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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado pode votar ainda em março deste ano o projeto de lei (PLS 352/2017) que autoriza policiais militares, agentes das Forças Armadas ou do Exército a atirar em pessoas que estiverem segurando uma arma de uso restrito, ainda que a ação ocorra sem confrontos. Pelo texto, agentes de segurança pública poderão “abater”, sob legítima defesa, qualquer pessoa portando armamento ilegal. A proposta, apresentada em setembro de 2017, é de autoria do senador José Medeiros (PODE- MT) e nas redes sociais foi apelidada pelo político de “Lei do abate”.

Caso seja aprovada em Brasília, a ementa irá alterar o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 e tratará o fato como legítima defesa. Na legislação atual, o Código Penal entende que o agente pode provar que agiu para se defender quando há reação. Mas, caso sejam comprovados excessos, deverá responder judicialmente pelo fato. Em uma enquete feita no site do Senado, a proposta do senador tem ampla maioria favorável. Até o dia 19 de março, foram mais de 33 mil votos computados. Desses, 32.175 votaram a favor do PL e apenas 1.055 contra.

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O senador foi policial rodoviário federal por 23 anos e para aprovar a mudança no Código Penal brasileiro defenda que a medida é um instrumento importante e legal para garantir que os agentes de segurança pública do país possam reagir “à altura da bandidagem”.

“Foi se criando um consenso que pode ter um verdadeiro exército de pessoas com fuzis e a polícia não pode fazer nada. Se o agente fizer, corre risco de ser punido e preso. Temos que dar instrumentos para que eles se sintam protegidos em proteger a sociedade. A segurança pública tem sido tema de discussão em tudo quanto é roda. O cidadão está percebendo que não tem mais aquela barreira que o protegia. (...) Precisamos deixar de ser ingênuos: bandidos não têm dó, não têm a menor cerimônia de acabar com a vida daqueles que tentam nos proteger. Senão daqui a uns dias, os policiais simplesmente vão cruzar os braços e nós vamos ficar totalmente à mercê da bandidagem”, disse o senador.

O relator, senador Wilder Morais (PP-GO), pediu urgência na aprovação do PL e defendeu que os agentes de segurança pública devem ter o controle das ruas e vencer as organizações criminosas. “É preciso que que haja liberdade para alvejar o oponente com ato ou mesmo intenção hostil, ainda que a distância. Com isto, rapidamente o sujeito ilicitamente armado é retirado das ruas, dando a liberdade necessária para que os militares possam trazer a paz à população afetada”, diz no relatório.

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Um dos pontos relembrados por pessoas que não aprovam a mudança na legislação é o caso de Hélio Barreira Ribeiro, que ganhou notoriedade nacional após ser morto por segurar uma furadeira. No dia 19 de maio de 2010, o cabo Leonardo Albarello, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), confundiu o objeto de construção civil com uma arma e matou Hélio por engano no Morro do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Em 2012, o policial foi absolvido das acusações de homicídio por ter atirado e matado Hélio durante uma operação policial no Rio. Segundo diz o juiz em sua sentença, "deve ser ressaltado que a distância, a influência dos raios solares e a presença de vasos do tipo xaxim pendurados no terraço não permitiam que o acusado tivesse certeza na identificação do objeto que Hélio segurava."

De acordo com o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, o Brasil registrou 61,6 mil mortes violentas em 2016. O número, que contabiliza latrocínios, homicídios e lesões seguidas de morte, representa um crescimento de 3,8% em comparação com 2015, sendo o maior patamar da história do país.

Nesse mesmo ano, a pesquisa constatou ter sido também o ano mais violento das polícias no país. As corporações foram responsáveis por 4.224 óbitos registrados durante operações, uma alta de 25,8% em relação a 2015 (quando houve 3,3 mil casos). Por outro lado, o assassinato de policiais também está em alta. A pesquisa do Fórum ainda mostrou que a quantidade de policiais assassinados cresceu. Ao todo, 437 foram vítimas de homicídio em 2016, aumento anual de 17,5%.

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Projeto de lei pode mudar a forma da polícia agir

No meio de uma onda de violência no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, o LeiaJá ouviu especialistas em segurança pública que analisaram o avanço da proposta de Medeiros traçando um paralelo com a situação social e democrática do país. Pesquisador do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da Universidade Federal Fluminense (InEAC/UFF) e professor do Departamento de Segurança Pública da instituição, Lenin Pires avalia certa incoerência na proposta do senador e ao contrário de deter a onda de violência que atemoriza o Brasil, pode incrementá-la. Para o estudioso, a medida parece instituir-se com base em alguns absurdos.

“Como numa espécie de 'minority report' dos trópicos, parece querer adivinhar que todos aqueles que se armam irão, inexoravelmente, matar qualquer pessoa na sociedade e, para evitá-lo, concedem uma 'licença para matar' sem prazo de validade. Isso, somado ao ideário da chamada 'guerra às drogas', tem o potencial de fazer com que as insensatas incursões em favelas ou outras regiões aonde grupos armados se estabelecem no domínio do território, se tornem uma carnificina sem precedentes”.

Lenin entende que o PL não só banaliza o uso letal da força, como também a vida. “O projeto tenta, a meu ver, dar celeridade aos processos interpretativos do que se conhece por 'legítima defesa putativa'. Ou seja, já existe um instituto jurídico que possibilita aos policiais fundamentarem uma eventual ocorrência com letalidade enquanto resultado de uma legítima defesa, em função das características de um lugar ou pela existência de armas de grande poder letal nas mão de indivíduos que resistam a aplicação da lei. O que ocorre, porém, é que essa medida busca mitigar a interpretação judicial e resumir na existência de um diacrítico - a arma - a necessária argumentação para o uso letal da força”.

O pesquisador da UFF entende que decretar antecipadamente as mortes de indivíduos não seja a medida adequada. “Sem contar que há uma possibilidade de que as chamadas 'balas perdidas' se multipliquem aos borbotões. Há também a implicação de enfraquecimento do poder limitador da Justiça sobre os servidores públicos a quem são confiados o uso legítima da força e que, como sabemos, potencialmente podem particularizá-la para obter dividendos pessoais ou corporativos. É o que o sociólogo carioca Michel Misse chama de 'mercadoria política', pois o uso ou não dessa força letal particularizada é negociada de diferentes formas. Seja para que a morte não sobrevenha sobre um indivíduo criminoso, seja para que ela se direcione a um adversário com que se disputa os nichos de mercado de armas e drogas ilícitas, por exemplo”.

