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O mundo superou nesta sexta-feira (15) a marca de 2 milhões de mortes por Covid-19: são 2.000.326 as vítimas da pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

O número foi atingido com a divulgação dos óbitos na Itália, que somou mais 477 falecimentos nas últimas 24 horas, elevando para 81.325 as mortes no país desde o início da pandemia. Os dados ainda devem ter uma alta expressiva nesta sexta porque diversos países só atualizam seus relatórios diários durante a noite.

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Até às 14h, os Estados Unidos contabilizam 389.191 vítimas, seguidos pelos Brasil (207.095), Índia (151.918), México (137.916) e Reino Unido (87.448). Na sequência, aparecem os italianos.

A marca de 1 milhão de mortos foi atingida no dia 28 de setembro de 2020, mostrando a aceleração da pandemia nos últimos meses.

Isso porque, a primeira morte notificada ocorreu em 11 de janeiro em Wuhan, ou seja, foram necessários oito meses e 17 dias para atingir o primeiro milhão. Para dobrá-lo, não foram necessários nem quatro meses.

Diversos são os alertas de órgãos internacionais de que a crise sanitária está acelerando no Ocidente, com constantes novos recordes tanto na Europa como nas Américas.

Da Ansa

A partir da próxima segunda-feira (18), os ônibus só poderão sair do Terminal de Joana Bezerra, na área central do Recife, com o limite de 20 passageiros em pé. A medida para conter a proliferação da Covid-19 foi anunciada nesta sexta (15), pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (GRCTM).

Criticado por uma rotina de aglomerações, que contrariam as regras de proteção sanitária contra o vírus, o sistema de transporte rodoviário garantiu que a decisão será estendida aos demais Terminais Integrados, porém não repassou um calendário de adequações.

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Questionado sobre o prazo para que a restrição de pessoas seja adotada em outras estações, o Grande Recife destacou que o processo iniciará nos terminais mais movimentados e, posteriormente, segue para as demais estações do sistema.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou, nesta sexta-feira (15), mais 18 mortes e 1.702 casos de Covid-19 em Pernambuco. O estado contabiliza 9.964 mortes pela doença.

Entre os casos confirmados nesta sexta-feira, 76 são de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). Os demais 1.626 são leves. 

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Pernambuco totaliza 239.155 casos confirmados de Covid-19, sendo 30.177 graves e 208.978 leves. Os 18 óbitos ocorreram entre 11 de novembro e a última quarta-feira (13). 

O governador da Bahia Rui Costa (PT) afirmou nesta sexta (15) que irá entrar com uma ação no STF para que o Estado compre, sem depender do aval do Governo Bolsonaro, doses da vacina russa Sputnik V. Segundo o petista, os governantes não podem “assistir passivamente” a morte de brasileiros diante da “incapacidade do Governo Federal”.

“Determinei à Procuradoria Geral do Estado da Bahia que ingresse com uma ação no Supremo Tribunal Federal para que possamos efetivar a compra direta da vacina russa Sputnik V, com a qual já assinamos um acordo de cooperação para o fornecimento de até 50 milhões de doses”, disse Costa, através do Twitter.

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O governador baiano se mostrou indignado com a demora na chegada de vacinas que garantam a imunização dos brasileiros e sugeriu que Bolsonaro renuncie. “Não podemos assistir passivamente baianos e brasileiros morrendo diariamente diante da incapacidade do Governo Federal. Se eles não têm capacidade de fazer nada, melhor que peçam demissão ou renunciem. O povo brasileiro não merece ser maltratado e humilhado. Precisamos reagir”, finalizou.

O governador Helder Barbalho anunciou, na quinta-feira (14), novas medidas de combate à covid-19 no Estado. Dentre elas, mudanças no Decreto Estadual 1.273/2020, que proíbe a entrada no Pará de embarcações de passageiros vindos do Amazonas. Segundo o chefe do Poder Executivo, a mesma determinação será estendida também a transportes terrestres de passageiros.

A rede hospitalar do Amazonas entrou em colapso. Pacientes estão morrendo asfixiados por falta de oxigênio (leia aqui). No Pará, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), são 307.520 os casos confirmados de covid-19, com 7.376 óbitos. 

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O governador Helder Barbalho solicitou informações à Infraero e à Agência Nacional de Aviação Civil quanto às medidas, urgentes, de prevenção ao novo coronavírus em voos vindos do Amazonas em direção ao Pará. A medida se fez necessária visto o aumento considerável dos casos positivos da doença no estado vizinho. 

O governador também solicitou detalhes dos procedimentos que estão sendo realizados nos aeroportos paraenses. Ofícios foram enviados ao Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans - Júlio Cezar Ribeiro, Aeroporto Internacional de Santarém — Maestro Wilson Fonseca, Aeroporto Interestadual de Altamira, Aeroporto de Marabá - João Correa da Rocha, Aeroporto de Carajás/Parauapebas e ao Aeroporto Belém Brigadeiro Protásio, na Capital. 

Com informações da Agência Pará.

 

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) vai doar refrigeradores científicos para armazenamento das vacinas de Covid-19 em 136 municípios de Pernambuco. A iniciativa levou em consideração os municípios com os menores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

A instalação de cada refrigerador científico deve injetar no sistema elétrico uma carga de 89 kW e consumo anual de 781 MWh. Segundo a celpe, esse consumo será compensado com o recolhimento, em cada município, de dois equipamentos de refrigeração antigos e doação de lâmpadas eficientes para postos de saúde, hospitais e consumidores residenciais de baixa renda. A companhia contará com a parceria da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). 

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Os refrigeradores têm temperatura programável e constante entre 2ºC e 8ºC, além de alarmes em caso de interrupção de energia e baterias recarregáveis para suprir o frio caso ocorra eventual intercorrência no fornecimento, com autonomia de até 12 horas. As câmaras são de fabricação nacional e têm capacidade de 280 litros, suficientes para armazenar cerca de 18 mil doses de 0,5 ml.

