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Por um placar de 16 votos a oito, o deputado Roberto Cidade (PV) foi eleito nesta quinta-feira, 3, para presidir a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) pelos próximos dois anos. A votação aconteceu após a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que alterou as regras para eleição da Mesa Diretora da Casa e permitiu adiantar a escolha - até então pautada para a última reunião ordinária do ano.

Os deputados Abdala Fraxe (Podemos), Alessandra Campelo (MDB), Joana Darc (PL) e Saullo Vianna (PTB) votaram contra a PEC sob alegação de que a proposta tramitou na Comissão de Constituição minutos antes de ser aprovada e de que o presidente eleito tentou comprar votos dos colegas.

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"O deputado Roberto Cidade foi atrás de comprar votos dos colegas deputados estaduais. E eu digo o valor, porque ele não chegou a falar comigo, mas aqui todo mundo fica sabendo das coisas. O voto era R$ 200 mil", acusou na tribuna a deputada estadual Joana Darc.

Nos bastidores, a avaliação de uma parcela da base governista é a de que a PEC foi aprovada e a votação adiantada para dar início ao processo de impeachment do governador Wilson Lima (PSC), investigado sob suspeita de fraude na compra de R$ 2,9 milhões em respiradores no contexto da pandemia de covid-19. Em agosto, um pedido para cassar o mandato do governador foi arquivado pelos deputados.

O grupo que comandará o Poder Legislativo do Amazonas nos próximos dois anos é composto pelos deputados Roberto Cidade (PV) (presidente); Josué Neto (PRTB) 1° vice-presidente; Mayara Pinheiro Reis (PP) 2° vice-presidente; Adjuto Afonso (PDT) 3° vice-presidente; Delegado Péricles (PSL) secretário-geral; Álvaro Campelo (PP) 1° secretário; Sinesio Campos (PT 2° vice-secretário; Fausto Júnior (PRTB) 3° vice-secretário; Felipe Souza (Patriota), ouvidor; e Therezinha Ruiz (PSDB), corregedora.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO ROBERTO CIDADE

A reportagem entrou em contato com o deputado Roberto Cidade e aguada resposta. O espaço está aberto para manifestação.

O Parlamento tailandês expulsou sua primeira deputada transgênero nesta quarta-feira (28) depois que o tribunal constitucional revogou seu assento.

Tanwarin Sukkhapisit, ex-artista e cineasta, foi uma pioneira da comunidade LGBT quando garantiu no ano passado um assento no Parlamento para o partido Future Forward durante as eleições legislativas.

Porém, o partido foi dissolvido em fevereiro de 2020, em uma decisão que agravou o descontentamento da oposição e levou militantes pró-democracia a exigir a demissão do governo.

Dezenas de seus deputados, entre eles Tanwarin, se uniram em outra formação - o partido Move Forward -, mas um juiz decidiu nesta quarta que, como a "acionista de uma empresa de mídia", ela havia violado a lei eleitoral e deveria renunciar a seu assento.

"Não me surpreende, já esperava", disse Tanwarin à AFP, acrescentando que acredita que sua identidade de gênero influenciou a decisão do juiz. "Continuarei lutando pela comunidade LGBT", completou.

A comunidade transgênero da Tailândia enfrenta discriminações na educação e no trabalho. O Parlamento tailandês tem outros três deputados transgêneros. Tanwarin é a vítima mais recente de uma lei que muitos reconhecem como uma arma política utilizada pelo governo.

"Tentam utilizar um mecanismo jurídico contra todos aqueles suspeitos de apoiar o movimento (pró-democracia)", avalia o cientista político Titipol Phakdeewanich.

Há meses acontecem manifestações quase diariamente na capital tailandesa, enquanto os militantes exigem a renúncia do atual governo e pedem reformas na monarquia do país.

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, não poderá sair de casa das 23h às 6h e terá que usar tornozeleira eletrônica, por ordem judicial.

