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Em meio aos casos de abuso sexual contra menores cometidos por religiosos da Igreja Católica Chilena, a hierarquia católica do país publicou orientações voltadas aos sacerdotes, proibindo-os de dar "abraços muito apertados, palmadas nas nádegas, tocar a área dos genitais ou peito, fazer massagens, beijar na boca, deitar ou dormir com meninas, meninos ou adolescentes". A recomendação é assinada pelo arcebispo de Santiago, Ricardo Ezzati.

Segundo publicação do El Pais, o arcebispo responsável pelo documento é acusado de encobrir abusos sexuais cometidos pela Igreja Chilena. Em nenhum momento o manual de nove páginas, que foi retirado do site da igreja poucas horas depois por causa de controvérsias, fala diretamente de abuso sexual, mas de "sinais errados" ou "fatos dolorosos".

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Além das recomendações já citadas, o documento também indica que os sacerdotes não violem a privacidade "olhando ou tirando fotos quando meninos, meninas, ou pessoas vulneráveis estiverem nus, se vestindo ou tomando banho". O texto do documento aponta ainda que "qualquer material sexualmente explícito ou pornográfico é absolutamente inadmissível".

O arcebispo Ricardo Ezzati disse que retirou o texto de circulação para "corrigir certos conteúdos que foram traduzidos literalmente e que não são adequados ou que se prestaram a interpretações incorretas". O religioso pediu desculpas pelo caso e afirmou que publicará uma nova versão no menor prazo possível.

Investigação dos abusos

A Igreja Católica Chilena está no meio de uma tempestade desde a visita do papa argentino no início do ano e da multiplicação de inquéritos por casos dessas suspeitas de abuso sexual por parte de membros da Igreja contra menores e adultos desde os anos 1960. De acordo com um documento entregue pelo Ministério Público, 158 bispos, padres e laicos foram ou estão sendo investigados pelos abusos no Chile.

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Na cidade de Guarapuava, região central do Paraná, um homem de 23 anos (que não teve o seu nome revelado) acabou caindo dentro de uma lixeira subterrânea ao tentar resgatar sua Carteira de Trabalho. A situação aconteceu na manhã da última terça-feira (2) e precisou da mobilização da prefeitura da cidade e do Corpo de Bombeiros.

Segundo informações dos bombeiros ao G1, o rapaz, que apresentava sinais de embriaguez, caiu no local ao tentar recuperar a carteira de trabalho que havia sido jogada na lixeira por um amigo.

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A lixeira subterrânea é automatizada e os socorristas precisaram acionar o sistema de elevação para ter acesso ao homem, que já havia caído no mesmo local na madrugada do último sábado (29); ele não se feriu em nenhuma das vezes.

O Ministério das Cidades (MC) apresentou nesta semana a versão digital do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), documento de porte obrigatório dos carros. A novidade já pode ser baixada por meio do aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CNH Digital), disponível tanto para o sistema Android como para iPhones.

A primeira unidade federativa a fazer uso da novidade é o Distrito Federal (DF). O documento digital traz todas as informações de sua versão impressa, além de um QR Code, que pode ser lido para verificar se há alguma falsificação no certificado durante uma abordagem de trânsito. Até 31 de dezembro deste ano a tecnologia deve ser adotada em todo o país.

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Além de estar disponível em aplicativo, certificado também poderá ser baixado em formato de arquivo PDF, com assinatura digital, para ser utilizado em alguma necessidade onde se exija um documento autenticado. Para ter a novidade em seu celular, é necessário que o proprietário do veículo esteja em dia com o licenciamento.

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Na próxima segunda-feira (28), a Secretaria da Mulher do Estado e a Câmara Técnica de Enfrentamento da Violência de Gênero contra a Mulher do Pacto pela Vida apresentam o Protocolo Pernambucano de Feminicídio. O documento dá início à adesão às diretrizes do Modelo Latino-Americano de Investigação de Mortes Violentas de Mulheres por Razões de Gênero. O lançamento acontece no Auditório Ribeira do Centro de Convenções de Pernambuco das 14h às 17h.

O documento será o primeiro do país estruturado em forma de Resolução Conjunta, conforme a Secretaria da Mulher de Pernambuco. Com isso, o estado será o primeiro entre Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Piauí e Maranhão - estados com protocolo no país -, a ter um documento realizado com a participação das secretarias estaduais da Mulher, Justiça e Direitos Humanos, Defesa Social, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça de Pernambuco e Ministério Público de Pernambuco.

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O texto é resultado de um trabalho desenvolvido a partir de dois decretos: o primeiro dispõe sobre o registro de ocorrência do crime de feminicídio, e o segundo que institui o Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre Feminicídio (GTIF), para aplicar no âmbito do estado as diretrizes nacionais para investigar, processar e julgar, com perspectiva de gênero as mortes violentas de mulheres. O Estado também conta com a Lei Estadual 16.196 (13.11.2017) que cria o Dia Estadual do Combate ao Feminicídio em Pernambuco.