As demais distribuidoras da Neoenergia também vão doar os refrigeradores. Na Bahia, serão 296 câmaras, 95 no Rio Grande do Norte e 131 em São Paulo. A doação dos equipamentos totaliza R$ 6 milhões. Os novos refrigeradores serão destinados aos municípios atendidos pelas distribuidoras do Nordeste (Celpe, Coelba e Cosern) que têm IDHM até 0,61 e, de São Paulo (Elektro), com o índice até 0,74.

Os dez milhões de habitantes de Portugal entraram, nesta sexta-feira (15), em um segundo período de confinamento geral para frear a epidemia de Covid-19, mas o impacto das novas restrições foi menos visível que o da primavera passada, observaram jornalistas da AFP.

As ruas do centro de Lisboa estavam menos movimentadas que o habitual, mas muitos moradores saíram de casa, alguns para levar seus filhos às escolas, que desta vez não fecharam.

"Há menos gente nas ruas, mas veja os ônibus, estão cheios! O metrô também estava cheio nesta manhã", disse Maria Andrade, uma mulher de 71 anos que decidiu abrir seu pequeno restaurante, embora possa vender apenas para levar.

"Francamente, para mim não existe confinamento, não consigo ver", disse Eduardo Carinho, um vendedor de jornais. "O que realmente está fechado são as lojas e restaurantes, todo o resto funciona", disse à AFP TV.

Diante do aumento do número de novos casos de covid-19 detectados diariamente e da crescente pressão sobre os hospitais do país, o governo português resolveu na quarta-feira impor uma nova "obrigação geral de confinamento domiciliar".

As novas medidas, que estarão em vigor por ao menos um mês, incluem o fechamento de lojas, cafés e restaurantes não essenciais e a obrigação do teletrabalho quando possível.

No entanto, há muitas exceções para essas restrições, incluindo a abertura de tribunais, igrejas e floriculturas.

O governo da Itália vai colocar um quarto da população do país em lockdown a partir do próximo domingo (17) para conter a tendência de aceleração da pandemia do novo coronavírus.

O ministro da Saúde, Roberto Speranza, assinará nas próximas horas um decreto que põe as regiões da Lombardia e da Sicília e a província autônoma de Bolzano na faixa vermelha, regime que permite deslocamentos apenas por motivos de "trabalho, saúde ou necessidade".

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As duas regiões e a província autônoma totalizam 15,6 milhões de habitantes, quase 26% da população nacional, e apresentam índices de transmissão do novo coronavírus superiores a um, o que significa que um infectado contamina mais de uma pessoa.

A faixa vermelha também prevê o fechamento do comércio, com exceção de negócios de alimentos e itens de primeira necessidade, e de bares e restaurantes, que só podem funcionar por delivery ou para retirada.

Atualmente, nenhuma região italiana está em regime de lockdown. A partir de domingo, nove delas (Abruzzo, Friuli Veneza Giulia, Lazio, Ligúria, Marcas, Piemonte, Puglia, Úmbria e Vale de Aosta) vão regredir para a faixa laranja, se juntando a Calábria, Emilia-Romagna e Vêneto.

Nesse regime, é permitido circular livremente dentro do próprio município e o comércio pode abrir as portas, mas restaurantes e bares continuam fechados. Outras cinco regiões (Basilicata, Campânia, Molise, Sardenha e Toscana) e a província autônoma de Trento permanecem na faixa amarela, na qual é possível abrir bares e restaurantes.

Todo o país está sujeito a toque de recolher noturno entre 22h e 5h e a uma proibição de viagens entre regiões. O governo italiano também já havia confirmado a prorrogação do estado de emergência até 30 de abril e a criação de uma nova faixa de risco, a branca, para regiões com índice inferior a 50 casos semanais para cada 100 mil habitantes por três semanas consecutivas.

Essas áreas terão regras mais permissivas do que as faixas amarela, laranja e vermelha, porém nenhuma das 20 regiões do país se enquadra nesse critério atualmente.

"Piora geral"

O monitoramento semanal feito pelo Instituto Superior da Saúde (ISS) aponta uma "piora geral da situação epidemiológica no país".

Segundo o ISS, que é ligado ao Ministério da Saúde, é possível observar o "aumento do risco de uma epidemia descontrolada devido ao crescimento disseminado da probabilidade de transmissão do Sars-CoV-2".

O índice de transmissibilidade do vírus no território nacional cresceu pela quinta semana consecutiva e chegou a 1,09. "A epidemia continua em uma fase delicada, e é possível um novo aumento rápido no número de contágios nas próximas semanas, caso não sejam mantidas rigorosas medidas de mitigação", diz o ISS.

Até o momento, a Itália contabiliza pouco mais de 2,3 milhões de casos do novo coronavírus e 80.848 mortes na pandemia, segundo o Ministério da Saúde.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o país tem a quarta maior taxa de mortalidade por Covid-19 em todo o mundo, com 133,8 óbitos para cada 100 mil habitantes, atrás apenas de San Marino (192,4/100 mil), que tem menos de 35 mil habitantes; da Bélgica (177,7/100 mil), que contabiliza todas as mortes suspeitas; e da Eslovênia (149,6/100 mil).

A Itália iniciou sua campanha de vacinação em 27 de dezembro e, até o momento, já aplicou a primeira dose em 972.099 pessoas.

Da Ansa

Alguns caixões do crematório de Meissen estão marcados com a menção "risco de infecção", outros carregam a palavra "corona", e muitos também trazem a mensagem "sem serviço mortuário".

