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A ausência de alternativas para a contenção da crise econômica por parte do Governo Federal pode ter ligação direta com o apoio da população ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo dados do levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (8), aponta que 76,2% dos recifenses acreditam que a economia no país não está saudável, enquanto 23,8% pontuam não haver crise.

Daqueles, 70% consideram que se o quadro fosse outro a população deixaria de ser favorável ao processo em tramitação na Câmara dos Deputados e 24,8% afirmam que não teriam mudanças.  

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“O dado sugere que o motivo claro da discussão do impeachment não é os escândalos de corrupção, mas o fato de que a presidente não está conseguindo conduzir a economia do país”, alertou o coordenador do IPMN e cientista político, Adriano Oliveira. 

Desde o início do segundo mandato da petista, uma série de ações para reverter o quadro econômico foram sugeridas, entre elas, a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e outras propostas que faziam parte do ajuste fiscal, como a renegociação das dívidas dos estados, no entanto o debate político interditou a apreciação das matérias que poderiam melhorar as contas públicas.

Em campo, o IPMN também questionou os recifenses sobre qual seria o melhor remédio para superar a crise e 51,3% dos entrevistados trouxeram à tona a discussão nacional sobre uma nova eleição geral. Já 27% classificaram a concretização do impeachment como a solução e 18,1% se posicionaram indiferentes ao assunto. 

Dados do levantamento - A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 4 e 5 de abril. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo pesquisa, 97,2% dos recifenses não tiveram melhora de vida em razão da crise econômica do país. A atual situação do Brasil estaria afetando o consumo dos recifenses, que estão deixando de comprar supérfluos, roupas e sapatos.

Ao todo, 78% dos entrevistados só estão comprando o básico no supermercado e 64% deixaram de comprar roupas e sapatos. O levantamento também destaca que 50% deixaram de ir frequentemente a restaurantes e bares, 23% deixaram de pagar plano de saúde privado e 19% colocaram os filhos em escolas públicas e perderam o emprego. “Para superar essa crise, a gente precisa primeiro resolver o contexto político. Enquanto isso não for resolvido, não será possível criar uma confiança para a economia se recuperar”, prevê Guimarães.

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O estudo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) aponta que 75,2% dos entrevistados acreditam que existe uma crise econômica no Brasil, enquanto 24,8% não acreditam. A maior parte daqueles que dizem sentir a crise faz parte das classes econômicas mais baixas. Apenas 33% dos entrevistados das classes A e B1 dizem existir crise, enquanto este número é de 68%, 79%, 81% e 90% para as classes B2, C1, C2 e D-E, respectivamente.

“Essa crise atinge sobretudo no desemprego e na inflação”, explica o economista Djalma Guimarães. “O aumento de preços corrói o rendimento das classes mais baixas, assim como o desemprego”, complementa. Sobre os quase 25% que não acreditam em crise, Guimarães conclui que esses não façam parte do mercado de trabalho, não sentindo, assim, os principais efeitos da crise. 

 

Para a maior parcela dos Recifenses, a salvação da crise econômica do país é Deus ou Jesus. O estudo do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) também aponta que, para a população da capital pernambucana, os grandes culpados pela atual situação são tanto a presidente Dilma Rousseff quanto os políticos em geral.

Deus ou Jesus representam a salvação da crise para 22% dos entrevistados que acreditam haver crise econômica no Brasil, seguidos dos políticos (16,6%), Dilma (10,7%) e o povo/população (8,7%). Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB) também aparecem na lista, ambos com 1,1%.

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Para o coordenador da pesquisa, o cientista político Adriano Oliveira, o resultado revela uma baixa credibilidade da classe política. “Eu não saberia dizer se eles votaram em Deus por indignação ou ironia, mas eles optam por não citar pessoas, mostrando essa baixa credibilidade política”, afirma.

Tal desestímulo também é visualizado em outro dado da pesquisa. Quando perguntados de quem é a culpa da atual crise econômica, 42,2% responderam que era tanto de Dilma Rousseff quanto dos políticos, enquanto 25,4% disseram que era só da presidente e 26,7%, que era algo exclusivo dos políticos. “Para eles, a crise não está apenas no colo de Dilma Rousseff”, destaca Oliveira.

Apesar da queda na popularidade e nas intenções de votos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) é o político com maior confiabilidade entre os recifenses. É o que aponta um levantamento, divulgado nesta terça-feira (23), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) onde 73,7% dos que residem na capital pernambucana citam o petista quando são questionados sobre quais políticos eles mais confiam. A presidente Dilma Rousseff (PT) foi a segunda mais mencionada, com 7,9% da confiabilidade dos entrevistados. 

Apesar dos posicionamentos críticos diante de assuntos como o homossexualismo e de defender a volta da intervenção militar, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP) ficou em terceiro lugar, com 2,6%. O mesmo percentual de entrevistados também citou o deputado federal e pré-candidato a prefeito do Recife, Daniel Coelho (PSDB), a deputada estadual Priscila Krause (DEM) e a ex-senadora Marina Silva (Rede). Dos que participaram da análise, 7,9% não souberam responder o quesito. 

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A amostra, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, também aferiu o nível geral de confiança da população com a classe política. O estudo constatou que 91,8% dos recifenses não confiam mais nos políticos, enquanto 6,4% disse acreditar. “Os números mostram a descrença da população com a classe”, analisa o cientista político e coordenador da pesquisa do IPMN, Adriano Oliveira. 

