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Relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) para adiar as eleições de outubro para novembro ou dezembro, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) avalia aumentar a parcela do eleitorado que não é obrigada a sair de casa para votar. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o parlamentar disse que uma das possibilidades é tornar a votação facultativa para quem tiver mais de 60 anos - considerado grupo de risco para a Covid-19. Segundo ele, no entanto, é preciso cuidado para a medida não causar um alto índice de abstenção. "A democracia ainda precisa muito ser estimulada e precisamos ter cuidado para isso não ser um precedente e abrir uma porteira para você desestimular o pleito", afirmou.

Hoje, o comparecimento é facultativo para quem tem menos de 18 ou mais de 69 anos, o que representa 9% dos quase 150 milhões de eleitores. Caso o voto se torne opcional a partir dos 60, outros 15,7 milhões também serão desobrigados, aumentando esta fatia para 20% do eleitorado do País. A votação da proposta na Casa está prevista para terça-feira.

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Por que adiar a eleição?

Estamos falando de uma pandemia. Não existe nenhuma ciência no mundo que vai dizer qual é o dia ideal de se fazer uma eleição. Há todo tipo de tese. O que é importante que as pessoas compreendam é que a ideia é adiar por algum tempo, mas prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores não está em discussão.

Na Câmara, líderes já se disseram contra o adiamento. Acredita que haverá votos suficientes?

Primeiro, o Senado vai resolver. Depois a Câmara vai ter de arcar com a sua responsabilidade. Não estamos adiando porque queremos, o problema é ir contra a orientação dos cientistas e especialistas. A saúde e a vida em primeiro lugar.

Tornar a votação facultativa é uma opção?

As possibilidades são várias. Uma delas é deixar facultativo pelo menos a partir de 60 anos. Esse eleitor de 60 a 69 anos representa 11% do eleitorado, é uma fatia considerável. Vou conversar com os presidentes de partidos porque isso é também uma decisão política. A democracia ainda precisa muito ser estimulada e precisamos ter cuidado para isso não ser um precedente e abrir uma porteira para você desestimular o pleito. É possível, mas eu ainda não fechei.

Quais mudanças o sr. já decidiu propor?

Não tenho nada fechado ainda, o que pretendo fazer até segunda-feira (22). Convidei o ministro Luís Roberto Barroso (presidente do Tribunal Superior Eleitoral) a vir aqui no Senado na segunda, para fazermos uma comissão geral, com especialistas. Depois quero disponibilizar o relatório na terça-feira de manhã e, se der certo, já votamos no mesmo dia aqui. Estamos falando de uma decisão que impacta do Oiapoque ao Chuí, então, não dá para ficar segurando.

O próprio presidente Jair Bolsonaro colocou suspeitas sobre a votação de 2018, que o elegeu. Mudar as regras em cima da hora não pode dar margem a mais suspeitas?

Quanto à segurança da eleição, absolutamente não. Claro que terá de adaptar prazos. Prazos vencidos, como período de filiação partidária e domicílio eleitoral, se mantêm. Já os vencidos, é justo que sejam colocados para frente também.

Acha viável abrir mão da biometria para agilizar a votação e diminuir aglomerações na sessões eleitorais?

É possível e vamos ouvir os especialistas, mas já tivemos várias eleições sem biometria e não tivemos problemas.

Prefeitos reclamam que o adiamento pode prejudicá-los, pois estarão com problema de caixa no fim de ano. O sr. acha o argumento válido?

Entendo, só que não tem argumento nenhum maior no mundo do que a defesa a vida e a proteção às pessoas. A guerra tem sua cota de sacrifício. Se tiver de adiar para atender ao apelo quem realmente entende da questão da saúde, teremos que todos nos sacrificar.

Vai propor prorrogar a duração da propaganda eleitoral na TV?

Não discutimos esse ponto, mas é um algo a ser considerado.

