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A deputada estadual Priscila Krause (DEM) criticou a ausência de representantes de Pernambuco no encontro dos governadores eleitos e reeleitos com o futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL), nesta quarta-feira (14), em Brasília. Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa (Alepe), Priscila disse que no “momento crucial” de transição dos governos era necessário que o governador Paulo Câmara (PSB) e a vice-governadora eleita, Luciana Santos (PCdoB), desmontassem o palanque e mostrassem que o “bem dos pernambucanos” está acima de tudo.

Paulo está de férias e em viagem pelo exterior e quem representou os Estados do Nordeste no encontro foi o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). “Reconheço a existência do Fórum dos Governadores do Nordeste, mas não quero que Pernambuco seja representado pelo governador do Piauí, nada contra Wellington Dias. Eu não votei nele, mas temos um governador eleito. Não queremos que Pernambuco seja, em momentos cruciais, representado por Wellington Dias, mas pelo governador e vice-governadora eleitos pela maioria dos pernambucanos”, ressaltou Priscila.

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Pouco antes, a deputada disse que a postura colegiada da não estar presente é equivocada. “Todos nós sabemos que o governador, de forma legítima, está de férias, mas tem uma vice-governadora eleita e a decisão de não ir à essa reunião acredito que não é essa a melhor das opções neste momento. A vice-governadora disse que essa era uma reunião político-partidária e por isso não ia. Ela está equivocada. Foi um movimento de baixo para cima, para levar os anseios e problemas dos Estados, tendo a perspectiva de que há hora para tudo, principalmente para desmontar os palanques”, disse.

Na ótica de Priscila Krause, “o Nordeste precisa de posturas republicanas e de governantes que coloquem a necessidade da população acima das diferenças”. “É muito ruim para gente começar desta forma. Não custaria absolutamente nada esse gesto que não seria visto como adesão ou subserviência, mas como sinalização de que o bem dos pernambucanos está acima das diferenças”, salientou a democrata.  

Em resposta a Priscila, o líder da bancada governista Isaltino Nascimento (PSB) disse que a reunião não foi convocada por Jair Bolsonaro, o que mostra a “falta de disposição dele assumir a responsabilidade”.

“O Fórum dos governadores do Nordeste é legítimo. O que está acontecendo é um encontro convocado por um Fórum Nacional de Governadores que não existe. Três eleitos tomaram a decisão, de cima para baixo e não de baixo para cima, convocar os governadores para conversar sobre o diagnóstico do país… Mas eles nem tomaram posse ainda, não sabem da realidade dos Estados”, considerou Isaltino.

“Se ele quisesse, de fato, escutar os governadores, deveria ele mesmo ter convocado essa reunião. Aí sim caberia, na minha ótica, a presença formal de um representante de cada Estado. O governo Jair Bolsonaro não quer se comprometer… Esse caminho que o presidente da República não assume responsabilidade e testa na imprensa que vai fundir ministérios, depois que vai acabar ministérios; fica testando, fazendo um vai e vem, sem saber o rumo, é um caminho difícil. Esse não é um Estado qualquer”, completou o líder do governo.

O maracatu de baque virado está prestes a ganhar mais uma honraria. O projeto da deputada Luciana Santos, que pretende instituir o dia 1º de agosto como Dia Nacional do Maracatu, foi aprovado, na última quarta (7), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora, a instituição da data depende apenas da aprovação do Senado.

Segundo o relator da CCJ, Rubens Pereira Junior, a data de alcance nacional deverá promover o reconhecimento da  importância dos maracatus por se tratarem de uma das expressões culturais mais tradicionais do país.

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O dia 1º de Agosto, que em Pernambuco já é comemorado como Dia Estadual do Maracatu, foi escolhido por ser o dia do nascimento do Mestre Luiz de França, importante maracatuzeiro que comandou a tradicional nação Leão Coroado por mais de três décadas. Agora, o projeto segue para apreciação do Senado para instituição da data comemorativa.

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A reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) vai possibilitar a Pernambuco um marco: ter a primeira vice-governadora da história do Estado. Com a mudança de mandato, em 1º de janeiro de 2019, quem assume a vaga agora ocupada por Raul Henry (MDB) é a atual deputada federal Luciana Santos (PCdoB). Aos 52 anos e formada em engenharia elétrica, a comunista disse que pretende pautar a atuação pela “lealdade, colaboração e espírito público”, mas além disso que sua intenção é ser “soldado” em defesa da ampliação e transversalidade das políticas públicas voltadas para a mulher.

Com um perfil feminista e encarando com “entusiasmo” o protagonismo conquistado, Luciana afirmou que pretende se empenhar dobrado como vice-governadora. “[As pernambucanas podem esperar] um empenho dobrado meu, no sentido de garantir que a política pública da emancipação feminina, tudo que diz respeito a garantia de direitos, qualidade de vida das mulheres e enfrentamento a desigualdade ganhe mais contornos de transversalidade e perpasse todas as secretarias, que se possa construir uma cultura de olhar mais voltado para mulher em cada contexto”, comprometeu-se.

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Na ótica da política, “a autonomia financeira [das mulheres] é por onde a gente deve seguir como carro chefe”. “Autonomia financeira garante autonomia às mulheres, mas desde Eduardo [Campos] que há um acúmulo grande de avanços e conquistas, precisamos cada vez mais acompanhar o plano integrado de saúde da mulher, Pernambuco é pioneiro na Mãe Coruja, que garantiu um índice de mortalidade materna menor, e virou um programa nacional, hoje é o rede cegonha. Então, as pernambucanas podem ficar certas de que vão encontrar na vice-governadora um soldado para tudo o que diz respeito aos direitos da mulher”, garantiu.