O pedido foi apresentado à Justiça pelo MP-RJ, que também solicitou a suspensão do mandato parlamentar de Flordelis. Esse pedido foi negado pela Justiça. O pastor foi morto a tiros em 16 de junho de 2019 na porta de sua casa, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). A deputada nega envolvimento no crime. Ela só será obrigada a cumprir as medidas judiciais após ser citada da decisão, emitida nesta sexta-feira (18).

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Para fundamentar seu pedido, o MP-RJ afirmou que houve dificuldade para localização e citação de Flordelis sobre decisões judiciais anteriores. Citou ainda declarações de uma testemunha do processo, a empresária Regiane Rabello, cuja casa foi alvo de uma bomba na madrugada de 4 de setembro.

Regiane é dona da oficina onde trabalhava Lucas dos Santos de Souza, filho de Flordelis que está preso acusado de comprar a arma usada para matar o marido da deputada. Segundo a empresária, quando ainda trabalhava para ela - antes do crime, portanto -, Souza recebeu uma mensagem pelo Whatsapp com o plano para matar Anderson do Carmo.

Ele teria mostrado o plano à patroa. Por apresentar esse relato à polícia, Regiane teria sido jurada de morte por Adriano dos Santos Rodrigues, outro filho de Flordelis, também preso pelo crime. Em depoimento ao MP-RJ, Regiane afirmou supor que a explosão da bomba foi uma tentativa de intimidá-la e disse temer tanto Rodrigues como a própria Flordelis, que segue solta.

"Acolho os fundamentos expendidos pelo MP, diante da efetiva dificuldade de localização da ré Flordelis que impossibilita também a fiscalização do cumprimento da cautelar de proibição de contato da denunciada com corréus (...). A evidenciar ainda mais a necessidade de aplicação das duas cautelares há, ainda, o relato da testemunha Regiane, que teme até mesmo por sua integridade física, sentindo-se ameaçada em especial pela ré Flordelis e seu filho e corréu Adriano", escreveu a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, onde tramita o processo.

"Não se vislumbra nos fatos narrados na denúncia (...) o uso da máquina pública ou o efetivo abuso do cargo eletivo para a prática dos crimes imputados, assim como não restou demonstrado que o exercício da função parlamentar possa de alguma forma causar prejuízo à instrução criminal; de forma que (...) indefiro o pleito ministerial quanto ao afastamento pretendido", seguiu a juíza, expondo as razões de não suspender o mandato parlamentar da deputada.

O advogado Anderson Rollemberg, que representa Flordelis, classificou a decisão como "completamente equivocada" e anunciou que na próxima segunda-feira (21) vai recorrer tanto ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) como ao Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado negou que tenha havido dificuldade em localizar Flordelis para citá-la e disse que sua cliente "nada tem a ver" com o atentado a bomba. Segundo Rollemberg, o uso de tornozeleira eletrônica precisa ser autorizado pela Câmara dos Deputados.

Nesta terça (21), a Câmara dos Deputados vota a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15 que transforma o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em uma política pública permanente. O fundo, composto por recursos federais, estaduais e municipais, corresponde a 63% dos recursos para o financiamento da educação básica pública brasileira, mas será extinto em dezembro caso a proposta não seja aprovada. A deputada Jandira Feghali (PCdoB) escreveu que “governistas estão boicotando a sessão de votação”.

De acordo com o Blog do Esmael, uma hora e vinte minutos depois do início da sessão deliberativa- marcada para começar às 13:55- ainda não havia quórum. O governo sugeriu que o fundo seja restabelecido apenas em 2022 e que parte dos recursos sejam destinados à transferência direta de renda, o programa Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família.

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As sugestões foram rechaçadas pela oposição. “Se, na quarta-feira, o governo continuar emperrando a votação da PEC, nós teremos que entrar em obstrução, porque a educação brasileira merece, sim, que botemos o pé na parede e defendamos os estudantes, principalmente porque a educação brasileira foi uma das mais prejudicadas por causa da pandemia do coronavírus”, afirma a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a comunicação com o Planalto. “O governo está dialogando, quer apresentar uma proposta, e é um direito do governo”, comenta.

