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Após parte da estrutura de madeira do telhado de uma casa desabar, três pessoas acabaram sendo atingidas. O acidente foi registrado na noite dessa quarta-feira (25), no Engenho Fernanduba, Jaboatão Velho, área rural de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

Os bombeiros foram acionados por volta das 23h51 para auxiliar as vítimas, que não foram identificadas. Todos os atingidos são da mesma família.

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Uma Unidade Tática do Corpo de Bombeiros foi direcionada para o local. Quando os oficiais chegaram na casa se depararam com as três vítimas, no entanto apenas uma delas precisou ser levada para o Hospital da Restauração, com escoriações pelo corpo: cortes na face, braço e nas pernas - mas sem fraturas aparente, segundo informado pelos socorristas.

As outras duas vítimas receberam os primeiros socorros no local, sem precisão de encaminhamentos para unidades de urgência/emergência.

Depois dos sérios problemas que aconteceram no Clássico das Multidões, realizado na Ilha do Retiro, muitos torcedores criticaram a estrutura do estádio rubro-negro. O presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, também reclamou do local por onde os tricolores entram na Ilha. Nesta terça-feira (13), em resposta às críticas, o Sport divulgou um posicionamento por meio do seu site.

De acordo com o Sport, a Ilha do Retiro passa por “ações corretivas preventivas e de conservação da estrutura” desde o ano passado. “Várias áreas do complexo estiveram e estão em reforma. É o caso do setor que divide a arquibancada do placar e as cadeiras de ampliação. O local vai receber uma nova mureta divisória. As obras, que não colocam em risco à estrutura do estádio e nem a integridade física dos torcedores, iniciaram há 11 dias e devem se estender por mais 30”, completou o Sport.

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Ainda segundo o Rubro-Negro, no setor que divide a arquibancada do placar e as cadeiras de ampliação é feito, durante os jogos, “um cordão de isolamento com estrutura física para garantir a preservação do local e assim manter a segurança de todos”.  No entanto, o clube reforçou que, após veiculações de alguns órgãos de imprensa sobre possíveis irregularidades no estádio, representantes do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco  (Crea-PE) e Federação Pernambucana de Futebol (FPF) estiveram no reduto leonino na manhã desta terça-feira.

Sobre a visita desses órgãos, o Sport garantiu que eles realizaram uma “rigorosa inspeção” na Ilha do Retiro. “Constataram a regularidade e a segurança das obras”, informou o clube, por meio do seu site oficial. “A Ilha do Retiro sempre foi e continua sendo segura e própria para receber jogos de futebol, desde que obedecida sua capacidade instalada. Pedimos desculpas ao torcedor pelo eventual transtorno causado pelas falsas notícias”, finalizou o Sport. O estádio tem capacidade para receber 29 mil torcedores.

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A época da escola é um momento marcante e que influencia em vários aspectos importantes da vida, desde a infância e até a vida adulta. Por isso, é muito importante a decisão pela melhor instituição para a criança ou o jovem. O processo de escolha da escola envolve várias variáveis que precisam ser consideradas pela família para que o resultado seja o melhor possível para cada estudante. 

Apoio, proximidade e disciplina

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Angela Cavalcanti é mãe de Davi, que tem sete anos, e de Maria Luísa, de treze. As crianças já passaram por duas escolas, uma no município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, onde a família reside, e depois em outra na zona oeste da capital pernambucana. Na decisão pela primeira escola, em Moreno, a proximidade de casa, boas referências fornecidas por outras mães e também um fator afetivo: era a escola onde havia estudado quando ela era criança. 

No momento de escolher o segundo colégio, quando apenas Maria Luísa mudou de escola sendo acompanhada pelo irmão menor apenas no ano passado, Angela conta que observou outros fatores para se assegurar de que era uma boa escola. 

A mãe explica que preferiu deixar o filho pequeno mais perto dela em uma escola menor onde ele fosse melhor acolhido e no momento de transferir o menino pensou “na estrutura física do colégio, no nível de formação dos professores, no apoio pedagógico com fonoaudiologia e psicologia” e também em outros pontos como, segundo ela, “atividades esportivas oferecidas pelo colégio, aulas-campo, momentos de celebração das etapas concluídas, simulados periódicos e gincanas”. 

Angela também explica que, por ser uma escola privada, levou o valor das mensalidades em consideração e já tinha uma ideia do custo antes de escolher, não sendo um fator determinante. Ela também buscou um colégio que tivesse uma atenção especial à disciplina com horários, uniforme e cumprimento das tarefas. 

Mesmo não seguindo alguma religião, a mãe optou por uma escola de orientação católica confessional pois achava importante que seus filhos tivessem “algum ‘amparo’ e conhecimento religioso” pois para ela a escola influencia nos valores em casa e que “não são tão rígidos em impor padrões”, o que é visto por Angela de modo positivo. 

Segurança, valores e dinâmica da rotina 

Para a psicóloga clínica e educacional Raquel Lacerda, a escolha da escola deve levar em conta a faixa etária e questões próprias de cada idade. Segundo ela, crianças menores exigem atenção a alguns pontos como, por exemplo, a sala de aula e a segurança do espaço. “É preciso saber se a escola é segura, observar a disposição das salas de aula, ver se o parque tem algo que possa ser inseguro, como é o banho, o lanche e a higiene pois é uma rotina diferente da criança grande e do adolescente”, explica Raquel, que recomenda visitar as escolas para ver o espaço de preferência com a escola funcionando. 

Outro ponto que a psicóloga aponta é a necessidade de alinhar os valores da família com a filosofia, a missão e a visão da escola para que não haja um choque cultural que prejudique a socialização e o aprendizado do estudante. Para Raquel a principal orientação é estudar o perfil da escola para saber se ela tem a ver com o que eles acreditam e depois ir ao local conhecer e tirar dúvidas com professores, coordenação e setor de psicologia pois, na opinião dela, “a escola precisa estar em sintonia com os valores, saber se a visão da escola sobre a educação e sobre relações sociais estão coerentes com o que os responsáveis ou pais querem para o filho para que não haja um choque que pode trazer dificuldades para a criança e na relação dos pais com a escola”, diz ela. Um erro comum apontado pela psicóloga é a atitude de alguns pais que colocam as filhos em escolas com um perfil diferente do deles buscando compensar coisas na educação das crianças ou jovens. 