A pauta da mulher, contudo, não é o único foco de Luciana Santos. A vice-governadora eleita, que já foi prefeita de Olinda por dois mandatos e deputada estadual, também afirmou que quer continuar atuando nas questões estruturantes do Estado, no diálogo com os movimentos sociais e no planejamento tecnológico a longo prazo e médio prazo.  

“Já fui gestora em Olinda, mas é diferente partilhar a gestão de um Estado inteiro. Vou aprender muito e poder ter o olhar voltado para o futuro, pensar em ações estratégicas para Pernambuco, que conseguiu se inserir nas diversas categorias econômicas brasileira, mas precisamos qualificar mais os pernambucanos e pernambucanas para a dinâmica que virá em função de um monte de fatores do sistema industrial brasileiro que tende se inovar. Além disso, quero participar de questões estruturantes, o que já faço como deputada”, observou.

Desafios de Pernambuco e do país

Prestes a ingressar na gestão estadual, Luciana fez projeções para o segundo mandato de Paulo Câmara e afirmou que ele pode se consolidar como o governador que garantiu o abastecimento hídrico para todo o Estado. “Ele pode consolidar essa marca, como se doutor [Miguel] Arraes fosse a luz para os pernambucanos e Paulo a água. Podemos consolidar algumas marcas neste novo governo”, ressaltou.

Entretanto, para conquistar essas marcas, a presidente nacional do PCdoB reconheceu que não será do dia para a noite, porque vai depender também do cenário nacional.

“Tenho pela consciência dos desafios que a gente tem, como vice-governadora procurarei me marcar pela lealdade, a colaboração, o espírito público e a consciência de que vamos atravessar uma maré difícil, porque mesmo que Fernando Haddad ganhe, e vamos lutar para garantir isso, não será uma coisa simples o cenário econômico e político que vamos enfrentar dada a radicalização política e ideológica que vemos no país, desde a deposição da presidenta Dilma para cá. É um ambiente ainda muito radicalizado que precisa ter espírito para afirmar a institucionalidade e saber que a retomada do crescimento do Brasil não será no piscar de olhos”, considerou Luciana.

Presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos emitiu uma nota, na manhã deste sábado (1º), criticando a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de indeferir o registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao comando do Palácio do Planalto. No texto, a dirigente comunista diz que a decisão do TSE se deu em “consonância com o padrão de parcialidade e perseguição política que marcou todo o processo da sua condenação e prisão”. 

“Os ministros do TSE, em vez de fazerem valer a Justiça com base na Constituição Federal, deliberadamente fecharam os olhos para o fato de que os julgamentos, em primeira e segunda instâncias, se deram pela prática de um verdadeiro Estado de Exceção, uma vez que Lula foi condenado sem provas e apenas com base em declarações de criminosos confessos, beneficiados pela lei das delações premiadas”, salientou Luciana, que é candidata a vice-governadora de Pernambuco na chapa que busca à reeleição do atual governador Paulo Câmara (PSB).

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O PCdoB deve ocupar o lugar de vice na coligação assim que os imbróglios jurídicos sejam concluídos. Apesar do TSE ter dado o prazo de 10 dias para a substituição do candidato, o PT disse que vai recorrer da decisão e a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) não deve assumir neste mesmo prazo o posto de vice. 

Ainda na nota, Luciana Santos aponta que a Justiça Eleitoral ignorou “o próprio texto da Lei da Ficha Limpa, que afirma que inelegibilidade pode ser suspensa enquanto houver recurso plausível a ser julgado” e recrimina a postura de proibir que Lula apareça nas propagandas na televisão.

Falando em “violenta e injusta impugnação”, a presidente do PCdoB também ponderou que a resposta do indeferimento virá das urnas. “A luta política e jurídica prossegue, mas a resposta que o povo brasileiro certamente dará a essa violência contra a democracia sairá de uma vigorosa campanha eleitoral para eleger, em 7 de outubro, a chapa presidencial liderada por Lula, com ele candidato ou não”, frisou. 

Veja a nota na íntegra:

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, de excluir o candidato favorito para vencer as eleições presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se deu em consonância com o padrão de parcialidade e perseguição política que marcou todo o processo da sua condenação e prisão. Consequentemente, este dia 1º de setembro de 2018 entra para a história brasileira como mais uma data de ultraje à democracia e de violência contra a soberania do voto povo popular.

A decisão de impugnar a candidatura de Lula, da coligação PT-PCdoB-Pros se deu com o único voto dissidente do ministro Luiz Edson Fachin. Os demais ministros seguiram o relator, Luiz Roberto Barroso, que desqualificou por completo a decisão cautelar do Comitê de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) de manifestar expressamente a defesa dos direitos políticos do ex-presidente, o que inclui a candidatura presidencial. Ignorou, ainda, o próprio texto da Lei da Ficha Limpa, que afirma que inelegibilidade pode ser suspensa enquanto houver recurso plausível a ser julgado. 

A maioria da corte eleitoral também ignorou os pronunciamentos de um conjunto de juristas e outras personalidades representativas, em âmbitos nacional e internacional, a favor do cumprimento das normas do Estado Democrático de Direito. 

Os ministros do TSE, em vez de fazerem valer a Justiça com base na Constituição Federal, deliberadamente fecharam os olhos para o fato de que os julgamentos, em primeira e segunda instâncias, se deram pela prática de um verdadeiro Estado de Exceção, uma vez que Lula foi condenado sem provas e apenas com base em declarações de criminosos confessos, beneficiados pela lei das delações premiadas.