Nesta sexta-feira (19), o senador Fabiano Contarato (Rede) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o passaporte do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, seja apreendido para evitar que ele saia do país enquanto durar o inquérito das fake news, no qual ele é investigado. 

Abraham pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (18), quando também informou que iria para o Banco Mundial, localizado em Washington, Estados Unidos. No entanto, esses novos voos podem ser impedidos, já que o senador Contarato solicita ao STF uma medida cautelar proibindo Weintraub de fazer viagens ao exterior. 

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Banco Mundial

Já foi oficializada, a indicação de Abraham ao cargo de diretor-executivo para o Banco Mundial, no entanto, depende da aceitação da Colômbia, Equador, República Dominicana, Panamá, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago e Filipinas. 

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) suspeita da origem de R$ 261 mil pagos em dinheiro em mensalidades escolares e planos de saúde das filhas de Flávio Bolsonaro (Republicanos). Segundo o pedido do MPRJ que levou à prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, foram 116 boletos quitados em espécie. As informações são do G1.

 Ao menos dois boletos, referentes a mensalidades de colégio no Rio, foram comprovadamente pagos por Queiroz, de acordo com o Ministério Público. Queiroz quitou duas mensalidades, de R$ 3.382,77 e R$ 3.560,28, em 1º de outubro de 2018, conforme fotos e dados presentes no processo.

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 Cruzando os dados com as imagens das câmeras de segurança de agência bancária dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o MPRJ verificou que Queiroz efetuou os pagamentos.

 O ex-assessor foi preso preventivamente, na quinta-feira (18), por suspeita de envolvimento em esquema de "rachadinha". O pagamento das mensalidades seria mais um indício de que o salário dos servidores voltava para o parlamentar. Os investigadores acreditam que Queiroz era um operador financeiro de Flávio Bolsonaro, que liderava a organização criminosa.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro aponta que Fabrício Queiroz estava pagando as mensalidades das escolas das filhas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Os investigadores obtiveram imagens de Queiroz fazendo pagamentos em horários e datas que batem com as quitações das mensalidades escolares das filhas do senador.

Os valores dos pagamentos realizados pelo ex-chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro também coincidem com os custos das mensalidades. Segundo o El País, ao solicitar a prisão de Fabrício Queiroz, os promotores apresentaram à Justiça novas provas de que o suspeito atuava como operador financeiro do filho do presidente Jair Bolsonaro. 

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Queiroz foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia, interior de São Paulo, na casa do advogado da família Bolsonaro. Ele é acusado de ser o articulador financeiro de um suposto esquema de 'rachadinha' enquanto Flávio Bolsonaro cumpria o mandato de deputado estadual do Rio de Janeiro. 

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Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia, no interior de São Paulo. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) é acusado de ser o articulador financeiro de um suposto esquema de ‘rachadinha’ no antigo gabinete do parlamentar. Ele foi encontrado em uma casa do advogado de Flávio.

A investigação se estende ao Rio de Janeiro, onde ocorreram buscas em um imóvel que seria do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), localizado em Bento Ribeiro, na Zona Norte. Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra o ex-motorista de Flávio foram cumpridos pela Polícia Civil junto ao Ministério Público de São Paulo.

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Na conta bancária de Queiroz, a movimentação ‘atípica’ de R$ 1,2 milhão levantou a suspeita do Conselho de Atividades Financeira (Coaf). O relatório ainda destacou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

No esquema investigado, os assessores devolviam parte do salário, pago com recurso público, aos próprios deputados. Queiroz seria responsável por recolher, depositar e sacar os valores.

 Nesta segunda (15) senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) protocolou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva ou provisória do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O parlamentar argumenta que o ministro ameaça às instituições e a constituição federal, lembrando ainda ele é investigado por racismo devido a uma postagem nas redes sociais depreciativa aos chineses. Poucos momentos antes, foi divulgada a informação de que o presidente Jair Bolsonaro pode demitir Weintraub, na tentativa de arrefecer os ânimos com o STF, já o ministro chamou, na reunião ministerial do dia 22 de abril, os membros da corte de “vagabundos” e disse que gostaria de prendê-los.

