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Policiais federais cumprem nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro, oito mandados de busca e apreensão para apurar supostas tentativas visando prejudicar as investigações dos homicídios da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018. Segundo a Polícia Federal (PF), a apuração é sigilosa e os mandados foram autorizados pela Justiça.
 
A Polícia Federal começou sua apuração em novembro do ano passado, depois de receber denúncias de que agentes do estado estariam agindo para prejudicar as investigações do caso, a cargo da Delegacia de Homicídios da capital, da Polícia Civil. 

De acordo com a PF, os agentes federais não estão apurando a autoria ou motivação dos assassinatos, já que isso é responsabilidade da Polícia Civil. A PF informou que não vai se manifestar sobre sua investigação até que seja concluída.

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A Operação Facheiro I, da Polícia Federal (PF), erradicou 234 pés de maconha, 73 plantios e 59 mil mudas entre 5 e 13 de fevereiro. Com 40 policiais, apoiados por aeronaves e botes, a ação foi realizada em algumas ilhas do Rio São Francisco e em diversos municípios do Sertão pernambucano.

Os plantios foram encontrados em Orocó, Cabrobó, Belém do São Francisco e Santa Maria da Boa Vista, Salgueiro, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Betânia, Parnamirim, Ibó e Floresta. Para manter a produção, os suspeitos desenvolveram processos de irrigação. Com a destruição, 78 toneladas do entorpecente deixaram de circular. 

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A PF-PE garante que realiza levantamentos na região e acompanha o período de colheita para coibir a secagem, e a consequente distribuição da droga em Pernambuco e em estados vizinhos.


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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta quinta-feira (14) que as suspeitas de que, nas últimas eleições, o PSL repassou recursos eleitorais a candidatos "laranjas" são investigadas. Segundo ele, a apuração foi determinada pelo presidente da República e disse que as responsabilidades serão definidas.

"O presidente Jair Bolsonaro proferiu uma determinação e ela está sendo cumprida. Os fatos vão ser apurados e, após as investigações, eventuais responsabilidades vão ser definidas", disse o ministro após participar, em Brasília, de evento organizado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

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De acordo com informações publicadas na imprensa, o PSL é suspeito de repassar recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) a candidaturas de “laranjas”.

Em entrevista concedida à TV Record, Bolsonaro disse que apoia a investigação sobre filiados ao PSL, legenda do presidente, por suspeita de terem atuado de forma irregular.

O presidente reiterou que é uma “minoria” dentro do partido que está sob suspeita e que a Polícia Federal foi encarregada de acompanhar o caso. “O partido tem de ter consciência. Não são todos, é uma minoria. Logo depois da minha eleição, eu dei carta branca para apurar qualquer tipo de crime de corrupção e lavagem de dinheiro”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro pediu, em vídeo publicado em seu Twitter neste domingo, que a Polícia Federal acelere as investigações sobre a facada de que foi vítima ainda durante a campanha. Ele classificou o ocorrido como "ato terrorista" e pediu à polícia que "tenha uma solução para o caso nas próximas semanas", de forma a indicar quem foram os "responsáveis por determinar" que Adélio Bispo, autor da facada, cometesse o ato.

"Espero da nossa Polícia Federal, que nos orgulha a todos, que tenham uma solução para o nosso caso nas próximas semanas. Porque esse crime, essa tentativa de homicídio, esse ato terrorista praticado por um ex-integrante do PSOL, não pode ficar impune. Nós queremos e gostaríamos que a PF indicasse, obviamente com dados concretos, quem foi ou quem foram os responsáveis por determinar que o Adélio praticasse aquele crime lá em Juiz de Fora", disse.

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Bolsonaro ainda lembrou que está há duas semanas no hospital Albert Einstein. "Sabemos que pouca gente pode ter tratamento como esse, mas temos plena consciência de que nosso SUS pode melhorar muito. Tudo faremos para que isso se torne realidade", disse.

Ele também agradeceu a seus ministros, que, segundo o presidente, têm demonstrado "grande capacidade de se antecipar a problemas" e "ajudado a conduzir o Brasil de forma muito convincente".

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Policiais Federais prenderam em flagrante, na tarde dessa terça (5), um funcionário dos Correios que desviava encomendas oriundas do exterior. Em razão da função que desempenhava, na triagem de encomendas, o funcionário, que trabalhava em Florianópolis (SC), retinha para si as que lhe interessava.

Contando o apoio da área de Segurança dos Correios, foi possível apurar que os desvios devem ter se iniciado no mês passado, haja vista que desde a data de 25/01/2019 vinham sendo encontradas embalagens violadas no local em que o funcionário trabalhava.

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Em sua mochila foram encontradas oito encomendas postais ainda lacradas, contendo itens diversos, como por exemplo, três relógios. O preso foi autuado pelo crime de peculato, previsto no artigo 312 do Código Penal, cuja pena pode chegar a 12 anos de reclusão.

Da Agência PF

Um idoso de 66 anos foi preso após tentar sacar o benefício da aposentadoria utilizando documentos falsos em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), na sexta-feira (1º). Uma mulher que acompanhava o idoso fugiu do local.

A prisão foi feita por policiais militares do 25º Batalhão da Polícia Militar (PM) na agência da Caixa Econômica Federal de Jaboatão Velho. Audálio Alves de Oliveira apresentou documentos falsos em nome de Pedro Julião da Silva alegando que não teria sacado o valor do benefício nos dois meses anteriores porque estava muito doente. Após ser detido, ele foi encaminhado para a Polícia Federal, onde confessou ter conhecimento de que a documentação era fraudulenta.