(Atualmente, o Código Penal livra quem provar que agiu em legítima defesa. Foto: Agência Brasil)

"O abatimento de suspeitos só se manifestará em áreas sociais muito específicas, geralmente lugares nos quais o Estado Brasileiro não chega com políticas públicas garantidoras de direitos, mas apenas com a sua força coercitiva" - Isaac Luna

Na visão do professor de criminologia no curso de Direito do Centro Universitário da FG, Isaac Luna, a proposta parece estar dentro do campo de “emergência penal” e, nesse caso mais especificamente, muito próximo de uma “legislação penal excepcional de guerra”. “O pano de fundo que embasa essas concepções é a de que o desejo legítimo de toda a população de controle da violência somente se concretizará se o Estado agir com mais violência ainda em face do suspeito ou do criminoso (real ou potencial), para intimidá-lo ou mesmo retirá-lo definitivamente de circulação”.

A atual Carta Magna, dita Constituição Cidadã, estabelece no seu artigo 5º a proibição de julgamentos ou tribunais de exceção (XXXVII), a vedação da pena de morte (XLVII, a), o direito à presunção de inocência (LVII), ao contraditória e ampla defesa (LV), bem como a garantia de que ninguém será julgado ou sentenciado senão pela autoridade competente (LIII). “Em uma primeira análise da questão, parece-nos que uma eventual autorização para um agente do Estado 'abater' um indivíduo brasileiro amparado por um juízo de presunção, viola contundentemente todos os dispositivos constitucionais acima citados, pelo menos”.

O especialista em criminologia não acredita em garantias positivas caso a proposta seja aprovada. “É muito difícil acreditar que a diminuição de direitos e garantias do indivíduo e aumento do poder punitivo do Estado, inclusive com entrega de uma carta-branca a agentes estatais para abater cidadãos presumidos perigosos, possa resultar em algo estruturalmente melhor para a sociedade - isso se estamos considerando que tal debate se dá no campo do republicanismo, do constitucionalismo e da democracia”.

Para ele, a ideia de inimigo, que em grande medida orienta parte do discurso dos que sustentam a tese de aprovação do PL, não tem amparo constitucional. “Não é possível, portanto, sob uma perspectiva constitucional, legal ou democrática, separar a população brasileira entre cidadão e inimigos e, com base nisso, propor o extermínio desses últimos como solução para a crise da segurança pública. Esse tipo de mudança proposta pelo PL somente pode ocorrer se for admitida a existência de um estado de exceção permanente em nosso país, uma suspensão de direitos é uma anormalidade democrática. Não dá para fazer isso e dizer que vai tudo bem com a democracia, as instituições e que a Constituição continua sendo o documento jurídico-político que fundamenta e formata a existência do Estado Brasileiro”.

Isaac avalia também que os caminhos deveriam ser outros. “Há mais de três décadas, a propósito, estamos insistindo na criação de leis penais mais severas como estratégia para combater a criminalidade, reduzindo o debate da segurança pública a questões de política criminal e repressão policial. Qual tem sido o resultado disso até agora? Devemos aumentar a dose do 'remédio amargo' até agora utilizado, ou será que o momento é de rever a prescrição e considerar outras formas de tratar o problema”?

“Quem será abatido? São de fato esses indivíduos 'abatíveis' que dão sustentação a violência e a criminalidade em nossa sociedade? O abatimento de suspeitos só se manifestará em áreas sociais muito específicas, geralmente lugares nos quais o Estado Brasileiro não chega com políticas públicas garantidoras de direitos, mas apenas com a sua força coercitiva. Principalmente em tais lugares e condições crianças e jovens são facilmente cooptadas pelo crime e certamente serão usados como transportadores ou portadores de armas. Quantas delas poderão serão abatidas em nome da construção de uma sociedade melhor? Quantos indivíduos inocentes confundidos presumidamente com bandidos deverão ser exterminados para garantir a “paz social”?

De acordo com o professor, o projeto de lei que autoriza o abate do cidadão suspeito inclusive a distância, viola até mesmo a norma de guerra. “Não estamos em estado de guerra com ou outros países, nos defendendo de uma ameaça externa, mas mesmo se estivéssemos, estaríamos submetidos a Convenção de Genebra (Decreto nº 849, de 25 de junho de 1993), também conhecida como 'lei da guerra', através da qual as partes em conflito estão comprometidas a atuarem dentro de alguns limites. O artigo 41 da Convenção estabelece, por exemplo, a proibição de atirar no inimigo fora de combate”.

“Penso que não se faz uma sociedade melhor apostando na diminuição de direitos, na normalização de leis de exceção e na naturalização do extermínio de nacionais pelo próprio Estado. Acreditar que essas coisas são boas ou desejáveis parece, pelo menos em um juízo minimamente republicano, democrático, racional e humanista, sinal de que precisamos, com as devidas cautela, responsabilidade e urgência que a questão exige, refletir sobre o nosso atual estágio civilizatório”.

A Prefeitura do Rio de Janeiro publicou no Diário Oficial desta quinta-feira (15) uma autorização para a demolição de parte da casa do senador Romário na Barra da Tijuca.

Segundo um laudo da Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Urbanização, parte do imóvel localizado em um condominio de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, foi construída em área pública, ultrapassando o limite permitido.

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Dois imóveis que pertenciam ao senador já foram leiloados. Mas, sobre a casa que está prestes a ser demolida, e avaliada em R$ 6,4 milhões, ele nega ser o proprietário.

O imóvel ainda está no nome de Adriana Sorrentino, uma advogada que vendeu a casa ao senador, mas a compra acabou não sendo quitada. Mas, segundo um vizinho, ele teria comprado a casa e, logo, iniciado uma reforma.

A obra ficou embargada desde dezembro de 2016, e intervenções continuaram sendo feitas. "Parte da edificação destinada à edícula não é legalizável, tendo em vista que está sendo executada fora do limite do lote em questão, em área pública destinada a recuo", dizem as autoridades.

O senador teria acrescentado mais de 600 metros quadrados ao terreno. A casa tem um total de 1.575 metros quadrados, e ainda conta com um campo de futebol.

