forca humana para eu ganhar a eleição. Primeiro, ele tinha prestígio porque o Recife é uma cidade que sempre teve uma tradição de esquerda. Nisso, ele já era um nome fácil da aceitação daquilo que vem depois da aceitação que é a estima e depois a admiração, então, assim chegamos ao fim da campanha. Nesse ano, Miguel Arraes foi o deputado mais votado com 336 mil votos. Arraes era uma força política”.

Magalhães admira o fato de, apesar do prestígio, Arraes não ter transformado a sua administração em um instrumento ideológico. “Claro que ele tinha os compromissos dele com os mais humildes, os projetos dele com os camponeses, mas era algo legítimo. Ele cuidava do estado e sabia fazer boas equipes”.

Também lembrou quando foi candidato à prefeito da oposição, com o apoio de Jarbas Vasconcelos. “Fui um candidato fortíssimo e ganhei a eleição folgado”. Após a vitória, Roberto Magalhães disse que foi fazer uma visita a Arraes e diz que não esquecerá da forma que foi tratado.

“Uma vista agradável. Foi altamente cordial e ele me deu um tratamento que não podia sido melhor. Não havia ato importante no Palácio que ele não me convidasse e chegou até a me ajudar porque eu tive pouco dinheiro e veja como também me dei bem o neto dele [Eduardo Campos], que era um político de muita competência, o qual apoiei para presidente”.

“Quem só conheceu Arraes de longe, alguns, ou talvez até muitos, o achava fechado, mas, na intimidade, era o inverso. Era bem humorado e lembro de uma vez, num desses convites no palácio, à noite, vem ele falar comigo com um copo de whisky e eu brinquei dizendo “Dr.Arraes, o senhor está tomando um copo de whisky que eu não tomo em seis meses”. Fazíamos essas brincadeiras porque havia clima para isso. Por isso, eu digo, a política às vezes tem tanta coisa ruim, mas tem essas outras também”, concluiu.

[@#video#@]

                                                                                       

 

O deputado federal Jarbas Vasconcelos é categórico ao falar de Arraes, ao qual foi aliado e adversário no cenário político. “Os meus momentos com Arraes foram muito mais de convivência, de fraternidade, do que de desavença. A gente teve uma desavença política. A minha visão política não era a mesma de Arraes, eu tinha uma preocupação também com os despossuídos e tal, mas, a visão de governo, de administração, de problemas do estado eu tinha uma visão, ele outra. Não adianta ficar especificando o porquê, mas, a minha visão não coincidia com a dele administrativa e, às vezes, até política”, explicou.

Divergências de lado, Jarbas diz que, acima de tudo, é preciso destacar quem foi Arraes neste centenário. O definiu como uma pessoa digna e que honrou as tradições pernambucanas quer como deputado estadual quer como deputado federal, prefeito da Capital uma vez ou governador três vezes. “Diante das controvérsias, Miguel Arraes foi um homem que lutou pelo povo. Ele fez suas articulações políticas, mas procurou sempre fazer as coisas onde seus acertos, as suas decisões corretas, fossem bem maiores. O positivo prevaleceu sobre o negativo. Isso é muito importante num político. Isso não é comum nos dias de hoje dentro dessa mediocridade que marca o cenário político nacional”, contou.

##RECOMENDA##

                                                                                                                                                                       

Apesar das divergências, Jarbas Vasconcelos disse que teve com Arraes uma convivência longa e fraterna

Para o ex-governador, o fato mais marcante no sertanejo era a sua sensibilidade para com os mais necessitados. “O que marcou muito a presença de Arraes não só em Pernambuco, mas a nível nacional foi esse conceito que se criou em torno dele de que ele era um político voltado para uma atividade de atendimento aos necessitados, aos despossuídos, aqueles que precisavam da presença do estado. É um acervo, é um conjunto de atividade política muito forte. O que marcou a presença de Arraes como prefeito foi o contato dele com as comunidades mais carentes, com as comunidades mais pobres e necessitadas”.

“Assim também foi como governador de Pernambuco. Ele marcou exatamente o primeiro mandato dele com a atuação na Zona da Mata de Pernambuco, de fazer o entendimento entre trabalhadores rurais, os operários das usinas, fornecedores de cana e produtores, os chamados usineiros. Eram setores de classes que não se entendiam. Que viviam num estágio de não boa convivência e ele conseguiu, naquela época, fazer acordos e entendimentos. Naquela época, a região produtora de açúcar, era a maior fonte na economia de Pernambuco, era a coisa mais expressiva dentro da economia. Hoje não mais, porém, antes era a cana de açúcar e Arraes teve uma participação muito grande. Não era homem de estar na tribuna toda hora e a todo instante, mas, era sempre ouvido pela imprensa nacional”, recordou. 

