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A língua portuguesa é falada oficialmente em países como Brasil, Angola, Moçambique e Guiné. Considerado um dos idiomas mais difíceis de se aprender, para alguns profissionais, ele é uma ferramenta essencial. É o caso da jornalista Lorena Lopes, formada pela Universidade de Belo Horizonte (UniBH). Segundo ela, para o exercício da profissão é extrema importância a fluência do idioma, sendo necessária a preocupação e o primor com o vocabulário, o domínio da estrutura e dos padrões de diferentes tipos de texto, além da dedicação em evitar possíveis gírias e abreviações. "O jornalista deve se comunicar com uma linguagem simples e objetiva, porém elegante, conseguindo estabelecer uma empatia com qualquer público", diz.

A professora de português e literatura, formada e especializada pela Universidade de Campinas (UNICAMP), Silvia Rios, explica que a fonética é um dos principais obstáculos para o domínio da língua, podendo gerar confusão para quem não é nativo. "Aprender uma língua depende da capacidade e dedicação de cada um, o que não é diferente para outras línguas", comenta.

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Este foi o caso de Luca Rompani, 22 anos, italiano e estudante, que fez uma passagem pelo Brasil por intercâmbio em 2015 e frequentou o ensino médio brasileiro. "A sonoridade foi um pouco difícil de pegar, e quando saí de São Paulo para ir para outro estado, percebi que há diferentes palavras para dizer a mesma coisa, uma questão regional", conta.

"É possível observar diferentes dialetos e é importante ter em mente de que a língua é viva e passa por transformações durante a nossa existência", explica Silvia, esclarecendo que entre outras línguas, o português pode ser ainda mais desafiador por conta de suas variedades linguísticas.

 

Desde a tarde desta quinta-feira (21), vários participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm relatado problemas para fazer ou acompanhar suas inscrições na Página do Participante, https://enem.inep.gov.br/participante/#!/ site criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com o site oficial do Inep, “O participante deverá anexar, no sistema de inscrição, sua foto atual, nítida, individual, colorida, com fundo branco, que enquadre desde a cabeça até os ombros, de rosto inteiro, sem o uso de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares)”.

Nas redes sociais, diversos estudantes relatam que a foto, obrigatória para a inscrição em 2020, simplesmente desapareceu da página de estudantes já inscritos mesmo estando dentro dos padrões solicitados pelo Inep. Há também quem ainda esteja tentando finalizar a inscrição e não consiga fazer o upload da foto.

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Giovana Nascimento tem 18 anos, cursa o 3º ano do ensino médio e deseja cursar biomedicina na universidade. A jovem já enfrentou outros problemas com o Enem 2020, chegando inclusive a criar a página “Cadê o Beto?”, que tem o intuito de cobrar do Inep a resolução de problemas com a emissão dos boletos para pagamento das taxas de inscrição. Giovana conta que ela sua foto desapareceu, além de ter recebido mensagens de inúmeros estudantes lhe pedindo ajuda através da página.

“Me perguntam o que fazer, mas sinceramente eu não sei, porque eu sou estudante como qualquer outra pessoa e eu também quero saber porque aconteceu comigo, minha foto também sumiu. O desespero é muito grande porque o limite para atualizar a foto é até amanhã (sexta-feira, 22 de maio), sendo que minha foto estava dentro dos padrões que o Inep colocou. Fundo branco, tudo direitinho, e mesmo assim sumiu, como a de muita gente também sumiu. Se eu só posso editar minha foto até amanhã na Página do Participante e não consigo por erros do Inep, como é que vai ficar? Essa já é uma sucessão de erros do Inep que sinceramente eu não aguento mais”, questiona a jovem. 

O LeiaJá procurou o Inep em busca de esclarecimentos a respeito dos problemas enfrentados pelos estudantes, mas até o momento do fechamento desta matéria, não obtivemos retorno. Seguimos aguardando por uma resposta oficial para atualizar o texto.

LeiaJá também

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Inicialmente, professora não conseguiu disponibilizar seu conteúdo. (Divulgação)

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Devido à pandemia do novo coronavírus, o isolamento social vem sendo uma das medidas mais eficientes adotadas pelos órgãos de saúde no combate a disseminação da doença. Por conta disso, diversas instituições de ensino fecharam suas portas mas não deixaram de ensinar seus alunos que, embora já estivesse habituado a ter aulas presenciais, tiveram que se readaptar à nova realidade, assim como os professores.

Débora Meneghetti, educadora de matemática do colégio GGE, localizado em Boa Viagem, Zona Sul de Recife, recebeu instruções técnicas da escola sobre a nova plataforma digital na qual tem que dar aulas. Porém, nesta primeira semana do mês de maio, na hora de dar sua aula a distância, ela não conseguiu disponibilizar seu conteúdo para os alunos na plataforma pois estava tendo dificuldades com a internet, o que a deixou muito triste e nervosa.

“Quando fui dá uma aula na segunda-feira (4) para meus alunos, preparei tudo, testei com um amigo, fiquei até 1h da manhã para finalizar o material, até então tudo estava funcionando. Quando chegou a hora da aula, às 11h, muito provavelmente por um problema na internet, não consegui compartilhar o arquivo que eu tinha preparado. Fiquei arrasada porque investi muito tempo, muito trabalho e muita dedicação neste material”, conta a professora que depois acrescenta: “Foi quando comecei a dizer para os alunos que eu estava muito triste porque não estava conseguindo e eles começaram a me mandar varias mensagens carinhosas. Comecei a me emocionar e depois eles perceberam que eu estava chorando”, disse.

A estudante do colégio e aluna da professora Laura Pinel, que publicou a foto no seu Twitter, disse que a situação a deixou muito incomodada, pois enquanto ela estava percebendo o estado emocional da professora, havia alguns alunos sorrindo da situação. "Tudo o que eu queria era poder ter atravessado a tela do computador, ter dado um abração nela e ter dito que estava tudo bem, porque afinal, todo mundo erra.” Ela ainda fala que, “querendo ou não, ainda é algo muito novo pra todo mundo, onde ainda estamos no processo de adaptação."

Ao ser questionada sobre qual era a mensagem que ela queria passar para as pessoas quando publicou o caso, a estudante responde: “Em primeiro lugar, empatia. Não só foi a professora Débora que sentiu dificuldades, muitos professores que foram pegos despreparados também estão tendo dificuldades com tudo isso. Com o ato de nos colocarmos no lugar deles, creio que o importante seja valorizarmos e nos dispormos a ajudá-los caso for preciso, porque com certeza cada profissional da educação está fazendo de tudo para dar o seu melhor nesse momento”, conclui.

Anabelle Veloso, gestora do colégio GGE, esclarece que os professores tiveram acesso a vários treinamentos teóricos e práticos e que depois começaram a utilizar uma estratégia no qual os professores que tinham uma maior desenvoltura, pudessem ajudar aqueles que não tinham. “Após o ocorrido com a professora Débora, ela teve um momento com o restante da equipe para dar um suporte", disse.

Casos como esse vem acontecendo com educadores de todo o país, uma vez que estão se readaptando ao novo modo de ensino a distância. O que a professora Débora Meneghetti não esperava era a repercussão e a onda de solidariedade nas redes sociais que este momento ocasionou. “Minha aluna Laura teve a delicadeza e a sensibilidade de perceber isso e mais tarde fez uma postagem no Twitter que viralizou”, conta a educadora.

Ela comenta que, “outros colegas meus já passaram por situações até mais difícil que a minha, só que eles não tinham uma aluna na sala com a sensibilidade de Laura. Nós professores passamos por muitos apertos no dia a dia, as coisas evoluem muito rápido e nem sempre somos formados para aquilo, como no caso das aulas a distância, mas temos que se atualizar porque é necessário para a educação”, conclui.

A página do Instagram (@recifeordinarioo) publicou o caso. “Todos estamos passando por um momento difícil, mas se a gente se ajudar e compreender a necessidade de cada um, vai dar tudo certo. E professora...a senhora é maravilhosa. Seus alunos te amam!”. Alguns internautas comentaram. "Todos estamos aprendendo. Se precisar de mais ajuda, estamos aqui”, disse um. “Parabéns a professora Débora e a todos os educadores que estão se reinventando diante desse desafio. Aos demais peço que valorizem os esforços dos profissionais da educação e das escolas para continuar funcionando e garantindo educação a milhares de estudantes e o emprego de diversas pessoas em nosso estado”, comentou o outro.

Débora brinca sobre a fama. “Essa fama é passageira, mas professora é sempre professora". Questionada sobre o amor pela profissão, a educadora respondeu. “A minha profissão é sem dúvida a mais importante, porque eu penso que alguém que ganhou por exemplo, o prêmio Nobel, teve um professor que o ajudou ler e a escrever. Professores deveriam ser mais prestigiados. Eu não vejo nossa função como trabalho, mas sim como uma missão, porque ajudamos com o futuro de todos”, finaliza.

Por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19), a orientação é o uso intensivo de máscaras, pois, de acordo com o Ministério da Saúde, elas funcionam como barreira e dificultam a contração do vírus. Porém, aqueles que usam óculos sentem dificuldades em se adaptar com a proteção.

O técnico de informática Kelvin Betto, 27 anos, usa três máscaras por dia e passa por dificuldades em adequar os óculos para cada modelo de máscara. "As lentes sempre embaçam pela manhã e, com as máscaras, esse problema piora. Limpo os óculos uma vez por dia com água da torneira", conta.