 

Pernambuco é o 9º estado no número de vítimas de feminicídio, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2018. O estado ainda melhorou sua situação, visto que anteriormente ocupava o sexto lugar. A taxa anual de feminicídio no estado caiu de 2,3 para 1,6 mulheres a cada 100 mil.

Esquecer a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em casa não é mais uma preocupação para o motorista George Abbas, de 36 anos, do Rio. Ele fez a versão digital do documento há cerca de um mês. "Facilita a vida. Se perder o celular, tenho a de papel. Se perder a de papel, tenho a digital", diz.

Mas Abbas é uma exceção dentro do cenário nacional, no qual apenas 0,36% dos motoristas têm a CNH digital, o que corresponde a 247,6 mil pessoas. A nova versão do documento passou a ser emitida progressivamente desde outubro. E desde o começo do mês, é disponibilizada em todos os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) do País.

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Entre as 27 unidades federativas do País, São Paulo é a que mais emitiu CNHs digitais, com um total de 49.955 unidades. No Estado, a emissão começou em março. Mas, proporcionalmente, São Paulo fica em 21º no quadro nacional, pois a cobertura é de apenas 0,22% do total de motoristas. Os primeiros colocados são Goiás e Rio Grande do Sul, nos quais, respectivamente, 1,13% e 1,03% das CNHs têm versão digital.

Baixa adesão

Um dos motivos para a baixa adesão é que o documento só pode ser emitido à distância se o motorista tiver uma CNH com QR Code e também um certificado digital, que é pago. O custo desse documento costuma ser de R$ 100. Quem ainda tem a versão antiga da habilitação, deve pedir uma segunda via impressa, para ter uma CNH com o QR Code (não é preciso esperar a CNH vencer para solicitar a segunda via do documento). Depois, é preciso fazer um cadastro no site do Detran e ir a uma unidade do departamento de trânsito para confirmar os dados.

As exigências para obter o documento digital também são criticadas por usuários nas plataformas de download. No Google Play (para Android), o app CNH Digital é avaliado com nota 2,7, não muito diferente da 2,3, apontada por usuários do iTunes. Até 29 de junho, foram mais de 2 milhões de downloads, número 800% maior que o de usuários que efetivamente fizeram a carteira.

Nas plataformas, é frequente a falta de informação sobre a necessidade de ter um certificado digital ou de comparecer ao Detran. Há, também, relatos de dificuldades para instalar e manipular o aplicativo. "A avaliação do aplicativo pode estar associada à impossibilidade do usuário, que ainda não tem a CNH em papel com QR Code", justificou o Serviço Federal de Processamento de Dados, responsável pelo aplicativo, por meio de nota. Segundo o Serpro, uma versão 2.0 do CNH Digital será lançada no segundo semestre e vai contemplar também a documentação do veículo.

Documento

O estudante de Direito Afonso Rennó, de 25 anos, fez a carteira digital um mês após renovar a licença para dirigir. Ele ainda carrega a versão impressa. "Ainda não pediram (a carteira), não sei como vai ser. Levo (a impressa) junto dos documentos do carro."

A CNH Digital é reconhecida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pode ser aceita como documento oficial no momento do embarque de voos domésticos. A carteira já é aceita pelas maiores companhias do País, como Latam, Gol, Avianca, Passaredo e Azul.

Dentre as locadoras de carros contatadas pela reportagem, a Movida e a Localiza afirmaram aceitar a CNH Digital, enquanto a Localiza exige a versão impressa. Além disso, a Polícia Militar de São Paulo já aceita a versão digital nas ocasiões em que exige a apresentação da CNH. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil possuirá um documento que orientará o planejamento de projetos de vigilância da saúde, com diretrizes de responsabilidades, regras e estratégias. Pela primeira vez, o Conselho Nacional de Saúde aceitou a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS).

Segundo o Ministério da Saúde, a criação do projeto resulta de propostas expostas na Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, que aconteceu entre os dias 27 de fevereiro e 2 de março. Além disso, o projeto foi formulado por acadêmicos, especialistas, conselheiros de saúde, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

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“A PNVS está centrada no direito à proteção da saúde e alicerçada no SUS público e de qualidade”, afirmou o ministério.

As ampliações citadas pela pasta são promoções do controle social, capacitação em vigilância para os profissionais de saúde do SUS e métodos para capacitação em educação, comunicação e mobilização social.

Memorando de 11 de fevereiro de 1971, escrito pelo assessor do Conselho Segurança Nacional dos Estados Unidos Arnold Nachmanoff, mostra que o governo americano acreditava que o presidente brasileiro Emílio Garrastazu Médici "devia ter consciência da extensão da violência usada pelas forças de segurança brasileiras". "E, talvez, dado consentimento tácito em vez de enfrentar os elementos da linha dura nas Forças Armadas."