Da Ansa

O senador Cristovam Buarque (PPS) criticou, nesta segunda-feira (12), a concessão do auxílio-moradia para os juízes e parlamentares. O pernambucano falou que o benefício é uma “forma perversa” de gasto do dinheiro público. “Cada um, juiz ou o parlamentar, ganha o suficiente para pagar aluguel de sua casa ou até construir sua casa”, declarou. 

“O Brasil felizmente despertou para o problema da corrupção graças, sobretudo à Operação Lava Jato, mas ainda não despertou plenamente para uma forma perversa de gasto e de dinheiro público que são as mordomias, os privilégios que são pagos a alguns dos servidores públicos, especialmente parlamentares e os juízes sob a forma de um auxilio chamado auxílio-moradia”, ressaltou o senador. 

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O senador ressaltou que apresentou um projeto de lei que, caso o privilégio acabe, para que o todo o dinheiro poupado seja destinado para o piso salarial dos professores. “O piso é de R$ 2.400, metade do auxílio”, destacou afirmando que o piso subiria para R$ 2.600. “Ainda é muito pequeno, mas já seria um aumento no piso salarial ao mesmo tempo em que acabando o privilégio que não faz sentido no Brasil”. Cristovam também disse acreditar que o Supremo vai acabar com essa regalia. 

No final do ano passado, o senador Álvaro Dias (PR) também falou sobre os privilégios chegando a afirmar que abre mão de R$ 50 mil por mês. “É o ônus da coerência. Há uma cobrança popular pelo fim dos privilégios das autoridades. Há os que combatem, mas que não abre mão dos seus. Eu abri mão dos meus privilégios”, chegou a dizer. 

 

 

 

 

Pré-candidato do Podemos à Presidência, o senador Alvaro Dias (PR) possui mais de quatro décadas de vida pública, mas tem dito ser uma alternativa para "romper com o sistema político vigente". Em pesquisas recentes de intenção de voto, aparece com 6% no melhor dos cenários.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, ele afirma se encaixar no perfil esperado pela população: um nome com "experiência na gestão pública e que tem passado limpo". O senador chegou a ser citado na delação da Odebrecht, mas a denúncia foi arquivada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. O caso, segundo o relator da Lava Jato, se tratava de suspeitas já prescritas ocorridas no período em que o político era governador do Paraná, entre 1987 e 1991.

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Como pré-candidato, ele diz que vai focar sua campanha no primeiro turno no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e disputar o eleitorado com nomes do centro, como o governador tucano Geraldo Alckmin. "Não sou anti-Alckmin, sou antissistema." Alvaro Dias chama de "surreal" eventual candidatura do presidente Michel Temer.

O que o motivou a se lançar como pré-candidato?

O Brasil vive um momento crucial para seu futuro e as pessoas conscientes devem contribuir na política ou fora dela. A participação agora, o protagonismo, é questão de responsabilidade. O País está mergulhado num oceano de dificuldade e a escolha infeliz pode significar a reedição dessa tragédia.

O que seria a escolha infeliz?

Algo que fuja aos pressupostos básicos: experiência administrativa e passado limpo. A escolha adequada é aquela que possibilite uma ruptura com o sistema atual, que fracassou e levou o País ao caos administrativo. O Estado brasileiro cresceu exageradamente, empobreceu como gestão, porque os partidos passaram a indicar com objetivos escusos, sem critérios de competência, probidade, e se estabeleceu relação de promiscuidade entre os poderes. O Brasil ficou desarrumado e a necessidade de arrumação passa pela refundação da República.

A revista Veja traz informação de que a Polícia Federal obteve cópia de e-mail do empresário Samir Assad para a Odebrecht no qual este afirma que o senhor pediu R$ 5 milhões para não levar adiante a CPI que apurava as atividades do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 2012. O que o senhor diz sobre essa acusação?

É uma armação descabida porque, para quem acompanhou o meu desempenho nessa CPI, isso soa como uma vingança. Porque na verdade fui eu que criei os problemas todos, encaminhei para a PF, inclusive, um relatório bastante robusto mostrando os caminhos das pedras, de onde saiu o dinheiro, para onde ia, as empresas laranjas, que eram criadas inclusive por esse cidadão, que não me lembro de ter visto. Teve uma matéria da Veja anterior à CPI em que interpelei judicialmente o (empresário Fernando) Cavendish (ex-dono da Delta Construções) porque ele disse de forma totalmente irresponsável que ele comprava senadores e eu pedi que ele dissesse quem eram os senadores.

Por que o senhor poderia representar um ruptura do sistema?

Sempre fui contestador da chamada velha política. Por isso, quase sempre fiquei desconfortável no ambiente partidário, razão das várias mudanças de siglas. Digo que nunca mudei de partido, e sim de sigla, porque partidos não temos, e mudei de sigla à procura de um partido que não encontrei até hoje. Agora me encontro num movimento. Mudei de sigla para não barganhar meus princípios. Em 2010, imaginei que alguém propusesse ruptura; em 2014, também, mas não aconteceu, então me senti no dever de fazer isso.

De que forma isso seria feito?

Nossa proposta é de substituição desse sistema com todas as consequências, redução do tamanho do Estado, do Legislativo e eliminação de privilégios. Também defendo reformas essenciais: a reforma política, do Estado, federativa, tributária e previdenciária. Elas devem estar colocadas para debate e deliberação nos primeiros 100 dias de governo, porque assim você traz o calor das urnas.

Mesmo no PSDB, durante boa parte da gestão do governo FHC o senhor atuou como oposição.

Na verdade, durante os 42 anos de mandato que já exerci só fui governo quando governei o Paraná, obviamente, e depois sete meses no segundo mandato do FHC. De resto, fui oposição justamente por não compactuar com o modelo da barganha permanente. Quando Lula se elegeu, eu estava no PDT, tinha deixado o PSDB em razão de uma trombada com o partido, porque participei de um movimento que pretendia instalar CPI para investigar corrupção, e isso não foi absorvido pelo partido. Acabei indo para o PDT, e assim que Lula se elegeu e o PDT foi para o governo, eu me retirei. É um comportamento bem diferente da maioria dos políticos brasileiros, cuja cultura é do fisiologismo. Nós vemos os políticos sempre como manadas de elefantes correndo para a sombra do poder. Por isso, me sinto autorizado a propor essa ruptura.

E mesmo tendo essa trajetória na política passando por partidos tradicionais, o senhor acha que pode ser visto como alternativa a esse modelo?