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O técnico de informática Kelvin Betto | Foto: arquivo pessoal

Segundo a enfermeira e professora do curso de enfermagem da Universidade Guarulhos (UNG) Marli Barbosa, a orientação para quem usa óculos é sempre manuseá-lo pelas hastes e usar o elastíco da máscara como apoio. "Os óculos devem ficar sobre a base do nariz, assim eles auxiliam no fechamento da máscara e evitam que as lentes fiquem embaçadas", ensina. "O ideal é evitar tocar nas partes frontais dos óculos, lavar as lentes com álcool, água, sabão e secar com papel toalha macio", complementa.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, durante participação no Programa Poder em Foco do SBT neste domingo (27), que a Operação Lava Jato tem passado por dificuldades, em parte relacionadas à publicação de mensagens atribuídas aos integrantes da força-tarefa, e indicou que "pequenos desvios e excessos", serão corrigidos junto à Procuradoria Geral da República.

Segundo o procurador-geral, as mensagens no entanto, não afetariam e invalidariam as condenações já proferidas no âmbito da operação. "Não tem um condão de invalidar a verdade dos fatos já apurados e por isso não teria a força para desconstituir os julgados até aqui proferidos", disse.

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Entrevistado pelo jornalista Fernando Rodrigues, Aras ainda negou ter convidado o coordenador da força-tarefa em Curitiba, o procurador Deltan Dallangnol, para chefiar uma força-tarefa de combate ao narcotráfico. O PGR comentou ainda sobre eventuais punições ou inquéritos em face de Deltan - "não quer dizer que não possa continuar contribuindo no combate à macrocriminalidade".

O procurador-geral da República também reforçou seu posicionamento sobre a prisão em segunda instância. Na sustentação oral que apresentou na retomada do julgamento do Supremo sobre a execução antecipada de pena, Aras disse que a possibilidade era "uma forma de o Estado defender, não só as garantias dos condenados, mas também os direitos das vítimas".

Se o entendimento for revisto, no entanto, o procurador-geral pondera que os condenados de alta periculosidade, que cometeram crimes hediondos, devem continuar presos. Aras também falou sobre presos da Lava Jato, indicando que os crimes financeiros, de lavagem de dinheiro e contra ordem econômica são "os mais graves do ponto de vista coletivo".

Na entrevista, Aras disse ainda que solicitou ao Supremo Tribunal Federal informações sobre o inquérito das fake news. O procurador alega que sem a participação do Ministério Público na investigação, haverá "um grande problema constitucional".

O PGR anunciou também que vai remanejar servidores da Procuradoria para disponibilizar mais um assessor para o gabinete de cada subprocurador, com o objetivo de agilizar a análise de processos.

Superestimada pela sociedade, a maternidade normalmente é vista como algo belo, maravilhoso e sem defeitos. No entanto, muitas mães não compartilham da ideia de que ser mãe é ‘padecer no paraíso’ e a idealização em torno do tema vem sendo discutida com mais ênfase na contemporaneidade.

Em fevereiro de 2016, a internauta Juliana Reis resolveu lançar a campanha ‘Maternidade Real’, na qual pediu para que as mães compartilhassem suas insatisfações com a maternidade. “Eu amo meu filho, mas to detestando ser mãe”, escreveu. No relato, Juliana fala sobre o período de gestação, a hora do parto e a restrição de sono imposta pela maternidade.

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Não exclusiva de Juliana, as dificuldades enfrentadas ao se descobrir/tornar mãe são retratadas em algumas produções audiovisuais. Neste domingo (12), Dia das Mães, o LeiaJá listou cinco filmes que não romantizam a maternidade. Confira:

Precisamos falar sobre o Kevin

 

Olmo e a Gaivota

 

Mommy

 

Perfeita é a Mãe

 

Não sei como ela consegue

“Na escola onde meu filho estudava disseram que não tinham como continuar com ele e queriam que eu pagasse uma auxiliar para Murilo* poder continuar estudando”, conta Michele Martins*, 28, mãe de Murilo, de seis anos. O garoto nasceu com meningomielocele, uma falha no fechamento do tubo neural que compromete a medula, os arcos vertebrais e o manto cutâneo.

A condição do pequeno Murilo trouxe uma série de consequências para o resto de sua vida. Por causa da coluna, ele não consegue andar e vive sobre um cadeira de rodas. O crânio da criança também foi afetado, o que o faz ter hipercefalia e hipertensão intracraniana. Sua bexiga não consegue expelir urina sozinha, então é preciso que Michele insira uma sonda de alívio a cada duas horas para que o xixi dele possa sair do corpo.

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Apesar dos problemas, Murilo é um menino alegre e sua condição especial o faz ainda mais feliz. Uma vez por semana, ele tem consultas com fisioterapeuta e terapeuta ocupacional no Núcleo de Assistência Multidisciplinar ao Neurodesenvolvimento Infantil (Namni), localizado em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco.

Lá, Murilo faz suas consultas para tentar sanar as dificuldades do dia a dia, oriundas de sua condição especial. Na outra parte do tempo, ele está na escola, também localizada na mesma cidade pernambucana. Estudante do primeiro ano do ensino fundamental, Murilo, morador da mesma cidade onde faz o tratamento e estuda, encontra dificuldades no aprendizado e manutenção dentro do ambiente escolar, segundo sua mãe. Michele afirma a dificuldade de uma escola aceitar a criança. “Na antiga, que era particular, eles não quiseram mais meu filho. Aí coloquei ele na municipal e está um grande problema. Tem dias que ele vai para não fazer nada. Um dia cheguei lá e ele estava sentado na cadeira e mandando a auxiliar escrever as letras do alfabeto no quadro”, conta.

Por lei, é garantido que, quando necessário, educandos tenham serviço de apoio especializado na escola regular “para atender as peculiaridades da clientela de educação especial”. E, segundo Michele, Murilo necessita desse acompanhamento. “Nessa nova escola ele nunca foi uma vez sequer para o chão brincar com as crianças. Na antiga, ele sempre ia, voltava feliz e ir para o colégio era uma alegria. Hoje, ele só vai a pulso”, lamenta a mãe do garoto.

E dentro de uma perspectiva de abandono familiar, estão Michele e Murilo. O pai da criança não aceita o menino. “Ele fica o tempo todo dizendo que perdeu a mulher, que eu só quero viver em hospital”, revela. A mãe ainda explica que passa por dificuldades para levar o filho à escola e a consultas médicas porque não tem como ter um carro. “A lei garante que ele, por ele ter deficiência, ele possa ter um carro em seu nome e ter desconto no valor do automóvel. Eu fui tentar conseguir e disseram que se eu fosse comprar o carro, perderia o auxílio que o INSS dá a ele. Como é que se tem um direito e depois esse direito é retirado por conta de outro direito? Aí a pessoa tem que depender de homem para ter as coisas”, queixa-se Michele.

Procurada pela equipe de reportagem do LeiaJa.com, a escola privada onde Murilo estudava não respondeu às diversas tentativas de contato. Da mesma maneira, a Prefeitura de Vitória de Santo Antão também não retornou aos e-mails e ligações da nossa equipe.

Em uma condição de incerteza também vivem Juliana Gomes, 24, e Allan Gabriel, 5. Moradores de Bonança, distrito de Moreno, Região Metropolitana do Recife (RMR), os dois enfrentam dificuldades educacionais. Allan foi diagnosticado com autismo leve aos dois anos. Até essa idade, o garoto não falava, só andava nas pontas dos pés. O processo de inseri-lo dentro da educação regular só aconteceu neste ano.

“As escolas não aceitavam por ele ser autista, diziam que não tinham suporte para ficar com ele. Ele foi para a ‘Cinco de Julho’, em Bonança, e teve muitos problemas”, explica a mãe. Allan só começou a estudar em maio, quando, segundo Juliana, uma auxiliar foi contratada para ajudar o garoto em sala de aula. Porém, ele entrou de férias antes das demais crianças porque o contrato dessa profissional foi encerrado antes mesmo do período letivo terminar. “Eu ainda fui na escola e eles disseram que eu poderia correr atrás de outro [auxiliar], mas seria o tempo que o colégio ia entrar de férias”, conta Juliana.

Segundo a Prefeitura de Moreno, todos os alunos da escola 'Cinco de Julho' ainda irão concluir seus anos letivos. “Como diretora da escola, recebo essa denúncia até com surpresa, pois temos acompanhado todos os alunos que são registrados com laudos médicos, e não deixaremos de cumprir o calendário letivo com nenhum aluno”, esclarece a diretora do colégio, Valquíria Soares. Já Juliana aponta que a resposta é uma inverdade. “Eles querem esconder a verdade para não se prejudicar. Falei com a própria auxiliar dele e ela disse que ele não precisava mais ir para a escola. Tentei por duas vezes falar com a diretora, mas ela também nunca estava lá”, conta.

Rejeitar matrículas de crianças com necessidades especiais é crime, de acordo com a Lei nº 47/2015, promulgada em abril do mesmo ano. A legislação pernambucana prevê a multa de três a 20 salários mínimos para escolas que negarem a recepção de crianças com condições especiais. Nacionalmente, a Constituição ainda reforça a obrigatoriedade da aceitação, com a Lei 9.394/1996, regulamentada em 1999.

Segundo o Censo Escolar da Educação Básica 2017, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), o ano contou com 827.243 matrículas de crianças com deficiência. A quantidade, segundo o MEC, vem crescendo. O índice de inclusão de pequenos com necessidades especiais inseridos nas classes regulares aumentou de 85,5% em 2013 para 90,9% em 2017. Entretanto, apenas 40,1% dos matriculados têm acesso ao atendimento especial.

Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que uma em cada 20 crianças com 14 anos ou menos vive com algum tipo de deficiência moderada ou grave. Um levantamento da plataforma 'QEdu', com base no Censo Escolar da Educação Básica 2016, aponta que cerca de 26% das escolas públicas do país têm dependências acessíveis para crianças com deficiência. Na rede particular, o total sobe para 35%.

Educação convicta, dificuldades do dia a dia e incertezas para o futuro

Matheus, de 2 anos, autista, não teve problema em conseguir sua vaga em uma escola particular do Recife. Segundo seu pai, também autista, Carlos Nascimento, 39 anos, a escola não negou a recepção da criança, porém, não irá fornecer atendimento especial para ela. “Disseram que os custos de um auxiliar são muito caros e que se a gente quisesse, poderíamos contratar uma pessoa para acompanhar ele”, explica.

O radialista, que atualmente trabalha na área de serviços gerais em uma escola do Recife, tem medo do que seu filho poderá passar. “Eu vejo que as escolas ainda não estão preparadas para receber crianças autistas. Há a necessidade de inclusão e da capacitação de profissionais que saibam lidar com um momento de crise, por exemplo”, conta Carlos. O pai de Matheus ainda relata seus sonhos para o filho. “Matheus é nosso primeiro filho, eu gostaria que ele fosse um cantor, um ator, um artista. Minha esposa queria que ele fosse voltado para a área acadêmica, um advogado, um doutor".

Aos dez anos e com paralisia cerebral, Júlia dos Santos está desde os seis anos estudando em uma escola municipal de Vitória de Santo Antão. Sua mãe, Maria Severina dos Santos, 35, confessa que não teve dificuldades para inserir a pequena na educação. Júlia foi posta na educação especial, segundo Maria, porque não iria acompanhar os demais alunos na educação inclusiva. “Ela não tem oralidade, ela só escuta, ela está só no rabisco, então ela está na educação especial para socializar porque a aprendizagem não acontece somente no ler e escrever, acontece como um todo, na interação um com o outro”, explica.

Antes de entrar na escola pública, Júlia recebeu negativas de centros educacionais privados. “Os professores que estão aqui não têm condições de atender sua filha”, relembra Maria Severina a resposta da diretora da primeira escola que procurou para a filha. “Os colégios não podem dizer ‘não’. Se fosse hoje, eles iriam pegar uma mãe instruída; na época eu não era”, conta.

Confira abaixo o depoimento da mãe de Júlia e do pai de Matheus:

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Suporte escolar

Na contramão do abandono escolar, estão Lucas, 9, autista, e Leila Costa, mãe do garoto. O pequeno ingressou no colégio ainda na educação infantil, aos dois anos, mas sem diagnóstico. “Foi a escola que percebeu alguma coisa diferente nele e me mostrou as atividades. Então, eu vi que o que ele fazia no colégio era muito distinto do que fazia em casa. A escola me recomendou procurar algum profissional”, conta Leila. A mãe de Lucas ainda salienta que iniciou a investigação pela oftalmologista. “A gente acha logo que é um problema de visão e por isso ele não estava conseguindo ler direito as coisas da escola”, lembra.

Lucas ainda passou por um psicólogo durante um ano, que não suspeitou do autismo. Em seguida, o menino ainda teve consultas com uma neurologista, momento em que houve a desconfiança do Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). “Foi pedido para fazer uma avaliação neuropsicológica, que faz com que o profissional tenha ideia do que é a criança. Ele fez os testes e veio, na época, com a diagnóstico de TDAH porque além de ser muito novo, não estava fazendo medicação nenhuma”, recorda Leila. Apenas após o uso da medicação, Lucas teve o diagnóstico de autismo confirmado.

Leila ainda salienta a importância da participação da escola na construção de Lucas. “A aceitação tem que começar dos pais, aceitar o tratamento com medicamentos, com terapia, porque senão não resolve. A família deve estar junto com os médicos, os terapeutas e escola; tem que funcionar em conjunto”, acrescenta Leila.

Apoio profissional

Segundo a neuropsicóloga Ingrid Carvalho, os transtornos psicológicos causam grandes problemas de atenção e desenvolvimento escolar em crianças e adolescentes. Porém, ela salienta que é preciso entender como a idade interfere no diagnóstico. “Até os seis anos, a criança apresenta um atraso global. A partir dos sete anos é que consideramos ser um transtorno”, explica.

A especialista ainda alerta para características de condições especiais, como o autismo. “No período escolar, a criança não fala com os outros amigos, é reclusa,  não brinca nem compartilha brinquedos. Tem dificuldade de aprender, não tem atenção e não tem memória. Em outros casos, crianças com autismo são superdotadas e tem altas performances. Já tivemos um caso de uma criança de cinco anos saber falar duas línguas”, relembra.

A fisioterapeuta Renata Mariana atua no 'Namni' há dois anos e já tratou de crianças com diversas condições especiais. Autismo, paralisia cerebral e microcefalia foram algumas delas. Segundo a especialista, é preciso que, para um bom desenvolvimento escolar e social, os pais e responsáveis estendam o tratamento para dentro de casa. “Existem crianças com dificuldade motoras, então se a gente faz aqui um trabalho de pegar no lápis e quando chega em casa o pai não faz, o tempo de 20 minutos que ela fica aqui vai ter efeito mínimo”, explica.

De acordo com o psicopedagogo João Paulo Araújo, é preciso que as escolas encontrem meios para inserção das crianças em vida comum. “Não se deve trabalhar o isolamento delas, estimule a sociabilidade com outras crianças. Se você a isola, é o que chamamos de aceitação. A escola aceita o pequeno com sua condição especial, mas não estimula a interação”, diz. Confira no vídeo abaixo o depoimento do psicopedagogo.

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Posição oficial

Segundo o diretor-executivo de Gestão Pedagógica da Secretaria de Educação do Recife, Rogério Morais, a matrícula de crianças na educação especial cresceu de 2,6 mil para 3,9 mil de 2013 a 2018. “Estamos ampliando o trabalho e a população está entendendo que é possível fazer uma ação de conscientização”, explica. Uma das grandes “cartas na manga” que o município conta é a utilização de salas de recursos multifuncionais.

Nessas salas, os alunos podem ter, no contraturno do horário de aulas regulares, um tipo de reforço daquilo que foi aprendido. “Sozinhos ou em dupla e com atendimento de professores especialistas na educação especial, os estudantes encaminhados para o serviço fazem uso de recursos como tablets, brinquedos, jogos que estimulem o desenvolvimento”, explica Morais. Atualmente, o município dispõe de 122 salas para as 309 escolas do Recife.

No dia a dia, crianças com necessidades especiais contam com o apoio de professores e agentes de apoio e desempenho da educação especial. Ao total, as crianças contam com mais de 1,5 mil educadores, divididos entre as funções de docentes e auxiliares.

Rogério ainda salienta para a importância de uma contribuição conjunta entre escolas municipais e particulares. “Se todos fizessem um mesmo tipo de trabalho, todos ganhariam e não haveria uma superlotação em algumas escolas que ganham reconhecimento". O diretor também aponta para as sanções e formas de denúncias. “É importante lembrar que recusar a matrícula de crianças especiais é crime punível de reclusão, podendo chegar até mesmo ao fechamento da escola. O principal é incentivar as famílias a denunciarem irregularidades junto ao Ministério Público, Procuradoria Geral e até mesmo na Prefeitura”, aconselha.

Até o fechamento desta matéria, não conseguimos entrevistar a gestora da Gerência de Educação Inclusiva e Direitos Humanos (GEIDH) da Secretaria de Educação de Pernambuco, Vera Braga.

*Michele e Murilo tiveram suas identidades verdadeiras preservadas por questão de segurança.

Pelo terceiro dia consecutivo, o Aeroporto Internacional de Guarulhos registra grande número de atrasos e cancelamentos de voos. Segundo balanço divulgado pela GRU Airport, concessionária que administra o terminal, da 0h às 15h deste sábado, mais de um terço das decolagens (36,7%) saiu com atrasos superiores a 30 minutos, um total de 69 partidas afetadas.

Nas chegadas, o percentual de atrasos é de 18,1%, o que significa que 36 voos excederam o horário programado. Houve ainda 20 cancelamentos de aterrizagens e 16 de partidas.

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A concessionária afirma que o aeroporto está funcionando normalmente. No entanto, as companhias ainda enfrentam problemas para regularizar os voos depois das fortes chuvas de quinta-feira (13).

Latam

A empresa mais afetada é a Latam. Entre a 0h e às 15h, apenas 4 voos operados pela companhia saíram dentro do horário programado. Em 2 o atraso, entretanto foi menor do que 30 minutos. Tiveram atrasos entre uma e meia hora, 26 dos voos da companhia realizados hoje em Guarulhos, 16 ficaram até duas horas fora do horário previsto e um ultrapassou as duas horas de atraso.

A reportagem de Agência Brasil entrou em contato com a Latam e aguarda resposta.

Brasília

No Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek, de acordo com balanço da assessoria de imprensa, dos 135 voos realizados na manhã de hoje (15), foram registrados 14 atrasos, nove voos foram cancelados, quatro com destino a Brasília e outros cinco saindo da capital federal. A maioria devido a problemas em São Paulo. O mau tempo em Porto Seguro e Porto Alegre também gerou atrasos na capital. 

Em nota, a assessoria diz que, com o início da alta temporada de verão, o fluxo de passageiros está maior e os impactos causados em outros aeroportos se reflem também em Brasília. O terminal brasiliense é um dos principais centros de conexão do país e o terceiro mais movimentado do Brasil, ficando atrás apenas dos terminais paulistas. 

A Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto, recomenda que os passageiros entrem em contato com a a companhia aérea para saber sobre o status do voo. A administradora ainda lembra que é importante chegar com pelo menos 1h30 de antecedência para embarques em voos nacionais e 2h30 para voos internacionais. 

A concessionária aconselha também o uso do celular ou dos totens de autoatendimento para agilizar o procedimento de check-in, bem como estar sempre atento às bagagens de mão. Para acelerar o procedimento de raio-x, o passageiro precisa estar ciente dos objetos proibidos nas áreas de embarque e separar objetos de metal e laptops para a inspeção.

Desromantizar a maternidade e mandar a real sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam durante a gravidez e após se tornarem mães ainda são tabus que a nossa sociedade enfrenta, principalmente no entretenimento, quando muitas pessoas se sentem pressionadas a mostrarem o tempo todo como estão felizes e realizadas. Mas algumas mamães famosas estão dispostas a desconstruir a ideia de que a maternidade é um mar de rosas e, através das redes sociais e de entrevistas, elas desabafaram sobre os desafios que encararam (e ainda encaram!) após se tornarem mãe.

Samara Felippo usou o Instagram para fazer um desabafo sobre as duas cesáreas que realizou em sua vida. Mãe de Alicia, de nove anos de idade, e Lara, de cinco anos, a atriz abordou que ainda sente culpa por ter realizado o tipo de parto, que era desnecessário em seu caso. Ela ainda ressaltou sobre a importância da cirurgia, mas criticou o fato de muitas mulheres serem induzidas a se submeter a cesariana sem necessidade.

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A cesariana é uma cirurgia importantíssima que salva vidas todos os dias, mas ela não é pra ser feita em todas as pacientes, de uma maneira desnecessária, fora do trabalho de parto. E é muito difícil ir contra o discurso autoritativo do médico. Quem sou eu pra contestar? É o que pensamos ainda jovens, imaturas, despreparadas, sem apoio, numa sociedade em que existe um condicionamento cultural dominante de que a mulher não tem o poder de parir por si própria. Resolvi fazer esse post pra tentar chegar ao máximo de mulheres possível. Acabei de assistir ao documentário Renascimento do parto aos prantos. Parava no meio pra dividir minha angústia com a Carol, mas nada do que ela falava cessava minha mágoa e frustração por, sendo uma mulher saudável, jovem, ter sido induzida a fazer duas cesáreas completamente desnecessárias. Achava que essa minha culpa já tinha sido resolvida depois que expus isso num texto no meu blog, mas não. Ela tá aqui e não sei até quando. Talvez ela nunca me deixe. Hoje repenso se tenho raiva de mim por ter feito escolhas erradas ou do médico, mas fui eu que escolhi. E sempre nos nossos papos, eu e Carol, conversamos sobre isso. Eu digo (na verdade para tentar minimizar essa culpa) que temos o direito de escolher como queremos parir. E o que a Carol sempre questiona comigo é: Será que escolhemos cesárea se tivermos as informações, a dose de auto estima e empoderamento para conduzir como nossos filhos vem ao mundo? Foi devastador lhe dar novamente com essa sombra. Então meu único intuito agora com esse post é: Mães, futuras mães, sejam donas do seu parto. Violências obstétricas se tornaram naturais. Eu mal vi minhas meninas quando nasceram. Hoje aos 39 anos, tendo toda essa informação nas mãos, dói.Procurem saber dos mitos, existem MUITOS, procurem apoio de doulas, de amigos que te incentivem. Nós temos o poder e a capacidade de gerar e parir, nós conseguimos. Enfim, espero q aos poucos esse cenário absurdo de 52% de cesárias que temos no Brasil mude e que num futuro próximo não seja tarde demais. Tenho certeza que esse sentimento gera empatia em muitas mães.

Entre os nomes que se colocam como presidenciáveis, o do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) vem chamando a atenção desde que entrou no páreo para a disputa. O destaque é notório seja pelos seus discursos polêmicos ou pela consolidação do segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece como candidato, e até mesmo a liderança, nos cenários sem o petista. 

Contudo, apesar do eleitorado cativo e desta aparente força política, Bolsonaro deverá enfrentar dificuldades para atingir o eleitor médio e conquistar o pleito. De acordo com o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, o pré-candidato atingiu o teto eleitoral - entre 16% e 20% de intenções de voto -, mas não tem chances de ser eleito. “Só se ocorrer uma falência por completo do candidato do PSDB ou do governo”, ressaltou o estudioso.

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“Bolsonaro é um candidato que representa a ordem, o enfrentamento a criminalidade e representa parcelas de um certo conservadorismo. Vem mantendo o seu discurso, que agrada ao seu eleitorado, mas isso não significa que vai conseguir conquistar a outra parcela essencial [de eleitores], em virtude de suas ideias. Ele está no teto [de intenções de votos] não cresce mais que isso”, completou Oliveira.

Mesmo com tal dificuldade, o também cientista político Antônio Henrique Lucena observou o cenário com um contraponto e ponderou que o deputado federal “pode ter atingido o teto” para o primeiro turno, “mas é preciso ver como se comporta para um segundo turno”. 

“Bolsonaro consegue abarcar boa parte desse eleitorado que quer uma política mais dura de segurança, é contra tudo o que está aí, consegue mobilizar uma boa parte do eleitorado, mas para conseguir atingir a vitória eleitoral precisa calibrar o seu discurso para atingir o eleitor mediano. Não sei se ele vai fazer isso, mas recentemente afrouxou um pouco o discurso, principalmente no campo econômico, como forma de atrair mais eleitores para sua candidatura. Isso deve ser influência do Paulo Guedes, que ele contratou para a equipe econômica”, avaliou o estudioso. 

Ainda assim, Antônio Henrique salientou que o presidenciável, mesmo já sendo detentor de sete mandatos, é “considerado [por eleitores] uma espécie de outsider por não estar envolvido nessas tramoias” e isso pode pesar na balança favorável a ele, principalmente porque o cientista acredita ser “improvável que Lula seja candidato”. 

“É possível sim que Bolsonaro consiga se eleger presidente, tudo é possível, principalmente se o candidato [opositor] for débil. Porém, quando a campanha eleitoral efetivamente começa, e a máquina começa a moer, pode ser que o nanico do PSL não consiga se desenvolver muito bem”, considerou especialista.

Entre sucessos e obstáculos, em meio às projeções políticas, as pesquisas eleitorais durante o período oficial de campanha devem dar um panorama mais amplo das chances do presidenciável. 

Viegas, participante do Big Brother Brasil, mora há três anos com a psicanalista Dani Cardia. Segundo ela, teve época que o músico não tinha dinheiro nem para comprar água e entrou no programa com o objetivo de ficar conhecido e divulgar o seu trabalho. Enquanto a situação dele não melhora, ela diz que arca com as despesas da casa. Depois que entrou no programa o clipe da sua música "Too Rude", já ultrapassou um milhão de visualizações.

Em entrevista ao site Uol, Dani fala que ele é muito batalhador, escreve músicas, grava, faz shows, passa 24 horas pensando nisso. "Ele não tem um salário mesmo, é uma luta. A renda vem dos shows, mas é pouco", explica. "Foi um olheiro que achou ele. Há muitos e muitos anos que ele tenta viver da música, mas é muito difícil no Brasil. Qualquer um real que ele ganhe é investido na música, mas o retorno é muito pouco. Ele entrou para que pudesse ficar mais conhecido e, quem sabe, ajudar a mãe e a filha dele, que a situação realmente é de luta todo dia", completa.

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No programa, o brother não fala sobre as dificuldades enfrentadas fora da casa, mas Dani diz que ele já pensou em desistir da carreira e trabalhar numa loja. “Esse sonho, esse ideal de ir atrás e não desistir, foi justamente o que me apaixonou. Quando ele fala que vai procurar um emprego, eu digo: 'Aguenta mais um pouco, vamos fazer dar certo", explica. Dani diz que na casa ele aparenta ser sério, mas é bem-humorado e devido ao seu jeito ele tem muitos amigos. “É muito leal à amizade, valoriza muito. No contato pessoal, ele é um pouco mais reservado, mas no dia a dia comigo, ele é superengraçado, divertido, faz brincadeiras, é palhaço", conta.

*por David Barros

Faltando dois meses e meio para a Copa do Mundo de 2018, os preparativos para o Mundial estão a todo vapor. E entre os torcedores o clima não é diferente. O LeiaJá conversou com dois recifenses que estão na preparação para viajar para à Rússia. Confiantes no bom resultado do Brasil na competição, a preocupação de ambos é outra.

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Antonio Alfaro, de 25 anos, conta que comprou alguns bilhetes para a Copa da Rússia desde o ano passado: “Comprei os primeiros ingressos em novembro, na segunda fase de vendas. A maioria, porém, foi comprada nas fases que ocorreram em fevereiro e março”. Essa não será a primeira vez de Antonio na Copa, ele conta que foi a quatro jogos em 2014, no Recife, quando a competição foi realizada no Brasil.

No Mundial deste ano, a Fifa disponibilizou diferentes tipos de ingressos, com as opções de ir para um jogo em específico; escolher uma Seleção e acompanhar seu percurso durante a competição ou comprar o ingresso condicional final, em que você escolhe o seu time e, caso ele vá para a final, tem seu ingresso garantido. No caso de Antonio, ele optou por acompanhar o trajeto da Seleção Brasileira. “Tenho alguns ingressos condicionais, ou seja, dependem do avanço da seleção na copa. Se o Brasil chegar à final, terei ido a 10 partidas”, explica.