Sobre Médici, o documento dizia ainda que, apesar de sua possível conivência, seu "instintos próprios parecem moderados". "Ele (Médici) teve um papel pessoal em desarmar a polêmica sobre a tortura no último ano. Contudo, o reaparecimento da publicidade em torno da tortura pode danificar sua imagem seriamente", escreveu Nachmanoff.

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O documento do Conselho de Segurança Nacional faz parte dos papéis que a Agência Central de Inteligência (CIA) americana tornou públicos em 2016 e 2017. Ele foi enviado ao então conselheiro de segurança nacional, Henry Kissinger, em razão da visita que Médici faria aos Estados Unidos.

O título era "Relatos de tortura podem complicar a visita de Medici". Trata-se do segundo documento revelado recentemente pelos americanos a ligar presidentes do ciclo militar (1964-1985) a violações dos direitos humanos - na semana passada, outro memorando da CIA fez o mesmo com Ernesto Geisel e João Figueiredo. Médici governou o País de 1969 a 1974.

"Relatos sobre o crescimento do uso de violência e tortura por oficiais brasileiros em sua campanha contra terroristas e subversivos tornaram-se mais frequentes nas semanas recentes após terem diminuído no último verão", começa o papel. Em alguns casos, segue o documento, suspeitos de terrorismo aparentemente foram mortos depois de terem sido submetidos "a torturas extremas para evitar o risco de serem soltos como parte do resgate em um sequestro".

A parte do documento que explicaria essa passagem continua sob sigilo. Fazia pouco menos de um mês que o embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), havia sido libertado em troca do banimento de 70 prisioneiros. Pouco depois de seu sequestro, o guerrilheiro Eduardo Leite, o Bacuri, foi morto pelos órgãos de segurança. Segundo colegas de cárcere, sua morte serviu para impedir que Leite fosse solto com os 70.

O documento cita ainda as denúncias do então cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, sobre a tortura de padres e freiras, um incidente que "abriu uma confrontação entre a Igreja e o governo". "Esse episódio deve ter uma larga publicidade tanto lá como aqui."

A preocupação de Nachmanoff estava ligada à atuação do senador democrata Frank Church, que conduzia audiências no Senado sobre o Brasil que poderiam "priorizar a questão da tortura". A gestão do presidente Richard Nixon (republicano) tinha de lidar com um Congresso largamente democrata.

A visita de Médici era negociada entre o chanceler Mário Gibson Barbosa e o embaixador americano William Rountree. "Ele (Médici) até agora conseguiu evitar que o problema da tortura afetasse sua imagem pessoal." O relatório estimava, porém, que nova publicidade sobre a tortura, principalmente ligada à ação do Igreja, poderia danificar seriamente sua imagem.

O documento diz que o secretário de Estado, William P. Rogers, "expressara sua preocupação" ao colega Gibson Barbosa. A mensagem privada mostraria os problemas práticos e potencial de embaraço para os dois presidentes em razão do ressurgimento das denúncias. "A mensagem não iria moralizar, mas enfatizar nosso mútuo interesse de proteger Médici e a imagem do governo do Brasil."

Banidos

Em 5 de março de 1971, novo relatório da CIA dava mais detalhes sobre as denúncias. Com o título "Brasil sob Medici", afirmava que as forças de segurança "declararam guerra aos terroristas e estão empenhadas em extirpá-los". "Isso explica o tratamento cruel a qualquer suspeito de ligação com o terrorismo (...) A tortura é largamente usada para obter informações. Em vários casos, espancamentos e torturas têm provocado mortos sob interrogatórios."

Mais adiante, ele diz que as forças de segurança "consideram pessoas que tenham sido banidas para outros países em troca de embaixadores sequestrados como sujeitas à liquidação em caso de retorno". "Ao menos dois tiveram esse destino." O papel não diz a identidade dos mortos.

'Humanista'

Seis páginas com a transcrição da conversa de 22 de outubro de 1974 do secretário de Estado Henry Kissinger com seu staff mostram ele e a burocracia do departamento acuados pelo Congresso americano para que a política externa dos Estados Unidos levasse em consideração o respeito aos direitos humanos. "O que vocês querem que eu faça? Mostrar que eu sou um humanista?", pergunta Kissinger aos auxiliares.

Um deles responde que o democrata Don Fraser promovia audiências na Câmara e pressionava o governo republicano de Gerald Ford pelas relações com Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia e Chile. "Todos aliados", diz Kissinger. Para ele, a pressão enfraquecia a posição americana no mundo. "Você acha que a posição apropriada para o Departamento de Estado é ser um reformatório para aliados?", questiona Kissinger.

