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Uma empresa de gestão e otimização de processos, com sede em Belo Horizonte-MG, foi condenada a pagar indenização de R$ 8 mil a uma ex-empregada. A trabalhadora alegou que foi vítima de assédio moral, sendo perseguida e humilhada pelo supervisor hierárquico, que chegou a chamá-la de feia e esquisita.

Na ação trabalhista, a profissional contou que o supervisor exercia sobre ela uma pressão psicológica e que costumava ser difamada na presença dos demais trabalhadores, com agressões verbais e de cunho racista. A ex-empregada relatou que recebia tratamento diferenciado dos demais colegas, sofrendo, inclusive, limitação para uso do telefone e até mesmo para manifestar-se no local de trabalho.

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Uma testemunha ouvida no processo confirmou que até de feia e esquisita já ouviu o supervisor chamar a reclamante. Segundo a testemunha, o chefe da equipe tratava todo mundo bem, mas com a ex-funcionária era diferente. "Ele fazia comentários sobre a reclamante, dizendo que ele não gostava dela, que achava ela feia, esquisita, que ele não gostava de conversar diretamente com ela, tanto que sempre pedia para que outros passassem os recados."

Um dos casos de ofensa aconteceu, segundo a testemunha, durante horário do almoço e na ausência da autora da ação. A depoente relatou que presenciou o supervisor comentando sobre a ex-empregada, chamando-a de feia e que tinha o cabelo feio. Segundo a testemunha, ele chegou até a perguntar para os colegas se a reclamante não teria amigo que falasse isso para ela. A testemunha contou que pediu ao supervisor para parar com os comentários, os quais, na visão dela, não seriam adequados para um líder. "Mas ele achou graça e riu", disse a depoente, que ainda alertou o agressor que essa era uma atitude racista.

Ao examinar o caso, a desembargadora Cristiana Maria Valadares Fenelon, relatora, considerou que a prova testemunhal convenceu, de fato, a respeito do assédio alegado. Para a julgadora, não prospera o argumento do empregador de que a autora não se utilizou do sistema de denúncia anônima em casos de assédio moral dentro da empresa, visto que a medida não constitui elemento essencial para caracterização do ilícito narrado. "Comungo do entendimento adotado pelo juízo de primeiro grau quanto à intimidação exercida pelo supervisor, que teceu comentários indiretos maliciosos e discriminatórios em face da autora. Indiscutível, portanto, o dano moral", avaliou a desembargadora.

Assim, considerando a extensão do dano sofrido e o padrão remuneratório alcançado pela reclamante, o grau de culpa e a magnitude econômico-financeira das reclamadas, a julgadora majorou a reparação fixada na origem de R$ 4 mil para R$ 8 mil. "No caso, constata-se perseguição injusta e vexatória, que expôs indevidamente a trabalhadora, havendo indícios até mesmo de caráter racista. Os fatos demonstrados são graves e desafiam reparação mais rigorosa", concluiu a julgadora.

*Com informações da assessoria.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, pediu nesta quarta-feira (17) um plano global de vacinação contra a Covid-19, alertando que as desigualdades nos esforços iniciais colocam a saúde e a economia mundial em risco.

Na abertura de uma sessão especial do Conselho de Segurança sobre vacinas realizada com ministros das Relações Exteriores, Guterres alertou que somente 10 nações administraram 75% das doses até o momento e 130 países não receberam nenhuma vacina.

"O mundo precisa urgentemente de um plano mundial de vacinação que reúna todos os que têm o poder necessário, a experiência científica e as capacidades de produção e financeiras", disse Guterres na reunião virtual.

Ele afirmou que o G20, as principais economias do planeta, está na melhor posição para criar um grupo de trabalho sobre o financiamento e a aplicação da vacinação mundial e ofereceu o pleno apoio da ONU.

"Se permitimos que o vírus se espalhe como um incêncio no sul global, ele sofrerá mutações continuamente. As novas variantes poderiam ser mais transmissíveis, mais mortais e, potencialmente, ameaçar a eficácia das vacinas e dos diagnósticos atuais", disse Guterres.

"Isso pode prolongar a pandemia significativamente, permitindo que o vírus volte a assolar o norte global".

O novo chefe do Pentágono, Lloyd Austin, vai reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com a OTAN esta semana e promete aos seus aliados que, a partir de agora, nenhuma grande decisão será tomada sem levá-los em consideração, uma forma de deixar a presidência de Donald Trump para trás.

Os ministros da Defesa da Aliança Atlântica realizarão reuniões virtuais na quarta e quinta-feira, e espera-se que Austin entregue uma "mensagem positiva sobre a relevância da OTAN", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, na sexta-feira.

"Ele quer revigorar nosso compromisso com a aliança", acrescentou o porta-voz. E sua mensagem "será que somos melhores quando agimos juntos; trabalhar em equipe nos torna mais fortes, e segurança coletiva é segurança compartilhada."

A questão da retirada das tropas americanas do Afeganistão, marcada para o início de maio, estará no topo da agenda, mas nenhuma decisão é esperada sobre o assunto, alertou Kirby.

"É o comandante-chefe (presidente Joe Biden) que toma esse tipo de decisão", lembrou o porta-voz. Mas essa reunião de ministros ajudará Austin "a construir sua reflexão e o tipo de recomendações que terá de fazer" ao presidente.

"E como ele disse aos seus homólogos, particularmente aos da OTAN, nenhuma decisão será tomada sem consultas e discussões com eles", acrescentou.

Sob o acordo histórico de fevereiro de 2020 entre Washington e o Talibã, os Estados Unidos prometeram retirar todas as suas tropas do Afeganistão até maio de 2021, em troca de garantias de segurança dos insurgentes.