No estabelecimento funerário desta cidade do leste da Alemanha, há até três caixões, um em cima do outro, nas filas da sala normalmente reservada para a reunião de parentes e amigos. Outros caixões aguardam sua vez nos corredores para serem incinerados.

Localizada na ex-RDA (República Democrática da Alemanha), Meissen registra um aumento dramático nas mortes, vítimas da Covid-19. A Saxônia, onde Meissen está localizada, é uma das regiões mais atingidas pela pandemia hoje, tendo sido relativamente poupada na primeira onda.

Em três décadas, o diretor deste crematório, Jörg Schaldach, nunca tinha visto tantas mortes em um período tão longo.

"Isso começou em meados de novembro. Os números continuam aumentando", afirmou à AFP. "O problema é que as câmaras mortuárias estão lotadas. Estamos em um estado de catástrofe", afirma.

A administração não teve alternativa a não ser usar a sala de cerimônia e de reunião para colocar os caixões.

- Demora -

Os bancos e cadeiras onde os familiares e amigos normalmente se sentam foram removidos para o fundo da sala para dar lugar a fileiras de caixões de madeira.

Muitos estão envoltos em um filme plástico transparente para lacrar pela segunda vez os das vítimas do novo coronavírus.

"Atualmente, recebemos 400 (caixões) em uma semana para cremação", o dobro do número usual no inverno, segundo Schaldach.

Empregado em um necrotério, Matthias Möbius espera há uma hora no estacionamento pela autorização para descarregar um caixão.

"Normalmente demora 15 minutos. Chegamos, descarregamos, vamos ao escritório arrumar a papelada e pronto", explica. "Hoje, demoramos mais de uma hora e meia".

Atrás dele, três outros veículos funerários aguardam sua vez.

Möbius garante que, em 20 anos de carreira, este inverno é "de longe" o com mais trabalho. É por isso que o crematório Meissen agora funciona 24 horas por dia, sete dias por semana com dois fornos e 60 cremações por dia.

- Horas extra -

Os funcionários trabalham horas extras e também nos finais de semana. Até tiveram de recorrer a aposentados para ajudar.

Ingo Thöring, de 76 anos, ex-funcionário, é um deles, apesar de pertencer à população de risco pela idade.

Ele acompanha os médicos forenses para verificar a identidade dos mortos e determinar se há casos suspeitos.

Não se pode permitir ceder ao medo. "Não serve de nada para o trabalho". De qualquer forma, "na minha idade, já não tenho medo de nada".

Apesar do fechamento de lojas, escolas, instalações esportivas e culturais não essenciais, a segunda onda da epidemia atingiu a Alemanha com muito mais força do que a primeira.

O país mais populoso da União Europeia superou dois milhões de casos de covid-19, com 22.368 infecções e 1.113 mortes nas últimas 24 horas, anunciou nesta sexta-feira o Instituto Robert Koch (RKI).

Nas regiões mais atingidas, os crematórios também estão a todo vapor.

A cidade de Dresden anunciou na quarta-feira que um prédio em geral usado para armazenar material de proteção contra enchentes seria temporariamente convertido em uma câmara mortuária.

Em Nuremberg, na Baviera, foram montados contêineres para manter os caixões refrigerados.

E, na República Tcheca, vizinha da Saxônia, o governo decidiu que não aceitará mais corpos "importados" para cremação.

Para o diretor do crematório Meissen, as autoridades alemãs deveriam ter adotado restrições mais rígidas muito antes.

Ele critica aqueles que se opõem ao confinamento e que se reuniram em uma manifestação em massa, em novembro passado, na cidade vizinha de Leipzig.

"Gostaria de dizer aos céticos que venham nos ajudar a transportar os caixões (...) Deslocamos 750 toneladas de mortos", lamenta.

"Alguns acham que tudo isso não passa de uma cena de filme. Todos que negam o coronavírus (...) podem vir e ajudar com tudo isso", desabafou.

A Dinamarca já vacinou mais de 2% de sua população contra o novo coronavírus, graças a uma logística eficiente de distribuição, o que coloca este pequeno país escandinavo em primeiro lugar em vacinação na União Europeia.

Ao contrário de outros países que, por prudência, ou por uma organização complexa, mantêm inúmeras doses no freezer para a segunda dose, a Dinamarca decidiu usar seus estoques da vacina Pfizer/BioNTech o mais rápido possível.

"A posição do governo é que, a partir do momento em que as vacinas tocam o solo dinamarquês, elas devem ser usadas", disse a primeira-ministra, Mette Frederiksen.

Graças a uma logística eficiente e a uma rápida campanha em lares de idosos - onde quase todos os voluntários já foram vacinados -, a Dinamarca lidera os países da UE, bem à frente da Itália e da Eslovênia, a um ritmo quase três vezes mais rápido do que a média do bloco, de acordo com dados da AFP.

Segundo os últimos dados de quinta-feira (14), mais de 129.170 pessoas na Dinamarca receberam a primeira dose da vacina desde o início da campanha, em 27 de dezembro, ou 2,2% dos 5,8 milhões de habitantes.

- Identificador digital -

"Nossa configuração permite uma distribuição rápida e temos uma infraestrutura informática muito boa, que nos permite registrar a vacina toda vez que alguém a recebe", usando o identificador digital da Previdência Social, explica Jens Lundgren, professor da Universidade de Copenhague, especialista em doenças contagiosas.

O fato de iniciar a vacinação em lares de idosos e de dependentes, onde a vacina é administrada nos centros, permitiu iniciar a campanha com números elevados, afirma a epidemiologista Lone Simonsen, professora da Universidade de Roskilde.

Para aumentar o número de pessoas tratadas com a primeira dose, o país é um dos que decidiram atrasar a aplicação da segunda dose, em até seis semanas, prática validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da relutância do fabricante.