Segundo ele, os desdobramentos da Operação Lava Jato envolvendo parlamentares e líderes nacionais, além das denúncias constantes de irregularidades nas gestões públicas são itens que pesam na queda da confiança. 

O levantamento indagou ainda se os entrevistados votariam em algum político, que mesmo sendo corrupto, trabalhasse muito pela população. A maior parcela, 69,7%, respondeu que não enquanto 29,3% disseram que sim. 

Questionado sobre o que os políticos deveriam fazer para mudar o cenário, Oliveira observou que a preservação da imagem com ações éticas tende a pesar para os eleitores. “Os políticos precisam mudar o comportamento. Vivemos numa era onde a imagem é importante e as pessoas não querem ver seus representantes dando privilégios para outros”, destacou. 

 

Criada para investigar um esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), tem o apoio da maioria dos recifenses, segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça-feira (23), 97,3% dos que residem na capital pernambucana conhecem o teor das investigações envolvendo a estatal e 71,8% apoiam a iniciativa. 

A análise, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela ainda que 1,9% dos recifenses entrevistados nunca ouviram falar na Lava Jato e 25,9% não aprovam as investigações da PF. Já na sua 23ª fase, desde que foi iniciada, em 2014, a operação tem causado desconforto entre os políticos, inclusive pernambucanos, e diversas empresas como a Odebrecht. 

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A estimativa é de que o prejuízo causado pelas irregularidades na chegue à casa dos R$ 42,8 bilhões. Nomes como os dos senadores Renan Calheiros (PMDB), Humberto Costa (PT), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e Fernando Collor (PTB); dos deputados federais Eduardo Cunha (PMDB) e Eduardo da Fonte (PP); e dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP) e Cândido Vacarezza (PT) estão envolvidos nas fraudes, de acordo com as delações premiadas concedidas a Polícia Federal. 

O pernambucano Pedro Corrêa, inclusive, já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, para cumprir 20 anos, três meses e dez dias de prisão por receber pelo menos R$ 11,7 milhões do esquema de corrupção na estatal. Ele já cumpria pena por ter sido condenado no esquema do Mensalão, escândalo que revelou a compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional, durante o mandato do ex-presidente Lula (PT). 

Diante das reincidências de políticos nas irregularidades e apesar do reforço nas investigações, o IPMN também questionou aos entrevistados se acreditam na melhoria do comportamento dos políticos com a Lava Jato. A maior parcela dos que participaram do levantamento, 56,7% não crê na lisura das ações entre os políticos, enquanto 40,7% têm esperança de um comportamento melhor. 

Dados da pesquisa

A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 15 e 16 de fevereiro. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

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A popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu uma queda no Recife, após a série de denúncias envolvendo seu nome em irregularidades que estão sendo investigadas pela Justiça Federal. Na capital pernambucana, a conjuntura negativa teria reflexo nos votos destinados ao ex-presidente, caso ele estivesse concorrendo a um cargo eletivo hoje, ao menos é o que indica um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta segunda-feira (22). De acordo com a amostra, 76,2% dos recifenses já votaram em Lula, no entanto, se ele fosse candidato atualmente 62,9% não o elegeriam. 

Ao responder a pesquisa, encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, 23,8% dos entrevistados observaram nunca ter votado no líder petista. Já quando o questionamento foi sobre uma possível candidatura hoje, apenas 35,6% pontuou que votaria em Lula e 1,4% não soube responder. 

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Na primeira vez que foi eleito, em 2002, o ex-presidente recebeu 389,8 mil votos na capital pernambucana no primeiro turno e 502,2 mil no segundo. Já em 2006, quando disputou a reeleição, Lula foi o preferido por 518,6 mil recifenses no primeiro turno e por 588 mil no segundo. Por ser o primeiro pernambucano a ocupar a Presidência da República, o apelo regional se enraizou entre os eleitores e criou-se o que hoje é conhecido no meio político como “Lulismo”. 

A influência do petista, entretanto, tem sido colocada de lado entre seus defensores ferrenhos. “Há uma queda visível do ‘Lulismo’ no Recife. As denúncias de corrupção ajudam o nível de descrença. Podemos dizer que houve uma decepção eleitoral dos recifenses”, analisou cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira. 

Maioria do recifenses não admira Lula

Assim como o percentual de recifenses que votariam no ex-presidente teve uma redução considerável, o nível de admiração do líder petista também caiu. Dos entrevistados pelo IPMN, 62,8% afirmou não admirar Lula enquanto 37,2% disse que admira. Destes a maioria são das classes D e E (51%), já daqueles a maior parcela está nas classes B e C (70%). 

Indagados se um dia chegaram a admirar Lula, 61,9% dos entrevistados respondeu que sim e 38,1% afirmou que não.

O LeiaJá foi às ruas do Recife para ouvir a opinião das pessoas sobre o governo Lula. Confira no vídeo abaixo:

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O possível envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em irregularidades investigadas pelas operações Lava Jato e Zelotes, da Polícia Federal, tem ampliado a descrença da população quanto à honestidade do petista. No Recife, um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) constatou que 65,5% da população não acredita que o líder do PT é honesto, enquanto 26,8% dizem que sim. 

A amostra, divulgada nesta segunda-feira (22), foi encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. De acordo com os dados da pesquisa, 77,5% dos entrevistados têm conhecimento das denúncias contra o ex-presidente e 17,8% não ouviram falar sobre o assunto. 