O Brasil entrou na pressão de Fraser por causa do desaparecimento da professora da USP Ana Rosa Kucinski, de seu marido, Wilson Silva, e do ex-deputado estadual Paulo Stuart Wright. Eles militavam em organizações clandestinas - Wright era cidadão americano. É o que mostra telegrama do Departamento do Estado à embaixada no Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As freiras católicas que vivem em clausura poderão ter acesso às redes sociais, mas "com sobriedade e discrição".

A recomendação foi apresentada nesta terça-feira (15), pelo arcebispo José Rodríguez Carballo, secretário da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada, e está na nova "Cors Orans", que contém uma série de regras para conventos.

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"Tais meios devem ser usados com sobriedade e discrição. Não somente em relação aos conteúdos, mas também quanto à quantidade de informações e o tipo de comunicação", diz o documento.

No entanto, "aquelas que escolhem a vida contemplativa devem viver em um ambiente separado do mundo e, por isso, os conventos devem respeitar determinadas características, e o ingresso de pessoas de fora ou a saída das freiras deve ser excepcional e autorizado".

Da Ansa

Membros da Comissão Nacional da Verdade defendem a revisão da Lei de Anistia no Supremo Tribunal Federal depois da revelação de que o ex-presidente Ernesto Geisel autorizou diretamente a execução de opositores da ditadura militar (1964-1985), divulgada em documentos da CIA publicados pelo governo americano.

A lei de 1979 voltou à pauta da Corte após a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrar com recurso questionando o perdão concedido aos militares e outros agentes de Estado que praticaram tortura ou outros crimes comuns durante a ditadura.

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"É possível que, com essa nova composição do Supremo, aparentemente muito mais sensível a essas questões relevantes do ponto de vista social, a lei seja reexaminada. Esse fato pode servir justamente para estimular essa resolução desse impasse", disse Pedro Dallari, professor de Direito Internacional da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador da comissão, criada durante o governo Dilma Rousseff e que funcionou entre 2012 e 2014.

Ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso e também integrante da comissão, José Carlos Dias disse esperar que o Supremo analise o caso após as revelações do documento da CIA. "Espero que esses fatos levem o Supremo a rediscutir a questão da anistia", declarou. "Eu acho que é necessário punir os responsáveis."

Após a divulgação do documento pelo governo americano, o engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura, enviou nesta sexta-feira, 11, uma carta ao Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, sobre o memorando da CIA. Ele pede que o governo brasileiro solicite ao governo dos EUA a liberação completa dos registros da CIA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), comparou as autorizações sumárias dadas pelo presidente Ernesto Geisel para executar opositores do regime militar no Brasil a uma espécie de punição usada por pais contra seus filhos. "Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece", disse o parlamentar à Rádio Super Notícia, de Belo Horizonte, na manhã de sexta-feira, 11.

Documento escrito pelo diretor da CIA em 1974, William Colby, e revelado na quinta, 10, afirma que Geisel, quando assumiu o governo, deu continuidade à política de repressão e execução de presos políticos então praticada por seu antecessor, Emílio Médici. Bolsonaro desmereceu o documento da agência americana de inteligência e defendeu a atuação dos militares à época.

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"Voltaram à carga. Um capitão tá pra chegar lá. É o momento", disse, referindo-se à possibilidade de ele ser eleito presidente da República em outubro. Conforme o deputado, essa informação foi revelada por um historiador e nem havia publicada pela imprensa. "Tem que matar a cobra e mostrar o pau. Até na sua casa, com todo respeito, você vê quando você erra".

Bolsonaro explicou o que acha que ocorreu para que o documento tenha sido produzido. "O que pode ter acontecido com esse agente da CIA? Quantas vezes você não falou no canto? 'Tem que matar mesmo, tem que bater'. Talvez o cara tenha ouvido uma conversa como essa, fez o relatório e mandou. Em seguida, citou matéria publicada na imprensa sobre mortes ocorridas de militantes políticos e militares durante a ditadura. O momento era outro. Ou a gente botava para quebrar, ou o Brasil estava perdido".

O parlamentar comentou ainda sobre o movimento de resistência da época que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia. "Se tivéssemos agido com humanismo ao tratar esse foco de guerrilha, teríamos no coração do Brasil uma Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). E graças aos militares daquela época, não temos", afirmou.

"Esse pessoal que disse que matamos naquele momento, que desapareceu, caso estivesse vivo por um motivo qualquer, estaria preso acompanhando o Lula lá em Curitiba. Essas pessoas não têm qualquer amor à democracia e à liberdade. Eles querem o poder absoluto".

Acordos

Segundo o deputado, que lidera cenários da disputa pelo Palácio do Planalto, ao contrário do que poderia estar ocorrendo com outros pré-candidatos em seu lugar, nenhum partido o chama para conversar. "Se outro deputado, outro político, outro candidato qualquer, tivesse em torno de 20% (nas pesquisas), já imaginou a quantidade de partidos que estaria buscando esse candidato pra fazer acordos para o futuro?".