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Audálio afirmou que a mulher que o acompanhava, e que fugiu ao perceber a detenção do idoso, foi quem providenciou toda a documentação para o saque. Ele receberia uma quantia em dinheiro não informada pelo serviço. O idoso diz que é a primeira vez que é preso aplicando este tipo de golpe. Ele pagou R$ 600 de fiança e responderá ao processo em liberdade.

Segundo caso - Outro caso semelhante chegou até a Polícia Federal no dia 23 de janeiro, sendo divulgado só nesta segunda-feira (4). Ademilson Bispo de Jesus, 52 anos, foi preso após tentar sacar um abono do PIS-PASEP em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

O suspeito também apresentou documentos falsos na Agência da Caixa Econômica Federal do bairro de Salgado. Ele pretendia retirar R$ 998 com uma carteira de habilitação em nome de Silvado Gomes da Silva. Quando a falsificação foi constatada, Ademilson ainda tentou deixar a agência, mas foi detido por vigilantes.

Ao ser feita uma busca no suspeito, a polícia encontrou a quantia de R$ 940 e um comprovante de saque de PIS em outra agência da Caixa Econômica Federal em nome de Lourinaldo Pereira da Silva, indicando que esta seria a segunda vez que ele tentava aplicar o golpe no mesmo dia.

O detido ainda tentou oferecer aos funcionários da Caixa Econômica um valor em dinheiro para ser liberado. No interrogatório, ele confessou saber que estava usando documento falso. Acrescentou não ter conseguido sacar também na primeira agência e que o valor encontrado seria para o pagamento de um cartão de crédito. Ele veio da Bahia para Caruaru há cerca de cinco dias.

Ademilson disse ainda que resolveu aplicar o golpe por ter cinco filhos para sustentar. Uma pessoa da Bahia teria providenciado toda a documentação. Ele pode receber uma pena de 20 anos de reclusão além de multa.

O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef/PR) afirmou, nesta sexta-feira, 1, "lamentar" a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, que determinou a soltura do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). O tucano foi preso pela segunda vez na sexta-feira, 25, na 58ª fase da Operação Lava Jato, por suposta participação em esquema de fraude na gestão das concessões rodoviárias federais do estado.

Esta é a segunda vez que Richa é solto. Ele chegou a ser encarcerado em setembro de 2018, em meio à Operação Radiopatrulha, que mirava supostos desvios em programa para a recuperação de estradas rurais do estado. Poucos dias depois, no mesmo mês, foi solto por ordem do ministro Gilmar Mendes.

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Para Noronha, a prisão de Beto Richa era precipitada e motivada por fatos praticados há mais de sete anos."Além disso, a realidade é outra, houve renúncia ao cargo eletivo, submissão a novo pleito eleitoral e derrota nas eleições. Ou seja, o que poderia justificar a manutenção da ordem pública - fatos recentes e poder de dissuasão - não se faz, efetivamente, presente", disse o presidente do STJ.

"Os policiais federais receberam a notícia com indignação, especialmente pela concessão adicional de salvo conduto em favor de Richa. Na avaliação dos policiais federais, além da clara possibilidade de o ex-governador exercer influência sobre as investigações, a medida revela o descompasso entre os profissionais de segurança pública e o Judiciário no combate à corrupção. O sentimento é de desmotivação", afirma o Sindpef.

O ex-governador do Paraná deixou por voltas das 10 horas desta sexta-feira, 1, o Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba.

Beto Richa deixou o governo do Paraná em abril do ano passado para disputar o Senado, mas não foi eleito.

A análise de riscos foi o que mais pesou na decisão da Polícia Federal (PF) de apontar a impossibilidade de conduzir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, falecido nesta terça-feira (29). Possibilidade de protestos pró e contra, atentados e atos políticos que fugissem ao controle das autoridades e colocassem em risco a segurança dos presentes foram elencados como motivos pelo setor de inteligência da PF.

Os riscos foram detectados em levantamento do Diretoria de Inteligência Policial (DIP) para levar Lula ao enterro de Vavá, nesta quarta-feira (30), em São Bernardo do Campo (SP), e foram um dos itens apontados pelo superintendente da PF no Paraná, delegado Luciano Flores de Lima, para comunicar em ofício à Justiça Federal o indeferimento do pedido. A falta de avião ou helicóptero para o traslado e ausência de tempo hábil para realizar a operação com segurança foram outros.

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O relatório da inteligência da PF levou em consideração as seguintes situações de risco: "1 - Fuga ou resgate do ex-presidente Lula; 2 - Atentado contra a vida do ex-presidente Lula; 3 - Atentados contra agentes públicos; 4 - Comprometimento da ordem pública; 5 - Protestos de simpatizantes e apoiadores do ex-presidente Lula; 6 - Protestos de grupos de pressão contrários ao ex-presidente Lula".

O documento entregue pelo setor de inteligência alertou o comando da PF sobre a necessidade de se considerar "a alta capacidade de mobilização dos apoiadores e grupos de pressão contrários ao ex-presidente", a "oportunidade para que o evento se transforme em um ato político, promovidos tanto por grupos favoráveis ou contrários, com a participação de um grande número de pessoas".

A mobilização petista quando Lula foi preso em abril de 2018 no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, foi citada ao abordar a possibilidade de "crises imprevisíveis" caso Lula estivesse próximo de "aglomerações".

"É importante que Lula seja mantido a longa distância de aglomerações, já que esse fato pode desencadear crises imprevisíveis, assim como os fatos que ocorreram quando de sua prisão, em abril de 2018", registra documento interno da PF.

O superintendente da PF no Paraná viu ainda a "ausência de policiais disponíveis" tanto da PF quanto da Polícia Civil e Polícia Militar de São Paulo "para garantir a ordem pública e a incolumidade tanto do ex-presidente quanto dos policiais e pessoas ao seu redor" e indeferiu o pedido feito pela defesa de Lula.

