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O presidente Jair Bolsonaro aproveitou um discurso a produtores rurais nesta manhã na abertura da ExpoZebu 2021 para criticar de forma velada partidos de esquerda e centrais sindicais no Dia do Trabalho. "Em anos anteriores no dia 1º de maio, o que mais víamos no Brasil eram camisas e bandeiras vermelhas como se fôssemos um país socialista. Hoje temos prazer e satisfação de vermos bandeiras verde e amarelas, com homens e mulheres que trabalham de verdade e sabem que o bem maior que podemos ter na nossa pátria é a liberdade", afirmou. "Minha lealdade é ao trabalhador de verdade", completou.

O presidente disse ainda que houve poucas invasões no campo em seu governo e disse estar "minando" os recursos para Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "Eles perderam bastante força e deixaram de levar terror ao campo", acrescentou.

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Bolsonaro acusou, no entanto, a Liga dos Camponeses Pobres de "levar o terror" a áreas rurais de Rondônia. Ele relatou conversas com o governador do Estado, Coronel Marcos Rocha, e com o ministro da Justiça, Anderson Torres, para conter o que chamou de "terrorismo" do grupo camponês.

Aos pecuaristas da ExpoZebu, o presidente ainda insinuou que os índios estariam se comportando melhor no seu governo. "No nosso governo houve poucas ações negativas por parte dos nossos irmãos índios, que eram levados por maus brasileiros a cometer esse tipo de infração. Hoje em dia vemos os índios participando do progresso, querendo investir e produzir. Temos que driblar entraves burocráticos e mudar leis para que eles possam produzir", completou.

Um partido reformista de esquerda liderou as eleições parlamentares de Kosovo no domingo (14), com cerca de 50% dos votos contra o governo dos ex-comandantes rebeldes, de acordo com a boca de urna.

A antiga província de Belgrado, que continua lutando para ter reconhecimento pleno em nível internacional, realizou suas quintas eleições antecipadas desde a proclamação da independência em 2008.

O governo que vencer nas urnas será o terceiro desde o início da pandemia de coronavírus há um ano. Isso agravou as dificuldades econômicas deste território pobre, onde a Covid-19 causou mais de 1.500 mortes e onde a vacinação não parece próxima.

A sede de mudança é personificada para muitos por Vetevendosje (VV), que significa "autodeterminação", o movimento reformista de esquerda de Albin Kurti na guerra contra a corrupção e que segundo as pesquisas teria obtido entre 41% e 53% dos votos.

O PDK estabelecido pelos ex-comandantes rebeldes e a LDK, da centro-direita, obteveram entre 15% e 20% dos votos, de acordo com pesquisas divulgadas por quatro redes de televisão.

Os ex-heróis da luta pela independência contra a Sérvia (1998-99) estão no poder há anos. Mas "chegou a hora de fazer a limpeza geral", exclama Sabri Kadriu, professor de economia.

- A juventude foge -

"Nós chegamos, eles vão embora", prometeu Kurti, de 45 anos, um grande orador que passou pelas prisões do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic.

Seus apoiadores acusam os ex-guerrilheiros de captar recursos do Estado e de clientelismo neste território de 1,8 milhão de habitantes, onde o salário médio ronda os 500 euros (606 dólares). Como o índice de desemprego é de 50%, os jovens optam por emigrar, principalmente para a Suíça ou Alemanha.

A antiga rebelião chegou às eleições com uma forte desvantagem: a ausência de várias de suas grandes figuras, como o ex-presidente Hashim Thaci - do PDK - acusado em novembro de crimes de guerra pela Justiça internacional.

As chances do VV aumentaram com o apoio da presidente interina Vjosa Osmani, de 38 anos, símbolo de uma classe política de nova geração que abandonou a LDK de centro-direita do primeiro-ministro atual Avdullah Hoti.

Vetevendosje já liderou as duas últimas eleições legislativas, mas ficou separado por coalizões entre outros partidos. Em 2020, o governo de Albin Kurti durou cerca de cinquenta dias antes de cair.

Desta vez, Albin Kurti espera ganhar as 61 cadeiras necessárias, sobre 120, para ficar à frente.

Nem todos apoiam o programa do movimento, que no passado participou de manifestações violentas, mas os kosovares estão fartos e querem rostos novos, estimam os analistas.

Reconhecido pela incoerente aversão à cultura negra brasileira, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou que esta edição do Big Brother Brasil prova que há pretos racistas no país. Na madrugada desta terça-feira (2), o gestor auto classificado como 'negro de direita' avaliou o reality e disse que as desavenças do programa trazem benefícios inegáveis.

Expectador ligado nas confusões da Casa, sem citar a briga que isolou o participante Lucas Penteado, Camargo aproveitou o sucesso do BBB para criticar a esquerda e o movimento negro no Brasil em mais uma oportunidade. “É inegável que essa edição do BBB tem um benefício. Mostra, em tempo real, que há pretos racistas no Brasil. E são todos crias do esquerdismo que tenta nos dividir. Finalmente a máscara caiu”, publicou.

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Antes, ele já havia feito uma série de posts sobre o programa e chegou discordar de uma matéria em que Boninho explica que a pauta da edição 21 é o racismo estrutural. “Não existe racismo estrutural (onipresente) no Brasil! O racismo, no nosso País, é circunstancial e episódico. A narrativa da esquerda tem um só objetivo: disseminar o ódio, o rancor e a divisão. É preciso combater a agenda do mal incansavelmente!”, criticou.

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Os partidos de esquerda, centro e direita se uniram ao atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), na tentativa de vencer o deputado Arthur Lira (PP), que conta com 191 deputados e é apoiado por Jair Bolsonaro para comandar a casa.

O grupo de Maia, que ainda não definiu quem será o candidato, é formado pelas bancadas do DEM, PSDB, MDB, PSL, Cidadania, PT, PSB, PDT, PCdoB, PV e Rede. O PSOL decidiu não se juntar ao bloco e deve lançar candidatura própria

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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tenta fazer com que o PSOL, que tem 10 deputados na Câmara, se junte ao bloco para fortalecer a luta contra o Arthur Lira. Para isso, ela fala da possibilidade da indicação de alguma mulher para ser candidata à presidência, entre elas Luiza Erundina (PSOL).

“Mais que na hora de uma mulher ter protagonismo na disputa pela presidência da Câmara. Na esquerda temos companheiras valorosas: Benedita da Silva, Lidice da Mata, Luiza Erundina, se o PSOL estiver no bloco. Todas com grande experiência parlamentar, vivência e conhecimento da Casa”, diz.

O deputado Carlos Veras (PT) disse, em entrevista ao LeiaJá, que, neste bloco, pode haver mais de uma candidatura, desde que esses candidatos estejam alinhados com os eixos programáticos do partido como a defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora, por exemplo. 