Uma vez mais se desrespeitou o devido processo legal. Isso ficou patente na recusa do TSE de assegurar à defesa o direito de cinco dias para fazer as alegações finais sobre o processo, prerrogativa admitida até pela presidenta da corte, ministra Rosa Weber. 

Ao indicar as consequências da violenta e injusta impugnação, a maioria dos ministros, como argumentou a defesa, desconheceu, de forma casuística, o precedente de mil e quinhentos casos de candidatos que, de 2010 para cá, mesmo sub judice, concorreram até o final do processo eleitoral, participando inclusive do horário eleitoral no rádio e na televisão. Às pressas, se instituiu um novo entendimento sobre o que é um candidato sub judice e, de pronto, o ex-presidente Lula teve a sua candidatura cassada. E como candidato não poderá participar da propaganda no rádio e na televisão, mesmo tendo direito a recursos. Neste quesito, houve o voto divergente da ministra Rosa Weber. 

A luta política e jurídica prossegue, mas a resposta que o povo brasileiro certamente dará a essa violência contra a democracia sairá de uma vigorosa campanha eleitoral para eleger, em 7 de outubro, a chapa presidencial liderada por Lula, com ele candidato ou não. 

Recife, 1º de setembro de 2018

Luciana Santos – presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Candidato à reeleição, o governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) foi à Mata Sul do Estado, na noite desta terça-feira (21), onde visitou os municípios de São Benedito do Sul e Jaqueira. Ao lado dos colegas de chapa, Luciana Santos (PCdoB), vice, e Humberto Costa (PT), senador, o pessebista participou de mais duas rodadas do Prosa Política, evento organizado pelo seu partido. Nos locais, Paulo destacou a importância das futuras parcerias com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é candidato à Presidência, para levar mais desenvolvimento para a região.

"Com Lula ao nosso lado, vamos fazer muito mais pela Mata Sul. Ele foi um grande parceiro de Eduardo Campos, o maior governador da história do nosso Estado, e estará, junto comigo, trazendo mais desenvolvimento, emprego e renda para a população que vive nesta região. Vamos vencer esta eleição lá, em Brasília, com Lula, e aqui, em Pernambuco, com a Frente Popular", cravou o governador.

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Na sequência, ele pontuou que a pavimentação desse desenvolvimento já foi iniciada com os investimentos realizados na educação oferecida aos jovens da região. 

"Apostamos muito na Educação como o melhor meio de transformar a sociedade. E não é diferente aqui na Mata Sul. Já somos os primeiros colocados no Brasil, mas queremos que os estudantes daqui nos ajudem a avançar  ainda mais. O Estado vai continuar presente, garantindo que cada vez mais pernambucanos tenham a oportunidade de realizar seus sonhos", ressaltou.

Em São Benedito do Sul, o prefeito Júnior Amorim agradeceu as parcerias realizadas com o governador Paulo Câmara e defendeu o voto fechado na majoritária da Frente Popular. Já em Jaqueira, o prefeito Marivaldo Andrade frisou que não há outro grupo com mais identificação com o povo do que a Frente Popular. "Muito pelo contrário. Tem uma turma aí que andou com o atual presidente, fazendo maldades com a população. A população não é besta e vai escolher direito, vai escolher o caminho certo. Vamos à vitória! A vitória de quem tem legitimidade para representar o povo", afirmou.

*Da Assessoria

A expectativa de aumento da participação da mulher na política é cada vez mais evidente e, este ano, o país tem nas disputas estaduais 25 candidatas a governadora e 67 postulantes a vice. Delas, na disputa pelo Governo de Pernambuco tem cinco candidatas, duas concorrem ao posto de chefes do Executivo - Simone Fontana (PSTU) e Dani Portela (PSOL) -,  já as outras três - deputada federal Luciana Santos (PCdoB), a ex-vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) e a educadora social Gerlane Simões (PCB) - buscam ser eleitas como vice nas chapas. 

O quadro pernambucano é positivo, se considerarmos os dados 2014 e 2010, quando nenhuma mulher concorreu a governadora. Já para as vagas de vice, na última eleição duas candidatas estavam na disputa e, em 2010, quatro das seis postulações eram femininas.  

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“O número de mulheres que estão candidatas agora ainda é insuficiente? Sim é, Pernambuco é uma das capitanias hereditárias políticas onde isso é muito marcante. São os mesmos grupos e famílias que vão se revezando e, nesse espaço, quando se fala de novo é o filho de alguém que se candidata. Porém, este ano você tem mulheres fortes na disputa, como Luciana Santos e Isabella de Roldão, entrando na chapa de vice para dar uma cara feminina. E o PSOL que vem com todas as candidaturas majoritárias feministas”, ponderou Dani Portela. 

Para Luciana Santos, que está na chapa do governador Paulo Câmara (PSB), o cenário em Pernambuco é reflexo da “tradição de luta feminina” que o Estado tem. “Isso tem consequências também na política”, observou a deputada federal. 

“Ter mulheres em espaços de decisão e de poder sempre é muito importante e significativo, incluindo aí os espaços ligados à política. O Executivo tem características especiais, é ali que a gente se depara com questões mais práticas, que tocam a vida dos cidadãos no dia-a-dia. Um olhar feminino sobre as políticas públicas e na definição de quais são prioritárias é importante, traz para o Poder Executivo o olhar de 51% da população, as mulheres, que precisam ser mais ouvidas e consideradas”, completou Luciana. 