Raquel conta que “Tem pais que são muito rígidos e colocam os filhos em escolas que não têm tanto rigor, ou o contrário, pais que têm dificuldades em impor limites e colocam os filhos em escolas muito rígidas pensando em compensar isso”. Para ela, esse é um pensamento errado, pois “a escola precisa estar em sintonia com o que os pais e responsáveis acreditam”. 

A psicóloga também atenta que pais que tenham filhos com necessidades específicas ou com deficiência precisam ter ainda mais atenção em como a escola cuida da inclusão da criança ou do jovem. “É uma questão extremamente séria, tem uma lei que garante a matrícula mas vai só colocar na turma e pronto? É preciso saber como é o trabalho de atenção especial e adaptação às necessidades por parte da escola”, destacou Raquel.

Adaptação 

Tão importante quanto tentar fazer uma boa escolha, segundo a psicóloga educacional Raquel Lacerda, é observar se a criança ou jovem está de fato bem adaptada à escola e passar segurança da escolha para que a própria criança se sinta menos travada e insegura.

Ela explica que se a criança sentir insegurança dos pais ao deixá-la na aula, isso poderá levar a um sofrimento e a uma retração da criança. “Se os pais estão tranquilos nesse processo de adaptação isso passa para a criança e isso tende a colaborar a minimizar as inseguranças e dúvidas para os pais e também para a criança”. 

Opinião do estudante

Questionada sobre como a família deve proceder quando a criança grande ou o adolescente pedem para estudar em uma escola diferente da que os pais ou responsáveis tinham em mente, Raquel explica que é importante ouvir e avaliar se é ou não possível atender ao pedido do estudante. Para ela, “é importante ver porque ele quer aquela escola e se é possível ou não conciliar o desejo do estudante com o que os pais desejam e acreditam ser o melhor”. 

A psicóloga destaca que apesar de ser importante ouvir, a palavra final deve ser sempre dos pais pois, para ela, “se não for possível conciliar o desejo da criança com o dos pais, a mudança não é indicada porque são os pais que são responsáveis por essa decisão, porque às vezes os estudantes querem determinada escola porque um amigo está lá, por exemplo, mas não tem nada a ver com o que os pais acreditam, então é preciso ter cuidado para não haver nenhuma contradição”. 

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Os médicos da rede municipal de saúde do Recife realizam uma paralisação de advertência de 48 horas começando nesta terça-feira (7).  O ato ocorre nos serviços eletivos e ambulatoriais, sendo preservados os trabalhos de urgência e emergência.

A categoria reivindica mais investimentos, condições de trabalho e medicamentos. “Os profissionais já não aguentam mais tanto descaso e desrespeito; vivem rodeados de problemas: tetos caindo, falta de medicamentos e materiais, condições precárias por todo lado”, diz texto do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). 

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O sindicato pontua ainda que a mobilização ocorre há meses, com vários prazos dados à gestão municipal, que não teria apresentado uma proposta efetiva. Caso o impasse não se resolva, a paralisação de 48 horas voltará a ocorrer nos dias 21 e 22 deste mês. 

A Prefeitura do Recife respondeu que realizou diversas reuniões de negociação com o Simepe. "Os médicos servidotes do município tiveram ganhos cerca de 10% acima da inflação desde 2013. Foram nomeados 764 novos médicos no período", afirma em nota. Sobre as condições de trabalho, a gestão diz ter investido R$ 200 milhões em apenas cinco anos nas unidades de saúde.

Uma pesquisa do departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) vai analisar a percepção dos usuários que frequentam a Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Quesitos como qualidade da beira-mar, infraestrutura e serviços oferecidos são pontos analisados na metodologia do questionário. Os dados obtidos ajudarão a aprimorar o conhecimento sobre a praia e a propor ações de gerenciamento costeiro que possam otimizar seu uso.

À frente da pesquisa, a professora universitária Maria Christina Araújo explicou que um dos objetivos é quantificar a percepção dos frequentadores da praia. “A gente quer ter a visão desses usuários sobre as condições do local. Além disso, também abrimos espaços para sugestões que eles possam citar em melhorias para Boa Viagem”, disse a pesquisadora. Ela complementa informando que para o usuário responder o questionário são cerca de apenas dez minutos.

Ainda de acordo com a pesquisadora, os resultados obtidos vão servir para a criação de um diagnóstico utilizado não só pela academia na produção de conteúdo, mas também disponibilizados ao público e a gestão do Recife. A pesquisa pode ser respondida até o fim de dezembro deste ano. “Queremos construir um artigo, mas também vamos dar um feedback ao público através de um relatório que será publicado em 2018 após a gente analisar todas as respostas”, informou Christina.

É importante que apenas os usuários que conhecem e frequentam a praia de Boa Viagem respondam ao questionário. Os interessados podem acessar o conteúdo através de um formulário online do Google.

O número de vagas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) foi ampliado com a inauguração do campus Santa Maria da Boa Vista. Agora, 1,2 mil vagas serão oferecidas pela instituição.

São 12 salas e laboratórios de diversas modalidades, como física, biologia, matemática, línguas e química. Moradores de vários municípios, além de Santa Maria da Boa Vista, e também Orocó, Lagoa Grande e Cabrobó serão beneficiados com cursos de formação inicial e continuada. A previsão é de que em 2019 sejam ofertados também cursos de nível superior. 

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“Este é um campus que vai mudar a cara de Santa Maria. Eu quero que o prefeito e a comunidade aproveitem essa oportunidade”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho. Orçada em R$ 10.818.786,47, a obra é a maior realizada na cidade. Para a compra de equipamentos e móveis da unidade a pasta liberou R$ 2.890.479,84.