Veras explica que a construção do bloco não obriga que todos os partidos alinhados apoiem o mesmo candidato e que só, havendo o segundo turno das votações, haja o  realinhamento. O deputado aponta que o que eles estão querendo fazer é impossibilitar que Bolsonaro interfira na independência da casa. 

"Nós não podemos ter um presidente para colocar em pauta apenas o que Bolsonaro quer e da forma que ele quer - não precisamos de dois bolsonaros", salienta o petista.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Em carta divulgada neste sábado (19), Rodrigo Maia afirmou que o grupo tem muitas diferenças "porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático", escreveu.

Para ganhar a eleição no primeiro turno, é preciso de 257 votos. Mesmo sem o PSOL, o bloco de Maia tem 281 deputados, no entanto, como a votação é secreta, não tem como garantir se todos os deputados, mesmo o partido integrando o grupo, vá seguir a indicação.

O Diretório Nacional do PSB, por exemplo, recomendou que seus deputados não votem em nenhum candidato apoiado por Bolsonaro, no entanto, existe um racha entre os pessebistas. Uma ala, comandada pelo líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, se movimenta para fortalecer o grupo de Maia.

No outro lado, o deputado Felipe Carreras comanda uma ala do PSB que defende o apoio ao Arthur Lira. Sonda-se que, dos 31 deputados pessebistas, 18 estejam unidos com Carreras.

"Sou filiado há 26 anos ao PSB, meu único partido. Não reconheço a liderança de Molon na condução do processo sucessório na mesa. Ele falta com a verdade em relação a decisão da nossa bancada. Não vamos aceitar o seu posicionamento e submissão. Ele fraturou a bancada", afirma Felipe Carreras.

Mesmo declarando voto em Lira, Carreras assevera que é oposição ao governo. "Veja a que ponto chegou a oposição em nosso país: na sucessão da casa, as siglas desse campo estão esperando a decisão de Rodrigo Maia e sendo liderados por ele", aponta.

O deputado Tadeu Calheiros (PSB) confirma que há esse racha no partido, mas não sabe dizer qual a proporção disso e quantos deputados estariam ao lado de Arthur Lira. "Houve uma recomendação do diretório (em não votar em Lira), mas não houve um fechamento de questão e, naturalmente, alguns deputados vêm cogitando a ideia de votar no Arthur Lira", esclarece.

No entanto, o deputado reconhece que, mesmo o diretório não impondo o fechamento de questão, essa recomendação não pode ser ignorada. Tadeu avalia que respeita e segue as decisões do partido e não deveria ser rejeitado. "Ainda mais com essa característica que foi uma decisão unânime, sem contestações, mas vai ter gente que vai entender que não estariam obrigados a observá-la", pontua.

Os deputados Baleia Rossi, que é presidente do MDB, e Aguinaldo Ribeiro (PP), líder da Maioria, são os parlamentares apoiados por Rodrigo Maia para a sucessão na Câmara dos Deputados.

Com os partidos de oposição prestes a embarcar em uma candidatura chancelada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), nome do Palácio do Planalto para a disputa pelo comando da Casa, adotou a estratégia de abordar individualmente parlamentares, na tentativa de garantir os votos da esquerda, destaca o Estadão. A aposta de Lira, agora, é que a votação secreta o ajude a ganhar o apoio de "infieis" dispostos a contrariar a orientação de suas legendas e definir a seu favor a eleição, marcada para 1° fevereiro de 2021.

O PDT confirmou ontem o apoio ao candidato do grupo de Maia e outros partidos de oposição, como o PT, o PCdoB e o PSB, devem aderir à campanha do candidato escolhido por ele. "Hoje, dentro do nosso bloco, existem dois nomes: Baleia Rossi (MDB) e Aguinaldo Ribeiro (Progressistas)", afirmou o presidente da Câmara, indicando que a competição agora está entre os dois deputados, nessa ordem de preferência.

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A eleição de fevereiro também vai renovar o comando do Senado. Uma nova rodada de conversas está marcada para hoje, quando é possível que seja anunciada a ampliação do bloco parlamentar de apoio ao candidato patrocinado por Maia, atualmente formado por DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania e PV. Se conseguir unir os partidos de esquerda, o nome com a bênção do presidente da Câmara somará quase 290 votos - são 513 deputados. O PSOL também vem sendo pressionado para desistir da candidatura própria.

"Nós trabalhamos para formar bloco e não deixar a mão de Bolsonaro se impor na Câmara", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi, numa referência à entrada do presidente Jair Bolsonaro no embate do Legislativo. "Bolsonaro quer testa de ferro para cada vez mais manipular direitos civis da sociedade."

A oposição, sozinha, tem aproximadamente 130 deputados e é vista como o "fiel da balança" na eleição para o comando da Câmara. Na tentativa de superar a condição de "candidato de Bolsonaro", Lira abriu negociação com a esquerda há meses, com promessas sob medida para cada sigla e também para parlamentares, incluindo a liberação de emendas, entrega do comando de comissões importantes, revisão da cláusula de barreira e defesa da classe política como contraponto à Operação Lava Jato.

Líder do Centrão, Lira tem o respaldo de nove partidos, que somam 170 deputados, e vai rivalizar com um aliado de Maia. Sua aposta é a de que o trabalho iniciado há dois anos o ajude a conquistar votos individuais.

Com 54 deputados, a bancada mais cobiçada da eleição, a do PT, também está dividida e pode ter defecções. Para ganhar votos petistas, Lira acena com uma pauta anti-Lava Jato, indicando que, se for eleito, dará todo apoio para barrar decisões do Supremo Tribunal Federal de cassação de mandatos. Além disso, promete entregar a presidência de comissões importantes ao partido, mas nega negociações fisiológicas.

"Como candidato, tenho a obrigação de conversar com todos os líderes e partidos. Não há qualquer tratativa em relação a projetos referentes a Ficha limpa ou indicação de cargos", disse.

Na semana passada, Lira teve o apoio explícito dos deputados do PSB Felipe Carreras (SE) e João Campos, prefeito eleito do Recife. Em seguida, porém, a cúpula do partido decidiu vetar o apoio ao candidato do presidente Jair Bolsonaro. "Não é um veto a Lira pessoalmente, mas ao candidato do Palácio do Planalto", disse ao Estadão o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

A decisão da legenda foi tomada em reunião virtual com 80 participantes, dos quais nenhum se mostrou contrário. "Bolsonaro quer um candidato diferente do grupo de Maia, que é totalmente a favor da agenda econômica, porque quer pautas de costumes, armamento, etc", observou Siqueira, dizendo que o PSB vai ingressar num bloco de centro-esquerda.

