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O chefe supremo dos talibãs pediu nesta sexta-feira (3) em um decreto que o governo "tome medidas sérias para respeitar os direitos das mulheres" no Afeganistão, entre outros contra casamentos forçados, mas sem mencionar o direito de trabalhar ou estudar.

"Ninguém pode obrigar uma mulher a se casar", declarou o mulá Hibatullah Akhundzada ao ordenar aos tribunais, governadores e vários ministérios que lutem contra os casamentos forçados, muito comuns no Afeganistão.

Os talibãs tentam convencer a comunidade internacional para que restabeleça a ajuda financeira ao país, imerso em uma grave crise humanitária mais de quatro meses depois que tomaram o poder.

Sobre o direito das mulheres afegãs, especialmente o acesso à educação e ao trabalho, é uma das condições para que os doadores estrangeiros voltem a oferecer ajuda.

Até agora, os islâmicos só permitiram que algumas funcionárias voltem ao trabalho: as que trabalham em educação e saúde. Também suspenderam as aulas para as adolescentes na maioria das escolas de ensino médio do país, apesar de alegarem que é uma medida temporária.

No decreto, Akhundzada fala mais sobre os casamentos e as viúvas. Pede que não se casem novamente à força e que tenham o direito a uma parte da herança de seu marido.

Os talibãs foram acusados por seus inimigos de casarem as mulheres à força com seus combatentes, acusações que não puderam ser verificadas.

Os casamentos forçados de meninas menores de idade, em troca de dinheiro, levam meses aumentando devido à pobreza.

O mulá Akhundzada também pediu ao ministério de Assuntos Religiosos que anime os "eruditos" a pregar contra a opressão das mulheres.

Desde o retorno dos talibãs ao poder, a economia afegã, que depende em grande parte dos subsídios internacionais, se afundou.

Washington congelou os ativos do banco central afegão e tanto o Banco Mundial quanto o Fundo Monetário Internacional suspenderam as ajudas.

A ONU alertou que 23 milhões de afegãos, de uma população de quase 40 milhões, estarão à beira da fome no inverno.

A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou uma operação na terça-feira (30) para prender suspeitos de falsificar máscaras de proteção. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e duas pessoas foram presas em flagrante.

Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, João Monlevade, Divinópolis e Nova Serrana. Segundo a Polícia Civil, em uma fábrica onde eram produzidas as embalagens foi encontrada em uma nota fiscal a encomenda de 100 mil produtos.

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As investigações começaram após uma das marcas vítima do esquema procurar a polícia. Há indícios de que as máscaras falsas foram vendidas para prefeituras em Minas Gerais.

Cinco marcas teriam sido prejudicadas pelo esquema criminoso. Informações preliminares apontam que oito pessoas estão envolvidas na organização criminosa. As investigações continuam.

O uso obrigatório da máscara de proteção em Pernambuco deve continuar por um bom tempo, pelo menos até que 80% da população esteja completamente vacinada contra o novo coronavírus. O secretário estadual de Saúde, André Longo, reforçou nesta quinta-feira (11), que não há condições sanitárias para a liberação da máscara no Estado. 

Mesmo com a queda nos casos da Covid-19 e o avanço da vacinação, Longo salienta que o vírus ainda está circulando e a máscara é essencial para controlar a carga viral que é expelida pelas pessoas que estão contaminadas com o novo coronavírus.

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“A gente mantém a obrigatoriedade por conta da necessidade das condições sanitárias atuais. Nós temos dito que, quando atingirmos patamares superiores a 80% de cobertura vacinal em duas doses, a gente pode então estudar o planejamento dessa medida de retirada da obrigatoriedade do uso de máscara”, afirma o secretário.

André Longo assevera que vários países do mundo estão vendo os números de casos da Covid-19 aumentarem, acendendo um sinal de alerta para aqueles que estão começando a vencer esse vírus.

“A máscara salva vidas e é fundamental hoje no processo de vacinação e de manter os nossos indicadores com a instabilidade que temos. É preciso lembrar que vários países tiveram que voltar atrás, quando eventualmente liberaram o uso da máscara precocemente. Hoje entendemos que a máscara faz parte desse cuidado fundamental com a saúde”, pontua.