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O repórter Danilo Ribeiro entrou ao vivo no programa nacional Redação SportTV para comentar sobre o Vitória na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de futebol. Durante a transmissão, no entanto, o baiano terminou expondo uma falta de estrutura ta TV local aonde trabalha, a TV Bahia, filiada da Rede Globo.

Durante sua participação, Danilo começou a analisar os cinco fatores apresentados pelo programa como essenciais para permanecer na série A, até que interrompeu a própria fala para informar que a equipe de André Rizek teria que continuar a discussão sozinha, pois a TV Bahia estava precisando que ele liberasse o equipamento para outra transmissão, com outro repórter, que entrou ao vivo na Globo News.

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Confira o vídeo do momento em que o repórter precisa interromper sua entrada ao vivo:

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Alok tinha apresentação marcada para este domingo (13) em Presidente Prudente, São Paulo, em um evento no estilo sunset. No entanto, o DJ não pôde concluir seu show por conta de um acidente envolvendo a estrutura do palco, que desabou em um espaço com 30 pessoas próximas.

O ocorrido se deu poucos minutos após o artista subir no palco, e deixou 10 pessoas feridas, sendo o caso mais grave uma pessoa com suspeita de fraturas nas pernas. Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do município precisaram ser chamadas ao local. No evento, de acordo com a organização, havia cerca de 4 mil pessoas.

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Depois do acidente o restante do show foi cancelado para a realização de uma perícia no local. Em seu Facebook, Alok se desculpou com as pessoas que estavam presentes no local e informou que a decisão de suspender o show foi tomada pois ainda havia risco de desabamento do resto da estrutura. Ele esclareceu também que não teve envolvimento com a organização do evento que montou o palco.  

A falta de médicos nas cidades do interior é um problema antigo que atinge milhares de pessoas em todo o Brasil. O problema dificulta o atendimento em municípios pequenos e contribui para a lotação de hospitais regionais e das capitais, devido à necessidade de transferência de pacientes que não têm como se tratar no lugar onde residem. 

No Brasil, o cenário é de concentração de médicos nas capitais e regiões metropolitanas. De acordo com um estudo divulgado em 2015 pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo, há 399 mil médicos em todo o país e 55% deles estão nas capitais, onde vive 24% da população. 

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Trazendo a situação para o cenário pernambucano, a situação não é muito diferente. Um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), a pedido do LeiaJá, aponta que existem, atualmente, 14.488 médicos no estado. Deste,  apenas 2.479, cerca de 17,11% do total, residem em cidades do interior. Enquanto isso, a Região Metropolitana do Recife (RMR) concentra aproximadamente 82,88% de todos os profissionais de medicina, totalizando 12.009 médicos.

Nos últimos anos, o poder público tem tentado reverter esse quadro através da abertura de mais universidades de medicina em cidades do interior, da realização de seleções e concursos com bons salários e do programa Mais Médicos, que levava médicos brasileiros e estrangeiros para locais onde havia déficit no número de profissionais. No entanto, como mostram os números, ainda não é o suficiente. 

O LeiaJá entrevistou médicos, gestores públicos de saúde e o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, para entender quais são as razões para a escassez de médicos no interior do estado e como essa situação poderia ser revertida. 

Fortalecimento dos planos de carreira

O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, discorda da ideia muitas vezes difundida na sociedade de que os médicos que não vão para o interior preferem as capitais por razões financeiras. De acordo com ele, uma das razões para que muitos médicos prefiram trabalhar nas capitais é a precariedade dos vínculos empregatícios dos médicos com as prefeituras nas cidades do interior. “A maioria dos municípios não investe em concursos, contrata médicos sem carteira assinada, sem nenhum vínculo contratual, por acordos de boca, o que favorece muitos calotes”.

Segundo ele, essa situação se torna mais recorrente quando se aproximam as eleições municipais. “Muitas vezes quando os prefeitos não se reelegem ou não conseguem eleger um candidato que eles apoiam, os médicos não são pagos”, afirma. 

O presidente do sindicato também destaca a existência de pressão política interferindo no atendimento. “Os políticos muitas vezes ficam querendo favorecimento, passar outros pacientes na frente, e aí sem um vínculo trabalhista formal, o médico pode ser perseguido ser desfavorecido”, explica Calheiros.

A estrutura dos hospitais, clínicas e ambulatórios também é um problema na opinião do presidente do Simepe, que coloca a falta de equipamentos e déficit de profissionais dificultam o trabalho. “ É comum que um só médico trabalhe no único hospital da cidade fazendo todas as funções. Isso aumenta riscos para pacientes e para o médico por termos um clínico fazendo um parto, um psiquiatra atendendo pediatria. Às vezes não tem laboratório para fazer um simples hemograma, não dá pra fazer raio-x. As pessoas cansam desse risco de viver sempre lutando para conseguir ajudar seus pacientes”. 

A falta de hospitais-escolas nas cidades do interior, na visão dele, também é um fator que cria dificuldades de atração de médicos, uma vez que a maioria dos profissionais faz residência nas capitais. “Os médicos se fixam muito no local onde estudaram então isso também pesa para a concentração nas capitais. Centros formadores, a residência na capital ajuda. Você tem que ter um hospital capacitado, um hospital escola para receber médicos residentes, então isso interfere, os hospitais no interior têm que ser melhorados para isso”, complementa. 

Como presidente do sindicato de médicos, Tadeu Calheiros vê a falta de médicos nas cidades do interior como um problema grave que poderia ser sanado através de vínculos de trabalho regulares, de concursos públicos que deem segurança e um plano de carreira no qual os médicos jovens comecem trabalhando em cidades que enfrentam dificuldades de atração de profissionais e possam migrar para perto de grandes cidades, caso queiram, com o passar do tempo e da progressão da carreira. 

Calheiros também coloca a ampliação do número de nomeações em concursos, da acessibilidade de médicos ao concurso público por meio de contratações e do reajuste de salários que acabe com a discrepância da remuneração entre diferentes regiões do país. Conforme ele mesmo explica, o sindicato “Sugere que tenha uma carreira federal para médicos” como solução para a concentração de profissionais nas capitais e grandes centros urbanos.