No centro de vacinação de Roskilde, nos arredores de Copenhague, Mikael Jensen, de 75 anos, saiu vacinado da primeira dose com uma convocação para a segunda em três semanas.

Este aposentado, que fez um transplante de rim, manifestou à AFP seu "alívio".

Neste centro, o pessoal de saúde vacina uma pessoa a cada 12 minutos, diz seu responsável, Kim Christiansen.

Todos terão sua segunda dose a tempo, assegura Trine Holgersen, chefe dos serviços de saúde da região da Zelândia, que prevê iniciar as segundas doses na segunda-feira.

"Sabemos exatamente onde devemos estar, a que horas e em que pessoa injetar", garantiu.

- Corrida contra variante -

A intenção das autoridades de saúde é vacinar todos os voluntários - 80% dos dinamarqueses, segundo pesquisas - até junho.

"Nosso objetivo é poder vacinar 100 mil dinamarqueses por dia quando tivermos vacinas disponíveis", promete Frederiksen.

Depois de uma estagnação por quatro dias, o número de vacinas aumentou acentuadamente na quarta-feira, véspera da nova campanha de vacinação da Moderna. Nesse caso, o país decidiu guardar metade das doses.

Além de possíveis problemas de abastecimento, o ritmo pode diminuir agora que as pessoas terão de se deslocar para os centros de vacinação, alerta Lundgren.

"Temos infraestrutura, mas as pessoas terão de ir ao posto de vacinação. Isso pode mudar drasticamente as estatísticas", afirma.

A Dinamarca enfrenta outro problema: a variante mais contagiosa descoberta no Reino Unido, que, na quarta-feira, foi detectada em 200 casos e continua se espalhando rapidamente.

"Com a nova variante, é uma corrida contra sua expansão e a necessidade de vacinar", diz Simonsen.

Uma das duas vacinas contra a Covid-19 que serão administradas a partir de sábado (16) na Índia, a Covaxin, desenvolvida por uma empresa local e aprovada em caráter de "urgência", levanta dúvidas no setor médico pela falta de dados de seus ensaios clínicos.

A gigantesca campanha de vacinação na Índia, que começa no sábado, conta com os fármacos Covaxin e Covishield. Ambos estão sendo produzidos pelo Serum Institute of India. Cerca de 300 milhões de pessoas receberão uma das duas vacinas até julho.

Desenvolvida pelo Bharat Biotech com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, a Covaxin obteve uma "aprovação urgente" no início de janeiro, junto com a Covishield, da AstraZeneca/Universidade de Oxford.

"100% seguras", garantiu então o responsável pela agência de medicamentos da Índia, V.G. Somani, acrescentando que o regulador "nunca aprovaria se houvesse a menor dúvida em questão de segurança".

A autorização da Covaxin - que Bharat planeja exportar, principalmente para o Brasil - chegou até mesmo antes que a conclusão de seus ensaios de fase 3.

O governo afirmou que a vacina foi aprovada em "modo ensaio clínico", o que significa que a campanha de vacinação representará a fase 3. A iniciativa gerou "preocupação" da organização independente de controle do setor farmacêutico, a All India Drug Action Network (AIDAN).

Segundo Prabir Chatterjee, médico e especialista em programa de imunização, "isso deixa inúmeros médicos e cientistas de muito alto nível indignados".

"Suponho que a vacina do Bharat Biotech, depois de avaliada, poderia ser a melhor, a mais barata e a mais prática para os países em desenvolvimento", declarou à AFP. "Mas (...) não acredito que se deve iniciar o processo de vacinação e usá-la antes que seja aprovada".

- Poucos voluntários -

O laboratório indiano, uma referência internacional no setor, já forneceu em todo mundo mais de 3 bilhões de vacinas contra doenças como a encefalite japonesa e a hepatite B.

No entanto, para a vacina contra a covid-19, os ensaios não contaram com suficientes voluntários e teve apenas metade dos 26.000 "voluntários" necessários, no final de dezembro.

Segundo seus críticos, o laboratório não seguiu os protocolos nos testes. Na cidade de Bhopal (centro), seu sócio local contratou 1.700 pessoas de entornos desfavorecidos, por 750 rúpias (8 dólares) cada uma.

Um dos responsáveis, Rajesh Kapur, afirmou que todos os procedimentos foram respeitados, e as práticas foram éticas. Ele afirmou ainda que as pessoas foram devidamente informadas sobre os testes antes de darem seu consentimento.

Dez participantes contatados pela AFP declararam, porém, que não foram informados sobre o objetivo concreto dessas vacinas, nem sobre seus riscos.

O deputado federal Kim Kataguiri (SP) disparou, nesta sexta-feira (15), contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e aliados bolsonaristas que decidiram fazer um voto de silêncio nas redes sociais hoje para protestar contra as plataformas por conta do bloqueio das contas do presidente dos EUA, Donald Trump. 

A mobilização que contou com a adesão de parlamentares bolsonaristas vem sendo chamada de '#SilenceDay' e acontece com ao mesmo tempo que o Brasil vive um drama no Amazonas pela falta de oxigênio para tratar pacientes com Covid-19 em Manaus.

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Diante da iniciativa, Kim Kataguiri compartilhou uma publicação de Zambelli e escreveu: "O Brasil está MORRENDO ASFIXIADO, mas importante mesmo é defender o Trump. Vai entender as prioridades dos bolsonaristas". A defesa põe em xeque, por exemplo, o mote da campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendido por Zambelli que diz "Brasil acima de tudo". 

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, em publicaçao no Twitter no fim da noite dessa quinta-feira (14), que entrou em contato com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para oferecer ajuda do Estado. A capital amazonense vive um colapso na saúde pública diante dos casos da Covid-19. Nessa quinta foi registrada a falta de oxigênio e a morte de pessoas asfixiadas. 