O deputado disse saber o motivo de não ser procurado. "Porque eu não faço acordo. Do tipo que eles querem, escondidinho. Eu faço aqui. Ao vivo eu faço. Estou há 27 anos na Câmara dos Deputados, conheço quase tudo lá. Os acordos são outros. O repartimento dos cargos públicos nos ministérios, bancos oficiais, estatais que você sabe onde vai chegar. Falência do Estado e corrupção".

Agronegócio

Na entrevista, o parlamentar afirmou ser favorável aos alimentos transgênicos e disse que, se eleito, licenças ambientais para produção no campo serão concedidas em 30 dias. Ele disse ainda que pretende unificar o Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente, para "não ter briga".

Citando Israel, Bolsonaro defendeu a produção de alimentos geneticamente modificados. "Se colocar em prática (transgênicos), aumenta a produtividade e vai ter alimento em abundância. O mundo vai chegar agora em 2024 na casa dos 8 bilhões de habitantes. O mundo cresce em mais de 70 milhões de habitantes por ano. É melhor você comer algo transgênico do que morrer de fome, já que poucos países adotam política de planejamento familiar", disse.

A Prefeitura de Paulista promete divulgar, nesta sexta-feira (27), o edital do concurso público que reúne 439 vagas. O documento será publicado no Diário Oficial da Amupe e no site da UPENET, banca responsável pela organização do certame.

De acordo com a gestão municipal, as oportunidades são direcionadas às Secretarias de Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente. Podem participar do processo seletivo candidatos de níveis fundamental, médio e superior.

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Entre as fases do concurso estão provas objetivas e avaliação curricular. Médico, enfermeiro, cirurgião dentista, nutricionista, educador físico, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, Agente de Combate às Endemias e maqueiro são algumas das funções oferecidas na seleção. Os salários podem chegar a quase R$ 5 mil.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) publicou no Diário Oficial da União de segunda-feira (26) uma resolução que possibilita que estados e municípios firmem novos termos de compromisso para retomar obras de creches, escolas e quadras poliesportivas inacabadas. Atualmente, cerca de 860 obras deste tipo estão paralisadas em todo o país devido ao término da vigência de termo de compromisso estabelecido entre gestores e o FNDE.

A iniciativa foi tomada pelo FNDE em conjunto com o Ministério da Educação, com a participação do Tribunal de Contas da União. Segundo o FNDE, a medida deverá beneficiar cerca de 100 mil estudantes e injetar mais de R$ 450 milhões na economia de estados e municípios.

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Os gestores que desejam retomar obras inacabadas devem encaminhar ao FNDE um ofício manifestando o interesse em firmar novo termo de compromisso, além de declaração de possibilidade de término da obra, cronograma de trabalho ou plano de ação para o cumprimento do novo ajuste e laudo técnico atestando o estado atual da obra. Após avaliação dos documentos, serão assinados os novos termos de compromisso para que as obras sejam retomadas.

Só poderão assinar novos documentos os estados e municípios que apresentarem as prestações de contas dos convênios ou termos de compromisso das obras em questão. Os gestores municipais e estaduais têm prazo até 31 de dezembro de 2018 para retomar obras de creches, escolas e quadras poliesportivas.

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O Parlamento britânico aprovou na quarta-feira (17) uma proposta de lei para concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia, processo que ficou conhecido como Brexit. O documento revoga a norma legal de adesão do Reino Unido ao bloco para que prevaleça o direito britânico após a saída, que será concretizada em 29 de março de 2019.

O projeto de lei vai agora para apreciação da Câmara dos Lordes (Câmara Alta do Parlamento) e deve ser votado ainda no fim deste mês.

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O projeto, que revoga a lei de adesão do Reino Unido à Comunidade Europeia datada de 1973 e que transfere as normas europeias para o Direito britânico, recebeu 324 votos favoráveis e 295 contra. Em 23 de junho de 2016, foi realizado um referendo sobre a presença do Reino Unido na UE, com 52% de votos a favor da saída e 48% contra.

Políticos favoráveis à manutenção do Reino Unido na UE insistem na realização de um segundo referendo. O argumento principal é de que, quando a votação aconteceu, em 2016, a população britânica não tinha conhecimento de todas as implicações do Brexit. Os políticos afirmam ainda que, se o Brexit não for satisfatório para os jovens, não será sustentável.

Em resposta a esses comentários, o porta-voz da primeira-ministra Theresa May afirmou que ela está determinada a entregar um Brexit favorável a todos os setores da sociedade, inclusive os jovens. Theresa May já sinalizou que não haverá um segundo referendo.