Washington reduziu seu contingente no país para 2.500 soldados em 15 de janeiro, o menor número desde 2001, enquanto seus aliados da OTAN mantiveram suas tropas no Afeganistão.

Mas, com um aumento nos ataques do Talibã nos últimos tempos, um grupo consultivo do Congresso dos EUA pediu o adiamento da retirada total planejada para maio.

- Mudança de tom -

Entre os outros assuntos discutidos no encontro estará a suspensão da retirada parcial das tropas americanas da Alemanha, decidida por Trump.

O ex-presidente anunciou em junho que queria reduzir de 34.500 militares, para 25.000 militares.

Essa retirada não havia começado quando Biden chegou à Casa Branca em 20 de janeiro, disse outro porta-voz do Pentágono, o tenente-coronel Thomas Campbell, à AFP. “Ainda estávamos na fase de planejamento”, explicou.

Os aliados da OTAN se comprometeram em 2014 a dedicar 2% de seu orçamento à defesa.

"Mas acredito que reconhecerá que muitos dos nossos aliados da OTAN alcançam, e até excedem, esses 2%, e que muitos não medem esforços para o conseguir", acrescentou Kirby.

Os ministros também devem falar sobre jihadistas estrangeiros que permanecem detidos em campos no nordeste da Síria comandados por forças curdas. Neste tópico, o governo Biden concorda com o de seu antecessor e pede à comunidade internacional que repatrie seus cidadãos.

Por fim, as tensões com a Turquia podem estar na agenda das reuniões após a aquisição de mísseis de defesa russos S400 por Ancara. O novo governo dos Estados Unidos apelou ao seu homólogo turco para renunciar a essas armas, seguindo o caminho traçado pelo governo Trump.

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Yoshiro Mori, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (12) por conta de uma série de comentários sexistas feitos em uma reunião na última semana.

"Minha declaração provocou muito caos. Desejo renunciar como presidente a partir de hoje. Vou renunciar ao cargo de presidente do comitê", disse o japonês de 83 anos durante um encontro de conselheiros e diretores executivos das Olimpíadas.

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A crise começou no dia 3 de fevereiro quando Mori criticou uma proposta para ampliar a participação das mulheres na gestão executiva do evento esportivo. Segundo ele, as mulheres "têm dificuldades e são problemáticas" porque "falam excessivamente" e que era preciso "limitar" o tempo de fala delas porque, do contrário, isso seria "irritante".

No dia seguinte, o ex-premiê japonês pediu desculpas por suas palavras "pouco oportunas" e disse que gostaria de "retirar tudo que disse". O então presidente do Comitê Organizador ainda afirmou que entende que sua fala vai contra o "espírito dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos".

No entanto, era tarde demais. Mais de cinco mil voluntários entraram em contato com os gestores do evento para criticar a fala e cerca de 500 desistiram de atuar nos Jogos. Além disso, líderes políticas de Tóquio e de outras partes do Japão se negaram a se reunir com Mori em sinal de protesto.

Ainda não há indicação de substituto para chefiar o Comitê, mas a mídia japonesa cita que entre os candidatos estão o ex-presidente da Associação de Futebol do Japão Saburo Kawabuchi e a ministra para as Olimpíadas, Seiko Hashimoto.

As Olimpíadas de Tóquio deveriam ter ocorrido em 2020, mas foram adiadas em um ano por conta da pandemia de Covid-19. Agora, o maior evento esportivo do mundo está agendado para os dias 23 de julho a 8 de agosto, mas ainda há muitas dúvidas se ele vai de fato ocorrer porque a crise sanitária ainda não arrefeceu. 

Da Ansa

O jornal espanhol El País noticiou neste sábado (23) que chefe do Estado-Maior de Defesa (Jemad), general Miguel Ángel Villarroya, renunciou. Na sexta-feira, 22, soube-se que ele próprio e outros comandantes militares já haviam sido vacinados contra covid-19, apesar de não fazerem parte dos grupos de imunização prioritária.

Segundo o jornal, o chefe da liderança militar enviou uma carta à ministra da Defesa, Margarita Robles, na qual pede sua demissão para não "prejudicar a imagem" das Forças Armadas. Robles aceitou a demissão a seu próprio pedido, segundo fontes ouvidas pelo jornal. Ainda assim, a demissão não se concretiza até terça-feira, 26, ao ser aprovada pelo Conselho de Ministros.

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A reportagem diz ainda que esta é a primeira vez, desde a criação do cargo de Chefe do Estado-Maior da Defesa , em 1984, que seu titular é extinto. A situação mais semelhante ocorreu em 1992, quando o então chefe da liderança militar, Gonzalo Rodríguez Martín-Granizo, morreu de derrame durante o mandato.

Enquanto lucrava e expandia a empresa de tecnologia para 169 países, Matt Moulding distribuiu mais de um bilhão de libras, equivalente a R$ 6,9 bilhões, e deixou 74 funcionários milionários. Com 16 anos de atividade na Inglaterra, nos últimos dez, o dono do The Hut Group, de 48 anos, repassou ações para cerca de 430 empregados.

"As ações são 100% gratuitas, ninguém teve que pagar nada. Mudamos genuinamente tantas vidas", afirmou o 'chefe mais generoso do mundo' ao Daily Mirror. Em sua maioria, os beneficiados são gerentes, secretárias e funcionários de depósito. "Criamos mais milionários do que qualquer outra empresa na história corporativa britânica", disse Matt.