"Falei há pouco com o governador Wilson Lima e coloquei o estado de Pernambuco à disposição dos cidadãos amazonenses, nesse momento tão difícil. Faremos tudo que esteja ao nosso alcance para ajudar os irmãos do Amazonas a superar esse momento crítico da pandemia", escreveu Paulo Câmara.

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Pernambuco não foi o único a se colocar à disposição da população amazonense. Em entrevista à CNN, Wilson Lima disse que ao menos dez estados ofereceram ajuda, também compõem a lista: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte. Na manhã desta sexta-feira (15), começaram a ser transferidos pacientes de Manaus para outras cidades, o primeiro avisão seguiu com nove pessoas para São Luís (MA).

A Europa superou, nesta sexta-feira (15), 30 milhões de casos de coronavírus, e países como a Alemanha vivem situações mais graves do que na primeira onda desta pandemia, que tem provocado recordes alarmantes de mortes e infecções no Brasil e no México.

Em todo mundo, o coronavírus já matou quase dois milhões de pessoas e causou 92 milhões de infecções. Os 52 países que compõem a região da Europa, que inclui Rússia e Azerbaijão, por exemplo, são a zona mais afetada.

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A região contabiliza 646.022 mortes por Covid-19, à frente da América Latina e Caribe (542.243) e dos Estados Unidos e Canadá (406.049). Em número total de infecções, a Europa também supera Estados Unidos e Canadá (23.994.507), América Latina e Caribe (16.989.628) e Ásia (14.485.588).

Entre os países europeus que vivem aumentos preocupantes de casos nos últimos sete dias, destaca-se a Espanha, onde as infecções aumentaram 168%, seguida de Portugal e Bélgica.

A situação também é grave na Alemanha, onde os dois milhões de casos foram superados nesta sexta. O país, que se saiu relativamente bem durante a primeira onda, somou mais 22.368 casos e 1.113 mortes nas últimas 24 horas. O número total de óbitos de aproxima de 45.000.

Em uma reunião do governo, a chanceler Angela Merkel considerou que mais restrições são necessárias para mudar essa tendência terrível.

Na cidade alemã de Meissen, na Saxônia, uma das mais castigadas pela pandemia, Jörg Schaldach, diretor de um crematório, confessa seu estupor.

"As câmaras frias funerárias estão cheias. Estamos em estado de catástrofe", assegura, explicando que estão usando a sala de cerimônias e de recolhimento para guardar os caixões.

- Variantes e colapso dos hospitais -

Na França, as autoridades vão adiantar o início do toque de recolher nacional, a partir de sábado, que passará a ser das 20h para as 18h.

No Reino Unido, o país mais atingido pela pandemia na Europa, com mais de 86.000 mortes confirmadas por Covid-19, as infecções bateram recordes desde a descoberta, em dezembro passado, de uma nova cepa na Inglaterra. Aparentemente, esta é muito mais contagiosa.

Mas ela não é a única variante do vírus em circulação.

Outra mutação originada na Amazônia brasileira, e que já foi detectada no Japão, preocupa a comunidade internacional.

Na quinta-feira, o governo britânico proibiu chegadas de todos os países da América do Sul, além do Panamá e de Portugal, devido a esta nova cepa brasileira.

Felipe Naveca, que estuda as mutações do vírus no Amazonas, explicou em entrevista à AFP que a nova cepa, "mais contagiosa", seria responsável por grande parte dos casos registrados no estado, onde a situação sanitária é dramática.

Na quinta, as autoridades anunciaram um toque de recolher de dez dias na região em meio ao colapso de seu sistema de saúde.

Imagens nas redes sociais mostram pessoas levando cilindros de oxigênio para os hospitais e pacientes reclamando da falta de assistência médica.

"Aqui não há leito vazio, não há oxigênio, nada, só resta a fé", disse à AFP Luiza Castro, moradora de Manaus, capital do Amazonas.

Em geral, todo Brasil, com mais de 207.000 mortes por Covid-19, número superado apenas pelos Estados Unidos, vive um agravamento da situação de saúde. A média nacional de óbitos é de 98,5 por 100 mil habitantes, índice que sobe para 159 no Rio de Janeiro, 146 em Brasília e 143 no Amazonas.

- Semana difícil no México -

Quarto país do mundo em número total de mortes por Covid-19, o México registrou sua semana mais letal devido à pandemia, com um total de 6.885 óbitos, conforme dados oficiais divulgados na quinta-feira.

A pandemia já matou quase 138.000 pessoas e causou 1,5 milhão de infecções.

O sistema de saúde está sobrecarregado, principalmente na Cidade do México. Nesta capital de nove milhões de habitantes, 24.105 pessoas morreram até a quarta-feira.

A ocupação hospitalar na capital chega a 91%, segundo o Ministério da Saúde. O país já começou a vacinar a população e, de acordo com as autoridades, esse fato pode ter feito os mexicanos "esquecerem os perigos" e relaxarem.

A Argentina, por sua vez, superou as 45.000 mortes por Covid-19 na quinta-feira e já contabiliza mais de 1,7 milhão de infecções. Estes números obrigaram as autoridades a restabelecerem restrições à circulação.

No Peru, as infecções diárias triplicaram nas duas primeiras semanas de 2021, devido às festas de fim de ano, e também haverá novas restrições.

- "Tudo pode acontecer" -

Os especialistas ainda não sabem se as novas cepas britânica, sul-africana e amazônica, oficialmente detectadas em várias dezenas de países, reduzirão a eficácia das vacinas. Em princípio, acredita-se que não afetarão drasticamente a imunização.

Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) estão reunidos em Genebra desde quinta-feira para analisar justamente essa questão.

Ontem, a instituição apontou que dez países utilizaram até agora 95% das vacinas aplicadas e destacou que é necessário que as nações "capazes de contribuir, dar e apoiar o acesso e a distribuição justos das vacinas o façam".