Deputados lamentaram em Plenário a morte do líder indígena Paulinho Payakan, de 67 anos, em decorrência do novo coronavírus. Ele estava internado no sudeste do Pará desde o dia 9.

A deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) ressaltou que Payakan é um dos mais de 280 indígenas mortos por Covid-19 até agora. “Ele foi um líder Kaiapó que muitas vezes veio ao Congresso em defesa dos povos indígenas”, afirmou.

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A parlamentar defendeu a importância de transformação em lei da proposta (PL 1142/20) que institui medidas para prevenir a disseminação da Covid-19 entre povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. O texto foi aprovado em maio pela Câmara dos Deputados e está no Senado.

O deputado Vicentinho Júnior (PL-TO) disse que o Brasil perde um “grande líder, que lutou por muitas décadas pela demarcação de terras indígenas”.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Em reunião plenária realizada remotamente, nesta quinta-feira (28), a deputada estadual Teresa Leitão (PT/PE) solicitou ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que reveja os critérios da seleção simplificada para 2.938 professores nas áreas de educação profissional, educação básica e outros projetos educacionais Estado. De acordo com ela, o pedido foi feito porque dezenas de educadores estão sendo prejudicados por critérios de seleção que não têm relação com a profissão de magistério ou que estão sendo exigidos em desacordo com o edital de convocação, a exemplo das exigências de comprovação de endereço e de registros em conselhos profissionais.

Teresa ainda comenta que, “no texto do edital, é dito que ‘preferencialmente’ são esses os documentos a serem apresentados". "Se é uma preferência, não pode ser obrigatório. Mas há vários professores que enfrentaram dificuldades. Isso está fazendo com que a pontuação de muitos desses profissionais seja baixa, inviabilizando a classificação", acrescentou a deputada.

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“Há uma briga em relação ao tema. A profissão do magistério não é regulada por conselhos profissionais; a profissão já é regulada, tanto pela Lei de Diretrizes e Bases como pela Legislação Estadual. Não cabe a exigência desse registro”, argumentou Teresa Leitão.

O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Educação de Pernambuco, em busca de esclarecimento sobre os problemas relatados. Até o fechamento desta matéria, não tivemos retorno.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) usou uma máscara de proteção com a frase "E daí?" durante sessão plenária na Câmara dos Deputados na quarta-feira (20). A frase foi dita pelo presidente Jair Bolsonaro quando questionado sobre o grande número de mortos pelo novo coronavírus e gerou grande repercussão.

"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", afirmou o presidente após pergunta de repórter em frente ao Palácio da Alvorada. A frase teve repercussão internacional.

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No Twitter, a deputada compartilhou vídeo que, segundo ela, inspirou fã a doar a máscara que ela usou. No vídeo, Kicis diz frases imprecisas como "E daí que cidadãos de bem estejam apanhando da polícia e guardas municipais, pelo simples exercício de seu direito constitucional de ir e vir" e "E daí que estão gastando rios de dinheiro com caixões, aberturas de covas, sacos para defuntos, mas o número geral de mortos em 2020 é inferior ao mesmo período de 2019?"

Bia Kicis também disse "antes e daí do que 'ainda bem'", em referência à fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula declarou que "ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus", pois a população entenderia a necessidade do Estado. O ex-presidente se desculpou pela frase, que classificou como "infeliz".

Na quarta-feira (20), o Ministério da saúde divulgou o maior registro de mortes em 24 horas no Brasil assim como a maior quantidade de casos confirmados. Já são 18.859 mortes pela Covid-19 e 291.579 infectados.

Na conversa em que a deputada federal Carla Zambelli (PSL) tentava convencer o ex-ministro Sergio Moro a prosseguir no governo, a congressista teria dito que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) iria "cair" com a saída do ex-juiz. Ela relatou que se arrependeu do envio e decidiu apagar a declaração antes de divulgar a troca de mensagens.