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Testemunha da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o servidor Luis Ricardo Miranda deixou o Brasil na noite desta quinta-feira, 28. Ele ingressou no programa de proteção a testemunhas da Polícia Federal porque, segundo o deputado Luis Miranda, seu irmão, vinha recebendo ameaças de morte. O parlamentar disse, ainda, que Luis Ricardo foi exonerado do cargo de chefe da Divisão de Importação do Ministério da Saúde após prestar depoimento à CPI da Covid, em junho.

"Por medo de represálias meu irmão não me falou nada e já está na custódia do programa de proteção a testemunhas", afirmou o deputado ao Estadão. No Twitter, Luis Miranda adotou estilo mais contundente. "O Brasil não é como nos quadrinhos, onde o bem sempre vence! Meu irmão continuou sendo atacado pelo governo, foi exonerado, por conta das ameaças teve que entrar para o programa de proteção à testemunha e sair do país!", escreveu ele. E concluiu: "@jairbolsonaro cria vergonha na cara, você sabe a verdade!"

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Os dois irmãos protagonizaram um dos momentos mais tensos da CPI da Covid há quatro meses, quando acusaram o presidente Jair Bolsonaro de ignorar denúncia feita por eles de que havia um esquema de corrupção no Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin. Em duas ocasiões, eles afirmaram à CPI que contaram tudo a Bolsonaro em reunião no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março. Na conversa, o presidente teria dito que isso seria "rolo" do deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), ex-ministro da Saúde e líder do governo na Câmara. Um dos expoentes do Centrão, Barros negou participação no negócio.

Os depoimentos prestados pela dupla serviram para revelar informações importantes sobre a empresa Precisa Medicamentos, que intermediava a compra da Covaxin. O contrato exigia US$ 45 milhões de pagamento antecipado em uma offshore, a Madison Biotech, e depois se descobriu que a quantidade de doses do imunizante era menor do que vinha sendo cobrado. Após as revelações de Luis Ricardo e de seu irmão, o contrato foi cancelado pelo Ministério da Saúde.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar se houve prevaricação de Bolsonaro, ou seja, se ele deixou de tomar as providências para esclarecer as suspeitas após ser informado sobre o esquema. O caso Covaxin também é alvo de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Responsável pelo programa de proteção a testemunhas, a Polícia Federal não comentou o caso, sob o argumento de que as informações sobre segurança dada aos colaboradores são sigilosas. O Estadão apurou que Luis Ricardo embarcou com a família para Portugal.

Na manhã desta quinta-feira (7), o secretário estadual de Saúde, André Longo, afirmou que a desobrigação do uso das máscaras de proteção contra a Covid-19 só será possível quando Pernambuco atingir, no mínimo, 80% da população vacinada com as duas doses, ou com a vacina de dose única.

"Antes disso, qualquer medida nesse sentido significa correr riscos e, aqui em Pernambuco, nosso compromisso é com a vida. Por isso, vamos continuar trabalhando seguindo a ciência”, destacou André Longo.

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O pediatra Eduardo Jorge, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) no Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação em Pernambuco, também participou da coletiva e ratificou a importância do Estado alcançar, ao menos, 80% da população vacinada para reavaliar as medidas de precaução contra a doença.

“Reforçamos mais uma vez que o debate sobre a desobrigação de máscaras é extremamente precoce e inadequado neste momento. Estamos no caminho certo, mas ainda há muito a ser trilhado nesta batalha contra o novo coronavírus. Precisamos ter, no mínimo, 80% da população com o esquema vacinal completo, o que deve acontecer, provavelmente, em novembro. Até lá, todas as medidas de cuidados possíveis devem continuar”, pontuou.

O secretário André Longo salientou que Pernambuco alcançou nesta quinta-feira (07), 50% da população acima dos 12 anos com o esquema vacinal completo. 

Até o final deste mês já teremos oferecido as duas doses da vacina para todos os adultos acima dos 18 anos. A vacinação, mais que um direito de cada pernambucana e de cada pernambucano, é a única forma de voltarmos a viver uma vida normal, sem o risco de contaminação pelo vírus”, pontua Longo.

O último levantamento feito pelo Datafolha mostra que 91% dos brasileiros entrevistados avaliam que o uso da máscara deve ser obrigatório enquanto a pandemia não estiver totalmente controlada no país.

A pesquisa revela ainda que, em meio ao avanço da vacinação, cresce a percepção das pessoas de que a pandemia está controlada. Para 71%, a pandemia está controlada em parte e 9% acredita que a situação está totalmente controlada no Brasil.