Segundo ele, a sua preparação está um pouco atrasada, visto que a logística desse tipo de evento é complexa. “O país é muito grande e o espaço de tempo entre as partidas que assistirei é curto, mas espero até meados de abril já ter todo o deslocamento entre as cidades concluído e as hospedagens reservadas”, conta.

Antonio conta que decidiu ir para a Copa ainda ano passado, quando a Seleção Brasileira deu para ele alguns sinais de que chegaria forte na competição e falou do saldo positivo que teve quando participou do Mundial em 2014. “A experiência que tive na Copa no Brasil foi muito boa pelo convívio com pessoas de diversos países, todas apaixonadas por futebol. Acho essa multiculturalidade fantástica”.

Para Antonio, o maior problema do Mundial na Rússia será o idioma. “A maior dificuldade certamente será a comunicação. Assim como no Brasil, poucas pessoas falam inglês na Rússia. Além disso, o alfabeto é diferente, o cirílico”, disse. Contudo, Antonio afirma que está confiante em um bom resultado do Brasil. “Acho que a copa vai ser muito disputada. Alemanha, Espanha, Brasil e França são os principais favoritos, na minha opinião. Acho difícil que fuja desse grupo. Não vai ser fácil mas creio que o Brasil tem boas chances de ser campeão”.

Diferente de Antonio, o estudante Tales Araújo Carvalho, de 24 anos, conta que essa será a primeira vez que participará de uma Copa do Mundo. Isto é, se o Brasil for à final. Ao contrário de Antonio, Tales comprou apenas o ingresso condicional final, ou seja, ele vai para o jogo se a Seleção Brasileira chegar à decisão. 

“O meu ingresso é o condicional CST. Eu pago pelo o ingresso, gera meu número do bilhete e tenho a minha reserva garantida. Se o Brasil chegar à final, eu tenho o direito de retirar o ingresso físico e ir para a final. Se o Brasil cair na fase de grupo, oitavas ou quartas, a Fifa me reembolsa o dinheiro e a única coisa que eu tenho que pagar é uma taxa de transferência bancária de dez dólares.  Se o Brasil se classificar eu vou ter que retirar meu ingresso lá mesmo, em lojas que a própria Fifa disponibiliza”, disse.

“Todos os ingressos que foram comprados até o dia 5 de abril, vão chegar em casa via Correios. A não ser os condicionais, porque é impossível você ter um ingresso de um jogo que você não sabe se vai”, completou.

Contudo, Tales está confiante na classificação do Brasil e garante que já está com tudo preparado. Inclusive, ele afirma que pretende comprar o ingresso para a partida da Semifinal. Para ele, sua maior dificuldade por lá, além do idioma, será a moeda. Mas destaca a organização da Fifa. “Lá são rubros russos e não aceitam euros. Algumas cidades vão aceitar euros, mas pouquíssimas e apenas em alguns casos. A gente vai ter que comprar lá. Sobre o idioma, eles não são preparados para o inglês, a não ser que contratem muita gente. É a única coisa para qual não me preparei ainda, mas já estou com todo o esquema de transfer, hospedagem, passagens organizados”, diz.

“Como vai ter Copa, eles colocaram uma demanda muito alta, mas mesmo com uma oferta alta, tem muita opção de tudo. Então você consegue se organizar e chegar lá sem nenhum problema. E a Fifa é extremamente organizada com os tickets, então não tem como você passar por perrengues lá, porque é tudo muito bem explicado”, completou.

Tales conta que a decisão de ir para a Copa na Rússia veio quando só ele conseguiu ser sorteado para comprar o ingresso em um grupo com cinco amigos. “Fiquei na dúvida, paguei pelo o ingresso e vi que o Brasil tinha plenas chances de ir para a final, foi quando decidi ir. Conseguir ir para a final é uma coisa, realmente, muito difícil. Não é simples. Esse ingresso custa no dia, facilmente, de oito a dez mil reais. É uma coisa muito difícil e eu não poderia perder essa oportunidade”. 

Para Tales, o Brasil é um dos favoritos a ser campeão juntamente com a Espanha e a Alemanha. “Acho que essa é a maior chance que a gente tem. Até pelo caminho do Brasil. Se tudo der certo, vai pegar a Bélgica nas quartas, a França ou Portugal na semifinal. Então o caminho está, teoricamente, mais fácil. E o profissionalismo da Seleção hoje é uma coisa que eu nunca tinha visto em nenhuma copa que eu acompanhei. A gente está com um time muito agudo, muito vertical. Para mim é a Seleção mais consistente do mundo, defensivamente. Acho que é a maior chance da gente conquistar um hexa. A fase está boa, o treinador está com o time na mão, é um cara profissional, então acho que temos grandes chances”, torce.

A gestão do governador Paulo Câmara (PSB), desde que assumiu o comando de Pernambuco, divide opiniões. Para os críticos, falta liderança por parte do pessebista, mas há quem também diga que Câmara tem conseguido manter o Estado equilibrado diante do cenário econômico, político e ético que o país enfrenta. Essa última opinião é também a do ex-prefeito do Recife João Paulo.

Em entrevista ao LeiaJá, João Paulo amenizou ao ser questionado qual a avaliação que fazia do governo Paulo Câmara. “Não estou aqui para avaliar o Governo de Pernambuco, eu não tenho uma pesquisa de avaliação do governo até porque o governo não tem feito pesquisas de opinião para avaliar, mas acho que é um governo que tem dificuldade, mas o governador está tentando superar as dificuldades. Há outros estados em condições mais graves do que aqui”, declarou. 

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Ele aproveitou para falar que é importante Lula ser eleito presidente da República para ajudar Pernambuco. “Para que se possa redefinir uma nova política econômica de forma que o Governo Federal possa dar aquele apoio que Lula deu ao estado porque Pernambuco depende muito do Governo Federal”, argumentou. 

Há chances de que João Paulo seja candidato a deputado federal na eleição deste ano. Ele aguarda definição do PT e, por enquanto, contou que está focado na conclusão do seu mestrado. 

 

 

Quando leu o tema da Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no domingo, Bernardo Manfredi, de 20 anos, imaginou que a única dificuldade seria escrever apenas 30 linhas. Diagnosticado com surdez severa, sempre estudou em escolas regulares, sofreu bullying e teve até matrícula rejeitada, mas também ganhou bolsa de estudos pelo bom desempenho. Apesar da proximidade com o tema, o candidato, que também sofre com disgrafia profunda (dificuldade na escrita) e transtorno psicomotor em mãos e braços, só recebeu o auxílio de um transcritor nos 30 minutos finais da prova.

A Redação deste ano teve como tema os desafios para a formação de surdos no Brasil. A proposta, que segue a tendência da prova de fazer discussões sociais, surpreendeu os participantes e foi considerada desafiadora por especialistas. Foi a terceira vez que Manfredi prestou o Enem. No ano passado, ele foi um dos 77 candidatos que tirou nota máxima (mil) na Redação.

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Este ano, como nos outros, solicitou na inscrição o apoio de um intérprete de leitura labial e um transcritor para preencher o cartão de resposta e escrever a redação. Logo que chegou à sala de prova, foi informado de que não teria o transcritor. "Disseram que eu não havia solicitado esse apoio, mas depois avisaram que o Ministério da Educação autorizou que chamassem alguém para me ajudar. O problema é que demorou muito."

Enquanto o profissional não chegava, Manfredi resolveu as questões, preencheu o cartão de respostas e fez o rascunho da redação. "É claro que eu fiquei angustiado, temia que o transcritor não aparecesse. Então, sim, fui prejudicado porque poderia ter feito uma prova e uma redação melhores com mais calma." Com pouco tempo para transcrever a redação para a folha de respostas, Manfredi disse que teve de cortar muito do que havia no rascunho. "Fiquei bem chateado, mas o importante é que passei a mensagem principal. Pela primeira vez senti que realmente existimos e podemos fazer diferença."

Desafio

Com a pontuação no exame anterior, foi aprovado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e conseguiu bolsa de estudos integral na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio para Filosofia.

Ele optou por fazer a graduação na PUC, mas precisou trancar por não conseguir assistência necessária para acompanhar as aulas. A universidade ofereceu um intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que o estudante não utiliza. "A instituição se esforçou para ajudá-lo, mas acho que falta informação para saber qual tipo de apoio oferecer em cada caso. O problema é que, sem a assistência adequada, ele foi se sentindo incapaz, chateado por não acompanhar as aulas", contou a mãe do jovem, Carmem Terezinha Pereira, de 62 anos.

No segundo semestre deste ano, Manfredi foi aprovado em História na UFRJ. Com sete disciplinas, cada uma de quatro horas semanais, ele também não teve o apoio de um intérprete. "Quando ele estava no colégio, em uma sala com no máximo 30 alunos, o professor falava olhando para ele, repetia quando necessário. Em uma sala de universidade, isso não acontece", disse Carmem.

Com dificuldades enfrentadas nas duas instituições, Manfredi decidiu que faria o Enem pela última vez na esperança de encontrar uma universidade que oferecesse melhor apoio a alunos com deficiência auditiva. "A falta de recursos me impediu de estudar. Não tive condições de seguir o curso que queria. Ainda assim, não desisto."

Procurada, a PUC-Rio disse ter o Núcleo de Apoio e Inclusão da Pessoa com Deficiência, que dá aos alunos suporte para acompanhar as rotinas acadêmicas. A UFRJ não comentou. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do ministério responsável pela prova, disse não ter tido resposta do consórcio que fornece os profissionais de apoio.