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Uma série de acusações pesa sobre o petista, entre elas, a provável participação dele na venda de Medidas Provisórias (MP), editadas durante o seu governo, para conceder benefícios fiscais a montadoras de veículos por R$ 2,5 milhões; além da compra de um tríplex no Guarujá, reformado pela empresa OAS – uma das empreiteiras envolvidas nas fraudes em contratos da Petrobras; e da reforma do Sítio Atibaia, feita pela Odebrecht, também investigada na Lava Jato.  

Indagados se acreditavam ou não nessas denúncias 68% dos entrevistados pelo IPMN disseram que sim, enquanto 24,7% apontaram que não e 7,3% não souberam responder. Aos que disseram ter ouvido falar, o Instituto questionou sobre qual denúncia mais teria chamado a atenção deles. Questões ligadas às fraudes na Petrobras e outros meios de lavagem de dinheiro foram as mais citadas espontaneamente pelos entrevistados, 9,8% cada; desvio de verbas (9,3%), o caso do triplex no Guarujá (8,1%), a reforma do sítio Atibaia (6,4%) e o tráfico de influência com a empresa Odebrecht (5,8%) também foram citados. 

Apesar da descrença da população, a gama de acusações envolvendo o ex-presidente tem dividido os setores políticos. Para os aliados, a divulgação de casos que possam ter a participação de Lula é uma investida da oposição para enfraquecer o retorno do petista na corrida eleitoral em 2018. Já os oposicionistas acreditam ser este o momento oportuno para mostrar ao país o que eles chamam de “a verdadeira face de Lula”. 

Sob a ótica do cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, as acusações podem pesar contra o ex-presidente eleitoralmente. “Lula precisa torcer para que as denúncias cessem e no momento oportuno, que eu acredito já ser agora, explicar que todas elas, se são verdadeiras ou inverídicas. Ele precisa quebrar o silêncio e se explicar para a população”, recomendou o estudioso.

Dados da pesquisa

A pesquisa do IPMN ouviu 624 pessoas no Recife, nos dias 15 e 16 de fevereiro. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

O tema aborto foi e ainda é uma questão polêmica para muitos, afinal, envolve religiosidade, cultura e cenário sociopolítico no qual mãe e família se encontram. Recentemente uma nova possibilidade de aborto foi levantada em consideração e o debate se reacendeu: a possibilidade de grávidas de bebês com microcefalia ter a escolha de tirar o feto. 

Em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), a população recifense foi questionada se é favorável que grávidas de bebês com microcefalia tenham o direito a abortar. A pesquisa realizou um contraponto entre classe socioeconômica e religião.

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Das pessoas entrevistadas, 31% afirmaram que a mãe deveria ter o direito ao aborto, enquanto 65% julgaram que não deveria haver esta possibilidade para os casos de microcefalia. Apenas 4% não responderam ou não souberam opinar.  Dos que julgaram que as mães deveriam ter o direito a abortar, 83% pertencem à Classe A. Apenas 38% das pessoas da Classe D-E opinaram que as gestantes de fetos com essa anomalia devem abortar.

A interferência da religião

Ao puxar a discussão sob a ótica da religiosidade, constatou-se que 63% dos entrevistados espíritas foram defensores do direito ao aborto. O número surpreendeu o presidente da Federação Espírita de Pernambuco, Edson Caldeira. "De maneira alguma podemos aceitar isto como solução. A doutrina nos mostra que tal condição é um resgate, uma necessidade e talvez um remédio para o espírito".

Baseado nos preceitos kardecistas, Caldeira defende que o corpo fenece, mas a alma é imortal. "O sofrimento de hoje faz parte das nossas necesidades. Deus não imputa dores desnecessárias. Será árdua para essas famílias, mas não podemos pensar no aborto como solução".

De outra corrente religiosa, grande parte dos evangélicos abordados - 82% -afirmou que as mães não deveriam ter o direito ao aborto. Para o pastor José Roberto da Rocha, da Igreja Presbiteriana do Barro, a Igreja é contra, deve aconselhar os fiéis, mas não pode impôr nada a ninguém. 

"Em regral geral, não: não somos a favor. Mas não podemos invadir o foro íntimo das pessoas. Acima de tudo, precisamos ter misericórdia. Cada cabeça é um mundo e não podemos (representantes da Igreja) ser autoritários". 

Católicos também foram ouvidos e 32% apontaram para favorável a questão do aborto em casos de microcefalia. A população sem religião somou 43% como favoráveis e 52% contra.

O Portal LeaiaJá ouviu populares na rua, que dividiram as opiniões com o questionamento. Grande parte das pessoas é contra o aborto como uma possibilidade. No entanto, existe aceitação para o direito de interrupção da gestação. Confira:

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*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE.

Desde janeiro deste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realiza o registro de mães de crianças diagnosticadas com microcefalia no Benefício de Prestação Continuada (BPC). O auxílio, normalmente concedido a idosos e pessoas com deficiência, possui o valor de um salário mínimo por mês. Em estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, a população recifense foi questionada se é favorável ao recurso. Dos entrevistados, 96,5% concordam que a ajuda de custo é justa.

Para receber o auxílio, o responsável deve comprovar a malformação da criança e que a renda mensal da família é de menos de um quarto do salário mínimo por pessoa. A ajuda de custo é paga ao responsável pelo menor de idade, geralmente um dos pais. Confira a lista de documentos necessários para requerer o BPC neste link.