A orientação, no entanto, não deve ser suficiente para unir os 31 deputados do partido. Uma parte da bancada se tornou cabo eleitoral do líder do Centrão após negociar a liberação de emendas com o Planalto, como revelou o Estadão. Em reunião na semana passada, esse apoio foi explícito.

Felipe Carreras chegou a levar colegas de partido para reuniões no Planalto. "(Que) Fique claro: sou oposição ao governo. Mesmo o voto sendo secreto, tenho candidato a presidente da Câmara: Arthur Lira", escreveu ele em uma rede social. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o governo tem estimulado uma candidatura própria da esquerda, nas últimas horas, com o intuito de enfraquecer uma frente mais ampla, liderada por ele, para derrotar o candidato de Jair Bolsonaro à presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL). "Acho que nas conversas mais fortes que estão acontecendo, o movimento das últimas horas da tentativa de um terceiro candidato, vem muito mais do governo de tentar estimular a ter uma candidatura que não apoie um movimento mais amplo de independência da casa", disse Maia em café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira, 16.

"Quando você faz um movimento, às vezes a reação ao seu movimento não é o contraponto, é um terceiro movimento, se um partido de esquerda diz que não apoiará o candidato do governo, aí o movimento do candidato do governo qual é? É tentar estimular dentro do partido, uma candidatura de esquerda. Então, quem estimula hoje uma candidatura de esquerda é o governo", disse.

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Maia tenta fechar o apoio de partidos da oposição para o candidato a ser lançado pelo seu bloco. A sigla ainda mais resistente é o PT, a maior bancada da Câmara, com 54 deputados. Para Maia, apesar dessas tentativas, deve se formar uma candidatura em defesa da independência da Câmara. "A impressão que eu tenho é que esse sentimento é majoritário", disse.

"Claro que o governo tá trabalhando, oferecendo emendas e cargos para atrair votos para o candidato dele, não tá escondendo de ninguém isso porque o ministro Secretária de Governo, Luiz Eduardo Ramos está recebendo no gabinete dele. O governo sempre tem força, as vezes dá certo ou não", afirmou.

Maia ressaltou a importância de se dialogar com partidos de diversos espectros políticos para o fechamento dessa frente. "O espaço desse campo é construir movimento político que de forma clara possa representar toda a sociedade na Câmara", disse.

Bolsonaro

Para Maia, a pauta de costumes é o que sustenta o processo político de Jair Bolsonaro. "Ele não ter a pauta de costumes na Câmara reduz esse ambiente polarizado, que construiu a outra eleição e vai construir a próxima", disse. "Ele não ter ambiente de debate na Câmara sobre armas, de costumes, sobre aborto, diminui o debate na sociedade sobre a pauta que ele quer construir a eleição dele. Ele não teve esse ambiente na Câmara nós últimos dois anos".

Ladeado por representantes de sete partidos de esquerda, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, lançou, nesta sexta-feira (20), a Frente Democrática Por São Paulo, uma tentativa de empurrar o adversário Bruno Covas (PSDB), que tem apoio de Celso Russomanno e partidos do Centrão, para o campo do bolsonarismo.

Estiveram no ato representantes do PT, PDT, PSB, PC do B, Rede, PCB e UP. Lideranças nacionais como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B) já gravaram mensagens de apoio a Boulos e devem ser exibidos no horário eleitoral da TV ainda neste final de semana. Embora o PSB estivesse representado, o candidato derrotado do partido, Marcio França, ainda não se posicionou sobre o segundo turno.

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O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, destacou o caráter nacional da aliança. ¨Estamos dando um sinal para o Brasil de que esta eleição transcende as fronteiras de São Paulo. Queremos fazer de São Paulo uma vitrine para o Brasil. A unidade das forças democráticas é possível. Estamos travando uma disputa não só por São Paulo mas pelo Brasil¨, disse Medeiros.

O dirigente do PSOL, Boulos e vários outros oradores lembraram que além do apoio de Russomanno e partidos que integram a base do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, Covas é ligado ao governador João Doria que se elegeu em 2018 sob o lema BolsoDoria antes de virar desafeto do Planalto.

O objetivo é aproveitar o rechaço a Bolsonaro expressado pelos eleitores no primeiro turno das eleições municipais e criar uma onda anti-bolsonarista capaz de reverter a desvantagem de Boulos nas pesquisas do segundo turno. Segundo o Ibope, Covas tem 47% das preferências contra 35% de Boulos.

Hoje, dezenas de lideranças de movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e Marcha Mundial das Mulheres também anunciaram apoio a Boulos. Amanhã centrais sindicais como a CUT e a Conlutas também devem aderir à candidatura do PSOL.

"Este é o momento mais importante da nossa campanha até aqui. Agora no segundo turno é outro jogo. Não é mais a a minha campanha com a (Luiza) Erundina. É a campanha de uma frente democrática por justiça social na cidade de São Paulo", disse Boulos.

O candidato voltou a associar Covas ao bolsonarismo pelo apoio de Russomanno. ¨O BolsoDoria de 2018 foi reeditado em 2020. O apoio do Russomanno ao Covas é a reedição do BolsoDoria¨, afirmou.

Indagado sobre um possível efeito negativo do anti-petismo sobre sua campanha, Boulos comemorou a aliança com o PT. ¨Todos estes apoios fazem a nossa campanha crescer ainda mais¨, disse ele.

O candidato afirmou que ainda espera o apoio de Marcio França que também fez uma campanha ¨anti-Doria¨ no primeiro turno. Segundo fontes do PSB, o candidato derrotado é o único entrave para que o partido declare apoio formal a Boulos. Representante do PSB no ato, o sociólogo Fernando Guimarães, que também coordena o movimento Direitos Já, disse que o presidente do partido, Carlos Siqueira, ¨manifesta grande entusiasmo pela campanha¨ de Boulos e tem ¨certeza de que nós, militantes do PSB, estaremos juntos no segundo turno¨.

Líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) divulgou uma nota, nesta quarta-feira (18), anunciando que adotará uma postura de neutralidade e não subirá em nenhum dos palanques que concorrem ao comando da Prefeitura do Recife no segundo turno. Bezerra é dissidente da postura eleitoral do MDB na capital pernambucana, apesar do partido integrar a Frente Popular que disputa com João Campos (PSB), o senador apoiou o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Além de João, a candidata Marília Arraes (PT) também segue na disputa. 

 “No primeiro turno das eleições municipais, apoiei a candidatura de Mendonça Filho à Prefeitura do Recife por estar convencido de que seu nome melhor representava os anseios de mudança da população e o campo de centro-direita. Nesse sentido, trabalhei pela união dos partidos em torno da candidatura do Democratas e, sem êxito, não fomos para o segundo turno. Os números do pleito de domingo demonstram que estávamos certos”, observou, lembrando das articulações da oposição antes da oficialização das candidaturas. 