“Aliviar a dor e salvar vidas é o maior prazer que a gente tem”

João Genú é ginecologista, atualmente está aposentado do serviço público devido a problemas em seu ombro que o impedem de fazer ultrassonografias, mas ainda trabalha em ambulatório. Com 38 anos de carreira, dos quais apenas dois passou trabalhando no Recife, doutor João, como é conhecido, dedicou a maior parte da sua vida profissional a exercer a medicina no município de Pesqueira, localizado no agreste pernambucano, que tem 62.931 habitantes de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos quais apenas 29 são médicos, de acordo com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe).

Quando perguntado sobre as condições de trabalho na cidade, Genú afirma que a estrutura hospitalar e o baixo número de médicos são dificuldades que exigem uma grande qualificação do profissional de medicina para exercer diversas funções e pode afastar muitos médicos das cidades pequenas. 

“No interior você tem que ser mais profissional, pois não tem outros colegas, não tem muitos recursos. Você tem que ser muito preparado para trabalhar em hospital, em média complexidade. Eu já cheguei a fazer 10 cesarianas num plantão sozinho”, explica ele. 

Doutor João aponta as vantagens de exercer a medicina em cidades interioranas. "Eu vejo a tranquilidade, não ter tanta violência, trânsito. Mas lazer também é ruim. Quem quer ir pro interior querendo tranquilidade, tudo bem, quem quer mais especialidades, melhor as capitais, mas dá para trabalhar, tem uma estrutura mínima básica”. A relação de proximidade com os pacientes também é, para ele, um ponto positivo. 

Questionado se, em sua visão, há alguma razão além das dificuldades de atendimento que causa o afastamento de médicos das cidades do interior, João Genú aponta o desejo de status, grandes salários e a falta de disposição para prestar um atendimento humanizado como motivos. 

“Também tem gente que não quer trabalhar bem, que não tem a visão de querer atender ao paciente independentemente das condições. Alguns médicos se formam mas não vestem o juramento de Hipócrates e só pensam em status e dinheiro, e aí mal olham pro paciente. Todo paciente tem que ser entrevistado, ouvido e entendido, pois maioria dos diagnósticos se descobrem ouvindo o paciente, precisa levantar hipóteses a confirmar com exames mas muitos não fazem nem isso”, critica o médico. 

Na opinião do Doutor João Genú, para profissionais que escolhem a medicina por amor à profissão, todas as dificuldades valem a pena pela sensação de ajudar as pessoas e aliviar suas dores. “A atuação tem que ser boa em qualquer lugar, o problema é estrutural no interior, mas o médico tem que ser médico de verdade em qualquer canto, Aliviar a dor e salvar vidas é o maior prazer que a gente tem. É preciso que médicos jovens se desarmem, saiam da vaidade pois alguns se formam e acham que são semi deuses mas são só seres humanos mais informados, não são melhores nem piores que ninguém”. 

“Para a saúde tem que sangrar de algum lado, não importa”

Roberto Monteiro é médico há 40 anos e atualmente atua pela terceira vez como diretor do hospital Doutor Lídio Paraíba, também em Pesqueira, além de já ter trabalhado em outras cidades próximas. Ao analisar a situação do hospital, Roberto afirma que a situação ainda não é ideal, mas que já foi pior tanto em Pesqueira quanto em outras cidades onde já trabalhou, no que diz respeito às contratações e atração de médicos para a cidade.

“Hoje a situação está relativamente regular, tem gente na fila esperando por vaga para trabalhar, mas já houve épocas em que foi difícil e muita gente saiu por problemas com pagamento, estrutura, entre outras coisas. Quando cheguei era só um médico por plantão, tinha que fazer anestesia, cesariana, tudo sozinho, era um sufoco, depois foi melhorando, quando você tem um colega é mais fácil”, afirma Monteiro, que também coloca o sucateamento estrutural do hospital como um problema. “Nós recebemos um hospital sucateado onde quebra muita coisa, o material é antigo, obsoleto e muito usado. Recentemente quebrou o equipamento de esterilização de roupas do hospital e demora para comprar um novo pois equipamento hospitalar é sempre muito caro”, explica o diretor. 

A relação entre a direção do hospital e a gestão municipal, de acordo com Roberto Monteiro, também pode gerar problemas quando não flui bem. “Gestão pública é difícil, demora e em hospital tem que ser tudo urgente, ‘para ontem’, pois doença não espera, a vida é para hoje, o atendimento é de imediato. Às vezes a gestão não paga certo e em dia, mas é importantíssimo manter um salário que dê para o profissional sobreviver. Seguridade salarial é muito importante para médicos, enfermeiros, auxiliares, já que o médico se completa com a equipe. Médico sozinho nada funciona”, afirma o diretor, que também explica que o salário pago no município é baixo e precisa ser elevado, mesmo já estando difícil para a prefeitura manter os salários no patamar em que estão hoje. 

“Aqui em Pesqueira o que nós pagamos é pouco e sangra o bolso o município mas para saúde tem que sangrar de algum lado, não importa, ainda pode melhorar, já cheguei a ver a cidade ter problemas com o limite de gastos com pessoal sendo ultrapassado, ao mesmo tempo em que o hospital necessitava muito de médicos”, diz Monteiro. 

“Os recursos que vem do Governo não são suficientes”

O município de Sanharó tinha em torno de 25.521 habitantes em 2016 de acordo com o IBGE e apenas dois médicos residem na cidade. De acordo com o enfermeiro e secretário de saúde, Hérico Costa, a cidade tem muitos problemas para atrair médicos pois “Eles só são atraídos pelo salário” e “Os municípios passam por dificuldades financeiras, sem receber reajustes nos repasses do Ministério da Saúde desde 2011”. 

Costa também vê a diferença de salários entre o que o município pode oferecer e o salário que é pago, por exemplo, pelo Programa Mais Médicos do Governo Federal como um fator negativo. Em sua visão, o programa ajuda, mas a demora para que os médicos cheguem até a cidade gera a necessidade de contratar por fora. 