A sociedade não está buscando o candidato alternativo, mas o modelo alternativo, e quer identificar quem tem mais condições de dar sustentação ao modelo novo. Creio que a experiência administrativa será da maior valia para o sucesso dessa empreitada.

Como é ser oposição atualmente ao governo Temer? Com o cenário embaralhado é mais difícil?

Sim, é uma postura de complexidade porque, como nós defendemos o impeachment da ex-presidente Dilma (Rousseff), há aqueles que admitem responsabilidade em relação ao sucessor. Eu defendia o impeachment completo, foi a gota d'água, inclusive que transbordou e fez com que eu deixasse o PSDB (pela segunda vez), que tinha posicionamento de aliança com o MDB. Eu advogava pelo impeachment também do presidente (Temer). Por isso, vejo o atual governo como o mesmo governo, o mesmo conjunto de agentes públicos administrando o País, que foram sócios da tragédia.

O senhor acredita na candidatura do presidente Michel Temer?

Seria surreal uma candidatura do presidente Temer com a rejeição. Eu não creio. Acho que é apenas uma encenação, obra do marketing oficial para garantir sobrevivência até o final do mandato.

Em relação aos outros candidatos, o senhor acha que tende para uma radicalização?

A bipolarização fica para o segundo turno. No primeiro turno teremos a pulverização, o debate de ideias. A disputa da extrema esquerda com a extrema direita se esgotou. Os brasileiros exigem dose mais forte de pragmatismo em vez dessa discussão esquizofrênica entre extrema esquerda e extrema direita. Que briguem os extremados, mas a maioria dos brasileiros deseja equilíbrio.

Acha que Geraldo Alckmin pode crescer nas pesquisas mesmo após escândalos de corrupção envolvendo o PSDB?

É essencial a substituição desse sistema. Não se trata de condenar pessoas, mas de substituir um sistema que fracassou, que empurrou o País para essa tragédia. Não é só o caso do Alckmin. Esse sistema foi implantado em Brasília e foi clonado e transplantado para Estados e municípios de um modo geral. Não sou anti-Alckmin, sou antissistema.

Sem Lula, como o sr. vê a esquerda?

A esquerda ficou abalada, vai ter de procurar um plano B. A esquerda inicia o processo fragilizada, acredito que haverá uma pulverização e esses votos poderão migrar para outras candidaturas.

Como viabilizar a candidatura em um partido de menor expressão como o Podemos?

Acho que a imprensa vai oferecer espaço para o debate e nós teremos oportunidade de compensar eventual desigualdade de tempo no horário gratuito da TV e do rádio. Não podemos comprometer nossa proposta com essa ambição de tempo maior para apresentação da mensagem na campanha. Podemos fazer aliança desde que não desvirtue nossa proposta, não traga incoerência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Magno Malta (PR) ao iniciar seu discurso, durante a filiação do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro ao PSL, se deparou com o público presente entoando “vice”, “vice” em referência sobre ele ser uma das possibilidades para ser o candidato a vice-presidente na chapa da legenda. Em um momento de sua explanação, Magno nem confirmou, mas não descartou a possibilidade. A cerimônia aconteceu na noite dessa quarta-feira (7). 

“Bolsonaro nunca me procurou para ser vice dele. Eu nunca procurei e nunca conversamos, mas está nas mãos de Deus”, declarou falando sobre sua trajetória na política ressaltando, segundo ele, que presidiu a maior CPI da história do Senado, a do narcotráfico. 

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Magno Malta ressaltou que se sentia honrado pelo carinho dos presentes na cerimônia. “Mas efetivamente eu sou candidato a senador. A minha vida não pertence a mim e nem a de Bolsonaro pertence a ele. Nós não sabemos do dia de amanhã e muita água tem que correr debaixo d’água”, desconversou.

“Bolsonaro, eu estou contigo pelo meu país. Estou contigo pelas minhas filhas e estou contigo pelas mulheres do Brasil”, falou também afirmando que o único sentido na vida é quando se investe na vida dos outros. “Isso que vale. A vida pública não foi feita para fazer fortuna. Não foi feita para desviar dinheiro público”, continuou explanando Magno. 

O senador voltou a dizer que Bolsonaro será o presidente do Brasil a partir do dia 1º de janeiro de 2019. “O Brasil precisa de um homem que não se envolveu em corrupção, de um home que tem vida pública ilibada, que tem sangue no olho”.

Malta ainda salientou que o Brasil está diante de um quadro nefasto com uma nação envolvida com corrupção onde também querem “atacar” os valores das famílias e “assaltar” a pátria para dividir com os comparsas. “O quadro é nefasto, mas nem tanto assim porque Deus levantou a tampa do esgoto e nós passamos a ver os ratos. Conhecemos os ratos e sabemos os seus apelidos. Nós só vamos errar se nós quisermos”. 

Chamado por muitos de golpista por ter votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro de Lula Cristovam Buarque divulgou um vídeo nesta quarta-feira (7) tentando se justificar. O atual senador pernambucano falou que preza pela "coerência". 

Cristovam Buarque contou que, durante cinco anos, vinha avisando que a presidente Dilma era “irresponsável” do ponto de vista fiscal. “Eu fiz audiências aqui no Senado mostrando o que naquela época se chamava de contabilidade criativa, essa coisa depois virou o nome de pedalada. Tenho documento mostrando os debates, tudo mostrava que estava com contabilidade criativa, com irresponsabilidade fiscal, então eu alertei que ia dar errado, eu alertei que era crime”, declarou. 

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O senador disse que titubeou na hora da votação porque tirar uma presidente eleita do poder era um “negócio” muito constrangedor. “Mas se eu votasse diferente, eu seria incoerente. Se tem uma coisa que eu zelo é pela coerência, então eu preferi correr todo o risco político, perder amigos, eleitores e perder prestígio internacional”. 

“Muitos dos meus amigos internacionais de uma esquerda que eu considero absoleta, mas fascinado pelo discurso do Lula, da Dilma e do PT, até hoje estão desconfiados comigo. Eu preferi perder tudo isso e não ser incoerente. Eu fui coerente, mesmo lamentando”, reiterou Buarque. 