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“No momento em que duas candidaturas do campo da esquerda disputam o segundo turno, como líder do governo do Presidente Jair Bolsonaro, assumo a posição de neutralidade”, completou Bezerra Coelho. 

Apesar disso, o senador deixou claro que segue disposto a articular ações federais com quem for eleito. “Mantenho, contudo, a disposição de continuar trabalhando em favor da população do Recife, ajudando na interlocução com o Governo Federal e contribuindo com o desenvolvimento da nossa capital seja qual for o resultado final da eleição”, conclui a nota. Além de FBC, Mendonça Filho também declarou neutralidade na disputa.

Enquanto Celso Russomanno (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB) aparecem nos primeiros lugares nas mais recentes pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura paulistana, Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB) brigam pelo voto útil da esquerda. Neste início de campanha, os dois tentam provar ao eleitor mais alinhado com as pautas da esquerda que merecem apoio, já que outros nomes desse campo político, como Jilmar Tatto (PT) e Orlando Silva (PCdoB), têm 1% da preferência dos entrevistados, segundo a última pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo.

No levantamento, Boulos tem 8% e França, 7%. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, eles estão empatados tecnicamente.

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Nesta segunda-feira (12), após participar de missa no Santuário Nossa Senhora de Fátima, na zona oeste de São Paulo, França se colocou como opção para esse eleitorado. "Lá na frente todo mundo acaba se juntando no voto mais útil da esquerda. Os outros candidatos desse campo têm mais dificuldade de vencer no segundo turno. As pessoas vão no que tem mais chance", disse.

A declaração gerou reação de Boulos, que participou de uma reunião com pais e mães de alunos da rede pública em Itaquera, na zona leste. Ele afirmou que está apto a combater, num eventual 2.º turno, o que chama de "Bolsodoria", referência ao lema da campanha de 2018 para designar apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e do governador João Doria (PSDB).

Indagado se incluiria França no rol de candidatos da esquerda, Boulos respondeu: "Depende do dia, né? Se no dia ele resolver ir para São Vicente tirar foto com o Bolsonaro, não. Se resolver apoiar o João Doria para prefeito, não. Se resolver ser progressista, muito bom. O problema do Márcio França é esse. É uma biruta de aeroporto", afirmou, lembrando que França participou de visita de Bolsonaro à cidade do litoral paulista em agosto e foi vice do tucano Geraldo Alckmin. "É uma coisa muito da política tradicional", acrescentou o candidato do PSOL.

Orlando Silva fez, também ontem, uma analogia parecida, ao falar de França. "É bom tomar cuidado com candidato camaleão, que está louco para chegar ao 2.º turno para abraçar Bolsonaro", disse Silva ao Estadão. Ele ponderou que ainda não é hora de falar em voto útil.

Para o PT, a avaliação é de que França ficou com menos opções depois que Russomanno se lançou atrelado ao bolsonarismo. "Russomanno jogou água na estratégia do França ao se colocar de forma incisiva como candidato do Bolsonaro. Nunca acreditei que o França se posicionaria como candidato bolsonarista, mas ele dava sinais para uma fatia deste eleitorado", afirmou o coordenador da campanha de Tatto, Laércio Ribeiro.

Direita

Do outro lado do campo político, nomes como Joice Hasselmann (PSL) dizem não haver discussão. "Márcio França de direita? Só se ele nascer de novo. É um comunista pintado de laranja", disse Joice após agenda na zona sul. "É o 'Marcinho Pingue-Pongue': não se sabe de que lado está a bolinha."

Ao contrário de Boulos, Tatto e Silva, França vinha evitando fazer críticas ao Planalto e centrou ataques a Doria. "Minha posição histórica sempre foi de centro para esquerda. O Doria disse que eu era lulista. Hoje dizem que fui bolsonarista. A verdade é que não tenho rabo preso com ninguém."

França ponderou que "esse assunto" de esquerda é do meio acadêmico e a população quer saber se a escola vai funcionar. Disse acreditar que Tatto vai crescer e lembrou que, há quatro anos, o candidato petista Luiz Marinho teve 16% dos votos no primeiro turno. "Não é desprezível. Em 2018, o somatório de PT e PSOL foi 19%. A partir da TV é que a coisa começa a esquentar."

O PT lançou o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, parte de um movimento iniciado no dia 7 de setembro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou "à disposição" para combater o bolsonarismo. No evento, nessa segunda-feira (21), convidados de outros partidos como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) pediram a unidade da esquerda ainda nas eleições municipais deste ano como forma de pavimentar a criação de uma frente em 2022.

"Penso que nós devemos desde logo abrir debates sobre pactos progressistas para que não fiquemos apenas na última hora debatendo nas 96 cidades brasileiras (onde há segundo turno)", disse Dino. Segundo ele, o documento apresentado pelo PT, que contou com colaborações de outros partidos como PSOL, PCdoB, PSB e PDT, pode ser um "referencial" de unidade da esquerda hoje dividida em função de interesses divergentes nas eleições municipais e em dois grandes projetos voltados para 2022: o do PT e o de Ciro Gomes (PDT).

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Dino também alertou para a necessidade de os partidos de esquerda ampliarem o diálogo para além do próprio campo. "Precisamos estender nossa palavra para além dos convertidos. Não basta que falemos para nós mesmos", afirmou o governador, visto como uma opção para 2022.

Freixo, que desistiu de disputar a eleição para a prefeitura do Rio sob a alegação de falta de unidade na esquerda, disse que a estratégia para vencer o presidente Jair Bolsonaro em 2022 passa pelas eleições deste ano. "Bolsonaro não venceu as eleições apenas pelos seus acertos, mas também pelos nossos erros. De todos nós. Não tem como separar 2022 de 2020. Que a gente não saia derrotado de 2020 e tenha sabedoria no primeiro e segundo turnos", disse o deputado.

A introdução ao plano apresentado pelo PT também fala em unidade. "É um caminho que já começamos a trilhar juntos, por exemplo, com a indicação de que urge avançar na construção da mais ampla frente em defesa da Vida, da Democracia e do Emprego", conforme recente manifesto das fundações partidárias do PSOL, PSB, PDT, PCdoB, PT e PROS", diz o texto.

Em sua fala, a primeira em um evento presencial depois do início da pandemia do novo coronavírus, em março, Lula evitou falar em alianças eleitorais. Ele é apontado por ex-aliados como um dos responsáveis pela falta de unidade da esquerda por ter dado a ordem para que o PT lance candidatos próprios no maior número de cidades possível.

O ex-presidente, no entanto, apresentou o documento como uma porta de abertura para diálogo programático com as demais forças. "Não é um plano de um partido político. É o plano de uma nação e pode ser feito por muito mais do que um partido político", disse o ex-presidente.