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Outros 20% acreditam que a pandemia da Covid-19 está totalmente fora do controle. O levantamento foi feito com 3.667 pessoas de forma presencial, em 190 cidades do país, entre os dias 13 e 15 de setembro. A margem de erro do Datafolha é de dois pontos percentuais.

A Johnson & Johnson disse nesta terça-feira (21) que uma dose adicional de sua vacina contra a Covid-19, aplicada dois meses após a dose inicial, aumentou a proteção contra a doença em participantes de um teste clínico.

Em comunicado, a J&J disse que os resultados de um estudo de fase 3 com voluntários de 10 países - incluindo os EUA - que receberam uma segunda dose dois meses após a primeira tiveram 75% de proteção contra Covid-19 sintomática.

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Apenas nos EUA, a taxa de proteção contra a doença foi de 94%. A empresa não explicou o motivo da diferença entre as taxas de eficácia.

A J&J disse também que a segunda dose garantiu aos voluntários 100% de proteção contra versões mais severas da covid-19 pelo menos duas semanas após a imunização.

"Nós agora geramos evidências de que uma dose adicional aumenta a proteção contra a Covid-19 e deverá estender o prazo de proteção significativamente", disse Paul Stoffels, diretor científico da J&J.

A empresa acrescentou que encaminhou os novos dados à Food and Drug Administration (FDA), como é conhecido o órgão regulatório de alimentos e medicamentos dos EUA.

Às 8h25 (de Brasília), a ação da J&J subia 0,9% nos negócios do pré-mercado em Nova York.

Metade da população adulta do Recife completou o esquema vacinal contra a Covid-19 com duas doses ou com a vacina da Janssen. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (6), nas redes sociais do prefeito João Campos (PSB).

O gestor acrescentou que 93,7% do público acima dos 18 anos tomou pelo menos a primeira dose. Ele agradeceu o apoio à campanha de imunização e destacou a importância de manter os cuidados contra o vírus.

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"Obrigado a cada pessoa que fez sua parte e foi tomar sua vacina. Vamos continuar incentivando quem não tomou ainda e vacinando incansavelmente, de domingo a domingo. Com foco, dedicação e mantendo os cuidados, vamos vencer a Covid-19", escreveu na publicação.

Atual presidente da Comissão de Direitos Humanos no Senado, o petista Humberto Costa enviou um pedido, nesta sexta-feira (3), para o ministro da Justiça, Anderson Torres, solicitando proteção para Marcelo Luiz Nogueira Santos, que era funcionário da família Bolsonaro. Em entrevista, Santos deu detalhes de como funcionava um suposto esquema de rachadinha.

As revelações feitas ao colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles, trazem relatos de como a suposta operação funcionava. Segundo Marcelo, a ex-esposa do presidente, Ana Cristina Valle, era quem ficava com repasse de dinheiro que era de cerca de 80% do salário dos funcionários do gabinete do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro. 

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“Cabe às autoridades públicas a preservação da democracia, das instituições e das pessoas expostas à grave ameaça, em razão de colaborarem com a investigação ou processo criminal, como ocorre no caso das investigações sobre o ‘esquema das rachadinhas’, envolvendo parlamentares federais e estaduais do Rio de Janeiro”, pediu Humberto Costa ao ministro da Justiça, ao diretor da PF, Paulo Maiurino, e à ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, de acordo com o Metrópoles. Ele também solicitou que Marcelo fosse incluído no programa de proteção à testemunha.

A Polícia Federal alerta para o novo golpe no WhatsApp que promete um vale-gás de R$ 110 para famílias de baixa renda. Autoridades perceberam o encaminhamento do link falso com a atual marca do Governo Federal desde o início do mês passado.

Após clicar no link sobre o suposto voucher aos beneficiários do Bolsa Família, do Auxílio Emergencial e aposentados, a vítima preenche um formulário com dados pessoais e tem o aparelho infectado por um programa que captura fotos, vídeos, senhas e mensagens.

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Com nome completo, cidade e estado, os criminosos conseguem abrir contas em bancos, têm acesso aos cartões de crédito, cheques e podem chantagear a vítima para desbloquear o aparelho. O golpe ainda incentiva que o link seja compartilhado com cinco grupos do WhatsApp para enganar mais pessoas.

Para evitar cair em golpes digitais, a Polícia Federal elencou 12 dicas de proteção contra a atividade dos cibercriminosos.