“O mais médicos ajuda, mas demora até o médico do programa chegar e aí temos que contratar alguém que às vezes acha o salário baixo, até que o médico do programa chegue. O médico brasileiro do Mais Médicos recebe R$ 10 mil, o que não é do programa recebe R$ 6 mil, aí eles reclamam. Se o repasse do Ministério da Saúde fosse igual ao valor pago pelo Mais Médicos, isso ajudaria, mas os recursos que vem do Governo não são suficientes”, explica Hérico Costa. 

Uma outra consequência gerada pela necessidade de elevar a remuneração para conseguir atrair os médicos é a dificuldade da prefeitura para se manter dentro dos limites de gastos com pagamento de pessoal determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Quando uma cidade ultrapassa os limites de gastos e isso é constatado na prestação de contas, prefeitos e secretários podem sofrer processos no Tribunal de Contas, por usar o dinheiro da prefeitura de forma irresponsável. 

Hérico explica que a constante necessidade de elevar os salários dos médicos, a fim de atraí-los, deixa a gestão em uma situação difícil. “Sem reajustes de repasses do ministério da saúde desde 2011, e ficamos com dificuldades de cumprir a LRF e pode dar problema com o Tribunal de Contas”, diz o secretário.

"Tudo se analisa pelo caso concreto"

Cristiano Pimentel é procurador do Ministério Público de Contas, órgão vinculado ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), para onde são enviadas e onde são julgadas as contas de todos os municípios do Estado. Sobre a questão do salário dos médicos gerar descumprimento aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ele afirma que por ser uma questão delicada o tribunal pondera esse tipo de problema desde que ele seja justificado. 

“O TCE reconhece que há uma dificuldade dos municípios, especialmente do Agreste e Sertão, para atrair médicos. O tribunal pondera justificativas em vista dessas circunstâncias, pois é notório que os médicos não querem, via de regra, ir para o interior das cidades do Nordeste. Em todas essa questões o prefeito tem que apresentar justificativas como concursos que não tiveram inscrições, processos seletivos que ninguém quis. Tudo se analisa pelo caso concreto através das justificativas apresentadas pela prefeitura”, disse o procurador.

Quando questionado se os altos salários pagos a médicos podem prejudicar a saúde financeira dos municípios pequenos, do interior, Pimentel afirma que mesmo em casos de cidades que registram salários de médicos que ultrapassam o teto de gastos da prefeitura, o fato de ter poucos postos de atendimento e poucos médicos faz com que o total gasto com os salários não comprometam o equilíbrio das contas da cidade.

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As escolas públicas municipais do País não têm estrutura adequada para a prática de esportes, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em apenas 27% das cidades brasileiras as escolas têm campo de futebol, ginásio, piscina ou pista de atletismo. No ano em que o Brasil sediou o mais importante evento esportivo mundial, a Olimpíada, havia apenas 43 pistas de atletismo em escolas públicas e 265 piscinas. Ao todo, o País tem 4.190 instalações esportivas em 3.971 escolas municipais.

Nas escolas estaduais, que recebem principalmente alunos do ensino médio, há 2.017 instalações esportivas em 1.217 escolas - 60% dessas instituições estão concentradas em Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraná. Rondônia, Amapá, Pernambuco e Mato Grosso do Sul não têm nenhuma escola administrada pelo Estado com quadras, ginásios ou campos de futebol. Os dados fazem parte do Suplemento Esporte do Perfil dos Estados e Municípios Brasileiros 2016, divulgado pelo IBGE.

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A prática esportiva é considerada fundamental por especialistas para o desenvolvimento integral dos estudantes. Favorece, inclusive a concentração, capacidade de organização, e de realizar trabalho em grupo. Dados do Censo Escolar 2015, divulgado em agosto passado, já haviam mostrado que não havia instalações esportivas em 65,5% das escolas de educação básica e em 60,7% das instituições de ensino fundamental.

O levantamento do IBGE revelou que houve aumento no número de municípios que realizaram eventos esportivos. O crescimento foi de 93,6% das cidades, em 2003, para 97,8%, em 2016. No entanto, a proporção de eventos paralímpicos foi ínfima. Apenas 6,4% dos municípios fizeram jogos escolares com modalidades paralímpicas. Eventos de lazer e campeonatos com esportes de rendimento (prática profissional) paralímpicos ocorreram em 8% das cidades.

As administrações estaduais são proprietárias de 1.027 instalações esportivas em todo o País. São 349 quadras (34%), 268 ginásios (26%), e 180 campos de futebol (17,5%), entre outras instalações. Somente Santa Catarina declarou não ter nenhuma instalação esportiva. Entre as prefeituras 96,4% declararam ter instalações esportivas.

De acordo com o levantamento, todos os Estados e 97,7% dos municípios tinham secretaria ou órgão responsável por coordenar a política de esporte e lazer. Nos Estados, apenas cinco órgãos eram coordenados por mulheres. Nos municípios, as gestoras representavam 31% do total. Apenas 11,4% dos 5.442 municípios com órgão gestor declararam política para contratação de ex-atletas. Essa proporção é menor do que a encontrada em 2003, quando 14,5% das cidades tinham programa para aproveitamento desses profissionais.

Por falta de infraestrutura, 42 escolas da rede pública municipal de São Luís estão fechadas. O ano letivo ainda não começou e mais de 900 alunos estão impedidos de frequentar a escola na capital maranhense. A dona de casa Lúcia Soares tem uma filha na rede municipal. Ela reclama que os problemas estruturais são antigos.

“A escola da minha filha Letícia está totalmente destruída. Quando foi para começar o ano eles avisaram que não dava para começar porque tinha muito problema. Minha filha, desde o ano passado, vinha reclamando que na sala estava faltando um pedaço do quadro, os professores também não estavam conseguindo trabalhar direito, a quadra tava com o chão quebrado, os meninos não tinham educação física, o bebedouro não tava filtrando e no fim do ano minha filha disse que estavam fazendo fila no banheiro porque só tinha um vaso sanitário. Aí a gente vai reclamar e eles falam que não tem previsão para arrumar aquilo”, explica ela.