 

 

 

 

O sonho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) de se tornar governador de Pernambuco não é novidade. FBC era um dos nomes da lista do ex-governador Eduardo Campos para ocupar a tão disputada cadeira do Palácio dos Campos das Princesas. Após 12 anos no PSB, insatisfeito e em busca de um novo projeto de poder, ele deixou a legenda e ingressou no MDB. O ex-prefeito de Petrolina é um dos mais cotados para pleitear a vaga na eleição de outubro concorrendo com o agora adversário político, o governador Paulo Câmara (PSB).

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Bezerra Coelho não desconversou ao ser questionado se estava animado com a possibilidade de realizar o desejo antigo de se tornar governador. O senador, oriundo de uma família de tradição política no Sertão do São Francisco, foi direto. “Com certeza. Estou pronto, estou preparado e coloco o meu nome à disposição”, respondeu com entusiasmo. 

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No entanto, em seguida, FBC ponderou. “Mas, se por acaso a escolha recair em favor de algum outro companheiro desse movimento terá o meu entusiasmo, o meu apoio e, sobretudo a minha disposição de luta para que a gente possa, de fato, dar um outro caminho a Pernambuco”. 

O senador ainda falou que sua alma estava em festa pelo resultado de mais um ato grupo “Pernambuco Quer Mais”. “Com o coração alegre sabendo que estamos construindo uma grande frente política”.

 

O senador Magno Malta (PP), nesta terça-feira (27), criticou veemente o valor das passagens aéreas que são pagas no Brasil. De acordo com o parlamentar, os brasileiros pagam a tarifa aérea mais cara do mundo, o que definiu como “safadeza”. Magno também criticou a taxa de bagagem afirmando que era “indevida e abusiva”. 

Magno ingressou com uma ação popular em defesa do consumidor. Segundo ele, as empresas continuam reajustando os valores das passagens burlando o acordo feito com a Agência Nacional de Viação Civil (ANAC). “A Anac não está ali para isso. Eles sabiam que é uma malandragem porque, na verdade, o argumento de que se cobraria pelas malas seria, em seguida, para diminuir as tarifas. O Brasil, de fato, não melhorou, mas parou de piorar. As pessoas viajaram mais este final de ano, o turismo externo aumentou muito e com isso esperava-se que a tarifa fosse diminuir, mesmo as pessoas pagando a bagagem, mas pelo contrário, eles aumentaram o preço da passagem”, criticou. 

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O senador falou que muitas pessoas estão passando por constrangimentos. “A Anac foi criada para fiscalizar, não foi criada para beneficiar as empresas aéreas a aumentar e cobrar as bagagens. O passageiro tem o direito a um peso mínimo de dez quilos para bagagem de mão, mas tem muita gente passando constrangimento porque chega na porta do avião, mostra a mala, faz o checkin, está autorizado e quando chega lá dentro tem tomam a mala e levam para baixo”.    

Ele pediu para que o cidadão passe a ser respeitado. “Por exemplo, você sair daqui de Vitória para ir até o Piauí, é melhor ir para Miami porque você vai pagar mais barato, olha que absurdo”. Magno Malta ainda falou que há companhias aéreas cobrando pela marcação do assento. “Para marcar, agora tem que pagar. Eu vou levar essa briga até o final”, avisou. 

O desejo do deputado federal Silvio Costa (Avante) de se tornar senador da República se tornou público já há alguns meses. Em entrevista ao LeiaJá, concedida nesta sexta-feira (23), o parlamentar falou que “está doido” para que comece a campanha eleitoral para discutir ética com os políticos. “Principalmente com esse povo do PSB”, declarou.

Silvio Costa, com o objetivo de se fortalecer rumo ao Senado Federal, contou que está dialogando com prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, movimentos sindicais e sociais. “Eu sou pré-candidato a senador e vou para a luta. Modéstia à parte, sinto-me preparado. Eu estudo a Constituição Federal e eu leio o regimento”, destacou. 

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O deputado também falou que a sua vitória na eleição depende do povo de Pernambuco. “Se for o desejo do povo pernambucano, em 2019 eu estarei lá”. Questionado se acredita ter o apoio da população, Silvio foi mais discreto. “Bom, eu não sei. Eu estou andando e eu estou feliz. Primeiro, tem que ver quais são os candidatos. Quem são os senadores de Paulo Câmara? Só sei que eu sou pré-candidato”. 

Ele participou, na noite dessa quinta-feira (22), do evento de filiação do ex-prefeito de Petrolina Julio Lossio à Rede Sustentabilidade, que aconteceu no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina. “O Julio mandou o convite para mim e eu tenho uma relação com ele. Tenho uma relação com todos os deputados federais da Rede. A Rede é um partido que votou a favor da democracia e votou contra o impeachment. Tenho respeito pela Rede, por todos os seus parlamentares, e pela história da ex-senadora Marina Silva”, explicou. 

 

 

 

Às vésperas do Carnaval, o senador Humberto Costa (PT) anunciou nesta quinta-feira (8) que vai viajar até o Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, para denunciar a “perseguição” ao ex-presidente Lula e a tentativa de tirá-lo no “tapetão” da disputa presidencial deste ano. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o embaixador e ex-chanceler Celso Amorim acompanham o senador na viagem marcada para o próximo dia 26.

O líder da oposição no Senado Federal contou que é membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Esse grupo integra uma delegação do PT que, até o dia 2 de março, terá encontros com dirigentes da Confederação Sindical Internacional (CSI). “Vamos denunciar em todos os foros internacionais possíveis a caçada política promovida contra Lula e a ruptura da ordem democrática no Brasil provocada por um processo absolutamente viciado”, disse o petista.

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Humberto falou que a “caçada” ao ex-presidente é o resultado de uma trama sórdida por parte do empresariado. Ele também disse que Lula é “o líder mais popular do país” e que o presidente Michel Temer (PMDB) é "o sujeito mais detestado e enlameado em corrupção”.     

“O país bate desemprego recorde, a escravidão é reinstaurada e o Ministério do Trabalho, por exemplo, fica sem o titular porque a pessoa indicada é condenada por descumprir a legislação trabalhista e investiga por associação ao tráfico. Vejam que contrasenso vivemos”, criticou o senador. 

 

 

O ex-ministro de Lula, o senador Cristovam Buarque (PPS), durante uma entrevista detonou o líder petista e chegou a compará-lo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Lula foi um dos grandes inventores de narrativas falsas, não o Trump”, alfinetou. Parte da conversa onde criticou o governo Lula foi publicado na página do Facebook do senador. 