Apesar de estudiosos apontarem  que a mudança na questão de gênero com o resultado do pleito não deve ser significativa, o número de candidaturas de mulheres à vice-governadoras, por exemplo, cresceu. O número deste ano representa 37,6% do total enquanto em 2014 o percentual era de 27,7% e, em 2010, 19,5%. 

A crescente foi considerada positiva por Dani Portela. “Acredito que 2018 é o ano da participação da mulher na política. Temos uma desigualdade muito grande no acesso das mulheres aos mandatos Legislativos e Executivos isso torna ilegítima a representatividade nessas Casas. É hora da virada. [...] É hora da mulherada acordar e nós não recuaremos”, cravou a candidata do PSOL a governadora. 

Cotas femininas

Outro aspecto que deve ser considerado quando se trata da candidatura de mulheres é a legislação eleitoral que tem sido modificada, nos últimos anos, no sentido de tentar incentivar ainda mais o ingresso delas seja no Executivo ou no Legislativo. A partir desta eleição, por exemplo, o fundo de financiamento público eleitoral que destina R$ 1,7 bilhão as campanhas dos partidos, destinará R$ 510 milhões exclusivamente para candidaturas femininas. 

Presidente nacional do PCdoB, ao ser questionada se o fato influenciava nas composições das candidaturas e chapas, Luciana Santos disse que sim, mas ponderou “não ser determinante”. “É preciso considerar também que as mulheres já são mais de 40% da população economicamente ativa, a maioria nas universidades, 1/4 entre chefes de família, e portanto têm uma participação objetiva na construção da Nação. Mostramos que somos capazes; onde a gente tem papel público provamos nossa capacidade e construímos nosso próprio espaço”, argumentou. 

A determinação da Lei foi considerada como um “estímulo importante” para Isabella de Roldão, que é vice na chapa do ex-deputado Maurício Rands (Pros). “Os estímulos positivos são sempre importantes. A gente ainda precisa deles. Se não existisse a lei da cota, por exemplo, os homens continuariam dominando a política. Hoje ainda dominam, mas a gente sabe que esse espaço para mulheres existe muito em decorrência de exigência legal. Não é isso que desejamos, não queremos viver na sociedade onde as mulheres só tenham espaço por conta de exigência legal, mas enquanto isso não acontece é óbvio que é importante”, salientou a pedetista. 

Vice e o discurso machista

Quanto ao discurso que aponta as mulheres vices de governos comandados por homens como agentes públicos “meramente figurativos”, tanto Luciana quanto Isabella foram críticas e pontuaram que a postura é de “quem não compreende o papel público”. 

“Embora ter mulheres na política não seja exatamente uma novidade, e de não nos faltar exemplos de mulheres incríveis como Adalgisa Cavalcante, Julia Santiago ou Cristina Tavares, só para citar algumas pernambucanas que abriram caminho nessa frente; muita gente ainda prefere se apegar a estereótipos para justificar posições preconceituosas ou atrasadas. Os tempos mudaram e há muito tempo o papel da mulher na sociedade, enfrentando as mais diversas barreiras, é de resistência, protagonismo e participação”, disse a comunista, em uma postura contundente.

Corroborando, Isabella de Roldão disse que retóricas neste sentido são “extremamente machistas quando se colocam sobre o sexo feminino”, já que o título de figurativo já é atribuído ao cargo de vice normalmente. 

“Temos que perceber como o discurso ainda é machista e a visão é arraigada nesse  contexto. É um processo de construção, este ano a eleição vai ter uma discussão de gênero grande e isso está na pauta. Está muito em evidência nos espaços. A violência nacional é muito grande e a gente precisa trazer essa pauta dos espaços e do respeito a mulher, isso tem que ser discutido pelas mulheres. Devemos participar disso e os homens podem continuar óbvio. A pauta feminista não é para dizer que somos melhores do que os homens, mas dizer que temos capacidade. Eu posso me representar”, cravou a pedetista.

A tese de “unidade dos partidos de esquerda” em Pernambuco predominou entre os discursos do governador Paulo Câmara (PSB) e dos seus aliados durante a convenção da Frente Popular, neste domingo (5), no Recife. Apesar de estar sem o PDT no palanque, uma vez que a legenda deve integrar uma nova chapa ao governo que pode ser anunciada ainda hoje, Paulo disse que a coligação formada entre PCdoB, PSB e PT - e outros nove partidos - “reorganizou a esquerda” no Estado e vai “resgatar” investimentos proporcionados entre 2003 e 2011, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva governou o país. 

“Unimos a esquerda e agora vamos trabalhar por um Pernambuco mais junto. É preciso resgatar esses valores, o Brasil tem muito o que fazer”, salientou o governador, pontuando que a gestão do presidente Michel Temer (MDB) “não olha para os Estados mais pobres”. 

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A união dos partidos de esquerda é uma bandeira levantada pelo PT desde que anunciou a pré-candidatura de Lula à Presidência, pleito que também foi enfatizado por Paulo Câmara. O pessebista ponderou o desejo de “calar a voz” do líder-mor petista e disparou: “Pernambuco não vai deixar”. 

“Pernambuco tem gratidão e sabe o que Lula fez pelo nosso Estado. Então é uma hora importante nessa unidade da Frente Popular e das esquerdas na defesa de Lula, que sabe  muito bem onde quer chegar e do lado que estamos. É hora de saber quem está do lado do povo e quem está do lado do Temer”, observou. 

O senador Humberto Costa (PT), que concorrerá à reeleição pela Frente Popular, também enalteceu a aliança. “o PT chega com algumas dificuldades e problemas, mas certamente serão todos superados. Fizemos uma unidade acima de tudo pelo Brasil. Esse é o palanque que apoia Lula e vai nos ajudar a superar este momento difícil, com este governo incompetente de Michel Temer e levar Lula para um novo mandato”, frisou. 

A deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos reforçou a tese da unidade. “Nos unimos para superar desafios e fazer um Pernambuco próspero, forte e impulsivo. É por isso que também em Pernambuco tivemos um grande marco de prosperidade e progresso, que foi uma aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva e o ex-governador Eduardo Campos. Esse foi um tempo que Pernambuco  mudou sua matriz econômica, cresceu e possibilitou mudanças sociais”, rememorou.  

Sem o PDT

No fim da convenção, o governador foi questionado pela imprensa sobre como via a ausência do PDT na Frente Popular e a criação de uma nova chapa onde o partido deve ser um dos protagonistas. Paulo disse que estava tentando ainda reverter o quadro. 

“Vim para cá eles ainda estavam debatendo. Estamos tentando conversar com eles, se tivermos êxito bem, se não vamos disputar”, resumiu-se.

Nos bastidores, já é certo de que o êxito do governador com a articulação junto aos pedetistas não virá.  De acordo com informações da Agência Estado, a chapa tendo o PDT como protagonista está sendo formada junto com o Pros e o Avante. A expectativa é de que eles apresentem o advogado e secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Maurício Rands (PROS) como candidato a governador e o advogado Túlio Gadêlha (PDT), deve o vice. 

A composição ainda deve contar com o deputado federal Silvio Costa (Avante) como candidato ao Senado. 

O PCdoB de Pernambuco deve oficializar, na manhã deste domingo (5), a indicação da deputada federal e presidente nacional da legenda, Luciana Santos, para concorrer como candidata a vice-governadora na chapa do governador Paulo Câmara à reeleição. A homologação acontece na convenção estadual do partido, que está sendo realizada no Recife.

Durante o encontro os comunistas também devem reforçar a participação na coligação da Frente Popular de Pernambuco, bem como suas candidaturas a deputado federal e chapa de candidatos a deputados estaduais.

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De acordo com a direção, as deliberações serão mediante voto aberto, único e intransferível, por maioria simples dos presentes.

O resultado oficial da convenção deve sair por volta das 12h. Em seguida, Luciana participará, já como postulante à vice de Paulo, na convenção da Frente Popular que se estenderá até as 17h, no Clube Internacional, área central do Recife.

A deputada federal vai substituir o atual vice-governador, Raul Henry (MDB), que abriu mão da vaga na majoritária para que o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB) disputasse uma cadeira no Senado. Henry será candidato a deputado federal.

Com a proximidade do início das convenções partidárias, o pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, tem tentado garantir eventuais alianças em torno do seu nome, inclusive de partidos do campo de esquerda que também vão disputar o comando do Palácio do Planalto. Neste sentido, o presidenciável procurou, nesta terça-feira (17), a presidente nacional do PCdoB, deputada federal Luciana Santos (PE), para, segundo ele, relatar o andamento da construção do seu plano de governo. 

Os dois se reuniram durante uma passagem rápida de Ciro pelo Aeroporto dos Guararapes, no Recife. “Informei aos companheiros do PCdoB todos os últimos passos que tenho dado em direção a construir as bases de um novo projeto nacional de desenvolvimento. Deles ouvi novamente a ponderação pela unidade do campo progressista”, observou Ciro, em publicação nas redes sociais.

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Além de Luciana e Ciro, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi; o ex-prefeito de Olinda e membro da direção nacional comunista, Renildo Calheiros, e o presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, a quem Ciro chamou de “um dos melhores quadros da vida nacional”, também participaram da reunião. 

Ciro tem tentado garantir unidade em torno da sua candidatura. Ele aguarda a posição do PSB sobre apoiá-lo ou subir ao palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Junto ao PCdoB, o presidenciável busca o alinhamento caso ele siga para um eventual segundo turno. 

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) comentou o fato do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), arquivar a Medida Provisória 814 que trata da privatização da Eletrobras. Para ele, a ação é “um sintoma que mostra que o governo está entregando os pontos no debate da privatização do setor energético”.

Danilo é contra a venda da estatal, que atinge as subsidiárias, entre elas, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Embora a MP tenha sido arquivada, o Projeto de Lei 9463 que também prevê a privatização da estatal continua em tramitação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. 

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Mesmo assim, o sentimento dos parlamentares no plenário, segundo Danilo Cabral, é que o governo não vai mais levar adiante. “É uma vitória da mobilização dos trabalhadores, das lideranças políticas e, sobretudo, de toda sociedade, que compreendeu que a venda da Eletrobras prejudica a população”, salientou.

Cancelamento do edital

Outra parlamentar contra a privatização é a deputada Luciana Santos (PCdoB). Nessa terça-feira (22), ela entrou com ação na Justiça para cancelar o edital de licitação do BNDES que busca contratar empresa para realizar o estudo de modelo para privatização da Eletrobras.  A ação popular foi protocolada no Rio de Janeiro e tem como coautores o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Urbanitários (STIU-DF), Fabíola Antezano, e o dirigente da Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil (Intersul), Lucio Pottmaier.

“O BNDES faz um movimento que desautoriza o Congresso Nacional quando inicia um processo sobre um tema que ainda está sendo debatido na Câmara, antes mesmo da sua aprovação ou rejeição. As declarações do presidente do BNDES em dizer que é necessário ganhar tempo e iniciar o estudo baseado na certeza de que o projeto será aprovado é um grande desrespeito ao Congresso e ao debate que aqui está sendo travado”, disse Luciana.