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Ele garantiu que ainda planeja doar seu salário de 750 mil libras - cerca de R$ 5,1 milhões - à caridade e indica que o número de funcionários milionários deve aumentar, pois R$ 1,2 bilhão ainda não foram entregues.

Após a generosidade do patrão, vários profissionais decidiram se aposentar precocemente. De acordo com o Mirror, um motorista contratado há menos de dois anos ganhou uma parcela de R$ 275 mil, que foi usada para trocar de carro e programar as sonhadas férias com a família nos Estados Unidos e Canadá em 2021.

O condutor ainda deve receber outra parcela de R$ 420 mil, que será investida no futuro dos dois filhos. "Isso mudou as nossas vidas. É algo com que você sonha", afirmou, sem revelar a identidade.

O superintendente do Ibama na Bahia, Rodrigo Santos Alves, nomeado em junho do ano passado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cancelou uma multa dada pela própria equipe e liberou construções em uma área de preservação permanente - no caso, um prédio de luxo, erguido na região mais cara de Salvador, às margens da Baía de Todos os Santos.

Alves divide o cargo público com a função de sócio de uma empresa imobiliária, também localizada na capital baiana, especializada em oferta de imóveis de luxo no litoral. A decisão de autorizar novas obras no entorno de um edifício nobre, onde apartamentos são vendidos por R$ 4,5 milhões, contrariou uma série de análises técnicas que confirmavam as irregularidades da construção. Ainda assim, o superintendente decidiu rejeitar os argumentos, laudos e perícias, para cancelar a multa de R$ 30,5 mil aplicada contra a construtora, além de um embargo que paralisa a obra. Há ainda outra multa de R$ 5,1 milhões e mais um pedido de embargo em análise.

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A decisão de Alves foi anunciada em maio e anulava uma multa e um embargo informados em maio de 2015. Naquela ocasião, analistas ambientais do Ibama foram ao edifício de luxo Mansão Phileto Sobrinho, no "Corredor da Vitória", para avaliar a recuperação de área degradada junto ao mar onde o prédio havia instalado um teleférico, um píer e um quiosque. Estava em andamento, desde 2011, um projeto de regeneração da encosta - o Plano de Recuperação de Área Degradadas, monitorado pelo Ibama.

Outra obra

Ao chegar ao local, porém, os fiscais não encontraram nenhuma recuperação, mas, sim, obras de outra edificação que subia sobre a mata, em frente ao mar, em uma área de 900 metros quadrados. Confirmada a irregularidade, os técnicos lavraram a multa e pediram a paralisação imediata das obras. A Porto Victoria Empreendimentos Imobiliários, dona do edifício, alegou que tinha licença da Prefeitura para tocar o projeto, mas o Ibama observou que a empresa cometia um erro em cima de outro, não resolvido. Depois, ela tentou desqualificar a área como de preservação permanente. A iniciativa não prosperou.

A obra do novo prédio está parada até hoje. O Ministério Público Federal na Bahia também moveu uma ação civil pública contra os empreendedores e contra o município. Em outubro de 2018, novo relatório apontou que "os elementos constantes dos autos são robustos e suficientes para justificar a manutenção do auto de infração".

Em maio de 2019, um mês antes de Alves chegar à chefia do Ibama na Bahia, mais um parecer técnico analisou argumentos da construtora: "Fica evidente que, devido às restrições legais da área APP (Área de Preservação Permanente) de encosta, o empreendedor já estava ciente da inviabilidade ambiental do empreendimento".

Em abril deste ano, mais um parecer técnico foi feito. Depois de revisitar cada informação do processo e as novas alegações da empresa, o analista ambiental confirmou multa e embargo, dizendo que o caso "não traz elemento técnico que modifique o entendimento do Ibama anteriormente demonstrado". Um mês depois, com todo o histórico nas mãos, Santos Alves cancelou a multa e o embargo da obra. Em seu entendimento, o Ibama voltou a extrapolar de funções ao sobrepor licenças municipais e ignorou a informação de que, segundo ele, parte da área não seria de preservação permanente.

Reportagem publicada pelo Estadão na semana passada revelou que, em setembro, Alves cancelou atos de sua própria equipe técnica para liberar obras de um resort de luxo numa região conhecida pela procriação de tartarugas marinhas. O superintendente não só retirou uma multa de R$ 7,5 milhões que havia sido aplicada pelos técnicos do Ibama contra o hotel, como anulou a decisão que paralisava a obra.

A reportagem tentou contato, sem sucesso, com a Porto Victoria Empreendimentos Imobiliários. No processo, a companhia sustenta que o Ibama não pode multá-la por desmatar uma "área degradada, assim reconhecida por essa autarquia federal quando da aplicabilidade desta penalidade". Ocorre que, como mostra o órgão ambiental, é justamente por estar degradada que a faixa da encosta passava por um projeto de recuperação.

Na semana em que recebeu Marília Arraes (PT) em casa e formalizou seu apoio à candidata na disputa pela Prefeitura do Recife, o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) acusou o PSB, partido do adversário João Campos, de tentar "negociar" seu silêncio. O chefe de gabinete do pedetista desmentiu a tentativa de 'acordo' e anunciou a saída do cargo.

"Meu chefe de gabinete foi procurado pela coordenação da campanha do PSB no Recife. Disse que eles estavam querendo "negociar o meu silêncio" nesse segundo turno. Dá pra acreditar? Me senti testemunha de um crime. Crime mesmo foi o que eles fizeram nesses últimos anos no Recife", publicou Túlio. Ele chegou a lançar pré-campanha para a disputa, mas foi cerceado pelo partido, que não participou das eleições do Recife com candidato majoritário e incluiu Isabella de Roldão na chapa de João Campos (PSB).