1. Ao receber uma mensagem deste tipo, desconfie sempre antes de clicar nos links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais. O melhor é deletar a mensagem;

2. Não compartilhe links duvidosos com seus contatos sem antes saber se são autênticos. Você pode estar sendo usado por bandidos para espalhar o golpe e prejudicar outras pessoas, inclusive seus parentes;

3. Cuidado com o imediatismo de mensagens tais como: agendamentos liberados até hoje, último dia para o saque, urgente, não perca essa oportunidade, quase sempre tais conteúdos querem fazer com que as pessoas não averiguem a veracidade do conteúdo nas páginas e órgãos oficiais;

4. Nenhum órgão do Governo Federal se comunica solicitando dados e informações dos seus beneficiários ou servidores através de links via WhatsApp;

5. Certifique-se no site oficial da empresa ou governamental sobre a veracidade do que está sendo oferecido, principalmente quando se tratar de supostas promoções, ofertas de dinheiro, brindes, descontos ou até promessas de emprego. Nesse caso, o Ministério da Cidadania, já esclareceu e alertou que são falsas as informações do link acerca do oferecimento do Vale-Gás no valor de R$ 110 reais;

6. Nunca preencha nenhum cadastro, formulário ou pesquisa fornecendo seus dados financeiros ou pessoais através de links enviados pelo WhatsApp, tais como: senha de bancos, cartão de crédito e do benefício do INSS dentre outros;

7. Não acesse nenhum site que se diga do governo federal, sem constar as terminações .gov.br;

8. Ao entrar em qualquer página verifique se existe um cadeado cinza no canto superior esquerdo da página. Isso atesta que sua conexão não foi interceptada e que o site está criptografado para impedir golpes;

9. Links que levem direito ao cadastro tem que haver o HTTPS onde o “S” corresponde a uma camada extra de segurança;

10. Não marque nenhum agendamento para que pessoas compareçam em sua residência sob o pretexto de fazer uma consulta presencial, bandidos podem se aproveitar dessa situação para se passar agentes de saúde e realizar assaltos;

11. Nunca baixe programas piratas para o celular ou computador, tais sites costumam ter a maior concentração de vírus;

12. Instale um bom antivírus em seu celular ou computador e tenha o sistema operacional do seu celular e computador atualizados.

Nesse fim de semana, mais três bares foram interditados pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) no Recife. Redes de fast food em dois shoppings da Região Metropolitana também foram autuadas por desacordo às medidas de proteção contra a Covid-19.

Na sexta-feira (6), o Espetinho do Bolinha e o Esquina do Petisco, ambos no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital, foram interditados com clientes consumindo bebida alcoólica fora do horário limite estabelecido no decreto estadual. No sábado (7), a Cervejaria O Quintal Petiscaria, no Cordeiro, Zona Oeste, foi fechada com aglomeração de pessoas em pé por conta de música ao vivo.

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“Tanto os donos dos estabelecimentos, como a população em geral, precisam compreender que ainda estamos em meio a uma pandemia sanitária. Devemos cumprir as medidas pelo bem-estar de todos”, advertiu o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Autuação em shoppings

Ainda na fiscalização do fim de semana, a Burguer King do Shopping Boa Vista, área Central, e a McDonald's do Shopping Patteo Olinda foram autuados com irregularidades nas filas e de pagamento. O Shopping Center Guararapes, em Prazeres, também recebeu autuação pelo fluxo de consumidores na Praça de Alimentação. Todos vão responder administrativamente ao Procon-PE.

Números da fiscalização

De acordo com o órgão, mais de 1.600 estabelecimentos foram fiscalizados em 2021. Desses, 375 foram autuados e 99 interditados.

Dados do Vacinômetro do 'Plano Vacina Recife' escancaram a disparidade na entrega de doses à população preta. Seja pela restrição de pontos de imunização na periferia ou por dificuldades de deslocamento, o recorte racial da campanha expõe uma realidade excludente.

O Recife iniciou o Plano em janeiro deste ano com a missão de garantir a cobertura vacinal para 1.237.614 pessoas aptas a receber as doses. Dessas, apenas 427.776 tomaram as duas ou a dose única da Janssen. Cerca de 34% da população foi protegida.

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O ritmo lento é sentido por todos os recifenses, mas, para os brancos, o imunizante é mais acessível.

A atualização da Secretaria de Saúde (Sesau) na terça-feira (3) mostra que 195.659 caucasianos concluíram o esquema vacinal e 174.410 pardos foram protegidos. No caso dos pretos, só 48.851 foram imunizados.