 

O ministro da Educação, Mendonça Filho, assinou hoje (20) a portaria que homologa a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que orientará os currículos da educação básica em escolas públicas e privadas em todo o país. A cerimônia contou com a presença do presidente Michel Temer.

Durante o evento, o ministro anunciou que o MEC alocará R$ 100 milhões no orçamento do ano que vem para apoio técnico e financeiro para o início das ações de implantação da base, em parcerias com estados e municípios. A Base foi aprovada na última sexta-feira (15) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). As ações envolvem o apoio com consultores e técnicos especializados, workshops de formação continuada de professores e organização de materiais didáticos, principalmente guias de orientação para a implementação da base.

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Segundo o ministro, a BNCC é plural, respeita as diferenças e os direitos humanos. “Ela é fruto de uma construção coletiva. É imperfeita, mas buscamos fazer com que ela pudesse ter a expressão de identidade de um Brasil que é amplo, diverso e que é vivo e que quer construir um novo caminho. O Brasil só será um país decente quanto tiver a educação como um fator de transformação social”.

O presidente Michel Temer disse que a Base promove a igualdade entre os alunos. "A base curricular é a bússola de nossas escolas. E por isso mesmo agora temos mais clareza quanto às competências que as crianças devem desenvolver ao longo da vida escolar. Com a base curricular hoje anunciada estamos também promovendo um tema caro à Constituição brasileira, que é a igualdade. Portanto, estamos promovendo a igualdade de todos os alunos, seja no sistema público seja no sistema privado, que passam a ter direitos iguais de aprendizado".

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima, destacou que o grande desafio ainda está por vir, que é fazer a discussão chegar a cada uma das salas de aula do país. A vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Cecilia da Motta, ressaltou a necessidade do fortalecimento do regime de colaboração entre estados e municípios para a implementação da Base.

Implantação

A previsão é de que o processo de implantação da BNCC nas escolas esteja consolidado até 2020. Ao longo 2018, as escolas e redes de ensino deverão se adaptar e rever seus currículos para iniciarem a implementação da Base em 2019. Segundo o MEC, os professores receberão formação para conhecer em profundidade o documento e haverá a adequação necessária do material didático.

A implantação de uma Base Nacional Comum Curricular está prevista na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A primeira versão foi divulgada pelo MEC em 2015 e a versão aprovada está em debate desde abril desse ano.

O documento homologado hoje não estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio. Segundo Mendonça Filho, a base para o ensino médio deverá ser enviada pelo Ministério da Educação ao CNE até o fim do primeiro trimestre do ano que vem.

Referência

A BNCC servirá como referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais e das propostas pedagógicas das instituições escolares. Seu papel será o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos estados e nos municípios.

O documento define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação infantil e do ensino fundamental. Também estabelece os conhecimentos, as competências e as habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica.

Segundo o CNE, o objetivo da BNCC é elevar a qualidade do ensino no país, indicando com clareza o que se espera que os estudantes aprendam na educação básica, além de promover equidade nos sistemas de ensino.

Uma das mudanças trazidas pela BNCC é a antecipação da alfabetização das crianças até o 2º ano do ensino fundamental. Atualmente, as diretrizes curriculares determinam que o período da alfabetização deve ser organizado pelas escolas até o 3º ano do ensino fundamental.

A mudança foi defendida pelo ministro Mendonça Filho. “Quando você admite que uma criança pode ser alfabetizada até o 3º ano do ensino fundamental, você está impondo às crianças mais pobres uma defasagem logo no início de sua vida educacional, porque as famílias de classe média garantem a alfabetização no máximo até o segundo ano, na sua grande maioria no primeiro ano”, disse.

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O Ministério da Educação informou que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada na última sexta-feira (15) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), deve ser homologada na próxima quarta-feira (20). O documento estabelece o que deve ser ensinado nas escolas públicas e privadas ao longo da escolaridade básica.

Escolas e redes de ensino terão que rever e adaptar seus currículos ao longo de 2018 para começar a implementar a Base Nacional em 2019, inclusive com a adequação dos materiais didáticos. A expectativa é que o processo seja concluído até 2020. Professores também devem receber formação ao longo desse período para que possam conhecer o documento.

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Em nota, o ministro Mendonça Filho ressaltou que a BNCC foi construída ao longo dos últimos três anos com a colaboração de educadores e especialistas em educação de todas as regiões do Brasil. “Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum”.

A implantação de uma Base Nacional Comum Curricular é prevista pela Constituição de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996.

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada hoje (15) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), servirá como referência para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes escolares estaduais e municipais e das propostas pedagógicas das instituições escolares. Seu papel será o de orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos estados e nos municípios.

A BNCC é um documento de caráter normativo, que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação infantil e do ensino fundamental, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, como determina o Plano Nacional de Educação (PNE).