Lula aproveitou o evento para fazer críticas ao governo do norte-americano Donald Trump e defender o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. "Se comparar o Trump com o (George W.) Bush, o Bush era um baita de um democrata, apesar da guerra no Iraque (…) O que o Trump tem de melhor do que o Maduro? Pelo menos o Maduro não conta 17 mentiras por dia como mostrou a imprensa dos EUA", argumentou o ex-presidente.

Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o documento apresentado pelo partido "não é um plano eleitoral nem um programa de governo", é uma série de propostas às políticas da administração Bolsonaro apresentado à sociedade.

De acordo com Gleisi, existe uma mesa de negociação que inclui os principais partidos de esquerda na qual já estão sendo tratadas alianças para o segundo turno da eleição municipal. "Onde o candidato da esquerda for para o segundo turno os outros vão apoiar", garantiu ela.

A presidente do PT, no entanto, admitiu que PSB e PDT estão mais distantes de PSOL e PCdoB. O PSB pelo fato de o PT ter mantido a candidatura da deputada Marília Arraes (PT) contra João Campos (PSB) para a prefeitura do Recife. "O PDT é o mais afastado ainda, por enquanto", disse ela.

O cenário eleitoral para a disputa da Prefeitura do Recife ainda não está definido, pelo menos não no campo mais voltado à direita. Os partidos de esquerda, por outro lado, já definiram quem deve concorrer: Marília Arraes (PT) e João Campos (PSB).

Para não dizer que nada foi definido no campo da oposição, o Podemos bateu o martelo e garantiu que a delegada Patrícia Domingos vai seguir com a sua pré-candidatura, que será confirmada assim que a corrida eleitoral começar na capital. Em entrevista ao LeiaJá, Patrícia comentou que havia um diálogo com diversos partidos na tentativa de buscar uma unidade entre eles e definir, dentro do possível, apenas uma candidatura que bateria de frente com os candidatos da esquerda. Mas parece que esse diálogo não foi tão bom para o Podemos, que garantiu lançar a delegada sem o apoio dos outros partidos.

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Agora, pré-candidatos como Daniel Coelho (Cidadania) e Mendonça Filho (DEM) andam conversando entre si e com os outros partidos da oposição na tentativa de definir como será o cenário. “A gente tem sete partidos que declaram defender candidatura única, o que não é o caso do Podemos que já definiu a candidatura de Patrícia. Inclusive, o não anúncio da nossa candidatura é em respeito aos outros seis partidos (sem contar com o Cidadania) que estão nesse conjunto, para que a gente tenha um momento adequado para o anúncio coletivo”, explica o Daniel.

Figurando bem nas últimas pesquisas divulgadas, Coelho aponta que a sua candidatura seria a mais competitiva dentre as outras. “Cada um tem toda a legitimidade de defender a sua postulação, agora quem quer unidade tem que ter paciência e entender o tempo de cada partido”, reforça.

Mendonça Filho comunga do mesmo pensamento de Daniel e explana que já começou a sua pré-campanha. “Está mantido o diálogo das forças de oposição de avaliar até o prazo final das convenções para definir como vamos nos posicionar diante desse quadro eleitoral que teremos pela frente. A eleição vai ser diferente, porque ela vai exigir menos eventos de grande público, até por conta das decisões provocadas pela pandemia. Mas a gente vai manter as andanças pela cidade, contato direto com a população avaliando as principais necessidades para um projeto de mudança para a cidade do Recife”, salienta.

Já são vinte anos seguidos que a esquerda comanda a capital pernambucana. Diante disso, Daniel Coelho reforça a necessidade de união dos partidos de oposição no Recife. “Se não tiver unidade, corre-se o risco de ter um segundo turno com o PT e o PSB, que garantiria para o PSB à reeleição. Esse é o cenário que já foi visto em 2016 (quando Geraldo Júlio venceu João Paulo nas urnas) e a gente sabe que tende a repetir o resultado (levando em consideração esse cenário). O desejo de mudança das pessoas ele não é um desejo para o retorno que uma coisa que nem o Recife, nem o Brasil quer mais, que é o PT governando”, avalia.

Túlio Gadelha

No dia 29 de julho, o deputado federal Túlio Gadelha confirmou a sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife pelo PDT. No entanto, no dia 30 de julho, a ex-vereadora Isabella de Roldão também lançou o seu nome como pré-candidata do partido para disputar a PCR. 

Sendo assim, só depois de uma convenção da legenda é que será definido quem deve representar o PDT no Recife. Já há um movimento para a confirmação do nome de Túlio.

Nesta segunda-feira (24), em carta endereçada ao presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, mais de 20 pré-candidatos a vereador do Recife pelo partido declararam apoio ao projeto do pré-candidato a prefeito e deputado federal Túlio Gadêlha. Os nomes que assinaram o documento representam maioria da chapa proporcional que disputará vagas na Câmara Municipal.

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Mesmo já sendo antigo no mundo político partidário, exercendo o seu quarto mandato como deputado estadual, o pré-candidato à Prefeitura do Recife, Alberto Feitosa, tenta se colocar como uma espécie de ‘outsider’, trazendo para o fronte a sua carreira de tenente-coronel da reserva da Polícia Militar de Pernambuco. Reforçar que é um militar da reserva pode ajudar o deputado estadual, bolsonarista declarado, a angariar votos dos eleitores mais voltados à direita, como fez o atual presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

Uma semelhança do pré-candidato com o líder do Executivo é que, na capital pernambucana, ele deve contar, também, com a população evangélica. Em abril deste ano, após ser expulso do Solidariedade, Feitosa filiou-se ao PSC, partido comandado pela família Ferreira, que tem bastante força dos grupos evangélicos no Estado, já tendo eleito Anderson Ferreira para a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (que deve concorrer à reeleição), André Ferreira como deputado federal, o patriarca da família, Manoel Ferreira, como deputado estadual, e Fred Ferreira para vereador do Recife. Todos eles estão exercendo o mandato atualmente.

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“O Recife não enxergava essa possibilidade de marchar com uma candidatura mais à direita e mais conservadora. Quando foi mostrado um candidato (à presidência da República) com essa postulação, o recifense reagiu da forma como reagiu (dando uma expressiva votação a Bolsonaro). Além do mais, o combate à corrupção é uma das pautas evidentes de desejo dos recifense”, explica o pré-candidato.

Alberto Feitosa aponta que o governo Bolsonaro está, até agora, sem nenhum escândalo de corrupção, e diferente disso, a Prefeitura da Cidade do Recife e a sua Secretaria de Saúde estão envolvidas em um escândalo por conta de possíveis atos de corrupção com os recursos para combater a Covid-19 no município. 

“Na Prefeitura do Recife teve cinco vezes a visita da Polícia Federal, num momento mais caótico que é pandemia. A gente viu a prefeitura se comportar de uma maneira totalmente indevida”, ressalta Feitosa.