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Quem precisa do auxílio deve passar por uma avaliação médica e social junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para que seja comprovada a sua condição. Atualmente, aproximadamente 4,2 milhões de pessoas recebem o BPC, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Social e do Ministério da Saúde.

Segundo a gerente executiva do INSS no Maranhão, Miriam Araújo, o programa garante as mínimas condições para o tratamento de pessoas com alguma deficiência. “O objetivo da política de assistência é reduzir o índice de desigualdade que existe entre a população e permitir o mínimo, o básico, de dignidade para aquelas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social”, explicou em entrevista à Agência Brasil.

O infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demetrius Montenegro, discorda. “Uma criança com microcefalia precisa do auxílio de vários profissionais, incluindo fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Um salário mínimo pode até ajudar os pais que precisarão deixar de trabalhar para cuidar da criança, mas não fará diferença alguma durante um tratamento com altos custos”, avalia o médico.

Mais de 500 casos de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso central foram confirmados no Brasil, sendo que a maior parte delas está ligada à infecção pelo vírus da zika, segundo o Ministério da Saúde. Outras 3.935 ocorrências suspeitas da doença estão sendo investigadas. Pernambuco é o estado com maior número de casos notificados, 1.544 no total.

Apesar disso, a pesquisa realizada pelo IPMN mostra que muitos recifenses nunca tiveram contato com bebês que possuem microcefalia. Dos entrevistados, apenas 18,9% disse conhecer crianças com a deficiência.

*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados do Censo IBGE.

O combate ao Aedes aegypti tem sido uma das principais questões atuais em que forças diferentes têm sido canalizadas para um mesmo fim. Sociedade civil e pública tem se manifestado para que o mosquito-causador da Zika Vírus, Chikungunya e Dengue seja eliminado. 

Em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), no período pós-carnavalesco, a população do Recife foi consultada e questionada sobre quem ou quais são os principais responsáveis pelo combate ao mosquito Aedes aegypti. 

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Os entrevistados, em sua grande maioria (74,8%), julgaram como sendo de responsabilidade da sociedade juntamente com o governo o papel de sanar o problema. De acordo com a voz das ruas, a união desses dois lados deve ser o melhor cenário para que essa luta seja satisfatória, afinal, é apontado que o governo deve ter a responsabilidade de conscientizar a população e os cidadãos, eliminarem os focos. 

Já 19,4% apontaram que somente a sociedade tem a responsabilidade de combater o Aedes aegypti. Dos consultados, 100% - provenientes da Classe A – deixam a cargo da população, a tarefa de eliminar focos e prevenir o mosquito. 

Outros 5,8% dos questionados, afirmam que somente o governo deve exercer o papel de combater o causador da Zika Vírus, Chikungunya e Dengue. 

 

*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados do Censo IBGE.

De pequeno inseto a inimigo número um da sociedade civil e poder público. O alastramento das doenças transmitidas pelo Aedes aegytpi assusta e se tornou um alerta mundial. No Recife, das cidades brasileiras com mais incidência de casos, um dado alarmante: quase metade da população já foi infectada por algum dos vírus propagados pelo mosquito.

A estatística está presente na pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgada neste sábado (20). De acordo com o estudo realizado com centenas de moradores da capital pernambucana, 45,4% já foram acometidos pela Dengue. Em relação à Chikungunya, 29% das pessoas ouvidas já sofreram com a doença. A menos contraída ainda é a Zika, com poucos mais de 10% de acometimentos, entre os entrevistados.

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Em recortes mais específicos, o estudo mostra que os sintomas da Chikungunya permanecem por mais tempo no corpo dos doentes do que a Dengue, por exemplo. A primeira pode deixar as “vítimas” por 30 dias com as características da enfermidade e 16,7% dos acometidos sentiram os sintomas por mais de um mês. 

Diante de três doenças transmitidas pelo mesmo vetor, a confusão é natural e a população precisa se conscientizar sobre os sintomas de cada uma.

Zika

O Ministério da Saúde alerta que a maioria dos infectados não apresentam manifestações clínicas. Porém, os principais sintomas são os tradicionais: dor de cabeça, febre, manchas vermelhas, coceira e vermelhidão nos olhos. Menos frequentes, mas também possíveis, são a tosse, vômito e inchaço no corpo.

Chikungunya

Febre alta, dores nos pés e mãos, manchas vermelhas. Diferentes das outras duas enfermidades são as dores localizadas, como nos dedos, tornozelos e punhos. Depois de infectada, a pessoa não pode ter a doença novamente. 

Dengue

Além dos sintomas compartilhados entre as três doenças, vale ressaltar, na Dengue, a dor atrás dos olhos e a fraqueza de forma moderada à intensa. É possível que a pessoa com a enfermidade tenha muitas náuseas, vômitos e perda de peso. Em seu estágio mais grave, dores abdominais intensas e contínuas, sangramento de mucosas também fazem parte dos sintomas. 

O Portal LeiaJá também foi às ruas para saber a opinião da população sobre a situação crítica apontada pela pesquisa. Confira:

*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados: Censo IBGE.

O Instituto de Pesquisas Mauricio de Nassau (IPMN) divulgou ontem uma pesquisa sobre a sucessão municipal de 2016 na capital pernambucana. O levantamento trouxe o prefeito Geraldo Julio (PSB), que tentará à reeleição, em primeiro lugar com signifativa vantagem sobre o segundo colocado, que é o ex-prefeito João Paulo (PT). Adversário de Geraldo nas eleições de 2012, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), aparece em terceiro.