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A Secretaria de Educação de São Luís declarou em nota que desde o ano passado 50 escolas foram reformadas e que está planejando um calendário para repor as aulas. O início do ano letivo estava programado para começar em 15 de janeiro, foi adiado para fevereiro, e até agora os alunos estão sem data para retomar os estudos.

Em maio de 2013, os moradores do Residencial Eldorado, no Arruda, zona norte do Recife, acordaram com rachaduras na estrutura do prédio e a possibilidade de desabamento. Nesta quinta-feira (11), quase quatro anos depois, acontece o julgamento sobre o caso às 14h, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE). Cerca de R$ 23 milhões devem ser pagos às 224 famílias que ficaram desabrigadas na época. 

O caso começou com as falhas na estrutura do prédio, percebidas pelos moradores na manhã do dia 24 de maio de 2013. Acionadas as autoridades, o bloco foi imediatamente evacuado, como forma de precaução. Antes do ocorrido, a última vistoria realizada nos 16 blocos do conjunto havia sido em 2007. O residencial, que contava com 16 blocos e 224 apartamentos, teve que ser desocupado no prazo de 15 dias - e os moradores, que não possuíam auxílio moradia, de uma hora para a outra precisaram arcar com a busca por uma nova casa contra sua vontade. 

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O Ministério Público, que responsabilizou a Caixa pela falha na estrutura, entrou com uma ação judicial em favor dos moradores.

 

O racismo estrutural é um sistema opressor que nega os direitos. Chegou, em território brasileiro, com os colonizadores. As primeiras vítimas do racismo pela opressão colonialista europeia foram os povos indígenas, os nativos. A professora Zélia Amador, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (UFPA), ativista do movimento negro e cofundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), participou do II Congresso Brasileiro de Saúde Multidisciplinar, no Hangar, dia 31 de março, e discutiu o tema do racismo estrutural.

A colonização do continente americano inaugurou o racismo com base nas diferenças fenotípicas humanas. O racismo trazido pelo colonizador, segundos textos do sociólogo Anibal Quijano, servia para justificar a exploração, a usurpação do continente dos povos nativos. Zélia falou sobre a necessidades de políticas de ação afirmativa, tomando como exemplo a Universidade Federal do Pará (UFPA) e sua política de cotas para negros e indígenas. As ações afirmativas são políticas que trazem benefícios para pessoas pertencentes a grupos discriminados e vitimados pela exclusão.

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São poucas as universidades no Brasil que têm políticas de cotas para povos indígenas. Na UFPA, em cada curso são ofertadas duas vagas para indígenas. Os cursos mais procurados ainda são medicina, direito e enfermagem. Para Zélia, a criação de mais ações afirmativas pode começar a reestruturar a base da nossa sociedade. “A UFPA completou 60 agora em março e nunca viu uma reitora negra. Não tem um negro que tenha sido reitor. Somos socializados para assimilar o racismo estrutural que se mantém, não pela violência, mas pelo nosso processo de socialização. Por isso que a gente não estranha quando chega em espaços que têm ausência de negros, ninguém sente falta”, comenta Zélia.

A professora chegou a ser vice-reitora da UFPA. Ela lembra das situações de racismo estrutural que sofreu: “As pessoas marcavam para falar comigo. Quando chegavam e encontravam eu e a minha secretária, imaginem quem elas achavam que era a vice-reitora? Elas achavam que era a minha secretária, porque ela era mais clara que eu, que sou preta”.

Na preparação da III Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, a feminista negra norte americana Kimberlé Crenshaw, professora de Direito, trouxe para a cena o conceito de intersecionalidade, para ajudar a entender a ilação de gêneros quando se trata de mulher negra. Intersecionalidade é a teoria que fala como os diferentes tipos de discriminação interagem e mostrou como tanto as campanhas feministas como as antirracistas tem deixado as “mulheres de cor invisíveis na visão geral”. “Quando chego num Supremo Tribunal Federal e não vejo um ministro negro – tinha o Joaquim Barbosa, mas já se aposentou –, as pessoas não sentem falta. Porque esses olhos que olham e não veem, não percebem, são os olhos do agora que eu herdei de outras gerações longínquas. Mesmo que já tenha se passado um século da escravidão, eles permanecem ali, em nossa cultura”, explica Zélia.

Por Nilde Gomes.

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Representantes dos profissionais de saúde e entidades médicas de Pernambuco pediram a interdição imediata da sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Olinda, localizado no bairro do Varadouro, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Solicitação foi realizada após o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) ter recebido várias denúncias de invasões à unidade de saúde, falta de estrutura física e de iluminação, além do sucateamento das ambulâncias. 

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De acordo com o presidente do Cremepe, André Dubeux, uma fiscalização realizada em conjunto com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e o Conselho Regional de Enfermagem foi realizada na última segunda-feira (10) e foram constatadas diversas irregularidades no local. "Vimos uma unidade de saúde sucateada, sem portões, sem a menor segurança para os profissionais de saúde. Além disso, o local parece um depósito de veículos abandonados pela prefeitura de Olinda", relatou.

Após a visita, o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, solicitou providências imediatas ao Cremepe, Ministério Público de Pernambuco (MPPE), as Secretarias de Saúde de Olinda e de Defesa Social de Pernambuco (SDS). O objetivo é garantir o trabalho e a integridade física dos profissionais que prestam serviço à comunidade olindense. Tadeu Calheiros destacou, ainda, que os médicos do Samu estão insatisfeitos com a gestão de saúde de Olinda que não cumpriu os prazos nem os acordos feitos com os profissionais. 

Além da estrutura precária de trabalho, os profissionais também denunciaram que a unidade hospitalar foi invadida por populares que moram na comunidade onde fica localizado a sede do Samu. No último dia 3 de outubro, uma briga entre populares causou tumulto dentro do Samu e assustou os trabalhadores. "Recebemos informações de que homens invadiram o local após a briga e obrigaram que fossem realizados diversos atendimentos aos feridos", contou Dubeux.