Em entrevista ao LeiaJá, o deputado estadual aproveitou para criticar os também pré-candidatos à Prefeitura do Recife, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que figuram bem nas pesquisas de intenção de voto na capital pernambucana e devem disputar com partidos de esquerda que já comandaram a PCR.

“As classes C e D demonstram uma rejeição total a esse tipo de comportamento (corrupto), bem como ao candidato João Campos. A outra não tem nada de diferente de João Campos, Marília é mais do mesmo. Ele é o príncipe e ela é a princesa. Ela é neta da família e não traz nenhuma pauta nova, muito pelo contrário, traz por trás dela o ‘lulopetismo'”, avalia Alberto. 

O Pré-candidato do PSC diz que a esquerda que comandou a Prefeitura da Cidade do Recife nos últimos 20 anos, não fez nada pela cidade. “Você anda pelo Recife e não vê uma pessoa satisfeita. As ruas estão esburacadas, fio pendurado, na pandemia os índices de contaminação por aqui são uns dos maiores do país. Eu não tenho nenhuma dificuldade de defender o governo federal que, mesmo durante a pandemia, está batendo recordes na bolsa de valores e melhorando o nível de avaliação do Brasil”, salienta.

Sem apoio declarado de Bolsonaro

Jair Bolsonaro já falou, em diversas ocasiões, que não vai apoiar nenhuma candidatura no Brasil nesta eleição municipal. Mesmo assim, Alberto Feitosa acredita que isso não vai ser empecilho para atrair os bolsonaristas declarados como ele. “A minha história se confunde com a história do presidente e ela fica bem evidente quando a gente ver as pautas comuns que nós defendemos. Há certos sinais que são tão evidentes quanto a própria declaração”, pontua.

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Antes integrante do PSB, já tendo sido eleita vereadora pelo partido, agora Marília Arraes (PT) concentra as suas forças para derrotar a sua antiga casa e se eleger prefeita da cidade do Recife, disputando contra o seu primo, João Campos, dentre outros - até então - pré-candidatos. No entanto, a petista avalia que essa seria a hora do PSB abrir mão de disputar pela terceira consecutiva a eleição municipal da PCR.

Marília aponta isso porque, em 2018, mesmo várias pesquisas mostrando que ela tinha chances de derrotar o governador Paulo Câmara, o PT abriu mão da sua candidatura para encorpar a Frente Popular de Pernambuco, apoiando a reeleição de Câmara. “Se a gente não vivesse num Estado em que o PSB trabalhasse com a imposição aos seus aliados, esse seria um posicionamento bastante lógico diante de vários contextos, como em 2018, quando o PT abriu mão de uma candidatura que estava à frente nas pesquisas do candidato do PSB”, avalia a petista. 

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Ela complementa dizendo: “Agora, a gente está com a eleição municipal em que a nossa candidatura está melhor posicionada em todas as pesquisas. Se fosse de verdade com a Frente Popular, lógico que haveria esse debate de quem vai encabeçar a frente agora, mas não há esse debate porque o PSB trabalha com a imposição. É como se fosse algo natural se submeter a eles”.

Além disso, desde que Jair Bolsonaro (sem partido) foi eleito, trazendo vários dos seus com ele na ‘onda bolsonarista’, a esquerda tem prometido lutar contra o que classifica de “retrocesso político”, no entanto, Recife é uma referência de que a esquerda não está se unindo para lutar contra aquilo que tem falado cotidianamente.

Até então, PT, PSB e PDT (partidos de esquerda) devem lançar candidatos para disputar a Prefeitura do Recife, enquanto DEM, PRTB, PSC, Podemos e Cidadania (partidos do centro e de direita) devem vir para minar a eleição desses que não colocaram em prática a “unidade da esquerda”. 

Para se ter noção, a última pesquisa do Atlas Político para a Prefeitura do Recife mostrou que Marília Arraes (PT) lidera com 21% das intenções de voto, seguida por Mendonça Filho (DEM), com 12%, e Daniel Coelho, com 11%. João Campos e Patrícia Domingos registraram 8%. Ou seja, se isso se confirmar nas próximas pesquisas, a esquerda estará “enfraquecida” para disputar a PCR e a sua luta para derrotar a “onda bolsonarista” pode ser perdida. 

No entanto, Marília se diz confiante com os resultados das pesquisas, mesmo achando cedo para se apegar aos números. “É um indicativo de que o Recife está querendo um projeto diferente. Mas não vou me balizar por pesquisas. A gente precisa olhar para frente, debater o Recife e as urnas é que vão dizer o resultado da vontade popular”, disse.

Em entrevista ao LeiaJá, a petista falou que a situação pandêmica do mundo está fazendo com que ela se reinvente para a candidatura. “Estamos nos reinventando. Eu, que sempre fui muito acostumada a fazer as campanhas no corpo a corpo, tendo disputado quatro eleições, principalmente a de vereadora, que é uma eleição de muita proximidade, é muito difícil fazer uma campanha sem apertar as mãos, sem abraçar e sem mostrar o rosto”, confessa.

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Políticos de oposição classificaram esta quinta-feira (18) como um "Grande Dia" para comemorar a prisão de Fabrício Queiroz. O termo, inclusive, está entre os assuntos mais falados no Twitter. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), acusado de articular esquema de ‘rachadinha’ em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), é apontado pelos opositores como a principal ligação entre a família Bolsonaro e os crimes cometidos por milícias cariocas.

Queiroz foi encontrado pela Polícia Civil na casa do advogado da família, Frederick Wassef. 

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"Imagina o desespero do Jair Bolsonaro agora... O único isolamento social que ele defendia era o do Queiroz", ironizou o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). O parlamentar ainda aponta que o ex-assessor foi responsável por apresentar a família Bolsonaro ao miliciano Adriano da Nóbrega, integrante do Escritório do Crime, que estava envolvido na morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). Ele seguia foragido, mas foi executado pela Polícia Militar da Bahia no início deste ano.

Um dos postulantes à cadeira presidencial na última eleição, Guilherme Boulos (PSOL), acredita que, caso o ex-assessor abra a boca, o presidente será deposto do cargo. Ele ainda lançou a campanha '#FalaQueiroz', que pede o depoimento do suspeito.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) apropriou-se do terraplanismo da extrema-direita para fazer uma alusão à uma das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato. "A gente sabe que a Terra plana gira quando o amigo de Bolsonaro desde a década de 80 é preso em... Atibaia", publicou. 

Já a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) destacou a proximidade entre Bolsonaro e Queiroz. Para ela, o ex-assessor é o elo da família com "esquemas criminosos de ordem variada".