Dados

Para especialistas, o desafio da inclusão de deficientes é grande em todos os níveis educacionais, mas ainda maior no ensino superior. "Falta informação sobre o assunto, a profissão do intérprete é pouco valorizada e difundida. Algumas instituições têm dificuldade de encontrar esse profissional e há até aquelas que dizem para o deficiente pagar pelo intérprete. A acessibilidade é um direito", disse Carla Regina Tesser, pedagoga do Instituto Singularidades.

Levantamento feito em abril e publicado pelo Estado mostra que a participação de alunos com deficiência cai a cada etapa da educação. Nos anos iniciais do fundamental (1º ao 5º ano), 3% têm alguma deficiência - física e/ou intelectual. Nos finais, 2%. Já no ensino médio, a taxa cai para 0,9%. No ensino superior, que não é obrigatório, há ainda menos alunos com deficiência: só 0,5% do total.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Litoral Sul de Pernambuco, um dos destinos mais procurados pelos pernambucanos e turistas é a praia de Porto de Galinhas. Como a demanda nos hotéis e pousadas cresce bastante durante as férias e com a chegada do verão, alguns empresários e representantes do setor hoteleiro têm encontrado dificuldades para contratar profissionais qualificados para preencher as vagas abertas na região e reforçar assim o quadro de funcionários. 

De acordo com Ulisses Ávila, diretor executivo da Associação dos Hotéis de Porto, há uma carência muito grande por mão de obra qualificada na região. “Quando aparecem as vagas de emprego nas empresas turísticas daqui, nossa prioridade é a população de Porto. Damos preferência aos profissionais da região, porém é nesse momento de contratação que esbarramos com a falta de qualificação das pessoas”, explica.

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Já Brenda Silveira, diretora executiva do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau - associação privada sem fins lucrativos que busca divulgar a região, afirma que um dos motivos dessa escassez são os cursos superiores oferecidos no estado de Pernambuco na área de turismo, hotelaria e gastronomia, que não atendem aos requisitos ou possuem mais conteúdos teóricos do que práticos, enquanto as oportunidades na região exigem até mesmo um pouco mais de experiência.

Sem alternativa, os hotéis acabam tento que treinar os próprios funcionários para realizar determinadas funções ou acabam contratando pessoas novas com formação em outros cursos para atender a demanda. O que chega a ser um custo a mais, pois as redes hoteleiras e os serviços precisam investir nos profissionais. "Como a gente precisa preencher as vagas, muitas empresas acabam contratando profissionais formados em qualquer curso ou até mesmo pessoas que nunca estudaram na vida", explica Brenda.

A diretora executiva também diz que as empresas que hoje atuam em Porto estão trazendo pessoas de outros estados para suprir as vagas. "As pousadas, hotéis, restaurantes, empresas de recepção, entre outras redes, infelizmente, têm enfrentado um desafio para selecionar candidatos às vagas que temos abertas aqui. Muitas vezes, os interessados não possuem uma qualificação tão boa como o mercado exige e aí temos que ir buscar fora por que aqui não tem", afirma.

Segundo idioma

Um dos requisitos que as empresas mais exigem é possuir curso avançado em algum idioma estrangeiro, como o inglês ou espanhol. Além disso, as empresas têm buscado pessoas que gostem de atender, tenha empatia, e principalmente qualificação no ensino superior e experiência a área.  

“As nossas vagas exigem coisas fundamentais para as áreas de turismo, hotelaria e gastronomia, como ter no currículo um idioma e curso de qualificação. Às vezes a gente tem vaga para o cargo de garçom, mas temos que contratar alguém e treinar aqui, porque não encontramos quem tenha curso”, detalha Graziele Santos, que é gerente de Recursos Humanos dos hotéis Viver Porto de Galinhas e Solar Porto de Galinhas.

A preocupação dos gestores, hoje, está em capacitar os moradores de Porto e da redondeza, mas segundo Ulisses Ávila, o grande problema é que essas pessoas muitas vezes não têm interesse. “É difícil fazer as pessoas entenderem que precisam de qualificação. Em alguns momentos, temos vaga para funções que exigem certos cursos, mas não há quem atenda a esses requisitos”, esclarece o diretor executivo.

Questionado sobre a oferta de cursos de capacitação no Trend Turístico, Ulisses explica que há a disponibilização por parte da Prefeitura de Ipojuca, em parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e outras vezes com o próprio Governo do Estado. 

Ele também conta que 80% da mão de obra na região precisa ser preenchida pela comunidade de Porto de Galinhas e defende a aprimoração dos serviços. “Precisamos melhorar a qualidade de vida do Ipojucano. Precisamos qualificar a mão de obra local, achar quem queira ser qualificado. Até por que, quanto mais qualificação a função exija, maior é a dificuldade de preencher esse cargo”.

 

Reprodução/Site Solar Porto de Galinhas

Desemprego não afetou Porto de Galinhas

Já segundo Brenda Silveira, não houve crise em Porto de Galinhas. “Acredito que aqui na região a crise não chegou. Pelo contrário, continuamos oferecendo vagas de emprego sem precisar demitir ninguém”, garante. 

Algumas das oportunidades disponíveis na região, por exemplo, são para cargos de recepcionista, auxiliares de cozinha, garçons e recreadores infantis. Os interessados em tentar uma vaga nos hotéis e empresas turísticas de lá, podem entrar em contato com Porto de Galinhas Conventions Bureau, através do e-mail contato@portodegalinhas.org.br, e enviar o currículo. A associação é responsável por repassar o currículo dos profissionais para os hotéis e pousadas da região. Um outro e-mail também disponibilizado para candidatura das vagas em Porto é o recrutamento@vivaportodegalinhas.com.br

Na próxima quarta-feira (12), o Virtusi invade o interior de Pernambuco para realizar uma série de concertos e recitais gratuitos para a população. As cidades contempladas com a iniciativa, em 2017, são Belo Jardim, Gravatá e Garanhuns, que recebem oficinas para os moradores do Agreste ao Sertão e apresentações inéditas de instrumentistas nacionais e internacionais.

O evento, que completa 20 anos de criação, é um marco de resistência, expandindo mesmo com dificuldades. Segundo a coordenadora Ana Lúcia Altino, o Virtuosi é considerado um ‘vencedor’, devido à luta de continuar levando a musicalidade para lugares que tem pouco ou quase nenhum acesso ao estilo musical.

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“Infelizmente, todo ano é como se fosse o primeiro. Mesmo com o sucesso, a aceitação da população e a demanda, passamos de ‘pires na mão’ para pedir incentivo aos governantes. Se eu tivesse mais apoio, com toda certeza o evento alcançaria mais pessoas”, diz a coordenadora. Para Lúcia, o momento mais dícil, sempre, é o de captar recursos.

O Virtuosi começou na Região Metropolitana do Recife e adentrou para o interior. O primeiro municípo a receber o evento foi Garanhuns, que realiza há 13 anos o festival. Em seguida a cidade de Gravatá foi contemplada e por último a de Belo Jardim. Com essa crescente expansão, a coordenadora do Virtuosi Ana Lúcia espera incluir novas cidades.

“Sabemos da escassez de eventos desse porte no ineterior, porém, ao mesmo tempo, observamos que há uma demanda de alunos do Instituto Federal de Pernambuco que podem se interessar, e o Virtuosi fortalece essa demanda. Com essa perspectiva, a proposta é que nos próximo anos a cidade de Triunfo seja incluída no festival”, comenta.

Em relação às expectativas para 2017, Ana falou que a procura pelas aulas de pessoas interessadas pelo festival estão aumentando. “Para a cidade de Belo Jardim já estamos com 80 alunos inscritos! E o melhor é que esses jovens vêm de várias cidades das regiões do Agreste e até do Sertão. Essa é mais uma prova que a demanda existe e que estamos mudando a vida dessas pessoas”, concluiu. 

Confira a programação completa doFestival a seguir:

III VIRTUOSI de Belo Jardim

Igreja Matriz da Conceição (12 a 15 de julho)

Quarta-feira (12) | 20h

Tributo a Piazzolla

Rafael Altino, viola

Horácio Massone, flauta

Orquestra Jovem de Pernambuco

Rafael Garcia, regente

Quinta-feira (13) | 20h                        

Grupo Unirio Metais 

Nailson Simões, Maico Lopes, trompetes

Adalto Soares, trompa

Wanderson Cunha, trombone

Albert Khattar, tuba 

Sexta-feira (14) | 20H

Flauta, Carinete & Saxofone

HORACIO MASSONE, flauta

GUEBER SANTOS, clarinete

JOSÉ ARIMATÉIA VERÍSSIMO, saxofone

Sábado (15) | 20h                           

Coral Moura

Laciete Silva, Maestrina

Banda do Festival

Rafael Garcia, regente

IX Festival VIRTUOSI de Gravatá

21 A 30 de JULHO DE 2017

Igreja Matriz de Sant'ana

Sexta-feira (21) | 20h

Concerto de abertura

Orquestra Jovem de Pernambuco

Leonardo Altino, cello

Rafael Altino, viola

Yi-Jia Susanne Hou, violino

Rafael Garcia, regente

Sábado (22) | 11h

Viola & Piano

Rafael Altino, viola

Ana Lucia Altino, piano

20h - Tributo a Chopin

Victor Asuncion, piano

Domingo (23) | 11h

O Piano na Rússia

Kristina Miller, piano

Segunda-feira (24) | 20h

Afluências

Paula Bujes & Pedro Huff

Terça-feira (25) | 20h

O Violino Clássico 

Yannos Margaziotis, violino

Kristina Miller, piano

Quinta-feira (27) | 20h

Cello e Piano

Leonardo Altino, cello

Kristina Miller, piano 

Sexta-feira (28) | 20h

O Violino Virtuoso

Yi-Jia Susanne Hou, violino

Victor Asuncion, piano

Sábado (29) | 11h

Tribujto a Brahms

Yannos Margaziotis, violino

Rafael Altino, viola

Leonardo Altino, cello

Victor Asuncion, piano

20h - A Voz

Orquestra Jovem de Pernambuco

Edson Cordeiro, contratenor

Pablo Solis, contrabaixo

Rafael Garcia, regente

XIII VIRTUOSI na Serra - Garanhuns

Igreja de Santo Antônio

Segunda-feira (24) 