                                                                                                                                                                                      

UMA RELAÇÃO PACÍFICA

Jarbas e Arraes se conheceram em um momento atípico, em Paris, quando o peemedebista exercia o cargo de deputado federal. Arraes, à época, estava no exílio, na Argélia, e foi até a Cidade das Luzes. Jarbas conta que conviveram por dois dias e, desde então, percebeu uma singularidade no homem que foi deposto do seu cargo em Pernambuco: o de ser uma pessoa culta. “E o exílio ajudou para isso. Para que lesse mais, que se dedicasse mais, que analisasse mais as coisas. Ele tinha uma análise do mundo muito grande. Às vezes, com discordância mesmo, mas ele tinha uma visão de mundo que segmentou e ampliou no exílio. Arraes caiu [golpe] com muita dignidade”.

As adversidades entre os dois vieram a tomar corpo em 1992.  “Aí as divergências afloraram com muita clareza. Ainda assim, a gente procurava se entender fazendo as coisas sem quem um hostilizasse o outro. A gente ficou afastado, mas, um afastamento que diria muito mais político do que pessoal. Não foi uma coisa de intriga, que possa ser debitado ou creditado ao campo pessoal. Foi uma divergência de visão política que, naquele momento, a gente teve quando da disputa da prefeitura. Eu disputei e ganhei a prefeitura. O candidato Eduardo campos, lançado muito novo, por sinal, eu ganhei a eleição, mas, foi uma convivência fraterna, respeitosa e muito longa”.  

                                                                        

O SONHO DA PRESIDÊNCIA

Quando Arraes voltou, em 79, ele era grande referência da esquerda brasileira. Quando se reelegeu governador, dizem que houve uma quitação com a história. No fundo, houve um resgate do governador deposto que depois volta pelo caminho da democracia. Conta-se, nos bastidores, que Arraes pensava em alçar voos mais altos e a história caminhava para isso. No entanto, as circunstâncias mudaram, principalmente, quando nas eleições de 1998, Jarbas venceu por margem superior a 1 milhão de votos o então governador Miguel Arraes.

Dizem que Arraes guardou certa frustração por não ter sido candidato a presidente da República. Arraes foi cogitado, debatido e Eduardo Campos, o neto, se viabilizou. Mas, eram tempos diferentes.

Jarbas Vasconcelos comentou sobre o assunto. “Eu não sei se ele morreu com essa frustração, mas fazia parte do projeto de Arraes mesmo que, se vivo fosse, desmentisse. Estava embutido nele e era normal. Perfeitamente normal que uma pessoa com a carreira que Arraes teve como deputado estadual no primeiro estágio, depois, prefeito da Capital e depois governador de Pernambuco três vezes. Uma figura nacional naquela época que se destacava como Brizola e outros mais e não ter isso dentro da cabeça, a possibilidade de disputar a presidência, não seria normal. O normal era ter esse projeto e ele tinha. Eu considerava uma coisa natural”.

                                       

Questionado teria o seu apoio, Jarbas foi convicto ao dizer que sim. “Se fosse candidato à presidência na época em estávamos juntos, mas, como se diz, o cavalo selado passa uma vez. O cavalo nunca passou. Essa oportunidade ele nunca teve até porque ele pagou um tributo muito caro no exílio. Muitos anos exilado, fora do país arrancado a força. Um tempo muito grande exilado”. 

 [@#video#@]

 

Na leitura inicial de Diários da Presidência, anos 1995-96, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, (PSDB), encontrei um relato em que ele elogia o ex-governador Miguel Arraes, a quem negou pão e água, e os aliados Osvaldo Coelho, recentemente falecido, e Inocêncio Oliveira, que pendurou as chuteiras da vida partidária. Trata-se de viagem ao Nordeste em março de 96, que começou em Petrolina e acabou no Crato (CE), passando antes no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

“Hoje é sábado, 30 de março de 1996, onze horas da noite, estou voltando do Nordeste. A viagem foi muito boa. Ontem saímos daqui e paramos em Petrolina, onde encontrei os Coelho, Osvaldo Coelho à frente. Ele fez um primoroso discurso, me chamando de “inimigo número um da fome” e, no fim, de “libertador da pobreza”, por causa do Real. Nós demos um apoio necessário ao polo da irrigação no São Francisco”, diz FHC, para acrescentar:

“De lá para Serra Talhada. Não entramos na cidade. Fomos ao reservatório de Serrinha, que vai dar vida ao rio Pajeú, rio cantado pelo Luiz Gonzaga, que pedia exatamente esse reservatório. Nós implementamos. Arraes fez um belo discurso testemunhando a ação do Governo, elogiou o Serra e disse que com a ação do Governo há possibilidade agora de uma coisa séria, honesta”.

Fernando Henrique contou em seguida: “O discurso de Inocêncio Oliveira foi empolgado, citou Hamlet, Shakespeare, fez uma poesia, estava o dono da festa, feliz da vida. Havia um pequeno grupo de sem-terra e quando me dirigi ao povo, eles estavam ali perto, eu queria falar com eles, foram embora, ficaram desconcertados”.