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Em mais postura acusada de flerte com a ideologia nazista, o Governo Federal, segundo internautas, teria parafraseado o lema cravado na entrada do campo de extermínio de Auschwitz para apresentar as ações propostas para reduzir os impactos da Covid-19 no Brasil. A campanha, lançada neste domingo (11), foi criticada nas redes sociais.

Enquanto caminhavam para a morte, judeus, poloneses, ciganos e prisioneiros soviéticos olhavam para o céu pela última vez e se deparavam com a frase: "arbeit macht frei", posta no portal de onde seria o local da sua execução. Traduzido, o lema nazista significa "o trabalho liberta".

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"'O Trabalho Liberta', em alemão 'Arbeit macht frei'. Lema encontrado nos portões de entrada do campo de extermínio de Auschwitz durante o nazismo, e também na campanha da SECOM do governo brasileiro para incentivar o cidadão a se expor ao covid. Psicopatas", criticou um internauta.

"'O trabalho liberta', frase encravada no mais famoso campo de concentração do mundo, onde milhares de seres humanos foram exterminados pelos nazistas em Auschwitz. Essa frase é utilizada novamente pelo presidente fascista e genocida em sua propaganda para matar mais brasileiros", postou Leonel Radde, policial civil do Rio Grande do Sul.

Para mostrar o trabalho durante a pandemia, a assessoria do Governo fez uma publicação atacando jornalistas e a imprensa, e postou um vídeo compilado com ações para estimular a retomada das atividades normais, mesmo com a crescente no número de casos e óbitos da doença. Aos 10 segundos finais, a peça publicitária expõe a frase: "o trabalho, a união e a verdade nos libertarão". Para usuários das redes sociais, uma referência à frase difundida durante o regime totalitarista imposto por Adolf Hitler.

Texto de ideologia nazista

Essa não é a primeira vez que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) repercute textos acusados de alusão ao nazismo. Após a recente polêmica protagonizada pela secretária da Cultura, Regina Duarte, que minimizou as atrocidades cometidas por Hitler durante uma entrevista, seu antecessor, Roberto Alvim, foi demitido em janeiro justamente por fazer um discurso semelhante ao do ministro da Propaganda da Alemanha Nazista.

No vídeo que culminou em sua saída, Alvim divulgou um concurso nacional de artes afirmando que “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada".

Já Joseph Goebbels, o líder de propaganda e idealizador do regime, declarou que “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada", aponta o livro "Joseph Goebbels: Uma biografia", escrito pelo historiador Peter Longerich.

Nazismo de esquerda

Embora reassuma seus supostos valores cristãos exaltando Israel, Bolsonaro parece não conhecer a história do Estado. Em uma visita ao Museu do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, ele foi duramente criticado pelos próprios israelenses ao afirmar que não tinha dúvidas que o nazismo era comunista. O discurso foi endossado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que explicou em entrevista que o nazismo era de esquerda.

No entanto, o ponto de virada da Segunda Guerra Mundial iniciou com a tentativa alemã de expandir pela União Soviética. A Batalha de Stalingrado, na qual o Exército Vermelho se opôs à frente de Hitler, foi um episódio chave para a derrocada do terceiro Reich.

Após a infeliz comparação, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República respondeu às acusações de que estaria se baseando no nazismo para promover o fim do isolamento social no Brasil. “Repudiamos veementemente qualquer associação desta postagem com quaisquer ideologias totalitárias e genocidas. O Estado Brasileiro sempre foi um grande parceiro da comunidade judaica, bem como do Estado de Israel, como provam os fatos, para além das ilações forçadas e maldosas”, publicou.

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Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

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Na manhã desta terça-feira (5), o ministro da educação, Abraham Weintraub, utilizou suas redes sociais para afirmar, mais uma vez, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) segue mantido. Agora, o ministro mencionou a "esquerda" como um dos incentivadores do adiamento da prova.

“Esquerda: ‘O ENEM não será justo com pobres e estudantes das escolas públicas’. Foram quatro presidentes eleitos pelo PT (+2 FHC) e a maioria dos governadores é de esquerda. A escola pública de Paulo Freire não é boa?, não fazer o Enem resultará em menos médicos, enfermeiros, etc.”, argumentou Weintraub.

O ministro ainda publicou que a esquerda pede para cancelar o Exame, pois quem não tem internet será prejudicado. “E quem não tinha nos anos de 2015 e 2016?. Demos recursos para as escolas terem internet, fizeram a quarentena. Sugestão: com 50% do fundo eleitoral, todos os estudantes pobres terão internet em casa. Não desistam, estudem”, diz Weintraub por meio de publicação no twitter.

As provas impressas estão programadas para os dias 1º e 8 de novembro. Já o Enem Digital deverá ser realizado nos dias 22 e 29 do mesmo mês.

Após o ex-ministro Sergio Moro abandonar o Ministério da Justiça, na manhã desta sexta-feira (24), lideranças da esquerda opinaram sobre o pedido de demissão. Diante da confissão de supostas ilegalidades cometidas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a ala intensificou o pedido de impeachment. Parte dos opositores também ressaltou o elogio velado em relação à autonomia que as autoridades tinham durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), demonstrou espanto com a barganha de Moro, que relatou ter pedido uma pensão aos familiares para assumir a pasta. Tido como um dos principais opositores da atual gestão, Dino também impulsionou o início do processo de impeachment de Jair Bolsonaro diante ao destacar o "aparelhamento político da Polícia Federal", que resultou na demissão do ex-diretor Maurício Valeixo.

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Terceira força da última eleição presidencial, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), afirmou que o Brasil "ganha muito" com a "confrontação chocante" entre Moro e Bolsonaro. Após o discurso de Sergio Moro, o pedetista listou uma série de supostos crimes cometidos pelo atual mandatário, dentre eles: prevaricação, falsidade ideológica, tráfico de influência, obstrução da justiça, abuso de autoridade.

Outro concorrente da corrida presidencial, Guilherme Boulos (PSOL), disparou contra o ex-líder do Ministério da Justiça e disse que o legado deixado foi "um governo de milicianos, que acoberta laranjas e negocia cargos com o centrão". Caso as acusações ditas por Moro sejam verdadeiras, Boulos entende que o Bolsonaro deva sair do cargo – caso haja o cumprimento das leis -, e concluiu: "Em briga de compadre sempre sai verdade...".

O principal adversário de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad (PT), classificou o episódio como uma "trágica ironia". O ex-prefeito de São Paulo reiterou que o ex-ministro usou a Polícia Federal para "armar contra Lula" e abrir alas para a vitória do concorrente, na época do PSL. Ele ainda pontuou sobre o reconhecimento da autonomia dada às autoridades durante as gestões do seu partido e acusou o centrão de impedir o afastamento do presidente.