16h - Compositores Russos

Kristina Miller, piano

21h - Tributo a Chopin

Victor Asuncion, piano

Quinta-feira (27) 

16h - Grupo Instrumental Brasil

Trompetes: Augusto França & Josias Adolfo

Trompa: Rinaldo Fonseca

Trombone: Mizael França

Tuba:  Iris Vieira

21h - Afluências 

Paula Bujes & Pedro Huff

Sexta-feira (28) 

16h - Orquestra Jovem de Pernambuco, Edson Cordeiro, contratenor, Rafael Garcia, regente

Aberto ao público

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Belém é, no Pará, a cidade que concentra o maior número de habitantes e, por consequência, possui o maior número de pessoas com deficiência do Estado. Apesar disso, são muitas as irregularidades relacionadas à mobilidade urbana: nas ruas, nos edifícios, nos transportes públicos e no uso de equipamentos que impedem ou dificultam a livre circulação de indivíduos, tanto das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, quanto dos demais cidadãos.

Jordeci Santa Brígida, coordenador da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD), tem deficiência visual parcial e afirma que os obstáculos no espaço urbano o excluem da sociedade. Morador do distrito de Icoaraci, a 20 quilômetros do centro da capital, ele vivencia a falta de acessibilidade no dia a dia, tanto no transporte público quanto nas avenidas. "A mobilidade urbana em Belém é algo desafiador para mim. Geralmente utilizo o ônibus, que é um transporte totalmente obsoleto, sem qualidade, com plataformas inadequadas", disse Jordeci.

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Muitas das calçadas da cidade têm buracos e não há rampas de acesso às faixas de pedestres. Além das calçadas precárias, ainda há a negligência dos motoristas dos transportes públicos da capital, que não respeitam as paradas solicitadas pelos deficientes e, no caso dos cadeirantes, ignoram quando eles fazem sinal.

A ausência de acessibilidade já fez com que a estudante Lorena Oliveira sofresse situações constrangedoras. "Minha maior dificuldade são as calçadas. Além de serem estreitas e desniveladas, sempre tem algo no caminho. Eu gostaria que elas fossem niveladas, sem buracos, sem coisas em cima, que os donos de veículos tivessem respeito e não estacionassem nelas", afirma a universitária de 25 anos, que possui cegueira total desde os 4 anos.

O Censo 2010 do IBGE mostra que, em relação a deficiências locomotoras, 21.239 pessoas no Pará não conseguem se mover de nenhuma maneira, 125.571 possuem grande dificuldade motora e outras 344.442 afirmam ter alguma dificuldade motora. Há ainda 84.194 pessoas com deficiência mental ou intelectual no Estado.

Ana Cristina Santana é moradora do bairro Guamá e tem um filho portador de Paralisia Cerebral Quadriplégica. Felipe tem 3 anos e, devido à doença, não consegue andar e possui outros problemas de mobilidade. A mãe da criança enfrenta grande dificuldade ao sair com o filho cadeirante nas ruas. Ana já chegou a abandonar momentos de lazer por não ter como se locomover com Felipe. “É mais fácil sair de casa com o Felipe no colo, mesmo tendo de aguentar o peso dele. Já tiveram momentos em que tivemos que voltar para casa, porque o elevador do shopping estava quebrado e era a único lugar em que era possível passar com a cadeira de rodas”, conta a mãe de Felipe.

A prefeitura de Belém, por meio de nota da Secretaria Municipal de Urbanismo, informa que já implantou cerca de 8 quilômetros de calçadas com sinalização tátil, que permite a acessibilidade para portadores de necessidades especiais. Alguns locais que já receberam esse modelo: em frente ao cemitério Santa Izabel; na avenida Roberto Camelier; arredores do Colégio Paes de Carvalho; arredores do Hospital do Exército e do Hospital da Aeronáutica. Os locais que ainda não receberam as novas calçadas estão incluídos no orçamento deste ano.

Segundo a prefeitura, todos os novos empreendimentos imobiliários na cidade adotam esse padrão de calçadas, em frente a suas construções, devido a um acordo que a Prefeitura fechou com a Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará) e Ademi (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado  Imobiliário). As novas construções devem se adequar a essa exigência, sob pena de não conseguirem a licença final da obra.

A prefeitura, diz a nota, também já reformou e revitalizou mais de 30 praças que receberam reforma de pavimentação e calçadas, que também se adequam ao padrão de acessibilidade,com piso sinalização tátil e rampas de acesso. Ao longo da Augusto Montenegro, de ambos os lados, a população conta com cerca de 20 mil metros quadrados de calçadas largas, niveladas e sinalizadas para garantir acessibilidade, informa a nota da prefeitura. 

Com apoio de Felipe Martins.

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Depois da tentativa frustrada de aprovar uma lei de saúde para substituir o chamado Obamacare, o presidente Donald Trump decidiu enviar esta semana ao Congresso um projeto de reforma tributária. Para votar a proposta, a liderança republicana e o próprio Trump precisarão de habilidade política, já que mudanças na lei tributária não são apreciadas desde 1986.

Em uma reunião após o cancelamento da votação para extinguir o Obamacare, Trump adiantou que quer "começar a reforma tributária" com cortes em "grandes impostos". A medida divide opiniões tanto na base do Partido Republicano como na do Democrata.

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Para aprovar a medida, além de enfrentar a complexidade do tema, o governo também terá dificuldades com o calendário. Pelas regras do Congresso, para entrar em vigor no próximo ano, a matéria teria de ser apreciada até junho.

Em uma conversa com jornalistas, o líder dos republicanos na Câmara dos Representantes (a Câmara dos Deputados), Paul Ryan, considerou o prazo "muito apertado", mas ressaltou que votar a reforma "não é uma tarefa impossível".

Expectativas

A imprensa norte-americana avaliou o risco de novos empecilhos causados pelos 30 deputados republicanos dissidentes, que impediram que o projeto para substituir o Obamacare avançasse. O grupo ultraconservador chamado House Freedom Caucus (em português, Convenção da Liberdade), no entanto, é favorável a mudanças tributárias e cortes de impostos. A medida também é aceita por parte dos parlamentares democratas.

Com um tema não votado há 31 anos e defensores e opositores dentro das duas bancadas, o governo Trump terá de mostrar habilidade política para conseguir maioria, o que não aconteceu na votação de substituto do programa de saúde conhecido como Obamacare.

Na quinta-feira passada (23), dia em que era esperada a votação da proposta, a liderença suspendeu a votação quando viu que não iria conseguir os 216 votos necessários para aprovar a matéria, mesmo tendo 237 representantes.

No dia seguinte (24), Trump mandou um recado e disse que a votação deveria ser feita de qualquer maneira, mesmo que perdesse. Na última hora, o próprio governo recuou, e o líder republicano Paul Ryan cancelou a votação. O grupo de deputados republicanos não cedeu, mesmo após o ultimato de Trump.

O edital do concurso dos Bombeiros Militares de Pernambuco já está disponível para os interessados em seguir carreira neste ramo. A equipe do LeiaJá procurou professores do NUCE Concursos para comentar quais são os principais assuntos da prova e como organizar a rotina de estudos para conseguir a aprovação.

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Direito Constitucional

O professor Augusto Alves ensina Direito Constitucional lembra que na sua matéria as questões são bem distribuídas entre todos os assuntos. De acordo com ele, um bom generalista se dá bem na prova. No entanto, ele destaca que os alunos costumam ter dificuldades com os assuntos relativos ao Poder Judiciário. "Não que seja difícil, mas por que os alunos não estão acostumados a estudá-lo e não têm intimidade com o assunto". Como dica de organização de rotina, o professor orienta os candidatos a encontrarem espaço e se preparar para a prova física ainda antes da prova objetiva, pois do contrário correm o risco de não estar pronto para a prova a tempo e reprovar.

Informática

Anette de Paula é professora de Informática e explica que a banca IAUPE, responsável pela organização do concurso, em geral distribui bem as questões entre os assuntos. Porém ela também alerta para o fato de não estar claro no edital quais são as versões e softwares que serão cobrados. Sendo assim, espera que a banca aborde os sistemas operacionais Windows e Linux, os softwares excel, calc, word, writer e conhecimentos de internet e intranet.

Sobre as dificuldades dos alunos, a educadora aponta que em geral o Linux e o Libre Office causam estranheza porque a maioria dos candidatos não os utiliza no dia a dia. Além disso, a necessidade do uso de expressões em inglês e fórmulas matemáticas também intimida algumas pessoas. Anette destaca a importância de se estudar a fundo o assunto de informática que, segundo ela, pode ser um diferencial na nota, já que é uma matéria pouco estudada. "A prova de informática é banalizada por que as pessoas acham que não é necessário estudar por saberem utilizar computadores, mas a prova cobra conceitos. É diferente de usar no dia-a-dia. Informática está sendo colocada na prova dos Bombeiros pela primeira vez neste edital.