“Não se pode permitir, de forma alguma, qualquer tipo de ameaça contra a democracia e contra minorias. O ministro precisa se compor e aceitar que está sob a égide do Estado Democrático de Direito. Não há espaço para ameaças às instituições e à Constituição Federal”, coloca Randolfe no pedido. O senador também solicitou a busca e apreensão dos celulares do ministro, bem como seu afastamento imediato da pasta de Educação.

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Alvo do inquérito que apura a disseminação de fake news por parte do governo, Weintraub ignorou a repercussão negativa de suas críticas ao STF e voltou a chamar, em manifestação bolsonarista realizada neste domingo (14), os ministros da suprema corte de “vagabundos”.

O chefe de opinião do New York Times renunciou ao cargo depois de ter recebido críticas de seus próprios colegas de redação por ter publicado uma coluna de um senador republicano na qual pedia a mobilização militar para enfrentar os protestos do país.

James Bennett, responsável pelas páginas de editorial e opinião do jornal desde maio de 2016, defendeu a coluna intitulada "Mandem o exército", do senador Tom Cotton.

Bennet argumentou que o artigo era um exemplo do compromisso do jornal com a diversidade ideológica, palavras que geraram revolta dentro e fora da redação.

Cotton pede em seu texto "uma demonstração extraordinária de força para dispersar, deter e finalmente dissuadir os infratores da lei", como resposta aos protestos contra o racismo, que ocorrem desde o fim de maio nos Estados Unidos após a morte de George Floyd, um cidadão negro, nas mãos de um policial branco.

Cerca de 800 funcionários do jornal assinaram uma petição em protesto contra a publicação da coluna. Muitos dos funcionários do jornal tuitaram: "fazendo isto, põe-se em risco o pessoal negro do @NYTimes".

A.G. Sulzberger, dono do jornal, defendeu a princípio a decisão de publicar a coluna, mas depois disse que o texto não cumpria com os padrões do New York Times. Bennet admitiu depois que não havia lido o texto antes da publicação.

Neste domingo, Sulzberger considerou Bennet "um jornalista de enorme talento e integridade", em um comunicado no qual anunciou sua renúncia.

A nota não menciona a polêmica provocada pela coluna, mas o dono admitiu que "na última semana detectou-se um colapso significativo no processo de edição, e não é o primeiro nos últimos anos".

"James e eu acordamos que seria necessário uma nova equipe para dirigir o departamento através de um período de mudanças".

O jornal nomeou Katie Kingsbury, no jornal desde 2017, como encarregada interina de opinião até depois das eleições presidenciais de novembro.

O senador Humberto Costa (PT) usou o Twitter, nesta quinta-feira (4), para fazer críticas ferrenhas ao presidente Jair Bolsonaro. Em uma das postagens, o senador chegou a chamar Bolsonaro de “o maior irresponsável da República”, ao relembrar atuação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e a ausência de um titular na pasta da Saúde que já dura 20 dias, diante da pandemia do novo coronavírus. 

“Esse é o Brasil de Bolsonaro. Saúde sem ministro. Educação sem rumo. Não basta só tirar Weintraub, é fundamental que ele saia, mas o maior irresponsável da República é Bolsonaro”, escreveu Humberto. 

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Seguindo o tom crítico, Humberto, que fez um panorama sobre a atuação de Weintraub, disse que o ministro deveria deixar o comando da Educação no Brasil. “Abraham Weintraub é mais um daqueles que segue a risca os pensamentos de Bolsonaro. Uma pasta tão importante nas mãos de alguém tão despreparado é um grande risco. (...) Weintraub precisa sair do ministério da educação e resolver seus problemas com a justiça, urgentemente”, disse.