"Tinha um contexto, que ele não apresentou, não entrou no depoimento. Ele vazou agora para me constranger. Para mostrar que eu apaguei. E eu apaguei porque me arrependi de ter escrito", afirmou a aliada de Bolsonaro na Câmara. Zambelli havia retirado trechos do diálogo que entregou à CNN, mas Moro entregou a conversa completa.

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Embora se considere amiga de Moro, que inclusive é padrinho do seu casamento com o diretor da Força Nacional, coronel Antônio Aginaldo de Oliveira, o ex-ministro bloqueou a deputada após se demitir. "Eu mandei mensagem para ele dizendo que era um absurdo a situação na qual ele tinha colocado o presidente, que estavam comparando a nomeação do Ramagem com o Lula. Com a nomeação de um condenado. E aí ele leu a mensagem e me bloqueou. Não foi uma conversa", avalia.

A representante do PSL ainda voltou a criticar a divulgação feita por Moro. "Criança, né? Carla Zambelli deseja que Moro deixe de ser criança. Vai arrumar alguma coisa para fazer. Pelo amor de Deus. Fica vazando print de conversa que não tem nada a ver com o inquérito. Está fazendo igualzinho o Verdevaldo", disse ao fazer referência ao editor do The Intercept Brasil, Glenn Greenwald.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) instaurou um procedimento para investigar a caravana "Doutores de Verdade". O programa, com apoio da deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), vem receitando e distribuindo a hidroxicloroquina de graça em comunidades do Recife.

 Em nota, o Cremepe informa que a apuração está regida pelo Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) estabelecido pela resolução CFM nº 2145/2016. O procedimento corre em sigilo processual para não comprometer a investigação.

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Os "Doutores de Verdade" têm feito ações nas periferias da capital. Os locais das caravanas têm sido divulgados nas redes sociais da deputada Clarissa Tércio. "Participei de uma ação com médicos voluntários: Dr. Antônio Aguiar, Dra. Ana Emília e Dra. Terce, que estão atendendo a população com muito amor, competência e hidroxicloroquina", escreveu a deputada em uma das publicações.

 A hidroxicloroquina não teve resultados comprovados contra a Covid-19 pela comunidade científica. O mais recente estudo sobre o tema, desenvolvido por médicos de Nova Iorque e publicado no New England Journal of Medicine, aponta que o medicamento pode não ser eficaz, após não serem encontradas diferenças significativas de mortalidade dos que foram administrados com hidroxicloroquina para os que não foram. Os grupos testados com a medicação tiveram maior incidência de ataque cardíaco.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar pergunta ao Dr. Antônio Aguiar, integrante da caravana, sobre a eficácia da substância. "(...) Medicação essa reconhecida pela sua segurança e eficácia. Ela está no rol da OMS como uma das medicações essenciais em qualquer sistema de saúde e de qualquer país. No momento, vários trabalhos na literatura mundial têm saído mostrando a sua segurança e a sua eficácia no tratamento do coronavírus", diz o médico, omitindo, entretanto, os estudos que apontam na direção contrária e o fato de que o medicamento é considerado seguro para o tratamento de outras enfermidades e não da Covid-19.

 O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também solicitou que o Cremepe informe quais providências foram tomadas a respeito da denúncia de distribuição de medicamentos nos 'consultórios itinerantes'.

Em coletiva na quarta-feira (13), o secretário estadual de Saúde, André Longo, deu indícios de estar ciente da situação e lamentou a distribuição dos medicamentos. "A gente lamenta muito que algumas pessoas tenham passado a distribuir a hidroxicloroquina em alguns lugares inadequados. Acho que isso já está sendo alvo de investigação do Conselho Regional de Medicina porque tinha participação, infelizmente, de alguns profissionais de saúde, inclusive médicos, em um programa que precisa ser melhor avaliado para que a gente possa ter as mínimas condições de segurança na utilização de medicamentos como esse".