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A base nacional estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Segundo o CNE, o objetivo da base é elevar a qualidade do ensino no país, indicando com clareza o que se espera que os estudantes aprendam na educação básica, além de promover equidade nos sistemas de ensino.

O documento aprovado hoje não estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio. A base para o ensino médio deverá ser enviada pelo Ministério da Educação ao CNE só no início do ano que vem.

Alfabetização

Uma das mudanças trazidas pela BNCC é a antecipação da alfabetização das crianças até o 2º ano do ensino fundamental. Atualmente, as diretrizes curriculares determinam que o período da alfabetização deve ser organizado pelas escolas até o 3º ano do ensino fundamental.

“Nos dois primeiros anos do ensino fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos”, diz o texto da base nacional.

Religião

O texto aprovado pelo CNE incluiu novamente orientações sobre o ensino religioso nas escolas. O assunto estava nas versões anteriores da base, mas tinha sido excluído da terceira verão enviada pelo MEC em abril, e foi recolocado antes da votação.

Segundo o texto previsto na base nacional, o ensino religioso deve ser oferecido nas instituições públicas e privadas, mas como já ocorre e está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a matrícula poderá ser optativa aos alunos do ensino fundamental. Entre as competências para esse ensino estão a convivência com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

O CNE ainda deverá decidir se o ensino religioso terá tratamento como área do conhecimento ou como componente curricular da área de Ciências Humanas, no Ensino Fundamental.

Gênero

O CNE decidiu avaliar posteriormente a temática gênero, que foi objeto de muita polêmica durante as audiências públicas realizada para debater a BNCC. “O CNE deve, em resposta às demandas sociais, aprofundar os debates sobre esta temática, podendo emitir, posteriormente, orientações para o tratamento da questão, considerando as diretrizes curriculares nacionais vigentes”, diz a minuta de resolução divulgada pelo conselho.

Na versão encaminhada pelo MEC em abril, uma das competências gerais da BNCC era o exercício da empatia e o respeito aos indivíduos, “sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza”. Esse trecho foi modificado, e o texto aprovado hoje fala apenas “sem preconceitos de qualquer natureza”.

Competências

Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que resumem, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.

Conheça as 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários

O Brasil assinou hoje (20) o Tratado para Proibição de Armas Nucleares. O presidente Michel Temer foi o primeiro a assinar o texto, seguido por líderes de 47 países. Ao longo do dia, mais cinco países devem firmar o documento. O acordo impede que os Estados-parte desenvolvam, testem, produzam, adquiram, tenham ou estoquem armas nucleares ou qualquer outro dispositivo nuclear explosivo.

A conferência para negociar o texto foi proposta pelo Brasil, a África do Sul, Áustria, Irlanda, o México e a Nigéria no fim de 2016. O tratado obriga os Estados-parte a não participar ou permitir atividades relacionadas ao uso e também ao desenvolvimento de armas nucleares. O texto do tratado foi acordado no último dia 7 de julho. A segunda etapa é a assinatura de hoje, embora esse seja apenas o primeiro dia para assinatura, que pode ser feita por outros países a partir de agora. Depois disso, ainda é necessário que cada país que tenha assinado o texto faça a ratificação, e o acordo só passa a valer depois que 50 países tiverem passado por todo o processo.

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O embaixador Sergio Duarte, ex-alto representante da ONU para Assuntos de Desarmamento e atual presidente da Organização internacional sobre Relações internacionais Pugwash, diz que o tratado proíbe a última categoria de arma de destruição em massa que não estava proibida: “armas químicas e armas biológicas já estão proibidas por tratados internacionais, esse tratado cuida da terceira e última categoria, a arma nuclear, que é a mais cruel e a mais indiscriminada de todas as três”. As armas biológicas foram proibidas em 1972, e as químicas em 1993.

Cristian Wittmann, professor da Universidade Federal do Pampa, diz que, apesar da ausência das potências nucleares na negociação do tratado, ele não deixa de ser eficaz: “em primeiro lugar, ele retoma o debate sobre a importância da eliminação das armas nucleares, aumentando a pressão nos países nuclearmente armados. Ele também traz novos aspectos quanto ao financiamento dessas armas e atividades militares conjuntas que possam envolver armas nucleares”.

O sobrevivente do bombardeio com armas nucleares de Nagasaki em 1945, Terumi Tanaka, disse que se sente muito feliz e sentiu vontade de chorar ao ver o tratado ser assinado, pois vem trabalhando nisso há mais de 70 anos. Ele tinha 13 anos quando tudo aconteceu e diz que se lembra muito bem do dia: "uma das minhas memórias mais fortes é das pessoas queimadas debaixo das casas, por toda parte, e não só pessoas queimadas, mas também o fato de elas terem sido deixadas sozinhas, ninguém foi fazer nada para ajudá-las. Em um dia, mais de 10 mil pessoas morreram".