Partidos políticos com viés de esquerda realizaram, nesta quarta-feira (18), o lançamento da “Frente Ampla pela Democracia, Soberania Nacional e Direitos do Povo Brasileiro”. O ato ocorreu no Salão Nobre da Câmara dos Deputados e contou com a presença de líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PCB, PCO e PSOL.

Representantes da esquerda brasileira assinaram um manifesto que marca a união das forças políticas de oposição “em prol de um novo ciclo de democracia e progresso”. O evento foi marcado por duras críticas ao governo Temer e manifestações de apoio ao ex-presidente Lula, preso há pouco mais de 10 dias.  

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Para o senador Humberto Costa (PT-PE), o manifesto marca a união de partidos, entidades da sociedade civil, movimentos sociais, sindicatos, professores e artistas, em defesa do Estado de Direito. “Estamos aqui, com essa ampla frente, para fazer a defesa intransigente das liberdades democráticas, dos direitos políticos, de eleições livres, dos direitos sociais, da soberania e do patrimônio nacional e para o enfrentamento intransigente da violência disseminada pela extrema-direita”, afirmou.

A presidente do PCdoB, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), destacou a força que a união terá nas próximas eleições. “Os golpistas têm uma grande pedra no caminho, que é o voto. Nossa resposta mais contundente é a possibilidade de as forças partidárias que estão aqui, tenham a capacidade política de ter unidade de ação e derrotar a direita”.

Além de Humberto e Luciana, também marcaram presença no evento os presidentes, Carlos Lupi (PDT), Carlos Siqueira (PSB), Juliano Medeiros (PSOL), Gleisi Hoffman (PT) e o secretário geral do PCB, Edmilson Costa.

Por Fabio Filho

Recém filiado ao PCdoB, o ex-prefeito do Recife João Paulo passou a ficar mais perto de ocupar um posto na chapa majoritária da Frente Popular nas eleições deste ano. Entretanto, em conversa com o LeiaJá nesta quarta-feira (18), ele ponderou que não chegou à legenda comunista reivindicando candidatura e ainda vai se inteirar sobre as pretensões do seu novo partido para o pleito. 

Nos bastidores, o nome de João Paulo aparece cotado para ocupar a vaga de vice do governador Paulo Câmara (PSB), que disputará a reeleição, e a presidente nacional do partido, Luciana Santos, que vinha sendo citada como opção para o Senado, já admitiu a possibilidade de mudança e indicação do novo correligionário para a majoritária

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“No PCdoB eu não pedi absolutamente nada. Fui recebido como um grande companheiro e com grande carinho em todo o Brasil, um clima de alegria. E eu já deixei claro, não chego reivindicando candidatura nenhuma, nem estadual, federal, senador, vice ou governador. Sou um militante que quer contribuir com o processo, até sem ser candidato”, observou o ex-prefeito da capital pernambucana.

Questionado se aceitaria possíveis propostas para a disputa, João Paulo deixou claro que não tem pressa para decidir. “Não conversei com o pessoal [do PCdoB] sobre isso. Estou estressado com isso não, esse ano é mais complicado para mim até para pensar em candidatura. Estou concluindo o mestrado, no inglês e ensinando. Então se eu puder ajudar de alguma forma, a mais estratégica para o partido, e para o conjunto das nossas forças de esquerda, vou contribuir”, sustentou.

Apesar disso, João Paulo adiantou que pretende conversar sobre o assunto nos próximos dias com o ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, que é responsável pela tática eleitoral do PCdoB para este ano em Pernambuco. 

Presidente nacional do PCdoB, a deputada Federal Luciana Santos afirmou, nesta sexta-feira (6), que apoia a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não se entregar à Polícia Federal em Curitiba para o cumprimento da pena pela qual ele foi condenado. Para Luciana, se querem prender o líder-mor petista que façam com ele "nos braços do povo". 

"Ele não vai resistir à prisão, apenas não se considera culpado. Ele é injustiçado e vai se entregar por quê? Que prendam, mas ele será preso nos braços do povo", declarou a presidente, em conversa com o LeiaJá. 

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A deputada também salientou o que chamou de "posição arbitrária" do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, que determinou a prisão do ex-presidente. "Moro é uma mistura de vaidade e antilulismo. Não respeitou o processo legal e é arbitrário", destacou. 

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O mandado de prisão contra ele foi expedido por Moro nessa quinta-feira (5), menos de doze horas depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o  habeas corpus preventivo que poderia impedir a detenção dele até que o processo fosse concluído em todas as instâncias.

Uma das poucas representantes políticas no ato desta quinta-feira (15), no Recife, em protesto à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), foi a deputada federal Luciana Santos (PCdoB).  A comunista disse que o Brasil se tornou "o país do ódio e da intolerância" após o que chamou de "golpe" em referência ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff. 

A deputada falou que a vereadora foi uma das pessoas que resistiram ao golpe. "Após o golpe o Brasil [se tornou] o país do ódio, da intolerância, rasgaram a democracia e é por isso que em momentos como este que temos que nos agigantar. Marielle é parte da nossa luta", disse a parlamentar. 

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Luciana falou que assassinaram Marielle porque ela "incomodava". "De fato, foi um crime político porque foi praticado contra uma representante do povo legítima e negra, que incomodava muita gente. Foi um crime político pela força do estado militar do Rio de Janeiro", lamentou. 

Ela ainda pediu que uma comissão externa apurasse o que chamou de "execução" de Marielle. "Que essa luta prossiga. Aqui nas ruas de Pernambuco continuaremos firme na luta e fora Temer", concluiu.