Na segunda-feira (11), a advogada Dani Portela, do PSOL, protocolou uma denúncia no MPPE, na ouvidoria do Cremepe e na comissão de saúde da OAB-PE para que a caravana fosse investigada. "Não é com achismos, fake news e falsas esperanças que iremos superar a Covid-19", ela escreveu. A deputada Clarissa Tércio rebateu nas redes sociais. "O Psol me denunciou por estar 'distribuindo' cloroquina nas comunidades. Se eu tivesse distribuindo maconha, certamente seria aplaudida por eles. Ou pílulas abortivas...", comentou a deputada.

 Tércio divulgou ter direcionado metade de seu salário para a compra do medicamento. "Já que o Governo não tem sido transparente quanto ao uso da hidroxicloroquina nas unidades de saúde e diante da urgência de quem necessita, resolvi doar o medicamento para salvar vidas", afirmou. Nos comentários das postagens da parlamentar, muitos internautas têm pedido acesso ao medicamento e parabenizado a deputada.

Os 'Doutores de Verdade' estiveram em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, na segunda-feira (11). Cerca de 150 pessoas foram atendidas.

 Na terça-feira (12), o ministro da Saúde, Nelson Teich, escreveu no Twitter que a cloroquina tem efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita após avaliação médica e com termo de consentimento do paciente.

Às vésperas da data de assinatura da Lei Áurea, que libertou os negros no Brasil em 13 de maio 1888, a deputada federal Benedita da Silva (PT), sem dúvidas é um ícone em relação à representatividade preta e feminina na Política. Em entrevista à Universa, a pioneira em ocupar cargos no Executivo prefere não comemorar a data e avaliou o que entende como "retrocesso inigualável" nas políticas voltadas à população negra.

Aos 78 anos, Benedita é fruto do amor de uma lavadeira e um pedreiro. Natural da favela carioca, seu pioneirismo político emergiu em 1982, quando foi a primeira negra a alçar uma cadeira na Câmara dos Vereadores do Rio. Anos depois, chegou a integrar cargos no Senado e no governo do Estado, antes de assumir a candidatura no Congresso.

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A deputada explica que o 13 de maio não é um dia de comemoração, e sim de reflexão, pois "o extermínio da população negra continua até hoje". "A escravidão apenas mudou do chicote para a caneta. Da caneta para a exclusão. É nesse sentido que o 13 de Maio não se festeja", entende.

Seu dia-a-dia no Congresso Nacional é divido ao lado dos demais políticos escolhidos para reger o país. Sua "intimidade" com a classe, a faz cravar que ainda "há essa coisa escravocrata na cabeça de governantes e executivos que querem que a gente morra."

Para Benedita, desde a entrada do ex-presidente Michel Temer (MDB), o Brasil sofre com um "retrocesso inigualável" em relação à luta contra o racismo. A redução das medidas voltadas para promover oportunidades e acesso ao ensino superior é uma de suas principais queixas.

Em relação à gestão Bolsonaro (sem partido), frisou o avanço de gestos antidemocráticos e na escolha de Sergio Camargo para comandar a Fundação Cultural Palmares. Ela relembrou o entendimento distorcido de Camargo, que defende que "a escravidão foi ótima para os negros". "Como entender que a Casa Grande ainda usa negros para bater em negros, como capitão do mato? Chegamos a um 13 de Maio nunca visto antes", compara.

Benedita também garantiu que não sente-se representada pela ministra Damares Alves, responsável pela pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. "Com esse governo não tem diálogo [...] tudo que seu mestre mandar, faremos todos", no ‘toma lá, dá cá’. Eles falam que não pode ter ideologia, mas eles têm e é perversa", aponta.    

A deputada reforça que o antirracismo deve ser uma luta de todos e “quando você cuida da mulher negra, está cuidando da maioria da população brasileira". A petista também criticou o cenário político, resultante da polarização polarização: "se faz diferente é comunista e não tem fé em Deus", comentou.

Embora evangélica, a congressista enxerga uma contradição entre fé e Política no atual Governo. "Quem ama não mata, nem discrimina, abandona ou julga. E há muita contradição em religiosos que estou vendo ali", afirma.