Nos Estados Unidos, um dos primeiros países do mundo a começar a vacinar, o presidente eleito Joe Biden divulgou na quinta-feira um novo pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão com o objetivo de tirar o país de sua pior crise desde os anos 1930.

E, do outro lado do mundo, no Japão, nesta sexta-feira, um ministro admitiu a possibilidade de que as Olimpíadas de Tóquio, já adiadas no ano passado por conta da pandemia, não sejam realizadas este ano.

"Tudo pode acontecer", disse Taro Kono, ministro da Reforma Administrativa e pessoa-chave do governo, em um momento em que várias regiões do país se encontram em estado de emergência em função de surtos do vírus.

Em meio ao colapso do sistema sanitário em Manaus, o estado do Amazonas registrou nesta quinta-feira (14) seu maior número diário de novos casos do coronavírus Sars-CoV-2.

Segundo boletim da Fundação de Vigilância em Saúde, foram contabilizados 3.816 contágios em um período de 24 horas, mais de mil a mais que o recorde anterior (2.763), de maio de 2020.

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Dos casos da última quinta-feira, 2.516 foram registrados na capital Manaus, que sofre com a falta de oxigênio para pacientes e o colapso em seu sistema hospitalar. Até o momento, o Amazonas soma 223.360 infecções e 5.930 mortes por Covid-19, com índice de 143,1 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Se fosse um país, o Amazonas estaria atrás apenas de San Marino (192,4/100 mil), que tem menos de 35 mil habitantes; da Bélgica (177,7/100 mil), que contabiliza todas as mortes suspeitas; e da Eslovênia (149,6/100 mil).

Na última quinta-feira, operadores da área da saúde relataram a falta de tubos de oxigênio para auxiliar pacientes com dificuldades respiratórias em Manaus. Um deles, o pesquisador Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia, disse à Folha de S. Paulo que os hospitais manauaras viraram "câmaras de asfixia".

Organizações da sociedade civil iniciaram uma campanha de arrecadação de fundos para a compra de cilindros de oxigênio para a capital amazonense, em iniciativa catapultada por dezenas de artistas, como o humorista Whindersson Nunes.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, anunciou que o país vai oferecer oxigênio para "atender a contingência sanitária em Manaus". "Solidariedade latino-americana antes de tudo", escreveu o chanceler no Twitter.

Já o governo do Amazonas requisitou o estoque ou produção de oxigênio de 17 indústrias do Polo Industrial de Manaus, incluindo as multinacionais Honda, Yamaha, Electrolux, Whirlpool, Denso, Samsung e LG.

O governador Wilson Lima ainda editou um decreto que institui toque de recolher em todo o estado das 19h às 6h. "São medidas duras, mas necessárias. Estamos em uma operação de guerra", disse Lima, que no fim de dezembro havia revogado o fechamento do comércio no Amazonas.

Devido ao colapso dos hospitais manauaras, mais de 230 pacientes com Covid-19 tiveram de ser transferidos para outros estados brasileiros.

Governo Bolsonaro - Em transmissão ao vivo com o presidente Jair Bolsonaro no Facebook, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu o colapso do sistema hospitalar na capital amazonense e que a cidade vive uma situação "extremamente grave", mas disse que a responsabilidade é da Prefeitura e do governo estadual.

Além disso, Pazuello culpou o "período de chuvas" e a falta de "tratamento precoce" contra a Covid-19 - medida que não encontra respaldo na ciência - pela situação em Manaus.

No entanto, o procurador da República no Amazonas Igor da Silva Spindola contou à revista Época que o Ministério da Saúde foi alertado "há quatro dias" sobre a falta de oxigênio em Manaus.

"O Estado não se preparou. E como se não bastasse, a direção de Logística do Ministério da Saúde só se reuniu hoje [quinta-feira] para tratar disso, após ser avisada há quatro dias", declarou.

Da Ansa

Para manter os participantes seguros durante a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou regras específicas para reduzir aglomeração durante a realização da prova. Além disso, foi determinado que durante o exame e a estadia do estudante no prédio de aplicação, será obrigatório o uso de máscara de proteção para evitar contagio pelo novo coronavírus. 

Vale pontuar que o participante que não utilizar a máscara cobrindo totalmente o nariz e a boca, desde sua entrada até sua saída do local de provas, será eliminado do Enem. Para discutir sobre as novas regras do exame, especialmente sobre o desafio de realizar as provas de máscara, o LeiaJá entrou em contato com professores, estudantes e com a médica infectologista Marcela Vieira, para falar sobre o uso do acessório que, segundo o Ministério da Educação (MEC), segue obrigatório e com as mesmas medidas da documentação.

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Tendo em mente a situação de que alguns locais de prova podem haver apenas ventiladores e um clima quente, o uso de máscaras pode ser ainda mais complicado para esses candidatos. Para o professor de português Felipe Rodrigues, “claro que tem locais de prova que são fantásticos, agora há outros com contrastes sociais, como por exemplo, as escolas públicas que em sua maioria estão em bairros periféricos e não contam com um ar-condicionado ou uma climatização necessária”. 

“São os alunos que devem se adequar a esta realidade e não o próprio Enem. Por exemplo, para o estudante ir ao sanitário, descartar a máscara e fazer a sua alimentação, terá um tempo maior. O aluno acaba ganhando e ao mesmo tempo se prejudicando em relação ao tempo”, analisa o professor. 

Já o professor de física Ítalo Costa comenta que a máscara é um item que todos passaram a usar e que tem que ser utilizado durante a prova do Enem. “Alguns sentem incômodo, mas infelizmente não tem o que fazer, tem que usar”, disse. O docente ainda recomenda que quando o candidato for ao sanitário pode retirar a máscara e lavar o rosto.