A deputada federal Luciana Santos (PCdoB) foi uma das pessoas a discursar no final do ato contra a nova lei trabalhista nesta sexta-feira (10). A manifestação saiu da Praça do Derby, no centro do Recife, e seguiu até a sede do Ministério do Trabalho e Emprego, na Zona Norte do Recife. 

“Não é só em Pernambuco, é um ato num Brasil todo, uma luta contra uma sentença de morte que é a reforma dessa lei trabalhista”, disse Luciana. A parlamentar classificou a agenda do governo federal como “nefasta”.

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Além dela, representantes de centrais sindicais também discursaram para o público presente, sempre destacando a continuidade das lutas e manutenção de união entre categorias. A nova lei trabalhista passa a vigorar no próximo sábado (11).

Entre os participantes da manifestação, estavam representantes de categorias como policiais rodoviários federais, policiais civis, enfermeiros, rodoviários, funcionários do Departamento de Trânsito (Detran), funcionários da Chesf, entre outras. 

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou o anúncio da pré-candidatura do PCdoB à Presidência da República em 2018. Quem disputará o pleito pela legenda comunista é a deputada estadual Manuela D’Ávila (RS). Nas últimas eleições, o PCdoB tem firmado uma aliança com o PT para a disputa o que gerou a reação negativa do senador. Para o petista, a participação comunista com candidatura majoritária  “é um erro” e a “posição correta” seria “estar com Lula”.   

“Tenho muito respeito pelo PCdoB e por Manuela D’Ávila. Eles têm todo o direito de lançar candidato à presidência. Agora, eu acho um erro. Não estamos em um momento de normalidade democrática. Houve um golpe. Sou contra qualquer aliança com o PMDB e outros golpistas. Defendo uma aliança do nosso campo de esquerda. Acho que a posição correta seria o PCdoB estar com Lula desde agora defendendo sua candidatura”, cravou.

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Diante do cenário atual, Lindbergh disse que “só Lula pode parar essa destruição que está acontecendo no país”. “É por isso que tentam tirar Lula do jogo. É preciso de unidade dos setores de esquerda para garantir a candidatura e a vitória de Lula. Lançar candidatos no nosso campo, infelizmente, passa idéia de fragilização da candidatura Lula. O caminho correto é apostar na unidade”, frisou.

O nome de Manuela D'Ávila foi anunciado nesse domingo (5). É a primeira vez, desde a redemocratização, que o partido disputa o Palácio do Planalto. Mesmo com a crítica, a presidente nacional do partido, deputada Luciana Santos, disse que “não há um partido mais defensor do PT do que o PCdoB". "Nós queremos nos apresentar com mais força para ajudar o conjunto do nosso campo político a retomar a Presidência da República no ano que vem", explicou. 

O Maracatu é um ritmo afrobrasileiro originado no Estado de Pernambuco. Os sons do seu 'baque' formado pelo conjunto de alfaias, agbês e gonguês já influenciaram importantes movimentos musicais brasileiros, como o Manguebeat, inciado com Chico Science. Agora, esse som tipicamente pernambucano ganhou uma data comemorativa, válida em todo território brasileiro. 

A Comissão de Cultura aprovou nesta quarta-feira (4), por unanimidade, a criação do Dia Nacional do Maracatu. A proposta foi feita pela deputada Luciana Santos, que queria marcar o dia 1º de agosto como um dia especial em homenagem ao ritmo. Em Pernambuco, a data já é comemorada desde 1997.

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O dia foi escolhido em homenagem a Luiz de França, o 'Mestre Luiz', que comandou o Maracatu Leão Coroado, um dos mais mais importantes e tradicionais em atividade, por 40 anos. A deputada uniu ativistas e pessoas que participam do maracatu para reforçar sua importância cultural. "O Maracatu é uma das expressões culturais mais ricas do nosso país. É importante fazer valer a identidade do povo brasileiro e o fortalecimento dessas expressões”, comentou Luciana.

Diante da nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) que está em análise na Câmara dos Deputados, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) questionou, em entrevista ao LeiaJá, os fundamentos que foram usados como base para o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo ela, se a deposição era para combater a corrupção, Temer não deveria estar mais no comando do país. O peemedebista agora é acusado de obstrução de justiça e organização criminosa. 

“Quem olha para trás e observa que uma presidenta foi afastada por crime de responsabilidade com a acusação de pedaladas fiscais, quando se compara isso [com as denúncias contra Temer] fica chocante. Agora a denúncia é da própria Procuradoria [Geral da República], não veio de outra instituição não. Baseadas em provas cabais. Isso só revela que o impeachment de Dilma nunca teve o combate a corrupção como base, foi só pretexto. Se fosse para combater a corrupção Temer não poderia estar na Presidência”. declarou. 

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Sob a ótica da parlamentar, que também é presidente nacional do PCdoB - partido que defendeu ferrenhamente a ex-presidente na época no processo de impeachment, o que se vê hoje no país é um “retrato da ruptura democrática”, com a instabilidade entre as instituições e o desmonte do Estado. Para a deputada pernambucana, a segunda denúncia contra o presidente deve ser arquivada pela Câmara e a saída para a atual crise só será efetuada com as eleições de 2018. 

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Reforma política

A deputada acredita que a semana será de intensas articulações no Congresso Nacional para a aprovação da reforma política. O assunto que segundo ela deve ter um maior esforço é a criação do fundo público para o financiamento de campanhas. Para Luciana, a solução é a redução dos custos de campanha.