“Bolsonaro, que por sua vez, com a saída iminente de Weintraub, deve fazer da educação o mesmo que está fazendo com a saúde: ABANDONANDO. Hoje, temos 20 dias sem ministro e os casos de COVID seguem aumentando”, acrescentou no Twitter.

O senador ainda usou seu Instagram para falar que Bolsonaro está se “vingando do Nordeste” com o corte de famílias no programa Bolsa Família. Na publicação, Humberto chegou a fazer um comparativo com o número de beneficiários de 2019 e com a quantidade deste ano em outras regiões do país.

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O senador Humberto Costa (PT-PE) propôs impedir a participação, na CPI das Fake News, de deputados investigados no inquérito sobre o mesmo tema, em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira, 27, uma operação da Polícia Federal a mando do Supremo atingiu militantes, empresários e seis deputados federais aliados ao presidente Jair Bolsonaro.

Relator do inquérito na corte, o ministro Alexandre de Moraes determinou o depoimento, no prazo de 10 dias, dos deputados Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Cabo Junio Amaral (PSL-SP) e Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP). O ministro determinou, ainda, que as redes sociais preservem o conteúdo de postagens dos parlamentares, para evitar que tudo seja apagado.

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"É inaceitável que eles exerçam papel de investigadores de crimes pelos quais são investigados", argumentou Humberto Costa.

Integrante da CPI, Costa prepara dois requerimentos para votação no colegiado. Por enquanto, como não há reuniões presenciais, os trabalhos da comissão estão paralisados, sem data prevista para retomada das votações e interrogatórios.

Atualmente, nenhum dos seis deputados alvos do STF tem assento na CPI, mas a intenção do petista é vetar, preventivamente, que eles possam de alguma maneira vir a participar das sessões futuras.

A tropa de choque bolsonarista tinha cadeiras na CPI, mas perdeu espaço depois que a deputada Joice Hasselmann (SP), ex-líder do governo e rompida com Bolsonaro, assumiu a liderança do PSL. Joice retirou as vagas de deputados alinhados com o presidente e indicou rivais desse grupo governista no partido.

A ala do PSL que se manteve ligada ao Planalto trava, há meses, uma disputa para retomar a representação da bancada. Nos bastidores, a avaliação é a de que esse grupo tentará obter assinaturas novamente para remover Joice do posto, abrindo caminho para voltar à CPI.

Outra manobra mapeada por integrantes da CPI seria algum dos partidos do Centrão, bloco informal que se aliou ao governo em troca de cargos e verbas federais, ceder suas vagas aos bolsonaristas que estão na mira do Supremo e defendem o presidente.

Além disso, qualquer parlamentar no exercício do mandato pode participar das sessões de uma CPI e até interrogar depoentes, embora tenham menos espaço de fala que os membros da comissão e líderes partidários.

Antes da nova aliança de Bolsonaro com o Centrão, a base governista sofreu uma série de derrotas na CPI. Em abril, o Palácio do Planalto tentou uma manobra para impedir o prosseguimento das investigações, mas não conseguiu convencer parlamentares a retirarem o apoio à comissão.

Em quebras de sigilo, a comissão identificou militantes bolsonaristas e um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, como autor de postagens ofensivas e suspeitas de crime contra a honra de adversários políticos. Eduardo recorreu ao Supremo para tentar engavetar a CPI, mas não teve sucesso.

A exemplo do inquérito relatado por Alexandre de Moraes no Supremo, a CPI também mira o financiamento das redes de difamação montada por aliados do presidente e aprovou a convocação para depoimento dos empresários Luciano Hang (lojas Havan) e Otávio Fakhoury (site Crítica Nacional). Ambos foram alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira. Hang teve os sigilos bancário e fiscal quebrados.

Após ter o celular apreendido na operação da Polícia Federal que apura o desvio de recursos destinados ao combate à Covid-19 no Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel (PSC) atacou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). Nesta terça-feira (26), através da conta oficial no Twitter, o ex-juiz enfatizou: "quem não deve, não teme".