No primeiro cenário, com as candidaturas de Geraldo Julio, João Paulo, Daniel Coelho, Priscila Krause, Edilson Silva e Sérgio Magalhães, Geraldo aparece com 25% das intenções de voto, enquanto João Paulo tem 16%, Daniel Coelho 12%, Priscila Krause 4%, Edilson Silva 1% e Sérgio Magalhães não pontuou. Neste cenário, em votos válidos, Geraldo teria 42,4%, seguido por João Paulo com 27,1%, Daniel Coelho 20,3% e os demais 10,2%, o que configuraria um segundo turno entre Geraldo e João Paulo.

No segundo cenário, com Silvio Costa Filho no lugar de Daniel Coelho, e sem as candidaturas de Sérgio Magalhães e Priscila Krause, a vantagem do socialista é ainda maior. Geraldo Julio aparece com 30%, João Paulo 17%, Silvio Costa Filho 2% e Edilson Silva 1%. Já no segundo cenário, em votos válidos, Geraldo teria 58,8%, seguido por João Paulo com 33,3% e os demais 7,8%. O que configuraria uma vitória do socialista no primeiro turno.

Considerando os números mas também a conjuntura política dá pra levar em consideração que a deputada estadual Priscila Krause, que apesar de ter 4%, dificilmente terá a indicação do DEM para disputar a prefeitura, já que a legenda deverá marchar com a reeleição do prefeito. O deputado Daniel Coelho tem todas as condições de ser candidato a prefeito, mas aparecer com 20% dos votos válidos depois de ter obtido 28% em 2012, poderá ser um fator negativo para convencer o PSDB a dar-lhe legenda para a disputa.

Por fim os números de João Paulo corroboram a tese de que a sua candidatura é inviável. Se com praticamente 100% de conhecimento da população, depois de ter sido prefeito por oito anos saindo com expressiva aprovação popular, oscilar entre 16 e 17% de intenções de votos é muito pouco. Esse número cheira a teto. Para quem disputou o Senado em 2014, ganhando assim um recall do eleitor, era pra João Paulo figurar na pior das hipóteses empatado tecnicamente com Geraldo Julio para ter uma candidatura considerada competitiva.

O líder da oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho, apesar de aparecer com um percentual baixo nas pesquisas, pode ser um nome competitivo, já que é jovem, se expressa bem, e poderá canalizar para si o voto dos insatisfeitos com a gestão de Geraldo Julio. Esse contingente de eleitores deverá se dividir entre Silvio Costa Filho e Daniel Coelho, caso o tucano seja mesmo candidato.

Num cenário de crise econômica e política, o prefeito Geraldo Julio pode considerar os números relativamente satisfatórios, mas deve abrir o olho para ampliar sua vantagem sobre os concorrentes a ponto de liquidar a fatura no primeiro turno, já que na única vez que um prefeito do Recife foi ao segundo turno disputando reeleição acabou perdendo a disputa, que foi o caso de Roberto Magalhães, derrotado por João Paulo em 2000.

Quartel-general - O vice-presidente Michel Temer já montou o seu QG na estratégia para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Temer, que herdará a presidência com a saída de Dilma, escalou o senador Romero Jucá e os ex-ministros Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Eles terão a missão de convencer os parlamentares indecisos a votar pelo impeachment.

Ministro - O senador José Serra (PSDB/SP) é um dos grandes defensores do eventual governo Temer. Serra sonha acordado com a possibilidade de virar ministro da Fazenda de Temer, e tentar repetir o filme de Fernando Henrique Cardoso, que com a saída de Collor, virou ministro da Fazenda de Itamar Franco e depois presidente da República. Naquela época FHC era, assim como Serra, senador por São Paulo.

Reunião - A presidente Dilma Rousseff convocou os 27 governadores para uma reunião em Brasília amanhã para debater as ações que devem ser tomadas para o combate ao mosquito Aedes aegypti. A expectativa do Palácio do Planalto é que a presidente também possa receber um gesto de apoio dos governadores à presidente e contra o impeachment.

Defesa - O advogado Antônio Campos, pré-candidato a prefeito de Olinda pelo PSB, divulgou nota no último sábado em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As palavras de Tonca têm peso porque ele representa a memória dos ex-governadores Eduardo Campos, seu irmão, e Miguel Arraes, seu avô.

RÁPIDAS

Comissão - Hoje será indicada a comissão especial que avaliará o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Helio Bicudo e Miguel Reale Jr, e autorizado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha na semana passada. A comissão será composta por 65 deputados e poderá contar com a presença dos pernambucanos Mendonça Filho, Bruno Araújo, Daniel Coelho e Fernando Filho.

Fernando Monteiro - Exercendo o primeiro mandato na Câmara Federal, o deputado Fernando Monteiro (PP) considera o ano de 2015 como satisfatório no que diz respeito a sua atuação parlamentar. Em pouco tempo Fernando já consegue se destacar entre os seus pares na condição de vice-líder do PP na Câmara.

Inocente quer saber - Pernambuco teria algum ministro num eventual governo Michel Temer?

O Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau divulgou, nesta sexta-feira (6), uma pesquisa sobre as intenções de voto sobre as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE). De acordo com o levantamento, o candidato Ronnie Duarte é o preferido dos 333 entrevistados. 