Clarrisa Tércio compartilha da opinião do presidente Bolsonaro sobre uso precoce dos medicamentos, mesmo contra recomendação da OMS. (Divulgação)

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A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC-PE) anunciou, na última sexta (8), que direcionou metade de seu salário para a compra de hidroxicloroquina. O uso do medicamento por pacientes acometidos pela Covid-19 não é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por não ter sua eficácia comprovada cientificamente. A falta da medicação no mercado já preocupa usuários portadores de doenças como lúpus, que não podem deixar de utilizá-lo.

Clarissa Tércio afirmou que fez um pedido de informação à Secretaria do Estado de Pernambuco, solicitando informações sobre acerca as milhares de unidades de Hidroxicloroquina enviadas pelo governo federal. “Já que o Governo não tem sido transparente quanto ao uso da hidroxicloroquina nas unidades de saúde e diante da urgência de quem necessita, resolvi doar o medicamento para salvar vidas”, comentou.

Por conta da falta de abastecimento de água em algumas comunidades do Recife, a deputada federal Marília Arraes (PT) diz ter pedido atenção da Compesa, Prefeitura do Recife e Exército - principalmente por conta da necessidade da higienização pessoal diante da Covid-19. "Falta de água nas comunidades não é resolvida porque Governo e Prefeitura do Recife não tomam atitude", aponta a deputada.

Marília garante que das três autoridades que entrou em contato, apenas o Exército respondeu que, de acordo com a legislação, para que os carros-pipa cheguem às comunidades, é preciso pedido formal da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado de Pernambuco - e isso não aconteceu até o momento.

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A deputada diz que muitas famílias que estão sem água regular na torneira chegam a pagar R$ 150 por caminhão pipa. "O que eu defendo é que estes carros-pipa levem água gratuitamente às comunidades pelo Exército, como ocorre em regiões de seca, no interior do Estado. O que não dá é pedir para as pessoas lavarem as mãos para se proteger da doença sem água”, diz.

 

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Em meio à pandemia de coronavírus que exige isolamento social, a Polícia Militar de São Paulo expulsou na manhã desta quinta (7), 50 famílias que viviam desde janeiro em uma ocupação na cidade de Piracicaba.

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) divulgou imagens da desocupação, com policiais mascarados e tratores derrubando os casebres. A deputada estadual Professora Bebel (PT) tentou impedir a ação e acabou recebendo voz de prisão.

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 “Tudo ocorre com a anuência do governador João Doria, que tem um discurso de defesa do distanciamento social, mas na prática joga famílias inteiras na rua. Os pertences das famílias estão sendo levados para um galpão e não foi sequer oferecida uma alternativa de alojamento para as famílias, que estão indo pra rua ou para casa de parentes, se expondo aos riscos de infecção a Covid 19”, diz trecho de nota de repúdio publicada pelo Movimento Sem Terra (MST).

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Os deputados do PSOL solicitaram ao Conselho de Ética e à Corregedoria da Câmara a abertura de um processo contra a deputada Carla Zambelli (PSL). Após os desdobramentos da demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, o partido alega que ela cometeu quebra de decoro e pede a cassação do mandato.

Para o PSOL, Zambelli cometeu ilegalidades incompatíveis com o cargo ao se associar às supostas interferências do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em investigações da Polícia Federal. A articulação foi denunciada por Sergio Moro, que apresentou uma conversa com a deputada tentando propor uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em troca da sua permanência no Ministério da Justiça.

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“A deputada bolsonarista é mais uma peça na engrenagem que tem por objetivo blindar o Presidente da República e seus aliados diante das investigações da PF”, afirma o partido no pedido de cassação, que argumenta: “não restam dúvidas, portanto, que a Deputada tentou negociar uma vaga no Supremo Tribunal Federal em troca da blindagem ao Presidente da República e seus filhos. ”

Deputada foi uma das que aprovou Estado de Calamidade em Pernambuco. (Roberto Soares/Alepe)

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A deputada Teresa Leitão (PT) decidiu direcionar um total de R$ 800 mil previstos em suas emendas para o combate da pandemia do coronavírus em Pernambuco. Os recursos serão destinados à compra de respiradores mecânicos e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

"Decidimos por remanejar a quase totalidade das emendas. A grande maioria já tinha como destino outras áreas da saúde e áreas sociais", afirmou a deputada. Na última terça (24), Teresa participou da sessão virtual da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que aprovou o Estado de Calamidade Pública em Pernambuco. A medida permite que o governo estadual agilize compras e ações.