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Envolvido na denúncia, o chefe do gabinete de Túlio, Rafael Bezerra, negou a proposta e disse que ficou triste e consternado com o relato do deputado. Após a polêmica, ele deixou o cargo, mas garante que segue nas articulações internas do partido. "Afirmar algo que nunca aconteceu fere o que poderia se considerar contornável mesmo dentro do que conhecemos como "jogo político" [...] assim, é com muito pesar que me deparo com uma tentativa de exposição quase vil que, ainda que tenha muito me afetado, não conseguirá manchar um trabalho sério e árduo construído até então", posicionou-se em uma série de postagens no Twitter.

Desde a negativa para sua candidatura, o deputado federal expôs o racha dentro do PDT. Por outro lado, seu partido e o de João Campos (PSB) alinham-se cada vez mais com a chegada do segundo turno. O vice-presidente nacional do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, 'turbinou' a campanha do candidato da situação e veio ao Recife para participar da "carreatinha" feita por João, nesse domingo (22). Vale destacar que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) havia proibido este tipo de ato de campanha para evitar a proliferação da Covid-19, mas a prática se repetiu durante a campanha do postulante. 

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Convocado mais uma vez pelos senadores americanos para uma audiência, o fundador do Twitter, Jack Dorsey, pretende dizer nesta terça-feira (17) que a rede social não moderou as mensagens relacionadas às eleições devido aos prejuízos contra os conservadores, ao contrário do que afirmam vários republicanos.

"No período anterior às eleições de 2020, fizemos melhoras significativas em nossas políticas para proteger a integridade das eleições", disse Dorsey em suas declarações preliminares, segundo trechos obtidos pela AFP.

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"Anexamos notificações para dar contexto e limitar o risco de divulgação de desinformação perigosa para o processo eleitoral (...) porque o público nos disse que queria que tomássemos essas medidas", acrescentou.

Dorsey e Mark Zuckerberg, chefe do Facebook, devem comparecer virtualmente nesta terça-feira em audiências - pela segunda vez em menos de um mês - sobre o papel das redes sociais no debate público nos Estados Unidos.

A Comissão Judicial do Senado, sob controle republicano, quer tratar "a gestão da eleição de 2020" e a "censura" da qual o presidente Donald Trump e seus aliados se consideram vítimas.

As regras da rede social sinalizaram vários tuítes de Trump, seguido por quase 89 milhões de usuários e quem se nega a reconhecer a vitória do democrata Joe Biden, afirmando - sem provas - que ocorreu uma fraude contra ele.

Uma nota que diz "Esta afirmação sobre fraudes eleitorais é contestada" foi colocada em inúmeras publicações do presidente americano no Twitter.

Facebook, Twitter e outras plataformas enfrentaram uma grande pressão para retirar conteúdos que possam ser considerados desinformação perigosa, mas ao mesmo tempo receberam reclamações por supostamente apagar certas posturas políticas.

Dorsey garante que sua empresa continua buscando o equilíbrio. "Queremos ser muito claros que não consideramos que nosso trabalho nesta área já esteja concluído", disse. "Nossas equipes estão aprendendo e melhorando a forma como abordamos esses desafios e ganhamos a confiança das pessoas que usam o Twitter".

O chefe da Comissão Judicial, o senador Lindsey Graham, adiantou que o painel abordaria especialmente a decisão das duas redes sociais de limitar a circulação de artigos do New York Post que afirmavam expor casos de conduta inadequada por parte do democrata Biden antes de sua vitória eleitoral.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que caciques e lideranças indígenas sejam consultados pelos partidos, antes dos candidatos realizarem campanha eleitoral em suas terras. Em Pernambuco, outras quatro recomendações foram enviadas aos diretórios nos municípios de Tacaratu, Jatobá, Itacuruba, Floresta e Petrolândia.

Além da autorização dos representantes dos povos, as siglas devem comunicar a intenção de qualquer ato de campanha à Fundação Nacional do índio (Funai), pela necessidade do compromisso com as normas sanitárias e distanciamento decorrentes da Covid-19.

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A atuação, em conjunto com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), decorre de uma representação feita por lideranças, que não querem campanha em suas terras. O povo Pankararu já havia negado a presença de candidatos, inclusive os indígenas, com exceção aos que possuam moradia fixa dentro do território.

Após o recebimento do documento do MPF, os diretórios têm o prazo de cinco dias úteis para informar sobre o acatamento das recomendações. Em caso de descumprimento, medidas administrativas e judiciais poderão ser adotadas.

Há apenas um mês na chefia do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, José Carlos Mendes de Morais pediu exoneração do cargo na última sexta-feira, 9.

O Ibama não detalhou os motivos de sua saída. Em mensagem enviada a colegas de trabalho, Morais declarou apenas que saia por "motivo de força maior".

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A saída ocorre no momento em que o Pantanal vive uma fase de queimada recorde. O Prevfogo é o principal órgão responsável pela política de combate a incêndios florestais.

A área de combate a incêndios do Ibama é mais uma que sofre com a falta de recursos e de profissionais para lidar com o volume de trabalho enfrentado pelo órgão, principalmente nesses meses de alta de queimadas.

O Ibama vive hoje a situação mais crítica de toda a sua história em relação ao número de fiscais que dispõe para realizar operações em campo. Principal órgão do governo federal na proteção da maior floresta tropical do mundo, o Ibama possui atualmente 591 agentes ambientais para enfrentar o avanço do crime ambiental, e isso não só na Amazônia, mas em todo o País.