No início da tarde de ontem, o ministro Dias Tofoli, do Supremo Tribunal Federal, concedeu ao petista o "direito de se encontrar exclusivamente com os seus familiares, na data de hoje (quarta-feira), em Unidade Militar na Região, inclusive com a possibilidade do corpo ser levado a uma unidade militar, a critério da família".

Lula decidiu não ir ao encontro dos familiares. O advogado e amigo de Lula Manoel Caetano Ferreira, que estava com o ex-presidente no momento, afirmou que o petista considerou 'um vexame' a possibilidade de se encontrar com seus parentes "em um quartel". O advogado ressaltou que a "decisão foi inócua, proferida quando o corpo já estava baixando a sepultura, o enterro já estava acontecendo". "Então, a decisão não tem mesmo como ser cumprida".

"O ex-presidente não concordaria em se reunir com sua família num quartel, ele disse isso claramente. Seria um vexame, um desrespeito com a família que ele fosse se encontrar com a família, em um momento como esse, em um quartel", afirmou.

Antes da decisão do presidente da Suprema Corte, a ida de Lula ao velório do irmão havia sido negada pela juíza da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Carolina Lebbos, e pelo desembargador de plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), Leandro Paulsen.

A Polícia Federal (PF) divulgou o indiciamento de um ambulante acusado de atos de vandalismo nos trilhos do metrô do Recife. O homem de 19 anos colocou dormentes de madeira sobre os trilhos com o objetivo de causar um desastre ferroviário, concluiu a PF. O ambulante vai responder em liberdade.

O inquérito policial foi instaurado no dia 7 de novembro de 2018 com o objetivo identificar e responsabilizar comerciantes que, em agosto, teriam tentado paralisar o sistema de metrô após uma ação dos agentes de segurança da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) contra a venda de mercadorias em local impróprio. O ambulante, identificado apenas como Richard, foi indiciado na última quinta-feira (24).

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Segundo a PF, cada dormente pesa 100 kg e são necessárias quatro pessoas para carregar. No dia da confusão, o maquinista precisou parar o trem entre as estações Joana Bezerra e Recife para evitar um acidente.

Em depoimento, Richard afirmou que agiu com outros ambulantes após terem suas mercadorias apreendidas. Ele contou também que não foi sua a ideia de colocar as madeiras nos trilhos. O ambulante já foi apreendido quando era menor de idade por lesão corporal.

Richard foi indiciado pela prática do crime de perigo de desastre ferroviário, em virtude de impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro, colocando obstáculo na linha. Caso seja condenado, o vendedor poderá pegar penas que variam de dois a cinco anos de reclusão. Não se descarta a possibilidade de solicitação de prisão preventiva. A PF segue as investigações para identificar os demais envolvidos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, não pode mais receber visitas do ex-prefeito Fernando Haddad em qualquer dia da semana, nem se reunir mais com líderes religiosos toda tarde de segunda-feira, em sua cela especial na sede da Polícia Federal, em Curitiba.

Em decisão datada de sexta-feira passada, 25, a juíza federal Carolina Lebbos Moura endureceu as condições do ex-presidente no cárcere. O petista está preso desde 7 de abril do ano passado, cumprindo pena de 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex do Guarujá (SP).

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Responsável pela execução da pena de Lula, a juíza substituta da 12.ª Vara Federal acolheu parecer do Ministério Público Federal (MPF) e cassou os dois benefícios de que o petista gozava na prisão. Ela cancelou o direito especial para que Haddad fosse nomeado como defensor jurídico do ex-presidente - o ex-prefeito de São Paulo é bacharel em Direito - e ainda determinou que o petista terá direito a uma visita religiosa por mês, como os demais encarcerados que estão na PF.

A juíza escreveu que a "procuração outorgada a Fernando Haddad" data de 3 de julho de 2018 e confere poderes "amplos para atuação em juízo ou fora dele (extensão)" do ex-prefeito de São Paulo, "especialmente para a adoção das medidas necessárias para assegurar os direitos do outorgante na condição de pré-candidato à Presidência (finalidade)".

Segunda ela, sua nova decisão "se restringe à impossibilidade" de Haddad de visitar Lula "na qualidade de procurador" - o que lhe permitia ir até a carceragem todos os dias úteis da semana. "Efetivamente, se vislumbra o término da eficácia do mandato outorgado. Logo, não se pode autorizar a visitação do outorgado na condição de representante do ora apenado."

Na sequência, ela afirmou que, ainda "que se mantivesse a eficácia do mandato - o que se cogita exclusivamente para fins argumentativos -, não se identificou qual seria a necessidade e utilidade jurídicas de contato direto e constante de Fernando Haddad com o apenado".

Amigos

A partir de agora, Haddad poderá visita Lula somente às quintas-feiras. "Não há aqui vedação à visitação ao detento, desde que observado o regime próprio das visitas sociais."

Lula teve direito a condições especiais em sua cela improvisada na Polícia Federal em Curitiba - um antigo dormitório de policiais, com banheiro privativo e sem grades - a pedido do então juiz federal Sérgio Moro. Uma delas é o direito a receber visitas de amigos em dia especial. Toda quinta-feira, por uma hora, o petista pode ver dois amigos, meia hora cada.

Em seis meses de prisão, Lula recebeu 572 visitas em sua cela especial montada na PF. Haddad visitou 21 vezes o ex-presidente nesse período. Reunião com o ex-presidente, por exemplo, foi o primeiro compromisso de campanha do petista no segundo turno da eleição presidencial.