Em um ataque direto, Witzel afirmou que Flávio Bolsonaro foge da Justiça e o desafiou a fornecer dados para "auxiliar" na investigação. "Senador Flávio Bolsonaro, o senhor, que some com o Queiroz e foge da Justiça, faça como eu: abra seus sigilos bancário e telefônico e deixe que investiguem sua rachadinha e da sua família. Meu sigilo está à disposição da Justiça. Aguardo o seu. Quem não deve não teme". O republicano é suspeito de lavagem de dinheiro ao manter um suposto esquema envolvendo salários dos assessores do seu antigo gabinete como deputado.

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Antes, o governador já havia dito que o senador “deveria estar preso” em razão das provas que comprovam seu envolvimento no esquema. Em uma transmissão nas redes sociais, Flávio defendeu-se e sugeriu que ele devesse “baixar a bola”. “Isso [a investigação] não é nada perto do tsunami que pode chegar contra você. Pelo menos meia dúzia de secretarias vai ter problema", declarou.

O desgaste entre Witzel e a família Bolsonaro fez os antigos aliados romperem em um cenário de troca de ofensas. A relação divergente, que vinha abalada após o presidente acusar o governador de manipular a investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) para incriminá-lo, foi novamente evidenciada com a rigidez das medidas contra a pandemia e, sobretudo, com o decreto que instituiu o isolamento social no estado.

No vídeo da reunião ministerial, divulgado na última sexta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a chamar o governador de "estrume".  O mesmo registro endossou a suspeita sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal para beneficiar familiares e amigos. Por isso, Witzel acredita que a investigação parte de uma perseguição política.

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Na manhã deste sábado (23), o senador Jorge Kajuru (PRP-GO) condenou o conteúdo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgada na sexta-feira (22) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. A gravação faz parte do processo em que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (também ex-juiz da Lava Jato) acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. 

Por meio de sua conta no Twitter, Kajuru disse ser “triste” ver um vídeo do presidente com seus ministros “onde o foco não foi a saúde de um Brasil em pandemia”. O senador também classificou como “inaceitável a confissão de interferência”, referindo-se ao trecho em que Bolsonaro cita a Polícia Federal e ministérios no vídeo

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Reunião ministerial

O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, que antecedeu a saída de Moro do Ministério da Justiça dois dias depois, é apontado pelo ex-ministro como prova de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal para proteger interesses pessoais e de sua família. No vídeo, Bolsonaro se queixa de não poder mudar “gente da segurança nossa” no Rio de Janeiro e em seguida afirma que não vai esperar “f** a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira". 

Bolsonaro também deu outras declarações que levantaram discussões e fortes reações na sociedade e no meio político, como ao dizer que “é fácil impor uma ditadura no Brasil” e por isso deseja armar a população. Na sexta-feira (22), o ministro do STF Celso de Mello decidiu tornar as imagens públicas no site da suprema corte, que chegou a sair do ar pelo número de acessos. 

Além da fala do presidente, outras declarações dadas na reunião chamaram a atenção e despertaram críticas. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu que o governo aproveite a atenção voltada à Covid-19 para aprovar medidas “passando a boiada e mudando todo o regramento”. Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, sugeriu a prisão de governadores e prefeitos enquanto o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que odeia a expressão “povos indígenas” e sugeriu que todos em Brasília, utilizando o termo “vagabundos”, fossem presos, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal

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O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que não se lembra de enfrentar um governo tão despreparado como o de Jair Bolsonaro (sem partido). Em entrevista ao site UOL, o parlamentar avaliou a gestão do presidente e defendeu o congelamento do salário de servidores para ajudar Estados e municípios.

A principal crítica do senador ao presidente está relacionada as crescentes crises políticas em meio à pandemia do novo coronavírus. Para ele, a demissão de Sergio Moro colocou "por água abaixo" o discurso de combate à corrupção que Bolsonaro defendia na época da campanha. "Não me lembro de enfrentar um governo tão despreparado. Em vez de estar liderando o combate à pandemia, o presidente está criando problemas e esquecendo completamente dessa crise [da pandemia] que estamos vivendo", disse o ex-governador do Ceará durante a entrevista. 