Os únicos dois deputados que votaram para derrubar os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que entregaria o controle de fatia do orçamento nas mãos do Congresso defenderam a tese de retirar poder do governo na condução dos recursos. A deputada Bruna Furlan (PSDB-SP), por exemplo, afirmou que, quanto mais decorativo o chefe do Planalto for, melhor seria.

O Congresso Nacional manteve, nesta quarta-feira, 4, vetos aos dispositivos que entregariam aos congressistas o controle sobre a destinação dos recursos das emendas parlamentares. Os vetos foram mantidos com 398 votos na Câmara - apenas dois votaram pela derrubada: Bruna Furlan (PSDB-SP) e Rogério Correia (PT-MG).

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"Eu sou uma pessoa que voto sempre a pauta econômica do governo. Não sou oposição. Mas acho que, pela falta de respeito, pelas declarações, postura dele com a imprensa, com parlamentares, com chefes de outros países, pela irresponsabilidade dele, quanto mais decorativo melhor e (precisa) deixar quem quer trabalhar, trabalhar", afirmou Bruna Furlan ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os dois deputados fazem parte da ala insatisfeita com o conteúdo dos novos projetos encaminhados pelo governo para regulamentar o orçamento impositivo. O Congresso acabou mantendo os vetos após um acordo para votar essas novas propostas na próxima semana. O conteúdo dos textos agradou aos deputados do centrão da Câmara, aqueles que inicialmente eram os mais ávidos para derrubar os vetos.

Com as novas regras propostas pelo Palácio do Planalto, o governo continuaria ditando o ritmo de liberação das emendas e poderia bloquear os recursos se faltar dinheiro em caixa. O relator-geral do Orçamento, por outro lado, seguiria definindo quem receberá e em que ordem de prioridade os recursos de suas emendas, que somarão R$ 17,5 bilhões neste ano.

"O governo Bolsonaro é ilusionista, quer fazer mágica, quer enganar o povo. E agora faz um veto para que ele possa, através da sua prioridade, que não são as prioridades sociais, fazer os remanejamentos dentro do Orçamento e quer jogar a culpa dos seus fracassos no Congresso", afirmou o deputado Rogério Correia.

Com Regina Duarte indecisa para aceitar o cargo de secretária de cultura do governo Bolsonaro, a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL), por meio do seu Twitter, mostra que gostou da ideia e endossa a indicação da atriz. "Aceita, Regina! Quem melhor do que você, mulher", escreveu a deputada.

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A indicação da atriz vem depois que o Roberto Valim foi exonerado por parafrasear Joseph Goebbels, ministro de Hitler, em vídeo publicado nesta última quinta-feira (16). No entanto, Regina ainda não confirmou se vai aceitar o cargo oferecido pelo governo depois de todo o escândalo e pediu até o sábado (18), para se pronunciar. 

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Depois de aprovado na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em primeira discussão, o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 830/2019, que aumenta de 13,5% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores estaduais, a deputada estadual Teresa Leitão afirma que não foi votado uma Reforma da Previdência de Pernambuco. “O que foi votado foi a adaptação de três aspectos pontuais relacionados a Emenda Constitucional 103/2019. A Reforma da Previdência é uma coisa muito mais profunda. O projeto que veio, por exemplo, não mexeu com o tempo de aposentadoria, idade para se aposentar, integralidade e paridade de proventos. Nada disso foi mexido, como é uma reforma?”, indaga a parlamentar.

A emenda citada pela petista prevê que os Estados com recursos insuficientes para cobrir os compromissos assumidos com os aposentados – ou seja, com déficits atuariais no sistema previdenciário, como é o caso de Pernambuco – não podem ter alíquotas previdenciárias menores que as da União, sob risco de sofrer penalidades.