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Entre os recifenses que já encerraram o ciclo de vacinas, cerca de 45% são brancos, 40% são pardos e apenas 11% pretos.

O que diz a Prefeitura?

"A Sesau lembra que a informação de raça no cadastro é 'autodeclaratória'", apontou em nota enviada ao LeiaJá.

A gestão apresentou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em que apenas 8,31% da população do Recife se considera preta. Partindo deste resultado, afirmou que 43% desse total completou o esquema até o último dia 28 de julho.

Falta de adesão à campanha

Outra motivação sugerida pela Prefeitura cita o desinteresse de quem se agendou e não compareceu para a aplicação.

"As pessoas que se consideram negras e ainda não completaram o esquema vacinal é porque ainda não estão no prazo para receber a segunda dose ou não compareceram na data agendada", complementou no comunicado.

Antes, o LeiaJá denunciou que apenas dois locais de vacinação foram montados em áreas periféricas. Além da “estratégica” escolha dos centros e drive-thrus, a gestão ressaltou uma parceria com transportes por aplicativos para atender gratuitamente ao público. Contudo, falta transparência sobre a quantidades de corridas realizadas, o que deixa em xeque a eficácia da proposta.

Na madrugada desta sexta-feira (30), uma passageira que se recusou a usar máscara de proteção contra a Covid-19 foi retirada de um avião que saiu de Belém do Pará. O voo tinha como destino Congonhas, São Paulo.

A situação acabou causando constrangimento aos passageiros, já que o comandante da aeronave decidiu retornar ao Pará, cerca de uma hora e meia depois de ter decolado.

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Segundo o G1, a mulher, que não teve o nome revelado, foi retirada por policiais federais da aeronave em Belém. Um boletim de ocorrência foi registrado e ela foi liberada em seguida. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento do fato. Confira:

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Na campanha de imunização do Recife, a invisibilidade da periferia às vistas da gestão pública foi novamente exposta com a disposição de apenas dois dos 19 pontos de aplicação em regiões de maior vulnerabilidade social. Distantes das doses, distribuídas em locais de vacinação que poderiam ser distribuídos com equidade, o limite do acesso à Saúde ultrapassa a insegurança dos bairros e a frágil condição financeira da população, sobretudo da negra, que recebeu bem menos doses que brancos e pardos.

Com 1.237.614 adultos que precisam ser imunizados, nem 31,36% do público está devidamente protegido. O Vacinômetro da campanha, o qual a Secretaria de Saúde (Sesau) informa atualizar diariamente, apesar do último registro ser da terça-feira (27), mostra que só 388.047 recifenses concluíram o ciclo vacinal com duas doses ou com a dose única da Janssen.

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Baixa proteção aos negros

No recorte racial, o Plano Vacina Recife evidencia uma realidade largamente desproporcional. A desconfiança dos moradores de comunidades sobre um possível propósito discriminatório é apresentada na entrega do imunizante. Só 44.229 negros estão protegidos contra a Covid-19 na capital. O número é bem inferior aos 157.958 de pardos vacinados. A desigualdade é ainda maior em relação aos brancos, que representam 177.804.

Para exaltar o modo como trata a pandemia desde janeiro, o prefeito João Campos (PSB) forçou uma comparação dos índices do Recife aos de Nova York. A diferença é que, enquanto decretos de convivência com a pandemia ainda reprimem as atividades comerciais em Pernambuco, que acumulou 587.849 infectados e 18.702 óbitos na quarta (28), na metrópole norte-americana o fim das medidas restritivas foi anunciado por uma queima de fogos no dia 15 do mês passado.

Dentre a pouca oferta do auxílio municipal e a ampliação da entrega de imunizantes, uma das ações de maior orgulho da gestão é a disposição de 26 pontos de vacinação entre os oito distritos sanitários do município. Porém, sete deles são híbridos - funcionam como centros e drive-thrus - e atendem ao público da mesma região.

Na Zona Sul, apenas a Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPA-E) do Ibura garante o imunizante aos bairros do entorno. Morador da UR-10, o quitandeiro Samuel da Silva, de 63 anos, precisou cruzar a cidade para conseguir tomar a segunda dose no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte.

"Foi meio contramão, mas valeu à pena ir para finalizar com a segunda dose. Tive que ir lá porque mais perto não tinha vaga", reclamou o comerciante.