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Tasso também afirmou repudiar a tentativa de negociação do presidente com o Centrão no Congresso, oferecendo cargos em troca de apoio político. Porém, ressaltou que, apesar dos escândalos envolvendo Bolsonaro, esta não seria hora de "esquentar o ambiente político". Para ele, o foco tem que estar nas ações para minimizar os prejuízos na saúde pública e na economia causados pelo coronavírus.

O senador falou sobre as reclamações de secretarias estaduais de saúde, que envolvem a falta de movimentação do novo ministro da Saúde, Nelson Teich. Recentemente, o gerente da pasta recebeu críticas de outros parlamentares por não ter se reunido com representantes dos órgãos estaduais de saúde

Por fim, Tasso defendeu que o salário de servidores públicos seja congelado por algum tempo em contrapartida ao socorro da União a Estados e municípios. O ex-governador do Ceará colocou em tramitação uma proposta para ser votada no Senado neste sábado (2).

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou dinheiro público para investir em prédios ilegais associados a milícias. De acordo com documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), divulgados pelo The Intercept Brasil, o montante para o financiamento das construções é proveniente da coleta de 'rachadinha', no seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em um esquema com o suposto envolvimento de 86 pessoas, o inquérito investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Sem laudo técnico ou permissão para a construção, os imóveis foram levantados na região Rio das Pedras e Muzema, localizada em Jacarepaguá, Zona Norte do município. Em abril do ano passado, dois prédios irregulares desabaram no local e deixaram 24 mortos.

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A investigação aponta que o filho 01 do presidente da República recebia sua fatia dos lucros por meio de repasses feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz - identificado como autor de 438 transferências e depósitos nas contas de Flávio e na da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Outro responsável pelo pagamento era o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega, executado em fevereiro pela polícia baiana na cidade de Esplanada. Ele é considerado o chefe do 'Escritório do Crime', uma milícia que matava por encomenda.

Além da venda dos apartamentos, a organização criminosa cobrava taxas de segurança e acesso ao sinal clandestino de TV, bem como vendia botijões de gás e garrafões d'água. O dinheiro chegava para Adriano através das contas bancárias da mãe e da esposa. Ambas nomeadas por Queiroz para ocupar cargos comissionados no antigo gabinete de Flávio, entre 2016 e 2017.

Mesmo com nove pedidos de suspensão do processo por parte da defesa do senador, o MPRJ identificou que os repasses também eram feitos para dois restaurantes, uma loja de material de construção, e entre as construtoras São Felipe Construção Civil Eireli, São Jorge Construção Civil Eireli e ConstruRioMZ, que teriam sido registradas em nome de 'laranjas' da milícia.

Com apenas um carro popular, declarado por cerca de R$ 25 mil, Flávio Bolsonaro entrou na política em 2002. No entanto apresentou uma evolução patrimonial atípica e, conforme indicou na última declaração feita em 2018, possui um patrimônio de R$ 1,74 milhão.

Além de sócio de uma rede de franquia de chocolates, entre 2015 e 2017 ele adquiriu dois apartamentos na Zona Sul da cidade. O prosseguimento das investigações é um dos motivos que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi pressionado pela troca da direção da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

O juiz Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal Civil de Curitiba, determinou o bloqueio de 10% dos salários de Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, e dos deputados federais Luiz Fernando Faria (Progressistas/MG), Arthur Lira (Progressistas/AL) e Eduardo da Fonte (Progressistas/PE).

Eles são alvo de ações de improbidade movidas pela força-tarefa da Operação Lava Jato em razão de supostos esquemas de propinas na Petrobrás.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) continua em pauta entre políticos. Diante da pandemia do novo coronavírus, muitas autoridades defendem mudanças no cronograma da prova, cujas datas já foram anunciadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): a versão digital está programada para os dias 11 e 18 de outubro, enquanto a avaliação impressa está prevista para 1º e 8 de novembro.