“Precisa se reduzir os custos de campanha, são inaceitáveis. Temos que criar mecanismos, já se tentou várias alternativas, mas o dinheiro de propaganda de TV e alguns outros custos permanecem muito altos. Criar um sistema de campanha eleitoral que reduza custos”, ressaltou. “Que se faça um convencimento de ideias, do corpo a corpo, em que se prevaleça as ideias. Nas últimas campanhas o que pesa é quem é mais marketeiro”, acrescentou. 

Entrando na disputa pela Presidência da República em 2018, o PCdoB terá que enfrentar o crescimento significativo das intenções de votos para o deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que aparece nas pesquisas ocupando o segundo lugar e derrotando, inclusive, nomes do PSDB

Questionada pelo LeiaJá se a evolução do apoio direcionado ao parlamentar, costumeiramente defensor de teses mais conservadoras, trazia alguma preocupação, a presidente nacional do partido e deputada federal Luciana Santos disse que sim e ponderou: “Ele é a política autoritária, conservadora e antidemocrática”.  

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“Preocupa muito porque, no bojo dessa crise política, estamos vendo no país uma radicalização política ideológica muito grande. Sou militante desde os tempos que fui estudante da UFPE, desde 84, e nunca vi nada contaminado por tanto ódio e intolerância”, observou, dizendo que apesar de o Brasil ser um país de muitos preconceitos, não “temos intolerância e radicalização que temos em várias partes do planeta, mas se não primarmos pela tolerância vamos viver este tipo de ambiente que seria um retrocesso grande”.

A deputada lembrou que o mesmo ambiente é visto em outras partes do mundo como a França, Alemanha e os Estados Unidos. E, segundo ela, existe uma necessidade latente de combater o autoritarismo pregado por políticos que se dizem apolíticos. 

“Jair Bolsonaro não tem nada de negação da política. É a política autoritária, conservadora e antidemocrática. Desconfiemos daqueles que se apresentam como candidato, mas dizem que não são da política”, ressaltou. 

“Uma coisa é você ser de direita outra é você ser de direita autoritária. Qualquer pensamento autoritário precisa ser derrotado. Autoritarismo, árbitro é o pior que pode existir. Você buscar a saída na base do arbítrio, na pancada, como se isso fosse resolver”, acrescentou Luciana Santos.

O PCdoB ainda não anunciou quem será o pré-candidato do partido para presidente. A expectativa, de acordo com Luciana, é de que isso aconteça em novembro deste ano. 

Presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE) confirmou que o partido deve lançar candidatura própria à presidência da República em 2018. Em conversa com o LeiaJá para a série Entrevista da Semana, a comunista destacou a necessidade de se construir uma frente ampla de esquerda para a disputa e previu que no congresso da legenda em novembro eles devem consolidar a proposta e divulgar quem encabeçaria a chapa. 

“Faz mais de uma no que estamos discutindo a possibilidade [de candidatura própria]. Exatamente para gente afirmar a nosso pensamento sobre o Brasil. Defendemos reformas estruturantes para que o Brasil tenha um novo projeto nacional de desenvolvimento. Somos convictos de que a saída para o país é o fortalecimento do Estado nacional. E para isso a melhor maneira é uma candidatura”, salientou. 

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Nos bastidores, o nome da própria Luciana surge como opção para o PCdoB. Questionada sobre isso, ela não negou a possibilidade, mas listou outras lideranças da legenda. “Nas reuniões se levanta o meu nome por ser presidente nacional do partido, mas ainda bem que nós temos muitos nomes de peso nacional”, disse citando a senadora Vanessa Graziotin (AM), as deputadas federais Jandira Feghali (RJ) e Manuela D’Avila (RS), além do ex-ministro Orlando Silva (SP). “Temos uns nomes no tabuleiro que podemos lançar mão e estamos tentando construir isso até o Congresso [em novembro]”, acrescentou.

Com a participação na disputa, a legenda comunista rompe a aliança que tem firmado nos últimos anos com o PT, que também deve concorrer ao cargo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar disso, a presidente disse que as pretensões do PCdoB são legítimas e defendeu que quanto mais candidaturas de esquerda melhor. 

“Desde a primeira candidatura de Lula em 1989, o PCdoB teve uma aliança básica com o Partido dos Trabalhadores. Nós, inclusive, defendemos a legitimidade da candidatura dele. Achamos que ele sofre uma caçada, muito mais pelo que ele representa no processo político do que por qualquer outra coisa, mas achamos que embora seja legítimo e a gente defenda, o PCdoB precisa mostrar sua própria cara”, destacou Luciana, lembrando que além do PT, o partido tem aliança firmada com o PDT que deve disputar com Ciro Gomes (CE).

“Não atrapalha em nada as nossas forças, pelo contrário. Ajuda o debate de ideias. Nenhum partido é dono do pensamento progressista de esquerda. Vai além dos partidos e é necessário que isso flua. Qualquer saída para o país tem que afirmar o pensamento, mas tem quer ser amplo. Defendemos uma frente ampla para construir um projeto de país”, destacou. 

PCdoB e as eleições em Pernambuco 

Luciana Santos também detalhou durante a entrevista ao LeiaJá às pretensões do partido em Pernambuco. Segundo ela, a legenda tem historicamente duas linhas de aliança no estado com o PSB e o PT, mas em termos eleitorais ela deve seguir o mesmo caminho que o PDT. Nos últimos dias, o governador Paulo Câmara (PSB) iniciou articulações para manter o PDT na base e, em consequência, o PCdoB. A deputada fez uma avaliação da gestão do governador, pontuou as dificuldades e também comentou sobre a possibilidade de reaproximação entre o PSB e os petistas.

Confira o vídeo: 

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