Da UR-05, o feirante João Sobral, 62, conta que já deveria ter concluído o esquema vacinal. O prazo para a segunda dose expirou nessa terça e ele ainda não conseguiu o novo agendamento em nenhum centro. Para a primeira, desembolsou duas passagens de ônibus até o Geraldão, na Imbiribeira, mas ainda não sabe quando vai conhecer o sentimento de proteção. "Minha sobrinha não tá conseguindo. Só tá dizendo que não tem vaga", relatou.

Sem mais orientações no aplicativo Conecta Recife e desconectado do mundo digital, Seu João pretende ir a um posto de saúde na região para tentar marcar a dose complementar. A vizinha de bairro, Dona Lúcia de Souza, 71, já tentou informações em uma Unidade Básica de Saúde, mas saiu decepcionada sem saber ao certo o que fazer.

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"A vacina não tá muito boa não porque falta muita gente até para tomar a primeira. Tem um posto ali, mas não sabem informar nada a agente e a pessoa dá não sei quantas viagens, e 'diz eles' que não sabem", criticou. "Devia botar posto de vacinação e liberar logo para o pessoal com menos de 30 anos", acrescentou a idosa.

Com a mobilidade reduzida pela idade avançada, se não fosse o filho para levá-la de carro até o imunizante, Dona Lúcia estaria exposta ao vírus no transporte público ou enfrentaria uma longa caminhada entre a infraestrutura precária e as condições geográficas do Ibura. "Ia ter que ir de ônibus ou a pé porque ninguém vinha buscar. É longe. Daqui para lá é uma tirada medronha", aponta.    

Já na Zona Norte, o Parque da Macaxeira é o principal ponto para a população das áreas de morro. Apesar de morar em Casa Amarela, o dono de um box de reparos em eletroeletrônicos no Mercado Público, Romualdo Oliveira, 61, entende que a cobertura vacinal poderia ser expandida com a descentralização da campanha. "Devia ter aqui no posto, devia ter aqui no colégio. Lugares mais próximos, né?", questionou.

Ele sente na pele outro reflexo da pandemia, a desinformação. Sem ter tomado sequer uma dose, Seu Romualdo admite certo receio pelos possíveis efeitos colaterais e certo desinteresse em participar do Plano Vacina. No mesmo Mercado, a feirante do Alto Santa Izabel, Evânia Xavier, 43, aguarda a segunda vacina e confirma que muitas pessoas estão com medo dos imunizantes por falta de conscientização. Ela cobra por mais diálogo e propõe ações educativas da Prefeitura para convencer sobre os benefícios de se imunizar contra a Covid-19.

"Tem pessoas que não querem ser vacinadas. Tá faltando informação para o pessoal que tá achando que vai tomar e vai ficar doente [...] todo mundo já tomou vacina um dia e teve reação", incentiva Evânia, que ganhou um reforço com o depoimento de Seu Samuel, "tomei a primeira e não tive reação, e a segunda também não", garantiu.

Nesse ponto, Recife e Nova York se aproximam. Com cerca de dois milhões de nova-iorquinos que ainda não foram vacinados, o prefeito Bill de Blasio tenta meios para confrontar o negacionismo. Com apenas 60% dos cidadãos protegidos com as duas doses, nessa quarta (28), o gestor norte-americano anunciou que vai pagar US$ 100, equivalente a R$ 500, para quem participar da campanha anticovid.

Inclusas nos distritos sanitários VIII e VII, o levantamento da Prefeitura informa que 51.708 aplicações de segunda dose e dose única foram realizadas na área da Macaxeira, e o total de 31.191 na do Ibura.

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Procurada pelo LeiaJá, a Sesau não soube pontuar quais centros foram entregues em áreas consideradas como periferia, nem o porquê das áreas de morro da Zona Norte ficarem desassistidas pela campanha.

Sobre a escolha dos pontos, a Secretaria de Saúde explicou que os locais são escolhidos em centros exclusivos para evitar aglomeração, por isso não pretende utilizar as unidades de saúde. O objetivo é garantir o funcionamento dos demais serviços da rede municipal com menor risco de transmissão.

Em nota, a Sesau conta que os locais 'estratégicos' são definidos com "facilidade de acesso e com parada de ônibus próximas, contemplando tanto quem vais se vacinar a pé, quanto quem utiliza transporte público, carro, moto ou bicicleta", complementou.

Os locais de vacinação contra a Covid-19 no Recife funcionam todos os dias, das 7h30 às 18h30, mediante agendamento.