A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, avaliou que o anúncio de Moro foi uma confissão de crimes, e que o ex-juiz acabou delatando o atual presidente de "corrupção, pagamento secreto de ministro, obstrução de justiça e prevaricação". A líder destaca que, após a coletiva, o ex-ministro deveria seguir direto para prestar depoimento na Polícia Federal.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) garantiu que Moro nunca ligou para os supostos crimes cometidos por toda a família Bolsonaro e até tolerou humilhações para alcançar seu "projeto pessoal de poder". Para Freixo, as declarações do ex-juiz implodiram o atual governo. O deputado ainda solicitou a convocação do ex-ministro na CPMI das Fake News para que ele esclareça a atmosfera que envolveu a demissão do delegado Valeixo e as interferências do presidente na Polícia Federal para proteger a própria família.

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A repercussão negativa das declarações e atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), diante da pandemia, fez sua lista de opositores aumentar no Congresso.  Isolado politicamente, o mandatário observa a crescente de líderes de centro-direita contra ele, enquanto lideranças da esquerda assinaram uma carta pedindo que deixe o cargo.

"Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável", discorre o documento.

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Em outro trecho, a ala aponta que Bolsonaro não está a altura da Presidência e deve responder pelos "crimes que está cometendo". "Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país.  Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo", afirma o requerimento.

As lideranças garantem que o presidente é um "obstáculo" para evitar a proliferação do novo coronavírus."Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países", avalia.

O texto assinado por Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB; Carlos Lupi, presidente nacional do PDT; Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência pelo PDT; Edmilson Costa, presidente nacional do PCB; Fernando Haddad, ex-candidato à Presidência pelo PT; Flávio Dino, governador do estado do Maranhão; Guilherme Boulos, ex-candidato à Presidência pelo PSOL; Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT; Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL; Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB; Manuela D'Ávila, ex-candidata a Vice-presidência (PC do B); Roberto Requião, ex-governador do Paraná; Sônia Guajajara, ex-candidata à Vice-presidência (PSOL) e Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, também garante uma série de medidas para conter o avanço da covid-19 em um Plano de Emergência Nacional:

-Manter e qualificar as medidas de redução do contato social enquanto forem necessárias, de acordo com critérios científicos;

-Criação de leitos de UTI provisórios e importação massiva de testes e equipamentos de proteção para profissionais e para a população;

-Implementação urgente da Renda Básica permanente para desempregados e trabalhadores informais, de acordo com o PL aprovado pela Câmara dos Deputados, e com olhar especial aos povos indígenas, quilombolas e aos sem-teto, que estão em maior vulnerabilidade;

-Suspensão da cobrança das tarifas de serviços básicos para os mais pobres enquanto dure a crise,

-Proibição de demissões, com auxílio do Estado no pagamento do salário aos setores mais afetados e socorro em forma de financiamento subsidiado, aos médios, pequenos e micro empresários;

-Regulamentação imediata de tributos  sobre grandes fortunas, lucros e dividendos; empréstimo compulsório a ser pago pelos bancos privados e utilização do Tesouro Nacional para arcar com os gastos de saúde e seguro social, além da previsão de revisão seletiva e criteriosa das renunciais fiscais, quando a economia for normalizada.

Pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos afirmou que a esquerda não pode depender exclusivamente do que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta para o país. 

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Boulos ponderou respeitar Lula, mas também fez questão de salientar que o projeto dele é o "fortalecimento do PT". "Muita gente fica apenas esperando o que Lula vai dizer ou fazer, e a esquerda brasileira não pode depender disso", argumentou. 

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No mesmo sentido, Boulos observa que sua pré-candidatura ao comando da cidade de São Paulo não dependia da desistência do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) - que já confirmou estar fora da disputa. 

"Minha pré-candidatura nunca dependeu da posição de Haddad, do PT ou de qualquer outro partido, O PSOL tem condições de ter um projeto próprio em São Paulo, que compatibilize a defesa da unidade da oposição a Bolsonaro, mas com renovação, com um projeto de direito à cidade, uma cidade radicalmente democrática”, considerou Guilherme Boulos.

Ainda na ótica do líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a participação do PSOL nas eleições de São Paulo não está atrelada ao apoio do PT à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) no Rio de Janeiro. 

“Sou um dos maiores defensores da unidade de esquerda. Mas unidade não se faz com imposição, nem com troca olhando um mapa. O apoio [do PT] ao Freixo no Rio se construiu nos últimos anos. Cada cidade tem uma realidade e São Paulo não está dando condições para uma unidade no primeiro turno. O PSOL vai ter candidatura própria e não aceitaria qualquer tipo de imposição”, salientou. 

Boulos cita também, durante a entrevista, que logo após Lula deixar a cadeia houve "certa histeria dizendo que ele polarizou a esquerda e o bolsonarismo". Contudo, para o psolista, essa é uma tese “falsa”. 

“Querer equiparar um discurso que defende enfrentamento a Bolsonaro e que o povo vá às ruas com a desagregação institucional que Bolsonaro está promovendo. O que as pessoas esperam? Que tenha um governo selvagem de um lado e uma oposição dócil e bem comportada do outro? O mínimo que a oposição pode fazer diante de Bolsonaro é elevar o tom e levar o enfrentamento para as ruas do país”, disse, concluindo que “já passou da hora de ter articulações mais fortes contra o fascismo”. 

O presidente do México disse hoje que o crescimento econômico de um país não garante o bem-estar de sua população, e, sendo assim, pouco importa o quanto uma economia cresceu se as riquezas estiverem concentradas em poucas mãos.

Em coletiva de imprensa sobre os dados da economia mexicana do ano passado, revelados nesta quinta-feira, Andrés Manuel López Obrador afirmou não se importar muito com o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB), mas, sim, com a melhoria da qualidade de vida dos mexicanos. Segundo ele, durante o período neoliberal, o pouco crescimento registrado no México só serviu para que os ricos acumulassem mais dinheiro. E, agora, é hora de se preocupar com outros parâmetros.

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"Posso dizer que há bem-estar. Pode não haver crescimento, mas há desenvolvimento e bem-estar, que são diferentes", disse ele, respondendo a uma pergunta sobre os dados oficiais publicados neste 30 de janeiro.

Mais cedo, o Instituto Nacional de Estatística e Geografia informou que a economia mexicana sofreu uma contração de 0,1% em 2019 em relação ao ano anterior, depois de crescer cerca de 2% em 2018. No entanto, de acordo com Obrador, mais importante do que medir o PIB seria concentrar os esforços em uma melhor distribuição de renda e garantir que os benefícios cheguem a todos os mexicanos. 

"Não é fácil, depois de 36 anos de predomínio de um modelo econômico, que, por sinal, fracassou, medir de outra forma, levando mais em conta o bem-estar e o desenvolvimento", enfatizou o presidente. "É isso que me acalma, porque, abaixo, há mais poder de compra, não há crise de consumo", acrescentou.

Da Sputnik Brasil

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