O LeiaJá também entrou em contato com alguns estudantes que irão realizar o Enem 2020 para saber sobre as expectativas para a prova e como estão lidando com a realidade de fazer o exame usando máscara de proteção contra a Covid-19. 

Para a aluna Rayane Lins, 17 anos, moradora do bairro de Caixa D’água, da cidade de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), todos os acontecimentos envolvendo o Enem durante o ano de 2020 foram bastante difíceis. “É muito diferente o ensino a distância do ensino presencial. Eu não tive acesso a computador durante a pandemia e na minha escola, que é pública, nunca tive. Precisei me virar, peguei livros de anos anteriores para poder estudar; depois que comecei a me habituar ao ensino a distância”, relata a estudante. “A minha expectativa para a prova do Enem é que vai ser bastante difícil, mas com menos concorrências, imagino que muitas pessoas desistiram”, diz Rayane. 

Sobre o uso da máscara durante os estudos e ter que fazer o Enem com o item de proteção, a estudante garante que está sendo bastante difícil o uso porque algumas vezes se sente desconfortável. O fator também poderá prejudicá-la ao realizar uma prova, visto que o uso do acessório será durante um longo período de tempo. “Acredito que vai ser bastante tenso e sufocante, principalmente para participantes que têm ansiedade, devido a respiração; mas para mim é algo que não incomoda tanto, sendo que realmente é chato”, diz a estudante. 

Marina Batista, estudante do terceiro ano do ensino médio, residente em Santo Amaro, bairro localizado na área central do Recife, diz que todas as vezes que vai estudar utiliza a máscara de proteção. "Para fazer a prova do Enem com a máscara é bastante complicado porque tivemos que nos adaptar a isto. Todas as vezes que estou estudando uso a máscara porque, assim, faz com que meu corpo se adapte com o uso dela. Na questão do Enem, também tem uns assimilados para simular exatamente como vai ser a prova, ou seja, passar horas e horas com máscara no rosto, fazendo várias questões”, disse. 

Nathan Santos/LeiaJáImagens/Arquivo Professor de física, Ítalo Costa

A médica Marcela Vieira diz que realmente o uso da máscara durante os estudos pode ajudar no momento de fazer a prova. “Apesar de não haver contraindicação ao uso de máscara nessa faixa etária, pode ser incômodo para a maioria das pessoas que não possuem esse hábito. Então, realmente irá ajudar no momento da prova que a máscara não se converta em um fator de desatenção”, explica. “Geralmente recomendamos a troca das máscaras após 2 a 4 horas; nesse contexto, o ideal seria levar pelo menos duas máscaras e substituí-las durante a realização da prova”, acrescenta. 

Ainda de acordo com a médica, as máscaras, se utilizadas corretamente, protegem contra a Covid-19 e devem ser utilizadas durante toda a prova. "Embora não seja a situação que desejamos, é essencial que se tente mitigar a chance de transmissão, desde que sejam respeitadas outras questões como distanciamento, circulação de ar e número de pessoas por sala”, comenta, em entrevista ao LeiaJá.

A estudante Marina Batista diz que escolheu a modalidade impressa da prova por medo das complicações envolvendo o exame. "Escolhi fazer presencial porque tive medo de escolher on-line e, como das outras vezes tinha dados tantos erros, fiquei com aquela sensação de sofrer novamente ou dar alguma complicação”, pontuou. 

Na Página do Participante do Enem, é informado que o candidato poderá retirar a máscara de proteção para lanchar e beber água, por um tempo suficiente para essas ações, visando a própria proteção e dos demais participantes. Além disso, é recomendado que os candidatos levem a própria garrafa de água para evitar o uso do bebedouro e seu próprio álcool em gel para higienização das mãos durante a aplicação das provas. 

Segundo a médica infectologista, as máscaras possuem a capacidade de manutenção das trocas gasosas e não provocam qualquer efeito adverso, mesmo após o uso prolongado. Com isso, os candidatos que sofrem com problemas respiratórios podem ficar tranquilos, pois o uso prolongado não provoca qualquer aumento nos sintomas. 

A estudante Suellen Castro, moradora do bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, não passa por nenhum problema referente ao uso de máscara. “Eu não tenho nenhuma alergia ou algo do tipo. Na minha perspectiva, esse novo acessório que vai ser obrigatório durante o exame é um grande desafio para todos porque tem locais de prova que não tem ar condicionado”, relata. 

Ela ainda acrescenta que também é preciso analisar o lado positivo da situação. “O uso de máscara durante a prova é um zelo à vida de todos os estudantes; embora as salas irão ficar com uma quantidade reduzida de alunos, é importante seguir os protocolos dos órgãos responsáveis”, diz.

Decola nesta sexta-feira (15) do Recife em direção a Mumbai, na Índia, o avião da companhia aérea Azul que vai buscar os 2 milhões de doses da vacina contra a covid-19 importadas do país asiático. A previsão é que a aeronave decole às 23h e chegue no sábado (16) à Índia.

Inicialmente o voo estava previsto para decolar na noite dessa quinta-feira (14), também às 23h, mas a viagem foi reprogramada em razão de questões logísticas internacionais.

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O voo com destino ao Recife partiu na tarde de ontem, por volta das 15h30, do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A Azul comentou a alteração na viagem e disse que, após chegar à capital pernambucana, a tripulação pernoitaria na cidade, prosseguindo o voo nesta sexta-feira.

A volta da aeronave ao Brasil estava marcada para sábado, aterrissando no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Mas, com a alteração no voo, ainda não há informações sobre o retorno do avião.

"A data de retorno ao Brasil, com a carga de vacinas estimada em 15 toneladas, ainda está sendo avaliada de acordo com o andamento dos trâmites da operação de logística feita pelo governo federal em parceria com a Azul", disse o Ministério da Saúde, ontem, em nota.