Dados oficiais do órgão obtidos pelo Estadão mostram que o quadro atual de agentes é 55% inferior ao que o instituto detinha dez anos atrás. Em 2010, eram 1.311 fiscais em atuação. Trata-se do pior cenário de fiscalização desde a fundação do Ibama, em 1989.

Só em 2019, a redução do número de agentes de fiscalização ambiental foi de 24% sobre o ano anterior. Basicamente, são duas as causas desse esvaziamento: aposentadoria de servidores e falta de concursos públicos para renovação o quadro funcional.

O quadro atual de servidores do Ibama, em todas as suas áreas, soma 2.800 funcionários, número que também remete ao momento mais crítico da instituição. Em 2007, por exemplo, chegou a ter 6.200 empregados.

Um auxiliar de limpeza haitiano deverá receber R$ 15 mil de indenização de danos morais por sofrer ofensas racistas. Segundo ele, o seu ex-chefe o chamava de termos como "macaco". A decisão é do juiz Jefferson Luiz Gaya de Goes, da 15ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, e foi mantida pela 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS). 

O autor da ação trabalhou em diferentes lojas de uma rede de supermercados entre agosto de 2016 e novembro de 2017 por intermédio de uma empresa terceirizada. Segundo o juiz, o depoimento de um colega do auxiliar de limpeza comprovou o tratamento ofensivo e discriminatório dado por um gestor a diversos funcionários.

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A testemunha relatou que os estrangeiros eram desrespeitados e submetidos a tratamento humilhante. A prestadora de serviço chegou a entrar com recurso, que foi rejeitado.

Para o desembargador Marcos Fagundes Salomão, ficou evidente "o menosprezo humano", já que o superior hierárquico utilizava expressões racistas. O valor da indenização foi calculado de forma a garantir compensação pela dor ou sofrimento, mas sem gerar enriquecimento ilícito ou onerar a empresa excessivamente.

O diretor-geral da Organização Internacional de Energia Atômica (AIEA) viajará a Teerã na segunda-feira para "reuniões de alto nível com as autoridades iranianas", anunciou neste sábado (22) essa agência com sede em Viena.

Esta visita será a primeira do argentino Rafael Grossi ao Irã desde que assumiu suas funçoes em dezembro passado e ocorrerá antes de uma reunião da comissão mista sobre o acordo nuclear iraniano (JCPOA) em 1o de setembro, após uma troca tensa entre americanos e europeus na ONU.

Durante suas discussões em Teerã, Grossi abordará "a possibilidade de que os inspetores da AIEA tenham acesso aos lugares que desejam visitar", disse a agência em um comunicado.

"Decidi ir pessoalmente a Teerã para ressaltar a importância da cooperação e a plena aplicação de todos os compromissos em questão de garantias com a AIEA", declarou Grossi.

Em junho, o presidente iraniano Hasan Rohani questionou a independência da AIEA após a aprovação de uma resolução na qual advertiu o Irã por se negar a permitir a inspeção dos locais suspeitos, a primeira desde 2012.

A líder da oposição em Belarus, Svetlana Tikhanovskaya, desafiou nesta sexta-feira (21) o presidente Alexander Lukashenko ao afirmar que o povo bielorrusso "nunca mais" aceitará sua liderança, enquanto o poder abriu um processo judicial contra o movimento opositor.

"O presidente já deveria saber que precisamos de uma mudança", disse Svetlana Tikhanovskaya a repórteres em Vilnius, em seu primeiro discurso desde que se refugiou na Lituânia, em 11 de agosto.

O povo bielorrusso "nunca mais aceitará a atual liderança", garantiu.

A opositora, que reivindica a vitória na eleição presidencial de 9 de agosto e denuncia fraudes, "espera que o bom senso prevaleça, que o povo seja ouvido e que haja novas eleições".

Svetlana deixou claro que retornará ao seu país quando "se sentir segura", enquanto as autoridades bielorrussas lançaram na quinta-feira um processo judicial por "ataque à segurança nacional" contra o "conselho de coordenação" formado pela oposição para promover a transição política.

A oposição rejeita o resultado da eleição presidencial, que deu a Lukashenko vitória com 80% dos votos.

Lukashenko, que enfrenta manifestações diárias e uma greve desencadeada pela oposição, garantiu nesta sexta-feira que "resolverá o problema".

"Esse é o meu problema, que devo resolver e nós resolvemos. E acreditem, nos próximos dias ele estará resolvido", acrescentou, citado pela agência de notícias estatal Belta.

No entanto, para Svetlana Tikhanovskaya, uma professora de inglês de 37 anos, nova na política, que virou de ponta cabeça a campanha presidencial ao reunir multidões sem precedentes em seus comícios e obter o apoio de outros opositores, os bielorrussos "nunca serão capazes de perdoar e esquecer toda a violência de que foram alvos".

Um pouco nervosa, ela se recusou a responder a perguntas sobre sua própria segurança. "Quanto às ameaças, preferiria não abordar este assunto neste momento", disse.

- "Medo e mentiras" -

"Todos têm medo hoje em nosso país, mas é nossa missão superar esse medo e seguir em frente", disse Tikhanovskaya.

A UE rejeitou na quarta o resultado da eleição e prometeu sanções adicionais contra as autoridades por trás da "violência, repressão e fraude eleitoral".

Questionado sobre o apoio russo a Lukashenko, Tikhanovskaya respondeu: "Apelo a todos os países do mundo para que respeitem a soberania de Belarus".

A atitude da Rússia, o aliado mais próximo de Belarus, será essencial para o fim da crise.

Até agora, Moscou alertou principalmente contra qualquer "interferência estrangeira" nos "assuntos internos" de seu vizinho.