Religiosos

Lula também obteve no ano passado o direito de receber visitas religiosas toda segunda-feira. Nos seis primeiros meses, 17 líderes religiosos estiveram com o petista. O mais assíduo deles foi o pai de santo Antonio Caetano de Paula Júnior, o Caetano de Oxossi (3 visitas).

O Ministério Público Federal questionou em junho de 2018 a realização de visitas de caráter religioso "em dia e horário diversos da visitação comum" e afirmou que "tais visitas deveriam ocorrer na mesma data em que realizadas as demais".

A Polícia Federal informou à Justiça que foi dada permissão de visitação "uma vez por semana, às segundas-feiras, no período da tarde e por no máximo uma hora", por meio de "requerimento da defesa, com indicação do religioso". Explicou que os demais presos podem receber um padre "uma vez por mês, preferencialmente na primeira sexta-feira de cada mês".

Em sua sentença, a juíza escreveu que Lula tem recebido visitas "fora do serviço de prestação de assistência religiosa ofertado pelo estabelecimento prisional".

A magistrada escreveu ainda que nos seis primeiros meses da pena Lula recebeu visitas de líderes de "diversas religiões (frades, padres, freiras, bispos, pastores, monges, pais de santo, rabino)". "Tais circunstâncias comprovam não se cuidar de assistência religiosa, nos termos legais, mas de visitas de religiosos. Evidente o desvio da finalidade da norma."

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para afirmar que a decisão representa "perseguição sem precedentes". "Qual é o motivo de impedir advogados e religiosos de estarem com ele? Ódio, rancor, medo?'' As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal rastreou pagamentos de R$ 23,1 milhões da JBS a duas empresas do ex-ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). Os valores constam do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no âmbito do inquérito que investiga repasses de R$ 58 milhões pelos irmãos Wesley e Joesley Batista à Kassab e ao seu partido, o PSD. No documento, a PF diz ver indícios de lavagem de dinheiro.

Por meio de nota, Kassab afirma que 'as empresas prestaram os serviços, a preços de mercado, que estão documentados de forma robusta e consistente, em relação comercial iniciada em 2006 ainda com empresa que foi posteriormente adquirida pela JBS'. "Tais informações já foram apresentadas à investigação". Oex-ministro ainda 'reitera sua confiança na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, e entende que quem está na vida pública deve estar sujeito à especial atenção do Judiciário'. Kassab reforça 'estar à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários e ressalta, mais uma vez, que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público'.

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Nomeado secretário-chefe da Casa Civil pelo governador paulista João Doria (PSDB), Kassab se licenciou oficialmente do cargo nesta sexta-feira, 4, para se dedicar à defesa das acusações. Em acordo de delação premiada, o empresário Wesley Batista afirmou que Kassab recebeu uma mesada de R$ 350 mil da empresa entre 2010 e 2016, totalizando R$ 30 milhões, "em troca de eventual influência política futura em demandas de interesse da JBS". Já o executivo Ricardo Saud disse que a empresa repassou outros R$ 28 milhões ao PSD pela compra de apoio político acertada com o PT.

Segundo Wesley, os pagamentos a Kassab foram feitos de forma dissimulada através de notas fiscais falsas emitidas pela empresa Yape Assessoria e Consultoria Ltda., da qual Kassab foi sócio até 2014 e foi administrada por seus irmãos até janeiro de 2017, quando foi dissolvida. A partir da delação da JBS, o Coaf identificou uma série de transações financeiras suspeitas envolvendo a Yape Assessoria e a Yape Transportes, Comércio e Participações Ltda., outra empresa da família Kassab.

De acordo com o relatório da PF produzido a partir dos dados do Coaf, a Yape Assessoria recebeu R$ 16,9 milhões da JBS entre janeiro de 2013 e abril de 2017. "Verifica-se que a empresa JBS foi a principal fonte dos recursos movimentados pela Yape Consultoria no período pesquisado", aponta o relatório. Ao todo, a empresa de Kassab movimentou R$ 37,9 milhões no mesmo período. "Observa-se também que que a destinação desses valores foi pulverizada entre seus sócios", completa o documento.

Somente Kassab, segundo a PF, retirou R$ 1,26 milhão da Yape Assessoria e Consultoria nesses quatros anos. Já a Yape Transportes, que funciona no mesmo endereço, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo, recebeu ao menos R$ 6,15 milhões da JBS entre 2013 e 2016. O relatório destaca que entre os dias 7 e 8 de janeiro de 2013 houve um pagamento de R$ 300 mil da JBS à Yape Transportes e, na sequência, a empresa da família Kassab emitiu um cheque de R$ 230 mil ao ex-ministro.

A PF aponta que Kassab já havia recebido, entre julho e dezembro de 2012, ou seja, quando ainda era prefeito de São Paulo, R$ 920 mil das duas empresas da família. "No prosseguimento da presente análise, observou-se diversas ocorrências relativas a movimentações em contas titularizadas pelos sócios da empresa Yape Consultoria e Yape Transportes, quase todos parentes de Gilberto Kassab, com situações comuns e dignas de registro, pois indicativas, pelo menos em tese, de possível indício de lavagem de dinheiro".

À PF, Kassab e seu irmão Renato Kassab rebateram os delatores da JBS e afirmaram que suas empresas prestaram serviços de consultoria na área de transportes e de arrendamento de 30 caminhões para uma fábrica do grupo dos irmãos Batista na cidade de Lins, no interior paulista. A defesa de ambos chegou a mostrar troca de e-mails e plano de trabalho apresentados pela Yape à JBS.

Outros funcionários da JBS ouvidos pela PF afirmaram desconhecer qualquer contrato da empresa com a Yape Consultoria e confirmaram o contrato dos caminhões com a Yape Transportes. Apesar disso, José Roberto Aguera Tranjan Junior, ex-diretor de Transportes da JBS, disse em depoimento que, em 2013, chegou a falar com Wesley Batista que o contrato com a Yape Transportes, no valor de R$ 300 mil mensais, "não era necessário" e sugeriu sua rescisão, mas ouviu do dono da JBS que ele "deveria ser mantido", sem saber por qual razão.

Kassab foi alvo de buscas e apreensões em 19 de dezembro, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, foram encontrados R$ 301 mil em espécie no apartamento de Kassab, no bairro dos Jardins, zona sul paulistana. Após a operação, no dia 28, Kassab pediu a Doria licença antecipada do cargo de chefe da Casa Civil, que assumiria no dia 1º de janeiro. Ele assinou a posse, mas não foi ao evento para preservar o tucano. A licença só foi publicada nesta sexta-feira, 4, no Diário Oficial do Estado.

Com a palavra, Kassab

"Gilberto Kassab reafirma que as empresas prestaram os serviços, a preços de mercado, que estão documentados de forma robusta e consistente, em relação comercial iniciada em 2006 ainda com empresa que foi posteriormente adquirida pela JBS. Tais informações já foram apresentadas à investigação. Kassab reitera sua confiança na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, e entende que quem está na vida pública deve estar sujeito à especial atenção do Judiciário. Reforça estar à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários e ressalta, mais uma vez, que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público".

A Polícia Federal (PF) emitiu um alerta sobre o “Desafio Bird Box” ou “Desafio Caixa de Pássaros”, baseado no filme de sucesso instantâneo “Bird Box”, estrelado por Sandra Bullock e produzido pela Netflix. O desafio consiste em fazer atividades cotidianas de olhos vendados, assim como ocorre no longa metragem.

Segundo a PF, internautas estão começando a fazer desafios perigosos, como atravessar a rua e correr pela casa com venda nos olhos. “Os pais como sempre devem redobrar a atenção e estar atentos ao que os filhos estão fazendo ou sendo encorajados por terceiros para praticar tais desafios com o objetivo de evitar tragédias ou acidentes que coloquem em risco a vida de seus familiares, principalmente crianças”, diz nota da PF.

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Ainda conforme a polícia, dependendo da situação, quem incentiva ou induz tais práticas poderá ser responsabilizado por lesão corporal grave ou seguida de morte. As penas podem variar de um até 12 anos de reclusão.

A Netflix também se manifestou com relação ao desafio em suas redes sociais. “Não acredito que tenho que dizer isso, mas: por favor não se machuquem com este desafio Bird Box. Nós não sabemos como isso começou, e apreciamos o amor, mas Garoto e Garota têm apenas um desejo para 2019 e é que vocês não terminem em um hospital por causa de memes”, escreveu a empresa.

Com intuito de coibir qualquer tipo de ação terrorista durante a posse o presidencial, a Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), cumprem na manhã desta segunda-feira (31), sete mandados de busca e apreensão em Brasília, Goiás e São Paulo.

A ação investiga o grupo autointitulado “Sociedade Secreta Silvestre”, que reivindicou a autoria do explosivo encontrado no Santuário Menino Jesus em Brazlândia, no dia 24 de dezembro. Uma postagem em oposição ao presidente eleito Jair Bolsonaro, publicada no site atribuído ao grupo, alertou a PCDF em relação à segurança durante a cerimônia de posse, marcada para essa terça-feira (1). 

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"Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça. Dia 01 de Janeiro de 2019 haverá aqui em Brasília a posse presidencial, e estamos em Brasília e temos armas e mais explosivos estocados", afirmava a publicação. As investigações seguem em sigilo, para a apurar o crime de associação criminosa.

A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse neste sábado (29) que vem sofrendo ameaças nas redes sociais há uma semana e que está conversando com a Polícia Federal. Segundo contou a futura ministra, as ameaças começaram em sua página do Facebook e por mensagens de WhatsApp, mas ela diz não ter levado a sério, porque achou que era uma forma de "deboche". Mas, com a publicação de uma reportagem do portal Metrópoles neste sábado, que diz que o mesmo grupo que ameaçou o presidente eleito Jair Bolsonaro na posse também a tem como alvo, ela ficou mais preocupada e sua equipe entrou em contato com a PF.

"Os recadinhos que eu recebi são de formas de como matar a ministra. Inclusive, eu não sabia que podia morrer de diversas formas. Algumas até muito criativas e divertidas. Mas como é por Facebook (as ameaças), a gente acaba acreditando que é mais deboche que ameaça. Até que hoje a imprensa publica que eu sou alvo. Estava achando que era brincadeira de mau gosto, eu subestimei mesmo", afirmou.

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A futura ministra disse ainda não estar assustada, porque "quem protege criança do crime é alvo (do crime organizado)". A equipe de comunicação de Damares está agora rastreando as mensagens que ela recebeu nas redes sociais.

No último dia 27, a PF abriu um inquérito para investigar uma suposta ameaça ao presidente eleito na posse, marcada para a próxima terça-feira, 1º. A autoria é do mesmo grupo que agora ameaça Damares, um que se define como terrorista e reivindicou ter colocado uma bomba em uma igreja em Brazlândia, região administrativa do Distrito Federal, na madrugada de Natal, sem sucesso - o artefato explosivo foi desarmado pela Polícia Militar.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), realizou neste sábado (29), a remoção do policial federal que havia sido baleado na cabeça, na última segunda-feira (24), em São José do Egito, localizado no Sertão de pernambucano.

O escrivão da Polícia Federal (PF) Fernando Antônio de Souza, de 59 anos, já estava internado no Hospital de Campina Grande, na Paraíba, e foi encaminhado de helicóptero até o Quartel do Derby, localizado na Região central do Recife. De lá, o paciente seguiu de ambulância até o Hospital Esperança, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

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Relembre o caso

O policial federal Fernando Antônio de Souza, conhecido por Fernando de seu Dodô, foi vítima de uma tentativa de latrocínio, por volta das 20h dessa segunda-feira (24), em São José do Egito, Sertão pernambucano.



O escrivão estava na casa do cunhado, e decidiu levar uma das faxineiras da residência. Ao chegar em frente ao Clube Hotel, no bairro São João, dois elementos em uma moto bateram no vidro do carro e renderam a vítima. Um dos criminosos o levou no carro e a faxineira no banco de trás, enquanto o ajudante seguiu de moto.

Ao chegar em um sítio, deixaram a doméstica e seguiram com Fernando até a região de Riacho do Meio, onde ele foi encontrado com um tiro na cabeça, sem objetos pessoais, como dinheiro e a aliança.

O policial foi levado para o Hospital Maria Rafael de Freitas, antes de seguir para o Hospital de Traumas de campina Grande. Segundo informações, a vítima passou por cirurgia, e mesmo em estado é grave, seu quadro encontra-se estável.

A Polícia Federal acredita que "há indícios do cometimento de crime de desacato" pelo advogado Cristiano Caiado de Acioli, de 39 anos, que, em um voo que ia de São Paulo para Brasília no último dia 4 de dezembro, disse ao ministro Ricardo Lewandowski ter vergonha do Supremo Tribunal Federal e vergonha de ser brasileiro por causa da Corte.

O delegado da Polícia Federal Elias Milhomens de Araújo determinou a abertura de um inquérito policial para apurar a discussão no episódio do avião três dias depois do episódio, no dia 7 de dezembro. Na portaria que autorizou a abertura da investigação o delegado destacou a necessidade de "apurar possível ocorrência do tipo previsto no art. 331 do Código Penal Brasileiro (desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela)". A lei prevê detenção de seis meses a dois anos ou multa.

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Parecer assinado pela delegada Juliana Rossi Sancovich, chefe do Núcleo de Correições da Corregedoria Regional da Polícia Federal do DF, destaca que as oitivas e os vídeos do episódio "revelam conduta particular que, em tese, é capaz de menoscabar o prestígio da função exercida pelo órgão máximo do Poder Judiciário o que, salvo melhor juízo, se adequa o tipo previsto no art 331 do Código Penal".

No documento, a delegada lembra que o crime de desacato corresponde à conduta capaz de ofender um funcionário público, não apenas no exercício da sua função, mas também em razão dela. Ela ressalta, no entanto, não ser incabível "aferição de juízo de culpabilidade" na primeira fase da persecução penal, mas defende a instauração de inquérito policial para a plena apuração do episódio.

O delegado Rodrigo da Silva Bittencourt, corregedor regional da PF, concordou com a avaliação da chefe do Núcleo de Correições e entendeu que há indícios da ocorrência do crime de desacato por considerar que Caiado tentou com sua conduta desrespeitar, desprestigiar o Supremo, na pessoa do ministro Ricardo Lewandowski.

Em depoimento ao delegado responsável pelo caso em 12 de dezembro, oito dias depois do episódio, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que o advogado o chamou pelo nome "de maneira exaltada, com o celular em punho, e passou a bradar insultos à Suprema Corte do Brasil".

Segundo Lewandowski, "diante do elevado estado de exaltação do passageiro que bradava os insultos, preocupado com a segurança do voo e a tranquilidade dos demais passageiros" o ministro "solicitou à tripulação que acionasse a Polícia Federal do Aeroporto de Congonhas".

O ministro disse "que até a chegada da Polícia Federal na aeronave o passageiro continuou agindo de maneira exaltada". Lewandowski contou ainda que "durante o taxiamento, antes da parada completa, ele (Caiado) se ergueu na aeroonave e passou a bradar os mesmos insultos direcionados à Corte e à pessoa do declarante (ministro)". O ato, de acordo com Lewandowski, "ocasionou um tumulto na aeronave, com manifestações favoráveis e contrárias à atitude dele."

Em despacho desta quinta-feira, 27, o delegado Elias Milhomens de Araújo determinou que seja autuado o extrato de passageiros encaminhado pela Gol, os termos de declaração dos passageiros e que seja encartada a mídia contendo o vídeo fornecido pelo deputado Floriano Pesaro. O delegado informa que está pendente a resposta da Gol quanto à indicação dos tripulantes do voo. No despacho, o delegado juntou ainda cópia do ofício encaminhado pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli à Procuradoria-Geral da República.

Além de colher os depoimentos do advogado e do ministro, a Polícia Federal ouviu o agente que atendeu ao pedido do ministro ainda em SP, uma passageira que disse ter aplaudido o Cristiano e que o acompanhou na viatura até a Superintendência Regional do Distrito Federal, o deputado federal Floriano Pesaro (PSDB-SP), um servidor público federal, uma outra passageira e o então presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira.

Claret, que renunciou ao cargo há duas semanas, estava sentado na mesma fileira em que estavam o ministro e o advogado. De acordo com ele, Caiado "falava em voz alta, e tom agressivo, sendo possível ouvir além da primeira fileira". O ex-presidente da Infraero disse ainda que "ficou preocupado com a passageira que se encontrava entre ele e o passageiro (Caiado) que se manifestava, pois ela ficou acuada". Claret completou dizendo que "chegou a pedir calma a ele em tom de voz baixo".

O caso

Após ouvir de Caiado que o Supremo é uma 'vergonha', o ministro Ricardo Lewandowski questionou se ele queria ser preso e pediu aos comissários da aeronave que partia de São Paulo com destino a Brasília que chamassem agentes da Polícia Federal. Ainda em São Paulo, Caiado gravou um vídeo em que diz ao ministro que tem vergonha da Corte e vergonha de ser brasileiro por causa do STF.