Na última sexta-feira (7), também foi registrado outro desentendimento entre populares dentro do Samu. Para ele, isso é fruto da falta de profissionais de segurança na unidade de Olinda. "A falta de portão na entrada da base e ausência de guarita facilitam as invasões da unidade", informou o presidente do Cremepe, que também salientou não ser a primeira invasão no local. "Agora, estamos aguardando uma publicação oficial para que o local seja interditado plenamente e os profissionais sejam transferidos para outra unidade hospitalar", explicou.

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Ela foi alvo de preocupação geral até as vésperas dos Jogos, mas valeu a pena esperar: a pista do Velódromo Olímpico do Rio, de 250 metros de comprimento e 7 metros de largura, é toda feita de madeira russa, procedente da Sibéria. "Se a gente colocasse as ripas uma depois da outra, chegaria a uma extensão de 15 km", calculou o campeão olímpico (2000) Arnaud Tournant, com base em sua experiência da pista de Roubaix, na França.

O pinho da Sibéria se impôs como a espécie mais comum nos velódromos construídos nos últimos anos. A afzelia, uma madeira exótica presente nas florestas do Camarões, muita usada no passado - em Paris-Bercy e em Bordeaux, principalmente -, tornou-se inacessível em função de restrições ambientais. "É necessária uma madeira muito dura e resistente", explica Guillaume Schwab, responsável por equipamentos esportivos na Federação Francesa de Ciclismo. "O problema vem, então, da higrometria, muito forte no Brasil. A madeira vai inchar e ganhar volume", acrescenta. Na instalação, um curto espaço - da ordem de um milímetro e dificilmente visível a olho nu - foi deixado entre as lâminas para que a madeira, colocada bruta, sem qualquer verniz, pudesse respirar.

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Como lasanhas

Durante as competições, um ou dois carpinteiros ficam a postos para cuidar da pista, ou "para fazer um curativo", como se costuma dizer. "Em caso de cicatriz, é preciso fazer um micropolimento", descreve Schwab, lembrando que o principal inimigo é a água. "Por exemplo, em caso de vazamento do teto", comentou.

O responsável pela pista do Rio foi o arquiteto alemão Ralph Schurmann, herdeiro de uma família especializada na construção de velódromos - seu pai e seu avô o precederam. Como aconteceu em Pequim nos Jogos de 2008, ele optou pelo pinho da Sibéria, em detrimento da madeira laminada, revestimento que se tornou cada vez mais tendência devido à sua facilidade de uso.

"Para a madeira laminada, fazemos como uma lasanha: uma camada de madeira, uma camada adesiva", ensina Gilles Peruzzi, responsável pelo setor pista da União Ciclista Internacional (UCI). "Mas, para o pinho da Sibéria, não é óbvio encontrar peças de seis metros de comprimento, troncos longos com nervuras estreitas", acrescentou.

Anadia (Portugal) e, sobretudo, Aguascalientes (México) - a pista dos milagres, onde vários recordes mundiais foram batidos - escolheram a madeira laminada. Mas o pinho da Sibéria, que também é usado no Velódromo Nacional francês em Saint-Quentin-en-Yvelines, resiste.

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Mau cheiro, proliferação de mosquitos, perigo de acidentes. Essa é a descrição de algumas ruas de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Quem precisa pegar ônibus tem que conviver com esgoto a céu aberto e os moradores ficaram sem calçadas, visto que as águas sujas tomaram conta da encosta dos muros. 

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De acordo com Isan Braga, que precisa conviver com esse cenário, “a atenção deve ser redobrada para os pedestres que andam pelas calçadas de Olinda. Acontece que nas principais vias, as canaletas de esgoto estão obstruídas e em sua maioria sem tampas”. A realidade é vista na Avenida Humberto de Lima Mendes e da Rua Doutor Joaquim de Oliveira Valença, no bairro de Casa Caiada. Ele explica que “além do forte mau cheiro, existe a proliferação de doenças, um risco iminente para a população”.

Outro local apontado por Braga é a galeria de esgoto aberta, situada ao lado da parada de ônibus, expondo a população ao risco de acidentes. “É uma falta de respeito muito grande com os cidadãos”. Por conta disso, a população solicita a atenção da Secretaria de Serviços Públicos de Olinda, “a fim de evitar acidentes com os transeuntes que, em sua maioria, são idosos e crianças a caminho da escola”.

De acordo com a Prefeitura de Olinda, serão enviadas equipes às ruas denunciadas pelos moradores “para avaliar a extensão dos problemas relatados e tomar as devidas providências”. No entanto, o órgão aponta que em alguns casos, problemas com esgoto a céu aberto devem ser resolvidos pela Compesa. No entanto, adiantam que “se for a situação, acionaremos a Companhia. Porém, os populares também podem entrar em contato com o órgão solicitando uma vistoria”.

A Vila Olímpica, inaugurada oficialmente nesse domingo (24) e que já sofre com uma extensa lista de problemas de acabamento, estará 'impecável' até o fim da semana, garantiu a organização dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. "Temos 630 pessoas trabalhando para consertar problemas da Vila Olímpica", declarou Mario Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016, via Twitter. "Eles devem terminar a entrega impecável da Vila antes do fim de semana, provavelmente na quinta-feira", garantiu.

No domingo, durante a inauguração, a 'prefeita' da Vila, a ex-jogadora de basquete e medalhista olímpica Janeth Arcain, havia garantido que os problemas seriam resolvidos "em até 48 horas, no máximo".

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A delegação da Austrália não aceitou se instalar na Vila no domingo devido a inúmeros problemas de encanamento que deixaram o local "inabitável", segundo a chefe da delegação, Kitty Chiller. Ele, porém, mantinha "esperança razoável" de que os atletas australianos poderiam ocupar a Vila na quarta-feira.

Outras delegações também encontraram problemas: um vazamento de água inundou o térreo do prédio do Brasil, o México também sofreu com problemas hidráulicos e a Itália contratou seus próprios funcionários para realizar o acabamento.