O ministro das Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz, afirma que, apesar de muitos argumentarem que as armas nucleares são indispensáveis para a segurança nacional, essa ideia é falsa: “O novo tratado oferece uma alternativa real para a segurança: um mundo sem armas nucleares, em que todos estarão mais seguros, onde ninguém precisa ter armas nucleares”.

Durante o discurso para assinatura do tratado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, lembrou as vítimas de Hiroshima e Nagasaki. Estima-se que existam cerca de 15 mil ogivas, mais de 4 mil em estado operacional. Os gastos de potências nucleares com a manutenção e modernização dos seus arsenais é de cerca de US$ 100 bilhões.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou, na noite de ontem (11), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), um pedido de recurso contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro no caso do triplex do Condomínio Solaris, localizado no município de Guarujá (SP). Lula foi condenado, em julho, a nove anos e seis meses de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

No documento de 490 páginas, os 12 advogados de defesa do petista argumentam que um conjunto de equívocos justifica a nulidade ou a reversão da condenação e que Lula deve poder depor novamente.

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"O pedido foi baseado na demonstração de que o juiz de primeiro grau jamais teve interesse em apurar a realidade dos fatos e atuou como verdadeiro acusador: enquanto o MPF [Ministério Público Federal] fez 138 perguntas a Lula durante o seu interrogatório, o juiz formulou 347 questões ao ex-presidente, a maior parte delas sem qualquer relação com o processo", escreveu a defesa em nota.

A equipe de advogados sustenta que a análise de Moro foi "parcial e facciosa" e "descoberta de qualquer elemento probatório idôneo". O magistrado teria falhado ao estabelecer a pena com base apenas na "narrativa isolada" do ex-presidente da construtora OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, sobre "um fantasioso caixa geral de propinas" e a suposta aquisição e reforma do imóvel.

Além da condução coercitiva de Lula, que teria sido caracterizada por violações a requisitos legais, a defesa menciona ainda que telefones de seu próprio escritório teriam sido grampeados. O ex-presidente também teria sido impedido de ter acesso à documentação do inquérito. A defesa alega que não teve um prazo semelhante ao concedido ao MPF para examinar as 16 mil páginas que constituem a denúncia.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulga nesta segunda-feira (11) um documento com orientações para o uso de remédios em creches e escolas. Segundo os pediatras, a administração de medicamentos por educadores nas instituições de Educação Infantil deve seguir critérios de segurança para evitar prejuízos na saúde e nas atividades pedagógicas das crianças.

O objetivo é evitar o uso inadequado ou a automedicação e promover educação em saúde no ambiente escolar. Se o estado de saúde da criança for bom, de uma maneira geral, ela pode receber a medicação na própria escola, com alguns cuidados, para evitar que sua frequência às aulas fique prejudicada, se assim a instituição permitir.

Os médicos recomendam aos pais que encaminhem sempre à escola ou creche a receita médica e os remédios em suas embalagens originais, identificados com o nome das crianças para evitar enganos. Caso os pais não tenham a receita em mãos, ela poderá ser enviada diretamente pelo médico da criança à escola por fax ou outro meio de comunicação.

Os pediatras recomendam ainda que na escola seja dado o menor número possível de doses, uma vez que a instituição pode atrasar ou esquecer o horário de aplicação do medicamento. A SPB alerta que os pais devem aceitar que muitas escolas podem considerar inviável interromper a rotina de atividades para a administração de remédios com intervalo curto de tempo ou que demandem certa complexidade, como nebulizações, por exemplo.

Outra orientação é para que os pais mantenham contato permanente com a equipe escolar, principalmente se o medicamento for de uso contínuo ou em outras situações especiais. No caso dos adolescentes, eles podem se responsabilizar por sua medicação. O guia será encaminhado aos pediatras e também pode ser acessado no portal da SBP .

A Lei 13.469, que libera recursos para emissão de passaportes, sancionada nessa quarta-feira (19) pelo presidente Michel Temer, autorizando de crédito extra de mais de R$ 102 milhões para o Ministério da Justiça, está publicada na edição desta quinta-feira (20) do Diário Oficial da União.

Agora o Ministério do Planejamento abrirá empenho de recursos e autorizando o repasse ao Ministério da Justiça, que destinará a verba para a Polícia Federal (PF).

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Paralisação

De acordo com a PF, são realizados 11 mil atendimentos por dia útil para a requisição do documento em todo o país. Como a paralisação já dura três semanas, a demanda não atendida pode superar 150 mil pedidos.

Com orçamento insuficiente para as atividades de controle migratório e emissão de documentos de viagem, a PF suspendeu a emissão de novos passaportes na noite do dia 27 de junho. Segundo o órgão, o setor atingiu o limite de gastos previstos na Lei Orçamentária da União.

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