Ao chegar, a vacina ainda precisa aguardar o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência se reúne no domingo (17) para analisar o pedido de uso emergencial apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca e da Universidade de Oxford no Brasil.

De acordo com o ministério, a vacina será distribuída aos estados em até cinco dias após o aval da Anvisa para, assim, dar início à imunização em todo o país, de forma simultânea e gratuita.

A segurança no transporte das doses pelo Brasil será realizada pelas Forças Armadas, em ação conjunta com o Ministério da Defesa.

Aeronave

O avião que parte em direção à Índia é um Airbus A330neo, maior aeronave da frota da Azul, e estará equipado com contêineres específicos para garantir o controle de temperatura das doses, de acordo com as recomendações do fabricante. O avião percorrerá cerca de 15 mil quilômetros até o destino final.

O ministério informou que, além do apoio da Azul, conta com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas por meio das companhias aéreas Gol, Latam e Voepass, para a logística de transporte gratuito da vacina.

O diretor da Unicef para a América Latina e o Caribe, Jean Gough, recomendou a reabertura pelo menos parcial das escolas, apesar da pandemia, em uma região onde nem todos têm acesso à internet para aulas remotas.

"A reabertura das escolas é importante", disse o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) à AFP em entrevista na quarta-feira (14).

“É preciso abri-las de uma forma que não seja a mesma (de antes), podem ser aulas presenciais por dias para uma turma e outros dias para outra turma”, recomendou Gough, que lamentou o tempo passado sem a reabertura das escolas.

“Na América Latina e no Caribe (...) sabemos que a maioria das crianças não puderam ter educação à distância ou não presencial porque as condições não existem, elas não têm internet, não têm acesso a telefone ou dispositivo para receber ensino digital", analisou.

Gough acredita que a reabertura parcial é possível porque o coronavírus não afeta as regiões da mesma maneira, se expandindo mais nas áreas com maior densidade populacional.

“A comunidade, os pais podem decidir, pode ser que a escola esteja aberta e depois de três meses tenha que fechar devido a um novo surto, mas a criança já terá seu material para trabalhar em casa”, argumentou.

O diretor da Unicef acredita que com medidas de biossegurança é possível voltar às aulas presenciais.

“As consequências negativas da não abertura são superiores ao risco de abertura de escolas” devido aos efeitos a longo prazo para as sociedades no seu desenvolvimento, sublinhou.

Gough explicou que o confinamento é sinônimo de uma maior carga de trabalho para os pais, já que precisam cuidar da criança.

“As escolas são espaços para a saúde mental. Estar confinado, principalmente para as crianças, o impacto mental é enorme porque elas não têm espaço para correr. Elas não podem ficar apenas sentadas, precisam de um espaço para recreação”, acrescentou Gough.

Segundo relatório do Unicef, o fechamento de escolas no pior momento da pandemia prejudicou 90% dos estudantes em todo o mundo.

O estado do Amazonas anunciou nesta quinta-feira (14) um toque de recolher de 10 dias devido ao colapso do seu sistema de saúde causado pela pandemia de Covid-19, que deixou os hospitais sem oxigênio para os pacientes.

"Há um colapso no atendimento de saúde em Manaus", reconheceu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, lembrando que a região foi uma das mais afetadas em abril passado, no começo da pandemia.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram pessoas levando cilindros de oxigênio para os hospitais e pacientes reclamando da falta de atendimento médico. "Acabou o oxigênio e algumas unidades de saúde viraram uma espécie de câmara de asfixia", declarou à AFP Jessem Orellana, da Fundação Fiocruz-Amazônia.

"Aqui não tem leito vazio, nem oxigênio, nada, a gente tá só na fé", disse Luiza Castro, moradora da capital amazonense. "Estamos no momento mais crítico da pandemia", disse o governador do Amazonas, Wilson Lima.

A Amazônia "produz quantidades significativas de oxigênio, mas hoje nosso povo precisa de oxigênio e solidariedade", afirmou, acrescentando que vários pacientes serão transferidos para outros estados.

Cerca de 400 cilindros de oxigênio foram entregues por militares nos últimos cinco dias para atender à demanda. O toque de recolher será aplicado a partir de sexta-feira (15), das 19h às 06h.

O Brasil enfrenta o agravamento da pandemia, que já deixou mais de 205 mil mortos, um balanço superado apenas pelos Estados Unidos.

A média nacional de óbitos é de 98 por 100.000 habitantes, mas no estado do Amazonas chega a 142/100.000. Apenas Rio de Janeiro (158) e Brasília (145) o superam.

O Brasil se prepara para iniciar sua campanha de vacinação contra a covid-19 provavelmente a partir deste mês. Segundo dados de Manaus, a cidade registrou o quarto recorde diário consecutivo de enterros: 198 pessoas foram sepultadas na quarta-feira, sendo 87 por covid-19.

Após um dia de caos na saúde e que acarretou em 51 mortes nas últimas 24 horas em Manaus, capital do Amazonas, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) fez uma convocação, pelo Twitter, aos integrantes do Congresso Nacional, para interrompam as férias em prol de “salvar vidas”.

Na sua conta, o democrata disse que defende a volta às atividades parlamentares na próxima semana. “Está na hora de todas as forças se unirem para salvar vidas. É fundamental - como defendi em dezembro com outros parlamentares - que o Congresso retome suas atividades na semana que vem”, escreveu.

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Ao mencionar o dia caótico que Manaus viveu hoje, o presidente da Câmara criticou a “agenda negacionista”. “A falta de oxigênio em Manaus, o atraso na vacina, a falta de coordenação com estados e municípios são resultado da agenda negacionista que muitas lideranças promovem”.

 

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