Os centros informados pela Prefeitura são:

- Sest Senat (Porto da Madeira)*;

- Porto Digital (Bairro do Recife);

- Unicap (Boa Vista)*;

- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Dois Irmãos*;

- Parque de Exposição de Animais, no Cordeiro;

- Unidade de Cuidados Integrais (UCIS) Guilherme Abath, no Hipódromo;

- Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro*;

- Ginásio Geraldão, na Imbiribeira*;

- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Tamarineira*;

- Parque da Macaxeira, na Macaxeira*;

- UPA-E do Ibura;

- UniNassau, nas Graças.

*representam pontos híbridos que atendem como centro e drive-thru.

Os locais exclusivos na modalidade drive-thru são:

- Fórum Ministro Artur Marinho - Justiça Federal de Pernambuco (Avenida Recife), no Jiquiá; 

- Juizados Especiais do Recife, na Imbiribeira;

- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária;

- Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Bairro do Recife;

- BIG Bompreço de Boa Viagem;

- BIG Bompreço de Casa Forte;

- Carrefour (Torre).

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

O Instagram introduziu nesta terça-feira (27) mudanças destinadas a manter os usuários menores de idade mais seguros, tornando mais difícil encontrá-los na rede social centrada em imagens.

As configurações que estão sendo implementadas no Instagram na Austrália, Reino Unido, França, Japão e Estados Unidos incluem um software projetado para detectar "comportamento suspeito" de adultos que tentam se conectar com usuários menores de idade.

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"Queremos evitar que os jovens interajam com adultos que eles não conhecem ou de quem não querem ter notícias", disse a empresa em um blog.

As mudanças vêm no momento em que os críticos pedem ao gigante das redes sociais Facebook - o dono do aplicativo - que abandone os planos de uma versão do Instagram projetada para crianças.

Contas criadas por novos usuários do Instagram que ainda não são legalmente adultos serão definidas como "privadas" por padrão, limitando quem mais na rede pode ver as postagens, disse a empresa.

Anteriormente, as pessoas que criam novas contas eram solicitadas a escolher entre contas públicas ou privadas durante o processo de inscrição.

Os usuários jovens que já possuem contas públicas receberão notificações promovendo os benefícios de se tornar privado e explicando como fazê-lo.

"Incentivar os jovens a terem contas privadas é um grande passo na direção certa quando se trata de bloquear o contato indesejado de adultos", disse o Instagram.

Um estudo britânico, que pode ajudar a traçar estratégias de vacinação contra a variante Delta da Covid-19, concluiu que um intervalo maior entre as duas doses da vacina da Pfizer proporciona um nível maior de anticorpos que um período mais curto. A pesquisa foi realizada com 503 profissionais da saúde.

Ainda que as duas doses atuem de maneira eficiente no combate ao novo coronavírus, no caso da cepa Delta o nível de anticorpos diminui após a primeira dose do imunizante. “Para o intervalo mais longo de doses, os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Delta foram induzidos de maneira fraca após uma única dose, e não se mantiveram durante o intervalo até a segunda dose”, apontou um dos autores do estudo, conduzido pela Universidade de Oxford e divulgado pela agência de notícias Reuters.

"Após duas doses da vacina, os níveis de anticorpos neutralizantes eram duas vezes maiores após o intervalo mais longo de doses se comparado com o intervalo mais curto", acrescentou.

Os anticorpos neutralizantes são considerados importantes no papel de construir imunidade contra a Covid-19, mas não agem sozinhos, e sim em conjunto com as células T. Dessa maneira, a pesquisa descobriu que os níveis gerais de células T eram 1,6 vez menor com um intervalo longo se comparados com o cronograma mais curto entre 3 e 4 semanas, mas que uma proporção mais alta era de células T "ajudantes", que fortalecem a memória imunológica.

Apesar da descoberta, os autores enfatizaram ainda que qualquer um dos intervalos produziu uma resposta forte de anticorpos e células T. Na prática, isso pode indicar que embora a segunda dose seja necessária para garantir a proteção total contra a variante Delta, o atraso da segunda vacina pode providenciar imunidade mais duradoura, mesmo se isso significar uma proteção menor a curto prazo.

O Reino Unido, por exemplo, estendeu o intervalo entre as doses de vacinas para 12 semanas em dezembro do ano passado. Naquele período, a Pfizer alertou que não havia evidências que apoiassem a alteração do intervalo original proposto de três semanas. Neste ano, no entanto, o bloco de países europeus passou a recomendar o hiato de 8 semanas entre as duas doses da vacina.