"Não queremos mais viver com medo e mentiras", disse Tikhanovskaya, conclamando os trabalhadores em greve a coordenarem com o conselho de coordenação.

"A criação do conselho de coordenação visa negociar uma transferência suave", afirmou a opositora.

Um membro do conselho, o advogado Maxim Znak, apresentou-se às autoridades em Minsk esta manhã para interrogatório. "Um por todos, todos por um!", exclamaram os manifestantes à sua chegada.

Esse conselho foi veementemente denunciado pelo presidente bielorrusso, que o vê como uma tentativa da oposição de "tomar o poder" e ameaçou "esfriar alguns cabeças quentes".

A União Europeia denunciou nesta sexta-feira o processo por parte das autoridades bielorrussas contra o conselho de coordenação, qualificando esta atitude de "intimidação".

Ao responder à constituição deste conselho com a abertura de um processo penal, "as autoridades do Estado bielorrusso voltaram a recorrer à intimidação por motivos políticos", disse uma porta-voz da UE, Nabila Massrali.

"Pedimos às autoridades bielorrussas que ponham fim a esta investigação e retomem o diálogo para encontrar uma saída para esta crise", acrescentou.

A ONU, por sua vez, disse estar "extremamente preocupada" com o destino de cerca de 100 manifestantes presos, embora milhares de outros tenham sido libertados.

"Pedimos às autoridades bielorrussas que libertem imediatamente todos aqueles que foram arbitrariamente ou ilegalmente presos", disse Elizabeth Throssel, porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A repórter Ellen Ferreira alegou ter sido demitida da Rede Amazônica, afiliada da TV Globo em Roraima, após denunciar assédio. Segundo o colunista Leo Dias, ela voltou ao trabalho na última quinta-feira, dia 23, depois de passar cerca de 20 dias afastada por ter contraído a Covid-19, porém, ao ser recepcionada, recebeu o aviso de sua demissão.

Em entrevista ao colunista, Ellen, que chegou a apresentar o Jornal Nacional em outubro de 2019, afirmou que a direção da emissora justificou o desligamento em decorrência de reestruturações . Porém, para ela, o motivo envolve sua denúncia de assédio contra um diretor de jornalismo.

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Segundo ela, o chefe tinha comportamento homofóbico, racista, gordofóbico e praticava assédio moral e sexual.

- Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico. Praticava assédio moral e sexual, deixou toda a equipe doente.

Ellen contou que chegou a desenvolver uma crise de ansiedade este ano por conta da relação que mantinha com o superior:

- Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele.

A jornalista afirmou que a situação chegou a ficar insustentável, pois não recebeu qualquer apoio de outros chefes dentro da Rede Amazônica, o que a levou a mandar um e-mail para Ali Kamel, diretor de jornalismo da Rede Globo. Ela acredita que isso também ajudou a fazer com que seu nome ficasse cotado para demissão.

A publicação ainda afirma que, além de Ellen, outros jornalistas também acusaram o chefe de assédio. Juntos, eles criaram um dossiê que foi enviado ao Sindicato dos Jornalistas de Roraima (Sinjoper). De acordo com ela, a pressão causada pelos relatos foi tanta que o jornalista foi demitido da Rede Amazônica em 29 de junho.

Ainda assim, Ellen acredita que a influência dele foi mantida e, por isso, ela acabou sendo demitida.

- Meu sonho foi interrompido. Eu estava escalada para apresentar o Jornal Nacional mais duas vezes esse ano, mas foi adiado por conta da pandemia. Agora, estou demitida, contou ela, que ficou na emissora de 2011 a 2015 e voltou de 2018 a 2020.

No entanto, Ellen não se arrepende de ter feito a denúncia.

- Eu lutei por uma equipe. Fiz o que foi necessário para acabar com aquela palhaçada e faria de novo. Acabaram com meu sonho, mas eu tenho saúde e vou conseguir me recuperar, finalizou.

Procurada pelo ESTRELANDO, a assessoria da Rede Globo não retornou o contato para comentar o assunto.

Na tarde desta sexta-feira (17) o Secretário Estadual de Saúde, André Longo, responsável pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), desejou ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, luz e resiliência para “aguentar o chefe”, referindo-se ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Durante a coletiva de imprensa do Governo do Estado sobre a Covid-19, na qual aparece ao lado do secretário de Saúde do Recife, Jailson Correa, Longo explicou a importância de manter e ampliar as medidas de isolamento social no enfrentamento à pandemia e criticou a postura do presidente.

“A gente lamenta muito que continue esse descaminho, essa mensagem dúbia do governo federal sobre a necessidade do isolamento. Ao novo ministro da Saúde a gente deseja muita luz, muita resiliência para aguentar o chefe. (...) Precisamos manter o isolamento social. em algum momento poderá ter a necessidade de ser ampliado. É preciso ter cautela. A gente espera que o ministro possa ser iluminado para trazer informações uníssonas para a sociedade e encontrar o caminho para a normalidade possível mas passando pela dificuldade”, declarou o secretário.

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Até esta sexta-feira (17), Pernambuco já registrou 2006 casos da doença e 186 mortes. Desse total, 323 registros de Covid-19 foram oficializados apenas nas últimas 24 horas. Segundo o secretário, o aumento se deve a uma ampliação da testagem.