Cristovam falou que o discurso de que o Brasil tirou milhões de pessoas da pobreza, que teriam ingressado na classe média durante o governo Lula, é uma narrativa falsa. “A ideia de que os filhos dos pobres entraram na universidade é narrativa falsa, ele pegou um item que de fato alguns puderam entrar por cotas, não foi uma verdade plena. Essa verdade só haveria se a educação de base fosse boa para todos. Filho de pobre e filho de rico um estudando ao lado do outro”. 

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“Eu tenho a impressão que no Brasil tem uma coisa mais grave do que a narrativa falsa hoje são as realidades falsas ou as realidades alternativas. A diferença é que na narrativa falsa ainda fica a dúvida, eu vou atrás para ver se é verdade, mas quando você tem uma realidade falsa, que ela está introjetada na mente, aí não adianta argumento. Hoje, a gente está nesse tempo. Você é de um lado ou é de outro”, expôs o senador. 

O pernambucano ainda disse que, no governo Lula, os marqueteiros criavam o que chamou de “narrativa alternativa”. “Ao longo do governo Lula, nós tivemos muitas narrativas falsas. Os marqueteiros faziam a narrativa alternativa. Só que a narrativa alternativa virou verdade para algumas pessoas", salientou. 

 

Em entrevista concedida à CBN Recife, na tarde desta segunda-feira (29), o senador Humberto Costa (PT) falou sobre o cenário político para a eleição 2018. O petista disse acreditar que Lula é o melhor para o país e defendeu que ele possa ser candidato. Também se disse contra a vitória de Bolsonaro, mas que ele tem o direito de participar do pleito. 

“Você veja agora, já há um movimento para tirar o próprio Bolsonaro. Lógico que eu não quero Bolsonaro de jeito nenhum. Já tem gente aí [querendo tirá-lo] por conta do que ele falou, que ele disse não sei o que, então isso não pode, né gente?”, declarou. 

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Humberto também falou que milhões de pessoas terão a “vontade comprometida" se Lula não puder ser candidato. “Se o candidato que está em primeiro lugar não poder participar, esse candidato que vier a ser eleito não vai ter a legitimidade. Veja bem o governo Temer, um dos maiores problemas que tem é a falta de legitimidade. Tudo piorou, a economia, a prática de corrupção e o toma lá, dá cá. É incapaz de colocar qualquer coisa para frente porque falta legitimidade e apoio da população”. 

O senador também salientou que mesmo que o Lula não possa vir a ser candidato, pelo seu “peso”, o candidato dele teria condição de chegar ao segundo turno. "Eu acredito, posso estar enganado, mas uma coisa eu tenho convicção, a não ser que eles prendam Lula e que na cadeia ele não possa nem fazer um guia eleitoral, só em uma situação que não possa nem da cadeia gravar um live para apoiar alguém, com certeza ele vai botar alguém no segundo turno. Pode ser até alguém que não seja do PT, mas acho que Lula vai ser candidato”. 

O parlamentar também disse que quanto mais o perseguem, mais o ex-presidente fica fortalecido e afirmou que toda a luta do PT somada a outras forças de esquerda tem como objetivo defender a democracia e de questionar se um candidato pode ser impedido de participar da disputa presidencial por “razões políticas”. 

Durante uma entrevista a uma rádio, nesta quarta-feira (17), o senador Magno Malta (PR) falou sobre o julgamento que acontece no próximo dia 24 e que tem como alvo Lula. O parlamentar não poupou críticas ao ex-presidente. “A pena dele [Lula] merece ser dobrada”, disparou. Em primeira instância, o juiz Sérgio Moro condenou o petista a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão relativo ao caso do triplex.

“O Brasil sabe quem roubou, quem cometeu indignidade. Agora o troço está invertido. Agora é o juiz que tem que ter medo do ladrão. Juízes do TRF-4, não tenham medo. Se Lula não fez nada, se Lula não roubou, se não existe prova, inocente ele, mas eu duvido que o doutor Moro iria sentenciar o Lula sem prova sendo uma investigação séria do Ministério Público e da Polícia Federal”, declarou. 

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Magno Malta chegou a afirmar que Lula “assaltou” o Brasil. “Vocês roubaram o Brasil. Lula assaltou o Brasil e é preciso ser julgado como qualquer cidadão. A penitenciária está cheia de gente que caiu com 300 gramas de maconha, com dois papelotes de cocaína. Tem mãe de família que serviu de mula para ganhar um mirreca e está presa amamentando filho na cadeia. A mulher de Sérgio Cabral está solta, que roubou bilhões do Rio de Janeiro. Está tudo invertido. Só falta chover para cima. Onde é que nós vamos parar?”, indagou. 

“Agora está o PT fazendo alarde, gritando. Vi um vídeo de um cidadão dizendo que iria bater na cara da presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, que vai dar um soco na cara da presidente. A que ponto nós chegamos? Quer dizer, um país assaltado, cheio de corruptos, uma corrupção desgraçada que eles fizeram e agora todo mundo vai ter medo porque eles vão mandar matar. Eles vão matar no meio da rua? Vão para lá com foice, com facão e com revólver? Vocês vão matar quem cambada de cara de pau. Vocês precisam lavar essa cara suja de vocês”, disparou o senador. 

O senador também falou que Lula nunca será Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul. “Nelson se fez pela luta e pela honradez, esse não tem honradez, é indigno, é mentiroso e assaltou o Brasil. Infelizmente, tem gente que ainda defende esse canalha”. 

Vandalismo e ameaças 

Ele ainda expôs, durante a entrevista, que estava “indignado” com a declaração da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, que polemizou ao falar que “para prender o Lula, vai ter que matar gente”.  “Ei, polícia, Ministério Público e Justiça, eles estão ameaçando. Qualquer pessoa que faz ameaça é chamada para depor, é preciso convocar. Vocês estão ameaçando quem? A população do Rio Grande do Sul? Os ambulantes que estarão lá? Quem vocês estão ameaçando? A polícia? Vai matar a polícia? Vai botar fogo em carro? Isso vai, vai botar fogo em ônibus, isso vai, vai botar fogo em patrimônio público, isso vai porque o vandalismo estará lá”, disse se referindo ao dia do julgamento. 