"Eu acho que 8 semanas é o ponto certo", afirmou Susanna Dunachie, pesquisadora que co-liderou o estudo.

As autoridades holandesas aplicaram, nesta quinta-feira (22), uma multa de 884.000 dólares ao TikTok, estimando que a rede social violou as leis de proteção de dados pessoais.

A Autoridade de Proteção de Dados da Holanda (CBP) observou que as informações de download do aplicativo da rede social estavam escritas em inglês, o que tornava difícil entender para as crianças holandesas.

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"Ao não oferecer sua declaração de privacidade em holandês, o TikTok não forneceu uma explicação adequada sobre como o aplicativo coleta, processa e usa dados pessoais", destacou a CBP em um comunicado.

"Essa é uma violação da legislação sobre a proteção da vida privada, que se baseia no princípio de que as pessoas devem ter sempre uma ideia clara do que é feito com seus dados pessoais", acrescentou o organismo.

Em um comunicado enviado por e-mail à AFP, a plataforma respondeu que sua política de privacidade e um resumo mais acessível da mesma estavam disponíveis em holandês desde julho de 2020.

O aplicativo foi alvo de várias investigações em vários países.

A ex-comissária da Infância da Inglaterra processou o TikTok em abril, acusando a plataforma de vídeos de ter coletado ilegalmente dados pessoais de milhões de crianças no Reino Unido e Europa.

Em maio, a Comissão Europeia também iniciou uma ação contra o TikTok, acusando-o de usar publicidade enganosa e dirigida às crianças em vários Estados-membros.

A Câmara aprovou, na última quarta-feira (14), um projeto de lei em que constam uma proposta que cria mecanismos para a prevenção e o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente. Entre as medidas protetivas previstas no texto estão o afastamento do agressor; assistência às vítimas em centros de atendimento ou espaços de acolhimento e o aumento de penas. Texto segue para análise do Senado.

A relatora do projeto, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), disse que a proposta cria uma engenharia de combate à violência doméstica e familiar semelhante à Lei Maria da Penha (11.340/06), mas adaptada às crianças e adolescentes. Ela afirmou que a aprovação da proposta é uma resposta a situações que chocaram o país, como a morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro.

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Nesta quinta-feira (24), durante uma cerimônia de liberação de recursos no Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pegou uma criança no colo e abaixou a máscara do garoto para fazer uma foto.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o exato momento em que o presidente, em meio à aglomeração de apoiadores, pega a criança e abaixa a máscara de proteção contra a Covid-19 que o menor usava durante o ato. 

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Essa não foi a única ação errada, no mesmo dia, cometida pelo presidente da República. Durante o recital de poesia que estava sendo feito por uma menina de 10 anos, Bolsonaro pediu para que a garota tirasse a máscara e ainda acenou com um sinal de positivo para a pequena, após ela atender o pedido do chefe do Executivo.

A vacina russa Sputnik V protege contra "todas as variantes conhecidas" do coronavírus, incluindo a contagiosa Delta, responsável por uma virulenta onda de Covid-19 na Rússia, defendeu seu criador, Alexandre Guintsbourg, nesta segunda-feira (21).

O diretor do centro Gamaleia que desenvolveu a vacina Sputnik V, Alexandre Guintsbourg, afirmou que as duas doses deste imunizante "protegem contra todas as variantes atualmente conhecidas, da britânica até a variante Delta, que surgiu na Índia".

Essa cepa, considerada mais contagiosa, está por trás de 90% dos novos casos registrados em Moscou, segundo seu prefeito Serguéi Sobianin.

A capital é o epicentro da segunda onda do vírus na Rússia e bateu recordes diários de infecções desde o início da pandemia.

As declarações de Guintsbourg buscam impulsionar a frustrada campanha de vacinação na Rússia, que enfrenta a desconfiança e relutância de sua população.

Despois de prometer um sorteio de um carro entre quem tomar a primeira dose, o prefeito de Moscou anunciou na semana passada que imporia a vacinação obrigatória para os trabalhadores do setor de serviços.

Por sua vez, São Petersburgo, a segunda cidade do país também exposta a um forte aumento de casos, anunciou que pretende vacinar 65% dos funcionários locais até agosto.

A Rússia é o país com mais mortes por Covid-19 na Europa, com 129.801 óbitos segundo o governo, balanço que a agência de estatística Rosstat eleva para 270.000 desde o início da pandemia.

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