Manutenção do isolamento

André Longo destacou ainda que Pernambuco irá manter as medidas de isolamento no mínimo pelo restante do mês de maio, conforme decreto assinado nesta sexta (17) pelo Governador do Estado, Paulo Câmara (PSB). “Não há como haver uma recomendação sanitária diferente disso. Estamos em franca aceleração de casos e de óbitos. É preciso manter até que a gente supere essa fase. A curva será mais ou menos íngreme a depender do nosso comportamento. A fase de ápice e platô dependerá do nosso comportamento, com número de casos e óbitos expressivo a depender do nosso comportamento e da capacidade de leitos. Depois vamos chegar ao controle da epidemia. Na atual situação estamos no início da aceleração epidêmica. Poderá demorar de 45 a 60 dias, dependerá das medidas não farmacológicas”, afirmou ele.

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A Secretaria de Defesa Social (SDS) mudou a chefia da Polícia Civil de Pernambuco. Após quase três anos, Joselito Kehrle deixou o posto e em seu lugar assumiu o delegado Nehemias Falcão, que estava na função de subchefe desde novembro de 2017. Segundo a SDS, Joselito pediu para deixar a função por "questões pessoais".

Kehrle foi alvo de uma polêmica em fevereiro de 2019 após ser filmado usando uma viatura policial ao deixar a Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, com esposa e filha. Uma investigação foi iniciada na Corregedoria, mas o secretário da SDS, Antônio de Pádua, perdoou o chefe da Polícia Civil levando em conta seu histórico positivo e por não ser reincidente. Desde o ocorrido, a presença de Kehrle nas coletivas de imprensa da polícia, antes tão frequentes, se tornaram raras.

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Joselito Kehrle esteve à frente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) entre 2009 e 2012, período da maior redução de assassinatos do Programa Pacto pela Vida. Em 2018 e 2019, Pernambuco também registrou queda no número de homicídios.

Nehemias Falcão está na Polícia Civil desde abril de 1998. Ele já atuou como delegado em diversas unidades da Mata Norte e Agreste do Estado, coordenou a Força-Tarefa do DHPP, foi gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente e também diretor Integrado do Interior 1 (Dinter 1). "É um orgulho enorme poder chefiar a instituição a que me dedico há mais de duas décadas e que está indissociada da minha própria vida", disse Falcão em nota.

O novo chefe da Polícia Civil também destacou o combate à Covid-19. "Umas das prioridades é manter seus serviços [da Polícia Civil] e somar forças aos pernambucanos no enfrentamento e superação da pandemia provocada pelo novo Coronavírus", ele acrescentou. Não haverá solenidade para a transmissão de cargo em virtude das recomendações sanitárias.

O juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, condenou, na terça-feira (22), Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do ex-governador Beto Richa (PSDB), e Jorge Theodócio Atherino, empresário apontado como "operador" do tucano, pelas propinas pagas pela Odebrecht no âmbito do contrato de R$ 7,2 bilhões para exploração e duplicação da PR-323, entre os municípios de Francisco Alves e Maringá.

Roldo foi sentenciado a 10 anos e 5 meses de prisão em regime inicial fechado por corrupção passiva e fraude à licitação. Atherino terá de cumprir 4 anos, 9 meses e 15 dias em regime inicial semiaberto , por corrupção. Ambos ainda terão de pagar multas, mas foram absolvidos das imputações do crime de lavagem de dinheiro.

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O ex-chefe de gabinete de Richa e o suposto operador foram presos preventivamente na Operação Piloto, fase 53 da Lava Jato desencadeada em setembro de 2018.

O ex-governador foi preso no mesmo dia no âmbito de outra operação, a Radiopatrulha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Quatro meses depois, em janeiro de 2019, Roldo e Atherino foram soltos.

Na Piloto, a Polícia Federal vasculhou a sede do Palácio Iguaçu atrás de registros de entrada no edifício e nos gabinetes do ex-governador. O nome da operação foi dado em referência ao suposto codinome de Beto Richa, "Piloto", nas planilhas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, a famosa máquina de propinas da empreiteira.

O ex-governador é réu em outra ação penal, que ainda está em curso.

Segundo a denúncia - apresentada em 2018 contra 11 investigados no total - os ex-diretores da Odebrecht Luiz Antônio Bueno Junior e Luciano Riberiro Pizzatto prometeram propina de R$ 4 milhões a Deonilson Roldo, em troca de favorecimento na Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323.

Os procuradores indicaram ainda que o sistema de contabilidade informal do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht registrou o pagamento, em setembro de 2014, de R$ 3,5 milhões em espécie, em cinco parcelas.

A sentença do juiz Paulo Ribeiro, de 255 páginas, também atingiu Benedicto Barbosa da Silva Junior, o "BJ", ex-presidente da Odebrecht, Luiz Antônio Bueno Junior, ex-diretor da empreiteira, além de Fernando Migliacchio da Silva e Maria Lucia Tavares, funcionários apontados como responsáveis pelo Setor de Operações Estruturadas.

Por causa das delações dos executivos e funcionários da empreiteira, as penas a eles aplicadas foram substituídas pelas sanções previstas nos acordos de colaboração.

O magistrado absolveu Luiz Eduardo Soares, também apontado como integrante do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, Olívio Rodrigues Junior, que segundo o Ministério Público Federal controlava contas secretas no exterior, e Adolpho Julio da Silva Mello Neto, suposto operador do mercado de câmbio paralelo.

A sentença registra ainda que Álvaro José Galliez Novis - outro suposto operador do mercado de câmbio negro - teve a ação penal suspensa por já ter recebido pena máxima permitida na delação premiada, e indica que as imputações contra

Luciano Ribeiro Pizzatto, diretor da Odebrecht foram desmembradas para outro processo.

Defesas

A reportagem busca contato com as defesas de Deonilson Roldo, Jorge Atherino e dos demais condenados. O espaço está aberto para as manifestações.

Ingressar no mercado de trabalho é um passo importante para a trajetória de um profissional. Para quem já é funcionário de uma corporação, outro fator essencial é dar continuidade ao desenvolvimento da carreira, no entanto, promoções nas empresas, especialmente em épocas de altas taxas de desemprego, não acontecem de repente.

Para ser escolhido pelo chefe e ocupar um cargo melhor, o profissional precisa mostrar competência e bom desempenho aos seus superiores. Foi assim que Solange Barreto de Lima, de 49 anos, conseguiu se recolocar no mercado de trabalho depois de ter se afastado da vida profissional para cuidar das filhas; ela não conseguiu mais trabalho como auxiliar de escritório, sua área de formação. Restou uma vaga para a função de auxiliar de limpeza e, nessa ocupação, Solange foi gradativamente promovida até se tornar mestre de disciplina do colégio onde trabalha.

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“Eu comecei a trabalhar, depois passei para a cantina em dois turnos, depois fui para a limpeza de salas. De repente eu recebi um convite para ser mestre de disciplina na coordenação. Eu buscava fazer mais, cumprir os horários, desenrolar as situações que apareciam. Se tinha um problema em um setor, eu ia lá resolver sem ninguém pedir. Acredito que isso fez com que eu evoluísse na empresa”, disse Solange.

Segundo Flávio Pestana, CEO da empresa de consultoria e recrutamento de talentos Odgers Berndtson, profissionais de destaque são os que costumam ser promovidos. “Um chefe busca por profissionais que se destacam por projetos de maior qualidade e resultados, ou um bom líder, mais ponderado e com inteligência emocional e qualificações”, explicou Flávio. Segundo ele, para demonstrar que merece uma promoção, o funcionário deve evidenciar que cumpre tudo que é esperado dele e ultrapassa expectativas da empresa. 

“Se o funcionário acha que esse desempenho não é percebido, ele deve pontuar em uma conversa de feedback com seu superior. É possível chamar atenção em reuniões, mostrando que conhece os problemas da empresa e buscar resolvê-los. Quem está informado sobre os números da empresa, o que acontece no segmento, na economia, nos concorrentes e no país, se destaca”, pontuou o executivo. 

De acordo com o professor universitário e coordenador de treinamentos na empresa Blackbelt It Solutions, Jessé Barbosa, o profissional que deseja ascender profissionalmente dentro de uma organização deve ir além das funções para as quais foi contratado, tornando-se diferente dos demais. Para o especialista, é preciso que o funcionário seja um “profissional resolutivo, que busca sempre entregar além do solicitado, e que possui competências que a grande maioria ainda não desenvolveu". Também é importante que o trabalhador seja "bem relacionado e compreenda que o trabalho não é meramente a execução de tarefas, mas uma obra construída à base de qualidade e esmero”. 

Jessé também explica que mostrar o bom desempenho ao chefe não é soberba. Nesse contexto, ele destaca a importância do marketing pessoal para mostrar que a promoção é merecida. “À medida que você se torna referência em uma atividade, o apoio e agradecimento dos colegas chama a atenção”, comentou o professor.

Confira, a seguir, uma lista com dicas elaboradas pelos especialistas para mostrar à chefia que você merece uma promoção: 

1 - Superar expectativas: faça bem o seu trabalho para que ninguém possa questioná-lo pela qualidade do mesmo;

2 - Mostre que você se esforça: valorize seu trabalho, diga o quanto exigiu de energia, dedicação e foco para chegar ao resultado;

3 - Relacione-se bem com todos: bajular alguém para obter favorecimento está errado; relacionar-se bem não significa se tornar melhores amigos, mas conhecer a pessoa e seu trabalho, respeitar seu profissionalismo e reconhecer as habilidades de cada indivíduo.

4 - Ofereça ajuda: quem deseja gerir uma equipe precisa entender que deve servir e não o contrário. Líderes estimulam a equipe e, se necessário, colocam a mão na massa para que juntos alcancem um resultado;

5 - Seja humilde: Você precisa ser cortês, gentil, honesto e humilde. O universo conspira ao nosso favor quando praticamos na essência ser humano; 

6 - Seja informado (a): conheça os números da empresa, saiba o que acontece no seu setor, no mercado e no país; 

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O Parlamento de Hong Kong celebrou uma sessão conturbada nesta quinta-feira (17), quando, pelo segundo dia consecutivo, vários deputados pró-democracia tentaram interromper o discurso da chefe do Executivo local, Carrie Lam, alvo da ira dos manifestantes desde junho.

A retomada das atividades no Conselho Legislativo (LegCo) foi complicada na quarta-feira (16), três meses após a suspensão das sessões em consequência dos protestos dentro do prédio.

Na quarta-feira, Lam, designada por um comitê favorável a Pequim, desistiu de pronunciar seu discurso de política geral após as interrupções da oposição. O governo divulgou um vídeo pré-gravado.

Nesta quinta-feira, Carrie Lam deveria responder as perguntas dos deputados sobre seu discurso. Mas integrantes da oposição gritaram slogans dos manifestantes e a sessão parlamentar virou um caos. Vários deputados foram escoltados para fora do LegCo pelas forças de segurança.

Desde junho a ex-colônia britânica passa por sua pior crise desde a devolução à China em 1997, com manifestações e ações praticamente diárias para denunciar o retrocesso das liberdades e a crescente interferência de Pequim nos assuntos da região semiautônoma.

A mobilização surgiu como crítica a um projeto de lei que pretendia autorizar as extradições para a China.

O texto foi retirado, mas isto demorou muito, segundo os manifestantes, que ampliaram suas reivindicações, rejeitadas pelo Executivo local e por Pequim sob o argumento de que as liberdades em Hong Kong estão protegidas.

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