Magno Malta ainda falou que o Brasil está “orando” pelos juízes e que todos desejam um país longe “dos esquerdopatas que destroem valores de família, que não ama a família, que querem erotizar os nossos filhos e que querem legalizar as drogas e o aborto”. “Mas eles não vão voltar ao poder mais não. E se roubou, ele não está acima da lei ele não é inimputável. Ladrão é ladrão e vai ter que pagar”. 

 

 

 

 

 

 

Fotografias publicitárias com retoques digitais em modelos deverão vir com tarja informativa sobre as alterações gráficas. É o que determina o projeto de lei 439/2017, de autoria do senador Gladson Cameli (PP-AC), que considera a questão um problema de saúde pública.

A proposta vale para todo tipo de alteração gráfica em modelos, com exceção de retoques digitais de cabelos e de remoção de manchas na pele. De acordo com o senador, as mudanças digitais produzem imagens idealizadas que refletem um padrão irreal e inatingível de beleza.

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Para Cameli, a proposta é uma forma de amenizar o dano causado pela publicidade que reverencia o culto à magreza excessiva. "A busca incansável pelo corpo perfeito pode levar quem se espelha nesse tipo de publicidade a desenvolver diversos transtornos, como quadros de anorexia ou bulimia, sobretudo entre pessoas com baixa autoestima", argumentou o senador.

Na França, o governo criou uma medida similar para qualquer imagem comercial em que a aparência corporal de uma pessoa tenha sido alterada digitalmente, em especial para fazer com que alguém pareça mais magro ou mais forte. Essas fotos devem exibir um alerta parecido com o estampado num maço de cigarro, indicando que o uso do programa Photoshop.

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O senador pernambucano Armando Monteiro (PTB) também comentou o balanço anual da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), que foi divulgado nesta terça-feira (16). Os dados mostram que Pernambuco teve mais de 5 mil assassinatos e mais de dois mil casos de estupros registrados, mais de 33 mil casos de violência doméstica, entre outros números. 

Armando falou que esse é o pior resultado desde que o levantamento começou a ser feito. “Se a frieza dos números já assusta, é desalentador saber do sofrimento de tantas famílias obrigadas a conviver com a dor e o medo”. 

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Assim como outros opositores, o senador disse que o Governo de Pernambuco tem feito propaganda de investimentos recordes na área da segurança pública. “Como pode entregar esse resultado? Que tipo de gestão é essa? Falta pulso firme para combater a violência. Falta compromisso com a população”, criticou. 

Nos últimos meses de 2017, o governador Paulo Câmara (PSB) insistiu em falar que a sua gestão fez o maior investimento em segurança na história de Pernambuco. O pessebista afirmou que está reunindo todas as forças necessárias para priorizar o combate à criminalidade em todo o Estado. 

Paulo Câmara também garantiu, em novembro passado, que o Pacto pela Vida é um “programa consistente, com planejamento e inteligência” capaz de se adaptar aos novos desafios. 

 

 

 

No começo deste ano, o deputado federal Sílvio Costa (Avante) garantiu que “o vento da renovação” vai prevalecer em Pernambuco, no próximo ano, em referência à eleição que deve trazer novidades. O próprio reforçou que será candidato ao Senado Federal. “Sou candidatíssimo, aliás, sou pré-candidato a senador de Pernambuco”, disse categórico em entrevista ao LeiaJá neste sábado (23). 

“Estou andando todo o estado de Pernambuco conversando com prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, suplentes de vereador, movimentos sociais e sindicais e estudantes”, contou sobre a preparação para disputar a vaga. 

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Questionado se está confiante, o parlamentar falou que “modéstia à parte” se sentia preparado para representar Pernambuco no Congresso. “Olha, veja bem, é claro que vai depender da vontade soberana do povo, mas modéstia à parte eu me sinto preparado para representar Pernambuco. Seria um privilégio para mim representar Pernambuco no Senado Federal”, declarou. 

“Eu procuro ler a Constituição Federal, procuro ler o regimento do Congresso Nacional, procuro ler sobre economia, saúde e educação, eu procuro sempre me preparar. Eu estou pronto para o debate, em 2018, e vou andar todo Pernambuco. Se por ventura for o desejo dos pernambucanos, em 2019 estarei no Senado Federal”, ressaltou Sílvio. 

Em conversa anterior, o deputado falou que não tinha medo de embate político “venha quem vier”. “Não sei quais serão os candidatos a senador do governador Paulo Câmara (PSB), me parece que Jarbas Vasconcelos (PMDB) já está sendo colocado como uma das opções. Serão duas vagas e acho que posso fazer um bom debate”, afirmou na ocasião.

O senador Cristovam Buarque (PPS), que falou nesta semana sobre o desejo de ser presidente do Brasil, passou por mais um constrangimento ao chegar na confraternização de sua legenda, que foi realizada no restaurante Ki-Filé, nessa quarta (20), em Brasília. De acordo com o Correio Braziliense, o senador pernambucano foi hostilizado por dois homens que o chamaram de golpista. “Golpista, golpista, você morreu”, teriam provocado. 

Segundo o informado, Cristovam rebateu afirmando que poderia até ser golpista, mas não corrupto, o que teria arrancado aplausos de pessoas que viram a cena. Nesta quinta-feira (21), o pernambucano chegou a compartilhar a nota publicada pelo veículo de comunicação e reiterou: “Posso ser golpista para você, mas não sou corrupto perante minha consciência e perante o Brasil”, escreveu em sua página no Facebook.

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Alguns internautas reagiram negativamente diante da declaração. “Mas, com o seu voto a favor do golpe, o senhor alimenta a corrupção. O senhor votou a favor dos corruptos”, ressaltou um. Outros o defenderam chegando a defini-lo como “um homem íntegro, honesto e do bem”. 

O senador, que já foi filiado ao PT, passou a ser chamado de “golpista” por ter sido a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Ex-ministro do ex-presidente Lula se tornou uma espécie de “traidor” por uma parte da população que foi contra o afastamento de Dilma. 

Em setembro de 2016, Buarque chegou a encerrar uma audiência pública comandada por ele, na Comissão de Educação no Senado, após uma manifestação onde foi novamente chamado de golpista. “Eu comecei a ouvir o grito de ‘golpista, golpista, golpista’. Eu fiquei nove anos fora do Brasil para não conviver com golpista. E eu não quero que ninguém conviva com golpista", chegou a comentar sobre o acontecido. 