O Senado deverá analisar um possível adiamento do Exame. Apresentado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), projeto de lei quer mudanças no cronograma do processo seletivo, assim como a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), autora de outra proposta que exige novas datas para o Enem.

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”É inadmissível pensar em fazer o Enem agora, então apresentei um projeto de lei suspendendo os dois editais. Fiz um apelo lá no MEC (Ministério da Educação) e não tive retorno”, declarou o senador Izalci Lucas.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, indicou apoio às propostas. “Conte com o nosso apoio, para a gente fazer uma intervenção no Ministério da Educação, no governo federal”, disse Alcolumbre. Confira no vídeo:

O Inep, por sua vez, defende a manutenção das datas das provas do Enem 2020. De acordo com o órgão, o Exame é fundamental para o desenvolvimento social e educacional dos jovens brasileiros.

O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou uma emenda constitucional cujo objetivo é beneficiar estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para ampliar o alcance social da Medida Provisória do governo federal, com normas específicas para a educação durante a situação de emergência oriunda da pandemia do novo coronavírus, o senador propõe fazer com que o amparo chegue também a participantes da prova, principalmente os que se encontram em vulnerabilidade.

A emenda constitucional de Humberto diz que o Ministério da Educação (MEC) será obrigado a aumentar o prazo para a justificativa de ausência no Enem de 2019. Sobre a edição 2020 do Exame, a organização da prova deveria estender a solicitação de isenção da taxa de inscrição, além dos períodos de candidaturas e do pagamento da taxa no valor de R$ 85. Confira todas as datas estabelecidas pelo MEC até o momento.

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O petista defende que a isenção da inscrição sirva para todos os alunos que cursaram o último ano do ensino médio em escolas públicas, bem como o senador almeja, com emenda, que o Enem apenas seja aplicado quando as escolas públicas que ofertam o nível médio finalizem o ano letivo. "Os editais do Enem que foram publicados estão alheios à pandemia e às medidas de isolamento social. Nesse contexto, os estudantes mais carentes são os mais prejudicados, porque mais de 30% dos domicílios brasileiros não têm internet. Então, manter o cronograma estabelecido desconsiderando a gravidade do momento, é prejudicar os estudantes de escolas públicas e, especialmente, os mais pobres, que não terão condições de preparo idênticas a outros com acesso a material de estudo online e a aulas remotas", declarou o senador conforme informações da sua assessoria de imprensa. A emenda ainda será votada no Congresso Nacional.

O senador Bernie Sanders pretende avaliar nesta quarta-feira (18) o futuro de sua campanha para a indicação da candidatura do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, depois de uma série de derrotas nas primárias para Joe Biden.

"A próxima primária acontecerá dentro de pelo menos três semanas", afirmou Faiz Shakir, diretor da campanha de Sanders, em um comunicado. "O senador Sanders terá conversas com seguidores para avaliar sua campanha", completou.

"No momento, ele está concentrado em avaliar a resposta das autoridades à epidemia de coronavírus e assegurar que cuidamos dos trabalhadores e dos mais vulneráveis", completou.

O congressista de 78 anos, que se define como "socialista democrático", sofreu diversas derrotas para o rival nas primárias democratas, o ex-vice-presidente Joe Biden, de 77 anos, mais moderado.

Biden venceu na terça-feira nos três estados que organizaram primárias: Arizona, Illinois e Flórida. Estas vitórias consolidam uma grande vantagem para que Biden conquiste a candidatura democrata para enfrentar o presidente Donald Trump nas eleições de 3 de novembro.

O ex-vice já conta com mais da metade dos 1.991 delegados necessários para ganhar a indicação na convenção partidária de julho. Sanders não fez declarações públicas desde os resultados eleitorais de terça-feira.

O senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) recebeu alta do Hospital Monte Klinikum e já está em casa em Fortaleza onde continuará em reabilitação após ter sido baleado na quarta-feira (19), ao tentar romper com uma retroescavadeira o bloqueio de policiais amotinados num batalhão em Sobral.

Em casa, Cid fará fisioterapia respiratória e tomará antibióticos para restabelecimento da função pulmonar. No sábado (22), ele se submeteu a um exame de raio-x que confirmou a existência de dois projéteis alojados, um ao lado da costela e outro no pulmão esquerdo, e de um fragmento de projétil.

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A assessoria do senador informou que, por decisão médica, não serão realizados procedimentos para a retirada desses projéteis.

Tensão

A tensão envolvendo o governo cearense e policiais militares e bombeiros começou por uma demanda de reajuste salarial em dezembro. Quatro batalhões da PM foram atacados, segundo o governador do Estado, Camilo Santana (PT), aliado político de Cid.

As ações foram feitas por pessoas encapuzadas, mas o governo suspeita de que os responsáveis sejam policiais. Por isso, Santana solicitou o apoio de tropas federais para reforçar a segurança.

O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado enquanto participava do movimento de paralisação deflagrado nesta quarta-feira (19), pela Polícia Militar do Ceará, que reivindica por aumento salarial. A assessoria confirma que a bala que atingiu o peito de Cid foi de arma de fogo. O senador foi atingido enquanto pilotava uma retroescavadeira para tentar furar um bloqueio que tinha sido feito por policiais militares do Centro de Sobral.

O senador foi levado para o Hospital do Coração de Sobral e ainda não há informações sobre o seu estado de saúde. Cid Gomes está licenciado do senado e organizou um protesto contra um grupo de policiais que tentava impedir o trabalho da Polícia Militar. 

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Por lei, os policiais militares são impedidos de fazerem greve. De acordo com o G1, desde terça-feira (18) que um grupo de policiais que reivindica aumento salarial e é contrário à proposta do governo de reestruturação da carreira da categoria realiza atos que a Secretaria de Segurança está considerando como "vandalismo" e "motim".

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Em visita ao Sertão de Pernambuco, na última sexta-feira (13), o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o governo Jair Bolsonaro (sem partido) vem implantando “uma agenda anti-povo, que acaba com os direitos da população e desmonta as políticas sociais”. Para o senador, as medidas têm provocado a explosão da informalidade e o aumento da distância entre ricos e pobres no país.

“Nossa luta no Senado é para garantir a dignidade do nosso povo, que está sofrendo com essa política do governo Bolsonaro. Nem o presidente, nem os seus ministros têm respeito pelo povo brasileiro, eles não se importam com a pobreza. E já mostraram que não gostam do Nordeste ou dos mais pobres. Seguimos reafirmando o nosso compromisso de defender a região para que ela volte a ser prioridade e que a gente possa sonhar e garantir um futuro melhor para os nossos filhos e netos”, afirmou o parlamentar, em agenda no município de Tabira, onde participou da inauguração da Academia da Saúde, que recebeu uma emenda parlamentar do senador no valor de R$ 125 mil.

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Humberto também esteve no município de São José do Egito, onde entregou equipamentos agrícolas para a Associação de Desenvolvimento Comunitário de Fazenda Nova. O material foi adquirido por intermédio da Codevasf e é resultado de uma emenda de R$ 134.837,99.

Segundo o senador, os novos equipamentos irão fortalecer a agricultura familiar da região. “A agricultura familiar é uma fonte importante de renda para a região e é responsável por fornecer a maior parte dos alimentos à população. Por isso, precisamos sempre buscar alternativas que fortaleçam o trabalho do agricultor. Uma das prioridades do nosso mandato é conseguir recursos para cada município do nosso Estado porque a gente sabe que cada ação dessa interfere diretamente na vida de milhares de pessoas, traz emprego, garante qualidade de vida”, afirmou.

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