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Teresa salienta que o que os parlamentares fizeram foi dar condições para que o registro da previdência estivesse devidamente atualizado. “Se fosse a Reforma da Previdência igual a de Bolsonaro, o PT não teria votado a favor”.  Ao todo, 27 deputados foram favoráveis ao projeto do Executivo, aprovado juntamente com a Emenda n° 2 da deputada Priscila Krause (DEM), que adia para 31 de julho de 2020 o início da vigência da nova alíquota.

A deputada federal Maria do Rosário (PT) denunciou insultos que, supostamente, recebeu de uma blogueira ligada ao PSL nos corredores do Câmara dos Deputados, em Brasília. Ela foi chamada de "vagabunda" nessa quarta-feira (20), enquanto produzia um vídeo exaltando a decisão da Câmara de recolocar a arte relacionada ao genocídio negro no Brasil, que havia sido quebrada pelo deputado Coronel Tadeu (PSL), na terça (19).

Enquanto fazia fotos do cartaz da exposição "(Re) Existir no Brasil - Trajetórias negras brasileiras", a agressora identificada como Tamires de Paula começou a atacar verbalmente a petista. A blogueira é conhecida do público após chamar o deputado José Guimarães (PT) de “Capitão Cueca”.

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Indignada, a deputada gaúcha acionou a Polícia Legislativa para que alguma providência fosse tomada. Sem reação das autoridades, Rosário ainda tentou bloquear a passagem para que a agressora não saísse do prédio. "Se vocês não me dão segurança, eu vou fazer segurança para mim", esbravejou.

Contudo, a blogueira era acompanhada pelo deputado Daniel Silveira (PSL) -conhecido por quebrar a placa em homenagem a vereadora Marielle Franco e propor uma sessão solene para exaltar o fisiculturismo-, que ironizou e saiu do Congresso aos risos, de braços dados com Tamires.

Maria do Rosário foi à unidade da Polícia Legislativa e registrou um boletim de ocorrência. "Eu considero um absurdo estar trabalhando aqui e ao mesmo tempo ser perseguida no corredor por uma assessora de parlamentar", declarou. Em resposta, a polícia informou que Tamires está proibida de acessar o Congresso Nacional e um inquérito por injúria foi aberto.

Juntos, os representantes do PSL estenderam o tom irônico para as redes sociais. "Existe a grávida de Taubaté e a vítima de Taubaté. As filmagens não mentem, Maria do Presidiário!", aponta Tamires ao alegar que a deputada foi a agressora da história. Com emojis de gargalhadas, Daniel Silveira publicou uma foto tapando a boca da blogueira.

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A confusão interna do PSL ganhou um novo capítulo. Uma ala do partido de Jair Bolsonaro pretende excluir o capitão da possibilidade de reeleição e lançar a candidatura da ex-líder do Congresso Joice Hasselmann. As informações são da Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, um grupo aliado ao presidente da legenda, o 'queimado' Luciano Bivar, planeja conduzir a deputada federal de São Paulo à candidatura. "Joice representa a ala equilibrada e inteligente do PSL, contra os xiitas e radicais. É a direita do bem, que é liberal na economia mas não ataca as mulheres e os diferentes", avaliou o deputado federal Junior Bozzella.

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Mesmo após Joice trocar insultos publicamente com o clã Bolsonaro, o porta-voz de Bivar também considera que ela faz parte da ala 'moderada'  e menos radical do PSL. "O presidente prometeu na campanha que não disputará a reeleição. A Joice, portanto, é o nome ideal. Ela é bolsonarista, mas não olavista [seguidora do escritor Olavo de Carvalho]. É conservadora, mas moderada".

Questionado sobre a ciência da parlamentar em relação à candidatura e suas intenções para a corrida presidencial, visto que Hasselmann estuda disputar à Prefeitura de São Paulo, Bozzela pontuou: "estamos conversando para convencê-la".

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