História de Pernambuco

O professor mestre em História pela UFPE e doutorando em História Social pela Universidade Federal Fluminense, Giovane Albino, ao ser perguntado sobre a prova de História de Pernambuco explica que prestando atenção no perfil da IAUPE existem alguns temas preferidos. "Eu apostaria no Brasil Holandês, período em que Recife teve muitos estímulos políticos econômicos, então é questão certa. O governo de Maurício de Nassau, a fundação de Recife e Olinda junto a esse período é algo a ser estudado, pois é muito grande a chance de cair".

Para ele, as maiores dificuldades estão relacionadas aos últimos assuntos cobrados, como "a importância de Gilberto Freyre e Ariano Suassuna, e a revolução pernambucana de 1817 também deve cair, pois ela está fazendo 200 anos. São assuntos novos que precisam ser bem detalhados". Como dica, o professor fala sobre a concentração, a dedicação em casa e um bom material específico de estudo.

"Antes de mais nada o aluno tem que ler concentrado, ter um livro específico de história do Brasil e dedicar tempo em casa para fixar o conteúdo dado em sala, além de responder provas ligadas à IAUPE. Ir pra casa, pegar um livro de história do Brasil, fazer questões da banca ajuda. Em geral deixam de lado a importância da economia do açúcar pra economia local, tem relação direta com outros assuntos e o aluno tende a não dar importância a esse ponto por ser algo já discutido, mas tem que ser reforçado por ter ligação com outros temas da história pernambucana".

Física

Também é uma matéria inédita no concurso dos Bombeiros de Pernambuco, mas tendo a banca como ponto de análise, o professor Paulo Roberto afirma que "na mecânica a dinâmica é o carro chefe". Na parte de óptica, ele destaca a refração da luz, em elétrica a parte de circuitos elétricos e em termologia a termodinâmica. No que diz respeito à organização da rotina de estudo entre os assuntos da prova, o professor afirma que depende da base que o candidato tem com o estudo de física. "Quem já tem uma base tem que focar no que frequentemente cai na banca da UPE, quando você tem muito tempo você foca em tudo, mas se não, vai no principal, já que são só três meses até a prova. Quem não tem base tem que se virar nos 30 e estudar tarde e noite para compensar, pois são muitos assuntos para aprender".

Atualidades

O professor Evandro Costa defende que "é comum em provas onde se cobre temas de atualidades, se trabalhar com frequência temas voltados à política, sociedade, cultura, questões políticas e ambientais", além de destacar que a banca listou todos os assuntos. De acordo com ele, "há uma tendência natural do candidato sentir mais dificuldade em temas que tratem de questões internacionais, pelo fato, de muitas vezes, eles serem desconhecidos total ou parcialmente pelo grande público ou pelo fato de terem pouco espaço na mídia, como é o caso da abordagem das questões políticas atuais de países como Cuba, Venezuela e Bolívia, que estão presentes no edital".

Para turbinar o aprendizado, o professor recomenda que o candidato "crie uma rotina de leitura nos principais sites de informações do país, tendo em vista que é a forma mais fácil de se manter sempre informado sobre os temas que serão abordados no concurso, pois como são temáticas extremamente atuais, é difícil encontrar uma grande quantidade de questões. Então é recomendável a criação de uma rotina diária de leitura de atualização".

Biologia

Segundo o professor Herbert Pinheiro, por ser a primeira vez que a matéria de especialidade entra no programa do concurso dos bombeiros, é difícil prever quais serão os assuntos preferidos da banca nessa prova. Porém, dentre os temas que estão sendo pedidos, "os alunos têm uma certa dificuldade como embriologia, taxonomia, metabolismo energético, anatomia, fisiologia humana, genética, ecologia e noções de primeiros socorros vão requerer uma maior dedicação e atenção do candidato". No que diz respeito à organização, "ter um horário fixo de estudo, ter disciplina quanto aos horários de estudo e descanso, resolver vários exercícios referente aos conteúdos e acima de tudo tirar todas as dúvidas", alerta.

Matemática

O professor Henrique França aponta como destaques na prova de matemática assuntos como probabilidade, porcentagem e regra de três. Sobre as dificuldades, ele afirma que depende de alguns fatores. "Tem assuntos que são mais fáceis de passar e outros mais difíceis pela necessidade de interpretar texto, como equação de primeiro grau. Função eu considero fácil, mas as pessoas têm medo deles".

As orientações do professor para quem está tentando turbinar o aprendizado são a organização e o treino. "Para aprender matemática é preciso ser organizado, ler pensando em matemática (copiando os dados aos poucos e facilitar a armação da conta) e seguir tentando aprender. Todo dia tem que estudar um pouquinho e matemática é algo que precisa muito de repetição, quanto mais questões forem feitas daqui até o dia da prova, melhor preparado vai estar, especialmente porque tem muitos assuntos, o edital veio bem grande. A evolução do aluno é maior com o treino. Se estiver tendo aulas, veja a aula, chegue em casa e estude o assunto da aula do dia e tente aproveitar o máximo do que os professores têm a oferecer".

Raciocínio Lógico

Para o professor Tácio Maciel, o programa de raciocínio lógico é pequeno, porém concentrado e difícil de aprender sozinho, sendo aconselhável fazer um curso pra aprender os caminhos das pedras. Além dos tópicos costumeiros de raciocínio, há também dois temas de matemática, contagem e probabilidade, listados para a prova. Quando perguntado quais seriam os assuntos destacados, o professor brincou: "Quer uma dica? Não existe a probabilidade de não cair probabilidade. Negação de proposições (leis de De Morgan) e Equivalência lógica (modus tollens) também são assuntos obrigatórios".

Português e Redação

No que diz respeito ao teste de Português, conforme a professora Vanessa Alves é recorrente ver as provas cobrando "o valor lógico semântico das locuções, e é bom salientar que a banca também tende a cobrar regência e concordância verbal associada à crase. Em concordância é bom ver o verbo haver no sentido de existir. Pontuação, aplicabilidade da vírgula também. Este edital trouxe redação de correspondências oficiais, se vem a tona será cobrado conceitos de memorando, ata, ofício, etc. É um assunto novo que de certo será cobrado". Sobre as dificuldades dos alunos, a professora alerta que em interpretação de texto muitos têm dificuldade em assimilar a ideia central do texto e no que diz respeito à gramática, sintaxe ainda é uma dificuldade comum dos alunos.

Sobre os temas da redação, de acordo com a professora "não há uma necessidade de serem temas relacionados ao nome da banca ou aos bombeiros, o que pode ser cobrado é atualidade". Segundo ela, para ter bons argumentos a colocar no texto, leitura e informação são essenciais. "O aluno tem que estar informado e antenado com fatos da atualidade porque não há precisão de que o tema se volte para a área militar, em síntese são temas de atualidade. Eu costumo dizer que uma boa preparação envolve leitura, se manter informado para construir um bom argumento com fatos sólidos, é preciso estar antenado aos fatos cotidianos, que podem ser de cunho nacional, planetário, etc. É preciso estar atento aos veículos midiáticos, assistir bons filmes, ler livros, enfim, se informar, pois eu só produzo um bom texto se tiver informações a oferecer".

O próximo ciclo olímpico promete ser de dificuldades para os atletas brasileiros. Sem o apelo de ter uma Olimpíada em casa e com a crise financeira atingindo governos e empresas privadas, ninguém mais esconde que o investimento no esporte nos próximos quatro anos será menor. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) corre para tentar fechar novos contratos de patrocínio, e até mesmo as campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze demonstram receio quanto a isso.

Para os Jogos do Rio-2016, o COB recebeu investimentos na casa de R$ 1,4 bilhão nos últimos quatro anos. O País encerrou a competição com 19 medalhas e o 12.º lugar na soma total de pódios - a meta projetada era ser Top 10. Em Londres-2012, o Brasil havia conquistado 17 medalhas. Do montante recebido pelo COB, cerca de R$ 700 milhões vieram em repasses por meio da Lei Agnelo-Piva, e o restante com a injeção de recursos de patrocinadores privados.

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O problema é que, agora, os contratos com empresas privadas estão se encerrando e até os repasses do governo tendem a diminuir. "Os patrocinadores que existem vão até 31 de dezembro, mas a equipe está trabalhando já. Não é um trabalho fácil, todos têm sentido isso. O próprio período não facilita, final de ano, início de ano, férias, mas certamente vamos ter resultados", afirmou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, nesta quinta-feira.

Mesmo sem demonstrar muita convicção, ele acredita que alguns contratos poderão ser renovados. "O trabalho está sendo feito. Acho que a manutenção daqueles que quiserem é muito importante, porque já conhecem como a gente trabalha, as confederações, os atletas. Nós esperamos que possa seguir, senão já tem muitos que não estiveram e já demonstraram interesse em conversar."

Nuzman, contudo, admite que os valores serão menores. "Não se pode comparar os patamares de Jogos Olímpicos dentro de casa. Nenhum país conseguiu ter o mesmo patamar. Mas eu acho que o importante é que eles existam e que vão crescendo", destacou.

As campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze também demonstram certa preocupação com patrocínios. "Patrocinador é sempre uma incógnita. Vida de atleta é assim mesmo, a gente nunca sabe como vai ser o dia de amanhã. A gente espera pelo melhor, mas preparadas para o pior", disse Martine.

A dupla também já sente os efeitos da crise. "Deu uma mexida (nos patrocínios). A gente tem a Embratel pelas leis de incentivo, mas por causa da crise eles estão meio indecisos. Ainda não foi aprovada, o que é um pouco ruim", comentou Kahena.

A dupla de velejadoras e o presidente do COB participaram da cerimônia que selou a parceria entre a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e BR Marinas, empresa que administra a Marina da Glória. O local, que sediou a competição de vela nos Jogos do Rio, será sede da confederação a partir de agora.

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