O volume número um do livro de FHC tem 931 páginas, nas quais ele reproduz o que gravou no dia a dia em gravadores sem muito recurso, segundo ele, o que dificultou a transcrição, porque os auxiliares que desgravaram não entenderam, em muitas ocasiões, o que quis dizer nem interpretar aquele exato momento. Por isso, a narração é na primeira pessoa, como se fosse um longo depoimento.

No trecho que encontrei sobre sua experiência numa das viagens ao Nordeste, ele encerra assim: “No Crato, outra etapa da viagem, encontrei Miguel Arraes, Violeta Arraes, o governador Mão Santa(PI) e o Tasso Jereissati (CE). Ai foi um programa ambiental, uma coisa mais sofisticada, toda a população na rua, a não ser um grupo numa esquina, me disse o prefeito de lá, gente da universidade que gritava, xingava e tal. Tasso até me disse que parecia o Sarney na época do Cruzado”.

E conclui, reportando-se à sua experiência no Governo Sarney: “Eu viajei com o Sarney na época do Cruzado, fomos para Aparecida, era assim. Só que o Cruzado durou pouco, o Real está durando já dois anos. Espero que dure o resto do tempo”. Ainda sobre Pernambuco, ele conta como se deu o encontro em que o então jovem deputado Mendonça Filho (DEM), no seu primeiro mandato federal, o procurou para apresentar a emenda que permitiu a aprovação, pelo Congresso, da emenda da reeleição. Depois, eu conto.

DELAÇÕES - Por meio de advogados, dois dos seis presos da Operação Zelotes procuraram investigadores da Força Tarefa para aderir ao instituto de delação premiada, negociação que foi iniciada: Alexandre Paes dos Santos, o APS, e Mauro Marcondes, relacionados na investigação como envolvidos na suposta fraude de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Além das suspeitas de que Santos e Marcondes negociavam decisões no Carf, os investigadores apontam que os dois acusados atuariam em pagamentos de propina em troca de medidas provisórias para beneficiar o setor automotivo.

Degolado da Globo News – Meu amigo Sidney Rezende, parceiro no blog, foi demitido da Globo News, onde estava desde 1997. Um dos fundadores da rádio CBN, um dia antes do cartão vermelho, ele fez críticas ao jornalismo praticado no Brasil. Em um texto intitulado “Chega de notícias ruins”, publicado no seu blog, Rezende argumentou que notícias positivas estão fora da pauta da mídia e lamentou: “Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.”

O forasteiro está chegado! - Embora o prefeito de Bonito, Rui Barbosa (PSB), negue, o deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB) transferiu seu domicílio eleitoral de Palmares para aquele município e deve ser o candidato a prefeito apoiado pelas forças governistas. Barbosa está animado, mas receoso de que, ao longo da campanha, o seu candidato oficial, que ali está caindo de paraquedas, seja identificado, apontado e tratado de forasteiro, como de fato tem todas as características.

É cria de casa - Em Caruaru, depois da rasteira que a direção estadual deu no vice-prefeito Jorge Gomes, ninguém tem mais dúvidas de que o prefeito José Queiroz (PDT), que se sentiu apunhalado, apoie efetivamente o candidato que sempre esteve na sua cabeça: o senador Douglas Cintra (PTB). Quanto ao fato do trabalhista ser ligado ao ministro Armando Monteiro, Queiroz já o discurso da resistência dialética na ponta da língua: Douglas é cria política dele, histórico integrante do seu grupo.

O segundo a correr da reeleição - Depois de Severino Otávio (PSB), de Bezerros, assumir que não deseja disputar a reeleição, desiludido com a crise que arrasta os municípios para o fundo do poço, agora é a vez de Armando Souto (PDT), prefeito de Água Preta, também admitir que a reeleição não está em seus planos. “Hoje, não sou candidato. Posso até mudar de opinião, mas não desejo mais. Os municípios brasileiros, quase sem exceção, viraram massas falidas”, diz ele.

CURTAS

PROTESTO – Na próxima sexta-feira, o Sertão do Pajeú vai às ruas protestar contra a paralisação das obras da Adutora do Pajeú, tocadas pela Compesa e suspensas sem a menor satisfação. O ato, que reunirá lideranças políticas e do movimento dos camponeses ligados à Fetape – Federação dos Trabalhadores na Agricultura – será realizado em Afogados da Ingazeira, cidade sede da região.

ALÔ, ANGELIM – Minha agenda de lançamentos desta semana dos livros Perto do Coração e Reféns da Seca começa amanhã pela cidade de Angelim, a 199 km do Recife, no Agreste Meridional. Na quarta, estaria em São Caetano, mas foi cancelado. Quinta é a vez de Salgueiro, sexta-feira Serra Talhada e sábado, Flores. Em todas essas paradas, na Câmara de Vereadores, às 19 horas.

Perguntar não ofende – Com um Executivo criminalizado, um Legislativo judicializado e um Judiciário politizado, o Brasil ainda tem saída?

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando