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Uma mulher foi presa nessa quarta (3) quando tentou entregar uma melancia recheada de drogas e um celular para o companheiro, que está preso. O fato ocorreu na cidade de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, Bahia.

Dentro da fruta havia crack, cocaína, maconha e o aparelho telefônico. “Ela visitaria o companheiro, que está custodiado por ter cometido um homicídio”, pontuou o delegado Marcus Edmundo Pina. “O resultado da apreensão será enviado à perícia”, informou ainda ele, que encaminhou o material apreendido ao Departamento de Polícia Técnica (DPT).

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A mulher, de 28 anos, foi autuada em flagrante por tráfico de drogas. Ela foi encaminhada para a prisão feminina, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Com informações da assessoria da PCBA

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Pernambuco (SINPOLPEN-PE) denuncia a falta de policiais penais na Penitenciária de Itaquitinga (PIT), localizada na Mata Norte de Pernambuco. Segundo aponta a entidade, atualmente são oito policiais penais por plantão para dar conta de cinco pavilhões da unidade.

Por conta da vacância, alguns pavilhões ficam apenas com um policial responsável. O presidente do SINPOLPEN-PE, João Carvalho, aponta que em cada posto da PIT seriam necessários 10 policiais penais por cada posto do pavilhão - o que totalizaria 50 agentes. O sindicato também detalha a situação da população carcerária de Itaquitinga, que tem atualmente um total de 795 detentos divididos da seguinte forma: 

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Pavilhão A - 252 

Pavilhão B - 243

Pavilhão C - 238

Pavilhão D - 30

Pavilhão E - 23

Enfermaria - 9

“O Estado vem diluindo o efetivo de unidades existentes e removendo para locais como o presídio de Itaquitinga, no lugar de colocar novos grupos por concurso. Então, unidades como o presídio de Igarassu, COTEL e Complexo do Curado tem alto déficit de policiais penais e mesmo assim são retirados para este tipo de unidade”, aponta Carvalho.

Atualmente, Pernambuco tem uma vacância de 169 policiais penais. Conforme esclarece o presidente João Carvalho, o Estado poderia diminuir as dificuldades vividas pelos poucos policiais penais em atividade, já que a Lei Complementar federal nº 173/2020, no artigo 8, inciso V, permite a realização de concursos públicos se existirem vacâncias. 

A SINPOLPEN-PE assevera que a segurança nas unidades prisionais está fragilizada e precisa de uma ação do Governo de Pernambuco no sentido de tentar amenizar os problemas, principalmente na Penitenciária de Itaquitinga, que foi inaugurada há pouco mais de dois anos como uma unidade de segurança máxima, mas apresenta problemas desde o início de seu funcionamento.

 “Um dos problemas é que não está se conseguindo evitar a entrada de ilícitos por cima do muro onde não tem efetivo suficiente para rondas. O Estado não dá nenhuma condição de trabalho”, pontua João Carvalho.

O LeiaJá pediu posicionamento da Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES), mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta. O espaço continua aberto para manifestação da pasta.

Dois filhos de um detento morto no Presídio Sebastião Sátiro, em Patos de Minas-MG, vão ser indenizados em R$ 80 mil pelo Estado de Minas Gerais, decidiu a Justiça. O preso foi morto asfixiado e os responsáveis pelo crime tentaram simular um suicídio. 

Os filhos da vítima também terão direito a uma pensão mensal equivalente a 2/3 do salário mínimo vigente, sendo 1/3 para cada, desde a data do falecimento até o dia em que completem 25 anos. À época do crime, em 2017, a menina tinha 11 anos e o menino, 14. 

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A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Minas Gerais (TJMG) confirmou a sentença da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. A ação foi ajuizada pela mãe dos jovens.

O Estado de Minas Gerais argumentou não haver indícios de que o homicídio ocorreu por omissão dos agentes estatais. Alegou ainda que a vítima contribuiu para o ocorrido, pois as agressões decorreram de rixa com outro preso, anterior à prisão. Quanto à pensão, o Estado sustentou que a família não provou que dependia financeiramente do falecido.

Para o desembargador Renato Dresch, relator do recurso do Estado, a violência ocorrida no presídio deveria ter sido evitada pelos agentes públicos a serviço. Ele também considerou razoável o valor da indenização, levando em consideração que os filhos ainda são menores.

O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, preso preventivamente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito dos atos antidemocráticos, sofreu uma queda dentro da cela no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, nesta segunda-feira, 21, e lesionou a coluna vertebral. Desde então, tem feito exames médicos no Hospital de Base e no Hospital Universitário da Universidade de Brasília (UnB) para verificar possível comprometimento dos movimentos da perna.

A queda ocorreu na segunda-feira, 21, no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2) do Complexo Penitenciário da Papuda. De lá, Oswaldo Eustáquio foi levado ao Hospital de Base, referência em traumatologia de emergência no DF, onde fez os primeiros exames. Nesta terça, ele passou por uma ressonância no Hospital Universitário da UnB, segundo o advogado Ricardo Vasconcellos, que o representa.

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Ricardo Vasconcellos, que esteve com Oswaldo Eustáquio após a queda, disse que a lesão foi na vértebra T-5 da coluna cervical. De acordo com o relato de Vasconcellos, Eustáquio disse que não estava conseguindo mexer as pernas, mas estava sentindo formigamento na região, o que poderia ser um bom sinal.

"Foi uma queda, que ele confirmou para mim. Ele disse que bateu a coluna e doeu demais e deu uns gritos e não lembra de mais nada. A dor foi tanta que ele desmaiou. Fora isso, eu confirmei no CDP 2 (Centro de Detenção Provisória, do Complexo Penitenciário da Papuda), que houve uma queda e ele ficou na cela desacordado e até acharem ele", disse Vasconcellos.

Questionado sobre um suposto laudo médico que circula na internet descrevendo o paciente como paraplégico, o advogado disse que essa é uma possibilidade até agora não confirmada. "A confirmação só pode ser feita através da ressonância."

Ainda segundo o advogado, o cliente estava com bom quadro de saúde e consciente e estável. Outra informação que constava nesse documento, a de que o paciente estava sem se alimentar por cinco dias, foi confirmada pelo advogado.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Segundo a assessoria, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal deve publicar uma nota na noite desta terça-feira, 18, com informações sobre o estado de saúde do paciente.

Monitoramento

Eustáquio estava em prisão domiciliar até semana passada, quando foi novamente encarcerado, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. O ministro, relator do inquérito dos atos antidemocráticos, observou que o investigado não estava cumprindo a prisão domiciliar.

O blogueiro compareceu, na última terça, 15, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, para solicitar audiência à titular da pasta, ministra Damares Alves. Depois, foi à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Nenhum dos deslocamentos foi autorizado pela Justiça. Relatório de ocorrências realizado pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica apontou ainda 17 ocorrências relacionadas ao monitoramento eletrônico do bolsonarista.

"Após sucessivas oportunidades concedidas ao investigado, ele continuou a insistir na prática dos mesmos atos que lhe foram anteriormente vedados por expressa determinação da Justiça, situação que revela a inutilidade das medidas cautelares impostas, bem como a própria ineficácia da prisão domiciliar, haja vista que Oswaldo Eustáquio Filho, ao invés de permanecer no interior da sua residência cumprindo o que lhe fora determinado, continuou circulando livremente além do limite permitido. Impõe-se, portanto, a decretação da prisão preventiva, haja vista que as medidas impostas não alcançaram o efeito disciplinar e pedagógico que eram esperados", escreveu Alexandre em sua decisão.

Um detento foi morto a tiros após ultrapassar a área de segurança da Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), ele estava pegando materiais ilícitos que estavam sendo lançados pelo muro do presídio.

O tiros foram efetuados pela guarda externa, formada pela Polícia Militar. Ele furou a barreira de segurança e acabou alvejado, foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

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O caso foi encaminhado para a delegacia para que as devidas providências sejam tomadas. O nome da vítima e os objetos que estavam sendo arremessados não foram divulgados. 

Confira a nota da Seres na íntegra

A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informa que foi registrada, na tarde desta quarta (21.10), uma ocorrência na Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC), em Itamaracá. No momento em que indivíduos arremessavam ilícitos por cima do muro, um preso, na tentativa de pegar o material, invadiu a área de segurança da unidade sendo necessário a guarda externa (formada por PMs) efetuar disparos de arma de fogo, bem como, revidar a disparos provenientes da área externa da PPBC. O detento foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A Seres informa que o fato será encaminhado à delegacia para providências cabíveis.

Dados do Departamento Penitenciário Nacional, divulgados nesta segunda-feira (19) no 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que a cada três presos em 2019, dois eram negros. Os negros representam 66,7% da população carcerária, estipulada em 755.274 reclusos no país. 

“As chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de encarceramento do país”, avalia o estudo.

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Os negros são a maioria - 66,7% - diante de 33,3% da população carcerária composta por brancos, amarelos e indígenas. “A taxa de variação nesse período [2005-2019] mostra o crescimento de 377,7% na população carcerária identificada pela raça/cor negra, valor bem superior à variação para os presos brancos, que foi de 239,5%”, informa o Anuário. A proporção de negros no cárcere cresceu 14% nos últimos 15 anos, enquanto a proporção de brancos sofreu ua queda de 19%.

Para os pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), “as chances diferenciais a que negros estão submetidos socialmente e as condições de pobreza que enfrentam no cotidiano fazem com que se tornem os alvos preferenciais das políticas de encarceramento do país”.

O levantamento do FBSP também destaca que 95,1% dos presos são homens, enquanto 4,9% são mulheres. Entretanto, nos últimos 11 anos houve um aumento de 70,9% de prisões do sexo feminino, alcançando a marca de 36.926 detentas.

A principal faixa etária nas prisões é a de 18 a 24 anos, equivalente a 26% do total de presos. Em seguida estão aqueles com idade entre 25 e 29, que representam 24% da população carcerária, segundo o estudo. "A população prisional do país segue um perfil muito semelhante aos das vítimas de homicídios", indica o Anuário.

LeiaJá Imagens:

--> 13 crianças foram assassinadas por dia no Brasil em 2019

--> Por hora, três menores são vítimas de estupro no Brasil

O Presídio de Vitória de Santo Antão (PVSA), localizado na Zona da Mata Sul de Pernambuco, está oferecendo aulas de música aos detentos através do projeto de iniciação musical intitulado "Liberdade Musical". O músico e reeducando Lucas Araújo é quem está à frente da ação, juntamente com os músicos convidados Rodrigo Araújo e Geison Guedes.

Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, o objetivo é "despertar nas pessoas privadas de liberdade a sensibilidade para a música, arte que se apresenta como uma alternativa ressocializadora".

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Atualmente, o projeto reúne dez alunos com aulas todas as segundas, quartas e sextas, das 13h às 14h30. Os instrumentos utilizados são de cordas e percussão. O repertório engloba MPB, rock nacional e gospel.

Policiais penais do Presídio de Itaquitinga, na Mata Norte de Pernambuco, apreenderam duas vassouras, tipo piaçava, com 12 materiais ilícitos dentro da madeira. O material foi encontrado na segunda-feira (5) durante procedimento de revista de materiais levados pelos familiares dos presos.

Os ilícitos foram detectados na máquina de raio-x. Os policiais retiraram de dentro da madeira três celulares, três chips, três carregadores e três fones de ouvido.

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"O plantão teve muita dificuldade para ter acesso aos ilícitos, imagino que o serviço tenha sido feito por um marceneiro", disse o gerente do presídio, Leonardo Corrêa. 

Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), o detento que receberia as vassouras foi identificado e submetido ao Conselho Disciplinar da unidade. A visitante não foi identificada.

O Presídio de Igarassu (PIG), na Região Metropolitana do Recife (RMR), agora é contemplado por um serviço de rádio com informações culturais e de serviço, segundo nota de divulgação da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) nessa segunda-feira (31). A Rádio PIG Cultural é uma iniciativa da secretaria, com o objetivo de distribuir informações relevantes aos reeducandos, como parte do processo de reinserção dos presos no contexto da vida em sociedade. 

De acordo com a Seres, a rádio propõe alcance aos pavilhões do presídio através de 36 caixas de som, três por pavilhão, e possui horário específico de funcionamento, sendo este, ao vivo e durante a semana, das 8h às 17h, e aos fins de semana no mesmo horário, mas com uma seleção gravada. Os equipamentos são conectados à mesa equipada no Espaço Cultural do centro, e conta com apoio técnico dos próprios reeducandos, sob supervisão. 

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O projeto é uma forma de projetar interesse nos presos, e para Charles Belarmino, gerente do PIG, é também um incentivo cultural. “É uma forma de levar informações de saúde, jurídico-penal, visitações, além do incentivo cultural. Será um meio de informar, com rapidez, os reeducandos sobre assuntos de seu interesse”, pontuou.

A Rádio PIG Cultural é coordenada pela policial penal Maria das Graças, que atua na área cultural do presídio. Ainda sobre o cerne do projeto, ela adicionou: "Queremos criar um alicerce de sabedoria para que os reeducandos tenham direito a oportunidades na sua reinserção social e no mercado de trabalho”.

Com informações da assessoria

O rapper R. Kelly enfrentou um momento delicado na prisão. O cantor, que está preso desde o ano passado por ter cometido diversos crimes sexuais, foi espancado por um outro presidiário enquanto estava em sua cela na unidade prisional do Metropolitan Correctional Center, em Chicago.

De acordo com o TMZ, os outros encarcerados não estavam felizes com o acúmulo de fãs que se forma no local. Por conta disso, a prisão teve uma série de “lockdowns” para garantir a segurança de todos.

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Kelly foi examinado e não teve ferimentos sérios ou ossos quebrados. O advogado do cantor ainda não se pronunciou sobre o caso.

Em abril deste ano, através de seu advogado, o rapper solicitou uma saída da cadeia por conta da pandemia de COVID-19, porém teve seu pedido negado.

Kelly foi acusado em mais de treze crimes e foi preso por posse de pornografia infantil.

A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) sobre a população LGBT e soropositiva nas unidades prisionais da Região Metropolitana do Recife (RMR) também apresenta um recorte sobre religião. Segundo o levantamento, os privilégios da religião evangélica muitas vezes consiste em problemas para a população LGBT encarcerada, que é taxada de promíscua. Foram levantados dados socioeconômicos de 110 presos.

O estudo aponta que grande parte da população entrevistada (35,3%) não adota uma religião e 23,5% tem o exercício religioso prejudicado, dos quais 12,9% corresponde a pessoas que adotam o candomblé. Os seguidores do candomblé são majoritariamente mulheres trans e travestis. A maior parte (41,2%) segue o cristianismo.

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"É muito comum nos presídios você encontrar pessoas andando com Bíblia, uma igreja, espaço para realização de culto", diz o advogado Lucas Enock, coordenador da pesquisa. "Existe uma predominância da religião de base cristã, principalmente evangélica e de linhas radicais, que preconizam a discriminação perante aquelas pessoas que não fazem parte daquele padrão heteronormativo. É comum os entrevistados falarem 'não posso exercer minha religião, porque sou chamado de macumbeiro, dizem que vão me agredir'", comenta Enock.

O GTP+ também verificou o acesso à hormonioterapia para pessoas trans e travestis. O grupo destaca que o tratamento hormonal é um importante instrumento garantidor da identidade de gênero e se relaciona com o direito à saúde, fisiológica e mental. 

De acordo com a organização, há diversas violações quanto ao direito do tratamento hormonal, como o não custeio do Estado para quem não pode bancar o tratamento e o impedimento de entrada dos medicamentos. "Diante desses percalços, as pessoas são obrigadas a custear os medicamentos, inserir o hormônio de forma autônoma no corpo sem qualquer acompanhamento médico. Ademais, é necessário introduzir os insumos medicamentosos de forma clandestina para dentro do estabelecimento penal", diz o texto.

Mais de 80% dos homens trans não recebem o tratamento. Cerca de 34,3% da população de homens trans, mulheres trans e travestis entrevistada responderam não fazer uso.

Sobre prevenção ao HIV e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o levantamento indica que não há problemas em relação à quantidade de preservativos destinados aos presos. O problema é que nem todos possuem livre acesso ao setor de saúde das unidades, geralmente necessitando de autorização de chaveiros e profissionais concessionados.

Quase 40% dos entrevistados informaram não utilizar preservativos regularmente. Muitos disseram não fazer uso de preservativo com seus companheiros, baseados em relação de confiança. Outros alegaram não gostar de utilizar. Outra questão ligada à transmissão do HIV é a livre realização de tatuagens pelos próprios presos, feita sem utilização de material adequado e descartável.

No tópico de emprego, as pessoas LGBT entrevistadas reclamaram da ausência de oportunidades. Essa população geralmente consegue atividades domésticas, como faxina e lavagem de roupas. Muitas dessas pessoas, principalmente mulheres trans e travestis, também se prostituem. Além dessas atividades não contarem para diminuição de pena, as retribuições costumam ser mínimas, servindo algumas vezes para troca por materiais de higiene e droga.

O Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+) divulga, nesta quinta-feira (27), o resultado de uma pesquisa sobre a população LGBT e pessoas vivendo com HIV e Aids nas unidades prisionais da Região Metropolitana do Recife (RMR). Foram levantados dados socioeconômicos de 110 presos, identificando que a população LGBT em restrição de liberdade é, no geral, negra, de baixa renda, com baixa escolaridade, distante da família e vivencia preconceitos no cotidiano.

Segundo a pesquisa, 56,2% dos entrevistados não têm uma referência familiar, ou seja, contato ou proximidade com algum parente. Segundo o advogado Lucas Enock, coordenador da pesquisa, há um afastamento muito grande da família, principalmente com relação às mulheres. "É uma porcentagem maior porque tem a quebra daquele papel social da mulher. É muito menos aceitável a mulher que está presa. E ela é presa muitas vezes por causa do vínculo amoroso com o companheiro", resume. Proporcionalmente, quase 80% das mulheres cis não identificaram referência familiar. De acordo com Enock, o distanciamento familiar de pessoas LGBT costuma ter início antes mesmo da prisão.

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O estudo traz que 80% dos entrevistados são pessoas negras e pardas, mais da metade possuem de 19 a 29 anos (52,8%), não havendo ninguém acima dos 46 anos de idade - o que pode significar um indício de baixa expectativa de vida. Mais da metade possui ensino fundamental incompleto (54,7%) e renda familiar de até um salário mínimo (63,2%).

A Secretaria Executiva de Ressocialização contabiliza na RMR 104 pessoas reconhecidas como integrantes da população LGBT e 13 soropositivas. Apesar dos dados oficiais, o GTP+ identificou 110 pessoas e acredita que o quantitativo não corresponde à quantidade exata de pessoas que se enquadram no grupo populacional, porque nem todas que se enquadram foram entrevistadas, pois a participação era opcional, e por causa de subnotificação, visto ser comum elas não revelarem a orientação sexual e identidade de gênero abertamente.

O recorte aponta que 27% dos entrevistados respondem por tráfico, enquanto 28,9% estão na prisão por causa de crimes como patrimônio (roubo e furto). Ainda 17,1% respondem por homicídio e tentativa de homicídio, 5,2% por estupro e tentativa de estupro, 3,9% por agressão e 6,5%, outros tipos de crime.

A porcentagem de reeducandos LGBT que ainda não foram julgados é de 38,1%. Na pesquisa anterior, feita com base em entrevistas de 2018, essa taxa estava em 35%. Segundo Enock, o número da pesquisa não representa a realidade. Um mutirão mais recente feito com a Defensoria Pública indicou que 52,4% dos avaliados não possuíam condenação. "O acesso à justiça e o direito a assistência judiciária são um dos principais anseios da população pesquisada. Diante da notória vulnerabilidade socioeconômica das pessoas entrevistadas, muitas delas não possuem condições de contratar advogado particular para acompanhar os seus processos judiciais. Diante disso, é necessário o acompanhamento da Defensoria que possui um quadro reduzido de profissionais à disposição diante de um número excessivo de pessoas a serem assistidas", assinala texto do GTP+. Quase 80% das pessoas entrevistadas manifestaram necessidade de atendimento jurídico.

A pesquisa também indica que 35,5% dos presos LGBT sofreram algum tipo de violência, que as mulheres trans e travestis e homossexuais estão mais suscetíveis a serem vítimas de violência e que as agressões mais comuns são física e sexual, superando a verbal. O GTP+ ressalta que algumas circunstâncias podem ter influenciado na resposta, como a presença de agente no momento da pesquisa, execução de oficinas prévias sobre o tema e confiança na equipe do projeto. 

"O entrevistado nem sempre vai dizer abertamente sobre essa a situação vivenciada de violência ou até mesmo não reconhece essa violência, achando que determinados comportamentos são comuns", diz o coordenador a pesquisa. "Em 2018, Pernambuco foi considerado o estado que menos repassar informações ao Ministério da Justiça. Essa situação se agrava agora diante da pandemia. Inclusive, o CNJ considera que houve um decréscimo de 83% dos casos relatados de tortura e maus tratos", completa.

O GTP+ contabilizou que 55,4% da população LGBT identificada consome maconha. "Tais substâncias se inserem por diversos meios nas unidades prisionais, como por meio das visitas de familiares", diz o grupo. Na pesquisa, pessoas afirmaram usar loló (9%), crack (18,1%), cola (7,2%), cocaína (12,7%) e nenhuma droga (23,6%). O grupo destaca que esses números devem ser refletidos, pois além de estarem associados às condições de vulnerabilidade social, estão diretamente relacionados com o tipo de sustento da população LGBT na sociedade.

O GTP+ esteve no Centro de Observação e Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL), Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima e do Recife (CPFAL e CPFR), Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), Penitenciária Agro-industrial São João (PAISJ), Presídio ASP. Marcelo Francisco Araújo (PAMFA), Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), Presídio de Igarassu (PIG), Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB) e Penitenciária Professor Barreto Campelo (PPBC)

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) entregou nesta terça-feira (25), novos equipamentos de segurança e veículos para o sistema prisional de Pernambuco. Entre os itens está um drone, que realizará o monitoramento aéreo dos presídios.

Além do drone, foram entregues cinco vans tipo xadrez, um ônibus, 100 espingardas e 258 coletes balísticos. Os veículos são doações do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). As espingardas e coletes à prova de balas são aquisições com recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) no valor de R$ 357.336 e R$ 1.079.641, respectivamente.

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Os veículos serão usados usados no transporte de presos e apresentações em audiências e transferências entre estabelecimentos penais. As armas são híbridas e dispõem de recurso letal e não letal com o intuito de controlar tumultos, motins, rebeliões e fazer escoltas.

Segundo a secretaria, mais dez vans vão ser enviadas a Pernambuco. A distribuição dos equipamentos e veículos dependerá da necessidade de cada unidade prisional.

Um agente penitenciário foi condenado por prevaricação e tráfico de drogas pela 2ª Vara Cível da Comarca de Manhuaçu-MG. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os crimes foram cometidos enquanto ele cumpria suas funções na cadeia pública do município.

 O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou o agente por omissão do dever de vedar ao preso o acesso à comunicação com o ambiente externo e por permitir a realização de tráfico de drogas dentro do estabelecimento penal. O órgão pediu o afastamento do profissional, a suspensão dos direitos políticos e o pagamento de multa. O agente não se manifestou contra as acusações.

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De acordo com os autos, a denúncia foi comprovada por robusta prova documental. O agente teria permitido a entrada de maconha e um chip de celular na cadeia.

 O magistrado determinou as penas de perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três anos e pagamento de multa equivalente a cinco vezes o valor da última remuneração no exercício de agente.

Uma prestadora de serviços de segurança foi condenada a indenizar em R$ 7 mil um agente penitenciário que utilizava um banheiro parcialmente monitorado por uma câmera de segurança, num presídio em Blumenau (SC). A decisão, aprovada por maioria de votos, é da Primeira Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC).

O agente trabalhava numa das torres de segurança do presídio, um ambiente de nove metros quadrados, com mesa para refeições e vaso sanitário. Como a área do banheiro não possuía nenhuma divisória e a torre é monitorada por uma câmera de segurança externa, o trabalhador alegou violação de sua intimidade. Ele também apontou o ambiente como insalubre, observando que não havia água potável e era comum faltar água encanada. 

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A ação foi julgada em primeira instância na 2ª Vara do Trabalho de Blumenau, que acolheu o pedido de indenização por dano moral. O juiz Jayme Ferrolho Junior fixou a condenação em R$ 7 mil, observando que, além da falta das cortinas de isolamento, os vigilantes também eram responsáveis pela limpeza do local e tinham de fazer sua refeições ao lado do banheiro.  

“Resta claro que as câmeras de vigilância, ainda que instaladas na parte externa da guarita, permitiam a visualização da sua parte interna, mesmo que parcialmente”, observou o magistrado, após examinar as imagens. “Evidente que nenhuma pessoa e nenhum trabalhador merece ser exposto a tal constrangimento”, concluiu.

Valor adequado

A prestadora e o trabalhador contestaram o valor da indenização por meio de recurso, levando o processo a ser julgado novamente na Primeira Câmara do TRT 12. O colegiado manteve a condenação integralmente, interpretando a quantia como razoável e adequada ao caso. De acordo com o relator, o juiz convocado Carlos Alberto Pereira de Castro, o valor da indenização deve amparar o sofrimento da vítima sem, contudo, enriquecê-la de forma injustificada.

“Deve ser observado, ainda, o caráter pedagógico da pena, de forma a evitar a reincidência na prática lesiva e o surgimento de novos casos”, observou o relator. 
As partes não recorreram da decisão. 

Da assessoria

No fim da manhã desta sexta-feira (14), Fabrício Queiroz deixou o condomínio em Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro, para reingressar no sistema prisional. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos) e a esposa, Márcia Aguiar, estavam em prisão domiciliar desde o dia 10 de julho, porém o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fischer, revogou o habeas corpus.

Na decisão, Fischer apontou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não examinou o pedido de liberdade e os laudos médicos do ex-policial militar. Dessa forma, o benefício teria que ser conduzido por uma instância inferior, antes de chegar à Corte.

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Queiroz e Márcia são investigados pelo esquema de 'rachadinha' de salários dos assessores do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro. Em junho, ele foi preso na casa do advogado do parlamentar, em Atibaia, Interior de São Paulo. Contudo, foi transferido para a prisão domiciliar no dia 9 de julho. Já Márcia ficou foragida o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, de conceder a reclusão em casa.

No primeiro fim de semana da volta dos encontros presenciais, o sistema prisional de Pernambuco recebeu 6.406 visitantes. A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) descreveu o retorno como tranquilo, mas aponta que duas pessoas foram flagradas tentando entrar com drogas e celulares em uma das unidades.

Após cinco meses de interrupção, 2.431 parentes visitaram os reclusos nesse sábado (8) e 3.975 no domingo (9). As unidades mais visitadas foram o Presídio de Igarassu (PIG), o Centro de Observação e Triagem Criminológica Everardo Luna (Cotel), ambas na Região Metropolitana do Recife, e a Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), em Caruaru, no Agreste. Só as três receberam 2.590 pessoas.

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Dois visitantes foram pegos com celular, carregador e drogas entre os pertences. Eles tentavam entrar com o material no Presídio Doutor Rorinildo da Rocha Leão (PDRRL), em Palmares, na Zona da Mata Sul, e foram encaminhados à delegacia do município.

A próxima rodada de visitas ocorre neste sábado (15) e domingo (16). Para evitar aglomeração, os visitantes foram divididos pelo último número do prontuário dos presos. Os encontros conjugais seguem suspensos e as visitas devem durar até 2h, com respeito ao uso de álcool em gel, distanciamento social nas portas de entrada e durante os encontros e uso obrigatório de máscaras faciais.

Tenha acesso às medidas de higiene e segurança e ao calendário de visitas através do deste link

“Seguir as recomendações é primordial para que possamos continuar resguardando a saúde dos PPLs e dos servidores que atuam no sistema prisional”, frisou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, ao pontuar que a continuidade das visitas depende no quadro epidemiológico do estado.

Após cinco meses de suspensão, as visitas presenciais ao sistema prisional de Pernambuco voltam a partir deste sábado (8). Para evitar contaminações entre familiares, advogados, reclusos e agentes penitenciários, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) divulgou duas portarias com orientações sanitárias.

As visitas ocorrerão a cada 15 dias, com duração de duas horas e serão restritas a um familiar, com idade entre 18 e 60 anos. Os encontros serão aos sábados e domingos, divididos pelo último número do prontuário do preso. O uso de máscara de proteção permanece obrigatório, e a higienização de mãos, pés, calçados e bolsas deve ocorrer na entrada da unidade.

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Os visitantes de reclusos presos durante a paralisação das visitas têm até esta sexta-feira (7) para realizar o pré-cadastro no Sistema Integrado de Administração Prisional (SIAP), através do site www.siap.pe.gov.br. Em seguida, devem ligar direto para a unidade prisional e agendar o dia para a coleta da biometria e fazer a foto.

Já os advogados voltam nas segundas, quartas e sextas, das 8h às 17h, com limite de 40 minutos por recluso e capacidade de atendimento de até três custodiados. Mesmo com a volta das visitas presenciais, os encontros virtuais estão mantidos semanalmente. Para ter acesso aos calendário das visitas e aos protocolos de higiene, basta acessar o site.

Mais de 500 detentos de um presídio do estado do Arizona, nos Estados Unidos, contraíram o novo coronavírus, o que equivale a quase metade da população carcerária da instituição. Além disso, as mortes em outra prisão na Califórnia aumentaram esta semana para 22.

A autoridade penitenciária do Arizona informou que na terça-feira (4) "517 internos da unidade da ASPC-Tucson Whetstone testaram positivo para a Covid-19". Segundo o comunicado, esses presos estão alojados em áreas separadas e recebendo os devidos cuidados médicos.

O Arizona tem mais de 180 mil casos registrados, dos quais 1.429 estão em seus institutos penais. Sete prisioneiros morreram, um número muito menor do que os 51 relatados pela Califórnia. Este estado litorâneo tem mais de 524 mil casos positivos e 9.700 mortes por Covid-19.

Para evitar um maior índice de mortes nas prisões, onde é difícil controlar as infecções, as autoridades libertaram desde 11 de março 15.683 presos, que estavam respondendo a crimes de menor potencial ofensivo ou prestes a cumprir sua sentença.

Mais três fugitivos do Presídio de Limoeiro foram recapturados na tarde desse domingo (2). Eles traficavam drogas em uma região conhecida como Lagoa de Pedra, na Zona Rural de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

Após denúncias, a Polícia Militar foi ao local e apreendeu um dos fugitivos com 1kg de maconha. As buscas prosseguiram na residência onde ele estava escondido e outros dois fugitivos foram encontrados no imóvel. Com a dupla foi encontrada uma balança de precisão, três celulares - um deles roubado - e R$ 902.

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Ao levantar a ficha dos criminosos, os policiais descobriram que o trio havia participado da fuga da Penitenciária Ênio Pessoa Guerra, ocorrida no 9 de julho deste ano. Eles foram encaminhados à delegacia de Caruaru, onde ficaram à disposição da Justiça.

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