Dos cinco pisos reservados à Argentina, "dois são inabitáveis", declarou nesta segunda-feira o presidente do Comitê Olímpico do país, Gerardo Werthein, à imprensa do país, explicando que parte da delegação ficaria hospedada em apartamentos próximos à Vila. Cerca de 900 pessoas de 66 delegações já estão morando na Vila Olímpica, sendo 200 atletas, afirmou a organização dos Jogos.

O Náutico divulgou, na tarde desta terça-feira (12), detalhes sobre o trabalho que está sendo realizado para a recuperação física do Estádio dos Aflitos. O clube adiantou que alguns diagnósticos foram concluídos e orçamentos estão sendo finalizados para que a diretoria executiva decida como a reforma ocorrerá no Eládio de Barros Carvalho. Entre as possibilidades, o campo alvirrubro poderá contar com gramado artificial.

De acordo com o clube, os trabalhos nas áreas de gramado e drenagem estão adiantados, com diagnóstico, projeto e orçamentos prontos. Sobre o tapete verdade, uma empresa especializada apresentou duas propostas: uma sem reparos ou substituição da drenagem e outra com nova drenagem e irrigação automática. Porém, ainda existe uma proposta que sugere a utilização de gramado artificial, mas o Náutico não revelou mais detalhes.

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No que diz respeito á parte da arquitetura do estádio, foi constatado que existe uma necessidade de adequação e modernização das instalações em vários setores dos Aflitos, além da implantação de entradas com acessibilidade. Segundo o Alvirrubro, os diagnósticos deverão ser finalizados até o final deste mês.

Existe ainda uma proposta para a área estrutural do estádio. Uma empresa privada, de nome não revelado, quer realizar serviços a preços unitários, levando em consideração prioridades e demanda de obras. O trabalho, caso seja aprovado, será feito em parceria com dois colaboradores do Náutico, os engenheiros civis Eduardo Gomes e Joel Jaruzo. Ainda neste mês, a diretoria do Timbu terá um orçamento dessa sugestão.

O clube alvirrubro ainda revelou que, sobre o setor de iluminação, foi solicitada uma proposta para uma empresa de São Paulo. A ideia é que ela faça um projeto de iluminação em LED. Já as atuais instalações elétricas dos Aflitos deverão sofrer uma reforma geral, conforme orientações da vistoria realizada pelo engenheiro eletricista Milton da Costa Pinto Júnior. 

Questões de segurança também estão na pauta da diretoria executiva. Deve ser feito em breve um cálculo definitivo da capacidade do estado, bem como haverá definição das rotas de fuga para evacuação em até oito minutos e outros aspectos solicitados pelo Corpo de Bombeiros. Existe ainda um projeto de drenagem na área externa do estádio, solicitada pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb).

A Diretoria executiva do Náutico vislumbra ter um plano de negócios até o final de agosto. A ideia é buscar oportunidades e meios que viabilizem o projeto de requalificação dos Aflitos.

Em entrevista ao LeiaJá no mês passado, o engenheiro a frente do projeto, Stênio Cuentro, revelou que ainda não existe um custo total para toda a revitalização dos Aflitos. Porém, segundo o Cuentro, só se pode ter noção do valor referente ao gramado: R$ 1 milhão.  

Auro foi apresentado como novo reforço do Sport nesta terça-feira (28), na Ilha do Retiro. O lateral direito de 20 anos tem os direitos federativos ligados ao São Paulo, mas chega por empréstimo ao Leão até o final de 2016. O jogador ainda se disse admirado com a estrurura do Rubro-negro e com a postura da torcida. "Não pensei duas vezes quando apareceu a oportunidade de vir. Encaro como uma grande chance", disse.

O novo reforço chega como lateral direito ao elenco, mas destacou que pode atuar em outras posições. Auro foi formado na categoria de base, até o sub-15, como meia. "Se o Oswaldo precisar, posso atuar como ponta na linha do meio-campo, função que já fiz no São Paulo, como segundo volante e até mesmo como lateral esquerdo", afirmou.

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O atleta treina com o Sport desde a última semana, quando a equipe foi a São Paulo para jogar contra o Tricolor. Auro elogiou a estrutra do Sport e destacou o centro de treinamento: "Fiquei admirado. O CT é muito bom e nos dá todas as condições de trabalho".

No último domingo (26), o Sport venceu a Chapecoense na Ilha do Retiro por 5 a 1. O lateral direito acompanhou o jogo e elogiou a torcida leonina. "Vi de perto a força da torcida. A torcida rubro-negra é grande e joga junto", comentou.

Para estrear, o lateral direito ainda precisa ser regularizado, o que pode ocorrer ainda nesta terça-feira. A tendência é que o jogador esteja à disposição para o jogo diante do Vitória, nesta quarta-feira (29), no Barradão.

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Velho conhecido da torcida do Sport, por ter defendido o Náutico em duas oportunidades, o zagueiro Ronaldo Alves, recém-contratado para o elenco de Oswaldo de Oliveira, elogiou a estrutura que encontrou no CT José de Andrade Médicis. Além disso, na mesma entrevista, concedida ao site oficial do Sport, agradeceu pela receptividade encontrada em meio ao grupo leonino.

“Quando estive aqui pela primeira vez, não cheguei a conhecer o CT. A estrutura encontrada me surpreendeu muito. Além disso, o time me acolheu muito bem, para que eu possa desempenhar o meu melhor o mais rápido possível. Alguns eu já conhecia, inclusive por já ter jogado contra, mas todos me deixaram, bem à vontade”, explanou o zagueiro.

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Artilheiro do Campeonato Pernambucano 2016, pelo Náutico, Ronaldo afirmou que considera viver uma boa fase em sua carreira e voltou a comemorar a chance de retornar à elite do futebol nacional. “Chego num momento bom, numa idade legal (26 anos). Vejo uma evolução tendo novamente a oportunidade de disputar a Série A”, vibrou o defensor rubro-negro. 

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