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Para a realização da pesquisa, foram ouvidos por telefone 333 advogados credenciados à OAB-PE, através de um questionário-base. O IPMN trabalha com uma margem de erro estimada de 5,5%.  Da chapa “A ordem avança”, Duarte aparece com 36,7% de intenções de voto. Em seguida, vem Jefferson Calaça (16%), da “É hora para mudar”, e Emerson Leônidas (4,8%), representante da “Sim para a nova ordem”. 

A disputa vem sendo travada para além das campanhas e propostas. Ronnie Duarte entrou, na última quarta (4), com pedido de impugnação do da candidatura de Calaça, por uma série de irregularidades como inadimplência e exercício de cargo comissionado. Emerson Leônidas também pediu liminar contra Jefferson Calaça, por propaganda eleitoral antecipada. 

Outros dados da pesquisa do IMPN relevam que mais de 90% dos advogados garantem ir à votação, no próximo dia 19 de novembro. Para 30,7% dos advogados, o atual presidente, Pedro Henrique Reynaldo Alves, faz uma administração regular, ruim ou péssima; em contrapartida, mais da metade garante confiar no gestor atual. 

Questionados sobre quem foi o melhor presidente da história do órgão, 47% dos advogados não souberam, ou não quiseram, responder. Entre os nomes indicados, Jayme Asfora aparece com mais votos: 14,6%. 

 

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem sido avaliado negativamente por diversas instâncias do país. Entre os estudantes recifenses o quadro não é diferente. De acordo com um levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), nesta terça-feira (3), a gestão da petista foi considerada péssima por 56,3% dos feras que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no último dia 24, na capital pernambucana. 

Dos entrevistados, 18,6% avaliaram o governo como ruim. A amostra revelou também que 18,5% dos estudantes veem a gestão de Dilma como regular. Já os índices positivos chegam a 6,2%. Desses, 5,6% corresponde a avaliação de uma gestão boa e 0,6% ótima. 

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De acordo com o doutor em ciências políticas e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, os números reforçam o quadro de avaliação negativa nacional. Para ele, apesar de os estudantes estarem prestes a ingressar no meio acadêmico, centro de discussão política, isso não prejudica a presidente.  “Não vejo nenhuma relação. Agora, se a economia melhorar e a presidente Dilma Rousseff voltar a fazer investimentos em políticas públicas, como o Fies, por exemplo, a tendência é que o quadro seja revertido diante dos estudantes”, observou o estudioso. 

As entrevistas foram realizadas no sábado (24), primeiro dia de aplicação das provas em todo o país. O IPMN ouviu 623 estudantes recifenses. Dos entrevistados, 56,3% recebem até um salário mínimo e 51% se identificaram como sendo do sexo feminino. A amostra registrou ainda que 32,3% estão acima dos 22 anos e 33,8% estão concluindo o ensino médio. 

 

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) no sábado (24), primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mostra que a maior parte dos candidatos é a favor da redução da maioridade penal. O resultado do questionário revelou que 64,6% dos entrevistados são favoráveis à redução e apenas 31,7% são contrários.

Para o cientista político do IPMN, Adriano Oliveira, os dados apontam estudantes com medo.  “Eles estão com uma percepção de insegurança gerada pela violência e pelo sentimento de impunidade”, explica.

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A pesquisa entrevistou 623 estudantes que fizeram as provas do Enem no Recife. Dos entrevistados, 56,3% recebem até um salário mínimo e 32,3% têm acima de 22 anos. 

A maioridade penal é de 18 anos. No dia 19 de agosto, a Câmara aprovou em segundo turno a redução da maioridade para 16 anos no caso de crimes hediondos, de homicídio doloso, e de lesão corporal seguida de morte. O projeto será votado no Senado. 


A recessão econômica pela qual o Brasil passa atinge um dos braços mais importantes do país, a educação. Com cortes na verba orçamentária de várias pastas – algumas recentemente extinguidas – o setor educacional sofreu uma queda de cerca de R$ 10 bilhões no orçamento em 2015. Embora o desgaste econômico seja um fator pessimista para os jovens que buscam a educação como forma de garantia de conhecimento e empregabilidade, estudantes ainda creem que os projetos sociais governamentais são o meio de acesso ao ensino superior. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN) com estudantes que realizaram no dia 24 de outubro o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), revelou que 62,5% dos alunos pretendiam ingressar no ensino superior com o suporte do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

Novas regras do Fies entram em vigor

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Segundo o cientista político e membro da cooperação científica do estudo, Adriano Oliveira, os estudantes se mostram abertos para as políticas educacionais do governo, porém, não concordam com algumas posturas do mandato de Dilma. “Os alunos aprovam as medidas sociais governamentais, mas estão em desalinho com as atitudes políticas atuais dos governantes”, comentou. Isso porque, segundo o levantamento, 53,6% dos candidatos ao Exame consideraram o Governo Dilma péssimo. 

Os jovens (91,6%) também afirmaram que pretendem trabalhar enquanto cursam o ensino superior. Esse percentual é um reflexo da necessidade de independência financeira dos estudantes, como no caso de Hanna Silva, 19. A jovem cursa há três anos administração e está trabalhando. “Eu optei porque preciso ajudar em casa e quero minha dependência financeira”, contou Hanna.

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Ainda segundo a pesquisa do IPMN, os entrevistados são favoráveis às medidas educacionais e empregatícias como forma de crescimento econômico e social do Brasil. Mais concursos públicos (87,3%), ampliação do Programa Universidade para Todos (ProUni) (85,3%) e ampliação do Fies (82,5%) estão entre os maiores índices de aprovação. 