Desejo de ser presidente

No começo desta semana, ele chegou a falar sobre o desejo de ser presidente do Brasil. Segundo Buarque, caso conseguisse vencer a eleição presidencial de 2018, iria se dedicar para recuperar a confiança no Brasil. “Eu vou me dedicar para recuperar a confiança no Brasil, que é um grande país, a partir de confiarem nos líderes desse país, entre os quais eu quero estar”, salientou. 

 

 

O senador petista Humberto Costa utilizou sua página do Facebook, nesta terça-feira (19), para se somar aos que são contra a pré-candidatura a presidente do Brasil do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Compartilhando uma montagem no qual Bolsonaro é questionado sobre quais são as suas propostas para a área da saúde, caso seja eleito em 2018, ele disparou críticas. Na resposta, Bolsonaro falou sobre cáries. "Por exemplo, uma criança que nasceu precocemente tem um gasto altíssimo no neonatal. E por que temos muito prematuro no Brasil? A primeira questão, segundo diz os médicos, é uma questão de cárie. Então, quando for fazer o pré-natal, a ideia é já mandar para um dentista”, disse.

Humberto disse que Bolsonaro tem mostrado seu despreparo. “Imagina isso presidente. Que Bolsonaro só abre a boca pra dizer bobagem, não é novidade. Mas sua pré-candidatura a presidente tem servido a mostrar o absoluto despreparo dele para lidar com qualquer tema. Como diz aquele velho ditado, Bolsonaro calado é um poeta”, escreveu.

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Recentemente, no plenário do Senado Federal, o pernambucano chegou a dizer que o Brasil não será o país dos bolsonaros. “Este não será o país dos bolsonaros, do ódio, da intolerância. Este não é o perfil da nossa sociedade, não é o que queremos para o Brasil”, garantiu. 

O deputado federal Silvio Costa (PTdoB) também causou ao falar, no início deste ano, que quem vota em Bolsonaro é idiota. “Bolsonaro nunca leu um livro na vida dele. Se você conversar com ele, você percebe isso. Um espaço entre alguns idiotas da direita. Pode botar idiota mesmo [na matéria], porque um cara que vota em Bolsonaro eu não tenho outro nome a não ser chamar de idiota", chegou a dizer na ocasião. 

 

 

 

 

 

 

 

 

O senador pernambucano Cristovam Buarque (PPS), que chegou a ser chamado por muitos de “golpista” por ter votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, começou a semana falando sobre um desejo: o de ser presidente do Brasil. Por meio do seu Facebook, ele compartilhou uma reportagem ao A TARDE, no qual conta que, caso conseguisse vencer o pleito, irá se dedicar para recuperar a confiança no Brasil. 

No entanto, o PPS ainda não tem um candidato lançado. “Eu tenho vontade e sinto quase um constrangimento para ser [candidato] diante do quadro que o Brasil atravessa e dos discursos dos outros candidatos”, contou. O senador, durante a entrevista, falou que o presidente da legenda, Roberto Freire, afirmou que o PPS não está pronto para lançar um nome e destacou que não existe isso de pré-candidato. O diretório também decidiu, de acordo com ele, que quem achar que pode participar do pleito pode se lançar sem a “benção” da sigla. 

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Cristovam Buarque, questionado se ele seria uma opção entra os pré-candidatos já postos Jair Bolsonaro (PSC) e Lula (PT), relembrou que já foi candidato contra Lula, Heloísa Helena e Alckmin em 2006. “Eu disputei com eles e tive 2,5% dos votos, o que justifica hoje eu ser candidato. Sinto uma obrigação e um desejo”, ressaltou também frisando que sente um “vazio” de propostas para o país.

“É preciso alguém que traga coesão e o primeiro item para retomá-la é um presidente que, desde o primeiro dia, faça com que os políticos deem exemplos de tal maneira que a população se sinta identificada, solidária com seus líderes. Isso se faz acabando com as mordomias, os privilégios; construindo um governo de transparência nas relações com o Legislativo e com o Judiciário; definindo prioridades responsáveis, sem demagogia. Além disso, o próximo presidente tem que trazer rumo. Não pode ser como o atual é, preocupado com o imediato. Embora duas coisas do Temer eu acho que acenam para um rumo: as reformas trabalhista e da previdência”, declarou. 

Questionado sobre o que diria para convencer os eleitores a votar nele, Cristovam foi breve: “Eu vou me dedicar para recuperar a confiança no Brasil, que é um grande país, a partir de confiarem nos líderes desse país, entre os quais eu quero estar. E, pra mim, o caminho disso é retomar a coesão, definir um rumo e usar a educação do pobre tão boa quanto a educação do rico como sendo o melhor caminho para um Brasil que desejamos. Ganhei seu voto?”, indagou o senador. 

Ele falou que não será candidato, caso o PPS não quiser, nem candidato a governador do Distrito Federal e nem vice-presidente. “Não tenho nem um pouquinho de predisposição de ser vice porque estou querendo levar um projeto. Vice não leva projeto”. 

 

Entre as inúmeras críticas que o senador Humberto Costa (PT) faz contra o atual governo, uma das maiores que revolta uma boa parte da população foi citada pelo petista nesta segunda-feira (20): o valor do preço da gasolina. “Nos postos, encher o tanque é missão impossível para a maioria dos brasileiros”, declarou por meio de uma publicação no Facebook. 

A postagem, acompanhada por um vídeo, destaca que o preço aumentou 11 vezes em um mês. “Corrupção de Temer dispara o preço da corrupção”, é destacado. O senador detonou. “Corrupto e ineficiente, o governo Temer faz você pagar a conta de maneira cruel”. 

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Muitos internautas aproveitaram para protestarem sobre o fato. “Não dá mais. Estamos pagando o patinho amarelo”, disse um. “Realmente a atual gestão tem realizado retrocesso no meio dos mais pobres. Contamos com o apoio da vossa excelência para fazer políticas conscientes a favor das classes menos favorecidas”, pediu outro. 

Um pouco mais cedo, Humberto criticou o cenário educacional no Brasil afirmando que o peemedebista acabou com o programa Ciência sem Fronteiras. “Saudade de viver em um país onde a renda dos mais pobres crescia mais do que a dos mais ricos e que as oportunidades se abriam para quem mais precisava. Temer acabou com o Ciência sem Fronteiras e o intercâmbio em graduação caiu até 99%. Sem investir em educação, um país está predestinado a ser eternamente pobre e subordinado”, lamentou. 

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