O episódio ocorreu no voo G3 1446, da Gol, que deixou o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, às 10h45, e aterrissou no Aeroporto Internacional de Brasília às 12h50, com 20 minutos de atraso.

No vídeo, o advogado diz: 'Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando eu vejo vocês'. O ministro responde: 'Vem cá, você quer ser preso? Chamem a Polícia Federal, por favor'. Em seguida, o ministro diz que o advogado terá de explicar para a Polícia Federal o que falou a ele.

Acioli foi conduzido à Superintendência Regional do Distrito Federal, onde prestou depoimento, tendo sido liberado em seguida. Antes de esclarecer os fatos à autoridade policial, o advogado ficou retido por aproximadamente uma hora na aeronave que o levava a Brasília sendo acompanhado de perto por um agente da Polícia Federal. Em conversa telefônica com o Estado ainda dentro do avião, o advogado perguntou ao agente que o acompanhava o motivo de estar sendo mantido dentro dele. "Ele disse que eu não posso saber por que estou sendo retido", disse à reportagem.

"Sou pessoa que tem retidão na vida, procuro não fazer mal aos outros, sou uma pessoa patriota, serena, amo o Direito e o País e acho que todo o cidadão tem direito de se expressar e sentir vergonha ou não pelo Supremo Tribunal Federal. Eu disse o que penso. A gente não vive ainda ditadura neste país. Acho que todas as pessoas têm direito de se expressar de forma respeitosa", disse por telefone à reportagem, ainda no avião.

"(Ainda em São Paulo) A Polícia Federal chegou e perguntou se eu iria causar problemas. Eu falei que eu tenho direito de criticar o Supremo. Eu fiz respeitavelmente, é direito constitucional meu, não causei tumulto nem nenhum tipo de crime. Fiz minha parte que era me manifestar de forma respeitosa. Tiraram cópia do documento de identificação e liberaram o avião. Quando pousamos, fiz desagravo particular meu porque estou muito abalado emocionalmente", contou.

Por meio de nota, o gabinete de Lewandowski informou que o ministro, ao 'presenciar um ato de injúria' à Corte, 'sentiu-se no dever funcional de proteger a instituição a que pertence, acionando a autoridade policial para que apurasse eventual prática de ato ilícito, nos termos da lei'.

 

"Eu estou sendo perseguido como inimigo do Estado tão somente porque fui digno de expor uma crítica, que acredito justa, feita de forma educada, tudo foi registrado, imagina se não fosse. Eu jamais ofenderia o Ministro Ricardo Lewandowski, a lei maior me assegura a liberdade de expressão , enquanto direito fundamental, o Estado jamais pode ser usado para exercer a censura disso. A própria Constituição veda toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

Eu me dirigi respeitosamente, em tom baixo, sem me levantar, com deferência ao cargo do Ministro. Porque eu me dirijo assim independente do cargo e sim pelo próprio respeito às pessoas. Eu trato os lixeiros que passam na minha casa com o mesmo respeito que trato um Ministro. Respeito e acato a gente deve a todos, independentemente de status social e poder que a pessoa detém.

A liberdade de criticar os agentes políticos é um meio essencial de controle da própria democracia. Esse inquérito é estarrecedor, as gravações mostram de maneira inequívoca o perigo que toda a sociedade brasileira está correndo. Cabe frisar inicialmente que o Ministro em nota oficial do gabinete alegou que eu havia cometido crime de injúria contra o STF, agora já estão me acusando do cometimento de desacato? Como desacato se nem a serviço o ilustre ministro estava?

Acho que o assunto merece reflexão profunda de toda a sociedade e toda a imprensa livre, pois isso me parece puro uso da máquina do Estado para reprimir uma manifestação. Não interessa a vertente política, direita ou esquerda, todos tem o direito e o dever de expor os seus sentimentos."

O integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), Renato Carvalho de Azevedo, vulgo Fuzil e XRE, de 28 anos, foi preso em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, na última terça-feira (18). Natural da Bahia, ele é acusado pela execução de mais de 200 desafetos e possui vários mandados de prisão em aberto.

A prisão ocorreu após informações repassadas pelos setores de inteligência das polícias federal e militar para as representações da Polícia Federal e Militar de Caruaru. O foragido estava em um apartamento no 11º andar na companhia da esposa e dois filhos.

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No interior do apartamento, foram encontrados uma pistola calibre .380, dois carregadores sem documentação, cerca de 80 munições .380, seis celulares e 70 gramas de maconha. Na garagem, foram recolhidos três carros, uma moto e outra pequena quantidade de maconha. Segundo a Polícia Federal (PF), todos os veículos estavam com sinais de adulteração.

Renato contou que todos os documentos que possuía eram falsos. Confessou também estar em Caruaru há quinze dias, mas antes se escondia em Campinas-SP após vários integrantes da facção serem presos na Operação Echelon, deflagrada no dia 16 de junho deste ano.

O acusado afirmou ter perdido as contas de quantas execuções praticou mediante utilização de arma de fogo, contra rivais, e enforcamento, contra membros do PCC que tenham infringido o Estatuto da Facção. Renato comentou também ter participado de vários confrontos contra o Comando Vermelho e mediou julgamentos, decidindo se integrantes seriam ou não executados.

Esta é a terceira vez que ele é preso. Renato recebe ajuda financeira do PCC para seu sustento. Agora ele também foi autuado por posse irregular de arma de fogo, posse de drogas, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Em sua audiência de custódia, teve a prisão preventiva confirmada, sendo encaminhado ao Presídio de Limoeiro. Renato entrou para o PCC em 2015, tendo feito o 'batismo' na penitenciária de Lavínia, em São Paulo.

A Polícia Federal elaborou retratos com possibilidades de disfarce que poderiam ser utilizados pelo italiano Cesare Battisti, condenado no seu país por quatro assassinatos nos anos 1970. Na ultima quinta, 13, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux revogou liminar que concedia habeas corpus a Battisti, determinou sua prisão cautelar e abriu caminho para a extradição, decretada no dia seguinte pelo presidente Michel Temer (MDB).

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Técnicos da Polícia Federal simulam mudanças que o italiano pode ter feito, como bigode e barba postiços e uso de chapéus e óculos.

O italiano, no entanto, ainda não foi localizado pela PF. Segundo as autoridades, Battisti está em "local incerto e não sabido" e é considerado foragido. No momento, há uma investigação em andamento para localizar Battisti.

O criminalista Igor Tamasauskas, que defende Battisti, informou na sexta-feira, 14, que não conseguiu contato com o italiano após a decisão do ministro do Supremo. A última vez que conversaram, segundo o defensor, foi "no começo do mês ou fim do mês passado", e que ambos só se falavam "quando havia necessidade".

Na decisão, Fux expediu o mandado de prisão para ser cumprido pela Interpol. Também citou pedido da Interpol para prender Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Um relatório da Polícia Federal baseado em interceptações telefônicas conclui que há indícios de um esquema de contratação de servidores fantasmas que repassariam parte de seus salários para deputados estaduais e assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

As informações estão em um documento produzido pelo grupo de trabalho da PF responsável pelos casos relacionados à Lava Jato e foi anexado à Operação Furna da Onça - que apura o suposto envolvimento de parlamentares fluminenses com corrupção e loteamento de cargos públicos.

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A investigação, batizada pela PF de "Senhores Feudais", aponta para uma suposta atuação do servidor Jorge Luis de Oliveira Fernandes, responsável pelo setor do "preparo de pagamentos" da Casa, na "coordenação de nomeações fraudulentas" para cargos comissionados na Alerj. Ele é um dos citados no relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) que mostra funcionários e ex-funcionários da Casa com movimentações financeiras incompatíveis com suas capacidades financeiras.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou que o órgão encontrou movimentação considerada atípica de R$ 1,2 milhão na conta do policial militar Fabrício de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). Um cruzamento de dados mostra que mais da metade dos depósitos em espécie recebidos por Queiroz em 2016 ocorreu no dia do pagamento de funcionários da Assembleia ou em até três dias úteis depois.

Assim como Queiroz, o servidor Jorge Fernandes apareceu no documento produzido pelo Coaf por causa de transações suspeitas de R$ 845 mil em um ano e por ter um fluxo padrão de recebimentos em sua conta proveniente de outros funcionários da Alerj.

O relatório sobre a atuação de Fernandes foi feito a pedido da delegada da operação Furna da Onça, Xênia Ribeiro Soares, e trata apenas de parte da documentação recolhida na investigação. Até o momento, segundo a PF, foi possível mapear a atuação de Fernandes na nomeação de funcionários atrelados aos deputados Coronel Jairo (preso na Furna da Onça), Jair Bittencourt, Gilberto Palmares e Márcio Pacheco. Entretanto, segundo a delegada do caso, a nomeação de funcionários fantasmas e posterior devolução de parte dos salários seria "uma prática criminosa disseminada na Alerj".

Função

O documento de 30 páginas explica a função de Fernandes em "arregimentar pessoas", sendo que a remuneração de cada cargo seria repartida, segundo a PF, entre os envolvidos no esquema, inclusive o deputado que sedia a vaga no gabinete. Nas interceptações telefônicas feitas pela PF, o servidor explica aos fantasmas como devolver parte até da restituição do imposto de renda dos funcionários.

Em uma delas, um funcionário de nome "Lerri" diz que ligou para Fernandes para "dar uma satisfação" que "bateu" R$ 4 mil em sua conta e que o dinheiro não é seu. Após isso, Fernandes afirma que ele deve repassar R$ 1.500 e que isso "foi um esquema que o contador fez". Ao ouvir esta resposta, Lerri avisa a Fernandes que ele pode ir buscar o dinheiro, mas recebe a orientação de transferir a quantia para a conta do "contador". "Mil e quinhentos e o restante é seu, tá bom?", diz ele.

'Pratinha'

Em outra conversa, desta vez com uma pessoa indentificada como "Rômulo", Fernandes negocia um repasse de R$ 200 porque o cargo da pessoa "é baixo".

"Tipo assim, vamos dizer que vai perder uma semana do cargo, vai tipo R$ 250, R$ 300, porque o cargo que eu vou dar a ela é baixo, aí dá até para fazer isso. Ela vai perder essa pratinha, entendeu? Mas aí ela já está dentro do esquema", afirma o servidor, na gravação feita pelos agentes da Polícia Federal.

A reportagem não conseguiu contato com o gabinete do coronel Jairo na Alerj. O deputado está preso pela operação Furna da Onça. A assessoria de imprensa da Alerj informou que não comentará o caso de Fernandes - que foi exonerado da Alerj por uma determinação judicial do TRF2. Procurado para comentar o caso, Fernandes também não foi encontrado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quinta-feira, 13, um mandado de busca e apreensão contra um jovem de 23 anos que ameaçou o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). A ação da PF ocorre no bairro do Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com a PF, o objetivo da ação é identificar se há outras pessoas envolvidas com o autor de postagens que "incitaram a subversão da ordem política fomentando a morte" de Bolsonaro, quando ele ainda era candidato.

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O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. De acordo com a PF, o investigado teria ainda proferido xingamentos ao vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB).

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