O levantamento foi realizado com 623 estudantes, no dia 24 de outubro, no Recife. Os participantes da pesquisa foram entrevistados nos locais de realização das provas do Enem. Dos questionados, 51% se identificaram como sendo do sexo feminino, 32,3% disseram ter acima de 22 anos e 33,8% estão no terceiro ano do ensino médio. Além disso, 37,3% dos questionados informaram que a renda familiar é acima de 1 e até 2 salários mínimos.

 

Mesmo com a falta de prestígio dos partidos políticos diante dos recifenses, apontada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), o Partido dos Trabalhadores (PT) é o mais admirado entre os que residem na capital pernambucana. Na avaliação da presidente do PT em Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão, o dado é sinônimo da “resistência” da legenda, apesar dos “bombardeios”. 

“Esse dado é sobre tudo de muita resistência, principalmente por conta da configuração do PT, que não é um partido qualquer”, observou. “O legado do PT é muito forte na vida das pessoas. A presença de Lula foi muito forte na história do Brasil. Isso não se acaba do dia para a noite. O PT demonstra que é forte e apesar de todos os bombardeios continua vivo”, acrescentou a dirigente. 

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Hoje o PT é admirado por 17,6% dos recifenses. Em períodos anteriores, a legenda petista era admirada por 64,3% dos entrevistados pelo IPMN. O índice é 46,7% maior que o prestígio atual do partido. 

Lula é o mais admirado entre os políticos

O IPMN também aferiu a admiração dos recifenses em relação aos políticos. O mais lembrado nos dias de hoje foi o ex-presidente Lula (PT). Ele é admirado por 21,2% dos recifenses. No passado, ele já foi admirado por 36,2%.

O percentual, segundo Teresa, dá um ânimo aos petistas da capital pernambucana. “[O índice] Dá mais ânimo sim, mas isso atiça os ataques da oposição. Eles não querem fazer só oposição ao governo Dilma não. O mote da oposição é acabar com Dilma o, com o PT e com Lula”, cravou a parlamentar.

A credibilidade dos partidos políticos tem decaído nos últimos anos após a constatação do envolvimento de algumas agremiações em esquemas de corrupção, como o Mensalão e a Lava Jato. Dados de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, apontam que 44,5% dos recifenses não admiram nenhum partido atualmente e 54,7% já admiraram em períodos anteriores. 

Apesar do alto índice na falta de prestígio dos partidos, entre os que residem na capital pernambucana e admiram alguma sigla hoje, o PT é o mais lembrado, com 17,6%. Logo após vem o PSDB (11,3%) e o PMDB (6,3%). Mesmo sendo o partido que governa o Recife e tem a gerencia do Governo do Estado, o PSB ficou apenas no quarto lugar, sendo admirado por 4,9% dos recifenses. Além dos quatro partidos, considerados como principais do país pela conjuntura, o PV (3,6%), o PDT (1,6%) e o PP (1%) também foram citados. 

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Dos recifenses que pontuaram ao IPMN já ter admirado alguma sigla em períodos anteriores (54,7%), o dado que mais chamou a atenção também foi o do PT. Em períodos anteriores, a legenda petista era admirada por 64,3% dos entrevistados. O índice é 46,7% maior que o prestígio atual do partido. A derrocada, para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, é justificada pelas denúncias de corrupção. A legenda é um dos principais focos tanto na Lava Jato quanto no Mensalão. 

“A pesquisa mostra claramente o desgaste da classe política. Se a classe política muda a atitude e tenta conquistar a admiração dos eleitores, certamente, não sofrerá com credibilidade e admiração”, frisou.“No caso específico do PT, nós podemos atribuir as denúncias de corrupção”, acrescentou o estudioso.

No passado, o PMDB é apontado como o segundo mais admirado (10%), seguido pelo PSDB (8,3%), PSB (3,2%), PFL (2,9%), Arena (2,1%), PV (1,8%) e o PDT (1,2%). 

Falta de crescimento do PSDB

Considerado como o maior partido de oposição do país, no quesito Governo Federal, o PSDB, apesar da derrocada histórica do PT, não conquistou um crescimento significativo na admiração dos recifenses. Atualmente a legenda é a segunda mais citada, por 11,3%, e em períodos anteriores o partido tucano foi o terceiro mais admirado, com 8,3%.  

“O PSDB faz oposição por oposição e isso não conquista eleitores. Eles precisam de um discurso. O PSDB não tem conquistado eleitores, por isso, mesmo diante desta crise o PT se mantém como o principal partido do país”, avaliou Adriano Oliveira.

Lula é o mais admirado entre os políticos

A queda na admiração dos recifenses aos partidos também é reproduzida quando o quesito são os políticos. Ao IPMN, 40,9% dos que residem na capital pernambucana afirmaram não admirar nenhum político atualmente e 65,6% pontuaram que no passado já admirou alguém que exerceu (ou exerce) um cargo eletivo.  

O mais lembrado nos dias de hoje é o ex-presidente Lula (PT). Ele é admirado por 21,2% dos recifenses. O índice, sob a ótica do cientista político Adriano Oliveira, é justificado pela gestão exercida pelo petista de 2003 a 2010 quando governou o país e não por ele ser pernambucano. “Se a pesquisa for feita em outra cidade do Nordeste, certamente teremos um resultado semelhante”, disse. “Isso é em virtude de seu governo e desde a origem dele, e em virtude da boa gestão que ele fez quando presidente”, avaliou.

Ainda são admirados pelos recifenses o deputado federal Jarbas Vasconcelos (6,3%); o prefeito do Recife, Geraldo Julio (3,2%); a presidente Dilma Rousseff (2,1%); o deputado federal Daniel Coelho (2,1%); o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (1,9%); o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1,9%); o ex-governador Eduardo Campos (1,5%); a ex-senadora Marina Silva (1,3%); o deputado estadual Cleiton Collins (1,1%); e o superintendente da Sudene, João Paulo (1%).  

Entre os entrevistados pelo IPMN que disseram ter admirado algum político em períodos anteriores (65,6%), Lula também é o mais mencionado. Ele já foi admirado por 36,2%. Após ele, vem Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014, com 21,4%; e Jarbas com 7,4%. Além deles, o ex-governador Miguel Arraes (4,4%), FHC (4,2%), Paulo Câmara (3,7%), João Paulo (2,7%), Tancredo Neves (2,5%), Dilma (2,2%), Geraldo (1,2%) e o ex-governador Joaquim Francisco (1,2%) também foram citados. 

O levantamento do IPMN foi realizado entres os dias 20 e 21 de julho. Foram ouvidas 622 pessoas e o nível de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro é estimada de quatro pontos percentuais para mais ou menos.

Com mais um escândalo de desvio de dinheiro e pagamento de propina a políticos, revelado pela Operação Lava Jato, os brasileiros levantaram ainda mais a bandeira anticorrupção, tão evidenciada nas manifestações populares nos últimos meses. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commecio, mostra que os recifenses estão atentos aos casos e insatisfeitos com os serviços públicos oferecidos à população.

Para 92,1% dos entrevistados, atualmente há mais casos de corrupção sendo noticiados pela imprensa do que no passado. Para 90% das pessoas ouvidas pelo instituto, a situação piorou nos últimos anos no ambiente público. Apenas 8,8% discordam. O aumento de manifestações e protestos na internet e a organização de movimentações nas ruas mostram que os brasileiros estão mais exigentes sobre a atuação política que nos anos anteriores, o que 82,6% dos entrevistados também confirmam.

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Quando perguntados sobre a honestidade dos políticos, apenas 6,4% acreditam que eles sejam mais íntegros que no passado. Ao todo, 92,8% dos entrevistados discordaram e mostraram que a desconfiança entre os eleitores em relação aos eleitos nas urnas ainda é grande.

Mas não foram apenas os políticos que foram mal avaliados. Alguns serviços públicos também foram analisados negativamente pelos moradores da capital pernambucana. No estado em que o programa de segurança pública - o Pacto pela Vida - é um dos carros chefe do Governo, a violência ainda assusta a população.

Para 94,2%, a violência aumentou atualmente. Apenas 5,3% discordaram e acreditam que a situação melhorou; 0,5% não souberam ou não responderam. O atendimento nas unidades de saúde públicas também não é bem visto. Para 72,5% dos recifenses que responderam às perguntas, o serviço do Sistema Único de Saúde piorou. Já 24,9% acreditam que melhorou e 2,6% não responderam ou não souberam classificar a qualidade.

Sobre a vida econômica dos brasileiros, a avaliação é um pouco mais otimista. Para 58%, hoje a vida econômica é melhor. Outros 39,9% acham que piorou. Dos entrevistados, 53,5% acreditam que atualmente, há menos pobres no Brasil. Já 42,6% discordam. O acesso à educação também tem agradado a quem mora no Recife. Ao todo, 81,6% acreditam que hoje as pessoas têm mais oportunidades na educação básica e superior que no passado.

O IPMN realizou as entrevistas entre os dias 20 e 21 de julho, com 622 pessoas. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro estimada de quatros pontos percentuais para mais e para menos.

Apesar do descrédito e a falta de admiração quando o assunto é partido ou político, o levantamento que afere o perfil do novo eleitor recifense feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, constatou que as instituições públicas são mais bem vistas pelos que residem na capital pernambucana, mesmo com a falta de admiração de 14,7% dos entrevistados. 

De acordo com dados a amostra, o maior índice de admiração entre os entrevistados se dá para com os órgãos que garantem a segurança pública. O Corpo de Bombeiros está no topo da lista, com 11,3%, seguido pelas polícias Federal (9,2%) e Militar (4,4%). As Forças Armadas também são citadas pelos recifenses, com 3,7% de admiração, assim como o Ministério Público, a AACD e a LBV, mencionados por 3,4% cada. 

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As organizações não governamentais (ONGs) são bem vistas por 3,2% dos recifenses. Além delas, o Tribunal de Justiça (2,9%), a Universidade Federal (2,6%), a Polícia Civil (2,6%), a Secretaria de Educação (2,3%), o Imip (2,3%) e a Prefeitura (1,6%) também são admirados pela população. 

Ainda foram citadas pelos recifenses a Igreja (1,6%), as faculdades (1,6%), a Secretaria da Fazenda (1,3%), o Detran (1%) e os Correios (1%). 

Mesmo com muitas instituições citadas, 12,3% os entrevistados pelo IPMN apontaram outros órgãos como seus admirados e 10,2% não souberam responder. A pesquisa foi realizada entres os dias 20 e 21 de julho, com 622 pessoas. O nível de confiança do levantamento é de 95%, com a margem de erro estimada em quatro pontos percentuais para mais ou menos.

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